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Estudo de Caso: Pancreatite Aguda

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ESTUDO DE CASO 
PANCREATITE
Sistematização do Cuidar III 2020.1
• A.M.T.S.P., 1o dia de internação por pancreatite aguda (PA), sexo
feminino, 55 anos, ensino superior completo, católica, casada e dois
filhos.
Informou que veio para o hospital por causa de dor abdominal aguda
acompanhada de náuseas e vômitos que não aliviavam a dor.
Apresentava antecedentes pessoais de colelitíase, dislipidemia,
depressão e tabagismo há mais de 20 anos.
Ao exame físico
Encontrava-se: 
• Consciente, orientada, inquieta, 
• Dor abdominal de forte intensidade (escore 10) na região mesoepigástrica com irradiação 
para flanco e dorso, assumindo posição no leito com as pernas fletidas de encontro ao 
tórax;
• Dispneica; na ausculta pulmonar, crepitações finas e difusas; 
• ausculta cardíaca com bulhas rítmicas, hipofonéticas nos dois tempos; 
Ao exame físico
• Distensão abdominal importante; 
• Sonda nasogástrica (SNG) aberta; 
• Débito de líquido esverdeado 300 ml/6 horas; 
• Ruídos hidroaéreos (RHA) diminuídos e som maciço, 
• Abdome doloroso à palpação superficial; 
• Acesso venoso periférico instalado na veia cubital esquerda, 
• Pele fria e úmida; 
• Diurese por SVD evoluindo com oligúria; 
• Hábito intestinal normal, 
• Porém referiu esteatorreia na última evacuação.
Medicações em uso no domicílio: 
• Fluoxetina 20 mg/manhã e 
• Sinvastatina 20 mg/dia. 
Exames laboratoriais: 
• PaCO2 = 40 mmHg; PaO2 = 85 mmHg; 
• hemoglobina (Hb) = 12 g/dl; hematócrito (Ht) = 48%; 
• leucócitos = 16.000 u/l; albumina = 4,5 g/l; 
• amilase = 440 U/l; lipase = 400 U/l; 
• GGT = 22 U/l; TGO = 30 U/l; 
• TGP = 22 U/l; K = 3,2 mEq/l; 
• cálcio = 8,2 mg/dl; colesterol total = 260 mg/dl; 
• glicose = 275 mg/dl; 
• ureia = 68 mg/dl; creatinina = 1 mg/dl.
Exames de imagem
• Tomografia de abdome apresentando proeminência da porção 
cefálica pancreática e líquido na cavidade peritoneal. 
• Radiografia de tórax apresentando cúpulas diafragmáticas 
elevadas.
Pâncreas 
No caso apresentado, a paciente tinha os seguintes antecedentes 
associados à pancreatite: 
◆ dislipidemia: distúrbio metabólico que representa valores séricos 
anormais de lipídios ou de lipoproteínas no sangue, favorecendo 
eventos de supersaturação da bile, o que compromete sua solubilidade; 
◆ colelitíase: doença do trato biliar cuja presença de cálculos na 
vesícula biliar favorece eventos obstrutivos no trajeto dos ductos.
• Outra informação correlata ao caso é o sexo e a idade, pois 
mulheres na faixa etária superior a 40 anos têm probabilidade 4 
vezes maior de desenvolver cálculos de colesterol do que os 
homens. 
• A pancreatite na forma edematosa ocasiona acúmulo de líquido 
e aumento do volume do órgão (tumefação), enquanto na 
pancreatite hemorrágica ocorre morte celular e dano tissular. 
• As enzimas pancreáticas proteolíticas são normalmente 
secretadas como pró-enzimas e se tornam ativas na porção do 
duodeno por meio da enteroquinase duodenal. 
• A ativação antecipada das enzimas provoca um processo de 
autodigestão pancreática, gerando exsudação e formação de 
substâncias liberadoras de histamina, aminas vasoativas e substâncias 
depressoras do miocárdio para os tecidos peripancreáticos e cavidade 
peritoneal, onde são reabsorvidos pela corrente sanguínea, levando a 
lesão e liberação de citoquinas. 
• O mecanismo exato para a ativação prematura das enzimas 
pancreáticas ainda não é bem estabelecido.
• Acredita-se que a ingestão de agentes tóxicos como o álcool altere a 
secreção de enzimas pancreáticas, favorecendo a obstrução do ducto 
pela precipitação de proteínas. 
• Outra condição seria o refluxo de conteúdo duodenal para o ducto 
pancreático, que ativaria outras enzimas e favoreceria um ciclo de 
dano ao órgão. 
• Na pancreatite crônica, essa condição inflamatória persistente leva a 
alterações estruturais importantes, como endurecimento, estenose, 
rompimento e calcificação do ducto pancreático, até fibrose, atrofia 
das glândulas e formação de pseudocistos que, quando infectados, 
formam abscessos pancreáticos.
