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Formação Continuada Programação e Operação de Dobradeira CNC - SENAI, 2016 1ª edição, 2016 Trabalho elaborado pela Escola SENAI Cruzeiro - CFP 3.90 do Departamento Regional de São Paulo Elaboração: Sandro Augusto Gomes Editoração: Sérgio Albino Rodrigues Escola SENAI Cruzeiro - CFP 3.90 Rua José Norberto Pinto, 374, Cruzeiro – SP, CEP 12705-374 Tel. (12) 3141-1400 1 ÍNDICE CARACTERISTICAS PRINCIPAIS DA DOBRADEIRA CNC Orientações relativas à operação da máquina; Unidade Hidráulica; Estrutura e Porta-Punção; Orientações relativas à operação da máquina. Materiais e tipos de dobra Dobras de chapas; SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE DOBRADEIRA CNC Orientação quanto às zonas de risco; Normas de Segurança; Limitadores; Sistemas de Segurança. CALCULO DE DESENVOLVIMENTO DE LINHA NEUTRA Conceito de LN: Linha neutra SI: Superfície interna SE: Superfície externa R: raio de concordância C: força de compressão T: força de tração. CONTROLE DIMENSIONAL Paquímetro; Goniômetro; Instrumentos e Calibres. PRÁTICA OPERACIONAL Orientações relativas à operação da máquina; Força máxima e mínima; Comprimento máximo de dobra; Velocidade de Aproximação; Velocidade de trabalho; Velocidade de retorno; Tipos de punção; Fixação da ferramenta (punção); Ciclo Manual; Ciclo Semi-automático; Ciclo Automático; Pedal de Comando; Operação e programação comando CNC; Configuração dos eixos; Movimentação e posicionamento das chapas. 2 CARACTERISTICAS PRINCIPAIS DA DOBRADEIRA CNC DESCRIÇÃO GERAL DA DOBRADEIRA A prensa dobradeira, também conhecida como somente dobradeira ou prensa viradeira tem como finalidade conformar folhas e chapas metálicas, apesar de possuir a capacidade de dobrar outros tipos de materiais. As prensas dobradeiras mais encontradas na indústria são por acionamento hidráulico, pois possuí grande capacidade de força e movimento constante durante todo o trajeto. Através da troca de ferramentas, é possível conseguir diferentes formas desejadas de peças. Uma prensa hidráulica dobradeira é formada por quatro travessas de ferro fundido em monobloco de elevada resistência, pode apresentar dimensões elevadas de acordo com a necessidade de conformação. Dois cilindros são acoplados à travessa móvel, também chamado como martelo, e realizam a transmissão do movimento a partir de um circuito hidráulico constituído de uma bomba e várias válvulas que fazem o comando de seus estágios de operação (WESS, 2013). As principais características da prensa hidráulica a CNC é ser de fácil operação, custos baixos de manutenção, ângulo exato desde a primeira peça, alta precisão de repetitividade, alta velocidade e alta produtividade. O acionamento da máquina pode ser feito por pedais com comando elétrico, sendo proibido o emprego de pedais mecânicos, ou comando bi-manual, com botoeiras, exigindo a utilização simultânea das duas mãos do operador. Devido à necessidade de apoio e posicionamento correto da chapa pelo operador, o comando bi-manual é pouco aplicado. A travessa superior geralmente possui intermédios que conectam o punção desejado com a travessa superior, já a travessa inferior possui uma bancada de trabalho onde é fixada a matriz. As duas ferramentas são definidas pelo tipo de dobra que se deseja realizar e pelas dimensões da chapa a se utilizar. Alguns modelos possuem comandos orientados por um controle numérico computadorizado, permitindo a máquina fazer uma sequencia de dobras diferentes na mesma peça, reduzindo o manuseio, o tempo de ciclo e consequentemente o tempo de fabricação. PRINCIPAIS PARTES E COMPONENTES DA MÁQUINA As prensas dobradeiras hidráulicas podem ter algumas variações no seu aspecto construtivo, porém a maioria possui componentes semelhantes. Estrutura: Pode ser confeccionada em ferro fundido, aço fundido ou em chapa de aço soldada. Cilindro hidráulico: É um atuador mecânico que é utilizado para aplicar uma força através de um percurso linear, nas prensas dobradeiras é utilizado para pressionar o punção contra a matriz. Bomba Hidráulica Cilindro Hidráulico 3 Válvula de segurança: Nada mais é do que um dispositivo eletromecânico, tendo sua principal finalidade, na prensa dobradeira, o controle seguro contra acionamentos involuntários ou falhas de componentes de comando. Caso em um determinado ciclo algum dos sensores das válvulas não responder adequadamente, permanecendo ligada ou desligada (indicação de defeito), a lógica elétrica deverá interromper o trabalho da máquina e entrar em modo de emergência. Válvula