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CARL ROGERS - UMA PSICOLOGIA HUMANISTA


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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES 
LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
 
 
 
 
ANDRÉ LUCAS SILVA COSTA 
ANNY CAROLINE MIGUEL MACIEL DA SILVA 
KAROLAYNE CRISPIM VITORINO DA SILVA 
MARIA LUIZA BELA CARVALHO DA SILVA 
PEDRO NUNES DA NOBREGA 
 
 
 
 
 
CARL ROGERS E A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2021 
 
ANDRÉ LUCAS SILVA COSTA 
ANNY CAROLINE MIGUEL MACIEL DA SILVA 
KAROLAYNE CRISPIM VITORINO DA SILVA 
MARIA LUIZA BELA CARVALHO DA SILVA 
PEDRO NUNES DA NOBREGA 
 
 
 
 
 
 
CARL ROGERS E A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
Atividade realizada no curso da 
disciplina de Psicologia da 
Aprendizagem como requisito parcial 
para a obtenção de êxito neste 
semestre 2021.1 
 
Professora: Danyelle Gonzaga Monte 
da Costa. 
Disciplina: Psicologia da 
Aprendizagem 
Turno: Noturno 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2021 
RESUMO 
 
 
 
Este trabalho tem como objetivo mostrar um pouco sobre a vida e as teorias do 
psicólogo e historiador Carl Rogers. Suas teorias são centradas tanto na pessoa, 
quanto no aluno e nos leva a uma reflexão sobre o método tradicional de ensino. Por 
isso, no processo de construção do texto foram consultadas várias fontes para 
conseguir trazer uma compreensão clara sobre o assunto. 
 
Palavras-chave: Carl Rogers. Psicologia. Aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Introdução. ................................................................................ . 
2. Biografia....................................................................................... 
3. Carl Rogers e o Humanismo ..................................................... 
4. Carl Rogers e a Terapia Centrada na Pessoa........................... 
4.1 Tendência de atualização 
5. Carl Rogers e a Teoria Centrada no Aluno............................... 
5.1 A educação democrática e o papel do ensino. 
6. Carl Rogers e a Aprendizagem.................................................. 
7. A influência de Rogers no Brasil............................................... 
8. Conclusão ................................................................................... 
9. Referências Bibliográficas......................................................... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nossa vida é feita de mudanças e questionamentos, talvez seja um dos objetivos 
humanos no existir, mudar e pensar. A questão bota sob a mesa a dúvida, a dúvida 
nos leva a outros diferentes questionamentos, isto não é ruim, permitir-se duvidar é 
um ato de coragem, renegar sua fé, seu amor ou seus objetivos, é ter coragem. O 
primeiro passo é dado com o questionamento, um simples pensamento longe da moral 
coletiva, coloca-nos em um mar de dúvidas, acerca das certezas estabelecidas e as 
nossas próprias incertezas. O segundo passo deve ser a mudança, dois passos são 
enormes em uma só vida humana, caminhar com leveza entre os anos, sem objetivos 
extravagantes ou sonhos complexos demais para uma realidade fútil, ou buscar a 
mudança depois da dúvida, deixando ser permitido que sua vida ganhe novos 
caminhos e novas possibilidades. 
Pensar tais questões como mudança e dúvida nos leva a um campo cientifico 
complexo e extenso, o campo da ciência que se propõe a estudar de forma profunda 
o comportamento humano, esta é a psicologia. Tal ciência desenvolveu-se em uma 
linha mútua com a história e a filosofia, por tais motivos fica claro o fato das mudanças 
e das dúvidas nos levarem a lugares da nossa mente tão duvidosa. A psicologia 
presenteou a humanidade ao colocar-se à disposição para solucionar algumas 
dúvidas das nossas mudanças, dar sentido a elas e teorizar. Ao universo extenso da 
psicologia, coloco como referência em seu próprio caminhar da vida o psicólogo Carl 
Rogers, um símbolo para a psicologia e uma base para educadores. 
Rogers criou uma teoria com base na sua própria experiência de vida, no qual o 
mesmo fez das suas dúvidas uma catapulta para a mudança, a sua trajetória desde a 
infância até a vida adulta colaborou em um acumulo de ideias acerca do aprendizado, 
da vida em sociedade, da busca pela saúde mental. Rogers adentra no mundo das 
ideias como um psicólogo que busca colocar o indivíduo como pilar central do estudo, 
buscando um equilíbrio entre a satisfação pessoal e um melhor ambiente do 
tratamento entre os clientes e alunos para seus próprios objetivos. 
O alcance de Rogers não se limitou apenas aos psicólogos, pondo em vista que suas 
ideias foram bem aceitas na docência, por ter uma visão longe dos métodos 
convencionais que se baseavam em avaliações divisórias, excluindo a possibilidade 
de inovação no método educacional. Rogers era um crítico ao modo simplista 
avaliativo dentro das escolas, acreditando que uma nota não seria capaz de definir o 
nível de aprendizado de qualquer aluno, abrindo o campo para que as avaliações 
fossem realizadas de forma individual, permitindo a cada aluno ser livre na sua forma 
de aprender, assim como ele foi na sua juventude. A dúvida e a mudança andam lado 
a lado ao falarmos de Carl Rogers. 
 
