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| 267 | 268 1. A ATIVIDADE EMPRESARIAL ............................................................................................................................ 269 1.1. OS SUJEITOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL ......................................................................................... 270 2. REGISTRO DE EMPRESAS ................................................................................................................................... 272 2.1. Informações Sobre Os Órgãos e Registro .......................................................................................................... 272 2.2. Nome Empresarial.............................................................................................................................................. 273 2.3. Estabelecimento Comercial .................................................................................................................................. 274 2.4. Ponto Comercial .................................................................................................................................................. 275 3. PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Lei 9.279/1996) .................................................................................................. 276 3.1. PATENTE .......................................................................................................................................................... 276 3.2. DESENHO INDUSTRIAL ................................................................................................................................ 277 3.3. MARCA ............................................................................................................................................................. 277 3.4 Proteção à propriedade industrial ..................................................................................................................... 278 3.5 Extinção da propriedade industrial .................................................................................................................. 278 4. SOCIEDADES .......................................................................................................................................................... 278 4.1. TIPOS SOCIETÁRIOS ................................................................................................................................. 279 4.1.1. SOCIEDADE COMUM (IRREGULAR OU DE FATO) – ART. 986 ss do CC .......................... 279 4.1.2. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – ART. 991 e ss do CC ............................... 280 4.1.3. SOCIEDADE SIMPLES – ART. 997 ss do CC ..................................................................................... 280 4.1.4. SOCIEDADE EM NOME COLETIVO – ART. 1.039 ss do CC .................................................... 281 4.1.5. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES – ART 1.045 ss do CC ........................................... 282 4.1.6. SOCIEDADE LIMITADA – ART. 1.052 ss do CC .......................................................................... 282 4.1.7. SOCIEDADE ANÔNIMA – Lei das S.A.(Lei 6.404/76) ................................................................. 285 4.1.8. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES – ART. 1.090 ss do CC .................................... 287 4.1.9. SOCIEDADE COOPERATIVA – ART. 1.093 ss do CC................................................................. 287 5. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................................................ 288 6. MODIFICAÇÕES NAS ESTRUTURAS DAS SOCIEDADES .............................................................................. 288 7. TÍTULOS DE CRÉDITO ......................................................................................................................................... 288 7.1. O ENDOSSO ................................................................................................................................................... 290 7.2. O AVAL ............................................................................................................................................................ 291 7.3. A AÇÃO CAMBIAL: ........................................................................................................................................ 294 7.4. TÍTULOS EM ESPÉCIE ................................................................................................................................... 294 7.4.1. LETRA DE CÂMBIO ............................................................................................................................ 294 7.4.2. NOTA PROMISSÓRIA ......................................................................................................................... 295 7.4.3. CHEQUE .................................................................................................................................................... 296 7.4.4. DUPLICATA ........................................................................................................................................... 298 8. CONTRATOS EMPRESARIAIS OU MERCANTIS .............................................................................................. 300 | 269 DIREITO EMPRESARIAL Caio Vieira OS ARTIGOS MAIS COBRADOS Empresário Individual Artigo 1150 do CC, artigo 44 do CC, artigo 18A da Lei Complementar 123/2006, artigo 968 do CC. Registro Artigo 1166 do CC, artigo 32 da Lei 8934/94, artigos 1190 e 1191 do CC. Estabelecime nto Artigos 1142/1148 do CC. EIRELI Artigo 980-A do CC e artigo 50 do CC. Propriedade Industrial Artigos 8/18 da Lei 9.279/96, artigo 68/71 da Lei 9.279/96, artigos 122/126 da Lei 9.279/96. Sociedades Artigo 982 parágrafo único do CC, artigo 1150 e 998 do CC, artigos 986/990 do CC, artigos 991/996 do CC, artigo 1031 do CC, artigos 1052/1087 do CC, artigo 1055 §1º do CC, artigo 1055 §1º do CC, artigo 1052 do CC, artigo 50 do CC, artigo 1058 e artigo 1004 do CC, 1060/seguintes do CC e 1010/1018 do CC. Títulos de Crédito Artigo 17 do Decreto 57.663/66, artigos 11 a 20 do Decreto 57.663/66, artigo 294 e 296 do CC artigos 30 a 32 do Decreto 57.663/66, artigo 202 inciso III do CC, artigos 75 e 76 do Decreto 57.663/66, artigo 32 da Lei 7.357/85, artigo 59 da Lei 7.357/85. Falência Artigo 1º da Lei 11.101/05, artigo 2º da Lei 11.101/05, artigo 94 incisos I, II e III da Lei 11.101/05, artigo 97 da Lei 11.101/05, artigo 99 da Lei 11.101/05, artigo 105 da Lei 11.101/05, artigo 986 do CC, artigo 3º da Lei 11.101/05, artigo 21 da Lei 11.101/05, artigo 26 da Lei 11.101/05, artigo 35 da Lei 11.101/05, artigo 82 da Lei 11.101/05, artigo 76 da Lei 11.101/05, artigo 84 inciso I da Lei 11.101/05. SÚMULAS POR ASSUNTO Empresário 260 e 390 do STF Propriedade Industrial 143 do STJ Sociedade Anônima 371 do STJ Falência e Recuperação 193, 417, 495 do STF 25, 29, 36, 133, 248, 264, 307 e 361 do STJ Títulos de Crédito 189, 387, 600 do STF 16, 26, 60, 93, 258, 503 e 504 do STJ Contratos Empresariais 109, 138, 293, 369 do STJ 1. A ATIVIDADE EMPRESARIAL Conforme explana o art. 966 do CC, é atividade empresária aquela que reúne os seguintes elementos ou características: Atividade econômica organizada; Exercida com habitualidade (ou seja, uma pessoa que vende o seu próprio carro não é considerado empresário, já que praticou uma atividade empresária esporadicamente); Para a produção, circulação de bens ou prestação de serviços Objetivando o lucro ($) Ainda no CC (art. 966, § único e 982, § único) encontramos as atividades que não são consideradas empresariais, são as de natureza científica (cientistas, médicos), literária (advogados, escritores) ou artística | 270 exercida por profissionaisintelectuais (músicos, atores), salvo se a atividade for elemento de empresa; sociedades simples e cooperativas. Quando a atividade constitui elemento de empresa? Prevalece o entendimento que constitui elemento de empresa quando há a existência de outras atividades sendo praticadas em complemento à atividade intelectual, científica, literária ou artística. Exemplo: Dois médicos abrem um consultório, porém, nesse mesmo consultório eles passam a oferecer exames, serviços de enfermagem etc. Assim verifica-se que o ponto diferencial entre a atividade considerada empresarial e a não empresarial é a ORGANIZAÇÃO, se há estruturação organizacional temos uma atividade empresarial, havendo meramente a pessoalidade NÃO há atividade empresarial. Por outro aspecto é REGULAR a atividade empresarial que fez o devido arquivamento de seu ato constitutivo na Junta Comercial competente (estado onde a atividade é desenvolvida), com emissão do competente número de registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas). E IRREGULAR quando da inexistência de tal arquivamento/registro. Em ambos os casos, quando se tratar de empresário individual, NÃO se adquire personalidade jurídica. As consequências da atividade irregular, ou consequência principal, é o fato da empresa sofrer a falência, mas não poder o empresário solicitar recuperação de empresas, conforme lei 11.101/2005. ATENÇÃO! O empresário individual, mesmo que com registro na Junta Comercial, não possui personalidade jurídica. JÁ CAIU NA OAB Assinale a alternativa correta em relação aos conceitos de empresa e empresário no Direito Empresarial. a) Empresa é a sociedade com ou sem personalidade jurídica; empresário é o sócio da empresa, pessoa natural ou jurídica com responsabilidade limitada ao valor das quotas integralizadas. b) Empresa é qualquer atividade econômica destinada à produção de bens; empresário é a pessoa natural que exerce profissionalmente a empresa e tenha receita bruta anual de até R$ 100.000,00 (cem mil reais). c) Empresa é a atividade econômica organizada para a produção e/ou a circulação de bens e de serviços; empresário é o titular da empresa, quem a exerce em caráter profissional. d) Empresa é a repetição profissional dos atos de comércio ou mercancia; empresário é a pessoa natural ou jurídica que pratica de modo habitual tais atos de comércio. 