de Segurança Hidráulica Painel elétrico de força e comando: É indispensável para o funcionamento das prensas hidráulicas, tendo a função de alimentar e comandar a atuação da prensa hidráulica, variando seu nível de complexidade conforme a necessidade e capacidade de operação da maquina. É constituído normalmente por: transformadores, fontes, régua de bornes, disjuntores, drivers dos servomotores e modulo do CNC. Controle Numérico Computadorizado: É basicamente um computador que possibilita o controle da máquina, muito utilizado nas máquinas dobradeiras atualmente, possibilitando o controle simultâneo de varias variáveis através de uma lista de movimentos escrita num determinado código. O sistema realiza uma interface entre o operador ou programador com a máquina, tornando possível a conformação de chapas metálicas com elevada precisão, além de acelerar a produção de peças devido à praticidade. 4 A figura ilustra uma tela de CNC de uma dobradeira junto com os comandos necessários para configurar e operar a máquina. FERRAMENTAS UTILIZADAS Em prensas dobradeiras, a chapa a ser dobrada sofre uma deformação por flexão que é obtido graças à força que o cilindro hidráulico realiza sobre a chapa para vencer a sua resistência. As características e dimensões da chapa definem o tipo de ferramenta que será empregado para realizar a dobra desejada, além de ser necessário obedecer à carga máxima suportada definida pelo fabricante. A ferramenta superior é chamada de punção e a inferior de matriz. Normalmente, a tecnologia empregada é chamada de dobra no ar que segue o princípio de que a chapa metálica nunca pode encostar-se ao fundo da matriz, sendo que o grau desejado na peça é atingido de acordo com o curso da travessa superior. Lembrando que também é possível fazer dobras por esmagamento, ao se utilizar uma matriz apropriada para desempenhar essa função. Punção: O punção é uma ferramenta fundamental para a correta realização da dobradeira, empregado conforme a necessidade da conformação. Todo punção para dobra, tem em seu processo de produção uma análise específica para a elaboração dos mais diversos perfis desejados. O punção deve ser selecionado de forma a obter a dobra ideal para que o operário reduza algumas operações, conseguindo assim uma redução no serviço dispensado, podendo também evitar possíveis ajustes durante o processo. 5 Matriz: A matriz, ferramenta que fica posicionada em cima da bancada na travessa inferior, serve como apoio para a dobra da chapa. É possível visualizar alguns exemplos de matrizes disponíveis no mercado conforme a figura: A ferramenta correta a ser utilizada deve estar de acordo com o tipo de material a dimensão e o tipo de dobra a ser executada. Cantos vivos ou raios pequenos podem provocar a ruptura durante o dobramento. Os materiais que apresentam maior ductibilidade como o alumínio, o cobre, o latão e o aço com teor de carbono baixo necessitam de ferramentas com raios menores do que materiais mais duros como aços de alto e médio teor de carbono.O processo de dobra pode ser feito com o auxílio de apenas um estampo em uma única ou em mais fases ou, então, com mais de um estampo, até obter a forma desejada. PRINCIPAL MOVIMENTO DA MÁQUINA O movimento principal da máquina dobradeira pode ser feito através de um comando bimanual ou pedal que é ligado com as válvulas eletro-hidráulicas. De acordo com o circuito hidráulico, os dois cilindros acoplados à travessa superior são acionados, transmitindo o deslocamento necessário para a realização da dobra. Nesse processo, a bomba produz o fluxo necessário de óleo para o correto funcionamento do sistema. O movimento descendente da travessa móvel normalmente possui duas velocidades de operação, em que o ciclo de trabalho pode ser interrompido através de um comando elétrico da máquina. A maior velocidade se caracteriza pela aceleração de produção, já a de velocidade lenta é o deslocamento próximo ao ponto de dobra. A Figura abaixo ilustra o principal movimento da máquina utilizando a tecnologia de dobra no ar em que a chapa metálica fica apoiada em 6 três pontos, o punção e as duas pontas da matriz. O punção se desloca em direção a matriz, comprimindo a chapa metálica que deve estar posicionada entre as duas ferramentas. O ângulo desejado é obtido de acordo com o deslocamento da travessa superior. É possível observar que essa é uma área de risco de acidentes graves, podendo ocorrer principalmente o esmagamento e a amputação de membros do operador. 