 
2. BIOGRAFIA 
 
 
Foi um psicólogo americano, com grande representação na psicologia humanista e 
da corrente humanista da educação, ganhou um Prêmio Nobel da Paz de 1987. Ao 
longo de 30 anos exerceu a psicoterapia e diversas contribuições para as áreas 
clínicas e educacionais, suas ideias foram difundidas no Brasil a partir da década de 
70, em confronto direto ao Behaviorismo. 
Nascido em 1902, filho de pais protestantes rígidos e um tanto conservadores, com 
valores tradicionais, que incentivavam a sua atmosfera intelectual. Foi um aluno 
exemplar que não conservava muitos vínculos fora o familiar, pois, sempre estava 
centrado em suas leituras (principalmente de cunho religioso), e na cooperação no 
trabalho doméstico, o que não lhe deixa muito tempo livre para outras atividades. 
Aos 12 anos, se mudou para os arredores de Chicago onde iniciou atividades 
agrícolas, o que como consequência, fez Rogers se matricular na Universidade de 
Wisconsin, no curso de agronomia em 1919. Envolvendo-se nas atividades 
comunitárias, já nos primeiros anos, começam a aparecer seus talentos como 
facilitador e organizador. Rogers decide então mudar para o curso de história, tendo 
em mente a intenção de seguir carreira religiosa, todavia, em 1922 após passar 6 
meses de vivência na China, Japão e Coreia, o contato com a cultura oriental, fez 
com que Rogers repensasse suas crenças, mas, mantendo a ideia de seguir a vida 
pastoral. 
Em 1924, ele conclui a faculdade de história e casa-se com Hellen Elliot — que foi 
sua amiga na infância e com quem posteriormente teve dois filhos —, como havia 
sido pensado, ele matricula-se no Seminário da União Teológica, um ambiente não 
muito conservador e com alguns cursos de Psicologia que Rogers frequenta. 
Todavia, ele compreende sua falta de vocação para a carreira religiosa e se 
transfere para o curso de Psicologia. 
Rogers começa a trabalhar no Instituto de Aconselhamento Infantil (Institute for Child 
Guidance) em 1926, onde trava sua primeira batalha com a psiquiatria, para igualar 
seu salário com o dos psiquiatras. Em seguida, no ano de 1928, doutora-se no 
Teachers’ College, onde sua tese consistia na criação de um teste de personalidade 
para crianças. Nessa mesma época, trabalhava como psicólogo na Sociedade para 
Prevenção de Crueldade Contra Crianças (Society for the Prevention of Cruelty To 
Children). A partir de 1929, dirige, durante 12 anos, o Centro de Observação e 
Orientação Infantil dessa Sociedade. 
Rogers vai começar a travar sua nova batalha, pois, o centro que ele já dirigia foi 
ampliado e a instituição queria eleger um psiquiatra como diretor, por tradição. 
Rogers consegue manter seu cargo como dirigente do Centro, tornando-seo 
primeiro psicólogo a ocupar essa posição. Seu primeiro livro surge em 1939: “O 
tratamento clínico da criança-problema”, onde apresenta suas pesquisas até então. 
A repercussão do livro faz com que ele passe a ser conhecido como psicólogo 
clínico. Ele desenvolve uma forma de psicoterapia cada vez menos diretiva, baseada 
mais na aceitação dos sentimentos do cliente pelo terapeuta, e menos na 
interpretação e no direcionamento. Assim surge a Terapia Centrada na Pessoa (ou 
Abordagem Centrada na Pessoa), sobre a qual Rogers afirma: 
“Pode parecer absurdo alguém poder nomear o dia em que a Terapia 
Centrada no Cliente nasceu. Contudo, sinto que é possível nomeá-lo como 
sendo o dia 11 de dezembro de 1940.” 
De 1945 a 1957, Rogers tem um período muito rico em termos de produção 
científica, com muitas publicações. Seu livro de 1951, “Terapia Centrada do Cliente”, 
é um dos pontos altos dessa produção. Em 1961, Rogers publica o livro “Tornar-se 
pessoa”, que rapidamente transforma-se em um best-seller mundial. A partir dessa 
época, Rogers passa a investir cada vez mais no trabalho com grupos, ou “grupos 
de encontro”, como ele os denomina. O livro "Grupos de encontro", publicado em 
1970, foi apreciado tanto por profissionais como por leigos e rapidamente tornou-se 
um livro de consulta obrigatória na área. A partir de 1972, dedica-se principalmente à 
reflexão sobre aspectos sociais e políticos, explorando as possibilidades criativas 
oferecidas pelos grupos de encontro. Dessas reflexões surge o livro "Poder 
Pessoal", publicado em 1977. Em 1985 Rogers atua como facilitador de um 
workshop na Áustria com 50 líderes internacionais para discutir, segundo o modelo 
dos grupos de encontro, as tensões políticas na América Central. Nos últimos anos 
de sua vida, Rogers investe cada vez mais em workshops de esforço pela paz, tanto 
que seu nome foi indicado em 1987 para o Prêmio Nobel da Paz. 
Principalmente após a morte da esposa, em 1979, os últimos anos de Rogers foram 
marcados por um interesse pela dimensão espiritual do homem, pela transcendência 
e pela integração do homem com o universo. Valoriza, na terapia, a intuição e a 
“presença”, uma forma de comunicação com características transpessoais, que ele 
identifica como um “estado alterado de consciência”. Rogers faleceu em La Jolla, na 
Califórnia, no dia 4 de fevereiro de 1987, após uma fratura do colo do fêmur. Antes de 
falecer, permaneceu três dias em coma, quando então as máquinas que o mantinham 
vivo foram desligadas, de acordo com as instruções que ele mesmo deixará. 
 
