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primeira parte do Trabalho de Graduação Uniasselvi

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
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PRIMEIRA PARTE DO TG: introdução e fundamentação teórica 
 
Autor (Daniel Magno Lopes da Silva) 
Prof. Rinaldo Adriano de Oliveira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso (TURMA: EFL1160) – Trabalho de graduação 
19/10/2021 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O envelhecimento, antes considerado um fator não muito comum, hoje faz parte da 
realidade da maioria das sociedades, a organização mundial de saúde (OMS) define como idoso 
todo indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos para países em desenvolvimento, ou a 
partir dos 65 anos em nações desenvolvidas, essa definição é influenciada por estudos que 
investigam duas teorias distintas para os aspectos do envelhecimento, em Shumway-Cook e 
Woollacott (2003), entendemos que o envelhecimento pode estar relacionado às características 
genéticas e à deterioração do sistema nervoso, como também a influência dos danos causados 
por fatores ambientais, como a radiação, a poluição, o estilo de vida, dentre outros. 
A velocidade do envelhecimento populacional no Brasil será significativamente maior 
do que a que ocorreu no século passado, Segundo a (OMS) para cada 10 indivíduos no mundo, 
um tem mais de 60 anos, idade acima da qual, um indivíduo é considerado idoso em nosso país, 
já em uma pesquisa feita pela, PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e 
divulgada na página de notícias do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra 
que no Brasil a população manteve uma tendência de envelhecimento dentro do intervalo de 
2012 a 2017 ganhando 4,8 milhões de idoso chegando à marca de 30,2 milhões de idosos, assim 
entendemos que esse grupo de faixa etária acima dos 60 anos de idade vem crescendo cada vez 
mais como é mostrado em pesquisas. 
 
No Brasil é observado um processo acentuado e abrupto do envelhecimento. O 
indicador nacional do índice de envelhecimento aponta que, em 2000, para cada grupo 
de 100 crianças de 0 a 14 anos, havia 18,3 idosos de 65 anos ou mais e para 2050, a 
relação poderá ser de 100 para 105,61. Pelo fato de o processo de envelhecimento 
humano sofrer declínios fisiológicos naturais, dos quais não são padrões devido a 
influência de fatores genéticos moleculares, celulares, sistêmicos, comportamentais, 
cognitivos e sociais, tal população é mais susceptível a ocorrência de doenças. (LEITE 
et al. 2018, p.58) 
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O processo de envelhecimento é inevitável, mas com a prática de exercício físico é 
possível amenizar as debilitações que a velhice proporciona e até mesmo evitar possíveis 
doenças que o avanço da idade vulnerabiliza, o idoso que tem como hábito praticar exercício 
físico regulamente, consegue uma maior autonomia e a preservação da independência 
relacionada com a manutenção da capacidade funcional e com a promoção de saúde, 
consequentemente com o envelhecimento saudável e ativo. 
Assim fica nítida a importância da pratica do exercício físico para o idoso, porém devida 
as fragilidades e as mudanças fisiológicas acarretada pelo avanço da idade, existem cuidados 
especiais ou adaptações quando se trata de exercício para idoso principalmente se portador de 
alguma doença crônica não transmissível, isso faz de suma importância o acompanhamento de 
um profissional da área qualificado para que a pratica do exercício venha ser um aliada e não 
mais um fator de risco, com isso o seguinte trabalho pretende mostrar os benefícios que o 
exercício físico traz ao idoso e principalmente quando prescrito de maneira correta e voltado 
para suas reais necessidades. 
 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
É notório que ao passar dos anos a estimativa de longevidade de vida tem aumentado 
consideravelmente, segundo, (OPAS) Organização Pan-americana da Saúde, “em 2019, as 
pessoas viveram seis anos mais do que em 2000, com uma média global de mais de 73 anos em 
2019 em comparação com quase 67 no ano 2000”. Em, Leal (2018), mostra que em 2060 a 
população com 60 anos ou mais vai mais que dobrar em relação aos dias de hoje, já a faixa 
etária de 0 a 19 anos vai ter uma baixa de quase 10%. 
Segundo Spirduso (1995), o envelhecimento “é a somatória de diversos processos 
biológicos que ocorrem com o passar do tempo que levam a perca da capacidade de adaptação 
ao meio ambiente, as alterações morfofuncionais e a morte”. Já Shephard (2003), fala que o 
envelhecimento “é o declínio de variáveis de aptidão física que podem ser quantificadas como 
força, flexibilidade, equilíbrio, função cardiorrespiratória que são importantes para vida diária 
de pessoas idosas”. Para Caetano (2006), “O envelhecimento pode variar de indivíduo para 
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indivíduo, sendo gradativo para uns e mais rápido para outros”, é um processo biológico natural 
responsável por diversas mudanças fisiológicas no corpo humano, entre elas a diminuição 
progressiva das funções fisiológicas do organismo como por exemplo a diminuição da maça 
muscular, segundo, Resende-Neto et al. (2016); 
 