7 SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE DOBRADEIRA CNC DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA SISTEMA DE SEGURANÇA SEGUNDO A NORMA REGULAMENTADORA - NR-12 Segundo o anexo VIII da Norma Regulamentadora de número 12, que se trata das prensas hidráulicas dobradeiras, as máquinas devem cumprir os seguintes itens de segurança: 1. As dobradeiras devem possuir sistema de segurança que impeça o acesso dos operadores pelas laterais e pela traseira da máquina às zonas de perigo durante o período de funcionamento. 2. As dobradeiras devem possuir sistema de segurança frontal que cubra a área de trabalho, que deve ser selecionado de acordo com as características da construção da máquina e a geometria da peça a ser conformada. 2.1. As dobradeiras com freio ou embreagem pneumáticas e as dobradeiras hidráulicas podem possuir dispositivos detectores de presença optoeletrônicos para proteção frontal na zona de trabalho, desde que adequadamente selecionados e instalados. 2.2. As dobradeiras hidráulicas podem utilizar dispositivos detectores de presença optoeletrônicos laser de múltiplos feixes para proteção da zona de trabalho em tarefas com múltiplas dobras, condicionada às características e limitações da máquina em função da disponibilidade de baixa velocidade, se inferior ou igual a 10 mm/s (dez milímetros por segundo), em altura de curso que não permita o acesso dos dedos do trabalhador, ou seja, inferior ou igual a 6 mm (seis milímetros); 2.3. Nas dobradeiras hidráulicas dotadas de dispositivo detector de presença optoeletrônico laser de múltiplos feixes, sua desativação completa - muting, somente deve ocorrer quando a abertura entre a ferramenta superior e a peça a ser conformada for menor ou igual a 6 mm (seis milímetros), associada à movimentação em baixa velocidade; 2.4. Os dispositivos detectores de presença optoeletrônicos laser de múltiplos feixes devem ser instalados e testados de acordo com as recomendações do fabricante e norma técnica específica. 2.5. As dobradeiras hidráulicas que possuem dispositivos detectores de presença optoeletrônicos laser de múltiplos feixes devem ser acionadas por comando bimanual ou pedal de segurança de 3 posições. 3. As dobradeiras operadas unicamente por robôs podem ser dispensadas das exigências dos subitens anteriores, desde que possuam sistema de proteção para impedir oacesso de trabalhadores em todo o perímetro da máquina e de movimentação do robô. Além disso, a norma brasileira faz referência à EN 954-1, informando que o sensor optoeletrônico frontal deve possuir categoria 4, ou seja (BRASIL, 2010): · Uma falha isolada em qualquer dessas partes relacionadas à segurança não leve à perda das funções de segurança; 8 · A falha isolada seja detectada antes ou durante a próxima atuação sobre a função de segurança, como, por exemplo, imediatamente, ao ligar o comando, ao final do ciclo de operação da máquina. Se essa detecção não for possível, o acúmulo de defeitos não deve levar à perda das funções de segurança. Zona de prensagem: É o espaço compreendido entre as ferramentas de trabalho, punção e matriz, sendo a área em que o martelo aplica a força necessária para vencer a resistência do material e realizar a dobra. Por esse motivo, essa área possui risco de acidentes graves. Zona de Prensagem – Dobradeira Sistema de segurança: Existem diversos sistemas de segurança que são regulamentados por norma e que devem ser empregados nas prensas hidráulicas dobradeiras para proteger o operador contra diversos tipos de acidentes. Alguns exemplos: cortina de luz infravermelha, proteções físicas, comando bimanual e sistema de segurança optoeletrônico frontal (FIERGS, 2014). A figura abaixo ilustra um exemplo de proteção física instalada na parte traseira da máquina utilizando um portão para bloquear o acesso dos trabalhadores. Prática adotada para evitar acidentes graves na mecânica traseira durante seu período de funcionamento. 