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©Shutterstock/Katiekk Geografia Livro do professor Livro de atividades 6 5 4 9o. ano Volume 2 Impactos socioambientais na Ásia, Europa e Oceania 21 Exploração dos recursos naturais na Ásia, Europa e Oceania 14 Paisagens naturais da Ásia, Europa e Oceania 2 2 Livro de atividades Eurásia: corresponde a uma massa continental, sob o ponto de vista físico e geológico, que se estende desde a Península Ibérica (na porção oeste europeia) até o ex- tremo leste da Sibéria (na porção asiática). Pelas carac- terísticas culturais e históricas, costuma-se dividir essa massa continental em dois continentes: Europa e Ásia. Laurásia: é a denominação atribuída a uma extensa massa continental que representou uma das duas por- ções separadas de Pangeia (o supercontinente que in- tegrava todas as terras emersas durante o final da Era Paleozoica), a qual era composta de parte dos atuais continentes norte-americano e Eurásia. Gondwana: é a outra parte dividida de Pangeia, que agre- gava partes dos atuais territórios da América do Sul, África, Antártica, Península Arábica, Índia e Austrália, este último considerado o principal território constituinte da Oceania. Placas Tectônicas: grandes pedaços da litosfera que deslizam sobre o manto terrestre, movidos por corren- tes de convecção do magma. Algumas Placas Tectô- nicas transportam continentes e parte de oceanos e outras carregam apenas oceanos. Essas placas podem divergir-se (afastar-se) umas das outras, ou, ao contrá- rio, colidir-se em movimentos de convergência. Dessa dinâmica das placas resultam forças tectônicas, como a atividade vulcânica e os terremotos, além da formação de fossas oceânicas e cadeias de montanhas. Planaltos: superfícies ora planas, ora irregulares, em geral, situadas acima de 300 metros de altitude, onde predominam processos erosivos. Planícies: superfícies ou formas de relevo planas, em geral, situadas abaixo de 100 metros de altitude e for- madas por sucessivas deposições de sedimentos, que podem ter origem fluvial, marinha ou lacustre. Cadeias de montanhas: superfícies irregulares do re- levo constituídas de extensos conjuntos de montanhas, as quais se originaram por pressões tectônicas como os dobramentos ou falhamentos desencadeados por coli- sões ou separações entre placas litosféricas. Depressões interiores: superfícies de relevo situadas no interior dos continentes, com altitudes inferiores às das áreas vizinhas, as quais constituem vales, áreas alagadiças (como pantanais) e, por vezes, lagos e ma- res interiores. Quando as altitudes são superiores ao nível do mar, são classificadas como depressões relati- vas. Quando as altitudes são inferiores ao nível do mar, classificam-se como depressões absolutas. Bacia hidrográfica endorreica: superfície que abran- ge o curso de um rio principal e de seus afluentes, além das áreas situadas entre os cursos fluviais, cuja desem- bocadura, ou exutório, se dá no interior de continente, em lago ou em mar interno. Se o rio principal de uma bacia deságua no mar, em golfo ou oceano, então essa bacia apresenta drenagem exorreica. Divisor de bacias: área situada no limite entre duas ou mais bacias hidrográficas, correspondendo a super- fícies elevadas do relevo, de onde partem os rios que correm às porções mais baixas de cada bacia para di- ferentes direções. 4 Conceitos Paisagens naturais da Ásia, Europa e Oceania 3 Geografia – 9o. ano – Volume 2 Escudos cristalinos: correspondem às primeiras es- truturas geológicas formadas durante a Era Pré-Cam- briana e são constituídos principalmente de rochas ígneas intrusivas e respectivas rochas metamórficas. Bacias sedimentares: estruturas geológicas origi- nadas pela sucessiva deposição, em camadas de se- dimentos provenientes de regiões mais elevadas, em ambientes marinhos, lacustres, pantanosos ou fluviais. Dobramentos modernos: estrutura geológica respon- sável pelo soerguimento de arcos montanhosos, que são as principais cordilheiras da Terra, geradas durante a Era Cenozoica. Rotas da seda: importante sistema de vias de acesso e de comércio entre o Oriente e o Ocidente, atravessado durante séculos por caravanas e expedições. As rotas da seda cruzam o centro da Ásia nos planaltos próximos ao Himalaia (Pamir e Tibete). Península: parte do continente que se projeta mar adentro, quase totalmente cercado por este. Atol: trata-se de uma ilha em forma de anel, quando vista do alto, situada no topo de uma montanha sub- marina. Enquanto parte das bordas do atol se encontra acima do nível do mar, na parte central da ilha, em geral forma-se uma laguna de águas rasas e transparentes. Outback: denominação atribuída à extensa região in- teriorana da Austrália, caracterizada pelos climas árido e semiárido. Barreira de corais: são conjuntos de recifes formados por estruturas calcárias habitadas por uma grande di- versidade de formas de vida marinha dispostas sobre bancos de areia paralelos à costa. Fiordes: são um tipo de costa alta originada a partir da submersão de antigos vales glaciais (vales ocupados por geleiras), caracterizando-se pelas elevadas e íngremes encostas e pelo avanço de estreitos braços de mar deze- nas de quilômetros terra adentro. Os fiordes são encon- trados na costa da Noruega, na Islândia, na Groenlândia, no Chile e na Nova Zelândia. Domínios morfoclimáticos: elaborados pelo geógrafo e professor Aziz Nacib Ab’Saber, representam caracte- rísticas geomorfológicas (ou seja, do relevo) e climáti- cas similares de uma unidade regional e que refletem na composição de formações fitogeográficas (de vege- tação) também semelhantes, sobre as quais se desen- volvem uma série de interações humanas. Monções: correspondem ao fenômeno climático carac- terizado pela alternância de ventos e massas de ar en- tre as estações do verão e do inverno, manifestando-se, respectivamente, pelo período úmido e seco na região meridional da Ásia e em parte das demais regiões cos- teiras do Índico. Xerófila: tipo de planta adaptada ao clima árido, que armazena água por longo período de tempo. Esse ar- mazenamento se dá por meio de raízes que se desen- volvem até grandes profundidades em busca de água ou pela perda das folhas por vários meses. Maquis: formam uma das vegetações características do clima mediterrâneo, adaptadas ao verão quente e seco, e são constituídos predominantemente por arbus- tos e árvores de pequeno porte. Florestas de coníferas: compondo extensas áreas das regiões setentrionais da Eurásia e da América do Norte, são também denominadas de florestas boreais, florestas frias ou ainda pela denominação russa “taiga”. A designação “coníferas” se explica por suas árvores (pinheiros, cedros, ciprestes, abetos, entre outros) guar- darem as sementes em cones. Tundra: bioma caracterizado pela formação vegetal rasteira, composta principalmente de musgos e liquens, é encontrada na região litorânea do Ártico e em área costeira bem restrita de parte da Antártida. Durante os meses de inverno, a vegetação e o solo da tundra, de- nominado de permafrost, ficam congelados, tornando- -se uma área alagadiça e plena de vida durante o curto verão glacial. 