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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES LICENCIATURA EM HISTÓRIA ANDRÉ LUCAS SILVA COSTA ANNY CAROLINE MIGUEL MACIEL DA SILVA KAROLAYNE CRISPIM VITORINO DA SILVA MARIA LUIZA BELA CARVALHO DA SILVA PEDRO NUNES DA NOBREGA CARL ROGERS E A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM JOÃO PESSOA 2021 ANDRÉ LUCAS SILVA COSTA ANNY CAROLINE MIGUEL MACIEL DA SILVA KAROLAYNE CRISPIM VITORINO DA SILVA MARIA LUIZA BELA CARVALHO DA SILVA PEDRO NUNES DA NOBREGA CARL ROGERS E A PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM Atividade realizada no curso da disciplina de Psicologia da Aprendizagem como requisito parcial para a obtenção de êxito neste semestre 2021.1 Professora: Danyelle Gonzaga Monte da Costa. Disciplina: Psicologia da Aprendizagem Turno: Noturno JOÃO PESSOA 2021 RESUMO Este trabalho tem como objetivo mostrar um pouco sobre a vida e as teorias do psicólogo e historiador Carl Rogers. Suas teorias são centradas tanto na pessoa, quanto no aluno e nos leva a uma reflexão sobre o método tradicional de ensino. Por isso, no processo de construção do texto foram consultadas várias fontes para conseguir trazer uma compreensão clara sobre o assunto. Palavras-chave: Carl Rogers. Psicologia. Aprendizagem. SUMÁRIO 1. Introdução. ................................................................................ . 2. Biografia....................................................................................... 3. Carl Rogers e o Humanismo ..................................................... 4. Carl Rogers e a Terapia Centrada na Pessoa........................... 4.1 Tendência de atualização 5. Carl Rogers e a Teoria Centrada no Aluno............................... 5.1 A educação democrática e o papel do ensino. 6. Carl Rogers e a Aprendizagem.................................................. 7. A influência de Rogers no Brasil............................................... 8. Conclusão ................................................................................... 9. Referências Bibliográficas......................................................... 1. INTRODUÇÃO Nossa vida é feita de mudanças e questionamentos, talvez seja um dos objetivos humanos no existir, mudar e pensar. A questão bota sob a mesa a dúvida, a dúvida nos leva a outros diferentes questionamentos, isto não é ruim, permitir-se duvidar é um ato de coragem, renegar sua fé, seu amor ou seus objetivos, é ter coragem. O primeiro passo é dado com o questionamento, um simples pensamento longe da moral coletiva, coloca-nos em um mar de dúvidas, acerca das certezas estabelecidas e as nossas próprias incertezas. O segundo passo deve ser a mudança, dois passos são enormes em uma só vida humana, caminhar com leveza entre os anos, sem objetivos extravagantes ou sonhos complexos demais para uma realidade fútil, ou buscar a mudança depois da dúvida, deixando ser permitido que sua vida ganhe novos caminhos e novas possibilidades. Pensar tais questões como mudança e dúvida nos leva a um campo cientifico complexo e extenso, o campo da ciência que se propõe a estudar de forma profunda o comportamento humano, esta é a psicologia. Tal ciência desenvolveu-se em uma linha mútua com a história e a filosofia, por tais motivos fica claro o fato das mudanças e das dúvidas nos levarem a lugares da nossa mente tão duvidosa. A psicologia presenteou a humanidade ao colocar-se à disposição para solucionar algumas dúvidas das nossas mudanças, dar sentido a elas e teorizar. Ao universo extenso da psicologia, coloco como referência em seu próprio caminhar da vida o psicólogo Carl Rogers, um símbolo para a psicologia e uma base para educadores. Rogers criou uma teoria com base na sua própria experiência de vida, no qual o mesmo fez das suas dúvidas uma catapulta para a mudança, a sua trajetória desde a infância até a vida adulta colaborou em um acumulo de ideias acerca do aprendizado, da vida em sociedade, da busca pela saúde mental. Rogers adentra no mundo das ideias como um psicólogo que busca colocar o indivíduo como pilar central do estudo, buscando um equilíbrio entre a satisfação pessoal e um melhor ambiente do tratamento entre os clientes e alunos para seus próprios objetivos. O alcance de Rogers não se limitou apenas aos psicólogos, pondo em vista que suas ideias foram bem aceitas na docência, por ter uma visão longe dos métodos convencionais que se baseavam em avaliações divisórias, excluindo a possibilidade de inovação no método educacional. Rogers era um crítico ao modo simplista avaliativo dentro das escolas, acreditando que uma nota não seria capaz de definir o nível de aprendizado de qualquer aluno, abrindo o campo para que as avaliações fossem realizadas de forma individual, permitindo a cada aluno ser livre na sua forma de aprender, assim como ele foi na sua juventude. A dúvida e a mudança andam lado a lado ao falarmos de Carl Rogers. 