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Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos

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MÉTODOS ALTERNATIVOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
REGRA CLÁSSICA RESOLUÇÃO CONFLITOS
Acesso à Justiça	em seu conceito clássico/tradicional
Acesso à justiça”	como “inafastabilidade da jurisdição”, em que se adota como premissa a possibilidade dada a qualquer	pessoa de ter seu litígio apreciado pelo Estado. Tal ideia decorre especialmente da ênfase dada à estatalidade da justiça e da primazia do Poder Judiciário como solucionador de conflitos. Assim, os estudos dessa natureza se vinculam a identificar os instrumentos pelos quais a população pode (pelo menos em teoria) acessar o Poder Judiciário; - Nathaly Campitelly Roque.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem, da ONU, de 1948, definiu, expressamente, em seus artigos 8 e 10, que:
"Art. 8. Toda pessoa tem direito a um recurso efetivo perante as jurisdições nacionais competentes contra os que violam os direitos fundamentais que lhe são reconhecidos pela constituição e pela lei.
Art. 10. Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja ouvida equitativamente e publicamente por um tribunal independente e imparcial, que decidirá seja de seus direitos e obrigações, seja da legitimidade de toda acusação em matéria penal dirigida contra ela".
Acesso à Justiça	clássico/tradicional na Constituição Federal de 1988:
“Art. 5° (...)
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;”
Problema do acesso à Justiça pelo seu conceito clássico/ tradicional
Verificava-se que os altos custos envolvidos para que se pleiteassem direitos sem resultado econômico expressivo era um obstáculo na Justiça, reconhecida pela litigância de causas de grande vulto econômico. Na medida em que uma ou ambas as partes deviam suportar o ônus da demanda, isso resultou num importante barreira ao acesso à Justiça.
Direitos patrimoniais disponíveis- pode ir para métodos alternativos de resolução de conflito
métodos alternativos de resolução de conflitos
Mudanças de paradigma graduais do acesso à Justiça no Brasil
· Lei 9.099/95– Juizados Especiais Cíveis e Criminais;
· Lei 9.307/96 – Lei de Arbitragem;
· Lei 9.958/00 – Comissões	de Conciliação Prévia;
· Lei 13.105/15 – Novo CPC e a Conciliação;
· Lei 13.129/15 – Arbitragem em órgãos Públicos.
Sedimentação do acesso à Justiça no Brasil	fora do Poder Judiciário.
Supremo Tribunal Federal julga constitucional a Lei de Arbitragem (12/12/2001)
“Por maioria de	votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou hoje (12/12) um recurso em processo de homologação de Sentença Estrangeira (SE 5206), considerando constitucional a Lei de Arbitragem (Lei 9307/96). A lei permite que as partes possam escolher um árbitro para solucionar litígios sobre direitos patrimoniais, sendo que o laudo arbitral resultante do acordo não precisa ser mais homologado por uma autoridade judicial.
“Esse é o caso piloto (leading case)	sobre a matéria. Trata-se de uma ação movida a partir de 1995. A empresa, de origem estrangeira, pretendia homologar um laudo de sentença arbitral dada na Espanha, para que tivesse efeitos no Brasil. A princípio, o pedido havia	sido indeferido. Entretanto, em 1996, foi promulgada a Lei	 9307, que dispensaria a homologação desse laudo na justiça do país de origem. Durante o julgamento do recurso, o ministro Moreira Alves levantou a questão da constitucionalidade da nova lei.”
“Apesar	de todos os ministros terem votado pelo deferimento do recurso, no sentido de homologar o laudo arbitral espanhol no Brasil, houve discordância quanto ao incidente de inconstitucionalidade. Sepúlveda Pertence, o relator do recurso, bem como Sydney Sanches, Néri da Silveira e Moreira Alves entenderam que a lei de arbitragem, em alguns de seus dispositivos, dificulta o acesso ao judiciário, direito fundamental previsto pelo artigo quinto, inciso XXXV, da Constituição Federal”.
