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EXAME FÍSICO GERAL – PROVA 1 Conduta: • Apresentar-se • Lavar as mãos e higienizar o estetoscópio (ou avisar que já os fez) • Localizar-se à direita do boneco • Esclarecer os procedimentos antes de fazê-los ➢ O exame físico é dividido em 2 partes: o geral (ectoscopia/somatoscopia) e o segmentar. Veremos, portanto, nesta ordem: EXAME FÍSICO GERAL ➢ O Exame físico começa a partir da entrada do paciente; ➢ Independe de queixas, é feito para todos os pacientes. ➢ Divide-se em 4 partes: estado geral, nível de consciência, hidratação e postura. ➢ Estado geral do paciente: i. Bom: paciente chega andando, possui independência; ii. Regular: depende de suporte, não consegue falar adequadamente, não consegue se manter em pé, com desconforto ou acamado; iii. Mau/péssimo: paciente hospitalizado ou em pronto socorro. ➢ Nível de consciência (grau de vigilância): Avalia-se pela observação das respostas a perguntas, verificando se o paciente está lúcido, alerta, vigil e orientado. i. Estado de vigília – paciente lúcido/vigil: percepção de si e do mundo plena; ii. Letargia – paciente letárgico: paciente parece sonolento, não responde com facilidade; iii. Obnubilação ou confusão mental - paciente obnubilado: paciente está dormindo e precisa de um chamado para acordar, mas não responde com clareza. Pode ser por intoxicação, trauma ou excesso de álcool; iv. Sopor ou estupor – paciente torporoso: sopor significa sono pesado. É necessário um estímulo doloroso para que ele acorde; v. Estado de coma: paciente inconsciente. Não há resposta ou a resposta é somente mediante a dor, expressa apenas por reflexos aos estímulos dolorosos; LAVAGEM DE MÃOS – NESTA ORDEM! ➢ Abrir torneira e molhar mãos sem tocar na pia e, a partir daqui, na torneira; 1. Ensaboar mãos, friccionando-as; 2. Palma sobre dorso, movimentos para baixo; 3. Entrelaçar de dedos com mãos abertas; 4. Dorso dos dedos contra palma da mão oposta; 5. Polegar – mov. circular; 6. Dedos e unhas em conchas circulares no dorso da mão oposta; 7. Punho – mov. circular; ➢ Enxague da ponta da mão para punho; ➢ Secagem da ponta da mão para punho. QUANDO LAVAR AS MÃOS? •Antes do contato com o paciente; •Antes de realização de procedimento asséptico; •Após contato com paciente; •Após risco de exposição a fluidos corporais; •Após contato com áreas próximas ao paciente. thaya Máquina de escrever Thayane Barreto vi. Delirium: quando o rebaixamento da consciência ocorre juntamente com alucinações e delírios. ➢ Hidratação: é classificada em 4 graus, sendo o 1º o mais leve e o 4º o mais grave. Não serão descritos agora pois não são relevantes para este momento do curso. Crianças, acamados e idosos desidratam mais rapidamente. Costuma-se utilizar prega cutânea para averiguar hidratação. Se a prega fica, é sinal de desidratação. No mais, observa-se: i. Pele: viçosa, craquelada, ressecada, acinzentada, brilhosa... se normal, é dito anictérica; ii. Mucosas (olhos, lábios e língua): coloração pálida, corada, amarelada (indica icterícia) ou roxa (indica cianose); se brilhantes, se ressecados, olhos fundos, força para engolir ou para abrir o lábio... iii. Fontanela: em crianças menores de 2 anos, se está deprimida, é sinal de desidratação; iv. O próprio estado geral: se comprometido, o paciente pode estar deprimido, agitado, ativo, hipoativo, agressivo... também devemos descrever. ➢ Fácies: o normal é ser atípica. Fácies típica pertence a determinada síndrome ou doença. Exemplos: i. Mongoloide: típica de síndrome de Down. Rosto arredondado, boca entreaberta, olhos distantes, epicanto (também característico de asiáticos); ii. Miastênica: ptose palpebral (como se fizesse esforço para manter o olho aberto); iii. Acromegálica: aumento das proeminências da orelha, nariz, testa, queixo etc; iv. Esclerodérmica: a pele fica endurecida e o paciente perde a expressão facial, não conseguindo sorrir, por exemplo; v. Cushingoide: mais arredondada, por acúmulo de tecido adiposo na região. A cor também passa a ser avermelhada, principalmente em região malar e ponta do nariz, por