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Estudo sobre Depressão


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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE 
CAMPINAS 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
LÉIA MENNA BARRETO DE AZEVEDO SILVEIRA 
 
 
DEPRESSÃO: UM ENFOQUE GENÉTICO 
 
 
 
 
 
 
CAMPINAS 
2018 
2 
 
LÉIA MENNA BARRETO DE AZEVEDO SILVEIRA 
 
 
 
 
 
DEPRESSÃO: UM ENFOQUE GENÉTICO 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência 
para obtenção do título de Bacharel em Ciências Biológicas, 
Centro de Ciências da Vida, Pontifícia Universidade Católica de 
Campinas. 
 Orientador: Prof. Dr. Edmilson Ricardo Gonçalves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUC–CAMPINAS 
2018 
3 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
A esta universidade, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, sеυ corpo docente, direção е 
administração pela oportunidade de realizar este curso, com a certeza do mérito е ética aqui 
presentes. 
Ao meu orientador, Prof. Dr. Edmilson Ricardo Gonçalves, pela orientação, apoio, confiança. 
A todos os professores por me proporcionar о conhecimento, não apenas racional, mas também a 
construção do caráter е afetividade da educação no processo da minha formação profissional. 
Agradeço pelo tanto que se dedicaram а mim, não somente por terem mе ensinado, mas também 
por terem mе feito aprender. 
Aos meus pais, Célia e Abelardo, pelo incentivo incondicional, apoio, amor e dedicação. 
A todos os meus familiares por sempre estarem comigo. 
Aos meus amigos, companheiros de trabalhos e irmãos de amizade que fizeram parte da minha 
formação e que continuarão presentes em minha vida. 
A todos que, direta ou indiretamente, fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigada. 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
SILVEIRA, Léia Menna Barreto de Azevedo. Depressão: um enfoque genético. 47 f. 
Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Ciências Biológicas, Centro de Ciências 
da Vida, Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas, 2018. 
 
A depressão é um transtorno de ordem afetiva que atinge mais de 300 milhões de 
pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), necessitando de atenção 
uma vez que, até 2030, os distúrbios depressivos estão projetados para serem os 
primeiros entre os transtornos que contribuem para o fardo global da doença. O 
transtorno depressivo maior ou distúrbio depressivo maior é um dos tipos existentes da 
depressão sendo caracterizado quando o humor deprimido, a perda de interesse ou o 
prazer nas atividades diárias, está presente por mais de duas semanas, e cinco ou mais 
sintomas (incluindo baixo humor e perda de interesse) ocorrem quase todos os dias. As 
causas da depressão são diversas, podendo estar relacionadas com pré-disposição 
genética, doenças, mudanças hormonais, efeitos colaterais de remédios, fatores 
estressantes e alteração da microbiota. A depressão pode também ser caracterizada 
como resultado de alterações bioquímicas do cérebro, causada, principalmente, pelo 
baixo nível de serotonina, que é o neurotransmissor principal responsável pelo humor 
equilibrado e pela sensação de bem-estar dos indivíduos. Apesar da evidência 
convincente de uma contribuição genética para a susceptibilidade ao desenvolvimento da 
doença, poucas confirmações de fatores genéticos foram publicadas até o momento. 
Desta forma, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre os 
aspectos genéticos que estão envolvidos no desenvolvimento da depressão maior. Para 
tal, foi realizado um levantamento de literatura com base em uma busca de artigos 
científicos que tenham relação com o assunto a ser descrito, onde as informações 
encontradas e consideradas pertinentes e importantes foram reunidas compondo o atual 
projeto. Através da realização deste trabalho foi possível concluir que a depressão, 
apesar de ser considerada uma doença da atualidade, já teve alguns de seus sintomas 
característicos descritos desde o século I a.C. Existe uma grande influência da microbiota 
intestinal sobre o desenvolvimento do quadro depressivo e os neurotransmissores mais 
influentes relacionados a depressão são a serotonina, noradrenalina e a dopamina, 
sendo que o polimorfismo no gene transportador de serotonina é o foco principal dos 
estudos atuais, ofuscando os resultados obtidos em estudos com a noradrenalina e a 
dopamina. Além disso, as alterações ambientais também estão sendo consideradas 
como influentes importantes no desenvolvimento do quadro depressivo, uma vez que 
causam alterações a nível cerebral através de modificações epigenéticas. 
 
Palavras-Chave: Epigenética. Transtorno depressivo maior. Polimorfismo. Microbiota. 
Neurotransmissores. 
 
 
 
 
 
6 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................... 7 
2. OBJETIVOS .......................................................................... 12 
3. METODOLOGIA .................................................................... 14 
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................. 16 
 4.1 Aspectos Gerais da Depressão ......................................................... 17 
 4.2 Diagnóstico ....................................................................................... 19 
 4.3 Neurotransmissores .......................................................................... 20 
 4.4 Associação entre depressão e a microbiota intestinal .......................... 23 
 4.5 Serotonina ........................................................................................ 24 
 4.6 Noradrenalina ................................................................................... 27 
 4.7 Dopamina ......................................................................................... 28 
 4.8 Depressão e epigenética ................................................................... 29 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 32 
6. ANEXOS ............................................................................... 35 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................... 38 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
8 
 
 A depressão é um distúrbio afetivo, reconhecido como uma síndrome 
clínica há mais de 2 mil anos, que atinge mais de 300 milhões de pessoas do 
mundo todo e de todas as idades, segundo a Organização Mundial de Saúde 
(OMS). Até o ano 2030, os distúrbios depressivos estão projetados para serem os 
primeiros entre os transtornos que contribuem para o fardo global da doença 
(HABERSTICK; BOARDMAN; WAGNER et al., 2016). Esta doença constitui um 
dos mais comuns transtornos mentais conhecidos na atualidade, e é uma das 
principais causas de mortalidade e morbidade no mundo (SANTOS, 2016). A 
depressão é uma doença que afeta negativamente a capacidade funcional do 
doente, sendo que dificilmente o indivíduo consegue recuperar esta capacidade 
funcional, mesmo após aparentar recuperação clínica, tornando-se, assim, 
importante a pesquisa de estratégias que tenham como finalidade a melhoria do 
comportamento psicossocial do doente e, consequentemente, evitar a evolução 
da doença (BROWN et al., 2007; COWEN & SHERWOOD, 2013; HIRSCHFELD 
et al., 2002 apud SANTOS, 2016). 
 Ainda que esta síndrome acompanhe a humanidade ao longo da 
história, até hoje não foi encontrada uma explicação plenamente satisfatória de 
suas características intrigantes e paradoxais (BECK; ALFRORD, 2011). A 
primeira descrição clínica da melancolia, condição que hoje é rotulada de 
depressão, foi feitapor Hipócrates, no século IV a.C que definia um indivíduo 
melancólico como sendo aquele que apresentava humor perturbado e 
comportamento autodepreciativo, assemelhando-se com a tristeza. 
Hoje em dia sabe-se que existe uma grande diferença entre tristeza e 
depressão. A tristeza pode ser desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a 
pessoa sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo, não durando mais 
do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e, se não for tratada, pode 
piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave. Os sintomas da 
depressão são definidos como sendo: alteração específica no humor (tristeza, 
solidão, apatia), autoconceito negativo associado a auto recriminação e 
autoacusações, desejos regressivos e autopunitivos (fugir, esconder-se ou 
morrer), alterações vegetativas (anorexia, insônia, perda de libido) e alterações no 
nível de atividade (retardo psicomotor ou agitações) (BECK; ALFRORD, 2011). 
Os sintomas característicos deste distúrbio assemelham-se muito com o descrito 
9 
 