3. CARL ROGERS E O HUMANISMO 
 
A psicologia humanista defende a individualidade, afirmando que os seres humanos 
são únicos, sendo assim nenhuma condição histórica, natural, cultural pode defini-lo, 
pois o indivíduo possui sua autonomia, com isso a psicologia humanista reafirma o 
conceito de livre-arbítrio, e procura não focar nas disfunções do indivíduo, e sim de 
ajudar para que ele alcance o máximo de seu potencial e melhore o seu bem-estar. 
Foi nos anos de 1950 nos Estados Unidos que essa psicologia começa a alcançar 
repercussão, tendo como pioneiros além de Carl Rogers, Abraham Maslow, Gardner 
Murphy e Gordon Allport, ambos concordaram que os temas centrais seriam a 
autorrealização, a criatividade e a individualidade. 
Esse movimento ficou conhecido como a terceira força, por se opor as outras duas 
psicologias mais famosa do século XX, a psicanálise de Sigmund Freud e o 
Behaviorismo de John Watson e Burrhus skinner, pois enquanto uma afirmava que o 
inconsciente é determinante nas ações do indivíduo, que seria algo contra o livre-
arbítrio pregado pela psicologia humanista, o outro defendia que os estímulos 
ambientais afetam sim a formação de uma pessoa. 
As cinco principais características da psicologia humanista são: 
 
▪ Sem julgamento 
▪ Empatia 
▪ Não Patológico 
▪ Concentra-se no ``eu´´ 
▪ É existencial 
 
Carl Rogers contribui-o bastante para a formação da ideia dessa psicologia, atribuindo 
a ela muito das suas teorias, que serão mais faladas adiante, entre elas uma das suas 
principais participações foi a publicação do livro ``Terapia centrada no paciente´´ que 
foi publicada no ano de 1951, a qual iremos falar um pouco mais no próximo tópico. 
 
