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CASOS CLÍNICOS DE ABDOME AGUDO

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CASO 1 
Uma paciente do sexo feminino, de 50 anos, branca, comparece ao pronto socorro com quadro de dor abdominal. A dor iniciou há 4 dias em 
região periumbilical, de limites imprecisos, acompanhada por febre baixa (37,5/37,8oC). Há 2 dias, a dor migrou para o quadrante inferior 
direito, de intensidade 9/10, bem localizada, acompanhada por febre > 38oC, anorexia e náuseas. 
H Patológica Prévia: HAS há 6 anos, em uso de Hidroclorotiazida e Losartana. 
H Familiar: Pai Hipertenso. Mãe Diabética. 
H Fisiológica: nada relevante. Ainda na menacme. 
H Social: nega tabagismo ou etilismo. 
EXAME FÍSICO: 
Sinais Vitais: PA: 98 x 65 mmHg FC: 124 bpm FR: 25 irpm Tax: 39,0ºC 
Somatoscopia: Lúcida, hipocorada (1+/4+), desidratada (2+/4+), anictérica, acianótica, levemente taquipneica em ar ambiente, perfusão 
capilar periférica de 3s. 
Cabeça e pescoço: Fácies de dor. Ausência de linfonodos ou massas palpáveis. Tireóide palpável, de tamanho e contornos regulares. Sem 
alteração em carótidas e jugulares. 
Tórax: 
AP: MVUA, sem ruídos adventícios. 
ACV: Ictus não palpável. RCR, BNF, sem sopros ou extrassístoles. 
Abdome: Distendido, peristalse reduzida, doloroso à palpação superficial e profunda no quadrante inferior direito. Descompressão dolorosa 
no quadrante inferior direito. Ausência de massas, retrações ou abaulamentos. Sem mais alterações. 
Membros: Sem alterações. 
A hipótese diagnóstica mais provável é: A resposta correta é apendicite aguda. Nesses casos, a dor inicia com padrão visceral na região 
periumbilical e, posteriormente, migra, já com padrão somático, para a fossa ilíaca direita. Frequentemente é acompanhada por anorexia, 
náuseas, vômitos e febre baixa. No exame físico há sinais de irritação peritoneal, caracterizado classicamente como dor à descompressão 
súbita na palpação abdominal.
 
