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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ (UESPI) CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM DISIPLINA: SAÚDE DO ADULTO E IDOSO II PROFESSORA: DRA. JANAÍNA ALVARENGA ARAGÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NAS ALTERAÇÕES DO SISTEMA GENITURINÁRIO: INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E CRONICA E PIELONEFRITE DARLANI NUNES GABRIELLE LUZ PICOS-PI 2021 SUMÁRIO 1. INSUFICIENCIA RENAL 2. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA/ LESÃO RENAL AGUDA 3. DOENÇA RENAL TERMINAL OU INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA 4. PIELONEFRITE 5. PIELONEFRITE AGUDA 6. PIELONEFRITE CRÔNICA 7. REFERÊNCIAS 1. INSUFICIENCIA RENAL O corpo humano saudável é composto de aproximadamente 60% de água. O equilíbrio hídrico é regulado pelos rins e resulta na formação de urina. A urina é formada nos néfrons por meio de um complexo processo em três etapas: a filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular (Figura 1). As diversas substâncias, normalmente filtradas pelo glomérulo, reabsorvidas pelos túbulos e excretadas na urina, incluem sódio, cloreto, bicarbonato, potássio, glicose, ureia, creatinina e ácido úrico. Figura 1 Fonte: Pinterest A insuficiência renal é a incapacidade dos rins de filtrar o sangue com o objetivo de eliminar substâncias que podem ser tóxicas para o organismo quando estão em grandes concentrações no sangue, como ureia e creatinina, por exemplo. A alteração no funcionamento dos rins pode acontecer devido à desidratação, sepse ou lesão nos rins devido à presença de pedras nesses órgãos. De forma geral, a insuficiência renal pode ser classificada em duas de acordo com a velocidade com que há perda no funcionamento do órgão e início dos sintomas: • Insuficiência renal aguda, em que há uma rápida redução da função renal; • Insuficiência renal crônica, em que há perda gradual da função dos rins, levando ao surgimento de sintomas progressivos. Geralmente, a insuficiência renal aguda tem cura, porém a insuficiência renal crônica nem sempre tem cura e o tratamento normalmente é feito por meio de algum tipo de dialise ou transplante de rim para melhorar a qualidade de vida do paciente e promover o bem-estar. 2. INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA/ LESÃO RENAL AGUDA O termo lesão renal agudo substituiu o termo insuficiência renal aguda, visto que ele descreve melhor esta síndrome em clientes, não apenas os que necessitam de terapia de substituição renal, mas também aqueles que apresentam alterações menores da função renal. A lesão renal aguda (LRA) se refere a uma rápida perda da função renal, devido à lesão dos rins. Um critério amplamente aceito para a LRA consiste em uma elevação de 50% ou mais da creatinina sérica acima de seu valor de referência (o nível normal de creatinina é inferior a 1 mg/dℓ) (Dirkes, 2011). O volume urinário pode estar normal, ou podem se observar alterações. As possíveis alterações consistem em oligúria (menos que 500 mL/dia), não oligúria (superior a 800 mℓ/dia) ou anúria (inferior a 50 mℓ/dia) (Yaklin, 2011). 2.1. FISIOPATOLOGIA: Embora a patogenia da LRA e da oligúria nem sempre seja conhecida, existe muitas vezes uma causa subjacente específica. Alguns dos fatores podem ser reversíveis se forem identificados e tratados imediatamente, antes que haja comprometimento da função renal. Isso é verdadeiro para as seguintes condições, que reduzem o fluxo sanguíneo para os rins e comprometem a função renal: (1) hipovolemia; (2) hipotensão; (3) redução do débito cardíaco e insuficiência cardíaca; (4) obstrução do rim ou da via urinária inferior por tumor, coágulo sanguíneo ou cálculo renal; e (5) obstrução bilateral das artérias ou veias renais. Se estas condições forem tratadas e corrigidas antes que ocorra lesão permanente dos rins, os níveis elevados de ureia e de creatinina, a oligúria e outros sinais podem ser revertidos 2.2. CLASSIFICAÇÕES DA LESÃO RENAL AGUDA: Os critérios de classificação para a LRA incluem avaliação de três graus de gravidade e duas classificações a nível de resultados. O sistema de cinco pontos é conhecido como sistema de classificação RIFLE (figura 2). RIFLE se refere ao risco, lesão, falência, perda e doença renal terminal (também chamada de insuficiência renal crônica). O risco, a lesão e a falência são consideradas graus de gravidade da LRA, enquanto a perda e a DRT são consideradas resultados de perda, exigindo alguma forma de terapia de substituição renal, pelo menos temporariamente. 