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RECURSOS EM ESPÉCIE 
De acordo com o art. 994 do CPC, são cabíveis os seguintes recursos: apelação, agravo de instrumento, agravo interno, embargos de declaração, recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, agravo em recurso especial ou extraordinário e embargos de divergência. 
· APELAÇÃO (art. 1.009 a 1.014, CPC)
Conceito: É o recurso comum cabível contra sentença e decisão interlocutória não recorrida em separado (art. 1.009, § 1º, c/c art. 1.015), com vistas a obter, por meio de reexame pelo órgão de segundo grau, a reforma ou invalidação do julgado anterior. 
Cabimento: Cabe contra qualquer tipo de sentença: que julga processo de conhecimento (condenatório, constitutivo ou declaratório; de jurisdição contenciosa ou voluntária) e que extingue as execuções. Serve tanto para as sentenças definitivas, em que há resolução de mérito, quanto para as extintivas. 
Também é cabível recurso de apelação das decisões que não são impugnáveis por agravo de instrumento. Nesse caso, a questão deve ser impugnada em preliminar de apelação, afastando, desta forma, a preclusão (art. 1.009, § 1º, CPC). Tal hipótese existe em razão da extinção do recurso de agravo retido. Igualmente, é cabível o recurso de apelação contra a sentença de indeferimento da inicial e contra a sentença de improcedência de plano (art. 332, do CPC). 
Exceção - sentenças não recorríveis via apelação: existem decisões que, apesar de constituírem sentença na acepção verdadeira do termo, não são recorríveis via apelação, por expressa disposição legal. São elas:
 
a) sentença proferida no Juizado Especial Cível, recorrível por meio de recurso inominado (art. 41 da Lei n.º 9.099/1995);
b) sentença que decreta a falência, cabe agravo de instrumento (art. 100 da Lei n.º 11.101/05);
c) sentença proferida pela Justiça Federal no julgamento de causa internacional (na qual figura em um dos polos Estado estrangeiro ou organização internacional e, em outro, Município ou pessoa residente no país), que se sujeitará a recurso ordinário; 
d) sentença que julga embargos do devedor em execução fiscal cujo valor seja de até 50 OTNs (Obrigações do Tesouro Nacional), impugnável por meio de embargos infringentes de alçada, nos termos do art. 34 da Lei n.º 6.830/1980 (Lei de Execução Fiscal). 
Obs.: Esses embargos em nada se assemelham com aqueles embargos infringentes previstos no art. 530 do CPC/1973 e que foram suprimidos do ordenamento processual. 
Prazo: 15 dias (§ 5º do art. 1.003 do CPC). 
Efeitos: A apelação possui os efeitos devolutivo e suspensivo. Contudo, o efeito suspensivo possui algumas exceções, ou seja, “além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: homologa divisão ou demarcação de terras, condena a pagar alimentos, extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado, julgou procedente o pedido de instituição de arbitragem, confirma, concede ou revoga tutela provisória e decreta a interdição”, conforme disposição do art. 1.012, § 1º, incisos I a VI do CPC. 
Juízo de retratabilidade: apenas nos casos de indeferimento da petição inicial, improcedência liminar do pedido e sentenças terminativas do feito. 
Recurso adesivo: à apelação admite a interposição de recurso adesivo (art. 997, § 2º, II, do CPC). 
Aplicação da teoria da causa madura: nos casos de decisão sem o conhecimento de mérito, decreto de nulidade da sentença por incongruência, omissão do juízo “a quo” e falta de fundamentação (§3º do art. 1.013 do CPC), o tribunal deve julgar desde logo o mérito, se a causa estiver em condições de imediato julgamento. Trata-se da aplicação da chamada teoria da causa madura, que já contava com previsão no CPC/73, mas relacionada apenas aos casos de extinção sem resolução do mérito. 
Inovação recursal: muito embora a inovação recursal seja proibida, na apelação poderão ser arguidas questões de fato que há época da interposição do recurso não seriam possíveis em razão de força maior (art. 1.014 do CPC). 