4 Livro de atividades Eurásia: físico Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 42, 46. Adaptação. a) O que é Eurásia? É, geológica e fisicamente, uma formação continental que integra Europa e Ásia. b) Por que, em geral, Ásia e Europa são tra- tadas como continentes distintos? As diferenças culturais e históricas de suas milenares civilizações definem a divisão em Europa e Ásia. c) Com auxílio de um atlas, trace de modo aproximado, no mapa da imagem, os li- mites que dividem a Eurásia em Europa e Ásia. d) Cite os principais aspectos naturais que separam a Ásia da Europa. Os Montes Urais, parte do curso do rio Ural, os mares Cáspio e Negro, além da Cordilheira do Cáucaso. 2. Observe o mapa e responda às questões a seguir. 1. Observe os contornos continentaisrepresentados no mapa e responda às questões a seguir. Lu ci an o Da ni el Tu lio Oceania Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 52. Adaptação. Lu ci an o Da ni el Tu lio Atividades 5 Geografia – 9o. ano – Volume 2 a) Quais são as características físicas desse continente? A maior extensão do continente está concentrada na Austrália, em seguida, na Nova Zelândia e na Papua Nova Guiné. Além dessas características, há milhares de ilhas. b) Há um país insular que se situa parcialmente na Oceania, já que outra parte se localiza na Ásia. Qual é esse país? Assinale-o no mapa. É a Papua Nova Guiné. A porção oeste (ocidental) da ilha, que não está destacada no mapa, é a parte da Nova Guiné que está na Ásia e pertence à Indonésia. 3. Analise as bacias dos rios Cooper e Darling-Murray no mapa a seguir. Austrália: hidrografia Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 52. Adaptação. a) Qual dessas bacias apresenta drenagem exorreica? O que isso significa? É a bacia dos rios Darling-Murray. A drenagem é exorreica porque esses rios desembocam na costa sul da Austrália, no Oceano Índico. b) Qual é a bacia endorreica e o que isso significa? É a bacia do Rio Cooper, por seu curso não alcançar o mar e desembocar num lago, o Eyre, no interior da Austrália. Ta lit a Ka th y Bo ra 6 Livro de atividades Austrália: físico Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 52. Adaptação. c) Assinale, no mapa da página ante- rior, com a letra “N” o local das nas- centes dos rios Darling e Cooper. Analise o mapa ao lado para inter- pretar e identificar em que tipo de relevo se situam as nascentes desses rios. As nascentes desses importantes rios austra- lianos se situam na região representada no mapa com a cor mais escura, que corresponde à Grande Cordilheira Divisória. d) Observe que, nos mapas, a região central e oeste da Austrália é praticamente desprovida de rios. Por que isso acontece? Porque no centro e no oeste australiano existem desertos. Desse modo, em climas áridos, não se formam cursos fluviais perenes, ou seja, rios constantemente abastecidos de suas águas. 4. A drenagem de uma bacia hidrográfica se guia de acordo com o relevo da região. Nas partes mais ele- vadas estão as nascentes do rio principal e de seus afluentes, nas mais baixas, o vale do rio principal. Ta lit a Ka th y Bo ra Europa: hidrografia Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 42. Adaptação. Ta lit a Ka th y Bo ra 7 Geografia – 9o. ano – Volume 2 Localize a Cordilheira dos Alpes na porção central do continente europeu. Observe que das mon- tanhas dos Alpes partem quatro importantes rios para diferentes direções, os quais formam suas próprias bacias hidrográficas. Depois, com base na consulta a um atlas, identifique e escreva o nome desses rios nascidos do degelo dos Alpes. a) Rio Reno : segue para a direção norte, onde seu curso é uma das prin- cipais vias de transporte e de comércio do continente. Em sua desembocadura, localizam-se a cidade e o porto de Roterdã, na Holanda, um dos mais importantes do mundo. b) Rio Danúbio : trata-se de um dos mais extensos rios europeus, que flui predominantemente para leste, passando por diversos países e capitais do sudeste e leste europeus. c) Rio Ródano : situa-se nos contrafortes ou encostas ocidentais dos Alpes e seu curso segue de norte para o sul, desaguando na costa sul da França, no Mar Mediterrâneo. d) Rio Pó : origina-se da parte sul da cordilheira alpina, atravessando uma planície no norte da Itália e desembocando no Mar Adriático. 5. Leia a notícia. https://oglobo.globo.com/sociedade/sustentabilidade/cinco-ilhas-do-pacifico-ja-desapareceram-por-causa-da-elevacao-do-nivel-do-mar-19263259 [...] As mudanças climáticas e a elevação do nível do mar são muitas vezes vistas como algo futuro, mas estudos indicam que esses fenômenos já estão acontecendo. Um deles, publicado semana passada na revista científica “Environmental Research Letters”, mostra que ao menos cinco ilhas do Pacífico já foram engolidas pelo aumento do nível do mar, num alerta do que pode vir a acontecer em regiões costeiras de todo o mundo. Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, analisaram imagens aéreas e de satélite colhidas entre 1947 e 2014 para analisar o impacto da elevação do nível das águas em 33 ilhas de recife nas Ilhas Salomão. Cinco delas, com áreas que variavam entre 10 mil e 50 mil metros quadrados, estava presentes em 1947, mas desapareceram completamente em 2014. [...] CINCO ilhas do Pacífico já desapareceram por causa da elevação do nível do mar. Disponível em:<https://oglobo.globo.com/sociedade/ sustentabilidade/cinco-ilhas-do-pacifico-ja-desapareceram-por-causa-da-elevacao-do-nivel-do-mar-19263259>. Acesso em: 29 ago. 2018. Em relação ao tema tratado acima, responda: a) Qual é o problema apresentado na notícia? O desaparecimento ou a submersão de cinco ilhas no Pacífico. b) Qual é a causa do problema exposto? A elevação das temperaturas médias da atmosfera, denominada “aquecimento global”. O aquecimento global se caracteriza como uma das principais mudanças climáticas que têm ocorrido, cujo resultado é a subida do nível das águas oceânicas, a qual ameaça e já cobre ilhas e costas continentais baixas. c) Em que parte da Oceania se situam as Ilhas Salomão, onde existiam as ilhas ora submersas? As ilhas Salomão se situam na Melanésia. 8 Livro de atividades 6. A seta, no mapa a seguir, destaca a mais elevada montanha do globo. Região do Himalaia Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 46. Adaptação. a) Qual é a montanha e qual é a sua altitude? É o Monte Everest (também denominado Chomolungma, no Tibete, e Sagarmatha, no Nepal), com 8 848 m de altitude. b) Em que cordilheira ela se situa? Situa-se na Cordilheira do Himalaia. c) Entre quais países asiáticos essa montanha se localiza? Entre o Nepal e a China, na Província do Tibete. 7. Leia a notícia e verifique as imagens. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/forte-terremoto-atinge-o-nepal.html Um forte terremoto de magnitude 7,8 estremeceu neste sábado [25 de abril de 2015] o Nepal, deixando cerca de 1.800 mil mortos e 5 mil feridos, segundo a agência Reuters. A força do terremoto foi sentida também em Bangladesh, Índia, China, Paquistão e no Monte Everest, onde uma avalanche provocada pelo abalo deixou pelo menos 17 mortos. O tremor ocorreu às 3h11 (de Brasília), a 77 km ao noroeste de Katmandu e a 15 km de profundidade. Outras quatro réplicas menores atingiram o país logo após o terremoto mais potente. FORTE terremoto no Nepal e na Índia deixa mortos. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/forte-terremoto-atinge-o-nepal. html>. Acesso em: 31 ago. 2018. Forte terremoto que atingiu o Nepal e a Índia em 25 de abril de 2015 teve seu epicentro próximo a Katmandu, capital nepalesa. Ta lit a Ka th y Bo ra © Sh ut te rs to ck /M an jit kh ad ka © Sh ut te rs to ck /N ae bl ys 9 Geografia – 9o. ano – Volume 2 Com base na localização do terremoto de abril de 2015, explique qual foi a causa desse catastrófico fenômeno. O terremoto ocorreu na Cordilheira do Himalaia, cuja formação ou orogênese por dobramento ainda está em processo. A mais elevada cadeia de montanhas do globo, assim como os terremotos que nela ocorrem, é consequência do encontro entre placas tectônicas convergentes. 