Apresentação clínica da doença:
1. Dor abdominal: de forte intensidade, localizada na região mesoepigástrica e que 
pode irradiar-se para flancos e dorso, refletindo uma irritação do retroperitônio. Isso 
ocorre por se tratar de uma dor abdominal do tipo parietal, localizada na área 
imediatamente sobre a inflamação ou irritação, sendo agravada pela distensão ou 
movimentação da parede peritoneal. 
No caso, a dor é aliviada assumindo um decúbito lateral com a flexão das coxas sobre 
o abdome e evitando-se o movimento do corpo, como apresentado pela paciente. 
A palpação da área afetada é extremamente dolorosa, pois o músculo apresenta-se 
contraído para proteger o peritônio (defesa involuntária).
Apresentação clínica da doença:
2. Náuseas: sensação apresentada antes do vômito. 
Vômitos persistentes ocorrem em 70% dos casos de pancreatite aguda e têm 
como característica o fato de não promover o alívio da dor abdominal. 
Ocorrem de forma reflexa por hipermotilidade ou por íleo paralítico secundário 
à pancreatite ou peritonite. 
Vômitos persistentes, como os apresentados pela paciente, favorecem quadro 
de desidratação e desequilíbrio eletrolítico.
Apresentação clínica da doença:
3. Distensão abdominal: decorrente do acúmulo de líquidos na cavidade 
abdominal e da presença de íleo paralítico. 
• A hipoatividade peristáltica favorece a perda de líquidos para dentro da luz 
intestinal, piorando o quadro de desidratação e desequilíbrio eletrolítico. 
• A paciente apresentava distensão abdominal e sinais clínicos de 
hipoatividade intestinal, pois os ruídos hidroaéreos (RHA) encontravam-se 
diminuídos e o quadro sistêmico hiperdinâmico refletia a associação de 
hipovolemia (taquicardia, hipotensão e oligúria) e redução do tônus 
vascular
Apresentação clínica da doença:
• Alteração da temperatura corpórea: quadros de febre baixa 
(inferior a 39°C) são comuns nos casos de pancreatite, sendo que 
22% dos casos ocorrem devido à resposta inflamatória, enquanto 
33% ocorrem por complicações gastrointestinais, como peritonite, 
colecistite ou abscesso intra-abdominal. 
• A paciente em questão apresenta-se subfebril, com temperatura 
axilar = 37,4°C.
Apresentação clínica da doença:
• Dispneia: pode ser provocada pela redução da capacidade funcional e 
complacência pulmonar diminuída, ambas secundárias ao 
comprometimento da permeabilidade vascular pulmonar. 
• Podem ocorrer pequenos derrames pleurais devido à insuficiência 
cardíaca. 
• No caso desta paciente, a dispneia pode estar relacionada à soma das 
seguintes condições clínicas: distensão abdominal, hipovolemia e dor 
abdominal intensa.
Apresentação clínica da doença:
• Outras alterações orgânicas, como a insuficiência renal, podem decorrer tanto do 
quadro hipovolêmico como da ação de substâncias vasoativas responsáveis por 
vasoconstrição intrarrenal e consequente diminuição da filtração glomerular. No 
caso, a diminuição do débito urinário apresentado pela paciente não caracteriza 
insuficiência renal, e sim um quadro de hipovolemia, que é tratado com a 
reposição volêmica de soluções cristaloides.
Ao exame físico:
Cuidados durante a nutrição parenteral 
Os cuidados de enfermagem incluem: 
◆manter acesso exclusivo para NPT; 
◆ no caso de acesso periférico, este deve ser trocado a cada 72 horas ou na presença de 
extravasamento e/ou hiperemia; 
◆ na inserção do cateter central, o enfermeiro deve selecionar o cateter de duplo ou triplo 
lúmen para que uma das vias seja exclusiva para nutrição parenteral (NP); 
◆ realizar radiografia de tórax após a inserção do cateter para confirmar sua posição; 
◆ realizar curativo do cateter com técnica asséptica e conforme rotina institucional; 
◆ não adicionar elementos à solução já preparada; 
◆manter as soluções para uso não imediato em geladeira sob temperatura de 4°C, protegidasda luz, com data e hora de preparo;
Cuidados durante a nutrição parenteral
• atentar para o prazo de validade da NP conservada na geladeira. Após a data de preparo, a 
validade é de 48 horas; 
• retirar a solução da geladeira 2 a 3 horas antes do horário previsto para administração; 
( se fabricante recomendar em caso de preparação manipulada)
• observar as características do líquido quanto a homogeneidade e presença de corpo estranho; 
• a NP deve ser administrada em bomba infusora em temperatura ambiente; 
• em temperatura ambiente, a solução deve ser infundida no prazo máximo de 24 horas; 
• trocar o equipo de infusão da NP a cada 24 horas; 
• higienizar as mãos antes e após manusear o cateter, o equipo e a solução de NP.
Cuidados durante a nutrição parenteral

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