CASO 2 
Andressa Sousa Toledo 2P 
J.C.V., sexo feminino, 40 anos, natural e procedente de Salvador (BA), deu entrada na Emergência com queixa de dor abdominal há um dia. Há 
dois dias, sentiu um desconforto epigástrico tipo cólica, mensurado em 5/10 após ingerir um prato de feijoada. Tal desconforto evoluiu há um 
dia para uma dor abdominal difusa, contínua, mais predominante em epigástrio e hipocôndrio direito, em queimação, mensurada em 8/10 e 
irradiando para o dorso, em faixa. Fez uso de Omeprazol e Ibuprofeno na sua residência, sem remissão do quadro. Referiu náuseas e três 
episódios de vômitos com restos alimentares, anorexia e febre não mensurada. Negou alterações do ritmo intestinal ou urinário. Relatou 
alcoolismo desde os vinte anos (ingere cerca de dois engradados de cerveja por final de semana). 
2. Exame físico 
Geral: paciente em regular estado geral, lúcida e orientada no tempo e espaço, ativa no leito, com fácies de sofrimento agudo, acianótica, 
mucosas hipocrômicas (+/IV), escleras ictéricas (++/IV) e febril. 
Dados vitais: PR = 114bpm, FR = 25ipm, Tax = 38,1°C, TA = 100x70mmHg. 
Pele e fâneros: palidez cutânea mucosa, pele fria e sudoreica; sem demais alterações. 
Aparelho respiratório: tórax de formato normal, simétrico, com expansibilidade preservada bilateralmente. Frêmito toracovocal normal. Som 
claro pulmonar à percussão. Murmúrio vesicular bem distribuído, sem ruídos adventícios. 
Aparelho cardiovascular: precórdio calmo, sem impulsões visíveis. Ictus cordis palpável no 5° EIC, na linha hemiclavicular esquerda. Bulhas 
taquicárdicas e normofonéticas em dois tempos. Ausência de sopros. 
Abdome: à inspeção, abdome tenso e distendido, cicatriz umbilical intrusa, ausência de lesões cutâneas, cicatrizes, equimoses, circulação 
colateral ou herniações. Na ausculta, ruídos hidroaéreos diminuídos nos quadrantes superiores do abdome, sem sopros arteriais. À percussão, 
abdome timpânico difusamente, presença de macicez em loja hepática e espaço de Traube livre. Nas palpações superficial e profunda, 
abdome doloroso difusamente, especialmente nos quadrantes superiores. Sinais de Blumberg, Rovsing e Murphy negativos. Ausência de 
massas palpáveis. 
O abdome agudo inflamatório é o mais provável no caso em questão, visto que suas principais características são dor progressiva (inclusive 
podendo ocorrer história prévia de desconforto abdominal), de intensidade moderada a intensa, associada a náuseas, vômitos e febre, além 
de sinais de irritação peritoneal ao exame físico. 
Podemos pensar em pancreatite, colecistite aguda, colangite, abscesso hepático e, de forma mais distante, diverticulite de Meckel. 
Como etiologia mais provável, temos a pancreatite aguda, que consiste numa doença inflamatória, decorrente da ativação das enzimas 
pancreáticas no parênquima da glândula, e que pode se apresentar na forma leve, com edema discreto, ou na forma grave, culminando em 
hemorragia e necrose pancreática e peripancreática. 
Existem algumas condições frequentes que podem aparecer no quadro de pancreatite: dor abdominal intensa com início em epigástrio, que 
se irradia para o dorso em faixa; associação com náuseas e vômitos, bem como parada de eliminação de fezes e flatos; podem estar presentes 
alguns sinais de repercussão sistêmica, como icterícia, febre, taquicardia, hipotensão, entre outros. O diagnóstico de pancreatite é definido 
pela presença de dois ou mais dos seguintes critérios: início agudo de dor epigástrica persistente, grave, irradiando frequentemente para 
dorso; elevação da lipase sérica ou da amilase para 3x ou mais que o limite superior da normalidade; achados característicos de pancreatite 
aguda em exames de imagem. Com isso, fica claro que é necessária uma boa avaliação clínica, laboratorial e de imagem. 
 