2. BIOGRAFIA Foi um psicólogo americano, com grande representação na psicologia humanista e da corrente humanista da educação, ganhou um Prêmio Nobel da Paz de 1987. Ao longo de 30 anos exerceu a psicoterapia e diversas contribuições para as áreas clínicas e educacionais, suas ideias foram difundidas no Brasil a partir da década de 70, em confronto direto ao Behaviorismo. Nascido em 1902, filho de pais protestantes rígidos e um tanto conservadores, com valores tradicionais, que incentivavam a sua atmosfera intelectual. Foi um aluno exemplar que não conservava muitos vínculos fora o familiar, pois, sempre estava centrado em suas leituras (principalmente de cunho religioso), e na cooperação no trabalho doméstico, o que não lhe deixa muito tempo livre para outras atividades. Aos 12 anos, se mudou para os arredores de Chicago onde iniciou atividades agrícolas, o que como consequência, fez Rogers se matricular na Universidade de Wisconsin, no curso de agronomia em 1919. Envolvendo-se nas atividades comunitárias, já nos primeiros anos, começam a aparecer seus talentos como facilitador e organizador. Rogers decide então mudar para o curso de história, tendo em mente a intenção de seguir carreira religiosa, todavia, em 1922 após passar 6 meses de vivência na China, Japão e Coreia, o contato com a cultura oriental, fez com que Rogers repensasse suas crenças, mas, mantendo a ideia de seguir a vida pastoral. Em 1924, ele conclui a faculdade de história e casa-se com Hellen Elliot — que foi sua amiga na infância e com quem posteriormente teve dois filhos —, como havia sido pensado, ele matricula-se no Seminário da União Teológica, um ambiente não muito conservador e com alguns cursos de Psicologia que Rogers frequenta. Todavia, ele compreende sua falta de vocação para a carreira religiosa e se transfere para o curso de Psicologia. Rogers começa a trabalhar no Instituto de Aconselhamento Infantil (Institute for Child Guidance) em 1926, onde trava sua primeira batalha com a psiquiatria, para igualar seu salário com o dos psiquiatras. Em seguida, no ano de 1928, doutora-se no Teachers’ College, onde sua tese consistia na criação de um teste de personalidade para crianças. Nessa mesma época, trabalhava como psicólogo na Sociedade para Prevenção de Crueldade Contra Crianças (Society for the Prevention of Cruelty To Children). A partir de 1929, dirige, durante 12 anos, o Centro de Observação e Orientação Infantil dessa Sociedade. Rogers vai começar a travar sua nova batalha, pois, o centro que ele já dirigia foi ampliado e a instituição queria eleger um psiquiatra como diretor, por tradição. Rogers consegue manter seu cargo como dirigente do Centro, tornando-seo primeiro psicólogo a ocupar essa posição. Seu primeiro livro surge em 1939: “O tratamento clínico da criança-problema”, onde apresenta suas pesquisas até então. A repercussão do livro faz com que ele passe a ser conhecido como psicólogo clínico. Ele desenvolve uma forma de psicoterapia cada vez menos diretiva, baseada mais na aceitação dos sentimentos do cliente pelo terapeuta, e menos na interpretação e no direcionamento. Assim surge a Terapia Centrada na Pessoa (ou Abordagem Centrada na Pessoa), sobre a qual Rogers afirma: “Pode parecer absurdo alguém poder nomear o dia em que a Terapia Centrada no Cliente nasceu. Contudo, sinto que é possível nomeá-lo como sendo o dia 11 de dezembro de 1940.” De 1945 a 1957, Rogers tem um período muito rico em termos de produção científica, com muitas publicações. Seu livro de 1951, “Terapia Centrada do Cliente”, é um dos pontos altos dessa produção. Em 1961, Rogers publica o livro “Tornar-se pessoa”, que rapidamente transforma-se em um best-seller mundial. A partir dessa época, Rogers passa a investir cada vez mais no trabalho com grupos, ou “grupos de encontro”, como ele os denomina. O livro "Grupos de encontro", publicado em 1970, foi apreciado tanto por profissionais como por leigos e rapidamente tornou-se um livro de consulta obrigatória na