9 Existem alguns dispositivos que utilizam cortina de luz infravermelha podem substituir as proteções físicas citadas. A figura abaixo é uma ilustração desse sistema de segurança: Exemplos – Cortina de Luz Comando bimanual, que é um dispositivo de proteção que pode ser utilizados em substituição do pedal de três posições. Sua função é simples, ocupar as mãos do operador enquanto a máquina estiver em movimento. Porém, é necessário um correto posicionamento da chapa metálica na prensa hidráulica dobradeira para se obter uma conformação precisa, tornando-se uma solução desvantajosa nesse aspecto. Dobramento e curvamento O dobramento é a operação pela qual a peça anteriormente recortada é conformada com o auxílio de estampos de dobramento. Estes são formados por um punção e uma matriz normalmente montados em uma prensa. O material, em forma de chapa, barra, tubo ou vareta, é colocado entre o punção e a matriz. Na prensagem, uma parte é forçada contra a outra e com isso se obtém o perfil desejado. Em toda e qualquer operação de dobramento, o material sofre deformações além do seu limite elástico. No lado externo há um esforço de tração, o metal se alonga e há uma redução de espessura. No lado interno, o esforço é de compressão. Por causa da elasticidade do material, sempre há um pequeno retorno para um ângulo ligeiramente menor que o inicial, embora a chapa tenha sido dobrada além de seu limite elástico. Por causa disso, quando se constrói o estampo, o cálculo do ângulo de dobramento deve considerar esse retorno e prever um dobramento em um ângulo levemente superior ao desejado. 10 Dica tecnológica: existe uma região interna do material que não sofre nenhum efeito dos esforços de tração e compressão aos quais a chapa é submetida durante o dobramento. Essa região é chamada de linha neutra. Como todo material submetido à flexão, a chapa dobrada é solicitada por tração no lado externo (Superfície Externa-SE) da dobra e por compressão no lado interno(Superfície Interna- SI). Assim sendo, as tensões a que está sujeito o material são decrescentes das faces externas em direção ao núcleo da peça e, como as mesmas são de sentido inverso haverá uma linha onde essas tensões se anulam que é chamada de linha neutra (L.N.) conforme ilustrado acima. Outro fator a considerar é a existência dos raios de curvatura. Cantos vivos ou raiospequenos podem provocar a ruptura durante o dobramento. Em geral, a determinação do raio de curvatura é função do projeto ou desenho da peça, do tipo de material usado, da espessura da peça e do sentido da laminação da chapa. Materiais mais dúcteis como o alumínio, o cobre, o latão e o aço com baixo teor de carbono necessitam de raios menores do que materiais mais duros como os aços de médio e alto teor de carbono, aços ligados etc. Até atingir o formato final, o produto pode ser dobrado com o auxílio de apenas um estampo em uma única ou em mais fases ou, então, com mais de um estampo. 11 CONTROLE DIMENSIONAL Paquímetro O paquímetro é um instrumento usado para medir dimensões lineares internas, externas e de profundidade. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, na qual desliza um cursor. O cursor ajusta-se à régua de modo a permitir sua livre movimentação, com um mínimo de folga. Ele é dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier. Essa escala permite que se alcance uma maior precisão nas medidas. O paquímetro universal é usado, especialmente, quando a quantidade de peças que sequer medir é pequena e a precisão não é inferiora0,02mm. 1. orelhafixa 2. orelhamóvel 3. nônio ou vernier(polegadas) 4. fixador 5. cursor 6. escala depolegadas 8. encostofixo 9. encostomóvel 10. bicomóvel 11. nônio ou vernier(milímetros) 12. impulsor 13. escala demilímetros 12 As superfícies do paquímetro são planas e polidas, geralmente de aço inoxidável. Suas graduações são aferidas a 20C, nos sistemas métrico e inglês. Tipos e usos Paquímetro universal: é utilizado em medições externas, internas e de profundidade. É o tipo mais usado. Paquímetro universal com relógio indicador: utilizado quando se necessita executar um grande número de medidas. 13 Paquímetro com bico móvel (basculante): usado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes. Paquímetro de profundidade: serve para medir profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos, etc. Esse tipo de paquímetro pode apresentar-se: com haste simples; com haste com talão. A seguir, duas situações de uso do paquímetro de profundidade com haste simples. Hastesimples Haste comgancho 14 Paquímetro duplo: serve para medir dentes de engrenagens. Traçador de altura: usado para traçagem e controle geométrico. 15 Princípio do nônio A escala do cursor é chamada nônio ou vernier, em homenagem a Pedro Nunes e Pierre Vernier, considerados seus inventores. O nônio possui uma divisão a mais que a unidade usada na escala fixa. No sistema métrico, existem paquímetros em que o nônio possui dez divisões equivalentes a nove milímetros. 