4. CARL ROGERS E A TERAPIA CENTRADA NA PESSOA 
 
A abordagem centrada na pessoa foi desenvolvida em 1940. Conhecida como terapia 
centrada na pessoa, ela tem o intuito estimular a tendência humana de 
autoatualização das pessoas, ou seja, tendência do indivíduo de desenvolver-se e 
crescer como pessoa. Nesse caso, é privilegiada a experiência subjetiva do indivíduo, 
sendo assim, a terapia vai além das psicoterapias, podendo ser utilizada em todas as 
relações de ajuda. É uma abordagem que se diferencia sob diversas perspectivas, 
mas, sobretudo por não haver técnica, baseado no conceito de que os seres humanos 
buscam a saúde mental e o crescimento, ao contrário de outras linhas da Psicologia, 
que em sua maioria são baseadas na ideia de que por trás existe algum tipo de doença 
ou distúrbio mental. Acreditamos que a melhor forma de se tentar ajudar alguém é 
acreditar no seu potencial e na sua condição natural de pensar, sentir, buscar e se 
direcionar no caminho de suas necessidades. É a partir desta visão, que a ACP 
(abordagem centrada na pessoa) se baseia para tentar facilitar condições, para que 
ela possa buscar em si as suas próprias respostas. 
O indivíduo precisa de condições especiais para rever a maneira como ele está se 
desenvolvendo e para isto o psicoterapeuta, educador, etc. Busca desenvolver essas 
condições para que a pessoa consiga perceber em si própria o seu caminho e as suas 
respostas. 
 3 condições básicas, necessárias para que o indivíduo consiga de fato exercer o seu 
cerne positivo. 
• consideração positiva incondicional. 
• empatia. 
• Congruência. 
“o indivíduo tem dentro de si amplos recursos para autocompreensão, para 
alterar seu autoconceito, suas atitudes e seu comportamento autodirigido”. 
(ROGERS, Carl,1989) 
 
Tendência de atualização 
 
As pessoas possuem uma capacidade natural de se auto dirigir no sentido de buscar 
abastecer suas necessidades. Existe em toda estrutura uma tendência natural de 
evolução. Por diversos motivos, todos nós somos influenciados por uma série de 
formas de serem impostas pela sociedade, que fazem com que, muitas vezes, nos 
distanciamos daquilo que somos. 
ACP entende que a melhor forma de ajudar o próximo é tentar desenvolver 
condições ideais para que este movimento aconteça tendo em consideração, novas 
concepções e possibilidades. 
 
• Empatia 
 
É necessário que tanto o facilitador quanto o paciente sinta-se bem e 
verdadeiramente disponíveis nessa relação, o facilitador deverá ser capaz de tentar 
enxergar a pessoa buscando se aproximar do paciente, tendo desta forma, maior 
disponibilidade interna em evitar seus princípios e valores e de entender melhor o 
próximo sob a perspectiva do próprio, seus motivos, seus medos e sentimentos e 
consequentemente mais condições de não julgar ou direcionar a relação de ajuda. 
 
• Congruência 
 
É necessário ser autêntico quanto aos seus sentimentos e percepções em relação à 
pessoa que está buscando ajuda. É importante que o facilitador sinta de forma 
permanente na relação seja dito. Com empatia, cuidado, respeito, mas 
principalmente com autenticidade, é importante que o facilitador diga o que sente, 
mas é claro que como sendo a sua verdade, e não como verdade do outro. 
 
• Psicoterapeuta centrado na pessoa 
 
Além da aceitação é valorizada o acolhimento e a autenticação, ou seja, ou o 
psicoterapeuta dentro da sua autenticidade partilha dos princípios centrados na 
pessoa, isso não significa que um psicoterapeuta deverá proceder como Rogers, a 
ACP tem uma proposta de ajuda onde, desde que de sua maneira de ser o 
psicoterapeuta preservea empatia, a congruência, a aceitação incondicional, creia no 
potencial do paciente através da tendência atualizante, rejeite a manipulação, a 
interpretação e o condicionamento, ele estará exercendo ajuda ao cliente de maneira 
centrada na pessoa. 
 