1.1. OS SUJEITOS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL São sujeitos da atividade empresarial, o empresário individual, a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) ou ainda, as Sociedades Empresariais (Anônima, Limitada, Comandita por Ações e Comandita Simples). Mas qual a diferença entre essas três categorias? Vejamos: Basicamente tanto o empresário individual quanto a EIRELI são representadas por uma única pessoa que desenvolve as atividades, com as seguintes diferenças: - O EMPRESÁRIO INDIVIDUAL trata-se de PESSOA FÍSICA, mesmo com registro, NÃO HÁ PERSONALIDADE JURÍDICA, como também, por óbvio, NÃO HÁ A PRESENÇA DE SÓCIOS. Para o registro não há capital mínimo a ser preenchido, assim seu PATRIMÔNIO PESSOAL responde por suas dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial, bem como é possível que as dívidas particulares do empresário atinjam o patrimônio usado na empresa. ATENÇÃO!!! Quando se registrar na Junta Comercial (lembrando que a inscrição na Junta Comercial deve ser feita antes de iniciar a atividade – Art. 967, CC), será obrigatório que faça a sua inscrição na Receita Federal também, obtendo um CNPJ, mas não quer dizer que o empresário individual tenha personalidade jurídica. O número de CNPJ serve apenas para fins tributários. - Na EIRELI, também com uma única pessoa, aqui denominada de titular, ao se registrar a atividade adquire- se PERSONALIDADE JURÍDICA. Para sua constituição é necessário o preenchimento do capital social mínimo | 271 de 100 salários mínimos, totalmente integralizados, que não necessita ser feito apenas com dinheiro. Assim, ocorre diferenciação entre patrimônio pessoal do titular e patrimônio da EIRELI, somente respondendo pelas dívidas da atividade empresária o patrimônio desta, SALVO, em caso de desconsideração da personalidade jurídica. Já as sociedades, que podem ser personalizadas ou não, são aquelas constituídas por no mínimo DUAS pessoas, e devem assumir uma das modalidades citadas, a depender de suas necessidades e peculiaridades (Sociedade Anônima, Sociedade Limitada, Sociedade em Comandita por Ações e Sociedade em Comandita Simples). Tal assunto será melhor explanado adiante. QUAIS SÃO OS REQUISITOS PARA EXERCER A ATIVIDADE EMPRESÁRIA? A resposta está no art. 972 do CC: não ser IMPEDIDO e ser CAPAZ. Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. Tendo a informação acima, resta saber quem são os incapazes e quem são os impedidos de exercer a atividade empresarial, certo? Vejamos: IMPEDIDOS (diz respeito ao cargo ou função) INCAPAZES (diz respeito à pessoa) Falidos não reabilitados; Servidores públicos federais em exercício; (não podem ser nem mesmo administradores de sociedades) Militar na ativa; Magistrados; e Membros do Ministério Público. Não podem exercer atividade de empresário, mas se realizarem, responderão pelas obrigações contraídas, assim diz o art. 973 do CC. O menor de 16 anos, art. 3º do CC (absolutamente incapaz), vedada a inscrição. Situação de incapacidade superveniente (relativamente incapazes, art. 4º do CC), ou seja, quando o próprio empresário é interditado e é considerado incapaz ou quando ele falece e seus herdeiros são incapazes. ATENÇÃO! Importante notar os arts. 974 e 975 do CC trazem que o incapaz poderá por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. Nessa hipótese, deverá ser assistido ou representado. Já o art. 975 do CC informa que o incapaz poderá ser sócio de uma sociedade, porém, não pode ser administrador, deve ser representado (incapaz) ou assistido (relativamente incapaz) e o capital social deve estar totalmente integralizado (arts. 974 e 975 do CC/2002). Aqui nesse ponto deve-se observar que, o INCAPAZ não pode se inscrever como empresário, mas nada obsta que este CONTINUE nessa qualidade em caso de incapacidade superveniente ou se torne empresário por herança. Cuidado! É comum provas vir que o incapaz NUNCA exercerá a atividade empresária, o que, conforme exposto, é equivocado. Ainda nesse ponto temos a ÚNICA HIPÓTESE em que o empresário individual terá seus bens particulares resguardados, pois, tratando-se de herdeiro incapaz que continue a atividade empresarial, os bens particulares que não foram adquiridos com o exercício da empresa ficarão resguardados conforme art. 974, §2º do CC. Diante disso, caso a atividade empresarial não venha a obter êxito, seu patrimônio particular não poderá ser atingido. UMA PECULIARIDADE: a atividade rural possui a faculdade de ser ou não registrada na Junta Comercial, sendo que, se registrada, se torna atividade empresarial, ou seja, se a pessoa desenvolver atividade rural, somente será considerada empresária se fizer o registro. Tal faculdade é a descrição do art. 971 do CC. | 272 JÁ CAIU NA OAB O engenheiro agrônomo Zacarias é proprietário de quatro fazendas onde ele realiza, em nome próprio, a exploração de culturas de soja e milho, bem como criação intensiva de gado. A atividade em todas as fazendas é voltada para exportação, com emprego intenso de tecnologia e insumos de alto custo. Zacarias não está registrado na Junta Comercial. Com base nessas informações, é correto afirmar que a) Zacarias, por exercer empresa em caráter profissional, é considerado empresário independentementede ter ou não registro na Junta Comercial. b) Zacarias, mesmo que exerça uma empresa, não será considerado empresário pelo fato de não ter realizado seu registro na Junta Comercial. c) Zacarias não pode ser registrado como empresário, porque, sendo engenheiro agrônomo, exerce profissão intelectual de natureza científica, com auxílio de colaboradores. d) Zacarias é um empresário de fato, por não ter realizado seu registro na Junta Comercial antes do início de sua atividade, descumprindo obrigação legal. 2. REGISTRO DE EMPRESAS 2.1. Informações Sobre Os Órgãos e Registro Inicialmente, cabe ressaltar que o registro será feito na Junta Comercial do estado em que seja desenvolvida a atividade empresarial. As funções da Junta Comercial podem ser encontradas no art. 32 da Lei 8,934/94), que basicamente são a Matrícula, o Arquivamento e a Autenticação. Vejamos: Art. 32. O registro compreende: I - a matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais; II - O arquivamento: a) dos documentos relativos à constituição, alteração, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; b) dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade de que trata a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; c) dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; d) das declarações de microempresa; e) de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins ou daqueles que possam interessar ao empresário e às empresas mercantis; III - a autenticação dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de lei própria. ARQUIVAMENTO AUTENTICAÇÃO MATRÍCULA Diz respeito aos atos de registro e averbação relacionados às atividades empresariais, como os atos de constituição, alteração, dissolução e extinção de empresas individuais etc. *** Os atos arquivados na Junta são públicos, podendo ser consultados por qualquer interessado! Diz respeito aos livros empresariais que para serem usados como meio de prova para o empresário, necessitam ser autenticados na Junta Comercial. Destaca-se, entre os livros, o Livro Diário que é obrigatório para a maioria das atividades regulares, exceto para ME e EPP, nas quais o livro obrigatório é o Livro Caixa, conforme art. 1.181 do CC/2002 e art. 26 da LC 123/2006. Os livros, diferentemente dos Diz respeito a alguns profissionais que precisam ser matriculados na Junta Comercial para o desempenho de suas funções ou atividades, tais como leiloeiro, intérprete, tradutor e administrador de armazém geral. | 273 atos arquivados, como regra geral, são SIGILOSOS, somente poderá ser visto no caso do interessado ingressar com ação de exibição judicial, demonstrando nesta justo motivo para ter acesso aos livros, tais como questões sucessórias, societárias, gestão ou falência, conforme arts. 1.190 a 1.192 do CC/2002. ATENÇÃO!! O empresário ou sociedade empresária são obrigados a fazerem registros periódicos, já que se ficar por mais de anos sem fazer registros e não comunicar a Junta que está em atividade terá o registro cancelado, assim determina o artigo 8.934/94. Da Lei Tendo a Junta Comercial uma atribuição estadual, tem-se o DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração) como órgão federal que, entre outras atribuições, fiscaliza