2.3. ETIOLOGIA DA LESÃO RENAL AGUDA As principais causas de LRA podem ser classificadas em: • Pré-renal (hipoperfusão do rim), • Intrarrenal (lesão efetiva do tecido renal) e • Pós-renal (obstrução do fluxo de urina). Fonte: BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgica Figura 2 A LRA pré-renal, que ocorre em 60 a 70% dos casos, resulta do comprometimento do fluxo sanguíneo, levando à hipoperfusão do rim comumente causada por depleção de volume (queimaduras, hemorragia, perdas gastrintestinais - vômitos, diarreia, aspiração nasogástrica), hipotensão (sepse, choque), desidratação grave e estenose da artéria renal, levando finalmente à uma diminuição da TFG (Yaklin, 2011). Problemas que afetam o fluxo de sangue antes que ele chegue aos rins. É a causa mais comum, com 60 a 70% dos casos. Ambos os rins precisam ser afetados, pois um rim é suficiente para manter função renal normal. A LRA intrarrenal inclui doenças ou lesões renais intrínsecas. As doenças podem envolver vasos sanguíneos, glomérulos, túbulos ou interstício. As causas mais comuns de ocorrer LRA intrarrenal são: • Necrose tubular aguda: é quando ocorre lesão dos túbulos renais, constitui o tipo mais comum de LRA intrínseca • Processos infecciosos: como Pielonefrite aguda (infecção dos rins) e Glomerulonefrite aguda (inflamação dos capilares glomerulares, devido alguma infecção) • Agentes nefrotóxicos: como antibióticos aminoglicosídios (gentamicina, tobramicina) A LRA pós-renal geralmente resulta de obstrução distal ao rim por determinadas condições, como cálculos renais, estenoses, coágulos sanguíneos, hipertrofia prostática benigna, neoplasias malignas e gravidez. 2.4. FASES DA LESÃO RENAL AGUDA Existem quatro fases da LRA: início, oligúria, diurese e recuperação. • O início começa com a agressão inicial e termina quando há desenvolvimento de oligúria • O período da oligúria é acompanhado de aumento na concentração sérica de substâncias geralmente excretadas pelos rins (ureia, creatinina, ácido úrico, ácidos orgânicos e cátions intracelulares [potássio e magnésio]). A quantidade https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-tubulointersticiais/necrose-tubular-aguda-nta mínima de urina necessária para livrar o organismo dos produtos de degradação metabólicos normal é de 400 mℓ. Nessa fase, os sintomas urêmicos são os primeiros a aparecer, e observa-se o desenvolvimento de condições potencialmente fatais, como hiperpotassemia. • O período de diurese é marcado por um aumento gradual do débito urinário, indicando que a filtração glomerular começou a se recuperar. Os valores laboratoriais se estabilizam e, por fim, diminuem. Embora o volume do débito urinário possa alcançar níveis normais ou elevados, a função renal ainda pode estar acentuadamente anormal. Como os sintomas urêmicos ainda podem estar presentes, continua tendo necessidade de manejo clínico e de enfermagem. O cliente precisa ser observado rigorosamente quanto à ocorrência de desidratação durante esta fase; caso ocorra, é provável que haja aumento dos sintomas urêmicos • O período de recuperação sinaliza a melhora da função renal e pode levar de 3 a 12 meses. Os valores laboratoriais retornam aonível normal do cliente. Embora possa ocorrer uma redução permanente de 1 a 3% na TFG, ela não é clinicamente significativa (Ali & GrayVickrey, 2011). 2.5. SINTOMAS DE INSUFICIÊNCIA RENAL Os sintomas de insuficiência renal surgem à medida que há diminuição da capacidade de filtração dos rins, sendo os principais: • Oliguria - Diminuição da produção de urina; • Urina com cor amarela escura e com cheiro forte e espuma; • Fadiga - Cansaço frequente; • Sonolência • Sensação de falta de ar; • Dor na parte inferior das costas; • Retenção de líquidos, causando inchaço nas pernas (edema periférico) • Pressão alta; • Febre superior a 39ºC; • Falta de apetite; • Náuseas e vômitos; • Cãibras frequentes; • Tremor, principalmente nas mãos; • Formigamento nas mãos e nos pés; Ao observar estes sintomas é aconselhado que a pessoa consulte o nefrologista ou clínico geral para que seja feita uma avaliação dos sintomas e possam ser solicitados exames que ajudem a avaliar o funcionamento do rim e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado. 