5. CARL ROGERS E A TEORIA CENTRADA NO ALUNO 
 
“A teoria da educação centrada no aluno” é baseada na tríade rogeriana, na relação, 
professor/aluno e na autonomia do estudante. A tríade rogeriana consiste na 
empatia do professor de compreender e se colocar no lugar do aluno, da 
congruência, ou seja, o professor deve ser autêntico e sincero para estabelecer uma 
relação de confiança como o estudante e na “aceitação positiva incondicional” que 
consiste na aceitação e compreensão das características positivas e negativas, 
sendo as características negativas trabalhadas para a sua resolução, de cada 
indivíduo por parte do professor e dos colegas de sala de aula, proporcionando um 
ambiente aberto e seguro para debates, erros, acertos e diálogos. Nesse contexto, 
de acordo com a teoria de Carl Rogers, a relação, professor/aluno deve ser a mais 
aberta, empática, congruente e horizontal possível para estabelecer um vínculo 
emocional de igualdade entre o professor e o aluno, além disso, é trabalho do 
docente orientar, corrigir de forma construtiva possíveis erros e equívocos de 
interpretação e ajudar o aluno a desenvolver suas habilidades e potencialidades. 
Porém, devemos lembrar que o estudante é um ser independente e possui seu 
próprio pensamento crítico, suas vontades, seus interesses e suas habilidades, 
portanto, o professor deve respeitar a autonomia do discente, interferindo o menos 
possível no seu desenvolvimento, salvo em casos de erros e equívocos óbvios por 
parte do aluno. 
 
5.1 A educação democrática e o papel do ensino. 
 
Após estabelecer um relacionamento saudável entre o professor e o aluno, a sala de 
aula passa a ser um ambiente acolhedor, horizontal e democrático, os estudantes 
podem desenvolver suas habilidades e demonstrar seus interesses sem julgamentos, 
de fato, um ambiente propício para a formação de cidadãos críticos e questionadores. 
Na visão de Carl Rogers, a escola tradicional não prepara os estudantes para uma 
vida democrática e cidadã, tendo em vista que, geralmente, a escola é uma instituição 
baseada na autoridade exacerbada, punição, recompensa e disciplina ortodoxa, 
características que dificultam a formação de pensamento crítico e autonomia, além de 
atender a interesses de dominação. Por fim, de acordo com “a teoria da educação 
centrada no aluno” o professor deve, acima de tudo, “ensinar a aprender”. Isto é, após 
estabelecer um vínculo de confiança e respeito entre professor/aluno, o docente 
poderá corrigir e orientar o estudante de maneira construtiva com o intuito de ensinar 
o aluno a desenvolver suas habilidades e interesses. 
 