CASO 3 
Paciente, sexo feminino, 34 anos. 
Queixa principal: dor abdominal há um dia. 
História da doença Atual (HDA) Paciente refere que estava bem e há um dia começou a sentir dor em cólica por todo o abdome, grau 8 em 
uma escala de 0 a 10, acompanhada por parada na eliminação de gases e fezes. Relata dois episódios de vômitos nas últimas horas. Nega 
hemotransfusões prévias. Refere cirurgia gástrica por úlcera duodenal (sic) há quatro anos em Salvador. Apresentou cartão vacinal completo. 
Nega DM, HAS, tuberculose ou neoplasias. Nega hipertensão e diabetes na família. 
Exame Físico 
Geral: paciente em regular estado geral, desidratada, corada, eupneica, acianótica, anictérica. 
Dados vitais: PA: 110×80 FC: 120 bpm FR: 22 ipm Tax: 38,2ºC. 
Aparelho respiratório: Paciente taquipneica porém com ausência de utilização de musculatura acessória, tórax simétrico, sem retrações, 
abaulamentos ou lesões e cicatrizes. Expansibilidade e FTC preservados. Som claro pulmonar em todo tórax. Murmúrio vesicular bem 
distribuído e ausência de ruídos adventícios. 
Aparelho cardiovascular: Precórdio calmo, sem impulsões, ictus visível. Bulhas não palpáveis, ictus palpável em LMC no 5º EICE, medindo 1 
polpa digital. BRNF em 2T, ausência de sopros, B3 ou B4. 
https://www.sanarflix.com.br/portal/diabetes-mellitus-tipos-diagnostico-e-tratamento/
Aparelho gastrointestinal: cicatriz de incisão mediana xifoumbilical, bem como distensão simétrica ++. Há dor difusa à palpação e ausência de 
sinais de irritação peritoneal. A percussão é timpânica difusa e os ruídos hidroáreos são aumentados em freqüência e timbre. Toque retal: 
ausência de fezes em ampola retal. 
Aparelho Ginecológico: Ausência de dor ao toque vaginal. 
Exames Complementares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abdome Agudo Obstrutivo 
Paciente jovem, do sexo feminino, sem antecedentes mórbidos significativos, com quadro agudo de dor abdominal, com sintomas e sinais 
muito sugestivos de abdome agudo obstrutivo. Os exames laboratoriais, sem anormalidades, sugerem tratar-se de obstrução intestinal não-
complicada. 
O conjunto dos dados clínicos, laboratoriais e radiológicos permite fazer o diagnóstico sindrômico de abdome agudo obstrutivo, diagnóstico 
anatômico de obstrução completa de íleo e deixa dúvidas em relação ao diagnóstico etiológico, umavez que não há antecedentes que 
permitam pensar nas causas mais habituais de obstrução de delgado, tais como aderências, hérnias ou neoplasias. 
Achados no abdome obstrutivo: 
 
 
 
 
Exames Complementares 
Hemograma: Função renal e Eletrólitos: 
Ureia: 21 (VR: 15-45) Creatinina: 1,08 (VR: 0,6-1,2) 
Na: 138 mEq/ml (VR: 135-145) K: 3,8 mEq/ml (3,5-4,5) 
Beta-HCG: negativo Hb: 13,4 mg/dl (VR: 12-16) Ht: 43,1% (VR: 35-45) 
Leucócitos: 8.000 (VR: 4.500-11.000) Plaquetas: 285.000 (VR: 150.000-450.000) 
 
Dilatação das alças intestinais: em decorrência do acúmulo de 
líquidos e gases, levando a essa dilatação justamente pela 
obstrução e esses conteúdos estagnados. (Setas azuis) 
Sinal do empilhamento de moedas: ocorre nos casos de obstrução 
alta, ou seja, no intestino delgado. É evidenciado pela visualização 
das pregas intestinais e pela dilatação das alças. (Setas amarelas) 
 
https://www.sanarflix.com.br/portal/caso-clinico-de-clinica-cirurgica-hernia-interna/
Como identificar obstrução intestinal: 
Dor abdominal paroxística em cólica: Pode evoluir para dor contínua intensa e desproporcional ao exame (sinal de estrangulamento); 
Obstrução mecânica: Peristalse de luta : ↑ Ruídos hidroaéreos que adquirem som metálico e podem ser visíveis (Ondas de Kussmaul); 
Obstrução funcional: ↓ ou ausência de ruídos hidroaéreos: 
– Íleo Paralítico (ou Adinâmico): Apresenta-se como obstrução intestinal alta, com presença de vômitos e diminuição dos ruídos hidroaéreos. 
Radiologicamente caracterizado por distensão difusa de alças intestinais de delgado e cólon, sem sinais de obstrução mecânica; 
– Síndrome de Ogilvie (Pseudo-obstrução colônica aguda): Apresenta-se como obstrução intestinal baixa, geralmente associada a trauma, 
infecções, pós-operatório, doenças retroperitoniais e doenças sistêmicas graves. Radiologicamente caracterizada por distensão colônica, 
principalmente em ceco. 
Grau de obstrução: Parada de eliminação de gases e fezes (Obstrução Completa) ou diarreia paradoxal (Obstrução Parcial); 
Manifestações são pouco específicas para indicar altura da obstrução, porém as seguintes manifestações sugerem: 
– Delgado (Alta): Vômitos biliosos precoces e importantes, com pouca distensão abdominal; 
– Cólon (Baixa): Vômitos tardios fecaloides ou ausentes, com distensão abdominal importante. 
Classificação Clínica da Obstrução Intestinal 
Mecanismo: Mecânica X Funcional: Caracterização: Peristalse de luta (Mecânica) X ↓ Ruídos Hidroaéreos (Funcional ou mecânica avançada); 
Altura: Alta (Delgado) X Baixa (Cólon): Caracterização: Quanto mais proximal mais precoce e importantes são os vômitos (vômitos biliosos), 
quanto mais distal mais tardio são os vômitos (vômitos fecaloides) e maior é a distensão abdominal; 
Grau de obstrução: Completa X Parcial (Suboclusão): Caracterização: Parada de eliminação de gases e fezes sugere obstrução completa, 
enquanto a presença de diarreia paradoxal sugere obstrução parcial; 
Gravidade: Simples X Complicada: Caracterização: Estrangulada (Comprometimento Vascular) → Dor desproporcional ao exame físico → 
Indica intervenção precoce. 
Obstrução em Alça Fechada: Obstrução em dois pontos (ex: Volvo; hérnia encarcerada) → Rápido acúmulo de gases e líquidos → Maior 
propensão à ruptura → Intervenção precoce. 
 