8. Analise a paisagem registrada na seguinte imagem: c) Embora a paisagem mostrada na fotografia seja predominantemente rural, muitas das mais im- portantes cidades do mundo se situam em planícies. Em sua opinião, que razões explicam o estabelecimento de tantas cidades em planícies como a do Danúbio? Embora a resposta seja opinativa, é interessante que os alunos destaquema facilidade de deslocamento, acesso e transporte, a presença de grandes rios e dos recursos por eles disponibilizados, os solos frequentemente bem desenvolvidos e profundos, entre outras razões. d) Consulte um mapa político da Europa e localize as capitais europeias, bem como os respectivos países, que se situam às margens do Rio Danúbio. Para tanto, percorra o Danúbio a partir de sua nascente até chegar à foz. Após isso, escreva abaixo o nome das capitais que o rio atravessa. No mapa, ao percorrer o Rio Danúbio a partir de sua nascente, ou seja, à jusante (ou a favor de sua correnteza), atravessam-se as capitais Viena (Áustria), Bratislava (Eslováquia), Budapeste (Hungria) e Belgrado (Sérvia). 9. A imagem a seguir corresponde a um atol que compõe o arquipélago de Palau, na Micronésia. a) Com base nos elementos da imagem, qual é a forma de relevo atravessada pelo Rio Danúbio na região da Baviera, no sul da Alemanha? Trata-se de uma planície. b) Como essa forma de relevo se caracteriza? A planície se caracteriza pela superfície plana e de baixa altitude, a qual é formada pela deposição de sedimentos transportados pelo rio ao longo de milhares de anos. © Sh ut te rs to ck /R W Br oo ks © Sh ut te rs to ck /A rn ol dW 10 Livro de atividades a) O que é um atol? Explique nas linhas abaixo. Atol é uma ilha formada a partir de uma montanha submarina cujo topo emerge. Geralmente, as bordas da montanha ficam elevadas, por isso o atol tem a forma anelada, com a parte central submersa, formando uma lagoa ou laguna. b) No espaço ao lado da imagem, desenhe um atol visto de perfil. 10. Leia o trecho a seguir. BRIGHT, Michael (Ed.). 1001 maravilhas naturais para ver antes de morrer. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. p. 287. Qual é o tipo de costa tratado no texto? Como ele se originou? O texto descreve um fiorde, comum na costa norueguesa. Fiorde é um antigo vale glacial (do tempo da última idade do gelo), cujo espaço interno é ocupado pelo mar em vez de uma geleira. 11. Analise os mapas que mostram a circulação de massas de ar predominantes no inverno e no verão da região do Oceano Índico e do sul da Ásia. Elevando-se quase verticalmente à beira do mar, as montanhas que delineiam o Sognefjord re- duzem as dimensões de qualquer grande navio que entre nesse golfo espetacular. Paredões de gra- nito, provavelmente com 2 milhões de anos, se elevam a quase 900 m sobre a baía. Quedas d’água, que a distância parecem filetes, cascateiam sobre as pedras escuras. [...] [Esse tipo de costa] é o mais extenso da Noruega, se estendendo por 184 km para o interior. Chega a ter 5 km de largura e suas águas alcançam a surpreendente profundidade de 1.200 m. Monções Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 46. Adaptação. M ar ilu d e So uz a 11 Geografia – 9o. ano – Volume 2 Ásia Central e do Norte: político Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 46. Adaptação. a) Qual é o fenômeno climático representado nos mapas e como ele se manifesta em cada uma das estações do ano citadas? O fenômeno é o das monções, que ocorrem com a circulação periódica de massas de ar que afetam principalmente as regiões sul e sudeste da Ásia. Durante o inverno do Hemisfério Norte (onde se situa quase toda a Ásia), as monções se deslocam da região central do continente (do Himalaia, por exemplo) para o Oceano Índico, caracterizando-se por um período de seca. No verão do Hemisfério Norte, a direção das monções se inverte, deslocando-se do oceano para o continente, o que provoca grande volume de chuvas e inundações. b) De que modo a Cordilheira do Himalaia influi nesse fenômeno? Durante as monções de verão, a cordilheira barra o fluxo das massas de ar que, ao se elevarem para tentar ultrapassar a cadeia de montanhas, provocam condensação, seguida de contínuas e volumosas chuvas (chuvas orográficas ou chuvas de relevo). 12. Verifique a rota definida pela seta A-B no mapa. Ao menos três diferentes tipos de vegetação e de clima são encontrados ao longo do trajeto A-B que perpassa a Ásia Setentrional, ou seja, o Norte da Ásia. a) Quais são as formações vegetais (também chamadas de domínios morfoclimáticos ou biomas) e seus respectivos tipos climáticos localizados na rota a partir do ponto “A”? Em “A”, situa-se um deserto, o Deserto de Gobi, caracterizado pelo clima árido, com predomínio de ar seco e frio; no meio do percurso, está a Floresta Boreal, ou Taiga, na região siberiana caracterizada pelo clima frio; por fim, na região indicada por “B”, está a tundra, sob clima polar. b) Que países se situam ao longo desse trajeto? Mongólia e Rússia. Ta lit a Ka th y Bo ra 12 Livro de atividades 13. Os climogramas a seguir correspondem a diferentes regiões situadas na Europa, Ásia e Oceania. Com base em cada climograma, descreva resumidamente como se comportam a temperatura e a distribuição das chuvas. Por fim, identifique o tipo climático e a formação vegetal correspondente (consulte planisférios de climas e vegetação). ºC 50 40 30 20 10 0 –10 mm 100 80 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Climograma I – Kiev (Ucrânia) Fonte: CLIMA KIEV. Disponível em: <https://pt.climate-data.org/ europa/ucrania/kiev/kiev-218/>. Acesso em: 17 set. 2018. ºC 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 mm 300 280 260 240 220 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Climograma II – Kuala Lumpur (Malásia) Fonte: CLIMA KUALA LUMPUR. Disponível em: <https:// pt.climate-data.org/asia/malasia/kuala-lumpur/kuala- lumpur-715107/>. Acesso em: 17 set. 2018. a) Comportamento das temperaturas no decorrer do ano: Grande variação da temperatura no decorrer do ano, com inverno muito frio (médias mensais variam entre –5 °C e 19 °C). b) Comportamento da pluviosidade (das chuvas) no decorrer do ano: Chuvas ocorrem em todas as estações do ano, mas a pluviosidade é um pouco mais volumosa no verão. c) Tipo climático e formação vegetal da região: Clima temperado continental e vegetação de floresta temperada e pradaria. d) Comportamento das temperaturas no decorrer do ano: e) Comportamento da pluviosidade (das chuvas) no decorrer do ano: Elevada pluviosidade anual. Chuvas ocorrem todo o ano com dois períodos mais intensos. f) Tipo climático e formação vegetal da região: Clima equatorial e floresta equatorial. Temperaturas elevadas no ano todo (entre 26 °C e 28 °C de temperatura média mensal) e com pouca amplitude térmica, ou seja, bastante estáveis. 