para a melancolia no século IV a.C sendo poucas as síndromes psiquiátricas que 
têm descrições clínicas tão constantes ao longo de sucessivas épocas da história. 
A depressão maior (transtorno depressivo maior) ou Distúrbio 
Depressivo Maior (DDM) é uma desordem complexa e heterogênea com um 
curso altamente variável (HABERSTICK; BOARDMAN; WAGNER et al., 2016). 
Atualmente, o Transtorno Depressivo Maior (TDM) é diagnosticado quando o 
humor deprimido, a perda de interesse ou o prazer nas atividades diárias, está 
presente por mais de duas semanas, e cinco ou mais sintomas (incluindo baixo 
humor e perda de interesse) ocorrem quase todos os dias (FLINT; KENDLER, 
2014). O TDM é um dos principais contribuintes para a carga global de doenças 
(ZHANG; MELLOR; PENG, 2017). 
Eventos estressantes da vida (Stressing Life Events - SLE) são as 
exposições documentadas mais consistentes entre aqueles com depressão. Estes 
eventos estressantes podem incluir, mas não estão limitados a: desemprego, 
problemas de saúde agudos ou significativos, dificuldades financeiras 
inesperadas ou persistentes e problemas de relacionamento (HABERSTICK; 
BOARDMAN; WAGNER et al., 2016) sendo, portanto, fatores externos que 
contribuem para o desenvolvimento da doença. Embora a natureza, o tipo e o 
momento dos eventos estressantes da vida sejam implicados como fontes de 
variabilidade no desenvolvimento da depressão, estão envolvidos também fatores 
biológicos e genéticos, como a pré-disposições e o funcionamento serotoninérgico 
(HABERSTICK; BOARDMAN; WAGNER et al., 2016). Sendo assim, fatores 
genéticos podem estimular ou mesmo causar transtornos do humor, como 
ansiedade e ou depressão (LACERDA-PINHEIRO; PINHEIRO JUNIOR; DE LIMA 
et al., 2014). 
As causas biológicas da depressão incluem mudanças ocorridas no 
funcionamento cerebral, principalmente no aspecto bioquímico. Em condições 
normais, o cérebro é responsável pelo comando de todos os nossos movimentos, 
comportamento, emoções e de funções vitais como respiração, digestão e 
circulação. As células responsáveis por todas essas ações são denominadas 
neurônios, que dependem de substâncias específicas, os neurotransmissores. 
Estas substâncias são responsáveis, portanto, pela transmissão de mensagens 
10 
 
entre os neurônios através da fenda sináptica. Estima-se que existam centenas 
de tipos de neurotransmissores no cérebro humano, e entre esses existem três 
que apresentam relação com o funcionamento cerebral na depressão: 
noradrenalina, dopamina e serotonina, sendo que o sistema serotoninérgico é um 
forte candidato genético para o desenvolvimento da depressão maior e suicídio 
(GILLESPIE; WHITFIELD; WILLIAMS et al., 2004). O sistema serotoninérgico 
inclui a síntese da serotonina, através do triptofano, pelas células enterocromafins 
no trato gastrointestinal e pelos neurônios serotoninérgicos no sistema nervoso 
central e seu transporte. 
Neurotransmissores são substâncias produzidas por neurônios, que 
são liberadas quando o axônio de um neurônio pré-sináptico é excitado. Estas 
substâncias, então viajam pela sinapse até a célula alvo, inibindo-a ou excitando-
a. A disfunção na quantidade produzida e utilizada de neurotransmissores está 
intimamente ligada à depressão (ANDRADE et al., 2003). O sistema 
serotoninérgico é o principal alvo dos tratamentos farmacológicos atuais. 
Pesquisas recentes demonstraram que a serotonina (5-HT) não atua diretamente 
no humor, mas sim no enviesamento negativo do processamento de informação 
emocional, que predispõe o indivíduo a sofrer de depressão. Foi descoberta ainda 
uma associação entre a inflamação periférica e a indução da enzima que 
metaboliza o precursor da 5-HT e também o envolvimento da amígdala e da 
microbiota na depressão (SANTOS, 2016). 
O termo epigenética origina-se do prefixo grego epi, que significa 
“acima” ou “sobre algo” e estuda as mudanças, herdadas ou não, nas funções dos 
genes, mas que não alteram as sequências de bases nucleotídicas da molécula 
de DNA (MULLER; PRADO, 2008). A epigenética desponta como uma nova 
fronteira a ser alcançada e transposta no cenário médico-científico. A 
compreensão dos mecanismos envolvidos no silenciamento e ativação de genes, 
além daqueles conhecidos pela genética molecular, permite a criação de modelos 
para tratamento de doenças (MULLER; PRADO, 2008). O estresse crônico e o 
excesso de compostos químicos deletérios acumulados no organismo podem 
causar alterações na estrutura das histonas associadas ao DNA e, assim, 
interferir no padrão de expressão dos genes, denominados de efeitos 
epigenéticos (CONNORS, 2010). Muitas dessas alterações epigenéticas 
11 
 