6. CARL ROGERS E A APRENDIZAGEM 
 
Para Rogers no processo de aprendizado a figura mais importante é a do aluno, 
pois, o mesmo discorda do formato de aula onde o professor é aquele que deve 
exercer a autoridade e o domínio, cabendo ao aluno a função de só receber as 
informações e obedecer, sendo assim o professor passa a ser quele que deve 
facilitar a comunicação do aluno com o seu interior, para que essa autodescoberta 
facilite o seu processo de aprendizado. 
Com isso é possível notar que Rogers defende a facilitação da aprendizagem, tanto 
por meio da qualidade das atitudes dos professores, como a de incluir a participação 
máxima dos alunos sempre que possível, para que assim o aluno fazendo parte 
desse processo consiga ter um maior entendimento, junto a isso estimular uma 
motivação de interesse do aluno, como também por meio de determinadas atitudes 
de Autenticidade, Aceitação e compreensão empática, que serão melhor explicadas 
a seguir. 
• AUTENTICIDADE 
É a característica que faz o professor ter consciência de si próprio, sendo isso crucial 
para a relação professor-aluno, tornando assim possível uma assimilação de suas 
experiências, deixando provável uma aproximação que favorece essa relação, pois, 
como o professor irá compreender e aceitar o aluno, se nem ele mesmo se 
compreende e se aceita. 
• ACEITAÇÃO 
A aceitação do professor para com o aluno serve como uma demonstração de 
apreço, tal apreço mostra uma confiança na capacidade do aluno, sendo a confiança 
um sentimento muito importante que melhora as relações, tornando assim possível 
que a ligação professor-aluno passe a ser uma relação de ajuda, onde o mestre 
facilite o processo de independência de seu educando, a aceitação também é 
importante, pois, aceitando o aluno como ele é, se aceita os seus sentimentos, 
facilitando no processo de aprendizagens novas, pois, ao ser aceito o aluno se sente 
mais a vontade para demostrar seus medos, facilitando o seu aprendizado e 
tornando o ambiente educacional um lugar mais seguro. 
• COMPREENSÃO EMPÁTICA 
Tal capacidade facilita para que o professor seja capaz de compreender melhor os 
seus alunos, para que assim passe a não só os conhecer como também que possa 
entender bem as suas reações, tornando assim possível um acolhimento por parte 
do professor, melhorando então a relação dos dois, facilitando assim o processo de 
aprendizado. 
Sendo assim para Rogers quando o educador passa a não só entender esses 
conceitos de facilitação de aprendizado, como também os pôr em prática, se vendo 
dessa forma em classe, tomando atitudes como essas citadas na segunda estrofe, e 
conseguindo desenvolver a autenticidade a aceitação e a compreensão empática, o 
mesmo está diante de uma revolução educacional. 
Outra questão abordada por Rogers que é muito importante também para a 
educação é a aprendizagem significativa ou experiencial, que é quando o aluno 
percebe a relevância do estudo, sendo o professor responsável por ajuda o 
estudante a ter consciência de como aquilo é importante para os seus próprios 
objetivos, fazendo o aluno aprender e ter esse interesse por si só, sendo um 
aprendizado significativo para o mesmo, que envolveu o seu pensar e o seu sentir, 
tornando mais difícil o esquecimento desse ensinamento. 
Uma das principais características da psicologia humanista é a concentração no ''eu" 
como já citado anteriormente, sendo assim quando se trata da educação, Rogers 
não foge disso, ele põe o aluno como foco, com isso cabe ao mesmo a vontade de 
se envolver nesse processo de aprendizagem, pois, essa vontade e interesse tem 
que ser auto iniciada por ele, cabendo ao professor somente ajudar nesse processo, 
tendo em mente que os seres humanos têm uma potencialidade natural para 
aprender. 
Rogers também coloca a independência, criatividade e autoconfiança como muito 
importantes no processo de aprendizagem, pois, são funções da autoavaliação e da 
autocrítica, que são características ligadas há autodisciplina, que é extremamente 
necessária no processo de aprendizagem, pois, este processo vem de dentro do 
aluno, tonando assim importante que o mesmo tenha essa disciplina consigo 
mesmo, para assim poder alcançar os seus objetivos. 
Na concepção de Rogers a avaliação de como anda o processo de aprendizado 
deve vim do aluno, sendo o mesmo responsável por manter constante essa auto 
avaliação, não só de seu aprendizado como também do sentido e do significado 
dessa aprendizagem, contando com ponderações e ''avaliações’’ de seus colegas e 
professores, deixando assim evidente o papel do aluno em ter uma auto iniciativa e 
uma auto responsabilidade lhe deixando consciente de sua capacidade. 
7. A INFLUÊNCIA DE ROGERS NO BRASIL 
 