Processamento: a apelação é apresentada perante o juízo a quo, que não fará prévio juízo de admissibilidade. O recurso deve conter os requisitos do art. 1.010, I a IV do CPC. O apelado será intimado para as contrarrazões, em quinze dias. No Tribunal, haverá um relator, que tomará as providências estabelecidas no art. 932 do CPC. Também no Tribunal, será feito o juízo de admissibilidade do recurso, faltando um dos requisitos, o juízo de admissibilidade será negativo, cabendo a interposição do recurso de agravo interno (art. 1.021, CPC). Porém, presentes os requisitos de admissibilidade, o relator receberá a apelação, sendo sua decisão irrecorrível. 
Sustentação oral: a apelação é um dos recursos em que possui sustentação oral pelo prazo improrrogável de 15 minutos (art. 937, I do CPC). 
APELAÇÃO
Cabe da sentença + decisão interlocutória NÃO passível de agravo de instrumento (preliminar de apelação). 
O juízo de admissibilidade é feito nos Tribunais. O juízo de 1º grau somente vai intimar a parte contrária para apresentar as contrarrazões. 
· AGRAVO DE INSTRUMENTO (art. 1.015 a 1.020, CPC) 
Conceito: é o recurso cabível para atacar decisões interlocutórias proferidas no curso do processo, sem lhe pôr termo, causando prejuízo a uma das partes (art. 1.015, I a XIII e parágrafo único, do CPC). 
Cabimento: somente é cabível contra as decisões interlocutórias constantes do art. 1.015, I a XIII e parágrafo único, do CPC.
Exceção - decisões interlocutórias não recorríveis via agravo de instrumento: existem algumas decisões interlocutórias que não comportam agravo de instrumento, pelo fato de não constarem da relação do art. 1.015 do CPC. Nesse caso, essas decisões não ficam cobertas pela preclusão e podem ser suscitadas em preliminar de apelação, ou nas contrarrazões (art. 1.009, § 1º). 
Prazo: 15 dias 9§ 5º do art. 1.003 do CPC). 
Efeitos: o agravo de instrumento possui o efeito devolutivo e, ao contrário da apelação, normalmente não tem efeito suspensivo. Entretanto, poderá o relator, a requerimento do agravante, atribuir efeito suspensivo ao recurso. Poderá também conceder o denominado efeito ativo ao recurso, ou seja, conceder, antes do julgamento pelo órgão colegiado, a pretensão recursal almejada pelo recorrente (tutela antecipatória recursal).
 
Juízo de retratabilidade: exceto nos casos de autos eletrônicos, o agravante, após interpor o recurso diretamente no tribunal, deve, no prazo de três dias, informar ao juiz a quo a interposição do referido recurso, juntando cópia da petição do agravo, o comprovante de sua interposição e a relação dos documentos apresentados (art. 1.018, § 2º, do CPC). A finalidade é permitir ao juízo a quo exercer o juízo de retratação. Se o agravante não cumprir a determinação, caberá ao agravado comunicá-lo e prová-lo ao tribunal que, então, não conhecerá do recurso (art. 1.018, § 3º, do CPC). O tribunal não poderá conhecer, de ofício, da falta de cumprimento da determinação do art. 1.018, § 2º. Se o processo for eletrônico, é apenas facultado ao agravante requerer a juntada, no processo, da cópia dos documentos acima mencionados, para permitir que o juiz possa exercer o juízo de retratação. Mas se ele não o fizer, isso não implicará a inadmissão do recurso. 
Uma outra situação é, enquanto não julgado o agravo de instrumento, o juízo a quo poderá retratar-se, comunicando ao tribunal. Se a retratação for completa, o tribunal julgará prejudicado o recurso: se for parcial, só examinará aquela parte da decisão que não foi reformada. Havendo retratação, poderá ser interposto pela parte contrária um novo agravo de instrumento, desde que a nova decisão se insira nas hipóteses do art. 1.015 do CPC.
Formação do instrumento: o instrumento é formado pelas peças obrigatórias e facultativas indicadas no art. 1.017 do CPC, vejamos: 
· Obrigatórias - petição inicial, contestação, petição que ensejou a decisão agravada, decisão agravada, certidão de intimação das partes da decisão agravada ou outrodocumento que comprove a tempestividade, bem como as procurações outorgadas aos advogados das partes. 