conta da quantidade grande de vasos, dando aspecto edemaciado. Diferencia-se da obesidade porque o paciente apenas a face e o tronco engordam, os membros inferiores ficam atrofiados, pois a musculatura é reduzida; vi. Basedowiana: exoftalmia e bócio (na região do pescoço), característica do hipertireoidismo; vii. Podem, também, ser parkinsoniana, hipocrática viril etc. Pode-se descrever também se a fácies é de sofrimento, denominando de “fácies de dor”. Acima estão as mais conhecidas. Abaixo estão as fotos que as representam: ➢ Postura: voluntária, chamada de antálgica (quando o paciente adequa sua postura conforme sinal de desconforto, na intenção de diminuir a dor, como na falta de ar, na dor abdominal, apendicite, pericardite aguda, refluxo...) e involuntária (o paciente inconsciente fica do jeito que é colocado, como no tétano, em que ele fica na posição opistótono, vista na foto ao lado). Por fim, como descrever o exame físico? Dentro dos parâmetros de normalidade, seria: ➢ Paciente adulto: Paciente em bom estado geral, lúcido e orientado no tempo e no espaço, ativo e colaborativo (se criança, passa a ser ativo e reativo), hidratado, corado, acianótico, anictérico, fácies atípica. ➢ Paciente infantil: Paciente em bom estado geral, lúcido e orientado no tempo e no espaço, ativo e colaborativo reativo, hidratado, corado, acianótico, anictérico, fácies atípica. Se não estiver nos parâmetros da normalidade, deve-se dizer se o paciente está não colaborativo, choroso, irritado, agressivo etc. ➢ Antropometria: estatura e comprimento, peso, IMC (geralmente não utilizado para crianças), envergadura e circunferência abdominal. i. Estatura é medida com o paciente em pé, enquanto que o comprimento é medido deitado. Em crianças abaixo de 2 anos, idosos, acamados e pessoas com problemas neurológicos, é medido o comprimento, mas o ideal é a estatura (da planta dos pés ao vértice da cabeça, com paciente em pé, ereto, olhando para o horizonte, calcanhares juntos, membros superiores pendentes); ii. Envergadura: distância entre extremos dos membros superiores. Observa-se a distância entre as pontas dos dedos médios com os braços abertos em 90°. Geralmente não ultrapassa a altura, a não ser em questões patológicas; iii. Peso: sozinho, não tem valor nenhum. O importante é a evolução, então é necessário acompanhamento regular. Pode ser medido por balança elétrica ou mecânica, sendo esta a mais exata, se calibrada corretamente. O ideal é que o paciente seja sempre pesado na mesma balança, com o mínimo de roupas possível. COMO UTILIZAR A BALANÇA MECÂNICA? Deve-se: 1. Destravar a balança e verificar se está calibrada, 2. Colocar o último peso medido do paciente, sendo, no caso da infantil, o cursor maior o dos quilos e o menor para as gramas, e, na de adulto, o cursor maior de 10 em 10 kg, enquanto que o cursor menor possui quilos em unidade; 3. Posicionar a criança despida e ajustar os cursores até que se nivelem com a agulha, horizontalmente; 4. Na adulta, a pessoa fica de pé, com os braços pendentes, pés juntos, coluna ereta e cabelo solto. iv. IMC: vem do século XIX e ainda é muito utilizado, embora não seja preciso, pois, não diferencia músculo de gordura, então, por exemplo, uma pessoa musculosa pode ter alto índice de massa corporal e ter um IMC alto, embora não tenha ou se aproxime de um quadro de obesidade, ou o contrário, uma pessoa magra possuir alta porcentagem de gordura. Não é utilizado em crianças, pois, quando criado, não existia obesidade infantil. a. Em crianças, é medido: circunferência abdominal (na altura da cicatriz umbilical), circunferência torácica e perímetro cefálico (se até 2 anos). v. Circunferênciaabdominal: É medida na posição média entre o rebordo costal e a crista ilíaca. Como dito, em criança, é feita na altura da cicatriz umbilical. ➢ Sinais vitais: temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória. [vem aí qualquer dia desses] Fábia passou isso aqui: Semiologia 07 - Sinais Vitais - Propedêutica (Vídeo Aula) - YouTube https://www.youtube.com/watch?v=4zyl_kn8mYA https://www.youtube.com/watch?v=4zyl_kn8mYA