Adultos com idade mais avançada, sobretudo, após os 50 anos de idade, tendem a 
sofrer uma redução na ordem de 5% a 10% de massa muscular por década, o que 
corresponde a cerca de 0,4 kg por ano. Esse processo é conhecido como sarcopenia, 
caracterizado principalmente pela redução do número e tamanho de fibras musculares, 
em especial, as do tipo II, perda de unidades motoras, aumento da quantidade de 
tecidos não contráteis, diminuição da atividade de enzimas glicolíticas e da síntese de 
proteínas miofibrilares. (RESENDE-NETO et al., 2016, p. 169). 
 
Essa perca de massa muscular junto com a diminuição da frequência cardíaca máxima 
e da capacidade aeróbica, afeta de maneira negativa a tolerância ao exercício influenciando 
hábitos sedentários e com isso aumenta as chances para a obesidade e outras doenças com 
grande risco de morbidade, segundo, Carvalho et al. (2017), “dentre as principais doenças 
associadas ao processo de envelhecimento, pode-se citar o acidente vascular encefálico, as 
fraturas, as doenças reumáticas, cardiovasculares, entre outras”. Assim entendemos que as 
pessoas estão vivendo mais, porém o processo de envelhecimento geralmente traz com ele 
fragilidades e possíveis enfermidades principalmente as doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT). 
 
As doenças crônicas compõem o conjunto de condições crônicas. Em geral, estão 
relacionadas a causas múltiplas, são caracterizadas por início gradual, de prognóstico 
usualmente incerto, com longa ou indefinida duração. Apresentam curso clínico que 
muda ao longo do tempo, com possíveis períodos de agudização, podendo gerar 
incapacidades (BRASIL, MINISTERIO DA SAÚDE, 2013, p. 05). 
 
 A (OMS) mostra que “As doenças crônicas não transmissíveisagora constituem sete 
das 10 principais causas de morte no mundo, de acordo com as Estimativas Globais de Saúde 
de 2019”, as doenças crônicas são responsáveis pela maior parte das mortes e incapacidades na 
atualidade, de acordo com, IBGE (2013), “70% das mortes em nosso país são causadas por 
doenças crônicas” isso representa um dado alarmante de saúde pública pelo fato de que, quando 
o indivíduo portador de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) não chega a óbito, fica 
com sequelas gerando incapacidades que interferem significativamente na qualidade de vida 
do mesmo. 
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As doenças crônicas que mais afetam os idosos podemos sitar, Hipertensão Arterial 
Sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), osteoartrite, as doenças neurodegenerativas, como, 
por exemplo, a doença de Alzheimer e a Doença de Parkinson, as pneumopatias crônicas, como 
a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), e o câncer. Além das doenças crônicas, e ainda 
sofrem com doenças complexas como síndrome de fragilidade e síndromes geriátricas. 
Em 2018, dados do Ministério da Saúde apontam que “39,5% dos idosos possuem 
alguma doença crônica e quase 30% possuem duas ou mais”, levando em consideração os 
números que as pesquisas vem mostrando a cada ano nas últimas décadas a tendência para o 
aumento desses números é de grande probabilidade e isso traz preocupações para Coordenação 
de Saúde da Pessoa Idosa e para o Ministério da Saúde, responsáveis pela implementação da 
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, pois é importante a longevidade de uma população 
porem é mais importante ainda se for um envelhecimento saudável e funcional. 
 
A presença de doenças crônicas condiciona o modo como o idoso vive. Uma doença 
pode gerar desconforto e o convívio com dores, influenciando na atividade e 
autonomia na terceira idade. Além do que a presença de comorbidades pode levar ao 
uso de medicações e a necessidade de acompanhamento contínuo dos serviços de 
saúde, promovendo a sensação de dependência e fragilidade (STIVAL et al., 2015). 
 