diminuem a produção de proteínas captadoras de serotonina, dessa forma a 
adrenalina se acumula entre as sinapses, causando os sintomas da depressão. 
Além disso, para a depressão, a deficiência de vitamina B6 tem sido identificada 
como um fator importante. Esta vitamina tem um papel importante relacionado 
com a produção do neurotransmissor serotonina, desta forma, com a deficiência 
de vitamina B6, haverá baixos níveis de serotonina e, consequentemente, o 
possível desenvolvimento da depressão (CONNORS, 2010). 
Apesar da evidência convincente de uma contribuição genética para a 
susceptibilidade à doença, poucas confirmações de fatores genéticos foram 
publicadas até o momento. No entanto, existe uma quantidade impressionante de 
literatura relevante (FLINT; KENDLER, 2014). Uma metanálise de estudos da 
epidemiologia genética do Transtorno Depressivo Maior (TDM) sugeriu que tanto 
os genes quanto o ambiente contribuem para a suscetibilidade à doença. 
Contudo, enquanto a herdabilidade do TDM é de até 37%, seis estudos de genes 
candidatos falharam em produzir evidências relacionadas a qualquer gene 
particular. Esse resultado é consistente com a sugestão de que os genes 
candidatos exercem pequenos efeitos biológicos sobre a suscetibilidade ao TDM; 
em vez disso, os efeitos conjuntos de numerosos genes podem gerar efeitos 
relativamente grandes (ZHANG; MELLOR; PENG, 2017). A análise genética 
permite a identificação de variantes de risco e, assim, aumenta a nossa 
compreensão de como o Transtorno Depressivo Maior surge, podendo levar a 
uma melhor prevenção e o desenvolvimento de novas e mais eficazes terapias 
(FLINT; KENDLER, 2014), porém a análise genética da TDM recentemente foi 
reconhecida como um dos maiores desafios enfrentados pelos pesquisadores da 
saúde (COLLINS et al., 2011). 
Portanto, diante da importância em aumentar a compreensão sobre a 
análise genética na identificação do Transtorno Depressivo maior e da dificuldadeencontrada em estabelecer uma relação entre a depressão e a genética por se 
tratar de um grande desafio para os profissionais da área, justifica-se o presente 
estudo. 
 
 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
13 
 
O objetivo do presente estudo foi realizar levantamento bibliográfico 
sobre os aspectos genéticos envolvidos no desenvolvimento da depressão e de 
um os seus tipos, o Transtorno Depressivo Maior, assim como seus sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
15 
 
O presente estudo se trata de uma revisão de literatura, onde foi 
efetuado levantamento bibliográfico e, com base em dados científicos, foi possível 
investigar a influência genética envolvida no desenvolvimento da depressão. 
Além das literaturas disponíveis na biblioteca da PUC-Campinas 
Campus II, foram utilizadas as bases de dados virtuais SciELo, Pubmed, Capes e 
Google Acadêmico. 
Utilizaram-se as palavras-chaves, a seguir, nas buscas dos artigos 
científicos: epigenética, transtorno depressivo maior, polimorfismo, microbiota e 
neurotransmissores. 
Primeiramente realizou-se uma busca de artigos que apresentaram 
relação com o assunto a ser descrito. Posteriormente, foi feita uma leitura crítica e 
as informações consideradas mais importantes para o trabalho foram 
selecionadas e reunidas resultando no atual projeto. Por fim, as considerações 
finais foram feitas com base no estudo realizado durante o levantamento 
bibliográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 
 
17 
 
4.1 Aspectos gerais da depressão 
A depressão constitui um dos mais comuns transtornos mentais 
conhecidos na atualidade, e é uma das principais causas de mortalidade e 
morbidade no mundo (SANTOS, 2016). Apesar de o termo depressão estar sendo 
muito utilizado através dos meios científicos e meios de comunicações leigos 
como sendo uma doença da atualidade, sabe-se que a partir do século I a.C o 
quadro depressivo já era descrito num contexto muito similar do que é 
caracterizado atualmente como doença (RODRIGUES, 2015). A depressão é uma 
desordem complexa e heterogênea, com um curso altamente variável 
(HABERSTICK; BOARDMAN; WAGNER et al., 2016), e, segundo a neurociência, 
pode também ser caracterizada como uma desordem do funcionamento cerebral 
(RODRIGUES, 2015). Estudos demonstram que 18,4% dos brasileiros 
apresentam pelo menos um episódio depressivo na vida, fazendo do Brasil o 
terceiro colocado entre os países com o maior número de pessoas que sofrem 
com depressão no mundo, ficando atrás da França (21%) e dos Estados Unidos 
(19,2%) (GUIMARÃES; FALCÃO, 2012 apud MONTEIRO, 2016). 
Segundo Fennel (1997), a depressão pode também ser caracterizada 
como resultado de alterações bioquímicas do cérebro, causada, principalmente, 
pelo baixo nível de serotonina, que é o neurotransmissor principal responsável 
pelo humor equilibrado e pela sensação de bem-estar dos indivíduos. Os 
sintomas da depressão são definidos, atualmente, como sendo: alteração 
específica no humor (tristeza, solidão, apatia), autoconceito negativo associado a 
auto recriminação e autoacusações, desejos regressivos e autopunitivos (fugir, 
esconder-se ou morrer), alterações vegetativas (anorexia, insônia, perda de libido) 
e alterações no nível de atividade (retardo psicomotor ou agitações) (BECK; 
ALFRORD, 2011). 
Segundo Stahl (1998), a depressão é uma emoção universal, ou seja, 
já foi, ou ainda será vivenciada por todas as pessoas em algum período de suas 
vidas. A desinformação sobre esta doença em nossa cultura nos dias atuais cria 
conceitos populares equivocados que são disseminados criando a ideia de que 
uma doença mental, como a depressão, não é doença, mas sim deficiência de 
caráter que pode ser superada através do esforço. 
18 
 
O transtorno depressivo maior (TDM) é um dos tipos de depressão 
diagnosticado quando o humor deprimido, a perda de interesse ou o prazer nas 
atividades diárias estão presentes por mais de duas semanas e cinco ou mais 
sintomas ocorrem quase todos os dias (FLINT; KENDLER, 2014). Além disso, 
mudanças no apetite ou peso, sono e atividades psicomotoras, diminuição da 
energia, sentimento de desvalia ou culpa, dificuldade para pensar, concentrar-se 
ou tomar decisões, pensamentos sobre morte e pensamentos suicidas incluindo 
planos ou tentativas de suicídio, são sintomas adicionais relevantes para 
caracterizar o transtorno (ALMADA; BORGES; MACHADO, 2014). 
Atualmente a depressão lidera todas as causas que levam às 
incapacidades funcionais e sociais em países de renda média e alta (KESSLER et 
al, 2009; MUNHOZ, 2012 apud RODRIGUES, 2015) e, a Organização Mundial da 
Saúde (OMS), estima que cerca de 151 milhões de pessoas tenham suas 
atividades diárias comprometidas, assim como sua saúde geral, em decorrência 
da depressão (PRINCE et al., 2007). 
A depressão é um indicador de prognóstico negativo em patologias 
como AVC, doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo II. Além disso, 
quando a depressão está associada a patologias crônicas existe um aumento do 
risco de suicídio, na medida em que os comportamentos psicossociais 
característicos da depressão (diminuição da aderência ao tratamento, negligência 
na alimentação e sono, diminuição da atividade física e comportamentos pouco 
saudáveis) se manifestam (SANTOS, 2016). Contudo, independentemente da 
existência ou não de uma doença crônica associada, a depressão está 
relacionada a vários casos de suicídio, sendo que há registos de cerca de um 
milhão por ano, ou seja, cerca de 3000 suicídios por dia associados a esta 
doença (MARCUS et al., 2012). 
Foi no final da década de 50 que os primeiros fármacos 
antidepressivos foram descobertos, o que influenciou grandes mudanças em 
relação ao entendimento da depressão, pois ela passou a ser considerada uma 
doença passível de tratamento como qualquer outra (SILVA, 2011 apud 
MONTEIRO, 2016). Embora as causas ainda não estarem completamente 
conhecidas, muitas teorias têm sido propostas para tentar explicar o 
19 
 