a atuação das JCs. 2.2. Nome Empresarial Visando sua diferenciação/individualização no meio empresarial para o efetivo exercício de determinada atividade de forma regular é necessário que o titular registre o nome empresarial. Uma vez registrado o nome empresarial gozará de proteção jurídica. A depender da escolha do elemento de formação, o nome empresarial se divide em duas espécies: FIRMA (ou razão social) DENOMINAÇÃO Formado pelo nome civil de um ou mais sócios, na forma extensa ou abreviada. Havendo mais de um, se algum deles for omitido, deverá ser usada a expressão "& Cia" ou "e companhia" ao final do nome e antes do tipo societário. Ex: Roberta M. da Silva Ltda Formado pelo objeto da atividade empresarial (a atividade desenvolvida), pode haver também a combinação da atividade com o nome civil. Ex: Padaria Pão de Mel SA Mariely Cosméticos Capilares Ltda Importante: a firma poderá ser utilizada para assinatura visando contrair negócios jurídicos, estando dispensada a assinatura do nome civil dos sócios, por outro lado, a assinatura com denominação não dispensa o nome civil dos sócios. SÓ ADOTA FIRMA SÓ ADOTA DENOMINAÇÃO AMBOS Empresário Individual – art. 1.156 do CC. Sociedade em nome Coletivo Sociedade em Comandita Simples S.A. (Sociedade Anônima) – art. 1.160 do CC e art. 3º da Lei 6.404/76. LTDA (Sociedade Limitada) – art. 1.158 do CC. EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) – art. 980-A do CC. C.A. (Sociedade em Comandita por Ações) JÁ CAIU NA OAB A respeito do nome empresarial, é correto afirmar que a) o nome empresarial pode ser objeto de contrato de compra e venda. b) a sociedade em conta de participação, por possuir personalidade jurídica, pode adotar firma ou denominação. c) a sociedade anônima será designada somente por meio de denominação. | 274 d) a sociedade limitada será designada somente por meio de firma. ATENÇÃO! A sociedade em conta de participação está proibida de adotar nome empresarial que denuncie sua existência. Cabe ressaltar que o nome empresarial tem proteção em âmbito estadual, ou seja, não pode ter no mesmo Estado nome empresarial igual ou até mesmo parecido, dentro do mesmo ramo de atividade. ENTÃO POSSO UTILIZAR O MESMO NOME EMPRESARIAL DE UMA PAPELARIA QUE EXISTE NO ESTADO DE SÃO PAULO EM OUTRA PAPELARIA NO RIO DE JANEIRO? Sim, é possível. 2.3. Estabelecimento Comercial (Fazer a leitura dos artigos 1.142 a 1.149, do CC) Pode-se conceituar, segundo inteligência do art. 1.142 do CC, o estabelecimento comercial como sendo o acervo de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário ou sociedade empresária, organizados para o desenvolvimento da atividade empresarial, em singelas palavras, representa o patrimônio da empresa. Tal universalidade de bens possui uma única função – o desenvolvimento da atividade empresarial. É importante ter em mente que o estabelecimento comercial pode ser móvel, imóvel, material ou até imaterial, ou seja, não é somente o local onde a atividade é exercida, mas também, por exemplo, os computadores, telefones, a marca etc. Ressalta-se que o contrato que busca a alienação, o arredamento ou usufruto do estabelecimento empresarial recebe tratamento legal diferenciado visando evitar, principalmente, a fraude contra credores. A alienação do estabelecimento comercial, também chamada de trespasse, para surtir efeitos contra terceiros, necessita ser averbada na Junta Comercial e publicada no Diário Oficial, exceto na ME e EPP, nas quais a publicação não é necessária (art. 1.144 do CC e art. 71 da LC 123/2006). Com relação a concordância dos credores, tanto a tácita, como a expressa, apenas será necessária na hipótese de o alienante não possuir bens suficientes para saldar as dívidas deixadas no estabelecimento (art. 1.145 do CC). Quando ocorre o contrato de trespasse, aquele que adquire um estabelecimento empresarial do outro assume os débitos que estiverem contabilizados, porém, o alienante ainda fica responsável pelo prazo de um ano, contado da data da publicação, pelos créditos vencidos e os que vencerem dentro desse prazo (desde que contabilizados). Diante disso, verifica-se que o credor podeescolher de quem vai cobrar, do alienante ou do adquirente, já que são devedores solidários (art. 1.146 do CC). Além disso, os contratos que o alienante possuía com terceiros também são sub-rogados para o adquirente (o adquirente assume a posição do alienante), mas os terceiros podem rescindir esses contratos no prazo de 90 dias contados da publicação do contrato de trespasse, DESDE QUE, haja justa causa. MAS QUAL É UM EXEMPLO DE JUSTA CAUSA? Um exemplo seria que o novo dono já tenha ficado inadimplente. - MAS E SE NÃO TIVER UMA JUSTA CAUSA? Não havendo justa causa, não PODE o terceiro rescindir o contrato (art. 1.148 do CC). Frisa-se, por oportuno, que na hipótese de OMISSÃO no contrato de alienação do estabelecimento comercial, o alienante não poderá explorar a mesma atividade por cinco anos após transferência, conforme dispõe o art. 1.147 do CC. JÁ CAIU NA OAB 1. Lavanderias Roupa Limpa Ltda. (“Roupa Limpa”) alienou um de seus estabelecimentos comerciais, uma lavanderia no bairro do Jacintinho, na cidade de Maceió, para Caio da Silva, empresário individual. O contrato de trespasse foi omisso quanto à possibilidade de restabelecimento da “Roupa Limpa”, bem como nada dispôs a respeito da responsabilidade de Caio da Silva por débitos anteriores à transferência do estabelecimento. Nesse cenário, assinale a afirmativa correta. a) O contrato de trespasse será oponível a terceiros, independentemente de qualquer registro na Junta Comercial ou publicação. b) Caio da Silva não responderá por qualquer débito anterior à transferência, exceto os que não estiverem devidamente escriturados. | 275 c) Na omissão do contrato de trespasse, Roupa Limpa poderá se restabelecer no bairro do Jacintinho e fazer concorrência a Caio da Silva. d) Não havendo autorização expressa, “Roupa Limpa” não poderá fazer concorrência a Caio da Silva, nos cinco anos subsequentes à transferência. 2. No contrato de alienação do estabelecimento da sociedade empresária Chaves & Cia Ltda., com sede em Theobroma, ficou pactuado que não haveria sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados pelo alienante, em vigor na data da transferência, relativos ao fornecimento de matéria-prima para o exercício da empresa. Um dos sócios da sociedade empresária consulta sua advogada para saber se a estipulação é válida. Consoante as disposições legais sobre o estabelecimento, assinale a afirmativa correta. a) A estipulação é nula, pois o contrato de alienação do estabelecimento não pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente para sua exploração. b) A estipulação é válida, pois o contrato de alienação do estabelecimento pode afastar a sub-rogação do adquirente nos contratos celebrados anteriormente para sua exploração. c) A estipulação é anulável, podendo os terceiros rescindir seus contratos com a sociedade empresária em até 90 (noventa) dias a contar da publicação da transferência. d) A estipulação é considerada não escrita, por desrespeitar norma de ordem pública que impõe a solidariedade entre alienante e adquirente pelas obrigações referentes ao estabelecimento. 2.4. Ponto Comercial Por outro lado, embora muito comum a confusão entre estabelecimento comercial e ponto comercial, tem-se o último tão somente como o espaço físico no qual ocorre ou se desenvolve a atividade empresarial. O ponto comercial é protegido a partir do contrato de locação conforme determina a Lei 8.245/91. Tal proteção pode ser observada, inclusive, no caso da negativa injustificada do locador se negar a renovar o contrato de locação, sendo cabível a ação renovatória, que, em suma, concede ao empresário o direito de obter a renovação compulsória do contrato de locação. Para tanto, alguns requisitos deve, ser observados, requisitos este trazidos pelo art. 51 da Lei 8.245/91. Vejamos: Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente: I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado; II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. § 1º O direito assegurado neste artigo poderá ser exercido pelos cessionários ou sucessores da locação; no caso de sublocação total do imóvel, o direito a renovação somente poderá ser exercido pelo sublocatário. § 2º Quando o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte e que a esta passe a pertencer o fundo de comércio, o direito a renovação poderá ser exercido pelo locatário ou pela sociedade. § 3º Dissolvida a sociedade comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub - rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo. § 4º O direito a renovação do contrato estende - se às locações celebradas por indústrias e sociedades civis com fim lucrativo, regularmente constituídas, desde que ocorrentes os pressupostos previstos neste artigo. § 5º Do direito a renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data da finalização do prazo do contrato em vigor. Tem legitimidade para ingressar com a ação renovatória o locatário, seus sucessores e os cessionários. | 276 ATENÇÃO! Conforme o §5º do artigo acima elencado, o prazo para pleitear a renovação são de seis meses contados do último ano de contrato, sob pena de DECADÊNCIA. Em que pese à proteção acima exposta, o locador não fica totalmente privado de seu imóvel, podendo ele retomar desde que houver melhor proposta de terceiro, para uso próprio, para uso de ascendente, descendente ou cônjuge com fundo de comércio há mais de um ano, ou ainda para a realização de reformas, conforme dispõe o art. 52 da Lei 8.245/1991. 