Quando se trata de longevidade com saúde e qualidade de vida, coloca sobre as 
organizações responsáveis pela saúde uma responsabilidade de desenvolver projetos voltados 
para a melhoria, manutenção e recuperação da saúde na população para que o indivíduo possa 
chegar a terceira idade saudável com suas capacidades funcional, física e mental ativas, à 
medida que um indivíduo envelhece, sua qualidade de vida é fortemente determinada por sua 
habilidade de manter autonomia e independência, geralmente a terceira idade já se apresenta 
precisando controlar prováveis doenças crônicas já presentes, por tanto uma meta à ser 
alcançada é uma população com longevidade porem sem precisar graves reparos na saúde, 
podendo assim manter a sua funcionalidade, exercendo normalmente as suas atividades de vida 
diária (AVD). 
A capacidade manter a condições de realizar as suas (ADV), é de suma importância para 
a vida de um idoso, esse tipo de atividade subdivide-se em atividades básicas de vida diária 
(ABVD), que envolvem as relacionadas ao autocuidado como alimentar-se, banhar-se, vestir-
se, arrumar-se, já atividades instrumentais de vida diária (AIVD), que indicam a capacidade do 
indivíduo de levar uma vida independente dentro da comunidade onde vive e inclui a 
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capacidade para preparar refeições, realizar compras, utilizar transporte, cuidar da casa, utilizar 
telefone, administrar as próprias finanças, tomar seus medicamentos. Segundo Parahyba; Veras 
(2008), a avaliação funcional dos idosos, mostra que nos países mais desenvolvidos, vem 
mostrando que há uma melhoria nas condições de funcionalidade dessa população devido a 
vários fatores: 
 
I) melhoria da tecnologia médica; II) mudanças comportamentais; III) 
desenvolvimento de aparelhagem específica para pessoas com problemas de saúde; 
IV) melhoria do da condição socioeconômica, principalmente em relação ao aumento 
do nível educacional dos idosos e da mudança na composição ocupacional; e V) 
mudanças no padrão epidemiológico da população, com diminuição substantiva das 
doenças infecciosas que muitas vezes ocorriam na infância e determinavam limitações 
e dificuldades funcionais na fase adulta da vida do indivíduo (PARAHYBA, VERAS, 
2008, p. 1258). 
 
Em um país em desenvolvimento a realidade é outra onde os recursos são mais escassos 
ou ultrapassados, onde maioria dos idosos vivem com renda igual ou inferior a dois salário-
mínimo reduzindo as condições de adquirir um padrão adequado para uma vida saudável. Hoje 
em dia é comum a prescrição de exercícios para à manutenção da saúde e até mesmo para 
prevenção e tratamentos de doença, a atividade física/exercício físico é um dos métodos mais 
eficazes quando se trata de manutenção para uma vida com qualidade na saúde física, 
psicológica e no envolvimento social. De acordo com a OMS, (2005) a prática das atividades 
físicas tem sido consistentemente associada beneficamente para a manutenção da 
funcionalidade, reduzindo os efeitos degradantes ocasionados pelo envelhecimento, em 
Hakkinen (1998), podemos entender que benefícios relacionados ao aumento do nível de 
atividade física habitual se estendem desde a melhora da capacidade funcional, regulação da 
pressão arterial, redução do risco de doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes e certos 
tipos de câncer, em Neri (2001), percebesse estudos que mostram benefícios psicossociais 
advindos da atividade física que são o alívio da depressão, o aumento da autoconfiança, a 
melhora da autoestima. 
Considerando todos os benefícios promovidos pela prática regular de atividade física, 
tem sido sugerido que esta seria uma alternativa importante, prática e acessível para melhorar 
a qualidade de vida dos idosos, porém quando se trata de atividade física ou exercício físico 
para pessoas idosas diagnosticadas com uma ou mais (DCNT) é necessário cuidados e 
principalmente quando se trata de exercícios físicos onde exigi uma meta de resultado em 
período. Existe uma diferença entre os conceitos de atividade física e exercício físico, de acordo 
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Caspersen (1985), “atividade física é qualquer movimento corporal produzido voluntariamente 
pela musculatura esquelética, que leve a um gasto calórico acima dos valores de repouso”. E 
sobre o exercício físico, Matsudo et al (2005), fala que “é um tipo de atividade física geralmente 
praticada no tempo de lazer que é estruturado, sistematizado, tem objetivos e metas claras”. 
Mesmo com tantos Benefícios adquiridos com a prática do exercício físico, pesquisas 
feitas nas últimas décadas apontam que somente 17% dos idosos acima de 60 anospraticam 
atividade física regular, mesmo esse sendo um dos principais aliado para melhoria da aptidão 
física, bem-estar e da aquisição e manutenção da saúde, (Feliciano et al, 2004). 
Em Sallinen et al., (2009) entendemos que dentre os motivos da não procura ou da não 
permanência em atividades físicas pelos idosos, estariam o medo da queda ou da lesão, por se 
sentisse inseguro em relação a segurança pública em espaços aberto, a comum sensação de 
cansaço, a presença de morbidades, limitações físicas e dor, além da falta de companhia e de 
tempo para exercitar-se. Mas muito tem se trabalhado para que essa realidade venha a mudar 
com programas de saúde que envolve a prática de exercício físico, criações de métodos seguros 
para prescrição de exercício físico e formação de profissionais qualificados para assumir esse 
trabalho e trazer resultados com segurança. 
Sabemos que quando se trata de exercício físico é importantíssimo um acompanhamento 
profissional para mais segurança e melhores resultados, e quando se trata de pessoas idosas é 
reforçado essa necessidade de um acompanhamento qualificado, pois diante da fragilidade e de 
possíveis doenças que vem junto com o processo do envelhecimento se faz necessário cuidados 
adicionais que serão identificadas a necessidades diante de uma avaliação física e funcional 
completa junto com uma boa anamnese. 
A avaliação física é uma ferramenta essencial para a prescrição de exercício, segundo o 
(CONFEF) Concelho Federal de Educação Física, “Através dela é possível reunir elementos 
para fundamentar a sua decisão sobre o método, tipo de exercício e demais procedimentos a 
serem adotados para a prescrição de exercícios físicos e desportivos”. 
 