CASO 4 
Paciente do sexo masculino, 39 anos, atendido no Pronto Atendimento com quadro de dor abdominal difusa, intensa e de início súbito, com 
cerca de 3 horas de evolução. Trazido à sala de exames em cadeira de rodas, com fácies de dor e gemendo. Acompanhante relatou episódios 
de náuseas e vômitos após o início do quadro. Ao exame encontrava-se pálido, sudorético, taquipnéico, apresentando abdome difusamente 
doloroso com tensão aumentada e sinal de Blumberg positivo. A freqüência cardíaca era de 102 bpm e a pressão arterial de 110x60 mmHg. 
Radiografia de tórax indica pneumoperitoneo 
Diagnóstico O quadro clínico de abdome agudo, associado ao achado radiográfico de pneumoperitônio, sugere perfuração de víscera oca. 
Dentre as alternativas, a Úlcera Péptica Perfurada é o diagnóstico mais provável. Além disso, o sexo do paciente, a rápida evolução do quadro 
e a localização difusa da dor abdominal corroboram com este diagnóstico. 
A úlcera péptica é uma ferida que ocorre na camada de revestimento interno do tubo digestivo superior, (chamada mucosa). Esta pode estar 
localizada no estômago (úlcera gástrica) ou na primeira porção do intestino delgado (úlcera duodenal). A maioria das úlceras pépticas é 
causada pela infeção por uma bactéria chamada Helicobacter pylori ou por medicamentos anti-inflamatórios (como por exemplo o ibuprofeno, 
e o diclofenac ou anti-agregantes plaquetários (como é o caso do ácido acetilsalicílico, a ticlopidina ou o clopidogrel). 
As úlceras na superfície frontal do duodeno ou, com menos frequência, no estômago, podem perfurar a parede desses órgãos, criando uma 
abertura (perfuração) voltada ao espaço livre no interior da cavidade abdominal. A dor resultante da perfuração é repentina, intensa e 
constante. A dor se propaga rapidamente por todo o abdômen. A pessoa pode sentir dor em um ou ambos os ombros. A dor é agravada pela 
respiração profunda ou mudança de posição, motivo pelo qual a pessoa geralmente procura permanecer parada. O abdômen fica sensível ao 
toque, e a sensibilidade se agrava quando o médico o pressiona profundamente e interrompe a pressão em seguida. (Na linguagem médica, 
essa reação recebe o nome de dor à descompressão abdominal.) 
O que não pode ser 
Apendicite Aguda: A evolução rápida do quadro e ausência de pródromos como febre baixa, dor inicialmente em epigástrio que migra 
posteriormente para fossa ilíaca direita e sinal focal de irritação peritoneal tornam esse diagnóstico menos provável. Além do mais, o 
pneumoperitônio raramente é observado, exceto quando há perfuração do apêndice. 
Obstrução Intestinal: Geralmente é acompanhada de dor em cólicas, vômitos e distensão abdominal, tornando esse diagnóstico pouco 
provável. 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/emerg%C3%AAncias-gastrointestinais/perfura%C3%A7%C3%A3o-do-trato-digestivo
Isquemia Mesentérica Aguda: Apesar da dor ser compatível, os achados ao exame costumam ser mínimos. Além disso, a doença predomina 
em indivíduos com mais 60 anos, com fatores de risco para doença vascular ateromatosa, como tabagismo, hipertensão arterial e diabetes 
mellitus ou história de patologias cardíacas como infarto ou fibrilação atrial. A presença do pneumoperitônio após 3 horas do início dos 
sintomas também não corrobora com este diagnóstico. 
CASO 5 
Paciente sexo masculino, 17 anos, branco, natural e procedente de Goiânia/GO, com história de dor abdominal há 4 dias em região epigástrica, 
associada a hiporexia, náuseas e vômitos. Evacuou há dois dias, fezes com aspecto normal e, desde então, não evacuou mais. Refere que a dor 
melhorava após episódios de vômitos e uso de analgésicos. Evoluiu com piora da dor nas últimas 24horas associada a episódios de febre. 
Informa que a dor agora encontra-se localizada em região hipogástrica e fossa ilíaca direita (FID). 
Nega sintomas urinários ou alterações na cor da urina. Nega doenças crônicas, uso de medicamentos contínuos e antecedentes de doenças 
psiquiátricas. Nega alergias alimentares e medicamentosas. Nega cirurgias prévias. Nega traumas. Nega episódios semelhantes no passado. 
Exame físico: Regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço com palidez e fácies de dor. 
FC: 100bpm, FR: 24ipm, Peso: 70kg e Altura: 1,70m. 
Abdome distendido, rígido e doloroso a descompressão súbita em FID. Som timpânico a percussão. Ruídos hidroaéreos (RHA) hipoativos em 
todo abdome. Punho percussão lombar negativa. 
 