Direito indisponível jamais pode entrar em lei de arbitragem. Só vale para direitos patrimoniais disponíveis.
A arbitragem é de livre espontânea vontade da parte, não cabe de ofício. 
Noção atual de Acesso à Justiça ampliada
“A corrente vencedora, por outro lado, considera um grande avanço a lei e não vê nenhuma ofensa à Carta Magna. O ministro Carlos Velloso, em seu voto, salientou que se trata de direitos patrimoniais e, portanto, disponíveis. Segundo ele, as partes têm a faculdade de renunciar a seu direito de recorrer à Justiça. “O inciso XXXV representa um direito à ação, e não um dever.”
aplicação do direito quântico ao acesso à justiça
Diversas possibilidades de solução de um litígio fora do Poder Judiciário não invalidam o Direito ou a Constituição para se atingir a tão almejada Justiça.
Direito Quântico Niels Bohr
Bohr desenvolveu um modelo atômico no qual ele propôs que os níveis de energia dos elétrons são discretos e que os elétrons revolucionam em órbitas estáveis em torno do núcleo atômico, sendo capazes de "saltar" de um nível de energia (ou uma órbita) para outro. Apesar de o modelo atômico de Bohr ter sido suplantado por outros modelos, alguns de seus princípios fundamentais permanecem válidos.
Ele concebeu o princípio da complementariedade: que objetos poderiam ser analisados separadamente com propriedades contraditórias, comportando-se como uma onda ou fluxo de partículas. A noção de complementariedade dominou o pensamento de Bohr tanto na ciência quanto na filosofia. 
A sua teoria para a explicação do modelo atômico proposto por Rutherford em 1911, levando em conta a teoria quântica (formulada por Max Planck em 1900), não foi inicialmente levada a sério. Depois, no decorrer e depois da década de 1920, vários físicos ajudaram a criar o modelo existente hoje. Entre estes físicos podem ser citados, entre outros, Albert Einstein, Louis de Broglie, Erwin Schroedinger, Werner Heisenberg e Wolfgang Pauli.
A luz é onda ou partícula?
A luz se	comporta como uma partícula e como uma onda. Desde os dias de Einstein, os cientistas têm tentado observar diretamente ambos os aspectos da luz ao mesmo tempo. A mecânica quântica nos diz que a luz pode se comportar simultaneamente como uma partícula ou uma onda. – Teoria da Complementaridade de Bohr.
Noção atual de Acesso à Justiça ampliada (Teoria da Complementaridade)
“O “acesso à justiça” como “acesso ao direito”, em que se procura deslocar o eixo de pesquisa da proteção estatal para a participação do próprio jurisdicionado na solução de seus conflitos. Nesse sentido, compreende o estudo medidas preventivas de conflitos, baseadas no conhecimento dos direitos pela população em seu grau mais abrangente (direito de acesso a informações relevante a suas decisões particulares e de ser informado sobre seus direitos); o direito de participar das decisões do Estado em relação à implementação de tais direitos, por via direta ou por representantes (o que pode ter caráter preventivo ou repressivo, conforme o direito posto em causa) e o reconhecimento do direito de buscar solução para os conflitos existentes por meios não estatais (por exemplo, por mediação, arbitragem ou técnicas psicológicas, como a constelação familiar).” - Nathaly Campitelli Roque
formas alternativas de resolução de conflitos
Há duas diferentes formas de composição:
· a autocomposição e;
· a ecomposição, que se divide entre estatal e paraestatal.
1) A autocomposição é a forma de solução de disputas, em que as partes, por si mesmas, põe fim às suas pendências. Não há, na autocomposição, como sugere o próprio nome, a intervenção de um terceiro mediador.
As próprias partes, por meio de discussões e debates, buscam seus direitos, chegando a bom termo”.
Cabe salientar que, apesar da ausência de terceiro mediador, característica integrante da heterocomposição, é bastante comum que surja a composição amigável durante a atuação dessa pessoa, pois, ao propor formas de	resolução do conflito, ele abre caminho ao diálogo, antes interrompido pelo surgimento da lide entre as partes, podendo surgir daí tanto a transação como a submissão ou a renúncia.