16 Goniômetro Introdução O goniômetro é um instrumento de medição ou de verificação de medidas angulares. O goniômetro simples, também conhecido como transferidor de grau, é utilizado em medidas angulares que não necessitam extremo rigor. Sua menor divisão é 1(um grau). Há diversos modelos de goniômetros simples. A seguir, mostramos um tipo bastante usado, em que podemos observar as medidas de um ângulo agudo e de um ângulo obtuso. 17 Na figura que segue, temos um goniômetro de precisão. O disco graduado e o esquadro formam uma só peça, apresentando quatro graduações de 0 a 90. O articulador gira com o disco do vernier, e, em sua extremidade, há um ressalto adaptável à régua. Leitura do goniômetro Os graus inteiros são lidos na graduação do disco com o traço zero do nônio. Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário como no sentido anti- horário. A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero do nônio, seguindo, entretanto, a mesma direção da leitura dos graus. 18 Assim, na figura acima, as medidas são respectivamente: A = 64 B = 30’ leitura completa 6430’ A = 42 B = 20’ leitura completa 4220’ A = 9 B = 15’ leitura completa 915’ Cálculo da aproximação Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' para cada traço do nônio. Dessa forma, se é o 2o traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adicionamos 10' aos graus lidos na escala fixa; se é o 3o traço, adicionamos 15'; se o 4o, 20’, etc. A aproximação do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos de medida com nônio, ou seja: divide-se a menor divisão do disco graduado pelo número de divisões do nônio. Aproximação menor divisão do disco graduado número de divisões do nônio ou seja:Aproximação = 1° ÷ 12 = 60’ ÷ 12 = 5’ 19 Abaixo alguns exemplos de aplicação do Goniômetro. Conservação Evitar quedas e contato com ferramentas de oficina; Guardar o instrumento em local apropriado, sem expô-lo ao pó ou à umidade. 20 Gabaritos Em determinados trabalhos em série, há necessidade de se lidar com perfis complicados, com furações, suportes e montagens. Nesse caso, utilizam-se gabaritos para verificação, controle ou para facilitar certas operações. Os gabaritos são instrumentos relativamente simples, confeccionados de aço- carbono, geralmente pelo próprio mecânico. Suas formas, tipos e tamanhos variam de acordo com o trabalho a ser realizado. Os gabaritos comerciais são encontrados à venda em formas padronizadas. Temos, assim, gabaritos de raios, de ângulo fixo para ferramentas de corte, escantilhões para rosca métrica e withiworth, etc. Conservação Evitar choques ou batidas nas faces de contato dos gabaritos, o que pode danificá-los irremediavelmente; Após o uso, limpá-los e guardá-los em local apropriado. 21 Fieiras A fieira, ou verificador de chapas e fios, destina-se à verificação de espessuras e diâmetros. Os dois modelos acima são de aço temperado. Caracterizam-se por uma série de entalhes. Cada entalhe corresponde, rigorosamente, a uma medida de diâmetro de fios ou espessura de chapas, conforme a fieira adotada. A verificação é feita por tentativas, procurando o entalhe que se ajusta ao fio ou à chapa que se deseja verificar. 22 Manual de Operação Cybelec/ DNC 880S 1- Ligando a Máquina-Dobradeira 1.1 - Ligar a chave geral (esta chave encontra-se na parte frontal ou lateral do armário elétrico da máquina); 1.2 - Aguardar o comando iniciar por completo, inclusive o programa de dobra cybelec; 1.3 – Acionar o botão AMARELO (Emergency Restart), após isso acionar o botão VERDE (Hidro Pump) ,assim a bomba deverá ser ligada; Obs.:Caso o botão AMARELO seja pressionado e não ficar aceso, o operador deverá conferir os botões de emergência da máquina pois algum(uns) dele(s) estará(ao) acionado(s), após desabilitar o botão de emergência o operador deverá repetir o processo(1.3). 2- Indexando a Máquina 2.1- Pressione o botão (semi automático),após este processo aparecerá um aviso com a seguinte escrita: Confirma troca de ferramentas e duas opções 1 CONFIRMAR ou 00 CANCELAR, o operador deverá colocar o cursor em cima do numero 1–CONFIRMAR, e pressionar a tecla verde (Start). 2.2- Após realizado esta sequência os eixos X, Y e R deverão se posicionar no modo indexação. Obs.1: A máquina deverá estar com o Avental em baixo para que seja indexada corretamente. Obs.2: O operador não conseguirá trabalhar com a máquina caso os eixos não estejam indexados, onde neste caso irá aparecer uma mensagem (INDEXAÇÃO) no canto superior direito da tela, assim deverá fazer o procedimento 2.1. 23 Obs.3: A máquina para indexar deverá estar sempre com algum programa na tela, casocontrário a indexação não será possível. Obs.4: Para fazer este processo, pressione a tecla F2 e depois, QUINAGEM NUMERICA. 