Abdome agudo inflamatório – Apendicite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO 6 
Paciente do sexo feminino, 66 anos, branca, do lar, procura atendimento no PS com queixa de dor abdominalhá 3 dias, tipo aperto no 
quadrante inferior esquerdo de forte intensidade com irradiação para a região inguinal esquerda, que piora com a alimentação e melhora 
muito discretamente com a eliminação de gases e fezes. Associado apresenta hiporexia e adinamia. Já apresentou episódios semelhantes, 
porém de menor intensidade. Nega vômitos e febre. 
Ao exame: facies de dor, pálida, hidratada, anictérica, eupneica, febril ( Tax 37,6), FC 92 bpm, PA 120 x 70 mmHG. 
Abdome: distendido, hipertimpânico, RHA presentes, dor à palpação superficial e profunda na FIE, sem descompressão dolorosa. Não foram 
evidenciadas massas ou visceromegalias. 
Exames laboratoriais: leuco: 13000 (desvio à esquerda), VHS 53 , EAS normal. 
RX de abdomen: distensão gasosa de alças colônicas com rarefação de gases ao nível de QIE. 
Hipótese diagnóstica? 
- Diverticulite aguda Paciente idosa, quadro mais arrastado, já teve sintomas semelhantes anteriormente, porém de menor intensidade. Dor 
localizada em FIE, com sinais inflamatórios ( febre, leucocitose, dor a palpação, hipertimpanismo, distensão abdominal). 
Testes pra detecção de apendicite 
Blumberg 
Rovsing 
Pssoas 
Obturador 
 
 
Como a diverticulite pode levar à obstrução intestinal? 
Íleo paralítico 
Aderência das alças pela inflamação 
Formação de abscesso 
 