· Facultativas e declaração - o agravante poderá juntar outras peças que considerar relevantes e o seu advogado deve apresentar declaração de inexistência de qualquer das peças obrigatórias. 
Processamento: 
· Interposição - dirigido diretamente ao tribunal competente, no prazo de 15 dias, por meio de petição com os requisitos previstos no art. 1.016, CPC.
· Processamento no tribunal (art. 1.019, CPC) - possibilidade de julgamento monocrático nas hipóteses dos incisos III e IV do art. 932; atribuição de efeito suspensivo ou antecipação de tutela recursal; intimação do MP para se manifestar em 15 dias (o MP só é intimado nos casos do art. 178, CPC).
Sustentação oral: o agravo de instrumento, interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidencia, é um dos recursos em que possui sustentação oral pelo prazo improrrogável de 15 minutos, de acordo com o art. 937, VIII do CPC. 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Cabível das decisões interlocutórias. Hipóteses mais importantes (ver art. 1.015 do CPC);
· Tutela provisória; 
· Rejeição ou revogação de gratuidade da justiça; 
· Exclusão ou limitação de pedido de litisconsortes; 
· Intervenção de terceiros. 
· AGRAVO INTERNO (art. 1.021, CPC)
Conceito: É aquele que é utilizado contra as decisões interlocutórias e monocráticas do relator. 
Cabimento: De acordo com o art. 1.021, caput, do CPC, de toda decisão monocrática proferida pelo relator será cabível o recurso de agravo interno para o respectivo órgão colegiado, ou seja, para o órgão que teria proferido o julgamento colegiado caso não tivesse ocorrido o julgamento unipessoal pelo relator. 
Há, ainda, previsão de agravo interno contra decisões do Presidente dou Vice-Presidente do Tribunal de origem que indeferir o processamento de recurso extraordinário ou recurso especial, nas hipóteses dos arts. 1.030, § 2º, 1.035, § 7º, e 1.036, § 2º, do CPC.
 
Prazo: 15 dias (§ 5º do art. 1.003 do CPC).
 
Juízo de retratabilidade: após a manifestação do agravado sobre o recurso, feito em um prazo de 15 dias, o relator poderá exercer o juízo de retratação. Se não o fizer, o recurso será examinado pela mesma turma julgadora ou órgão colegiado a quem caberia o monocrático do relator, sendo vedado a ele limitar-se a reprodução dos fundamentos da decisão agravada, para julgar improcedente o agravo interno. 
Processamento: petição recursal impugnada especificamente os fundamentos da decisão agravada (art. 1.021, § 2º) ou levar o recurso para julgamento pelo órgão colegiado, caso decida manter a decisão monocrática; a decisão monocrática pode ser reformada na sessão de julgamento ou o órgão colegiado pode declarar o recurso manifestamente inadmissível ou improcedente; a improcedência por votação unânime gera ao recorrente a obrigação de pagamento de multa fixada entre 1% e 5% de valor atualizado da causa (art. 1.021, §4º). A interposição de qualquer outro recurso fica condicionada ao pagamento da multa. 
· EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (art. 1.022 a 1.026, CPC)
Conceito: os embargos de declaração são o recurso (art. 994 do CPC) que tem por finalidade aclarar ou integrar qualquer tipo de decisão judicial que padece dos vícios de omissão, obscuridade ou contradição. Servem ainda para corrigir-lhe eventuais erros materiais. 
Cabimento: de acordo com o art. 1.022 do CPC, os embargos de declaração são cabíveis contra qualquer decisão judicial para: 
· Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
· Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar ou a requerimento; 
Considera-se omissa a decisão que: 
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; 
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º. 
· Corrigir erro material.