área. A partir de 1972, dedica-se principalmente à reflexão sobre aspectos sociais e políticos, explorando as possibilidades criativas oferecidas pelos grupos de encontro. Dessas reflexões surge o livro "Poder Pessoal", publicado em 1977. Em 1985 Rogers atua como facilitador de um workshop na Áustria com 50 líderes internacionais para discutir, segundo o modelo dos grupos de encontro, as tensões políticas na América Central. Nos últimos anos de sua vida, Rogers investe cada vez mais em workshops de esforço pela paz, tanto que seu nome foi indicado em 1987 para o Prêmio Nobel da Paz. Principalmente após a morte da esposa, em 1979, os últimos anos de Rogers foram marcados por um interesse pela dimensão espiritual do homem, pela transcendência e pela integração do homem com o universo. Valoriza, na terapia, a intuição e a “presença”, uma forma de comunicação com características transpessoais, que ele identifica como um “estado alterado de consciência”. Rogers faleceu em La Jolla, na Califórnia, no dia 4 de fevereiro de 1987, após uma fratura do colo do fêmur. Antes de falecer, permaneceu três dias em coma, quando então as máquinas que o mantinham vivo foram desligadas, de acordo com as instruções que ele mesmo deixará. 3. CARL ROGERS E O HUMANISMO A psicologia humanista defende a individualidade, afirmando que os seres humanos são únicos, sendo assim nenhuma condição histórica, natural, cultural pode defini-lo, pois o indivíduo possui sua autonomia, com isso a psicologia humanista reafirma o conceito de livre-arbítrio, e procura não focar nas disfunções do indivíduo, e sim de ajudar para que ele alcance o máximo de seu potencial e melhore o seu bem-estar. Foi nos anos de 1950 nos Estados Unidos que essa psicologia começa a alcançar repercussão, tendo como pioneiros além de Carl Rogers, Abraham Maslow, Gardner Murphy e Gordon Allport, ambos concordaram que os temas centrais seriam a autorrealização, a criatividade e a individualidade. Esse movimento ficou conhecido como a terceira força, por se opor as outras duas psicologias mais famosa do século XX, a psicanálise de Sigmund Freud e o Behaviorismo de John Watson e Burrhus skinner, pois enquanto uma afirmava que o inconsciente é determinante nas ações do indivíduo, que seria algo contra o livre- arbítrio pregado pela psicologia humanista, o outro defendia que os estímulos ambientais afetam sim a formação de uma pessoa. As cinco principais características da psicologia humanista são: ▪ Sem julgamento ▪ Empatia ▪ Não Patológico ▪ Concentra-se no ``eu´´ ▪ É existencial Carl Rogers contribui-o bastante para a formação da ideia dessa psicologia, atribuindo a ela muito das suas teorias, que serão mais faladas adiante, entre elas uma das suas principais participações foi a publicação do livro ``Terapia centrada no paciente´´ que foi publicada no ano de 1951, a qual iremos falar um pouco mais no próximo tópico. 4. CARL ROGERS E A TERAPIA CENTRADA NA PESSOA A abordagem centrada na pessoa foi desenvolvida em 1940. Conhecida como terapia centrada na pessoa, ela tem o intuito estimular a tendência humana de autoatualização das pessoas, ou seja, tendência do indivíduo de desenvolver-se e crescer como pessoa. Nesse caso, é privilegiada a experiência subjetiva do indivíduo, sendo assim, a terapia vai além das psicoterapias, podendo ser utilizada em todas as relações de ajuda. É uma abordagem que se diferencia sob diversas perspectivas, mas, sobretudo por não haver técnica, baseado no conceito de que os seres humanos buscam a saúde mental e o crescimento, ao contrário de outras linhas da Psicologia, que em sua maioria são baseadas na ideia de que por trás existe algum tipo de doença ou distúrbio mental. Acreditamos que a melhor forma de se tentar ajudar alguém é acreditar no seu potencial e na sua condição natural de pensar, sentir, buscar e se direcionar no caminho de suas necessidades. É a partir desta visão, que a ACP (abordagem centrada na pessoa) se baseia para tentar facilitar condições, para que ela possa buscar em si as suas próprias respostas. O indivíduo precisa de condições especiais para rever a maneira como ele está se desenvolvendo e para isto o psicoterapeuta, educador, etc. Busca desenvolver essas condições para que a pessoa consiga perceber em si própria o seu caminho e as suas respostas. 