2.6. DIAGNÓSTICO O diagnóstico da insuficiência renal é feito por meio de exames de sangue, como dosagem de creatinina, ureia, sódio e potássio, e exames de urina com o objetivo de identificar a presença de proteínas na urina, o que é indicativo de alteração no funcionamento dos rins. Além disso, o médico pode indicar a realização de exames de imagem, como ultrassom, ressonância magnética ou tomografia computadorizada para a gravidade da alteração. Nos casos mais graves, principalmente na insuficiência renal crônica pode ser necessário realizar transplante de rim ou fazer algum tipo de diálise. Além disso, durante o tratamento para insuficiência renal, é importante que a pessoa siga uma alimentação indicada pelo nutricionista, que deve ser dieta rica em carboidratos e pobre em proteínas, sal e potássio, pois assim é possível prevenir a sobrecarga no rim. 2.7. CONSIDERAÇÕES GERONTOLÓGICAS Cerca de 50% de todos os clientes que desenvolvem LRA durante a hospitalização têm mais de 60 anos de idade. A etiologia da LRA em adultos idosos inclui causas pré-renais, como desidratação; causas intrarrenais, como agentes nefrotóxicos (p. ex., medicamentos, agentes de contraste) ; e complicações de cirurgia de grande porte (Dirkes, 2011). A supressão da sede, o repouso forçado no leito, a falta de acesso à água potável e a confusão contribuem para a incapacidade do cliente idoso de consumir líquidos adequados, o que pode levar à desidratação, comprometendo ainda mais a função renal já diminuída. 2.8. MANEJO CLÍNICO Os rins têm uma notável capacidade de se recuperar de agressões. O tratamento da LRA tem por objetivo restaurar o equilíbrio químico normal e evitar complicações até que possam ocorrer reparo do tecido renal e restauração da função renal. O manejo consiste em eliminar a causa subjacente; manter o equilíbrio hídrico; evitar o excesso de líquidos; e, quando indicado, instituir uma terapia de substituição renal A diálise pode ser iniciada para evitar as complicações da LRA, como hiperpotassemia, acidose metabólica, pericardite e edema pulmonar. A diálise corrige muitas anormalidades bioquímicas; possibilita a liberalização do aporte de líquidos, proteínas e sódio; diminui as tendências hemorrágicas; e promove a cicatrização das feridas. Pode-se realizar: A hemodiálise (procedimento que faz o sangue do cliente circular através de um rim artificial [dialisador], para remover os produtos de degradação e o excesso de líquidos); A diálise peritoneal (DP; procedimento que utiliza a membrana peritoneal do cliente [o revestimento da cavidade peritoneal] como membrana semipermeável para a troca de líquidos e solutos), ou uma; Variedade de terapias de substituição renal contínua (TSRC) (métodos empregados para substituir a função renal normal por meio da circulação do sangue do cliente através de um hemofiltro) 2.9. MANEJO DE ENFERMAGEM A enfermeira desempenha um importante papel no cuidado do cliente com LRA. A enfermeira monitora as complicações, particularmente no manejo de emergência dos desequilíbrios hidreletrolíticos, avalia a evolução e a resposta do cliente ao tratamento e proporciona apoio tanto físico quanto emocional. Além disso, a enfermeira mantém os familiares informados a respeito da condição do cliente, ajuda-os a compreender os manejos e fornece apoio psicológico. Embora o desenvolvimento de LRA possa constituir o problema mais grave, a enfermeira continua fornecendo o cuidado de enfermagem indicado para o distúrbio primário (p. ex., queimaduras, choque, traumatismo, obstrução do sistema urinário). 1. Monitoramento do equilíbrio hidreletrolítico Devido aos graves desequilíbrios hidreletrolíticos que podem ocorrer na LRA, a enfermeira monitora os níveis séricos de eletrólitos do cliente e os indicadores físicos destas complicações durante todas as fases do distúrbio. As soluções intravenosas precisam ser cuidadosamente selecionadas, com base no estado hidreletrolítico do cliente. A função cardíaca e o estado musculoesquelético do cliente são rigorosamente monitorados à procura de sinais de hiperpotassemia. Alerta de enfermagem: A hiperpotassemia constitui o distúrbio potencialmente fatal mais imediato observado na LRA. Os líquidos parenterais, toda ingestão e todos os medicamentos são cuidadosamente rastreados para garantir que quaisquer fontes de potássio não sejam inadvertidamente administradas