Carl Rogers apresentou seu modelo de aprendizagem que consistia numa teoria 
voltada ao indivíduo, ou seja, ao aluno individualmente. Seu modelo de aprendizagem 
se fez presente também no Brasil, que adotou algumas de suas ideias, passando a 
atuar com os meios educacionais que visavam tornar o aluno conscientede si mesmo. 
Mas no Brasil, sua teoria foi alvo de críticas, principalmente no que se diz ao 
pensamento que visa o coletivo, os críticos do método rogeriano baseavam suas 
críticas na forma em que a educação voltada ao indivíduo impossibilitava uma 
discussão de questões sociais e políticas, envolvendo o aluno em um laço incapaz de 
pensar na realidade que lhe cerca, até mesmo deixando-lhe pouco pensativo acerca 
da sua cultura e história. Em contrapartida, os defensores da teoria afirmavam que por 
este método está diretamente voltado ao desenvolvimento do homem em sua forma 
natural, isto não impossibilita a discussão da sua realidade, não lhe deixando a parte 
dos contextos socioeconômicos. Destaca-se também que por motivos da pessoa ser 
colocada no centro, ela toma para si uma responsabilidade social, exemplificando que 
não há como pensar em si sem pensar nos outros. 
Para Rogers a educação centrada no aluno não deve ser imposta, deve iniciar um 
passo de cada vez, começando pelos responsáveis pelas escolas, de forma que estes 
sejam sensibilizados e que mudem. Para mudar esta base, ocorre de forma gradativa, 
desde os diretores, professores até os alunos, sendo fundamental este processo 
interno. 
Os motivos que diferem a teoria de Rogers é a insuficiência para explicar o processo 
de ensino e aprendizagem, pois, este foca-se em ideias funcionais, e a educação 
necessita de uma base sólida para sua aplicação. Porém, as ideias de Rogers não 
são de forma alguma descartáveis, sendo reconhecida entre docentes para sua 
utilização, seus métodos são capazes de facilitar a aprendizagem e isto as tornas 
viáveis. 
 
8. CONCLUSÃO 
 
As teorias desenvolvidas por Carl Rogers possuem influencias diretas com os avanços 
da psicoterapia e tornando-se uma base de melhor compreensão no âmbito 
educacional por possuir percepções diferentes do visto como convencional, Rogers 
possuía a visão de que uma nota jamais definiria o nível de aprendizagem de um aluno 
e acreditava nas formas de avaliações individuais, permitindo o indivíduo a 
compreender, desenvolver e aprender da sua própria maneira, afinal Rogers defendia 
a teoria humanista, onde considera-se que cada ser humano é único e que possuímos 
diferentes formas de aprendizagem. 
Desenvolvida por Carl Rogers a “teoria centrada no paciente” possui diferentes pontos 
das diversas terias da psicologia, por se basear no conceito de que os seres humanos 
buscam saúde mental e o seu próprio crescimento, diferenciando-se das teorias que 
majoritariamente acreditam que o indivíduo sempre é caracterizado por algum 
distúrbio mental. A “teoria da educação centrada no aluno” é desenvolvida a partir do 
pensamento da autonomia do aluno, acreditando que diante a confiança e a 
sinceridade o professor deve interferir o menos possível no desenvolvimento do aluno 
permitindo assim maior autonomia. 
 
 
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Flôr, Maira. Quem foi Carl Roger? Detalhes que a História não conta. Espaço Viver 
Psicologia, 2014. Disponível em: https://www.espacoviverpsicologia.com/single-
post/quem-foi-carl-rogers. Acesso em: 29/09/2021. 
 
Ferrari, Márcio. Carl Rogers, um psicólogo a serviço do estudante, Nova Escola, 2008. 
Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1453/carl-rogers-um-psicologo-a-
servico-do-estudante. Acesso em: 29/09/2021. 
 
CARL Rogers, um psicólogo a serviço do estudante. [S. l.], 1 out. 2008. Disponível 
em: https://novaescola.org.br/conteudo/1453/carl-rogers-um-psicologo-a-servico-do-
estudante# . Acesso em: 6 out. 2021. 
 
De Lima, L. D. (2018). TEORIA HUMANISTA: CARL ROGERS E A EDUCAÇÃO. 
Caderno De Graduação – Ciências Humanas E Sociais – UNIT – ALAGOAS, 4(3), 
161. Recuperado de https://periodicos.set.edu.br/fitshumanas/article/view/4800. 
 
Significado de Psicologia Humanista (O que é, Conceito e Definição), Significados, 
2019. Disponível em: https://www.significados.com.br/psicologia-humanista/ Acesso 
em: 05/ 10/ 2021. 
 
PEDRASSOLI, Alexandre. Carl Rogers e a terapia centrada no cliente. Disponível em: 
http://an.locaweb.com.br/Webindependente/psicologia/psicologoselinhas/carlrogerse
aabordagemcentradanocliente2.htm. 
 
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