A origem do vocábulotransação encontra se no termo latino transactione, ou seja, o ato ou efeito de transigir. Tratando do assunto, Figueira Júnior define o instituto como “o negócio jurídico bilateral pelo qual as partes interessadas, fazendo-se concessões mútuas, previnem ou extinguem obrigações litigiosas ou duvidosas”.
 A autocomposição ainda se divide em: 
Submissão e renúncia, ocorrem, respectivamente, quando uma das partes, abrindo mão de suas pretensões, submete-se à vontade da outra e quando o credor abre mão de seu direito, extinguindo-se, pois, a relação jurídica que o vinculava ao devedor.
2) Heterocomposição
A heterocomposição, que tanto pode ser estatal ou paraestatal, surge quando um terceiro intervém na disputa, por meio do julgamento togado, da arbitragem, da mediação e da conciliação, para tentar pôr termo à lide.
Na heterocomposição existe intervenção jurisdicional do Estado, que pode se materializar frente a um juiz togado, ou árbitro que, embora seja terceiro particular equidistante entre as partes, conta com o amparo legal, inclusive na aplicação de sanções.
3) MÉTODOS ALTERNATIVOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS: DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS GERAIS
Análise das principais definições, características, diferenças, e o que nos fala os ordenamentos e posicionamentos de alguns doutrinadores sobre o tema e, dessa forma, mostrar as vantagens de cada método, e a importância de seu estudo e utilização.
Existirão	 sempre	requisitos mínimos para a utilização dos métodos a serem abordados, e desta forma não poderão os envolvidos deixar que abusos e injustiças existam e maculem todo o procedimento, como ocorre dentro do próprio Poder Judiciário. Não existe procedimento perfeito caso a má-fé permeie entre os envolvidos.
3.1) NEGOCIAÇÃO DIRETA
Na “negociação direta” as	próprias	partes estando presente a possibilidade de se manter a calma, paciência, o diálogo e o respeito, encontrarão a solução de seus conflitos, o que seria a forma ideal, pois está presente nesse instituto jurídico a mais pura e manifesta vontade das partes, buscando uma solução viável a ambos.
Não é necessário que haja a intervenção de um terceiro, mas nada impede que um seja eleito para auxiliar as partes na busca de uma solução para o problema instalado, o que neste caso é chamada Negociação Assistida.
Inegável o fato de que a negociação, junto das formas consensuais de solução de todo e qualquer conflito se mostra a forma mais eficaz e plena, uma vez que emana das partes obrigações e concessões, as quais uma vez obedecidas colocarão fim à disputa.
Um fato que até pouco ainda se discutia seria do tempo e cabimento da negociação, que após um avanço significativo será cabível, processualmente se falando, em qualquer etapa do processo.
Para ilustrar tal situação, um exemplo da boa aplicação deste método se deu no Distrito Federal, onde:
Na Justiça do Trabalho do DF, por exemplo, um processo em fase de execução contra o empresário Marco Fernando Ottoline de Oliveira foi mais rapidamente solucionado por meio da negociação direta entre as partes. Após mais de 20 anos, ele conseguiu colocar um ponto final às pendências trabalhistas de sua antiga empresa, que constavam no processo movido por ex-empregados para o pagamento verbas rescisórias. Intermediada pela juíza do trabalho Roberta de Melo Carvalho em abril deste ano, a negociação entre Marco e os seus ex-empregados solucionou o litígio em apenas 20 dias, permitindo que o empresário pudesse voltar a deitar no travesseiro com a consciência tranquila.
Ausente a negociação direta, a morosidade levará a tais injustiças:
“Supremo coloca	fim a processo de	 125 anos, iniciado pela Princesa Isabel”
Depois de 125 anos de ida e vindas, chegou ao fim um dos processos mais longos de que se tem notícia no judiciário brasileiro. A 1ª turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que o Palácio da Guanabara, no Rio de Janeiro, pertence à União, e não à antiga família real brasileira, que reivindicava sua posse. as em 1895 por Isabel de Orleans e Bragança, que passou a posteridade com a Princesa Isabel.