3.0- Gerando um novo programa 3.1-Selecione a tecla ( Peça), e escolha a opção 1 PEÇA NUMÉRICA, após esse processo o operador já estará na tela de programação de uma peça. 3.2- Para fazer uma nova peça (lembrando que as informações contidas nesta tela, senão forem salvas o operador perderá todos os dados), pressionar a tecla (Ações), escolher a opção2 – NOVA PEÇA e depois a opção 1- CONFIRMAR. Após estes processos a tela de programação ficará toda em branco, sem nenhuma informação do programa anterior. 3.3- Preenchendo a tela de programação. 3.3.1 DESENHO – Neste campo, o operador coloca o número ou descrição do desenho, para escrever neste campo o operador deverá acionar a tecla (Insert), onde abrirá um teclado no qual o cursor é movimentado pelas setas, ou em alguns casos com o cursor. (Botão preto) localizado na parte frontal do comando, após escolhido o caracter desejado pressionar o botão para confirmar a letra e, 24 assim por diante. Para fechar o teclado pressionar o botão DEIXAR que aparecerá quando o teclado for acionado. 3.3.2- PUNÇÃO / MATRIZ – Nestes campos o operador deverá pressionar a tecla ( List–Listagem) onde nela irá aparecer todos os punções/matrizes cadastrados de fabrica ou então algum outro que o próprio operador já cadastrou em ocasiões posteriores (Veja como cadastrar novas ferramentas em Cadastramento de Punção/Matriz). 3.3.3- ESPESSURA – este campo colocamos a espessura da chapa, de preferência a mais exata possível e sempre em MILíMETROS. 3.3.4- SIGMA – Neste campo, colocamos valores correspondentes ao material que vamos dobrar. No caso de Aço Carbono 1010/1020 o valor a ser colocado é de 42Kg/mm; Aço Inox 304/310 o valor a ser colocado é de 75Kg/mm; Alumínio o valor a ser colocado é de 38Kg/mm. Obs.: No caso de ter algum material com uma dureza maior para dobrar, o operador deverá aumentar gradativamente o valor do Sigma, até que a maquina tenha força para dobrar a peça pretendida. Caso este procedimento não tenha resolvido, procure a Assistência Técnica R&J Máquinas. 3.3.5- SECÇÃO- Sempre devemos deixar os seguintes valores 1/1; 3.3.6- COMPRIMENTO DA QUINAGEM: Neste campo, colocamos a medida da peça que será dobrada, lembrando que quanto mais exato for o valor, mais exata será a conformação da peça. 3.3.7- DIN - Neste campo, o comando resultará no blank da peça de acordo com as abas e grau colocados abaixo. COMPRIMENTO – Neste campo, colocamos as alturas das abas a serem dobradas e com as setas direcionais, passamos ao lado para colocar o grau da aba a ser dobrada. Tanto na medida da Aba quanto no Grau não podemos esquecer que os valores são sempre externos. Veja o exemplo abaixo: 25 No exemplo acima, podemos verificar todos os campos citados para que possamos fazer um novo programa. A medida que colocamos as abas com o grau correspondente de cada uma, o gráfico nos mostra a peça como ficará depois de dobrada. Onde colocamos o grau negativo, podemos verificar depois em outro passo que o próprio programa ira nos dizer como devemos virar, rodar ou bascular a peça para ficar de acordo com o esboço acima. 3.3.8-No campo Comprimento SEMPRE devemos colocar uma medida (a qual seria a resultante), sem colocarmos o grau, pois assim o programa entende que a peça esta finalizada e esta última medida é resultante. Em alguns casos, coloca-se qualquer valor apenas para finalizar a peça no programa,não tendo influencia nenhuma em relação as de mais dobras. PEÇA – Neste campo logo no começo da tela de programação, colocamos o número de algum programa o qual já fizemos anteriormente e esta com todas correções feitas, porém este campo iremos explicá-lo melhor a seguir, quando falarmos de Lista de Peça ou Lista de Peças Gráficas. Obs.:Os demais campos não devemos preencher, pois o comando nos dará todas as outras informações necessárias para realizarmos esta peça. 4.0 - Executando o Programa Desejado 4.1- Após os passos citados acima, o operador deverá executar o programa para que ele possa começar seu trabalho, este procedimento acontece de duas maneiras: Sem Quinagem Imposta – O programa escolhendo a melhor maneira de dobrar a peça. Com Quinagem Imposta – O operador introduz as dobras de acordo com sua necessidade. 26 4.2- O procedimento para executar um programa após fazer a programação é o seguinte: 4.3- O operador deverá acionar a tecla (Quinagem), onde abrirá uma janela com diversas opções, escolher a Opção 2 QUINAGEM 2D, onde aparecerá já uma tela de fundo azul com o perfil do punção, matriz e o encosto. 