Casos especiais: os embargos também são cabíveis da seguinte forma: 
Com efeitos modificativos ou infringentes (art. 1.023, § 2º, CPC) - em princípio, são incabíveis embargos declaratórios, para rever decisão anterior; para reexaminar ponto sobre o qual já houve pronunciamento, com inversão, por consequência, do resultado final do julgamento. Todavia, sobretudo na hipótese de suprimento de omissão, pode ocorrer, excepcionalmente, a integração do julgado mudar sua decisão final. É o que a doutrina denomina de embargos de declaração modificativos ou infringentes. Exemplos? Numa ação de cobrança, o juiz omite sobre a prescrição arguida na peça contestatória e condena o réu a pagar a importância pedida na inicial. Interpostos os embargos declaratórios com vistas ao suprimento da omissão, o juiz reconhece a prescrição e, em razão disso, julga improcedente o pedido.
Para efeito de prequestionamento (art. 1.025, CPC - Se a decisão contém erro, omissão, contradição ou obscuridade, cabe à parte interpor embargos de declaração antes da interposição do recurso especial. Interpostos os declaratórios, por exemplo, sobre um ponto omisso, o requisito do prequestionamento reputa-se preenchido, mesmo na hipótese de o tribunal de origem entender que a decisão não deva ser integrada. É como se o acórdão contivesse o julgamento da questão que se pretende impugnar. Não há necessidade de um recurso para compelir a decidir o ponto omisso. É dessa forma que se deve interpretar o art. 1.025 do CPC. 
Prazo: 5 dias (art. 1.023 do CPC). 
Efeitos: os embargos de declaração possuem efeito devolutivo e, em regra, não têm efeito suspensivo, ou seja, não suspendem a eficácia da decisão embargada. A interposição produz um efeito peculiar dos embargos de declaração: o efeito interruptivo. Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes (art. 1.026). Há interrupção, e não suspensão, o que significa que o prazo para interposição de outros recursos recomeça,por inteiro, a partir da intimação do julgamento dos embargos. Porém, o § 1º do art. 1.026 autoriza que o juiz ou o relator concedam o feito suspensivo se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação. Haverá casos em que a gravidade do vício, seja ele obscuridade, contradição, omissão ou erro, será tal que inviabiliza o cumprimento da decisão embargada, ou trará risco de dano, casos em que o efeito suspensivo deverá ser deferido. 
Processamento: interposição no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, da obscuridade, da contradição ou da omissão; não se sujeita a preparo (art. 1.023); julgamento em 5 dias (art. 1.024) pelo mesmo òrgão que proferiu a decisão embargada; julgamento. 
· RECURSO ORDINÁRIO (art. 1.027 e 1.028, CPC) 
Conceito: denomina-se recurso ordinário o meio de impugnação de decisão judicial (sentença ou acórdão e decisão interlocutória) proferida nas causas elencadas no art. 1.027. 
Cabimento: nas hipóteses de cabimento do recurso ordinário em matéria cível estão elencadas no art. 1.027, que, por sua vez, reproduz os arts. 102, II, da CF/88, vejamos: 
· Julgamento pelo STF: os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão. 
· Julgamento pelo STJ: os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do DIstrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
Os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. 
Prazo: 15 dias (§ 5º do art. 1.003 do CPC). 
Efeitos: o recurso ordinário não é dotado de efeito suspensivo ope legis. O efeito ope iudicis pode ser concedido se observadas as mesmas regras previstas para o recurso extraordinário ou especial (art. 1.027. §2º, parte final). 
Processamento:deve ser interposto no prazo de 15 dias perante o relator do acórdão recorrido. Quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, ao recurso ordinário interposto contra sentença, aplicam-se as disposições relativas à apelação; ao recurso ordinário interposto contra as decisões interlocutórias, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento. Em ambos os casos, aplica-se supletivamente o Regimento Interno do STJ. Apresentado o recurso, o recorrido será intimado para, no prazo de 15 dias, oferecer contrarrazões e, em seguida, o recurso será remetido ao respectivo tribunal superior, independentemente de prévio juízo de admissibilidade. 
Obs.: O recurso ordinário não exige prequestionamento. 
Sustentação oral: o recurso ordinário é um dos recursos em que possui sustentação oral pelo prazo improrrogável de 15 minutos, de acordo com o art. 937, II do CPC. 
· RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO ESPECIAL (arts. 1.029 a 1.035, CPC)
Conceito: São recursos de caráter extraordinário que tem por objetivo a uniformidade da explicação do direito constitucional (RE) ou infraconstitucional (REsp). O Recurso Extraordinário é julgado pelo STF, ao passo que o Especial é julgado pelo STJ. 
Cabimento: as hipóteses de cabimento do recurso extraordinário e do recurso especial estão elencadas nos arts. 102, III, e 105, III, da CF/88, razão pela qual são chamados de recursos de fundamentação vinculada. 
Requisitos comuns de admissibilidade do recurso extraordinário e especial: por se tratar de recursos que visam à unificação da interpretação e aplicação do direito positivo, o RE e o REsp possuem alguns requisitos de admissibilidade em comum, a saber: obrigatoriedade de esgotamento de todos os recursos ordinários, prequestionamento da questão que se quer ver apreciada no STF ou no STJ, não discussão de matéria de fato e alegação de ofensa ao direito positivo. 
Repercussão geral - requisito específico de admissibilidade do recurso extraordinário: a Emenda Constitucional n.º 45/2004, ao acrescentar o § 3º ao art. 102 da CF, criou um novo requisito de admissibilidade do RE, qual seja, a demonstração da repercussão geral discutida no caso. A finalidade é reduzir o número de recursos extraordinários, limitando-os àquelas situações em que haja questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que transcendem os interesses individuais dos litigantes no processo (art. 1.035, §1º, CPC). 
Além disso, haverá repercussão geral sempre que o acórdão recorrido for contrário à súmula ou jurisprudência dominante do STF ou tiver reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da CF. 
A repercussão geral vem regulamentada no art. 1.035 do CPC. O procedimento para a verificação da existência da repercussão geral vem previsto nos arts. 323 a 325 do Regimento Interno do STF. Cumpre ao recorrente, em preliminar formal e fundamentada de recurso extraordinário, apresentar a repercussão geral, sob pena de o recurso ser indeferido de plano. 
Reconhecida a repercussão geral, o relator no STF determinou a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional (art. 1.035, § 5º, CPC). 
Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica (art. 1.035, §8º, CPC). 
O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1 ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus (art. 1.035, §9º,CPC). 
Prazo: 15 dias (§5º do art. 1.003 do CPC). 
Efeitos: O RE e o REsp possuem efeito devolutivo (admitido o RE ou o REsp por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado - art. 1.034, PU) e suspensivo (o RE e o REsp não são, em regra, dotados de efeito suspensivo, porém, de acordo com o art. 1.029. §5º, poderá ser formulado pedido de efeito suspensivo que será dirigido, em petição autônoma, ao tribunal superior respectivo, ao presidente ou ao vice-presidente, dependendo da fase recursal). 
Recurso adesivo: O RE e o REsp admitem a interposição de recurso adesivo (art. 997, §2º, II, do CPC). 
Processamento: embora o recurso extraordinário e o recurso especial possam ser interpostos simultaneamente, não se pode olvidar que os órgãos julgados são diferentes, razão pela qual os recursos devem ser interpostos em petições distintas, conforme determina o art. 1.029, no prazo de 15 dias (art. 1.003, §5º, CPC), sendo que a parte contrária tem igual prazo para resposta. Ao final deste prazo, os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido que tomará as seguintes providências: 
I - negar seguimento ao recurso: 
· Se o RE discutir questão constitucional sobre a qual o STF não tenha reconhecido a existência de repercussão geral; ou
· Se o RE ou o REsp for interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF ou do STJ, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos. 
II - encaminhar os autos ao colegiado para juízo de retratação; 
III - sobrestar o processo; 
IV - selecionar o recurso para envio ao STF ou STJ como processos paradigma de recursos especiais ou extraordinários repetitivos; 
V - realizar o juízo de admissibilidade e envio ao STF/STJ: 
· Se o juízo de admissibilidade for positivo (houve conhecimento do recurso), os autos serão enviados ao tribunal superior para processamento. 