13 Geografia – 9o. ano – Volume 2 Climograma IV – Christchurch (Nova Zelândia) ºC 40 30 20 10 0 mm 80 60 40 20 01 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 CLIMA CHRISTCHURCH. Disponível em: <https:// pt.climate-data.org/oceania/nova-zelandia/canterbury/ christchurch-4978/>. Acesso em: 17 set. 2018. ºC 40 30 20 10 0 mm 80 60 40 20 01 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Climograma III – Atenas (Grécia) Fonte: CLIMA ATENAS. Disponível em: <https://pt.climate-data. org/europa/grecia/atenas/atenas-7/>. Acesso em: 17 set. 2018. j) Comportamento das temperaturas no decorrer do ano: Temperatura amena (variação térmica entre 7 °C e 17 °C nas médias mensais). k) Comportamento da pluviosidade (das chuvas) no decorrer do ano: Chuvas bem distribuídas no decorrer do ano, mas um pouco mais intensas entre outono e inverno. l) Tipo climático e formação vegetal da região: Clima temperado e vegetação de pradaria e floresta temperada. g) Comportamento das temperaturas no decorrer do ano: Grande variação da temperatura (médias mensais entre 9 °C e 27 °C). h) Comportamento da pluviosidade (das chuvas) no decorrer do ano: Duas estações bem marcadas: verão seco com pouca pluviosidade e inverno úmido, chuvoso. i) Tipo climático e formação vegetal da região: Clima mediterrâneo e vegetação mediterrânea. 14 Livro de atividades 5 Recursos naturais: correspondem a todos os bens re- tirados da natureza e que têmvalor e utilidade para a sociedade humana. Revolução Industrial: trata-se do processo histórico e espacial de grandes transformações definidas pela in- dustrialização. A industrialização teve como base o uso do vapor gerado pela queima de carvão mineral. Esse processo se originou na Grã-Bretanha, em meados do século XVIII. Geopolítica: ciência que analisa as relações entre o poder político e econômico e os diferentes territórios no mundo. Opep: sigla para Organização dos Países Exportadores de Petróleo, criada em 1960 por Iraque, Irã, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela. O objetivo prioritário desse grupo era centralizar as medidas políticas relacionadas à produção e ao comércio de petróleo, como o controle dos preços internacionais do produto. Outros países, como Catar, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Argé- lia, Líbia, Nigéria, Equador, Gabão e Guiné Equatorial, juntaram-se aos países fundadores. Revolução Iraniana de 1979: Ao mesmo tempo que o Irã se modernizava e se tornava um importante alia- do dos Estados Unidos e do Reino Unido na década de 1970, o reinado do Xá Reza Pahlevi tornava-se cada vez mais ditatorial e opressor, sobretudo em relação ao clero xiita e a outros grupos. A Revolução Iraniana teve início após Aiatolá Khomeini retornar do exílio. Khomeini obteve apoio inicial de grande parte da população e de diferentes facções ideológicas, resultando na fuga do Xá e no estabelecimento da república islâmica com leis conservadoras e controle político nas mãos do clero. Energia termonuclear: trata-se da energia liberada em uma reação nuclear por meio da fissão do núcleo do átomo de urânio enriquecido. A divisão do núcleo em duas partes provoca a liberação de grande quantidade de energia. Acidentes nucleares: correspondem aos desas- tres que envolvem dispositivos nucleares e materiais radioativos. Tsunamis: gigantescas ondas oceânicas (às vezes com alturas superiores a 20 m) geradas por fortes terremo- tos, cujos epicentros se situam no fundo oceânico. Os tsunamis seguem em direção às costas próximas com elevada velocidade e com grande força, causando mui- tos danos e vítimas. Commodities: tipos particulares de mercadorias que correspondem às matérias-primas de origem mineral, ou agrícola bruta, ou com baixo grau de processamento. Celulose: é o principal componente da parede celular. Caracteriza-se pela sua rigidez devido ao sistema de fibras entrelaçadas que a compõe. É utilizada principal- mente para a produção de papel. Biocombustíveis: são agrocombustíveis, ou seja, com- bustíveis cuja origem é biológica (provenientes de algu- ma planta). Óleo de palma: é o óleo extraído do fruto da palmeira conhecida como dendezeiro. A extração ocorre por meio da prensagem da polpa da fruta, cuja árvore se desenvolve em regiões de clima tropical e equatorial. Seu uso é destinado à alimentação e à produção de biocombustíveis e cosméticos. Conceitos Exploração dos recursos naturais na Ásia, Europa e Oceania 15 Geografia – 9o. ano – Volume 2 1. Compare os três planisférios a seguir. Maiores reservas de petróleo Fonte: GEOPOLÍTICA do petróleo. Disponível em: <http://educacao.globo.com/geografia/assunto/atualidades/geopolitica-do-petroleo.html>. Acesso em: 19 set. 2018. Adaptação. Reservas de gás natural Fonte: FONTES de energia (2): Carvão, petróleo, gás, água e urânio. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/fontes-de- energia-2-carvao-petroleo-gas-agua-e-uranio.htm>. Acesso em: 19 set. 2018. Adaptação. Ta lit a Ka th y Bo ra Ta lit a Ka th y Bo ra Atividades 16 Livro de atividades Cada planisfério destaca as principais reservas de três importantes fontes energéticas formadas em bacias sedimentares: petróleo, gás natural e carvão mineral. Com auxílio de um atlas, identifique as regiões (ou os países) que se destacam por suas reservas em alguma (ou em mais de uma) dessas fontes de energia. a) Na Europa: A Rússia se destaca pelas reservas dos três minérios citados; a região do Cáucaso (Geórgia e Azerbaijão) se destaca pelas reservas de gás natural. A Ucrânia, a Polônia e outros países do Leste Europeu, bem como o Reino Unido e a bacia do Reno, no noroeste da Europa, se destacam pelas reservas de carvão. b) Na Ásia: O Oriente Médio apresenta as principais reservas petrolíferas do mundo (principalmente na Arábia Saudita, no Irã e no Iraque); Rússia, Irã e países da Ásia Central, como o Quirguistão e Tadjiquistão, se destacam pelas reservas de gás natural; Rússia e China apresentam as principais reservas asiáticas de carvão mineral. c) Na Oceania: A Austrália tem importantes reservas de gás natural e, juntamente com a Nova Zelândia, destaca-se pelas reservas de carvão mineral. 2. O Oriente Médio é uma das regiões politicamente mais instáveis do globo. Encruzilhada de civiliza- ções, religiões e culturas, colonialismo, interesses na exploração do petróleo, rivalidades históricas – diversas são as causas para esse contexto. Os Estados Unidos e a Rússia, desde o início da chamada Guerra Fria (1945-1991), disputam influências na região. Principais jazidas de carvão mineral Fonte: ENERGY resources: Coal. Disponível em: <http://www.open.edu/openlearn/science-maths-technology/science/environmental-science/ energy-resources-coal/content-section-4.5>. Acesso em: 19 set. 2018. Adaptação. Ta lit a Ka th y Bo ra 17 Geografia – 9o. ano – Volume 2 Nesse sentido, a revolução de 1979 no Irã, que destituiu o Xá Reza Pahlevi e instituiu a República Islâmica do Irã, com controle político na mão do clero, mudou a relação desse país com os Estados Unidos. Atualmente, como estão as relações entre Estados Unidos e Irã? Estados Unidos e Irã apresentam tensas relações políticas e econômicas desde a queda do governo do Xá Reza Pahlevi, havendo mútua desconfiança entre esses dois países. 