Por causa da Proclamação da República, a princesa e seu marido, o conde d'Eu, foram desalojados do palácio, que hoje é a sede do governo do Estado do Rio de Janeiro. Após a morte de Isabel, em 1921, sua família deu prosseguimento ao processo, que se arrastou por mais de um século até que, há dois aos, o Supremo Tribunal Federal decidiu em favor do Estado.
A alegação era de que o fim da monarquia justificava a perda dos privilégios da família que até então governava o Brasil, incluindo o direito de morar no palácio.
Assim sendo, em vista deste entre vários outros exemplos da boa aplicação deste método da negociação, a “negociação direta” há se demonstrar uma forma eficaz e plena de solução de conflitos sociais, uma vez que se trata do método em que o atendimento maior e mais amplo das vontades dos litigantes poderá ser atendido.
3.2) CONCILIAÇÃO
Maria Helena Diniz conceitua a conciliação no direito processual civil e processual penal, nos seguintes termos:
“a) Encerramento da lide feito pelas partes, no processo, por meio da autocomposição e hetero composição daquela;
b) é o método de composição em que um especialista em conflito faz sugestões para sua solução entre as partes; não é adversarial e pode ser interrompida a qualquer tempo.” (DINIZ, 2005, p.887).
Há na Conciliação, uma característica importante é a atuação de um terceiro que participa de forma a incentivar as partes à busca da solução consensual, analisando apenas aspectos objetivos do conflito, se limitando a manter e auxiliar no diálogo entre os indivíduos, sem forçar a vontade destes, mas sempre supervisionando e estimulando a busca de um denominador comum entre os sujeitos.
A Conciliação é uma forma de solução não adversarial, na qual um terceiro busca e aponta soluções possíveis para o conflito.
Esta forma é antiga e comumente aplicada para ajudar o cenário atual. Deve ser mais bem aproveitada, aplicada e difundida, com profissionais que se empenhem e busquem sempre seu aperfeiçoamento nas técnicas de intermediação, bem como nos meios para abordar e conduzir os litigantes, para assim melhor desempenharem suas funções.
3.3) MEDIAÇÃO
Neste assunto, leciona Bacellar: 
“Poderão os mediadores atuar na mediação comum independente — ad hoc —, que é aquela mediação privada e extrajudicial que já ocorre na prática, e pode ser conduzida por qualquer pessoa que tenha a confiança dos interessados; ao lado dela pode haver uma mediação comum institucional conduzida por pessoas jurídicas que, nos termos de seus estatutos, dediquem-se ao exercício da mediação.” (BACELLAR, 2003, p.210-211).
Como a “conciliação”, na “mediação” também teremos um terceiro atuando, porém de forma a apenas estabelecer o diálogo entre as partes, sem interferência direta no mérito da questão, as conduzindo para um possível acordo que seja agradável a ambos os envolvidos.
Tanto é o incentivo pela busca das soluções alternativas para a solução de conflitos, que o Novo Código Do Processo Civil (art. 334 e seguintes, do Código de Processo Civil), criou a audiência de conciliação e mediação prévia, buscando antes mesmo do conflito se tornaram um processo, uma forma das próprias partes, por intermédio de um terceiro, estar procurando resolver tal impasse.
Fato é que a mediação é um processo cooperativo, que leva em conta também o estado psicológico dos sujeitos, bem como a forma que está a comunicação entre estes, tendo em vista que as diferenças são sempre existentes e não podem ser “atropeladas”, pois terão total influência no que diz respeito ao cumprimento futuro e comprometimento da parte em adimplir o que ficou acordado.
Desta forma, necessário é que os participantes sejam plenamente capazes de decidir, tendo sua manifestação da vontade de forma livre, pautada na boa-fé, bem como na livre escolha do mediador, no respeito, na cooperação, no tratamento do problema e na confidencialidade.