3. PROPRIEDADE INDUSTRIAL (Lei 9.279/1996) É um ramo do Direito Intelectual que possui como objetivo a proteção das ideias humanas utilizadas no exercício da atividade empresarial. Possui como objetos a Patente e o Registro Industrial, sendo que a invenção e o modelo de utilidade são protegidos pela PATENTE e o desenho industrial e a marca são protegidos pelo procedimento do REGISTRO. O órgão responsável pela concessão da propriedade intelectual é o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). 3.1. PATENTE: Pode-se afirmar que tudo aquilo que se produz em série (explorado pela indústria) pode ser patenteado. Para requerer a patente de determinada criação é necessário observar os seguintes requisitos elencados no art. 8.º da Lei de Propriedade Industrial: Novidade (art. 11 da LPI); Atividade inventiva (arts. 13 e 14 da LPI); Aplicação industrial/ Industriabilidade (art. 15); e Não impedimento (art. 18 da LPI – são três impedimentos: invenções contrárias à moral, produtos resultantes da transformação do núcleo atômico e seres vivos). Quanto à titularidade da patente temos que é titular aquele que primeiro a registra perante o INPI, ou seus herdeiros ou sucessores, se for o caso. DIFERENÇA ENTRE INVENÇÃO E MODELO DE UTILIDADE, art. 8º e 9º da LIP. A Patente de Invenção diz respeito a produtos ou processos que sejam inteiramente e absolutamente novos e originais, por outro lado, a Patente de Modelo de utilidade se relaciona a apenas uma melhoria daqueles que já existem. Em relação à patente desenvolvida por empregado, matéria boa para cair em prova, temos três situações, bem fáceis de entender: (i) se o empregado é contratado para desenvolver invenções e no exercício de sua função resulte uma invenção, esta irá pertencer ao empregador; (ii) se, embora não contratado para desenvolverinvenções, em horário de serviço e com recursos do empregador desenvolver uma criação, está pertencerá a ambos, empregado e empregador; (iii) por outro lado, desenvolvendo um invenção fora do horário de serviço e com recursos próprios, a invenção somente ao empregado pertencerá. Os legitimados para requerer a patente de invenção ou modelo de utilidade estão previstos no parágrafo 2º do artigo 6º da Lei 9.279/96: “A patente poderá ser requerida em nome próprio, pelos herdeiros ou sucessores do autor, pelo cessionário ou por aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade.” JÁ CAIU NA OAB A respeito dos legitimados, assinale a opção que indica as pessoas que podem requerer patente de invenção ou modelo de utilidade, de acordo com a Lei nº 9.279/96. a) O próprio autor, se maior de 18 anos, os herdeiros ou sucessores do autor, o cessionário ou o empregador ou tomador de serviços, no caso de patente desenvolvida por empregado ou prestador de serviço. b) O próprio autor, os herdeiros ou sucessores do autor, o cessionário ou aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade da patente ou do modelo de utilidade. c) O próprio autor, pessoa natural ou sociedade empresária, o cessionário da patente ou aquele a quem a lei ou o contrato de trabalho ou de prestação de serviços determinar que pertença a titularidade da patente ou do modelo de utilidade. | 277 d) O próprio autor, os herdeiros ou sucessores do autor até 5 (cinco) anos da data do óbito, o cessionário ou o empregador ou tomador de serviços, no caso de patente desenvolvida por empregado ou prestador de serviço. 3.2. DESENHO INDUSTRIAL: conforme art. 95 da Lei de Propriedade Industrial, considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. São requisitos: Novidade; Originalidade; Aplicação Industrial; e Não impedimento. (Fazer a leitura dos artigos 95 a 100 da Lei 9.279/96) Por fim, temos que o registro de desenho industrial, conforme art. 108 da lei em comento, resulta no direito de exclusividade ao seu titular pelo prazo de 10 anos: “o registro vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogável por 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos cada”. IMPORTANTÍSSIMO A LEITURA DOS ARTIGOS 101 A 103 DA LEI 9.279/96!!!! JÁ CAIU NA OAB Sobre o desenho industrial e seu registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), assinale a afirmativa correta. a) É registrável como desenho industrial qualquer obra ornamental de caráter puramente artístico, ou o conjunto ornamental de linhas e cores que pode ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa. b) O registro de desenho industrial vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos contados da data do depósito, prorrogável por até 2 (dois) períodos sucessivos de 10 (anos) anos cada, desde que seja requerida a prorrogação durante o último ano de vigência do registro. c) A ação de nulidade de registro de desenho industrial será ajuizada no foro da Justiça Estadual do domicílio do titular do registro, devendo o INPI ser notificado da propositura da ação para avaliar se tem interesse ou não em intervir no feito, quando não for autor. d) O pedido de registro que não atender às condições estabelecidas pelo INPI, mas contiver dados suficientes relativos ao depositante, ao desenho industrial e ao autor, poderá ser recebido, desde que sejam cumpridas, em 5 (cinco) dias, as exigências do INPI. 3.3. MARCA: conforme art. 122 da lei em comento, é o sinal distintivo visualmente perceptível para identificar produtos, serviços, padrões de qualidade ou certificações, conforme suas espécies (art. 123): Art. 123. Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - MARCA DE PRODUTO OU SERVIÇO: aquela usada para distinguir produto ou serviço de outro idêntico, semelhante ou afim, de origem diversa; II - MARCA DE CERTIFICAÇÃO: aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada; e III - MARCA COLETIVA: aquela usada para identificar produtos ou serviços provindos de membros de uma determinada entidade. Os requisitos para a concessão da marca são: Novidade relativa: A novidade é relativa ao ramo de atividade, ou seja, se existe uma marca de sapato chamada Jamanta, não haverá problema se alguém quiser registrar uma marca de café de Jamanta. Não colidência com marca de alto renome; Não colidência com marca notoriamente conhecida; e Não impedimento (Fazer leitura do artigo 124, da Lei 9.279/96). | 278 Quanto à vigência do registro da marca, prazo de proteção, tem-se o art. 133: “o registro da marca vigorará pelo prazo de 10 (dez) anos, contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos”. ATENÇÃO: Muitas vezes há confusão entre MARCA NOTÓRIA e MARCA DE ALTO RENOME, vamos ver a diferença entre elas: MARCA NOTÓRIA – art. 126 da Lei 9.279/96 MARCA DE ALTO RENOME – art. 125 da Lei 9.279/96 São aquelas mundialmente conhecidas, não sendo necessário o registro no INPI, ou seja, tem proteção especial independentemente de registro no Brasil. Exemplo: quem no mundo não conhece a Ferrari?? São aquelas conhecidas no âmbito nacional, diante disso, terão proteção especial EM TODOS OS RAMOS DE ATIVIDADE, ou seja, o nome da marca não pode ser utilizado por ninguém, mesmo que seja de ramo totalmente diferente. Para ser considerada de alto renome É NECESSARIO o registro no INPI (antes de registrar o INPI vai constatar se realmente a marca se trata de alto renome). Exemplo: Havaianas. 3.4 Proteção à propriedade industrial Ao conseguir a patente ou o registro no INPI tem-se o direito exclusivo sobre o uso da invenção, do modelo de utilidade, do desenho ou da marca, porém há a possibilidade desse direito industrial ser licenciado (alugado) ou cedido (vendido). Um exemplo muito comum é o contrato de franquia. Tendo em vista que a propriedade industrial deve ser usada de acordo com os interesses sociais, já que envolve interesse público, se ocorrer o uso inadequado da patente pode ocorrer a licença compulsória, que nada mais é que a suspensão temporária do direito de exclusividade. Diante dessa suspensão, é permitida a produção, uso etc por um terceiro, assim determina o artigo 68 da Lei 9.279/96. JÁ CAIU NA OAB Sobre a licença compulsória, assinale a afirmativa correta. a) É a hipótese em que o Estado outorga o direito de patente ao autor da invenção sem a sua iniciativa. b) É cabível sua concessão se a comercialização não satisfizer às necessidades do mercado. c) Pode ser concedida com exclusividade, a critério do Instituto Nacional da Propriedade Industrial . d) É admitido o sublicenciamento, com a concordância prévia do licenciante. 3.5 Extinção da propriedade industrial A extinção da propriedade industrial ocorrerá nas seguintes hipóteses: Decurso do prazo de duração; Caducidade (não utilização por cinco anos); Não pagamento da taxa de retribuição ao INPI; Renúncia do titular ou se o titular da propriedade industrial for domiciliado no exterior e não constituir procurador no Brasil. 