ou consumidas. A enfermeira monitora o estado hídrico, dispensando uma atenção cuidadosa para o aporte de líquidos (os medicamentos intravenosos devem ser administrados com o menor volume possível), para o débito urinário, a presença de edema aparente, a ocorrência de distensão das veias jugulares, alterações nas bulhas cardíacas e sons respiratórios e dificuldade crescente na respiração. A pesagem diária acurada e os registros do equilíbrio hídrico são essenciais. Os indicadores de deterioração do estado hidreletrolítico são relatados imediatamente ao médico, e o cliente é preparado para manejo de emergência. Os distúrbios hidreletrolíticos graves podem ser tratados com hemodiálise, DP e TSRC 2. Redução da taxa metabólica A enfermeira toma as providências necessárias para reduzir a taxa metabólica do cliente. O repouso no leito pode ser indicado para diminuir o esforço e a taxa metabólica durante o estágio mais avançado do distúrbio. A febre e a infecção, que aumentam a taxa metabólica e o catabolismo, são evitadas ou tratadas imediatamente. 3. Promoção da função pulmonar Deve-se promover uma atenção para a função pulmonar, e o cliente é auxiliado a mudar de decúbito, tossir e realizar respirações profundas com frequência, a fim de evitar o desenvolvimento de atelectasia e infecção da via respiratória. A sonolência e a letargia podem impedir que o cliente se mova ou mude de decúbito sem incentivo e assistência. 4. Prevenção da infecção A assepsia é essencial com linhas invasivas e cateteres, a fim de minimizar o risco de infecção e de aumento do metabolismo. Evita-se o uso de cateter urinário de demora, sempre que possível, devido ao elevado risco de ITU associado a seu uso; todavia, pode ser necessário para fornecer dados contínuos para o monitoramento do equilíbrio hídrico. 5. Prestação do cuidado cutâneo A pele pode ser seca ou suscetível à ruptura em consequência do edema; por conseguinte, é importante efetuar um cuidado meticuloso da pele. Além disso, a escoriação e o prurido da pele podem resultar do depósito de toxinas irritantes nos tecidos do cliente. Banhar o cliente com água fria, efetuar mudanças frequentes de decúbito e manter a pele limpa e bem umidificada e as unhas das mãos cortadas para evitar a escoriação constituem, com frequência, medidas de conforto queevitam a solução de continuidade da pele. 6. Prestação de apoio psicossocial O cliente com LRA pode necessitar de manejo com hemodiálise, DP ou TSRC. A duração necessária destes tratamentos varia de acordo com a etiologia e a extensão da lesão dos rins. O cliente e a sua família necessitam de assistência, explicações e apoio durante esse período. Sua finalidade é explicada ao cliente e à sua família pelo médico. Entretanto, os altos níveis de ansiedade e medo podem exigir explicações repetidas e esclarecimentos pela enfermeira. A princípio, os familiares podem ter medo de tocar o cliente e de conversar com ele durante esses procedimentos, mas devem ser incentivados e ajudados a fazê-lo. Em um ambiente de terapia intensiva, muitas das funções da enfermeira destinam-se aos aspectos técnicos do cuidado do cliente; todavia, é essencial que as necessidades psicológicas e outras preocupações do cliente e da família sejam consideradas. É essencial efetuar uma avaliação continuada do cliente à procura de complicações da LRA e de causas precipitantes 3. DOENÇA RENAL TERMINAL OU INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Quando um cliente apresenta lesão renal sustentada o suficiente para exigir terapia de substituição renal em uma base permanente, isso significa que ele passou para o quinto estágio ou estágio final da DRC, também denominada DRT ou insuficiência renal crônica 3.1. FISIOPATOLOGIA À medida que a função renal declina, os produtos finais do metabolismo das proteínas (normalmente excretados na urina) se acumulam no sangue. Há desenvolvimento de uremia, que afeta adversamente todos os sistemas do organismo. Quanto maior o acúmulo de produtos de degradação, mais pronunciados os sintomas. A velocidade de declínio da função renal e da progressão da DRT está relacionada com o distúrbio subjacente, a excreção urinária de proteína e a presença de hipertensão. A doença tende a progredir mais rapidamente nos clientes que excretam quantidades significativas de proteína ou que apresentam hipertensão, em comparação com aqueles sem essas condições 3.2. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Como praticamente todos os sistemas orgânicos estão acometidos na DRT, os clientes apresentam diversos sinais e sintomas. A gravidade desses sinais e sintomas depende, em parte, do grau de comprometimento renal, de outras condições subjacentes e da idade do cliente. A doença cardiovascular constitui a causa predominante de morte em clientes com DRT. Estar alerta para os seguintes sinais e sintomas: Neurológicos • Fraqueza e fadiga • Confusão • Incapacidade de concentração • Desorientação • Tremores • Convulsões • Inquietação das pernas • Sensação de queimação nas plantas dos pés • Alterações do comportamento Tegumentares • Pele de coloração cinza-bronzeada • Pele seca e escamosa • Prurido • Unhas finas e quebradiças • Pelos ásperos e finos Cardiovasculares • Hipertensão • Edema depressível (pés, mãos, sacro) • Edema periorbital • Ingurgitamento das veias do pescoço • Derrame pericárdico • Hiperpotassemia Pulmonares • Estertores • Escarro espesso e viscoso • Dispneia • Taquipneia • Respirações do tipo Kussmaul Gastrintestinais • Odor de amônia no hálito(“fedor urêmico”) • Gosto metálico • Ulcerações e sangramento da boca • Anorexia, náuseas e vômitos • Soluços • Constipação intestinal ou diarreia • Sangramento da via gastrintestinal Hematológicos • Anemia Reprodutivos • Amenorreia • Atrofia testicular • Infertilidade • Diminuição da libido Musculoesqueléticos • Cãibras musculares • Perda da força muscular • Dor óssea 3.3. AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS ➢ Taxa de filtração glomerular À medida que a TFG diminui (devido ao não funcionamento dos glomérulos), a depuração da creatinina também diminui, enquanto ocorre elevação dos níveis séricos de creatinina e ureia. A creatinina sérica constitui um indicador mais sensível da função renal do que a ureia. Esta é afetada não apenas pela doença renal, mas também pelo aporte de proteína na dieta, pelo catabolismo (degradação tecidual e eritrocitária), nutrição parenteral e determinados medicamentos, como os corticosteroides. ➢ Retenção de sódio e de água Os rins são incapazes de concentrar ou diluir normalmente a urina na DRT. Por conseguinte, não ocorrem respostas apropriadas do rim às alterações no aporte diário de água e eletrólitos. Alguns clientes retêm sódio e água, aumentando o risco de edema, insuficiência cardíaca e hipertensão. Outros clientes têm tendência a perder sódio e correm risco de desenvolver hipotensão e hipovolemia. Os vômitos e a diarreia podem causar depleção de sódio e de água, o que agrava o estado urêmico. ➢ Acidose Ocorre acidose metabólica na DRT, visto que os rins são incapazes de excretar cargas aumentadas de ácido. ➢ Anemia Ocorre anemia em consequência da produção inadequada de eritropoetina, da redução do tempo de sobrevida dos eritrócitos, de deficiências nutricionais e da tendência do cliente à hemorragia, particularmente do trato GI. A eritropoetina, uma substância normalmente produzida pelos rins, estimula a medula óssea a produzir eritrócitos (Murphy, Bennett, e Jenkins, 2010). Na DRT, a produção de eritropoetina diminui e, em consequência, ocorre anemia profunda, produzindo fadiga, angina e dispneia. ➢ Desequilíbrio do cálcio e do fósforo Outra anormalidade observada na DRT consiste em um distúrbio no metabolismo do cálcio e do fósforo. Os níveis séricos de cálcio e de fosfato exibem uma relação recíproca no organismo: à medida que um deles aumenta, o outro diminui. Na presença de diminuição da filtração por meio do glomérulo do rim, ocorre aumento nos níveis séricos de fosfato e diminuição recíproca ou correspondente nos níveis séricos de cálcio. O nível sérico diminuído de cálcio provoca secreção elevada de paratormônio pelas glândulas paratireoides. Todavia, na insuficiência renal, o organismo não responde normalmente à secreção elevada de paratormônio; em consequência, o cálcio deixa o osso, produzindo frequentemente alterações do osso e doença óssea, bem como calcificação dos principais vasos sanguíneos no corpo. 