3 condições básicas, necessárias para que o indivíduo consiga de fato exercer o seu cerne positivo. • consideração positiva incondicional. • empatia. • Congruência. “o indivíduo tem dentro de si amplos recursos para autocompreensão, para alterar seu autoconceito, suas atitudes e seu comportamento autodirigido”. (ROGERS, Carl,1989) Tendência de atualização As pessoas possuem uma capacidade natural de se auto dirigir no sentido de buscar abastecer suas necessidades. Existe em toda estrutura uma tendência natural de evolução. Por diversos motivos, todos nós somos influenciados por uma série de formas de serem impostas pela sociedade, que fazem com que, muitas vezes, nos distanciamos daquilo que somos. ACP entende que a melhor forma de ajudar o próximo é tentar desenvolver condições ideais para que este movimento aconteça tendo em consideração, novas concepções e possibilidades. • Empatia É necessário que tanto o facilitador quanto o paciente sinta-se bem e verdadeiramente disponíveis nessa relação, o facilitador deverá ser capaz de tentar enxergar a pessoa buscando se aproximar do paciente, tendo desta forma, maior disponibilidade interna em evitar seus princípios e valores e de entender melhor o próximo sob a perspectiva do próprio, seus motivos, seus medos e sentimentos e consequentemente mais condições de não julgar ou direcionar a relação de ajuda. • Congruência É necessário ser autêntico quanto aos seus sentimentos e percepções em relação à pessoa que está buscando ajuda. É importante que o facilitador sinta de forma permanente na relação seja dito. Com empatia, cuidado, respeito, mas principalmente com autenticidade, é importante que o facilitador diga o que sente, mas é claro que como sendo a sua verdade, e não como verdade do outro. • Psicoterapeuta centrado na pessoa Além da aceitação é valorizada o acolhimento e a autenticação, ou seja, ou o psicoterapeuta dentro da sua autenticidade partilha dos princípios centrados na pessoa, isso não significa que um psicoterapeuta deverá proceder como Rogers, a ACP tem uma proposta de ajuda onde, desde que de sua maneira de ser o psicoterapeuta preservea empatia, a congruência, a aceitação incondicional, creia no potencial do paciente através da tendência atualizante, rejeite a manipulação, a interpretação e o condicionamento, ele estará exercendo ajuda ao cliente de maneira centrada na pessoa. 5. CARL ROGERS E A TEORIA CENTRADA NO ALUNO “A teoria da educação centrada no aluno” é baseada na tríade rogeriana, na relação, professor/aluno e na autonomia do estudante. A tríade rogeriana consiste na empatia do professor de compreender e se colocar no lugar do aluno, da congruência, ou seja, o professor deve ser autêntico e sincero para estabelecer uma relação de confiança como o estudante e na “aceitação positiva incondicional” que consiste na aceitação e compreensão das características positivas e negativas, sendo as características negativas trabalhadas para a sua resolução, de cada indivíduo por parte do professor e dos colegas de sala de aula, proporcionando um ambiente aberto e seguro para debates, erros, acertos e diálogos. Nesse contexto, de acordo com a teoria de Carl Rogers, a relação, professor/aluno deve ser a mais aberta, empática, congruente e horizontal possível para estabelecer um vínculo emocional de igualdade entre o professor e o aluno, além disso, é trabalho do docente orientar, corrigir de forma construtiva possíveis erros e equívocos de interpretação e ajudar o aluno a desenvolver suas habilidades e potencialidades. Porém, devemos lembrar que o estudante é um ser independente e possui seu próprio pensamento crítico, suas vontades, seus interesses e suas habilidades, portanto, o professor deve respeitar a autonomia do discente, interferindo o menos possível no seu desenvolvimento, salvo em casos de erros e equívocos óbvios por parte do aluno. 5.1 A educação democrática e o papel do ensino. Após estabelecer um relacionamento saudável entre o professor e o aluno, a sala de aula passa a ser um ambiente acolhedor, horizontal e democrático, os estudantes podem desenvolver suas habilidades e demonstrar seus interesses sem julgamentos, de fato, um ambiente propício para a formação de cidadãos críticos e questionadores. Na visão de Carl Rogers, a escola tradicional não prepara os estudantes para uma vida democrática e cidadã, tendo em vista que, geralmente, a escola é uma instituição baseada na autoridade exacerbada, punição, recompensa e disciplina ortodoxa, características que dificultam a formação de pensamento crítico e autonomia, além de atender a interesses de dominação. Por fim, de acordo com “a teoria da educação centrada no aluno” o professor deve, acima de tudo, “ensinar a aprender”. Isto é, após estabelecer um vínculo de confiança e respeito entre professor/aluno, o docente poderá corrigir e orientar o estudante de maneira construtiva com o intuito de ensinar o aluno a desenvolver suas habilidades e interesses. 