4.4- Após este processo o operador deverá acionar a tecla (Ações), onde deverá escolher a opção 1 ESCOLHER ORDEM QUINAGEM, e a comando já irá escolher automaticamente todas as ordens das dobras a serem executadas. Caso a maquina dê um erro chamado SOLUÇÃO NÃO ENCONTRADA, é que ela não conseguiu encontrar uma solução de dobra para a peça. Sendo assim o operador deverá então fazer a dobra manualmente da seguinte maneira. 4.5- Gerando uma seqüência de dobra manualmente. 4.5.1- Primeiro o operador deverá seguir os mesmos passos citados acima até a opção 4.3. Após este passo o operador deverá seguir a seguinte ordem: 4.5.2- No canto superior direito onde aparece um campo chamado SIMULA deverá selecionar o campo e com a tecla list selecionar a opção 2 COM QUINAGEM IMPOSTAS. 4.5.3- Na linha de baixo podemos ver o seguinte campo, ES (Esbarro), ou seja onde a chapa será encostada ou apoiada nos encostos do eixo X e R. Para selecionarmos que a chapa seja encostada neste devemos optar pelo numero1. No caso da chapa ser apoiada nos encostos devemos optar pelo numero 2. 4.5.4- O próximo campo é SECÇÃO que deverá ser mantido sempre com 1/1. 4.5.5- No campo FACE devemos colocar o numero da face que vamos fazer a dobra, e devemos atentar para que a seqüência que colocamos as dobras na programação sejam iguais as colocadas neste campo. Ou seja devemos manter a seqüência. (No caso da face começamos a contagem a partir do numero1). 4.5.6- No campo APOIO devemos colocar onde nosso blank será apoiado para que seja feita a dobra. (No caso do apoio começamos nossa contagem a partir do número 0). 4.5.7- Após estes processos mudamos a nossa dobra em duas teclas chamadas e e repetimos o processo até a última dobra a ser feita. Veja o exemplo abaixo, baseado na programação que fizemos no item 3.3.7 27 Após este processo podendo ser COM QUINAGEM IMPOSTA ou SEM QUINAGEM IMPOSTA o operador deverá acionar o botão (SEMI- AUTOMATICO), e começar a fazer as dobras. Obs.: Recomenda-se que o operador sempre que fizer uma nova peça, faça a primeira seqüência de dobra sem a peça, pois assim ele poderá observar se no caso de ser uma dobra de 90º o punção ficará com uma distancia de aproximadamente a espessura da chapa programada, acima da matriz. Caso nesta simulação o punção já encoste na matriz algo no programa estará errado e deverá ser corrigido imediatamente. 5.0- Fazendo as correções no programa Para que possamos fazer as correções em um programa devemos corrigir uma dobra de cada vez, não necessariamente a correção que eu fizer para uma dobra de 90° será a mesma para uma dobra de 135°. Devemos ressaltar também que de acordo com o tamanho da peça a correção poderá ser alterada. O modo para fazermos as correções necessárias é o seguinte: 5.1- Acionamos a tecla (CORREÇÕES), escolhemos a opção 1 CORREÇÕES, após este processo o comando nos apresentará uma tela onde teremos as informações dos eixos. Para fazermos uma correção devemos ir até o campoÂNGULO/QUINAGEM (localizado na segunda tabela) e colocarmos o grau que encontramos em nosso transferidor. Caso a peça esteja aberta PEDIDO 90 ENCONTRADA 95, devemos notar que após colocado o 95 no campo, na tabela de cima onde encontra-se os eixos Y1 e Y2 aparecerá um valor que será – 0.50 (Exemplo), onde a maquina irá abaixar mais 0.50 para que o grau fique com 90. No caso do PEDIDO 90 ENCONTRADO 85 iremos observar que a maquina irá nos dar um valor positivo nos campos Y1 e Y2. 28 5.2- No canto superior esquerdo da tela de correção, devemos observar a seguinte mensagem QUINAGEM 1/1, ou seja estamos fazendo a correção apenas na primeira dobra. Este procedimento deverá ser repetido em todas as dobras caso seja necessário fazer a correção. Obs.: NUNCA devemos fazer a correção direto nos campos Y1 e Y2. 5.3- Após feitas as devidas correções na peça devemos voltar a acionar a tecla , escolher a opção 2 QUINAGEM 2D e já pressionar o botão , sem escolher nova ordem de quinagem ou então escolher FACE / APOIO novamente. Feitos estes passos, já estamos prontos para Gravar nossa peça, que veremos abaixo como será feito. 6.0 - Gravando uma nova peça Após todos os passos acima executados sem nenhum problema, já estamos prontos para gravar nossa peça. Para isso devemos seguir os seguintes passos: 6.1- Na tela de QUINAGEM 2D (a qual o operador devera estar trabalhando ), devemos ir até o campo chamado PEÇA. Neste campo devemos digitar o numero de nossa peça (com no máximo 5 caracteres). 