3. O infográfico, a seguir, apresenta a importância da energia nuclear na geração de eletricidade em 12 países. a) Organize por continente os 12 países apresentados no quadro. • Europa: França; Ucrânia; Alemanha; Rússia (que também pertence à Ásia); Reino Unido. • Ásia: Coreia do Sul; Japão; China; Índia. • América: Estados Unidos; Canadá; Brasil. Fonte: USINAS nucleares têm longa vida pela frente. Disponível em: <https://www. gazetadopovo.com.br/economia/usinas-nucleares-tem-longa-vida-pela-frente- 3ym6y81ueqszkx035gkiuvbri/>. Acesso em: 19 out. 2018. b) Que fatores explicam o investimento do Japão na geração de energia nuclear? A falta de recursos energéticos, com exceção do carvão mineral (ainda assim insuficiente para a demanda do país), bem como a escassez de áreas disponíveis para instalações de grandes usinas, como as hidrelétricas. © Ga ze ta d o Po vo 18 Livro de atividades 4. No globo, a seguir, está destacado um país que apresenta jazidas de um minério cada vez mais im- portante ao meio técnico-científico-informacional do mundo contemporâneo. Território do Afeganistão Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 2. Adaptação. a) Qual é o país em destaque no globo? É o Afeganistão. b) Qual é o minério e para que esse recurso é utilizado? O minério é o lítio, utilizado na produção de baterias de celulares, de computadores e de equipamentos que armazenam energia coletada por fontes renováveis, como a eólica e a solar. 5. Que aspecto polêmico se relaciona ao trabalho na extração de diferentes minérios há mais de dois séculos? Explique-o nas linhas para resposta. O problema se relaciona às condições de trabalho nas minas: na Revolução Industrial, por exemplo, os trabalhadores cumpriam jornadas de até 14 horas em ambiente subterrâneo insalubre e frequentemente se explorava a mão de obra infantil. Os ambientes de minas são suscetíveis a explosões, incêndios e intoxicações. Além disso, a temperatura se eleva à medida que a exploração se aprofunda. 6. Os países do Oriente Médio têm alta dependência econômica da extraçãode petróleo, assim como o Afeganistão tem do lítio. Tais minérios, quando não são totalmente refinados ou processados, são exemplos de commodities. A dependência de exportação de commodities agrícolas ou minerais gera preocupação entre os economistas e outros cientistas. Que preocupações são essas? Há, em geral, grandes impactos ambientais na extração dos recursos minerais ou mesmo no uso intensivo do solo para agricultura. Além disso, o preço das commodities são menores do que o dos bens manufaturados, pois deixam de ter valor agregado. Ta lit a Ka th y Bo ra 19 Geografia – 9o. ano – Volume 2 7. Confira o mapa de vegetação da Ásia. Vegetação da Ásia Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 46. Adaptação. As setas apontam para duas florestas cuja redução de suas áreas têm diferentes causas. a) Quais são essas florestas? A: Taiga, também conhecida como floresta de coníferas, floresta fria ou floresta boreal. B: Floresta tropical e equatorial. b) Quais são as causas da redução de suas áreas? Na taiga, a extração de árvores para a produção de papel e celulose é o principal fator para a diminuição da superfície coberta por essa floresta. Nas florestas tropicais e equatoriais da Índia e do Sudeste Asiático, o processo de urbanização e a expansão de áreas destinadas à agricultura, além da extração de madeira, são as principais causas para sua redução. 8. Observe a imagem. A silvicultura tropical no Sudeste Asiático se destaca nos cultivos de seringueiras e de palmeiras, destinadas à extração do óleo de palma, como a apre- sentada na fotografia. Ta lit a Ka th y Bo ra © Sh ut te rs to ck /R ic h Ca re y 20 Livro de atividades a) Qual a utilização econômica dessas árvores cultivadas na região tropical da Ásia? A seringueira é cultivada há décadas no Sudeste Asiático para extração de látex (matéria-prima para a produção da borracha). O óleo de palma, obtido das palmeiras cultivadas na mesma região da Ásia, pode ser usado em alimentos, cosméticos ou biocombustível. b) Que problemas ambientais estão associados à silvicultura de tais árvores (ou mesmo de outras vegetações)? A retirada da cobertura florestal original, de grande biodiversidade, para o uso do solo destinado à monocultura de seringueira ou de palma, bem como o empobrecimento e a erosão dos solos são consequências dessa atividade. c) Empresas de que países têm investido destacadamente nas silviculturas do Sudeste Asiático? Empresas japonesas e chinesas são as que mais investem no mercado da borracha, dos biocombustíveis e da madeira da região do Sudeste Asiático. 9. A seguinte fotografia, na província de Shanxi, exemplifica um dos grandes projetos chineses desen- volvidos a partir do final do século passado: Que motivos têm levado o governo chinês a destinar elevadas quantias de capital para o refloresta- mento de parte de seu território, principalmente no sudeste do país? Entre as principais razões está a manutenção das matas situadas às margens de rios como o Huang Ho (ou Huang He). Com isso, visa-se reduzir a perda de solo pela erosão, evitar o processo de assoreamento que, entre outros problemas, afeta a redução da geração de energia hidrelétrica, bem como conservar espécies locais (com destaque para as plantas medicinais). © Fo to ar en a/ Al am y/ Xi Xi nX in g 21 Geografia – 9o. ano – Volume 2 6 Impactos socioambientais na Ásia, Europa e Oceania Impacto socioambiental: é o resultado de alterações im- postas ao ambiente, provocadas por determinadas ações ou atividades humanas que afetam a qualidade de vida, a saúde e a economia, ocasionando a degradação de ecossistemas. Guerra Fria: corresponde à designação atribuída ao período compreendido entre o final da Segunda Guerra Mundial e o fim da União Soviética (1945-1991), ca- racterizado pela disputa pelo poder político, econômico, militar e ideológico das duas superpotências vigentes nesse período: Estados Unidos da América e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Corrida armamen- tista, disputa pela conquista espacial e uma série de intervenções na política, bem como invasões e guerras regionais, tiveram participação direta ou indireta dos dois protagonistas da Guerra Fria. Tratado Antártico: é um acordo definido por documen- to assinado em 1959, que entrou em vigor em 1961, determinando que os países que reclamavam a posse de partes do continente antártico se comprometeriam a suspender suas pretensões por período indefinido. Des- de então, a Antártica se reserva à exploração científica e em regime de cooperação internacional. Banquisas: superfícies congeladas das águas do Ocea- no Ártico no entorno do Polo Norte e da costa antárti- ca. Banquisas são constituídas pelas águas salgadas, diferentemente dos icebergs, que são blocos de gelo fragmentados de geleiras originárias dos continentes e ilhas e, portanto, formados pela água doce. Erosão do solo: processo de desgaste e retirada de se- dimentos, nutrientes e, por vezes, camadas inteiras do solo, principalmente devido à ação das águas das chuvas nas enxurradas, dos rios e do trabalho eólico (dos ventos). Branqueamento dos corais: trata-se de uma doença desencadeada principalmente pela elevação da tempera- tura das águas ou por outros fatores, como a contamina- ção por resíduos químicos ou, ainda, por assoreamento. Chuva ácida: é a precipitação que agrega componen- tes sulfurosos ou outros compostos, liberados princi- palmente das áreas industriais, usinas termelétricas e áreas de extração de carvão mineral, entre outras, de modo que aumenta sua acidez. A chuva ácida (com pH inferior a 7), bem como a neblina ácida, pode causar desgaste nas edificações, além de afetar gravemente as florestas quando a acidez é elevada. Agente laranja: denominação popularizada do herbici- da, a dioxina, capaz de provocar a perda de folhas em uma floresta e aniquilar áreas agrícolas. Esse produto foi utilizado durante a Guerra do Vietnã pelas forças ar- madas dos Estados Unidos como estratégia para loca- lizar abrigos e bases dos vietcongues, rivais no