6. CARL ROGERS E A APRENDIZAGEM Para Rogers no processo de aprendizado a figura mais importante é a do aluno, pois, o mesmo discorda do formato de aula onde o professor é aquele que deve exercer a autoridade e o domínio, cabendo ao aluno a função de só receber as informações e obedecer, sendo assim o professor passa a ser quele que deve facilitar a comunicação do aluno com o seu interior, para que essa autodescoberta facilite o seu processo de aprendizado. Com isso é possível notar que Rogers defende a facilitação da aprendizagem, tanto por meio da qualidade das atitudes dos professores, como a de incluir a participação máxima dos alunos sempre que possível, para que assim o aluno fazendo parte desse processo consiga ter um maior entendimento, junto a isso estimular uma motivação de interesse do aluno, como também por meio de determinadas atitudes de Autenticidade, Aceitação e compreensão empática, que serão melhor explicadas a seguir. • AUTENTICIDADE É a característica que faz o professor ter consciência de si próprio, sendo isso crucial para a relação professor-aluno, tornando assim possível uma assimilação de suas experiências, deixando provável uma aproximação que favorece essa relação, pois, como o professor irá compreender e aceitar o aluno, se nem ele mesmo se compreende e se aceita. • ACEITAÇÃO A aceitação do professor para com o aluno serve como uma demonstração de apreço, tal apreço mostra uma confiança na capacidade do aluno, sendo a confiança um sentimento muito importante que melhora as relações, tornando assim possível que a ligação professor-aluno passe a ser uma relação de ajuda, onde o mestre facilite o processo de independência de seu educando, a aceitação também é importante, pois, aceitando o aluno como ele é, se aceita os seus sentimentos, facilitando no processo de aprendizagens novas, pois, ao ser aceito o aluno se sente mais a vontade para demostrar seus medos, facilitando o seu aprendizado e tornando o ambiente educacional um lugar mais seguro. • COMPREENSÃO EMPÁTICA Tal capacidade facilita para que o professor seja capaz de compreender melhor os seus alunos, para que assim passe a não só os conhecer como também que possa entender bem as suas reações, tornando assim possível um acolhimento por parte do professor, melhorando então a relação dos dois, facilitando assim o processo de aprendizado. Sendo assim para Rogers quando o educador passa a não só entender esses conceitos de facilitação de aprendizado, como também os pôr em prática, se vendo dessa forma em classe, tomando atitudes como essas citadas na segunda estrofe, e conseguindo desenvolver a autenticidade a aceitação e a compreensão empática, o mesmo está diante de uma revolução educacional. Outra questão abordada por Rogers que é muito importante também para a educação é a aprendizagem significativa ou experiencial, que é quando o aluno percebe a relevância do estudo, sendo o professor responsável por ajuda o estudante a ter consciência de como aquilo é importante para os seus próprios objetivos, fazendo o aluno aprender e ter esse interesse por si só, sendo um aprendizado significativo para o mesmo, que envolveu o seu pensar e o seu sentir, tornando mais difícil o esquecimento desse ensinamento. Uma das principais características da psicologia humanista é a concentração no ''eu" como já citado anteriormente, sendo assim quando se trata da educação, Rogers não foge disso, ele põe o aluno como foco, com isso cabe ao mesmo a vontade de se envolver nesse processo de aprendizagem, pois, essa vontade e interesse tem que ser auto iniciada por ele, cabendo ao professor somente ajudar nesse processo, tendo em mente que os seres humanos têm uma potencialidade natural para aprender. Rogers também coloca a independência, criatividade e autoconfiança como muito importantes no processo de aprendizagem, pois, são funções da autoavaliação e da autocrítica, que são características ligadas há autodisciplina, que é extremamente necessária no processo de aprendizagem, pois, este processo vem de dentro do aluno, tonando assim importante que o mesmo tenha essa disciplina consigo mesmo, para assim poder alcançar os seus objetivos. Na concepção de Rogers a avaliação de como anda o processo de aprendizado deve vim do aluno, sendo o mesmo responsável por manter constante essa auto avaliação, não só de seu aprendizado como também do sentido e do significado dessa aprendizagem, contando com ponderações e ''avaliações’’ de seus colegas e professores, deixando assim evidente o papel do aluno em ter uma auto iniciativa e uma auto responsabilidade lhe deixando consciente de sua capacidade. 