A “conciliação” e a “mediação” num primeiro momento parecem institutos similares, e de fato são. atémesmo porque doutrinas de outros países não fazem distinção delas, onde uma contém a outra. Contudo, no ordenamento brasileiro existe essa dicotomia, o que não desvirtua cada um desses métodos, que bem estruturados e respeitado são ótimos elementos capazes de ajudar imensamente tanto as partes, quando o Estado.
3.4) ARBITRAGEM
Por fim, entre outros métodos, temos a arbitragem, que apesar de correntes contrárias alegarem que esta estaria violando princípios como basilares, como o da inafastabilidade do poder judiciário (art. 5°, XXXV, da Constituição federal), tal impasse fora solucionado pelo Supremo Tribunal Federal em 2001, e tal método é apto para ser aplicado e auxiliar nos deslindes de conflitos.
Diferente dos métodos anteriormente citados, arbitragem se apresenta como método heterocompositivo, onde a decisão proferida pelo árbitro fará a lei entre as partes, mas sempre observando que sua instituição se dá de comum acordo entre as partes de um negócio.
Para tal, temos o chamado compromisso Arbitral, pelo qual as partes, por livre e espontânea vontade, escolhem em uma negociação presente ou por mera liberalidade, que conflitos oriundos dessa serão futuramente resolvidos por intermédio da arbitragem. Uma vez assim instituído, ficam as partes vinculada à arbitragem obrigatoriamente, salvo fato que a desvirtue.
Conceitua-se a “arbitragem”
“Uma técnica que visa solucionar questões de interesse de duas ou mais pessoas, físicas ou jurídicas, sobre as quais elas possam dispor livremente em termos de transação e renúncia, por decisão de uma ou mais pessoas – o árbitro ou árbitros –, que tem poderes para assim decidir pelas partes por delegação expressa destes resultantes de convenção provada, sem estar investidos dessas funções pelo Estado.” (GUILHERME, 2012, p.31).
Arbitragem foi instituída pela lei 9.307/ 96, conforme vimos seu conceito é bem claro, e também seria, dentro de toda uma estrutura bem consolidada, com árbitros capazes, aptos, sérios e bem capacitados tecnicamente, uma forma eficaz, rápida, segura e plena a solucionar vários conflitos dos sociais e judiciais.
Importante é analisar que dois grandes aspectos devem ser observados quando do compromisso arbitral, que é a capacidade dos indivíduos, bem como a disponibilidade do direito da relação.
Reza o artigo 1° da lei 9307/96: “as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis”.
Logo do	artigo supramencionado se extrai	à seguinte conclusão:
a) apenas poderá utilizar-se da arbitragem as pessoas com capacidade para contratar, ou seja, livre de qualquer vício de capacidade civil;
b) é necessário que o direito em questão seja completamente disponível, não se admitindo exceções.
Outro fato vantajoso deste método reside na possibilidade de as partes elegerem o árbitro, que poderá ser pessoa de confiança de ambas as partes, desde que seja pessoa capaz, tratando-se de exigência legal.
Essa se mostra mais uma das grandes vantagens deste método, pois, desta forma, a decisão para o conflito poderia ser ainda mais confiável e melhor aceita, uma vez que as partes poderiam em comum acordo eleger pessoa especialista, com amplo e notório conhecimento na área necessária, o que não é possível na tutela jurisdicional.
Leciona Nelson Nery Júnior sobre a “arbitragem”:
“A arbitragem não ofende os princípios constitucionais da inafastabilidade do controle jurisdicional, nem do juiz natural. A Lei de Arbitragem deixa a cargo das partes a escolha, isto é, se querem ver sua lide julgada por juiz estatal ou por juiz privado. Seria inconstitucional a Lei de Arbitragem se estipulasse arbitragem compulsória, excluindo do exame, pelo poder Judiciário, a ameaça ou lesão a direito. Não fere o juiz natural, pois as partes já estabelecem, previamente, como será julgada eventual lide existente entre elas. O requisito da pré-constituição na forma da lei, caracterizador do princípio do juiz natural, está presente no juízo arbitral.” (NERY...2003).