desenvolvimento da depressão, incluindo uma interação de diferentes fatores 
biológicos, sociais e psicológicos (CANALE; FURLAN, 2006). Considerando a 
base biológica da depressão, as principais teorias situam-se nos estudos sobre 
neurotransmissores cerebrais, bem como seus receptores (BAHLS, 1999). 
4.2 Diagnóstico 
O diagnóstico da depressão é feito, geralmente, por um médico 
psiquiatra ou por um psicólogo, sendo que os critérios utilizados para compor este 
diagnóstico podem variar (MONTEIRO, 2016). Para facilitar a comunicação entre 
os profissionais envolvidos, a Conferência Internacional de Doenças feita pela 
Organização Mundial da Saúde, em sua décima versão, (CID-10), elaborou um 
sistema padrão de diagnóstico (Tabela 1) em caso de pacientes com suspeita de 
depressão (MONTEIRO, 2016). Este sistema analisa a presença dos sintomas 
considerados fundamentais e os que são considerados acessórios que, quando 
em conjunto no indivíduo, determinam o tipo de episódio depressivo que está 
sendo manifestado (FLECK et al., 2009 apud MONTEIRO, 2016). 
Tabela 1. Sistema padrão de diagnóstico de quadro depressivo segundo a CID-
10. 
SintomasFundamentais 
1. Humor deprimido 
2. Perda de interesse 
3. Fatigabilidade 
Sintomas acessórios 
1. Concentração e atenção reduzidas 
2. Autoestima e autoconfiança reduzidas 
3. Ideias de culpa e inutilidade 
4. Visões desoladas e pessimistas do futuro 
5. Sono perturbado 
6. Apetite diminuído 
*Episódio leve: 2 fundamentais + 2 sintomas acessórios 
 Episódio moderado: 2 fundamentais + 3 a 4 sintomas acessórios 
 Episódio grave: 3 sintomas fundamentais + >4 acessórios 
Fonte: Fleck et al. (2009). 
20 
 
A Classificação Internacional das Doenças (CID), da Organização 
Mundial da Saúde, em sua décima revisão, a CID-10, aprovada em maio de 1990, 
apresenta os transtornos do humor. Os episódios depressivos são classificados 
de acordo com as regras descritas no subitem F32. 
O episódio depressivo pode ser classificado, levando em consideração 
a intensidade, como: leve, moderado ou grave. Os episódios leves e moderados 
podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de sintomas 
somáticos. Os episódios depressivos graves são subdivididos de acordo com a 
presença ou ausência de sintomas psicóticos. 
Apesar de este sistema padrão criado pela CID-10 ser o utilizado para 
o diagnóstico da depressão, este não deve ser fechado, ou seja, não deve levar 
em consideração somente os aspectos listados, sendo que este padrão foi criado 
apenas a fim de facilitar a comunicação entre os profissionais envolvidos no 
diagnóstico uma vez que o transtorno depressivo é, geralmente, muito complexo 
(MONTEIRO, 2016). 
4.3 Neurotransmissores: 
O sistema nervoso, em conjunto com o sistema endócrino, é 
responsável por controlar a maioria das funções do organismo. As principais 
células que compõem o sistema nervoso recebem o nome de neurônios. Do corpo 
de cada neurônio saem diversos prolongamentos que são chamados dendritos e 
o axônio. Estes prolongamentos funcionam como se fossem fios que carregam os 
impulsos nervosos captados pela visão, olfato, paladar, audição e tato. Dessa 
forma, o neurônio, ao receber um determinado impulso, pode transmitir um 
estimulo excitatório ou inibitório a outro neurônio localizado a distância (Figura 1). 
Esta comunicação de neurônio a neurônio não ocorre na proporção de 1 para 1, 
pelo contrário, muitas vezes um único neurônio pode enviar impulsos nervosos a 
muitos outros, por meio das diversas ramificações finais e de seu axônio 
(ANDRADE; SILVA; MOREIRA et al., 2003). 
21 
 
Figura 1. Estrutura da célula nervosa (neurônio), demonstrando onde ocorre a sinapse 
sendo possível observar o sentido da propagação do impulso nervoso 
 
Fonte: Borges (2015). 
Os impulsos nervosos passam de um neurônio para outro através do 
axônio, mas, para isso, devem vencer um espaço existente entre eles 
denominado de fenda sináptica, sendo que esta função de passar e receber o 
estímulo recebe o nome de sinapse. Para que os impulsos nervosos possam 
vencer esse espaço, o primeiro neurônio, através dos impulsos que chegam a sua 
terminação, liberam sustâncias químicas que estimulam ou inibem o neurônio 
seguinte. Essas substâncias químicas, sintetizadas e liberadas pelos neurônios, 
recebem o nome de neurotransmissores, os quais tem um papel fundamental no 
sistema nervoso (ANDRADE; SILVA; MOREIRA et al., 2003) sendo que a 
disfunção na quantidade produzida e utilizada de neurotransmissores está 
intimamente ligada à depressão (ANDRADE; SILVA; MOREIRA et al.,2003). 
Monoaminas são substâncias bioquímicas derivadas de aminoácidos 
através do processo de descarboxilação. As monoaminas estão envolvidas na 
principal hipótese que relaciona os neurotransmissores e a depressão, e 
subdividem-se em: catecolaminas (dopamina (DA) e noradrenalina (NE)), e 
indolamina (serotonina (5HT)). A hipótese das monoaminas baseia-se na 
deficiência das aminas biogênicas (particularmente NE, DA e 5HT) como causa 
da depressão. A primeira hipótese aminérgica foi proposta por Schildraut (1965) e 
Bunney e Davis (1965) sendo denominada de hipótese catecolaminérgica uma 
vez que propunha que a depressão estava associada a um déficit das 
catecolaminas, principalmente a NE (BAHLS, 1999). Posteriormente, a hipótese 
serotonérgica surgiu, proposta por Van Praag e Korf (1971), levando a um grande 
avanço uma vez que proporcionou o desenvolvimento da classe de 
22 
 