7. A INFLUÊNCIA DE ROGERS NO BRASIL Carl Rogers apresentou seu modelo de aprendizagem que consistia numa teoria voltada ao indivíduo, ou seja, ao aluno individualmente. Seu modelo de aprendizagem se fez presente também no Brasil, que adotou algumas de suas ideias, passando a atuar com os meios educacionais que visavam tornar o aluno conscientede si mesmo. Mas no Brasil, sua teoria foi alvo de críticas, principalmente no que se diz ao pensamento que visa o coletivo, os críticos do método rogeriano baseavam suas críticas na forma em que a educação voltada ao indivíduo impossibilitava uma discussão de questões sociais e políticas, envolvendo o aluno em um laço incapaz de pensar na realidade que lhe cerca, até mesmo deixando-lhe pouco pensativo acerca da sua cultura e história. Em contrapartida, os defensores da teoria afirmavam que por este método está diretamente voltado ao desenvolvimento do homem em sua forma natural, isto não impossibilita a discussão da sua realidade, não lhe deixando a parte dos contextos socioeconômicos. Destaca-se também que por motivos da pessoa ser colocada no centro, ela toma para si uma responsabilidade social, exemplificando que não há como pensar em si sem pensar nos outros. Para Rogers a educação centrada no aluno não deve ser imposta, deve iniciar um passo de cada vez, começando pelos responsáveis pelas escolas, de forma que estes sejam sensibilizados e que mudem. Para mudar esta base, ocorre de forma gradativa, desde os diretores, professores até os alunos, sendo fundamental este processo interno. Os motivos que diferem a teoria de Rogers é a insuficiência para explicar o processo de ensino e aprendizagem, pois, este foca-se em ideias funcionais, e a educação necessita de uma base sólida para sua aplicação. Porém, as ideias de Rogers não são de forma alguma descartáveis, sendo reconhecida entre docentes para sua utilização, seus métodos são capazes de facilitar a aprendizagem e isto as tornas viáveis. 8. CONCLUSÃO As teorias desenvolvidas por Carl Rogers possuem influencias diretas com os avanços da psicoterapia e tornando-se uma base de melhor compreensão no âmbito educacional por possuir percepções diferentes do visto como convencional, Rogers possuía a visão de que uma nota jamais definiria o nível de aprendizagem de um aluno e acreditava nas formas de avaliações individuais, permitindo o indivíduo a compreender, desenvolver e aprender da sua própria maneira, afinal Rogers defendia a teoria humanista, onde considera-se que cada ser humano é único e que possuímos diferentes formas de aprendizagem. Desenvolvida por Carl Rogers a “teoria centrada no paciente” possui diferentes pontos das diversas terias da psicologia, por se basear no conceito de que os seres humanos buscam saúde mental e o seu próprio crescimento, diferenciando-se das teorias que majoritariamente acreditam que o indivíduo sempre é caracterizado por algum distúrbio mental. A “teoria da educação centrada no aluno” é desenvolvida a partir do pensamento da autonomia do aluno, acreditando que diante a confiança e a sinceridade o professor deve interferir o menos possível no desenvolvimento do aluno permitindo assim maior autonomia. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Flôr, Maira. Quem foi Carl Roger? Detalhes que a História não conta. Espaço Viver Psicologia, 2014. Disponível em: https://www.espacoviverpsicologia.com/single- post/quem-foi-carl-rogers. Acesso em: 29/09/2021. Ferrari, Márcio. Carl Rogers, um psicólogo a serviço do estudante, Nova Escola, 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1453/carl-rogers-um-psicologo-a- servico-do-estudante. Acesso em: 29/09/2021. CARL Rogers, um psicólogo a serviço do estudante. [S. l.], 1 out. 2008. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1453/carl-rogers-um-psicologo-a-servico-do- estudante# . Acesso em: 6 out. 2021. De Lima, L. D. (2018). TEORIA HUMANISTA: CARL ROGERS E A EDUCAÇÃO. 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