Desta forma, a Arbitragem se apresenta como meio hábil, apto e confiável à luz do nosso ordenamento jurídico para a busca e pacificação de conflitos sociais, e uma vez respeitado seus requisitos, não há de se falar em qualquer ofensa à Constituição Federal na sua utilização, conforme já decidido pelo STF no ano de 2001.
ARBITRAGEM	(Lei 9.307/96)
A arbitragem consiste no julgamento do litígio por terceiro imparcial, escolhido pelas partes. Tal qual a jurisdição, é espécie de heterocomposição	de conflitos, desenvolvida mediante trâmites mais simplificados e menos formais do que o processo jurisdicional.
A arbitragem é regulada pela lei 9.307/96 e instituída mediante negócio jurídico denominado "convenção de arbitragem” que compreende a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. 
Arbitragem somente nada por pessoas maiores e capazes e com relação a direitos disponíveis.
Não é compulsória, mas opção que poderá ou não ser utilizada pelas partes, a critério delas. No âmbito trabalhista, a arbitragem possui status constitucional, inserta no art. 114, § 2º, da CF/88 (EC 45/04).
Arbitragem trabalhista na CF/88:
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (...)
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva	ou à arbitragem,	é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as	 convencionadas anteriormente”.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADI nº 3423)	(Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3423) (Vide ADI nº 3431) (Vide ADI nº 3432) (Vide ADI nº 3520) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
No âmbito da Administração Pública (direta e indireta) existe uma autorização genérica para a instituição da arbitragem, que pode vir a ser utilizada em todo conflito que envolva direitos patrimoniais disponíveis, prevista no art. 1º, § 1º, da lei 9.307/96, com redação dada pela lei 13.129/15:
LEI 9.307/96
“Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
§ 1º A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem	para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.”
A arbitragem é regulada pela lei 9.307/96 e instituída mediante negócio jurídico denominado “convenção de arbitragem”, que	compreende a cláusula compromissória e o compromisso arbitral. A convenção de arbitragem é pressuposta processual negativo do processo, ensejando a extinção do feito sem resolução do mérito (art. 485, VII) e, ao contrário dos demais pressupostos processuais, não pode ser conhecida de ofício pelo julgador (art. 337, §5).
A convenção de arbitragem é pressuposta processual negativo do processo, ensejando a extinção do feito sem resolução do mérito (art. 485, VII) e, ao contrário dos demais pressupostos processuais, não pode ser conhecida de ofício pelo julgador (art. 337, § 5º).
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:
“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
VII- acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência".
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...)
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
Pela cláusula compromissória, convencionam as partes que as demandas de correntes de determinado negócio jurídico serão resolvidas pelo juízo Arbitral. trata se de deliberação prévia e abstrata, anterior ao litígio.
Nocompromisso Arbitral há acordo de vontades posterior ao litígio, para submetê-lo ao juízo Arbitral. o compromisso Arbitral pode existir com ou sem cláusula compromissória e pode ser celebrado antes ou mesmo no curso da demanda judicial.
Nos contratos de consumo, é nula de pleno direito cláusula	contratual que preveja arbitragem compulsória (art. 51, VII, do CDC).
O princípio da autonomia privada é mitigado por outros princípios, como o da igualdade, o da boa-fé e o da função social do contrato, o que se justifica em razão da evidente vulnerabilidade de um dos contratantes, que será obrigado a se sujeitar às cláusulas impostas pelo outro, se com ele quiser contratar.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
“Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
(...)