· Se o juízo de admissibilidade for negativo (não for conhecido o recurso por ausência dos pressupostos processuais), a parte poderá agravar de instrumento na forma do art. 1.042, do CPC. 
Na hipótese de interposição conjunta de RE e REsp, os autos serão remetidos ao STJ (art. 1.031). 
Concluído o julgamento do REsp, os autos serão remetidos ao STF para apreciação do RE, se este não estiver prejudicado (art. 1.031, §1º).
Admitido o RE ou o REsp, o STF ou o STJ julgará o processo, aplicando o direito (art. 1.034). 
Admitido o RE ou o REsp por fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado (art. 1.034, PU). 
Sustentação oral: tanto o RE como o REsp possuem sustentação oral pelo prazo improrrogável de 15 minutos, conforme art. 937, IV e III, do CPC, respectivamente. 
· AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL OU EXTRAORDINÁRIO (art. 1.042, CPC)
Conceito: é um tipo de agravo que cabe contra a decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal de origem que, em juízo prévio de admissibilidade, indeferir o processamento do recurso extraordinário ou especial. 
Cabimento: O agravo em REsp ou RE é adequado quando tais recursos não forem admitidos pelo não preenchimento dos requisitos de admissibilidade. Na hipótese de interposição conjunta de REsp e RE, deverá ser interposto um agravo para cada recurso inadmitido.
Quando presidente ou vice-presidente negar seguimento aos recursos em razão de aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recurso repetitivo, o recurso adequado será o agravo interno, previsto no art. 1.021 do CPC, que será examinado na conformidade do regime interno dos tribunais. Se a decisão denegatória do presidente ou vice-presidente estiver, portanto, fundada no fato de que o RE ou REsp pretende contrariar acórdão com repercussão geral reconhecida ou proferida no julgamento de recurso repetitivo, o recurso adequado é o agravo interno. 
Prazo: 15 dias (§ 5º do art. 1.003 do CPC).
Processamento: o agravo deve ser dirigido ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal de origem (conforme dispuser o regimento interno deste) e será encartado nos próprios autos, independentemente de preparo. O presidente ou o vice-presidente, então, determinará a intimação da parte agravada para apresentação de resposta no prazode 15 dias. Em seguida, caso não haja retratação, o agravo será remetido ao tribunal superior competente para julgamento.
Sustentação oral: dispõe o §5º do art. 1.042 que “o agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-se ainda, o disposto no regimento interno do respectivo tribunal". 
· EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (art. 1.043 e 1.044, CPC)
Conceito: recurso que tem por objetivo uniformizar a jurisprudência interna do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
Cabimento: o art. 1.043 relaciona as hipóteses de cabimento dos embargos de divergência, levando em conta o recurso no qual se verifica a divergência (recurso extraordinário ou recurso especial e processos de competência originária), bem como o conteúdo dos acórdãos embargados e o paradigma. Com efeito, cabem embargos de divergência em duas hipóteses: 
· contra acórdão de órgão fracionário que em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito; 
· contra acórdão de órgão fracionário que em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia. 
Prazo: 15 dias (§5º do art. 1.003 do CP).
Processamento: é regulado pelos regimentos internos do STF e do STJ. O prazo para interposição é de quinze dias da publicação da decisão embargada. A petição de interposição deve vir acompanhada com a prova da divergência, sendo necessário que indique, de forma analítica, em que a divergência consiste. 
O relator poderá valer-se dos poderes que lhe atribui o art. 932 do CPC, não conhecendo, negando ou dando provimento ao recurso, em decisão monocrática. Contra essa decisão, caberá agravo interno para o órgão coletivo. O julgamento no STF será feito pelo Plenário. No STJ, se a divergência se der entre turmas da mesma Seção, o julgamento será feito pela Seção; se entre turmas de seções diferentes, ou entre uma Turma ou uma Seção com a Corte Especial o julgamento será feito pela Corte Especial. 
Sustentação oral: os embargos de divergência também possuem sustentação oral pelo prazo improrrogável de 15 minutos, de acordo com o art. 937, V do CPC.