antidepressivos chamados de Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina 
(ISRS) (BAHLS, 1999). A hipótese dopaminérgica proposta por Wilnner (1990) 
trata da implicação da DA nos fenômenos de recompensa cerebral. A hipótese 
das monoaminas derivou-se inicialmente da compreensão advinda do 
conhecimento sobre o mecanismo de ação dos primeiros antidepressivos 
(tricíclicos e inibidores da monoaminoxidase – IMAO) que aumentam as 
concentrações de monoaminas nas fendas sinápticas cerebrais (GRAEFF; 
BRANDAO, 1993; LEONARD, 1997; STAHL, 1998). 
Um cérebro adulto possui um fator de crescimento denominado BDNF 
(Brain-Derived Neurotrophic Factor) que é responsável por controlar a 
neurogênese e a sobrevivência dos neurônios. A neurogênese (sequência de 
eventos que leva à formação do sistema nervoso) ocorre no hipocampo através 
de BDNF dependente de NA (noradrenalina) e 5-HT (serotonina). Desta forma, 
pessoas que apresentam diminuição nos níveis de NA e de 5-HT apresentam 
comprometimento na manutenção dos neurônios nessa área do cérebro 
(GODDARD et al., 2010). 
GABA e glutamato têm como precursor a glutamina, que é um 
aminoácido não essencial abundante no corpo, sendo que no cérebro a principal 
fonte de glutamina são os astrócitos (SUAREZ; BODEGA; FERNANDEZ, 2002 
apud MONTEIRO, 2016). O glutamato é um aminoácido que atua como 
neurotransmissor excitatório no cérebro e não é capaz de ultrapassar barreira 
hemato-encefálica, portanto, toda a sua produção ocorre nos neurônios e células 
da glia. Ele pode ser sintetizado no cérebro de três maneiras: por meio da enzima 
glutaminase, que transforma a glutamina em glutamato; a partir da enzima 
transaminase, que por meio do ɑ-cetoglutarato pode dar origem ao glutamato e a 
partir do ácido γ-aminobutírico (GABA), por meio de reação com a enzima 
glutamato descarboxilase (MITCHELL; BAKER, 2010 apud MONTEIRO, 2016). O 
neurotransmissor GABA também não é capaz de atravessar a barreira hemato-
encefálica sendo, portanto, formado no cérebro a partir do glutamato por ação da 
enzima glutamato descarboxilase, fazendo da glutamina um precursor indireto 
desse neurotransmissor (SIGMA, 2016). 
23 
 
Sabe-se hoje em dia que costuma-se reportar, na depressão, um 
distúrbio bioquímico que ocasiona a hipoatividade de alguns neurotransmissores, 
principalmente serotonina (5-HT), noradrenalina (NA) e dopamina (DA), que pode 
estar envolvida com a hiperatividade inibitória de outros neurotransmissores, 
como GABA e glutamato (WERNER; COVEÑAS, 2010 apud MONTEIRO, 2016). 
4.4 Associação entre a depressão e a microbiota intestinal: 
Nos dias atuais, a função do trato gastrointestinal e o efeito das 
bactérias sobre a microbiota intestinal têm sido muito discutidos (RODRIGUES, 
2015). A cultura oriental antiga já tratava o intestino como principal causa da 
maioria das doenças, e este saber milenar está sendo confirmado, em partes, por 
estudiosos contemporâneos. Há muito tempo o intestino era visto apenas por sua 
função básica de absorver nutrientes provenientes dos alimentos da dieta, mas 
agora é considerado um “segundo cérebro” do corpo humano (POVOA, 2002). Tal 
consideração se faz por sua função de produzir neurotransmissores assim como o 
cérebro (RODRIGUES, 2015). Vários estudos sugerem que existem diversosdesequilíbrios das comunidades bacterianas nos quadros depressivos e que estes 
tendem a se acentuar durante os episódios agudos da doença (TORRES; 
BARBOSA; GOMES; MIYAJIMA, 2017). 
Atualmente sabe-se que existe uma relação fundamental entre o 
intestino e os aspectos envolvidos na saúde, principalmente pela capacidade de 
permeabilidade intestinal (ALMEIDA et al., 2009). Desde o século XIV a 
importância do estudo da microbiota intestinal vem aumentando, e determinar a 
constituição de uma microbiota saudável e a variabilidade encontrada entre as 
populações é um pré-requisito para avaliar desvios que possam estar 
relacionados com algumas doenças (CLEMENTE et al., 2012 apud RODRIGUES, 
2015). 
A microbiota intestinal é composta por inúmeras colônias de 
microrganismos que habitam o trato gastrointestinal de maneira simbiótica, sendo 
que o equilíbrio nesta relação é fundamental para se ter um corpo saudável 
(CARRENHO, 2014; RODRIGUES, 2015). A parede intestinal abriga tanto 
bactérias benéficas quanto patogênicas, sendo que para que haja um 
funcionamento considerado ótimo, é necessário que exista um equilíbrio entre 
24 
 
estas populações (RODRIGUES, 2015). O intestino grosso é responsável por 
abrigar a maior parte destes microrganismos uma vez que permite uma maior 
adesão e colonização bacteriana (BOURLIOUX, 2003). 
O transtorno depressivo caracteriza-se pela hipoatividade (baixa 
atividade) de monoaminas no SNC (sistema nervoso central) sendo que essa 
hipoatividade pode acontecer por falha na produção das monoaminas ou defeitos 
que levam a sua destruição ou impedindo-as de alcançar seu destino final – o 
neurônio pós-sináptico (GOLAN, 2014 apud MONTEIRO, 2016). Para a síntese 
da 5-HT é necessário que haja consumo regular do aminoácido essencial 
triptofano, assim como que para a síntese de DA e NA é necessário a presença 
dos aminoácidos essenciais tirosina e fenilalanina respectivamente. Dietas pobres 
em precursores destas monoaminas diminuem a quantidade disponível no 
cérebro para a posterior produção de neurotransmissores que equilibram o humor 
(PARKER; BROTCHIE, 2011; RUHE; MASON; SCHENE, 2007 apud MONTEIRO 
2016). Entretanto, a relação de deficiência de tirosina e fenilalanina com a 
depressão não obteve resultados tão claros quanto comparados à deficiência de 
triptofano (precursor da serotonina) e depressão (MONTEIRO, 2016). 
A serotonina está associada à saúde física e mental. Diversos estudos 
já relacionaram o aumento dos níveis séricos de serotonina com a melhora no 
humor; e a deficiência de serotonina ou receptores de serotonina com problemas 
de humor, sendo que níveis muito baixos geram comportamento depressivo e até 
mesmo suicida (MONTEIRO, 2016). 
4.5 Serotonina: 
4.5.1 Correlação entre microbiota e serotonina 
A serotonina (5-hidroxitriptamina; 5-HT) é uma monoamina sintetizada 
a partir do triptofano, sendo que esta molécula está distribuída por todo o corpo, e 
cerca de 90% é produzida pelas células enterocromafins do trato gastrointestinal 
(COWEN & BROWNING, 2015; HAASE & BROWN, 2015; O’MAHONY, CLARKE, 
BORRE, DINAN & CRYAN, 2015; YANO et al., 2015) 
25 
 