4. SOCIEDADES Em poucas palavras podemos definir SOCIEDADE como uma pessoa jurídica de direito privado, formado por mais de uma pessoa, que visa explorar aatividade econômica. As sociedades são marcadas por algumas CARACTERÍSTICAS que irão variar de acordo com o tipo societário adotado, mas em suma temos que todas elas: | 279 Nascem por meio de um CONTRATO entre duas pessoas ou mais; Com relação à PERSONALIDADE JURÍDICA, podem ou não ter, dependendo se houve ou não o registro que pode se dar na Junta Comercial, em caso de sociedades empresárias; no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, no caso de sociedades simples; ou ainda na OAB, quando se tratar de sociedade de advogados; Destaca-se a figura da PESSOA JURÍDICA que possui personalidade jurídica diferente dos sócios e com eles não se confundem, isso é importante para a separação do patrimônio; Como a pessoa jurídica é apenas uma ficção jurídica, será representada por uma designada para tanto no ato constitutivo (contrato ou estatuto social); Possui titularidade negocial e processual, ou seja, assume obrigações em nome próprio, bem como pode estar em juízo enquanto pessoa jurídica; A responsabilidade dos sócios é sempre subsidiária. Importante ainda diferenciarmos SOCIEDADE SIMPLES de SOCIEDADE EMPRESÁRIA, basicamente temos a distinção da seguinte forma, enquanto a simples trata-se de cooperativa (registrada no cartório de registro civil das pessoas jurídicas), a sociedade empresária se define como sociedade por ações (registrada na Junta Comercial), assim sendo, na primeira o objeto social não é empresarial, diferentemente da segunda, que como seu nome sugere, o objeto social é uma atividade empresarial. Ainda, temos que, por consequência lógica, a sociedade simples não pode falir, tampouco requerer a recuperação de empresas, diferentemente da sociedade empresária, que além de sofrer os efeitos da falência, também pode se beneficiar com a recuperação de empresas. 4.1. TIPOS SOCIETÁRIOS Inicialmente, necessário diferenciarmos as sociedades personificadas das sociedades não personificadas, de forma simplificada, temos que as sociedades personificadas, dispostas nos arts. 997 a 1.101 do C, possuem personalidade jurídica, tal personalidade é adquirida por meio registro, conforme art. 985 e 1.150 do CC. Por outro lado, temos as sociedades não personificadas, dispostas nos arts. 986 a 996 do CC. Estas, por lhe faltarem registro, não possuem personalidade jurídica. São espécies de sociedades não personificadas a sociedade em conta de participação e a sociedade comum (irregular ou de fato). Passemos a analisar cada um dos tipos societários, bem como algumas de suas características. ATENÇÃO!!! Preciso que vocês se comprometam a ler os artigos referente às sociedades abaixo, já que as questões abordam muito o que está previsto na lei, observem: 4.1.1. SOCIEDADE COMUM (IRREGULAR OU DE FATO) – ART. 986 ss do CC Trata-se de uma sociedade não personificada, uma vez que não possui registro, faltando-lhe por lógica personalidade jurídica e nome empresarial. Quanto a RESPONSABILIDADE temos que os sócios respondem ilimitada e solidariamente pelas obrigações sociais, contudo, apenas podem ser atingidos depois de determinado o patrimônio especial, que são aqueles pertencentes aos sócios, e que, embora pessoal, foram destinados ao uso da atividade empresarial. ARTIGO IMPORTANTE PARA A PROVA! Art. 989 do CC. Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer. COMO ESSE ASSUNTO FOI ABORDADO? 1. Sebastião e Marcelo constituíram uma sociedade sem que o documento de constituição tivesse sido levado a registro. Marcelo assumiu uma dívida em seu nome pessoal, mas no interesse da sociedade. Barros é credor de Marcelo pela referida obrigação. Barros poderá provar a existência da sociedade a) de qualquer modo, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. b) somente por escrito, e os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. | 280 c) de qualquer modo, e somente os bens particulares de Marcelo respondem pelos atos de gestão por ele praticados. d) somente por escrito, e os bens particulares de Marcelo e Sebastião respondem pelos atos de gestão praticados por Marcelo. 2. A respeito da sociedade em comum, é correto afirmar que a) os sócios respondem individual e ilimitadamente pelas obrigações sociais. b) são regidas pelas disposições das sociedades simples. c) na relação com terceiros, os sócios podem comprovar a existência da sociedade de qualquer modo. d) os sócios são titulares em comum das dívidas sociais. 4.1.2. SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – ART. 991 e ss do CC Trata-se da segunda e última hipótese de sociedade não personificada. Conforme disposto no art. 991 do CC, na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objeto social será exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos resultados correspondentes. Quanto a OBRIGAÇÃO temos que, obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social. Importante pontuar que, a constituição da sociedade em conta de participação independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito. Em relação ao CONTRATO SOCIAL, afirma-se que este produz efeito somente entre os sócios, e a eventual inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade jurídica à sociedade. Portanto, ainda que registrada a sociedade não possuirá personalidade jurídica, pois esta vedação decorre de lei (art. 993, caput, do CC), como também não possuirá nome empresarial. Importante ainda asseverar que, salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais. COMO FOI COBRADO ESSE ASSUNTO? 1. A respeito do sócio ostensivo da sociedade em conta de participação, assinale a afirmativa correta. a) É também chamado de sócio oculto. b) É o único responsável pela atividade constitutiva do objeto social. c) É o novo sócio admitido, mesmo que sem o consentimento dos demais, quando a sociedade necessitar de um aporte de capital. d) É o único sócio ostensivo da sociedade, vedada a pluralidade de sócios dessa natureza. 4.1.3. SOCIEDADE SIMPLES – ART. 997 ss do CC Iniciaremos agora a análise das sociedades personificadas. Em primeiro lugar temos a sociedade simples (no código de 1916 era chamada de sociedade civil), que, constituída mediante contrato escrito, particular ou público, caracteriza-se como sendo a forma societária adotada para as atividades não empresariais, como nas sociedades entre profissionais liberais ou intelectuais e nas cooperativas. ATIVIDADES NÃO EMPRESÁRIAS são aquelas pontudas no parágrafo único do art. 966 do CC: “Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”. Salienta-se que as sociedades simples podem adotar a forma pura, especificamente sociedades simples, mas também podem adotar um dos tipos societários, seja a sociedade em nome coletivo, em comandita simples, cooperativa ou ainda a limitada. Nesse último caso as regras observadas não serão as dos artigos 997 e seguintes do CC, mas sim as referentes ao tipo societário adotado. As obrigações dos sócios começam imediatamente com o contrato, se este não fixar outra data, e terminam quando, liquidada a sociedade, se extinguirem as responsabilidades sociais. | 281 O sócio não pode ser substituído no exercício das suas funções, sem o consentimento dos demaissócios, expresso em modificação do contrato social. A cessão total ou parcial de quota, sem a correspondente modificação do contrato social com o consentimento dos demais sócios, não terá eficácia quanto a estes e à sociedade. Sobre a responsabilidade do administrador sobre atos praticados fora de seus poderes, ponto importante de prova, e que também será observado na sociedade limitada, apesar da doutrina e jurisprudência ponderarem em sentido contrário, o CC no art. 1,015, § único, adotou a Teoria do Ato Ultra Vires, que defende que, se o administrador extrapolar seus poderes, responderá pessoalmente perante terceiros e a sociedade poderá se eximir dessa responsabilidade. IMPORTANTE! Como a sociedade simples possui normas que serão aplicadas às demais formas societárias que se seguirem, importante que seja lido os artigos a ela referentes (art. 997 e ss do CC) com bastante atenção e, se possível, fazendo apontamentos. JÁ CAIU NA OAB A SEGUINTE QUESTÃO: 1. Antônio e Joana casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens. Após o casamento, Antônio tornou-se sócio de sociedade simples com 1.000 quotas representativas de 20% do capital da sociedade. Passados alguns anos, o casal veio a se separar judicialmente. Assinale a alternativa que indique o que Joana pode fazer em relação às quotas de seu ex-cônjuge. a) Solicitar judicialmente a partilha das quotas de Antônio, ingressando na sociedade com 500 quotas ou 10% do capital social. b) Requerer a dissolução parcial da sociedade de modo a receber o valor de metade das quotas de Antônio calculado com base em balanço especialmente levantado, tomando-se como base a data da separação. c) Participar da divisão de lucros até que se liquide a sociedade, ainda que não possa nela ingressar. d) Requerer a dissolução da sociedade e a liquidação dos bens sociais para que, apurados os haveres dos sócios, possa receber a parte que lhe pertence das quotas de seu ex-cônjuge. 