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;”
A limitação em relação aos contratos de consumo não permite, contudo, afastar a possibilidade de realização de compromisso arbitral para dirimir conflito existente em uma relação de consumo. Nesse sentido:
"[.] O art. 51, VII,	do CDC se limita a vedar a adoção prévia e compulsória da arbitragem, no momento da celebração do contrato, mas não impede que, posteriormente, diante	de eventual litígio, havendo consenso entre as partes (em especial a aquiescência do consumidor), seja instaurado o procedimento arbitral. As regras dos arts. 51, VIII, do CDC e 34 da lei 9.514/97 não são incompatíveis. Primeiro porque o art. 34 não se refere exclusivamente a financiamentos imobiliários sujeitos ao CDC e segundo porque, havendo relação de consumo, o dispositivo legal não fixa o momento em que deverá ser definida a efetiva utilização da arbitragem"
(STJ, REsp 1.169.841/RJ, 3ª turma, rel. min. Nancy Andrighi, DJe 14/11/12).
Nos contratos de	 adesão	que não envolvam relação de consumo, a convenção de arbitragem	só terá validade se a iniciativa de a instituir couber ao aderente ou se este concordar expressamente com a sua instituição, “desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula", conforme o artigo 4°, §2°, da lei 9307/ 96.
LEI 9.307/96
“Art. 4º A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato. (...)
§ 2º Nos contratos de adesão, a cláusula compromissória só terá eficácia se o aderente tomar a iniciativa de instituir a arbitragem ou concordar, expressamente, com a sua instituição, desde que por escrito em documento anexo ou em negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula”.
A arbitragem poderá ser de direito	 ou de equidade, a critério das partes.
Na primeira, de direito, os árbitros seguem as regras dispostas no ordenamento jurídico para solucionar o litígio. Ex.: inadimplemento de locação de imóvel urbano.
Na segunda, por equidade, por outro lado, podem os árbitros se afastar das regras de direito para buscar a solução que considerar mais justa. Exs.: programa de culinária, uso de tecnologia seja qual for, concurso por estética, moda etc.
LEI 9.307/96
Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes.
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública.
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio.
Nos conflitos envolvendo a administração pública a arbitragem será sempre de direito (art. 2º, § 3º, da Lei de Arbitragem), em respeito ao princípio da legalidade:
Lei 9.307/96
“Art. 2°, (...) § 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.
O juiz do processo arbitral é um particular ou uma instituição especializada. Nos termos do art. 13 da Lei de Arbitragem, qualquer pessoa física maior e capaz que não tenha interesse no litígio poderá exercer as funções de árbitro
“Dos Árbitros
Art. 13. Pode ser árbitro qualquer pessoa capaz e que tenha a confiança das partes.
§ 1º As partes nomearão um ou mais árbitros, sempre em número ímpar, podendo nomear, também, os respectivos suplentes.”
No desempenho de suas funções, os árbitros são equiparados a funcionários públicos para fins penais (art. 17) e as decisões por eles proferidas não se sujeitarão a recurso ou homologação pelo Poder Judiciário (art. 18) NA Lei de Arbitragem, 9307/96:
“Art. 17. Os árbitros, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, ficam equiparados aos funcionários públicos, para os efeitos da legislação penal.
Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário.”
A sentença arbitral produz entre as partes e seus sucessores os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do judiciário e, quando condenatória, constituirá título executivo judicial na Lei 9.307/96:
“Art. 31. A sentença arbitral produz, entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário e, sendo condenatória, constitui título executivo.”
Faz-se possível controle judicial sobre a sentença arbitral (arts. 32 e 33 da Lei de Arbitragem), no entanto, tal controle cinge- se a aspectos formais. Não se admite a revisão, pelo Judiciário, do mérito da decisão arbitral, apenas de matérias relativas à validade do procedimento.
(Verificar na lei pelo tamanho dos artigos citados)
A demanda para a declaração de nulidade da sentença arbitral, parcial ou final, seguirá as regras do procedimento comum e deverá ser proposta no prazo decadencial de até 90	(noventa) dias após o recebimento da	notificação da respectiva sentença (art. 33,	§ 1º). Findo prazo, a sentença arbitral torna-se	 soberana e imutável. Em	razão dessa aptidão para produção de coisa julgada material que se diz que a arbitragem é verdadeira espécie de jurisdição.