Segundo Logan e Katzman (2004), alterações na motilidade do 
intestino e na acidez gástrica podem ser causas do desequilíbrio da microbiota 
intestinal e isto pode ter efeito direto nos neurotransmissores. 
 Durante a década de 1970, muitos experimentos surgiram, 
sugerindo que modificações na composição da dieta de um indivíduo poderiam 
influenciar diretamente na produção dos neurotransmissores, afetando 
consequentemente, as funções cerebrais (RODRIGUES, 2015). A serotonina, 
neurotransmissor derivado do triptofano, é importante na regulação de estados de 
humor e, através de sua ação no sistema nervoso entérico, acaba interferindo na 
motilidade gastrointestinal (contração e relaxamento do musculo liso), no estímulo 
ou inibição das secreções intestinais, bem como responde à dor visceral 
(MCLEAN et al., 2007; GONÇALVES, 2014 apud RODRIGUES, 2015). 
A serotonina (5HT) é um neurotransmissor da classe indoamina 
(BAHLS, 1999) que possui papel importante na regulação de funções fisiológicas 
através da sua ação, tanto como um neurotransmissor como de um hormônio 
(RIDAURA; BELKAID, 2015 apud RODRIGUES, 2015). Atualmente, várias 
evidências comprovam que os metabólitos microbianos, no intestino, podem 
afetar a produção de serotonina impactando, portanto, em suas funções 
fisiológicas. Sendo assim, o sistema serotoninérgico vem sendo reconhecido 
como um importante substrato biológico na patogênese de transtornos de caráter 
afetivo como a depressão (REIF; LESCH, 2003 apud FOSTER; NEUFELD, 2013). 
Pesquisas recentes demonstram que a serotonina possui uma íntima 
relação com a digestão e absorção, uma vez que sua síntese depende da boa 
absorção de alguns nutrientes pelo intestino, que irão garantir a síntese de 
substâncias precursoras da serotonina (RODRIGUES, 2015). Atualmente 
acredita-se que a depressão está ligada a deficiências nutricionais que impedem 
a síntese de neurotransmissores, como, por exemplo, serotonina, noradrenalina e 
dopamina, que são alguns dos neurotransmissores responsáveis pelo humor 
(POVOA, 2002 apud RODRIGUES, 2015). Algumas bactérias potencialmente 
benéficas, quando apresentam suas populações reduzidas através do estresse e 
de doenças crônicas, podem influenciar no desenvolvimento da depressão por 
uma série de mecanismos. Desta forma, a terapia com probióticos tem sido 
26 
 
utilizada para melhorar a má digestão da lactose, por exemplo, sendo uma 
descoberta importante quando é considerado que a má absorção da lactose está 
associada com os primeiros sinais de depressão, uma vez que a má absorção de 
lactose resulta em concentrações elevadas de lactose no intestino interferindo no 
metabolismo do triptofano e consequentemente na disponibilidade de serotonina 
(LOGAN; KATZMAN, 2004). 
4.5.2 Correlações genéticas com a serotonina 
O principal eixo genético ligado à depressão maior relaciona-se com a 
cascata molecular responsável pela síntese e transporte da serotonina (DIAS, 
2009), sendo que o achado mais consistente relaciona-se com a presença de 
uma ou mais cópias do alelo curto (5-HTTLPR) na região promotora do gene 
transportador deste neurotransmissor (5HT) (KUMAKIRI, KODAMA, et al., 1999; 
CASPI, SUGDEN et al., 2003; HOEFGEN, SCHULZE et al., 2005; OLSSON, 
BYRNES et al., 2005; SERRETI, MANDELLI et al., 2005; LEVINSON, 2006; 
LAZARY, LAZARY et al., 2008 apud DIAS, 2009). 
A principal função do transportador da serotonina é remover a 
serotonina da sinapse devolvendo-a para o neurônio pré-sináptico onde este 
neurotransmissor poderá ser degradado ou reutilizado. O polimorfismo na região 
promotora do gene transportador da serotonina (5-HTTLPR) afeta a transcrição 
deste gene gerando um alelo curto (s) que é menos eficiente do que o alelo longo 
(l) (KARG et al., 2011). 
Em 2003, Caspi e seus colegas desenvolveram um projeto para 
examinar a relação entre o polimorfismo 5-HTTLPR, o estresse e a depressão em 
um grande grupo de pessoas e encontraram uma interação significativa entre o 5-
HTTLPR com eventos estressantes da vida (SLE) e maus-tratos na infância no 
desenvolvimento de depressão. Nesta coorte, indivíduos portadores do alelo 
curto, que seria menos funcional (5-HTTLPR) relataram maior sensibilidade aos 
estresses sendo mais suscetíveis a desenvolverem o transtorno depressivo 
(KARG et al., 2011). 
Neste estudo prospectivo-longitudinal de uma coorte representativa de 
nascimentos, foi testado experiências estressantes que levam à depressão em 
27 
 
algumas pessoas, mas não em outras. Um polimorfismofuncional na região 
promotora do gene transportador de serotonina (5-HT) foi encontrado para 
moderar a influência de eventos estressantes na depressão. Indivíduos com uma 
ou duas cópias do alelo curto do polimorfismo do promotor 5-HT exibiram mais 
sintomas depressivos, depressão diagnosticável e probabilidade de suicídio em 
relação a eventos de vida estressantes do que indivíduos homozigotos para o 
alelo longo. Este estudo epidemiológico, portanto, fornece evidências de uma 
interação gene-ambiente, em que a resposta de um indivíduo aos insultos 
ambientais é moderada por sua composição genética (CASPI et al., 2003). 
Os alelos do neurotransmissor 5HT são responsáveis pela síntese da 
proteína transmembrana, cuja função é ativar a receptação da serotonina na 
célula pré-sináptica (DIAS, 2009). Desta forma, o polimorfismo 5-HTTLPR 
relaciona-se com uma menor sensibilidade a antidepressivos inibidores da 
receptação seletiva de serotonina (ZANARDI, BENEDETTI et al., 2000 apud 
DIAS, 2009), ou seja, a presença de alelos curtos está associada à diminuição da 
atividade serotonérgica em humanos (CAROLA, FRAZZETTO et al., 2008). Com 
isto em mente é possível assumir que a depressão esteja de fato associada a 
fatores genéticos, tais como o 5-HTTLPR (CHOTAI, SERRETTI et al., 2003 apud 
DIAS, 2009) tendo em vista que a depressão é relacionada à vulnerabilidade 
genética e não a um gene determinado (CASPI, SUGDEN et al., 2003; 
LEVINSON, 2006 apud DIAS, 2009). 
4.6 Noradrenalina 
 A noradrenalina é um neurotransmissor da classe das 
catecolaminas. Possui atuação no sistema nervoso autônomo sendo responsável 
pelo aumento do estado de vigilância e atenção às informações sensoriais 
(MONTEIRO, 2016). Desta forma, sua atividade é aumentada em situações de 
estresse ou em situações que demandam muita atenção e é diminuída durante o 
sono (MONTEIRO, 2016). Segundo Moret e Briley (2011) os neurônios 
noradrenérgicos atuam fortemente em regiões cerebrais que são responsáveis 
pela emoção e cognição com funções variadas que incluem a regulação do 
apetite, resposta ao prazer, satisfação sexual e comportamentos agressivos. 
28 
 