A avaliação deve ser sistemática e a mais ampla possível, de acordo com os objetivos 
e as características do beneficiário, devendo conter anamnese completa, análise dos 
fatores de risco para coronariopatia, classificação de risco e verificação dos principais 
sintomas ou sinais sugestivos de doença cardiovascular e pulmonar, podendo ser 
composta também de medidas antropométricas, testes neuro motores, avaliação 
metabólica, avaliação cardiorrespiratória e avaliação postural. (CONFEF, 2012) 
 
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A avaliação física geralmente começa com anamnese, o termo vem da palavra grega 
“anamnésis”, que significa “lembrança”. Dentro da medicina, isso significa fazer com que o 
paciente se lembre do que está sentindo e relate para o médico. Essa é uma das funções do 
profissional no momento do atendimento e é fundamental para que ele possa realizar o 
diagnóstico correto, do mesmo jeito serve para o profissional da área da educação física analisar 
identificar os cuidados e as necessidade a serem trabalhadas na prescrição do exercício. As 
principais etapas de um anamnese são: identificação do paciente, queixa principal, história da 
doença atual, histórico médico e familiar, com isso já direciona o profissional a tomar decisões 
de quais testes pode e quais deve fazer para descobrir as capacidades físicas e funcionais do 
indivíduo e quais cuidados tomar no caso houver diagnostico de alguma doença. 
Dentro da avaliação funcional é importante avaliar alguns fatores que poderão definir o 
nível funcional do indivíduo: 
 
Quadro 1: Fatores relacionados na definição do nível de funcionalidade 
Capacidade fisiológica Capacidade funcional Estado funcional 
Capacidade aeróbica Velocidade de marcha Atividade física 
Débito cardíaco Resistência para caminhar Atividade de vida diária 
Massa muscular Subir escadas Exercícios resistidos 
Força muscular Levantar-se da cadeira Qualidade de vida 
Densidade óssea Teste de equilíbrio Autoeficácia 
Velocidade de condução nervosa Teste de aptidão física Riscos de quedas 
Fonte: quadro elaborado pelo altor (2021) 
 