conflito. Megafauna: denomina-se desse modo o conjunto de animais de grande porte que existiu em determinados momentos em diferentes regiões do globo. IPCC: sigla de Painel Intergovernamental sobre Mudan- ças Climáticas, em inglês. Trata-se de uma organiza- ção de caráter científico-político criada em 1988 por iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Representando a maior autoridade mundial a respeito das mudanças climáticas, o IPCC tem demonstrado gráficos que retratam a evolução do comportamento térmico na atmosfera e nas águas su- perficiais dos oceanos, bem como estudos referentes às suas consequências presentes e futuras. Mineração a céu aberto: atividade de extração de miné- rios pela remoção de rochas ou por escavação, diferen- ciando-se daquela realizada pela perfuração em galerias. Desenvolvimento socioeconômico: padrão baseado em critérios como os do IDH (Índice de Desenvolvimento Hu- mano), desenvolvidos pela ONU, que envolvem a renda, a educação e a saúde e que possibilitam se ter uma ideia da qualidade de vida de uma determinada população. Conceitos 22 Livro de atividades Analise os mapas a seguir. Ucrânia: localização de Chernobyl Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 46. Adaptação. Deposição radioativa após a explosão em Chernobyl Fonte: SURVIVING Chernobyl: Engineer recalls the terrifying ordeal he endured to help contain the nuclear disaster of 1986. Disponível em: <http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2765097/Surviving-Chernobyl-Engineer-recalls-terrifying-ordeal-enduredhelp-contain-nuclear- disaster-1986.html#ixzz3YcNAWOgE>. Acesso em: 20 set. 2018. Adaptação. Ta lit a Ka th y Bo ra Ta lit a Ka th y Bo ra Atividades 23 Geografia – 9o. ano – Volume 2 O deslocamentodas massas de ar e dos ventos predominantes logo após o acidente nuclear de Chernobyl (ocorrido em 26 de abril de 1986) espalhou a nuvem radioativa e intensificou os níveis de radiação em parte do continente europeu. 1. Responda às questões de acordo com os mapas. a) Qual era a direção predominante dos ventos e das massas de ar na primeira semana após a explo- são do reator 4 da usina nuclear de Chernobyl? A direção predominante era para oeste e noroeste. b) Em que países, nesse período, foram medidos índices 20 vezes mais elevados do que as taxas normais de radioatividade? Além da Ucrânia, os países Belarus, Lituânia, Letônia, Rússia (todos esses países pertenciam à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas no período em questão), Polônia, Finlândia e Suécia. c) Pesquise informações sobre a atual situação da zona de exclusão, com raio de 30 km a partir da usina nuclear de Chernobyl (mais de 30 anos após o acidente nuclear). Compare também essas informa- ções com a zona de exclusão determinada a partir da central nuclear de Fukushima, no Japão, afetada pelo terremoto e pelo tsunami de 2011. Registre os principais dados descobertos nas linhas a seguir e compartilhe-os com seus colegas, sob orientação de seu professor. Pessoal. Possivelmente, os alunos deverão tratar das cidades fantasmas e das sensações de largar tudo às pressas e deixar grande parte de seus pertences para trás, conforme registram fotografias dos dois locais (Chernobyl e Fukushima). 2. Em relação às questões ambientais e, em especial, aos riscos de contaminação pela radioatividade, responda: a) Que mudanças se constatam na sociedade mundial desde 1986, após o acidente nuclear de Chernobyl? Houve maior atenção e compreensão sobre os problemas ambientais e, destacadamente, em relação ao uso de fontes mais seguras de energia. Questionamentos e cobranças em relação às construções de grandes obras de infraestrutura e aos impactos por elas gerados também se tornaram mais frequentes e motivos de luta por organizações não governamentais e movimentos ambientalistas. b) Qual a sua opinião em relação aos riscos e às vantagens do uso da energia nuclear? Pessoal. 24 Livro de atividades 3. O texto a seguir é parte do documento do Tratado Antártico, assinado em 1959, por diversos países. [...] Assegurar que a Antártida seja usada para fins pacíficos, para cooperação internacional na pes- quisa científica, e não se torne cenário ou objeto de discórdia internacional. Dispositivos do Ato: - Ficam proibidas medidas de natureza militar, como o estabelecimento de bases e fortificações, realização de manobras militares e experiências com quaisquer tipos de armas na Antártida; - Fica mantida a liberdade de pesquisa científica e de colaboração na Antártida; - Ficam proibidas as explosões nucleares, bem como o lançamento de lixo ou resíduos radioativos na Antártida [...]. ANTÁRTIDA – Tratado da Antártida. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/acessibilidade/item/878-tratado-da-antartida>. Acesso em: 20 set. 2018. a) Tais decisões valem também para o outro extremo do mundo, o Ártico? Como você chegou a tal conclusão? Não, elas só valem para a Antártica (essas decisões impediram a divisão do continente entre um conjunto de países). No Ártico, a exploração de recursos naturais, pesca e mineração ocorre sem as devidas proibições ou restrições como no Tratado Antártico. Como consequência disso, vários impactos ambientais que afetam os ecossistemas do Ártico já são manifestados. b) Quais são os principais impactos sobre o ambiente glacial do Ártico? Mudanças climáticas, decorrentes principalmente do aquecimento atmosférico, levam à expansão gradual do degelo (as geleiras continentais e as banquisas sobre as águas oceânicas do Ártico estão cada vez menores e menos volumosas); impactos gerados pelo aumento da navegação; extração de recursos minerais energéticos, com destaque para o petróleo. 4. Observe a imagem e o texto a seguir. O QUE É CHUVA ácida? Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-chuva-acida/>. Acesso em: 3 set. 2018. https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-chuva-acida/ [...] As piores consequências são para lagos, rios e mares. A água contaminada por metais pesados, como o alumínio, o ferro e o magnésio, se torna tóxica para peixes e outras espécies aquáticas, matando-os. Isso compromete toda a cadeia alimentar da região, afetando pássaros e outros animais. [...] Pode levar décadas, mas pedras como calcário e mármore não resistem à chuva ácida – o carbonato de cálcio nesses materiais reage com os ácidos. Construções históricas, como o Taj Mahal, sofrem com isso. Metais de pontes, trilhos, canos e afins também desgastam, por oxidação seguida de corrosão. a) Como é formada a chuva ácida? Toda chuva é naturalmente ácida, contudo, a denominação “chuva ácida” é adotada quando o incremento de compostos químicos, principalmente sulfurosos e nitrosos, intensificam a acidez das precipitações (tornando seu pH bem abaixo de 7). © Sh ut te rs to ck /d an yl yu kk 1 25 Geografia – 9o. ano – Volume 2 b) Quais são as principais consequências para os ecossistemas e para as edificações humanas afeta- das pela chuva ácida? As principais consequências, para as formações vegetais, principalmente florestais e agrícolas, são a destruição de folhas e ramos; para os solos, os rios, os lagos e os mares, são a alteração química desses locais e o prejuízo às formas de vida neles presentes. As construções humanas e suas estruturas de concreto e de metal são desgastadas pela ação da chuva ácida. c) Que regiões da Europa, Ásia ou Oceania são mais afetadas pela acidez das chuvas? Na Europa, parte dos países escandinavos (Noruega, Dinamarca, Suécia e Finlândia) são afetados pela circulação de massas de ar provenientes das regiões carboníferas da Polônia, Ucrânia, Rússia e Alemanha. Esses países escandinavos também têm seus ecossistemas afetados pela chuva ácida. Na Ásia, a China e a Índia vêm sofrendo com esse problema decorrente de seus processos de industrialização e urbanização. d) Por que os impactos provocados pela chuva ácida podem representar questões de geopolítica internacional? Porque a precipitação ácida (não apenas a chuva, mas também a neve ou a formação de neblina ácidas) muitas vezes não ocorre necessariamente sobre o país em que ela foi gerada, uma vez que a dinâmica das massas de ar e a circulação dos ventos tratam de levar e disseminar a precipitação. Nesses casos, os danos por ela provocados ocorrem em diferentes regiões que têm sua economia, biodiversidade e infraestrutura urbana afetadas. 