2. Em 11 de setembro de 2016, ocorreu o falecimento de Pedro, sócio de uma sociedade simples. Nessa situação, o contrato prevê a resolução da sociedade em relação a um sócio. Na alteração contratual ficou estabelecida a redução do capital no valor das quotas titularizadas pelo ex-sócio, sendo o documento arquivado no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, em 22 de outubro de 2016. Diante da narrativa, os herdeiros de Pedro são responsáveis pelas obrigações sociais anteriores à data do falecimento, até dois anos após a) a data da resolução da sociedade e pelas posteriores e em igual prazo, a partir de 11 de setembro de 2016. b) a data do arquivamento da resolução da sociedade (22 de outubro de 2016). c) a data da resolução da sociedade em relação ao sócio Pedro (11 de setembro de 2016). d) a data do arquivamento da resolução da sociedade e pelas posteriores e em igual prazo, a partir de 22 de outubro de 2016. 3. Perseu, em 2012, ingressa numa sociedade simples, constituída em 2008, formada por cinco pessoas naturais e com sede na cidade de Primeira Cruz. De acordo com as disposições do Código Civil sobre a sociedade simples, assinale a afirmativa correta. a) Perseu é responsável por todas as dívidas sociais anteriores à admissão. b) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais posteriores à admissão. c) Perseu responde apenas pelas dívidas sociais contraídas no ano anterior à admissão. d) Perseu não responde pelas dívidas sociais anteriores e posteriores à admissão. 4.1.4. SOCIEDADE EM NOME COLETIVO – ART. 1.039 ss do CC Dando continuidade temos a sociedade em nome coletivo, seu diferencial é que pode ser tanto sociedade simples, como empresária, a depender do objeto social desenvolvido. É uma sociedade composta unicamente por pessoas físicas. Neste tipo societário, todos os sócios respondem ILIMITADA E SOLIDARIAMENTE, depois que os bens | 282 da sociedade estiverem esgotados, então veja bem, apenas os depois que os bens da sociedade já tiverem terminado. Quanto ao nome empresarial, poderá se dar apenas por firma (razão social), composta pelo nome pessoal de um dos sócios seguido da terminação “&Cia.”, conforme melhor explanado quando falamos de nome empresarial. 4.1.5. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES – ART 1.045 ss do CC Trata-se de sociedade personificada, que também pode ser simples ou empresária. É composta por sócios comanditados (pessoas físicas) que respondem ilimitadamente pelas obrigações contraídas, mas somente depois de esgotados os bens da sociedade, e os sócios comanditários (pessoas físicas ou jurídicas) que respondem pela integralização das cotas adquiridas, no limite de suas cotas. O nome empresarial apenas se dará por firma (razão social). 4.1.6. SOCIEDADE LIMITADA – ART. 1.052 ss do CC A sociedade limitada é o tipo societário mais utilizado no Brasil, dada sua utilidade prática, observará subsidiariamente as regras da Sociedade Simples. Contudo, desde que o contrato social EXPRESSAMENTE indicar, será aplicada a Lei das Sociedades por Ações de forma supletiva, conforme se extrai do art. 1.053 do CC. Poderá utilizar como nome empresarial tanto a firma (razão social), como também a denominação, seguida, em qualquer caso, da expressão “Ltda”. CUIDADO! Se a expressão “Ltda” não for colocada ao final do nome empresarial, de forma abreviada ou extensa, causará a responsabilidade ilimitada e solidária dos administradores, conforme art.1.158 do CC. CAPITAL SOCIAL: segundo esclarece o art. 1.055, §2º do CC, é composto por bens ou dinheiro, não se admitindo sócios que contribuam apenas com a prestação de serviços. CESSÃO DE COTAS: conforme art. 1.057 do CC, no caso de omissão do contrato social, entre os sócios é livre, contudo para a alienação a terceiro, somente será possível em não havendo oposição de sócios que representem mais de 1/4 do capital social. RESPONSABILIDADE: como pontua o art. 1.052 do CC, a sociedade irá responder de forma ilimitada por todas as obrigações assumidas, porém os sócios respondem pela integralização da cota subscrita e solidariamente pelo capital não integralizado. No caso de FRAUDE, nos ditames do art. 1.080 do CC, haverá responsabilidade ilimitada dos sócios se houver fraude ao contrato social ou à lei. CONTROLE: conforme art. 1.010 do CC, em primeiro lugar, o poder de mando é definido por quem possui o maior valor das cotas. Na hipótese de empate em relação ao valor das cotas, a definição será dada pelo número de sócios e, se o empate ainda prevalecer, então a questão será resolvida por meio de decisão judicial. ADMINISTRAÇÃO: a sociedade pode ser administrada tanto por sócio como por não sócio, desde que devidamente qualificado e com seus poderes registrados na Junta Comercial. Havendo excesso de poderes teremos o que ocorre na sociedade simples, a Teoria do Ato Ultra Vires, ou seja, o administrar irá responder pessoalmente perante terceiros. DECISÕES: serão tomadas por assembleias, quando houver mais de 10 sócios, ou reuniões na hipótese da existência de até 10 sócios. EXISTÊNCIA DE CONSELHO FISCAL: trata-se de um órgão facultativo, cuja existência despende do contrato social, será composto por no mínimo três membros, sendo ou não sócios e residentes no país. Sua finalidade está entre examinar livros e papéis da sociedade, lavrar livro de atas e pareceres, denunciar erros, fraudes e crimes e convocar assembleia por motivos graves e urgentes. A dissolução da sociedade pode ser total ou parcial. | 283 DISSOLUÇÃO TOTAL DISSOLUÇÃO PARCIAL OU RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A UM DOS SÓCIOS Vontade dos sócios; Decurso do prazo determinado, salvo se vencido o prazo, sem a oposição de sócio, e sem que a empresa entre em liquidação. Nessa situação o contrato social será prorrogado por prazo indeterminado; Falência; Inexequibilidade do objetosocial (art. 1.034, II, do CC/2002), ou seja, impossibilidade de executar o objeto social, seja porque não há mais dinheiro para explorar aquele ramo de atividade, seja porque não há mais interesse de mercado para aquela atividade. Nesse caso, a dissolução será pedida judicialmente; Unipessoalidade por mais de 180 dias (art. 1.033, IV, do CC/2002), ou seja, até é possível que todo o capital social fique nas mãos de uma única pessoa, mas esta centralização não pode permanecer por mais de 180 dias. Não se aplica a dissolução por unipessoalidade se o sócio remanescente pedir a transformação para ser um empresário individual; Causas determinadas pelo contrato. Vontade dos sócios; Morte dos sócios, quando se impede a sucessão dos herdeiros, apenas ressarcindo-os pelas cotas do de cujus (art. 1.028 do CC/2002). Nesse sentido, o Enunciado 221 do CJF: “Diante da possibilidade de o contrato social permitir o ingresso na sociedade do sucessor de sócio falecido, ou de os sócios acordarem com os herdeiros a substituição de sócio falecido, sem liquidação da quota em ambos os casos, é lícita a participação de menor em sociedade limitada, estando o capital integralizado, em virtude da inexistência de vedação no Código Civil”; Retirada de sócios, quando não concordarem com decisão que resulte em alteração do contrato social (art. 1.077 do CC/2002), ou ainda quando o contrato tiver prazo determinado, por decisão judicial; se o contrato for por prazo indeterminado, por qualquer motivo, desde que precedida pela notificação dos sócios com antecedência mínima de 60 dias (art. 1.029 do CC/2002); A exclusão de sócio poderá ocorrer na forma judicial ou extrajudicial. EXCLUSÃO JUDICIAL ocorrerá nos seguintes casos: EXCLUSÃO EXTRAJUDICIAL, tratando-se de uma exceção deve observar os requisitos do art. 1.085 do CC, que são: Justa causa Falta de inegável gravidade Falência do sócio Previsão no Contrato Social Incapacidade superveniente do sócio Concordância de sócios que representam mais da ½ do capital social Será ressarcido de acordo com o valor patrimonial das cotas do sócio excluído. Oportunidade de defesa Ressalta-se, por oportuno, que em qualquer das hipóteses de retirada, exclusão ou a morte do sócio não o exime, ou a seus herdeiros, da responsabilidade pelas obrigações contraídas anteriormente à saída, de tal modo que sua responsabilidade é mantida por dois anos, contados da averbação do contrato social, conforme estabelece o art. 1.032 do CC. Quanto às cotas daquele que saiu da sociedade temos que, conforme art. 1.031 do CC, toda vez que houver a saída de um sócio, seja por falecimento, retirada ou exclusão, as cotas serão ressarcidas a partir do valor patrimonial, que será apurado mediante balanço especial. COMO A FGV JÁ COBROU SOBRE ESSA SOCIEDADE? 1. Na cláusula décima do contrato social de Populina Comércio de Brinquedos Ltda., ficou estabelecido que: “ A cessão qualquer título da quota de qualquer dos sócios depende da oferta prévia aos demais sócios (direito de preferência) nas mesmas condições da oferta a não sócio. Caso, após o decurso de 30 (trinta) dias, não haja interessado, o cedente poderá livremente realizar a cessão da quota a não sócio'' Tendo em vista as disposições do Código Civil acerca de cessão de quotas na sociedade limitada, assinale a afirmativa correta | 284 a) A cláusula é integralmente válida, tendo em vista ser lícito aos sócios dispor no contrato sobre as regras a serem observadas na cessão de quotas. b) A cláusula é nula, porque não é lícito aos sócios dispor no contrato sobre a cessão de quotas, eis que ela depende sempre do consentimento dos demais sócios. c) A cláusula é ineficaz em relação à sociedade e a terceiros,porque o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a outro sócio, independentemente da audiência dos demais. d) A cláusula é válida parcialmente, sendo nula na parte em que autoriza a cessão a não sócio, eis que ela depende sempre do consentimento de três quartos do capital social. 