 
OBS: DIVERTICULO DE MERKEL 
Divertículo de Meckel é um divertículo verdadeiro e é a anomalia congênita mais comum do trato gastrintestinal, ocorrendo em cerca de 2% das 
pessoas. É causado pela obliteração incompleta do ducto vitelino e consiste em uma separação congênita da borda antimesentérica do íleo. Em 
todas as idades, a obstrução intestinal se manifesta com cólicas, náuseas e vômitos. Diverticulite aguda de Meckel é caracter izada por dor 
abdominal e sensibilidade tipicamente localizada abaixo ou adjacente ao umbigo; é muitas vezes acompanhada de vômitos e é semelhante 
àquela da apendicite. As crianças podem apresentar episódios repetidos de sangramento retal vivo, brilhante e indolor, que geralmentenão é 
intenso o suficiente para causar choque. Os adultos também podem sangrar, tipicamente com presença de melena ao invés de sangue vivo. 
 
CASO 7 
Mulher de 63 anos de idade, procura o PS por apresentar dor abdominal contínua, de início insidioso, no quadrante inferior esquerdo há três 
dias. Queixa-se também de distensão abdominal moderada e dificuldade para evacuar no último dia. Nega emagrecimento e vômitos. Refere 
febre não medida. Nega antecedentes cirúrgicos. 
Exame clínico: regular estado geral, consciente, orientada, corada, anictérica, desidratada 2+/4+, FC 120 bpm, PA: 140 x 90 mmHg, 
temperatura axilar, 38° C, FR: 20 ipm. 
AR e ACV: normais. 
Abdome: distendido, hipertimpanismo à percussão, dor à palpação de fossa ilíaca esquerda e rigidez involuntária com descompressão brusca 
dolorosa positiva apenas neste local, ruídos hidroaéreos aumentados. Hepatimetria 5 cm e baço não percutível. Exames complementares: Hb 
14 g/dl, Ht 42%, plaquetas 180000/m3, leucócitos 14000/mm3 ( 88% de neutrófilos, 12% linfócitos) leucócitos normais= 110000 
Diverticulite- caracterizada por manifestações clínicas variadas na dependência da extensão do processo diverticular. É comum apresentar-
se com dor no quadrante inferior esquerdo do abdome, febre baixa, alterações na movimentação intestinal, anorexia e leucocitose moderada. 
 