LEI 9.307/96
Art. 33.  A parte interessada poderá pleitear ao órgão do Poder Judiciário competente a declaração de nulidade da sentença arbitral, nos casos previstos nesta Lei.     
§ 1o A demanda para a declaração de nulidade da sentença arbitral, parcial ou final, seguirá as regras do procedimento comum, previstas na Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), e deverá ser proposta no prazo de até 90 (noventa) dias após o recebimento da notificação da respectiva sentença, parcial ou final, ou da decisão do pedido de esclarecimentos.
Ressalte-se que se tiver havido execução judicial, a declaração de nulidade também poderá ser arguida na forma de impugnação, consoante art. 1.061 do CPC:
“Art. 1.061. O § 3º do art. 33 da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) , passa a vigorar com a seguinte redação: (Vigência)
“Art. 33. ......................................................................
§ 3º A decretação da nulidade da sentença arbitral também poderá ser requerida na impugnação ao cumprimento da sentença, nos termos dos arts. 525 e seguintes do Código de Processo Civil, se houver execução judicial.” (NR)
Outra forma de "intervenção" judicial na esfera arbitral ocorre quando há necessidade	de concessão de tutelas de urgência (cautelar ou antecipada). Imagine, por exemplo, que uma fábrica de chocolates mantenha contrato com uma empresa para o fornecimento de embalagens para seus produtos. A empresa de embalagens não vem fornecendo o material e, apesar de existir no contrato cláusula que submete os eventuais litígios à arbitragem, não há qualquer outro detalhamento sobre o procedimento. Se houver demora na formalização do compromisso arbitral, tal situação pode acarretar graves prejuízos, razão pela qual a lei permite que antes de instituída a arbitragem, as partes recorram ao Poder Judiciário para a concessão de medida cautelar ou deurgência (art. 22-A).
Deferido o pedido pelo judiciário, se a parte interessada não requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de efetivação da respectiva decisão, a medida ficará sem efeito.
Ainda que a arbitragem seja instituída no prazo indicado, a lei permite que os árbitros modifiquem ou revoguem a medida (art. 22- B). Em outras palavras, os árbitros não ficam vinculados à decisão judicial.
DAS TUTELAS CAUTELARES E DE URGÊNCIA
“Art. 22-A. Antes de instituída a arbitragem, as partes poderão recorrer ao Poder Judiciário para a concessão de medida cautelar ou de urgência.
Parágrafo único. Cessa a eficácia da medida cautelar ou de urgência se a parte interessada não requerer a instituição da arbitragem no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data de efetivação da respectiva decisão.
Art. 22-B. Instituída a arbitragem, caberá aos árbitros manter, modificar ou revogar a medida cautelar ou de urgência concedida pelo Poder Judiciário.
Parágrafo único. Estando já instituída a arbitragem, a medida cautelar ou de urgência será requerida diretamente aos árbitros.”
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
A lei 13.129/15 acrescentou à lei de arbitragem o seguinte dispositivo: “a instituição da arbitragem interrompe a prescrição, retroagindo à data do requerimento de sua instauração, ainda que extinta a arbitragem por ausência de jurisdição" (art. 19, § 2º). O que a lei deixou claro é que o fato de a demanda tramitar no juízo arbitral não permite que receba tratamento diferenciado em relação à prescrição para as demandas submetidas à jurisdição estatal.
Prova 
Prova estendida até 12h, mas fazer em horário de aula.
STF entende que a lei de arbitragem é constitucional ou inconstitucional?
Indagação sobre quais são os métodos alternativos de conflitos 
Estudar bem: parte de direito quântico à luz do acesso à justiça
Autocomposição e heterocomposição
Conciliação
Mediação
Arbitragem (questões debatidas em sala de aula)
Cabe arbitragem na Administração Pública? Sim.
Relação de consumo, cabe arbitragem? Não.