 Assim como a serotonina, a noradrenalina também possui um 
transportador, que é denominado “NET”. Este transportador tem a função de 
autorrecaptação e é codificado pelo gene SLC6A2, localizado no cromossomo 16, 
na banda citogenética 16q12.2, sendo que este gene (NET) possui alta homologia 
com os genes codificadores dos transportadores de serotonina e dopamina 
(BAFFA et al., 2010). Estudos sobre a relação do polimorfismo no gene NET e a 
sua associação com a depressão já foram realizados, porém os dados ainda se 
mostram contraditórios (MORET; BRILEY, 2011). 
 Contudo, já se sabe que a noradrenalina, que atua tanto como 
neurotransmissor quanto como modulador de outros neurotransmissores no 
Sistema Nervoso Central, desempenha um papel importante na sintomatologia da 
depressão, uma vez que uma eficiente neurotransmissão noradrenérgica está 
relacionada com melhoras cognitivas e mentais. Desta forma, a NA é alvo de 
antidepressivos tricíclicos e ISNRs (Inibidores Seletivos da Recaptação de 
Noradrenalina) (INOUE et al., 2007). 
4.7 Dopamina 
A hipótese da dopamina relacionada a esquizofrenia e a ênfase que se 
dá em outros neurotransmissores, como a noradrenalina, a serotonina e a 
acetilcolina, na patogênese da depressão, afastaram a atenção de evidências 
importates que implicam a dopamina em transtornos afetivos como a depressão 
(BROWN; GERSHON, 1993). A dopamina, uma monoamina da classe das 
catecolaminas, atua em vias de sinalização que estão relacionadas com a 
atividade motora, motivação e cognição (DUNLOP; NEMEROFF, 2007). A 
dopamina também está associada ao sentimento de prazer e à noção de 
recompensa e motivação, sendo assim, pode inlfuenciar em diversos 
comportamentos como apetite e o vício (TYE et al., 2013; STEHNO-BITTEL, 2008 
apud MONTEIRO, 2016). 
Este neurotransmissor exerce sua função no neurônio pós-sináptico 
através de receptores que são dividos em dois grupos: os receptores da família D1 
e os receptores da família D2 (MONTEIRO, 2016). Pacientes que sofrem de 
depressão apresentam maior quantidade de receptores de DA da família D2 
quando comparados a pessoas saudáveis (NEWBERG; AMSTERDAM; SHULTS, 
29 
 
2007 apud MONTEIRO, 2016). Acredita-se que isto se deve ao fato da existência 
de uma resposta compensatória de up-regulation com o objetivo de potencializar 
a atividade dopaminérgica quando existe deficiência de DA no sistema nervoso 
central (RUHE; MASON; SCHENE, 2007; WERNER; COVEÑAS, 2010). 
Além disso, existem evidências clínicas que incluem alterações nos 
sintomas depressivos com o envelhecimento, concomitante com possíveis 
alterações no metabolismo da dopamina e, há uma quantidade considerável de 
evidências farmacológicas sobre a eficácia dos antidepressivos com efeitos 
dopaminérgicos no tratamento da depressão (BROWN; GERSHON, 1993). 
 Um estudo foi realizado em 2005 com pacientes depressivos e 
pacientes controles, por Tremblay e colegas onde utilizou-se sulfato de 
dextroanfetamina que, semelhante a cocaína, aumenta a ação dopaminérgica nos 
neurônios. Como resultado, pacientes depressivos, curiosamente, apresentaram 
melhor resposta de humor e efeitos relacionados à recompensa do que os 
pacientes do grupo controle. Através da utilização de imagem por ressonância 
magnética funcional (IRMf) foi possível observar que, os pacientes deprimidos 
obtiveram melhores resultados com a droga porque contavam com um número 
maior de receptores de DA, provenientes do mecanismo compensatório (up-
regulation) (TREMBLAY et al., 2005). 
Quando de trata da depressão, os estudos dopaminérgicos foram 
intensamente ofuscados por estudos relacionados a circuitos serotonérgicos e 
noradrenérgicos. Mesmo assim, sabe-se que pacientes tratados com ISRSs 
(inibidores seletivos de recaptação de serotonina) e ISRNs (inibidores seletivos de 
recaptação de noradrenalina) não atingem remissão completa e, estes 
antidepressivos não atuam nos neurônios dopaminérgicos podendo-se concluir, 
portanto, que existe uma grande e importante participação desta monoamina, a 
dopamina, na patofisiologia da depressão (DUNLOP; NEMEROFF, 2007). 
4.8 Depressão e a epigenética 
Estudos indicam que a depressão esteja não só relacionada com 
alterações genéticas, mas também ambientais, na medida em que esta é 
influenciada por fatores patogênicos ambientais que podem desencadear 
30 
 
alterações a nível cerebral, através de modificações epigenéticas (BANSAL et al., 
2016; CAI et al., 2013; CÓRDOVA-PALOMERA et al., 2015). Os processos 
epigenéticos são mecanismos muito complexos sendo que pequenas falhas na 
manutenção ou estabelecimento destes processos podem acabar alterando a 
fisiologia normal da célula e, consequentemente, vir a desencadear o 
desenvolvimento de alguma doença (OLIVEIRA, 2012). 
O termo epigenética é definido pela alteração na expressão gênica, 
que em alguns casos pode ser herdável, sem que haja mudança na sequência 
primária de DNA, sendo que a metilação do DNA e a modificação das histonas 
são importantes mecanismos envolvidos neste processo de alteração (Figura 2) 
(OLIVEIRA, 2012). 
Figura 2. Modelo de fatores epigenéticos. 
 