CASO 8 
Paciente 70 anos, masculino, natural e procedente de Jataí/GO, casado, católico, aposentado, trabalhava como agricultor. Foi admitido com 
queixa de “dor abdominal há 15 dias”. Paciente refere há 15 dias dor abdominal em região de hipocôndrio direito de forte intensidade, com 
irradiação para dorso, associada a náuseas e vômitos, com início após refeição com carne assada (churrasco). Refere que dor iniciou 
aproximadamente duas horas após a refeição, com duração de várias horas e alívio parcial após uso de escopolamina via oral. Desde então, 
apresentou vários episódios semelhantes, mesmo em jejum. No momento, queixa leve desconforto local. Nega febre. Refere perda ponderal 
de 2 kg nesse período. Sem outras queixas. 
Antecedentes: HAS controlada, em uso de Hidroclorotiazida 25 mg/dia e Losartana 50mg/dia. Nega outras comorbidades. Nega tabagismo e 
etilismo. Nega uso de drogas ilícitas. Nega exercícios físicos regulares. Mãe e irmã com historia de colecistopatia calculosa crônica com 
necessidade de colecistectomia. Mãe falecida por neoplasia não especificada. Pai falecido por Infarto Agudo do Miocárdio. 
EXAME FÍSICO: 
BEG, consciente, orientado em tempo e espaço; mucosas úmidas e coradas; peso: 108 kg; altura: 172 cm; anictérico, acianótico. 
A diverticulite é a inflamação de uma ou mais bolsas com formato de balão 
(divertículos). Ela pode ou não ser acompanhada de infecção. A diverticulite é 
mais comum entre pessoas com mais de 40 anos. O distúrbio pode ser grave em 
pessoas de qualquer idade, embora apresente maior gravidade em idosos. Os 
sintomas da diverticulite costumam incluir dor e/ou sensibilidade (geralmente 
na parte inferior esquerda do abdômen), febre e, às vezes, náusea e vômitos. A 
diverticulite não costuma causar hemorragia gastrointestinal. 
Nos casos de diverticulite complicada, a dor abdominal costuma ser mais difusa, 
com sinais de irritação peritoneal. Alguns pacientes podem apresentar massa 
palpável, sugerindo a presença de um abscesso peridiverticular. Sinais de 
instabilidade hemodinâmica não são muito frequentes, mas podem estar 
presentes nos quadros mais graves, onde há perfuração com peritonite fecal ou 
peritonite purulenta difusa. A presença de sangramento nas fezes não costuma 
ter relação com a diverticulite, estando mais associado a doença diverticular do 
cólon direito. 
Sintomas genitourinários, como disúria, pneumatúria e flatos vaginais, podem 
ser referidos por alguns pacientes. Nesses casos, devemos pensar na presença 
de fístulas colovesicais, que é uma das complicações da diverticulite aguda. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/hemorragia-gastrointestinal/hemorragia-gastrointestinal
Sinais Vitais: FC: 78 bpm; FR: 19 irpm; PA: 120x80mmHg; afebril; 
Cardiorrespiratório: Ictus cordis não palpável. Tórax simétrico, sem tiragem; Bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas, em 2T, sem sopros; 
Padrão respiratório torácico; Murmúrio-vesicular presente, bilateral, simétrico, sem ruídos adventícios. Frêmito tóraco-vocal preservado. 
Abdome: globoso, RHA + normoativos, timpânico, normotenso, doloroso a palpação profunda de hipocôndrio direito; sinal de Murphy 
negativo. 
Diagnóstico: Colelitíase (presença de pedras (cálculo) no interior da vesícula biliar) 
Murphy negativo n pode ser colecistite 
Nega febre e está anictérico então n é colangite (tríade de charcot: dor no hipocôndrio direito, febre e icterícia) 
Coledocolitíase – dor em cólica, icterícia, colangite (tríade de Charcot) não pode ser também 
 
CASO 9 
Paciente 65 anos, feminina, chegou ao PS transferida de outra cidade, após atendimento inicial. Relata dor epigástrica intensa há 20 horas, 
com irradiação para dorso, acompanhada de nauseas e vômitos. Recebeu analgésicos, hidratação vigorosa EV e antiemético. 
Exame físico: Facies de dor, REG, pulso 120 bpm, FR 26 ipm, desidratada +/4+, anictérica, descorada +/4+. 
Abdome: globoso, timpanismo à percusão, doloroso à palpação superficial e profunda principalmente em andar superior. Descompressão 
brusca negativa. Sem tumores palpáveis. 
EXAMES LABORATORIAIS 
 Leucograma 13000, U 65 Creat:1,4 Glicemia 105, calcio 8,2 
DHL 220 TGO 250 GGT 280 Amilase 1250 (até 151 U/L de sangue para pessoas com mais de 60 anos) Hb 13,2 Ht 44%, 
DIAGNOSTICO: Pancreatite 
Amilase mt aumentada 
Dor epigástrica referida nas costas- típica de pancreatite 
 