6.2- Devemos pressionar o botão , escolher a opção 06 MEMORIZAR PEÇA e 01 CONFIRMAR nossa escolha, após este processo a peça já estará gravada na listagem de peças, com todos as correções e alteração que foram feitas antes da gravação. Obs.: No campo PEÇA serão aceitos apenas números. 7.0- Puxando o programa de uma lista As peças a serem “puxadas” são as mesmas gravadas na maquina de acordo com o procedimento acima citado. Para puxarmos um programa gravado em nosso comando, deve seguir os seguintes passos. 7.1- O operador deverá pressionar a tecla (PEÇA), e escolher a opção 1 PEÇANUMÉRICA, após este procedimento voltaremos na tela de programação onde devemos colocar o numero da peça que queremos no campo chamado PEÇA (localizado no canto superior esquerdo) e acionar a tecla ( ENTER). 29 7.2- Para saber qual a peça que devemos “puxar” devemos fazer o seguinte: 7.2.1- Acionamos a tecla ,(MENU), onde teremos duas opções de Visualização de peças, que são elas: LISTA PEÇAS – Onde temos apenas os códigos que colocamos no campo PEÇA na hora em que gravamos o programa e também o que colocamos no campo DESENHO. LISTA PEÇAS GRAFICAS- Além das opções citadas acima, a opção também apresenta a imagem da peça dobrada. Obs.:Temos também outro modo de escolher a peça nesta tela, mesmo Gráfica ou não, podemos apenas colocar o número no campo PEÇA e pressionar a tecla ( ENTER ) que já irá automaticamente na tela de programação, com suas medidas e correções, se feitas anteriormente. 30 8.0- Programação de Punção Neste item veremos como fazer a programação de novos punções. 8.1- Para programar um novo punção o operador deverá acionar a tecla (MENU) escolher a opção 07 PROGRAMAÇÃO PUNÇÕES, e clicar em (ENTER). Após este passo deverá aparecer a tela onde tem-se o perfil de um punção com suas medidas. Se prestarmos a atenção veremos que as cotas apresentadas no perfil assim que alterado os valores as cotas mudam automaticamente ficando como perfil que o operador alterou. Obs.: Caso o operador queira mudar o tipo de punção, ele poderá acionar a tecla (LIST)que aparecerá os demais tipos de punções gravados, podendo ser alterado qualquer um deles. 8.2- Para que um novo punção seja gravado o operador deverá preencher todos os dados do novo punção e depois adicionar um numero a ele no campo PUNÇÃO localizado no canto superior esquerdo da tela, e pressionar a tecla , (ACCOES) e escolher a opção 2 MEMORIZAR. Após estes passos seu novo punção já estará cadastrado e gravado para que seja utilizado em peças futuras. 31 Obs.1: IMPORTANTE– Para que um punção possa ser gravado o operador deverá estar na função 2 ou seja, deverá manter pressionada a tecla + a tecla numérica 2. Após esse passo deverá aparecer no canto inferior direito o numero 2. 9.0- Programação de Matrizes Neste item veremos como fazer a programação de novas matrizes. 9.1- Para programar um novo punção o operador deverá acionar a tecla (MENU) escolher a opção 08 PROGRAMAÇÃO MATRIZES, e clicar em (ENTER). Após este passo deverá aparecer a tela onde tem-se o perfil de uma matriz com suas medidas. Se prestarmos atenção veremos as cotas apresentadas no perfil assim que alterado os valores as cotas mudam automaticamente ficando com o perfil que o operador alterou. Obs.:Caso o operador queira mudar o tipo de matriz, ele Poderá acionar a tecla (LIST) que aparecerá os demais tipos de matrizes gravadas, podendo ser alterada qualquer uma delas. 9.2- Para que um novo punção seja gravado o operador deverá preencher todos os dados do novo punção e depois adicionar um numero a ele no campo PUNÇÃO localizado no canto superior esquerdo da tela, e pressionar a tecla , (ACCOES) e escolher a opção 2 MEMORIZAR. Após estes passos sua nova matriz já estará cadastrada e gravada para que seja utilizada em peças futuras. Obs. 1: IMPORTANTE– Para que uma matriz possa ser gravada o operador deverá estar na função 2 ou seja, deverá manter pressionada a tecla +a tecla numérica 2. Após esse passo deverá aparecer no canto inferior direito o numero 2. Para conferir se um PUNÇÃO ou uma MATRIZ foram gravados corretamente não deverá aparecer nenhuma mensagem no canto superior esquerdo. Caso apareça o operador deverá refazer a operação. 32 REFERÊNCIAS Apostila Controle de medidas 004612 (46.25.11.130-0) © SENAI-SP, 2009 5 a Edição. Trabalho editorado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP Coordenaçãoeditorial - Gilvan Lima daSilva NR-12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Publicação GMNro. 3.214 de 08 de junho de 1978 – D.O.U. 06-07-78 Manual de Operação DNC 880S - Eng°JoãoPaulodeMenezesGonçalves – Gerente Assistência Técnica