Fonte: Modificado de <http://commonfund.nih.gov/epigenomics/figure.aspx>. 
Um estudo realizado por Alexandro Ayala, do National Institutes of 
Health (NIH), nos Estados Unidos, mostrou que macacos criados na ausência das 
mães respondem com altas elevações de CRH (hormônio liberador de 
corticotrofina, com importante influência na resposta fisiológica ao estresse) e 
comisolamento social, quando comparados aos macacos criados em condições 
normais. É possível fazer uma relação desses eventos à depressão em humanos. 
Estudos mostram níveis de ACTH (adrenocorticotrofina), em resposta ao 
estresse, seis vezes maiores em mulheres que sofreram abusos na infância, 
31 
 
quando comparadas ao grupo controle (mulheres que não sofreram abusos). Ou 
seja, experiências traumáticas em etapas iniciais da vida predispõem à maior 
vulnerabilidade aos efeitos epigenéticos do estresse e à depressão na idade 
adulta (TEMAS ATUAIS EM BIOLOGIA, 2013). 
O hormônio liberador de corticotrofina (CRH) é um hormônio 
sintetizado no hipotálamo, que tem como função a liberação do hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH), também denominado corticotrofina, pela adeno-
hipófise. O CRH apresenta papel fundamental na fisiopatologia dos distúrbios 
relacionados ao estresse crônico, tais como depressão e ansiedade. A secreção 
do ACTH é aumentada em situações de estresse, e a elevação de sua secreção, 
na presença de endotoxinas, é mediada pelas citocininas sintetizadas 
perifericamente ou no hipotálamo, que estimula a secreção do hormônio liberador 
de corticotrofina (CRH). A inibição da secreção de ACTH depende de 
retroalimentação dos esteróides da adrenal sobre o hipotálamo (SPINOSA; 
GÓRNIAK; BERNARDI, 2006). 
A concentração aumentada de glicocorticóides reduz a sensibilidade 
hipofisária ao fator CRH, diminuindo a resposta ao estresse. Além de reduzir o 
número de receptores para CRH nos corticotrofos, os glicocorticóides também 
inibem a polimerização do RNAm, diminuindo a expressão da pró-
opiomelanocotina (POMC). Esta, por sua vez, é uma grande proteína, 
normalmente sintetizada na hipófise intermediária, precursora do ACTH 
(SPINOSA; GÓRNIAK; BERNARDI, 2006). 
Associações com a epigenética na depressão já estão sendo 
estudadas. O interesse no mecanismo epigenético com um distúrbio de humor, 
parte do princípio de que interações ambientais são capazes de modificar 
respostas transcricionais sem haver alteração na sequência de DNA, o que 
explicaria a diferença da incidência da doença em gêmeos monozigóticos, por 
exemplo. Os mecanismos mais estudados são metilação do DNA, acetilação e 
metilação de histonas e microRNAs que alteram expressão gênica (KRISHNAN; 
NESTLER, 2008 apud MONTEIRO, 2016). 
 
32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
33 
 
A partir da realização deste trabalho pode-se concluir que a depressão, 
considerada uma doença da atualidade na verdade possui um longo histórico, 
descrita por pensadores como Hipócrates desde o século I a.C. Os sintomas 
descritos desde então são mantidos até hoje, com apenas algumas modificações 
e acréscimos, sendo poucas as doenças psiquiátricas que possuem descrições 
clínicas tão constantes ao longo da história. 
A depressão é caracterizada como um transtorno afetivo, que, segundo 
a Organização Mundial de Saúde, atinge cerca de 300 milhões de pessoas no 
mundo todo atualmente. Desta forma, é possível concluir que existe uma 
necessidade cada vez maior de atenção para este transtorno, uma vez que 
doenças de caráter afetivo, como a depressão, estão projetadas a ultrapassarem 
o número de casos problemáticos de doenças infecciosas e de desnutrição, por 
exemplo. As causas da depressão dependem de diversos fatores que, isolados ou 
em conjunto, podem levar um indivíduo a desenvolver a doença. Alguns destes 
fatores são: pré-disposição genética, doenças, mudanças hormonais, efeitos 
colaterais de remédios, fatores estressantes e alteração da microbiota. 
Também foi possível concluir que o intestino e a microbiota intestinal 
possuem grande influência sobre o desenvolvimento da depressão, uma vez que 
já se comprovou que o intestino possui a função de produzir neurotransmissores, 
assim como o cérebro. O desequilíbrio das comunidades bacterianas que 
compõem a microbiota também tem sido sugerido como influente nos quadros 
depressivos. 
O principal eixo genético relacionado à depressão maior se relaciona à 
cascata molecular responsável pela síntese e transporte da serotonina, que é um 
neurotransmissor, em relação a presença de uma ou mais cópias do alelo curto 
na região promotora do gene transportador do neurotransmissor. Sendo assim, 
estudos revelam o papel importante que o polimorfismo (inserção / deleção) tem 
na relação entre eventos estressantes da vida e depressão, constatando que os 
portadores de um ou mais alelos short são mais propensos a desenvolverem 
depressão quando expostos aos fatores estressantes. Pesquisas recentes 
demonstraram também que a serotonina (5-HT) não atua diretamente no humor, 
34 
 
mas sim no enviesamento negativo do processamento de informação emocional, 
que predispõe o indivíduo a sofrer de depressão. 
Em relação ao neurotransmissor noradrenalina estudos vêm sendo 
realizados para melhor compreensão da relação do polimorfismo do gene 
transportador deste neurotransmissor com a depressão, porém, os dados obtidos 
ainda se mostram contraditórios. 
Foi possível concluir também que a dopamina provavelmente contribui 
significativamente para a fisiopatologia da depressão. No entanto, o papel da 
dopamina nesta síndrome deve ser entendido no contexto de teorias existentes 
envolvendo outros neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina, que 
podem agir de forma independente, e interagir com a dopamina e outros 
neuroquímicos, para contribuir para a depressão. 
Além das contribuições genéticas citadas, estudos indicam que a 
depressão está ligada também com alterações ambientais que podem 
desencadear alterações a nível cerebral através de modificações epigenéticas. 
Portanto, foi possível concluir que uma análise genética dos fatores 
que estão relacionados com a depressão permite a identificação de variantes de 
risco e, assim, aumenta a compreensão de como o Transtorno Depressivo Maior 
surge, podendo, consequentemente, levar a uma melhor prevenção e o 
desenvolvimento de novas e mais eficazes terapias, desta forma, é de extrema 
relevância que estudos relacionados a esta aera sejam feitos, apesar de, 
recentemente, a análise genética relacionada com a depressão ter sido 
reconhecida como um dos maiores desafios enfrentados pelos pesquisadores da 
saúde. 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. ANEXOS 
 
36 
 
 
37 
 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
39 
 
ALMADA, L. F.; BORGES, M. F.; MACHADO, S. E. C. Considerações 
neurobiológicas sobre a depressão maior, um histórico neurocientífico. Encontro: 
Revista de Psicologia [S.I], v. 17, n. 26, p. 111-114, 2014. 
ANDRADE, R. V.; SILVA, A. F.; MOREIRA, F. N.; SANTOS, H. P. S.; DANTAS, H. 
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