CASO 10 
Paciente do sexo masculino, 39 anos, atendido no Pronto Atendimento comquadro de dor abdominal difusa, intensa e de início súbito, com 
cerca de 3 horas de evolução. Trazido à sala de exames em cadeira de rodas, com fácies de dor e gemendo. Acompanhante relatou episódios 
de náuseas e vômitos após o início do quadro. Ao exame encontrava-se pálido, sudoréico, taquipnéico, apresentando abdome difusamente 
doloroso com tensão aumentada e sinal de Blumberg positivo em região epigástrica. FC 102 bpm e PA 110x60 mmHg 
Diagnostico: Ulcera péptica perfurada 
Os sintomas da úlcera péptica perfurada variam ao longo do tempo e são classificados em três fases. A primeira fase aparece dentro de 2 h do 
início, e sintomas como dor abdominal aguda (paciente informa o momento exato) em epigástrio, taquicardia e frieza periférica são típicos 
dessa fase. A perfuração libera o conteúdo gastroduodenal na cavidade peritoneal, causando peritonite química. A dor intensa estimula os 
nervos simpáticos, resultando em taquicardia e frieza periférica. Entre 2 a 12 horas do início, a inflamação se estende para a área mais ampla 
do peritônio, e a dor localizada torna-se generalizada. Após mais de 12 horas de início, distensão abdominal, aumento da temperatura e 
hipotensão com colapso circulatório podem ser evidentes. 
 
CASO 11 
Paciente 60 anos, feminino, natural e procedente de Rio Verde/GO, encontra-se internada no Hospital Evangélico, no 2 PO de Gastrectomia 
parcial por lesão tumoral. Está internada, em uso de analgésicos opióides para controle de dor abdominal contínua. Ao passar pela manhã na 
enfermaria, paciente queixa ao médico da ausência de eliminação de fezes e flatos associado a náuseas frequentes. 
Ao exame físico: REG, hipocorada 2+/4+, hidratada, anictérica, acianótica, afebril. 
Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações. 
Abdome distendido, RHA ausentes (silêncio abdominal), hipertimpânico, difusamente doloroso a palpação profunda, Blumberg negativo, 
ausência de massas palpáveis ou visceromegalias. 
Demais aparelhos sem alterações. 
Ao checar exames laboratoriais, paciente apresenta hipopotassemia. 
Solicitado radiografia de abdome. 
Diagnostico: Íleo Paralitico 
 
CASO 12 
Paciente masculino, 76 anos, negro, natural e procedente de Rio Verde/GO, casado, pintor, católico. ¡ Refere que notou o surgimento de 
protuberância em região inguinal direita, indolor, que alterava de tamanho quando tossia ou fazia esforços e apresentou crescimento 
progressivo. Nega febre, dor abdominal e demais queixas. 
Antecedentes: Caxumba na infância. Asmático (última crise em janeiro). Nega diabetes, HAS, hepatite, tuberculose, pneumonias, ou outras 
afecções. Foi tabagista por 10 anos, parou há 50 anos. Consumia bebida alcoólica (destilada – pinga), parou de beber há 45 anos. 
Mãe faleceu aos 65 anos por crise asmática. Pai faleceu aos 55 por coma alcoólico. Desconhece outras comorbidades em familiares. 
EXAME FÍSICO: 59Kg ; 1,63m; T: 36,6°C; Pulso: 72ppm; FR: 18irpm; PA: 110x70 mmHg; BEG, consciente e orientado, normocorado, anictérico, 
acianótico, afebril, hidratado. 
Respiratório: tórax atípico. Expansibilidade simétrica, frêmito sem alterações. Som claro pulmonar. MV presente, com sibilos difusos. 
Cardiovascular: Ausência de abaulamentos ou retrações. Ictus cordis palpável em LHCE, 5 EIC, 2 polpas digitais, ritmo regular. RCR, 2T, BNF, 
S/sopros FC: 76 bpm. 
Abdome: Abdome simétrico, sem abaulamentos, cicatrizes ou outras alterações à inspeção. RHA presentes. Timpânico, Traube livre, sem dor à 
percussão. Flácido, sem massas palpáveis ou VMG. Abaulamento região inguinal direita, redutível, com anel 6cm de diâmetro, indolor à 
palpação. Sem sinais de estrangulamento ou encarceramento. 
Pequeno anel região inguinal esquerda. 
Hipótese diagnóstica 
• Hérnia inguinal esquerda

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