2. A sociedade limitada encontra-se regulada nos artigos 1052 a 1087 do Código Civil. Para que ela possa atingir sua finalidade, necessita de patrimônio, já que sua personalidade é diversa da personalidade dos sócios. Em relação ao capital e ao patrimônio social desse tipo societário, assinale a afirmativa incorreta. a) No momento em que a sociedade limitada é constituída e inicia a atividade que constitui o objeto social, o patrimônio é igual ao capital social. b) Na constituição da sociedade há possibilidade do ingresso de sócio cuja contribuição consista exclusivamente em prestação de serviços. c) A distribuição dolosa de lucros ilícitos acarreta a responsabilidade solidária dos administradores que a realizarem e dos sócios que os receberem. d) O sócio remisso é aquele que não integraliza sua quota na forma e prazo previstos, podendo, por esse fato, ser excluído da sociedade. 3. No que se refere à cessão de quotas de sociedade empresária limitada, assinale a alternatva correta. a) O cedente responde solidariamente com o cessionário perante a sociedade e terceiros pelas obrigações que tinha como sócio até 3 anos após averbado no registro competente a modificação do contrato social. b) Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem já seja sócio, independentemente da audiência dos demais. c) A cessão de quotas, consubstanciada na respectiva alteração contratual, terá eficácia entre cedente e cessionário somente após a sua averbação perante o órgão competente. d) Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, para terceiro, estranho ao quadro de sócios, somente se houver a concordância da unanimidade dos demais sócios. 4. A respeito da definição de responsabilidade dos sócios nos diferentes tipos societários, é correto afirmar que a) nas sociedades anônimas, os sócios podem ser responsabilizados no limite do capital social, não estando sua responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que subscreveram ou adquiriram. b) nas sociedades em comandita simples, os sócios comanditários são responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. c) nas sociedades limitadas, a responsabilidade de cada quotista é limitada ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. d) nas sociedades em comum, os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade, mas não haverá solidariedade entre eles. 5. Paula, sócia administradora de Nova Trento Serviços Automotivos Ltda., cujo capital encontra-se parcialmente integralizado, comunica aos demais sócios que pretende se afastar da administração e indicar sua mãe Maria para a administração. O sócio Dionísio consulta seu(sua) advogado(a) para saber a legalidade da indicação e eventual eleição, porque Maria não integra o quadro social. O(A) advogado(a) respondeu corretamente que a indicação é a) legal, desde que seja aprovada pela unanimidade dos sócios diante da não integralização do capital social. b) ilegal, porque não existe no contrato cláusula de regência supletiva pela Lei de Sociedades por Ações. c) legal, desde que seja inserida no contrato previamente a possibilidade de a administração ser exercida por não sócio. d) ilegal, pois o capital social deveria estar integralizado para que a indicação seja aprovada por maioria de três quartos do capital. 6. A respeito das sociedades limitadas, assinale a alternativa correta. a) A sociedade limitada, nas omissões das normas estabelecidas pelo Código Civil, será regida pela Lei 6.404/1976. b) A cessão de quotas de um quotista de uma sociedade limitada para outro quotista da mesma sociedade dependerá de prévia autorizaçãoestatutária. c) A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado. | 285 d) Não dependerá de deliberação dos quotistas a nomeação ou a destituição dos administradores. 7. A respeito da deliberação dos sócios na Sociedade Limitada, é correto afirmar que a) a assembleia somente pode ser convocada pelos administradores eleitos no contrato social. b) as formalidades legais de convocação são dispensadas quando todos os sócios se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. c) a deliberação em assembleia será obrigatória se o número dos sócios for superior a cinco. d) as deliberações tomadas de conformidade com a lei e o contrato vinculam os sócios ausentes, mas não os dissidentes. 4.1.7. SOCIEDADE ANÔNIMA – Lei das S.A.(Lei 6.404/76) Independentemente da atividade que pratique a Sociedade Anônima será sempre uma sociedade empresária, conforme art. 2º, §1º da Lei da S.A. e 982, § único do CC. É também uma sociedade de capitais, sociedade dividida em ações livremente negociáveis, havendo, assim, liberdade dos sócios para alienar sua participação (venda de ações). Pode ser de capital aberto ou fechado. Quanto à responsabilidade, esta é limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas. O nome empresarial deve ser por denominação seguida da expressão “S.A.”, “Cia”, “Companhia” ou “Sociedade Anônima”. Quanto ao capital da S.A. que pode ser aberto ou fechado, temos o seguinte esquema para diferenciação: SOCIEDADE DE CAPITAL ABERTO SOCIEDADE DE CAPITAL FECHADO Podemos classificar uma sociedade de capital aberto como sendo aquela cujo capital social é constituído por ações (títulos que representam partes ideais da sociedade) e que podem ser livremente negociadas no mercado de valores mobiliários, não sendo necessária a pessoa física compradora fazer escrituração pública. A responsabilidade só se dará até as forças das ações adquiridas. EM SÍNTESE: - Ações livremente negociadas/comercializadas no mercado de valores mobiliários (bolsa de valores ou mercado de balcão). - Não há necessidade de escrituração pública. Por outro lado, na sociedade de capital fechado, o capital social representado pelas ações (partes ideais) está geralmente particionado entre poucos acionistas. Nessa sociedade a pessoa física que deseja comprar ações terá que adquiri-las de um dos sócios, e assim será necessário fazer a escrituração da transferência da propriedade das ações no livro de transferência de ações nominativas da companhia. EM SÍNTESE: - Ações não são livremente negociadas, a emissão e venda ocorre de forma particular, diretamente com um dos atuais sócios. - Vedada a veiculação de anúncios que visam a alienação de ações. - Há a necessidade de escrituração pública. - Não possui registro perante a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, já que suas ações não se destinam ao público. ATENÇÃO para o art. 4º da Lei das sociedades por Ações (6.404/76): “Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários”. DICA: Importante fazer uma leitura, ainda que superficial, na Lei das S.A., pois traz elementos essenciais para sua prova. O local onde se negociam as ações (valores mobiliários) das S.A. de capitais abertos é denominado de mercado de capitais. Ações são basicamente os títulos emitidos pelas S.A. e que corresponde a uma parte do capital social da | 286 sociedade. Dividem-se em ORDINÁRIAS, são aquelas que dão direito a voto; PREFERENCIAIS, aquelas que conferem vantagem política ou patrimonial; e as DE GOZO OU FRUIÇÃO, que são meramente as ações emitidas para substituir outras amortizadas pela empresa. Desta feita, verifica-se que o direito de voto não está entre os direitos fundamentais dos acionistas, sendo comuns a todos eles apenas: Participar dos lucros, Participar do acervo da companhia, Fiscalizar os negócios, Preferência para subscrição de ações, Direito de retirada CONSTITUIÇÃO: a constituição da S.A. pode-se dar tanto por subscrição pública, quanto por subscrição particular. SUBSCRIÇÃO PARTICULAR SUBSCRIÇÃO PÚBLICA A subscrição particular ou constituição simultânea ocorrerá na hipótese em que todo o capital necessário já tiver sido obtido pelos próprios fundadores. Neste caso, será necessário reunir os fundadores em uma assembleia de fundadores (a ata desta assembleia deverá ser devidamente registrada na Junta Comercial) ou ainda proceder à subscrição por meio de uma escritura pública (art.88 da Lei 6.404/1976). A subscrição pública ou constituição sucessiva ocorrerá quando, para completar o montante do capital social, for necessária a captação de investimentos externos. Nesta situação, em primeiro lugar, é necessário um prévio registro de emissão na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que fará um estudo de viabilidade financeira do futuro empreendimento. Uma vez que a CVM tenha aprovado o projeto, a S.A. em formação deverá buscar a intermediação de uma instituição financeira para que suas ações sejam negociadas na Bolsa de Valores. As pessoas que se interessarem por essas ações saberão o que estão adquirindo, uma vez que as ações trarão o nome escolhido para a S.A., seguido da terminologia “em organização” (arts. 82 a 87 da Lei 6.404/1976). ÓRGÃOS DA S.A. ASSEMBLEIA GERAL: diz respeito ao poder decisório da companhia, podendo ser ordinária ou extraordinária. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: trata-se de um órgão de deliberação, possuindo poder de estipular a orientação geral dos negócios. Sua composição é de no mínimo três conselheiros, acionistas ou não, e que possuem mandato de três anos, permitida a recondução. Não é órgão obrigatório, EXCETO nas Companhias Abertas, nas Sociedades de Economia Mista e nas Sociedades de Capital Autorizado. DIRETORIA: trata-se do órgão de representação legal da companhia. Composta por no mínimo dois diretores, acionistas ou não, mas que devem ser domiciliados no país. São eleitos pelo Conselho de Administração. CONSELHO FISCAL: por derradeiro, é o órgão colegiado composto de três a cinco membros, que possui como finalidade controlar os demais órgãos da administração. COMO ESSA SOCIEDADE FOI COBRADA PELA FGV? 1. A respeito das diferenças existentes entre as sociedades anônimas abertas e fechadas, assinale a afirmativa correta. a) A companhia será aberta ou fechada conforme os valores mobiliários de sua emissão sejam admitidos ou não à negociação no mercado de bolsa ou de balcão. b) As companhias abertas poderão emitir partes beneficiárias, opções de compra de ações e bônus de subscrição. | 287 c) O estatuto social de uma companhia fechada nunca poderá impor limitações à circulação das ações ordinárias, mas poderá fazê-lo em relação às ações preferenciais. d) As ações ordinárias e preferenciais de uma companhia aberta poderão ser de uma ou mais classes. Resposta prevista no artigo 4º da Lei da S.A 2. Bernardino adquiriu de Lorena ações preferenciais escriturais da companhia Campos Logística S/A e recebeu do(a) advogado(a) orientação de como se dará a formalização da transferência da propriedade. A resposta do(a) advogado(a) é a de que a transferência das ações se opera a) pelo extrato a ser fornecido pela instituição custodiante, na qualidade de proprietária fiduciária das ações. b) pela inscrição do nome de Bernardino no livro de Registro de Ações Nominativas em poder da companhia. c) pelo lançamento efetuado pela instituição depositária em seus livros, a débito da conta de ações de Lorena e a crédito da conta de ações de Bernardino. d) por termo lavrado no livrode Transferência de Ações Nominativas, datado e assinado por Lorena e por Bernardino ou por seus legítimos representantes. Resposta prevista no artigo 35 da Lei da S.A 3. A respeito das debêntures, é correto afirmar que a) as debêntures da mesma série terão igual valor nominal e conferirão a seus titulares os mesmos direitos. b) o pagamento das debêntures sempre será estipulado em moeda nacional. c) a debênture não constitui valor mobiliário, sendo classificada tão somente como título de crédito. d) a companhia é obrigada a realizar a amortização das debêntures por meio de um único pagamento a seus titulares. Resposta prevista no parágrafo único do artigo 53 da Lei da S.A 4. Sobre os direitos dos acionistas, é correto afirmar que a) o direito de voto é garantido a todo acionista, independente da espécie ou classe de ações de que seja titular. b) os acionistas deverão receber dividendos obrigatórios em todos os exercícios sociais. c) o acionista terá direito de se retirar da companhia caso cláusula compromissória venha a ser introduzida no estatuto social. d) o acionista tem o direito de fiscalizar as atividades sociais e sendo titular de mais de 5% do capital poderá requerer judicialmente a exibição dos livros da companhia, caso haja suspeita de irregularidades dos administradores. Resposta prevista no artigo 109, III e artigo 105 ;) 4.1.8. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES – ART. 1.090 ss do CC Tratam-se também de sociedades personificadas e empresárias, e, conforme art. 1.090 do CC, a sociedade em comandita por ações tem o capital dividido em ações, regendo-se pelas normas relativas à sociedade anônima (arts. 280 a 284 da Lei 6.404/1976), e opera sob firma ou denominação. Conforme, 1.091 do CC, o acionista diretor responde ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. O nome empresarial é a firma ou nome do acionista diretor, seguido pelas palavras “comandita por ações”. A assembleia geral não pode, sem o consentimento dos diretores, mudar o objeto essencial da sociedade, prorrogar lhe o prazo de duração, aumentar ou diminuir o capital social, criar debêntures, ou partes beneficiárias. 4.1.9. SOCIEDADE COOPERATIVA – ART. 1.093 ss do CC Caracterizam-se como uma espécie diferente de sociedade, uma vez que não possuem a finalidade de lucro, mas tão somente auxílio aos seus cooperados. Além dos artigos dispostos no CC também é regida pela Lei 5764/71. Por suas características, bem como pelo que pontua o art. 982 do CC serão sempre consideradas sociedades simples. Importante ressaltar a questão da responsabilidade, que conforme art. 1.095 do CC: Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada ou ilimitada. § 1º É limitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde somente pelo valor de suas quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada a proporção de sua participação nas mesmas operações. | 288 § 2º É ilimitada a responsabilidade na cooperativa em que o sócio responde solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais. 5. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA Sabe-se que a função principal de se separar a figura da empresa, da figura de seus sócios – personalidade jurídica – é resguardar, principalmente, a questão patrimonial. Contudo, ocorrem situações em que é necessário afastar a personalidade da pessoa jurídica para atingir o patrimônio pessoal dos sócios que a compõe. Para a ocorrência da desconsideração da personalidade jurídica, existe no ordenamento jurídico atual duas teorias: TEORIA MAIOR: trazida pelo Código Civil, expressamente, no art. 50, o instituto da desconsideração da personalidade jurídica ocorrerá quando houver abuso de personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade e confusão patrimonial, que poderá ser obtida a requerimento da parte ou do MP e permitirá que em determinadas obrigações se atinjam os bens dos sócios. TEORIA MENOR: trazida pelo Código de Defesa do Consumidor, expressamente no art. 28, §5º, servirá para as hipóteses de credores trabalhistas, consumidores e reparação do meio ambiente, bastando o obstáculo ao pagamento. 6. MODIFICAÇÕES NAS ESTRUTURAS DAS SOCIEDADES A modificação nas estruturas das sociedades pode ocorrer de quatro maneiras distintas. A saber: pela transformação, pela incorporação, pela fusão ou ainda pela cisão. Vejamos a diferença entre elas: TRANSFORMAÇÃO INCORPORAÇÃO FUSÃO CISÃO Fundamento: arts. 1.113 a 1.115 do CC ou 220 da Lei das SA Trata-se da operação pela qual a sociedade passa de um tipo para outro, independente da liquidação ou dissolução. Exige-se a aprovação unânime dos sócios ou acionistas, salvo na retirada de acionista dissidente. É possível inclusive a transformação de empresário individual em sociedade e vice-versa (art. 968, §3.º e 1.033 do CC). Fundamento: arts. 1.116 a 1.118 do CC ou 227 da Lei das SA Configura-se como sendo a operação pela qual uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Fundamento: arts. 1.119 a 1.121 do CC ou 228 da Lei da SA Diz respeito à operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova, que lhes sucederá nas obrigações e direitos. Fundamento: art. 229 da Lei das SA Pode-se conceituar como sendo a operação pela qual a companhia transfere parcelas de seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para este fim, ou já existentes, extinguindo-se, assim, a companhia cindida (total) ou dividindo-se o seu capital (parcial). 7. TÍTULOS DE CRÉDITO É o documento abstrato e autônomo através do qual se representa um título líquido e certo, a ser cobrado nas condições e forma estipulado no próprio documento. Além da Teoria Geral disposta no CC sobre títulos de crédito, necessário também observar a Lei Uniforme de Genebra (LUG). Havendo contrariedade dos dispositivos (CC e LUG) sobre o mesmo assunto, a LUG, por ser lei específica, deverá ser observado primeiro, de acordo com o Princípio da Especialidade. ATENÇÃO! Tal conflito pode ser observado em dois casos: (i) RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE – no CC, conforme art. 914, diz que depende de cláusula expressa, contudo, a LUG diz que tão somente o fato de endossar torna o endossante corresponsável pelo pagamento, conforme art. 15; (ii) AVAL PARCIAL – o CC proíbe a existência de aval parcial, enquanto que a LUG não encontra óbices, permite de forma tranquila. Assim o mais acertado é considerar que, para títulos típicos NOTA PROMISSÓRIA, LETRA DE CÂMBIO, DUPLICATA E CHEQUE, prevalecerá a LUG, já para os atípicos, que não se enquadram nesses quatro, deverá ser observado primeiramente o CC. | 289 O que são títulos típicos e atípicos?? Os títulos típicos são aqueles que seguem uma lei específica, enquanto que os títulos atípicos são os que não seguem uma lei específica. REQUISITOS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO: Temos os requisitos essenciais e os não essenciais, como segue: ESSENCIAIS NÃO ESSENCIAIS - Partes capazes; - Objeto lícito; - Forma prescrita em lei; - Assinatura do emitente; - Data de emissão; - Especificação das obrigações. - Data de vencimento; - Local de emissão; - Local de pagamento. ATENÇÃO!! Majoritariamente entende-se que no momento da emissão o título até pode não conter todos os requisitos essenciais que poderão ser preenchidos posteriormente, porém, no momento da execução do título, TODOS os requisitos devem estar preenchidos. Assim diz a Súmula 387 do STF: “A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto”. COMO A FGV COBROU ESSE ASSUNTO: Luiz emitiu uma nota promissória em favor de
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