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Conceitualização Cognitiva - Teoria Cognitivo-Comportamental

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Conceitualização
cognitiva
O termo “conceitualização cognitiva”
A conceitualização cognitiva é
resultado de um trabalho feito pelo
terapeuta a partir dos primeiros
encontros dele com o paciente.
A partir daquilo que o paciente traz
na primeira entrevista, enquanto
história de vida, enquanto queixa,
enquanto problema, o terapeuta
formula um material chamado de
conceitualização cognitiva, que
indica como o paciente se
estruturou ao longo da vida dele, do
ponto de vista cognitivo.
Ex: como as experiencias da
infância contribuíram para a queixa
que ele apresenta hoje, para os
problemas e as dificuldades de hoje.
Quando pensamos em
conceituação cognitiva, é um
material formulado com base em
algumas perguntas que o terapeuta
faz pra si próprio e devem direcionar
a condução da primeira entrevista,
da coleta de informações nos
primeiros encontros.
Perguntas importantes (que devem ser
respondidas na conceitualização cognitiva)
♥ Qual o diagnóstico do
paciente?
♥ Quais são seus problemas
atuais (queixa)?
♥ Como esses problemas se
desenvolveram?
♥ Como esses problemas se
mantém? (fatores ambientais
e internos ao sujeito – o que
contribui para a manutenção
do problema)
♥ Que pensamentos
disfuncionais e crenças estão
associados a esses
problemas? (registro de
pensamentos disfuncionais)
♥ Que reações emocionais,
fisiológicas e
comportamentais estão
associadas a esses
pensamentos?
Hipóteses
Depois de formular e fazer as
perguntas para nós mesmos –
terapeutas -, é importante formular e
pensar em hipóteses de como o
paciente desenvolveu esse
transtorno em particular, ou essa
dificuldade. Para isso, podemos
pensar em algumas perguntas base
para nos fazermos, tentando obter
respostas a partir do discurso que o
paciente traz:
♥ Como o paciente vê a si
mesmo, os outros, seu
mundo pessoal e o seu
futuro? (tríade cognitiva)
♥ Como o paciente está
enfrentando suas cognições
disfuncionais? (estratégias
compensatórias)
♥ Que estressores
(precipitantes – experiencias
na infância) contribuíram
para o desenvolvimento dos
seus problemas atuais ou
interferem na resolução
desses problemas?
♥ Que experiencias anteriores
podem ter contribuído para
os problemas atuais do
paciente? que significado o
paciente extraiu dessas
experiencias e que crenças
se originaram delas ou foram
fortalecidas por elas?
♥ Que mecanismos cognitivos,
afetivos e comportamentais
(adaptativos e
desadaptativos) o paciente
desenvolveu para enfrentar
essas crenças disfuncionais?
A construção da conceitualização
(as perguntas que procuramos
responder) começa desde a
primeira sessão, no primeiro contato
com o paciente, e continua ao longo
de todo o tratamento.
A conceitualização, a elaboração de
hipóteses, fornece a compreensão
das razões do comportamento não
adaptativo do paciente –
compreensão das dificuldades.
A vida é muito dinâmica, por isso
que trabalhamos com hipóteses. A
queixa de um dia pode não ser a de
outro, e novos problemas podem se
sobrepor à queixa inicial.
A partir do momento que temos uma
compreensão das dificuldades
(como o comportamento surgiu e se
mantém), podemos partir para a
elaboração do foco da intervenção –
direcionada a partir das queixas
iniciais –, com a colaboração do
paciente e do terapeuta em conjunto
→ chamamos isso de
PLANEJAMENTO/PLANO
TERAPEUTICO.
Elementos da conceituação cognitiva
Pensamentos automáticos
São o nível de cognição mais
superficial na terapia cognitiva. São
suas características:
♥ Espontâneos
♥ repetitivos
♥ breves
♥ surgem sem questionamento
quanto à sua veracidade ou
utilidade.
♥ São acompanhados de uma
forte emoção ou afeto
negativo.
Normalmente o sujeito se atenta
mais para a emoção negativa
associada ao pensamento, do que
ao pensamento em si. Isso
acontece porque a vivencia da
emoção perturba o corpo e altera a
homeostase corpórea, e os
processos atencionais se voltam pra
essa alteração, ficando difícil prestar
atenção ao que pensou naquele
momento, tendo que fazer um
esforço pra conseguir prestar
atenção no pensamento.
Mesmo que o paciente esteja
consciente desses pensamentos, é
muito provável que os aceite sem
nenhuma critica ou questionamento,
acreditando que são verdadeiros. →
isso acontece porque é difícil para
ele entender o processo que
envolve a tomada desses
pensamentos. → necessita fazer
psicoeducação e tarefa de casa
para que o paciente faça um
mapeamento dos pensamentos
automáticos (registro de
pensamentos disfuncionais)
Registro de pensamentos
disfuncionais
A ideia é ajudar o paciente a
identificar os pensamentos
automáticos, de forma que ele
descreva uma situação que o
mobilizou afetivamente, através de
perguntas:
♥ O que você pensou nesse
momento?
♥ Quando se sentiu triste ou
com raiva, que pensamento
lhe veio à mente?
O preenchimento do registro de
pensamentos disfuncionais é
essencial para essa tarefa. É uma
prática comum na TCC, e é preciso
familiarizar o paciente com esse
exercício, para que ele faça isso
entre as sessões e possa fazer
automonitoramento – engajamento
em monitorar os próprios
pensamentos.