Com a realização da avaliação física completa é possível identificar as reais 
necessidades e fragilidades do idoso, algumas literaturas internacionais nos ajuda a identificar 
o nível de capacidade funcional do idoso em Matsuto (2010), entendemos a capacidade 
funcional do idoso e suas principais necessidades em seis níveis: 
I. Não executa nenhuma (AVD) e depende completamente de auxílio externo 
possuindo incapacidade física, as capacidades a serem estimuladas são a força, 
flexibilidade e equilíbrio nas (AVD). 
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II. Não executa algumas ou nenhuma (AVD) necessitando de cuidados domiciliar 
ou institucional e é fisicamente dependente, as capacidades a serem estimuladas 
são a força, flexibilidade e equilíbrio nas (AVD). 
III. Executa todas as (AVD), mas somente algumas (AIVD) considerado fisicamente 
frágil, as capacidades a serem estimuladas são a força, flexibilidade e equilíbrio 
nas (AVD) e (AIVD). 
IV. Executa as (AVD) e as (AIVD), possui baixa reserva funcional e grande 
susceptibilidade de migrar para o nível III, é um indevido visto como fisicamente 
independente, as capacidades a serem estimuladas são a força, resistência 
muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, equilíbrio coordenação e 
agilidade nas (AAVD). 
V. Executa todas as (AAVD) e exercícios/esportes de intensidades moderadas, 
considerado fisicamente apto, as capacidades a serem estimuladas são a força, 
resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, equilíbrio 
coordenação e agilidade nas (AAVD). 
VI. Executa exercícios de alta intensidade e alto risco podendo competir em nível 
internacional, considerado da elite física, as capacidades a serem estimuladas 
são a força, resistência muscular, resistência cardiorrespiratória, flexibilidade, 
equilíbrio coordenação e agilidade nas (AAVD) e atividades esportivas de alto 
nível. 
 
Feita a avaliação, identificado o nível de fragilidade do idoso, a prescrição dos 
exercícios será individual voltada para as principais necessidade do idoso podendo trazer 
melhores resultados que podem serem observados em termos: antropométricos, metabólicos, 
cognitivos, psicossociais e diminuição no risco de quedas. 
Em Nelson et al. (2007), entendemos que benefícios antropométricos estariam 
relacionados ao controle ou diminuição da gordura corporal, a manutenção da massa e força 
muscular, assim como da densidade óssea, o fortalecimento do tecido cognitivo e a melhora na 
flexibilidade, ainda na pesquisa do autor entendemos como benefícios metabólicos, o aumento 
da circulação do sangue, da resistência física e da ventilação pulmonar além disso, pode ocorrer 
diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. Como benefícios cognitivos e 
psicossociais, Nelson et al. (2007) mostra que com a prática do exercício o idoso obtém 
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melhoras na autoestimae estado de humor, que também podem apresentar melhoras nos níveis 
de tensão muscular e prevenção contra insônia, retarda a diminuição nas funções cognitivas, 
diminui o risco de depressão, estresse e ansiedade, contudo isso reduzindo a necessidade do 
consumo de medicamentos e melhora a socialização dos idosos. Ainda baseado nos trabalhos 
do autor podemos afirmar que o risco de queda é reduzido, pois o exercício físico ocasiona o 
aumento da força muscular dos membros inferiores e da coluna vertebral, além de melhorar a 
agilidade, corrige a postura e melhora a mobilidade e flexibilidade. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
Brasil. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇAO A SAÚDE. 
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA. Diretrizes para o cuidado das pessoas com 
doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. – Brasília: 
Ministério da Saúde, 2013.28 p. : il. 
Modo de acesso: <http://189.28.128.100/dab/docs/geral/documento_norteador.pdf>. Acesso 
em: 20 de outubro de 2021 
 
CAETANO, L. M. o Idoso e a Atividade Física. Horizonte: Revista de Educação 
www.interscienceplace.org - Páginas 130 de 194 Física e desporto, V.11, n. 124, p.20-28, 2006. 
 
CASPERSEN, C. J.; POWELL, K. E., CHRISTENSEN, G. M. Physical activity, exercise, and 
physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports, 
100:126–131, 1985. 
 
CARVALHO DA, BRITO AF, SANTOS MAP, NOGUEIRA FRS, SÁ GGM, OLIVEIRA 
NETO JG, MARTINS MCC, SANTOS EP. Prevalência da prática de exercícios físicos em 
idosos e sua relação com as dificuldades e a falta de aconselhamento profissional específico. R. 
bras. Ci. e Mov 2017;25(1):29-40. 
 
CONFEF. NOTA TÉCNICA CONFEF N° 002/2012. A avaliação física em programas de 
exercícios físicos e desportivos. Disponível em < 
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/837> acesso em: 25 de outubro de 2021. 
 
HEIKKINEN, R. L.. O papel da atividade física no envelhecimento saudável. [S. l.]: 
Organização Mundial da Saúde, 1998. 
http://www.uniasselvi.com.br/
https://www.confef.org.br/confef/conteudo/837
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INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE- (01 de 10 de 
2018). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. (E. Sociais, 
Editor) Fonte: Agência IBGE Notícia: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-
noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-
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https://www.paho.org/pt/noticias/9-12-2020-oms-revela-principais-causas-morte-e-incapacidade-em-todo-mundo-entre-2000-e
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