5. Observe a imagem e o texto: http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3940174/Mystery-London-s-killer-fog-solved-Researchers-reveal-chemicals-combined-form-acidic-haze-killed-12-000-1952.html [...] Em 1952, um misterioso nevoeiro invadiu Londres, cobrindo a cidade com uma densa camada de poluentes, que matou milhares de pessoas e animais, e dificultando a respiração da população por dias. [...] Em uma nova análise, pesquisadores afirmam ter identificado os processos químicos que relacionavam o nevoeiro natural com o resultado da queima de carvão, o que eventualmente criou uma névoa mortal que deixou o céu completamente escuro. [...] MACDONALD, CHEYENNE. Mystery of London’s killer fog solved: Researchers reveal how chemicals combined to form acidic haze that killed 12,000 in 1952. Disponível em: <http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-3940174/Mystery-London-s-killer-fog-solved-Researchers-reveal-chemicals- combined-form-acidic-haze-killed-12-000-1952.html>. Acesso em: 3 set. 2018. Tradução nossa. © Sh ut te rs to ck /B ike w or ld tra ve l 26 Livro de atividades Considerando-se a hipótese apresentada no artigo do jornal inglês como uma causa possível para a tragédia que vitimou parte da população londrina, responda: a) Por que o problema tratado no texto é uma questão socioambiental?Porque o nevoeiro, que permaneceu por alguns dias sobre Londres, teve contribuição de poluentes industriais relacionados à queima de carvão. Além disso, trouxe gravíssimas consequências para o ambiente e a população local. b) Cientistas alertam que tragédia semelhante atualmente pode ocorrer na China. Que semelhanças há entre o Reino Unido de meados do século XX e a China atual? Assim como o Reino Unido e grande parte da Europa dos séculos XIX e XX, a acelerada industrialização chinesa tem como uma de suas matrizes energéticas a queima de carvão mineral. A atmosfera de muitas das grandes cidades e concentrações industriais chinesas apresenta densos e prolongados nevoeiros. 6. Analise o mapa a seguir. Cazaquistão e região de Semipalatinski Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 47. Adaptação. Ta lit a Ka th y Bo ra 27 Geografia – 9o. ano – Volume 2 a) Em que contexto a extensa região destacada no mapa foi palco de testes nucleares? Que país realizou esses testes e como se denominava esse período histórico? Os testes eram realizados pelo governo soviético, durante a Guerra Fria, e o Cazaquistão era uma das 15 repúblicas soviéticas. b) Que consequências tais testes deixaram para a população local na época e mesmo há poucas décadas? Estima-se que meio milhão de pessoas no Cazaquistão estiveram expostas à radioatividade gerada pelos testes de armas nucleares em Semipalatisnki. Mesmo após o fim da União Soviética e a extensa área sendo proibida à visitação, houve contaminações causadas por saques e contrabando de material utilizado nessa base de teste nuclear. c) Que tipo de vegetação foi mais afetada pelos testes nucleares do “Polígono” de Semipalatinski, no Cazaquistão, e pela radioatividade vazada de Chenobyl, na Ucrânia? Em ambas as situações, a estepe foi a mais afetada. 7. Um exemplo de impacto ambiental cau- sado pela radioatividade se deu em alguns atóis do Pacífico, como o Atol de Bikini, nas Ilhas Marshall, na Micronésia, mostra- do nesta fotografia: a) A imagem retrata um aspecto da Guer- ra Fria: testes de armas nucleares cada vez mais poderosas entre as superpo- tências. Que consequências esses tes- tes trazem à vida marinha e terrestre de uma ilha oceânica? Por várias décadas, na laguna em que a bomba de hidrogênio (bomba “H”) foi detonada, as formas de vida desapareceram. Cerca de meio século depois, por volta do ano 2000, conforme constataram alguns mergulhadores, a vida começou a se restabelecer de forma incipiente nos recifes de coral de Bikini. b) E para a população do arquipélago, habitantes de ilhas vizinhas ao local do teste, o que isso repre- senta? Mesmo que não houvesse moradores em Bikini, a ilha e suas águas costeiras, assim como as demais do arquipélago de Marshall, representavam uma área pesqueira, atividade da qual dependiam e dependem economicamente muitos dos micronésios. © La tin st oc k/ Sc ie nc e So ur ce 28 Livro de atividades https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/turismo/2016/05/08/interna_turismo,530420/ilhas-paradisiacas-estao-desaparecendo-por-causa-das-mudancas-climatic.shtml [...] A Ilha de Kiribati tem apenas um hotel, mas os moradores são receptivos e não é difícil encontrar um lugar para ficar durante as férias. As praias e as grandes ondas atraem muitos surfistas de diversas partes do globo. [...] Lá o grande contato com a natureza é um dos maiores atrativos, tornando o lugar perfeito para quem busca por um pouco de isolamento. Os dias de turismo em Kiribati, no entanto, estão contados. O país sofre as consequências do aquecimento global e corre o risco de submergir ainda neste século. Por causa das ameaças, as autoridades chegaram a negociar terras na vizinha Fiji, em 2012, para que a população pudesse se mudar e viver com mais segurança. No dia a dia, os possíveis refugiados ambientais se engajam, com medidas para manter a ilha – e, consequentemente, sua cultura – viva. [...] 8. No Pacífico e no Índico, o futuro de ilhas como Gulhi, no ar- quipélago das Maldivas, está seriamente ameaçado. Observe a imagem: a) Descreva a ocupação do espaço físico da ilha Gulhi. A descrição deverá destacar o espaço densamente ocupado pelas edificações, com suas coberturas azuladas. A ideia é tratar da ocupação de áreas restritas, entre outros fatores. b) Situe as Ilhas Maldivas (em que oceano se localizam, próximo a que país, latitude e longitude aproximada, etc.). As Ilhas Maldivas estão situadas no Oceano Índico, a su-sudoeste da Índia, entre as latitudes 1° S e 8° N, aproximadamente (portanto, localização equatorial), e longitude 73° L. Caso considere procedente, retome, ainda que de modo superficial, o conceito de localização por meio das coordenadas geográficas. c) Que ameaça comum põe em risco o futuro de ilhas de baixa altitude, como as que formam o arquipélago das Maldivas, e de tantas outras na Oceania? A continuidade do aumento da temperatura atmosférica provoca a subida gradual do nível dos oceanos. A ameaça comum, nesse contexto, é o avanço das águas sobre parte das ilhas ou o desaparecimento completo de algumas delas. 9. Observe a imagem e o texto seguintes: CARAMORI, Iana. Ilhas paradisíacas estão desaparecendo por causa das mudanças climáticas. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com. br/app/noticia/turismo/2016/05/08/interna_turismo,530420/ilhas-paradisiacas-estao-desaparecendo-por-causa-das-mudancas-climatic.shtml>. Acesso em: 20 set. 2018. © Sh ut te rs to ck /G ua da lu pe P ol ito © Sh ut te rs to ck /V ys hn iv sk yy 29 Geografia – 9o. ano – Volume 2 O texto se refere a possíveis “refugiados ambientais”. a) O que são refugiados ambientais? Cite um exemplo. Os refugiados ambientais correspondem ao conjunto de pessoas que são obrigadas a migrar do local em que se encontram devido a mudanças ambientais (inundações, secas, desertificação, erupção vulcânica, terremoto, subida do nível dos mares, entre outros). Como exemplo, podem-se citar as pessoas que deixam seus lugares de origem devido a uma seca severa e vão buscar sustento em outros locais. b) Por que os habitantes de Kiribati podem, em pouco tempo, se tornar refugiados ambientais? Para onde as autoridades locais estão negociando o deslocamento da população? Porque, com a subida do nível das águas do Pacífico, boa parte de Kiribati estará submersa em breve. O governo de Kiribati negocia, desde 2012, terras na ilha de Fiji, também no Pacífico, para a eventual remoção de sua população. 10. Outro exemplo de país insular ameaçado de desaparecimento tem algumas de suas características destacadas no boxe a seguir. FLORIOS, Daia. Nauru um paraíso destruído pelas minas de fosfato. Disponível em:<https://www.greenme.com.br/viajar/2007-[...]-um-paraiso- destruido-pelas-minas-de-fosfato>. Acesso em: 20 set. 2018. (Grifos do autor). a) Qual é o país tratado no texto? Trata-se da ilha de Nauru. b) Além da elevação das águas oceânicas, o que provoca o risco de desaparecimento dessa ilha do Pacífico? A extração de fosfato de suas minas, em mineração a céu aberto, que já transformou a paisagem de grande parte da ilha. O fosfato extraído de Nauru é matéria-prima para a fabricação de fertilizantes. [...] Ali resiste uma pequena área de vegetação ao longo do Buada Lagoon e uma pequena área verde em torno da costa, onde vive a maioria da população. O resto é tudo mina de fosfato ao ar livre ou terreno baldio explorado por escavações. E é por isso que hoje a ilha é um deserto árido com pináculos de calcários irregulares que co- brem 80% de todo o território. [...] © Fl ic kr /A RM C lim at e Re se ar ch 30 Livro de atividades 11. Analise o gráfico e o relacione-o com o texto: As novas políticas “verdes” da China, com a redução do uso do carvão na indústria e nas plantas termoe- létricas, [deverão] afetar, também, a mineração. Neste cenário os mais atingidos serão os mineradores australianos. Oconsumo doméstico chinês é três vezes maior do que o do comércio internacional de carvão. Desta forma a Austrália, pela proximidade com a China, vem investindo pesadamente nas suas minas de carvão. Mais de 60% da produção australiana está voltada para a exportação para a China. Fonte: JACOBI, Pedro. Carvão: redução na China. Minas australianas podem parar. Disponível em: <http://www.geologo.com.br/MAINLINK2013.ASP?VAIPARA=Carvao:%20 reducao%20na%20China>. Acesso em: 20 set. 2018. Adaptação. 65 60 55 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1980 1990 2000 2010 2020 Empregados nas minas de carvão da Austrália 1985 1995 2005 2015 (em milhares) 33 35 30 26 27 25 22 22 18 18 20 21 25 27 26 30 40 51 50 JACOBI, Pedro. Carvão: redução na China. Minas australianas podem parar. Disponível em: <http://www.geologo.com.br/MAINLINK2013. ASP?VAIPARA=Carvao:%20reducao%20na%20China>. Acesso em: 20 set. 2018. Na economia da Austrália, a extração mineral tem papel importante e o carvão é um de seus princi- pais recursos. A respeito do que está exposto no gráfico e no texto, responda ao que se pede. a) O que ocorre com o número de mineiros nas minas de carvão australianas entre: • 1985 e 2000? Decréscimo de cerca de 33 mil para 18 mil mineiros. • 2000 e 2014? Aumento de 18 mil para cerca de 50 mil mineiros. b) De acordo com o texto, o que incrementou a extração de carvão mineral na Austrália e deman- dou um número maior de mineradores? O comércio com a China e os investimentos da Austrália na mineração desse recurso energético. c) Por que a recente tendência de mudanças na política ambiental chinesa pode afetar diretamente os mineradores australianos? Porque se a China reduzir a utilização do carvão mineral, voltando-se aparentemente para alternativas mais renováveis, então a Austrália, que é o principal fornecedor dessa matéria-prima para a China, passará a reduzir sua produção e exportação. 31 Geografia – 9o. ano – Volume 2 12. Observe a imagem: Na imagem do início da década de 1980, um professor australiano mostra a extensão da perda de solo por erosão na região de Toowoomba, entre o leste e o nordeste do país. a) De que forma o governo australiano, até essa época, teve responsabilidade na erosão do solo em várias áreas do país? Ao incentivar a derrubada das florestas, visando à ocupação do vasto território e ao desenvolvimento de atividades agrícolas e pastoris, a administração australiana possibilitou a intensificação da erosão do solo em diversas partes do país. b) Que condições naturais da Austrália explicam a vulnerabilidade dos solos à erosão, ou seja, a fra- gilidade dos solos ante a ação erosiva das chuvas, ventos, rios e variação da temperatura? Podem-se considerar as características de aridez e semiaridez do clima de grande parte da Austrália, que eram muito diferentes das regiões de onde vieram a maioria dos imigrantes, notadamente britânicos, para esse país. c) A erosão do solo leva a que graves consequências? A erosão do solo leva à perda dos nutrientes do solo (levados pelos agentes erosivos); ao transporte de sedimentos com poucos nutrientes para o mar e, por consequência, à redução na disponibilidade de pesca do país, apesar da extensa área costeira; à ampliação do uso de novas áreas para produção agrícola e pastagens e ao aumento do uso de água de lagos e represas para irrigação dos solos. © Sh ut te rs to ck /L ak ev ie w Im ag es 32 Livro de atividades 13. Analise e compare estes os dois mapas: Fertilidade do solo na Austrália Fonte: BOUNDLESS Plains? Disponível em: <http://www.australianpoet. com/boundless.html>. Acesso em: 20 set. 2018. Adaptação. Vegetação na Austrália Fonte: BOUNDLESS Plains? Disponível em: <http://www.australianpoet. com/boundless.html>. Acesso em: 20 set. 2018. Adaptação. a) Localize as áreas com solos de maior fertilidade e relacione-as com a vegetação do território australiano. Os solos mais férteis (ou de alta fertilidade), em geral, se situam em áreas onde havia florestas, contudo, correspondem atualmente a regiões predominantemente desflorestadas, localizadas a leste e a nordeste do país. b) Uma das últimas áreas de florestas remanescentes na Austrália, porém intensamente degradadas nas últimas décadas, localiza-se na Tasmânia. Com auxílio de um atlas, se necessário, situe a ilha da Tasmânia e identifique a parte da ilha que tem as florestas conservadas ou protegidas. A ilha da Tasmânia situa-se a sul-sudeste da Austrália. Em sua porção oeste, está a maior parte das florestas de eucaliptos protegidas. c) Com base nos mapas de clima e de vegetação, identifique as razões que justificam o fato de a maior parte dos solos australianos ser de baixa fertilidade. Solos de baixa fertilidade se concentram principalmente no centro e no oeste do país, onde o clima é, de modo predominante, árido ; e o bioma, de deserto. Ta lit a Ka th y Bo ra Ta lit a Ka th y Bo ra