3.4. COMPLICAÇÕES As complicações potenciais da DRT, que exigem uma abordagem interdependente dos cuidados, incluem as seguintes: a. Hiperpotassemia, devido à excreção diminuída, acidose metabólica, catabolismo e aporte excessivo (dieta, medicamentos, líquidos) b. Pericardite, derrame pericárdico e tamponamento pericárdico, devido à retenção dos produtos de degradação urêmicos e diálise inadequada c. Hipertensão, em consequência da retenção de sódio e de água e da disfunção do sistema de renina angiotensina aldosterona d. Anemia, devido à produção diminuída de eritropoetina, redução do tempo de sobrevida dos eritrócitos, sangramento do trato GI, devido a toxinas irritantes e formação de úlceras e perda de sangue durante a hemodiálise e. Doença óssea e calcificações metastáticas e vasculares, devido à retenção de fósforo, níveis séricos baixos de cálcio, metabolismo anormal da vitamina D e níveis elevados de alumínio. 3.5. MANEJO CLÍNICO O objetivo do manejo consiste em manter a função renal e a homeostasia pelo maior tempo possível. Todos os fatores que contribuem para a DRT e todos os fatores que são reversíveis (p. ex., obstrução) são identificados e tratados. O manejo é realizado principalmente com medicamentos e dieta, embora a diálise também possa ser necessária para diminuir o nível de produtos de degradação urêmica no sangue e para controlar o equilíbrio eletrolítico. O cliente com sintomas crescentes de insuficiência renal é encaminhado, precocemente, para o centro de diálise e de transplante, no curso da doença renal progressiva. Em geral,a diálise é iniciada quando o cliente é incapaz de manter um estilo de vida razoável como manejo conservador. 3.6. MANEJO DE ENFERMAGEM O cliente com DRT necessita de cuidado de enfermagem experiente para evitar as complicações da função renal reduzida e os estresses e a ansiedade de lidar com uma doença potencialmente fatal. O cuidado de enfermagem é direcionado para avaliar o estado hídrico e para identificar fontes potenciais de desequilíbrio, implementar um programa nutricional, a fim de assegurar um aporte nutricional apropriado que esteja nos limites do esquema de tratamento, e promover sentimentos positivos, incentivando o cliente a ter maior autocuidado e maior independência. É de suma importância fornecer explicações e informações ao cliente e à sua família sobre a DRT, as opções de tratamento e as complicações potenciais. O cliente e a sua família necessitam de muito apoio emocional, devido às numerosas mudanças experimentadas. Algumas intervenções de enfermagem • Avaliar o estado hídrico (pesagem diária, turgor da pele e presença de edema) • Avaliar o estado nutricional (pesagem diaria, incentivar lanches ricos em calorias e com baixo conteúdo de proteína, sódio e potássio entre as refeições) • Fornecer informações verbais e por escrito, quando apropriado, sobre os seguintes itens: (Função e insuficiência renais; restrições de líquidos e alimentos; medicamentos; problemas, sinais e sintomas passiveis de relatar; agendamento para o acompanhamento; recursos comunitários e opções de tratamento) • Monitorar os níveis séricos de potássio. • Avaliar o cliente quanto à ocorrência de fraqueza muscular, diarreia, alterações do eletrocardiograma (ECG), • Avaliar o cliente quanto à ocorrência de febre, dor torácica e atrito pericárdico (sinais de pericardite); quando presentes, notificar o médico. • Monitorar e registrar a pressão arterial, quando indicado e administrar medicamentos anti-hipertensivos, conforme prescrição. • Monitorar a contagem de eritrócitos e os níveis de hemoglobina e do hematócrito, quando indicado. 3.7. CONSIDERAÇÕES GERONTOLÓGICAS O diabetes melito, a hipertensão, a glomerulonefrite crônica, a nefrite intersticial e a obstrução da via urinária estão entre as causas de DRT nos indivíduos idosos. Os sinais e os sintomas de doença renal no indivíduo idoso são frequentemente inespecíficos. A ocorrência de sintomas de outros distúrbios (insuficiência cardíaca, demência) pode mascarar os sintomas da doença renal e retardar ou impedir o diagnóstico e o tratamento. A hemodiálise e a DP são usadas efetivamente no manejo de clientes idosos com DRT 3.8. TERAPIAS DE SUBSTITUIÇÃO RENAL O uso das terapias de substituição renal se torna necessário quando os rins não são mais capazes de remover produtos de degradação, de manter os eletrólitos e de regular o equilíbrio hídrico. Este estado pode ocorrer rapidamente ou se estender por um longo período de tempo, e a necessidade de terapia de substituição pode ser aguda (a curto prazo) ou crônica (a longo prazo). As principais terapias de substituição renal incluem os vários tipos de diálise e o transplante renal. ➢ Diálise Os tipos de diálise incluem a hemodiálise, a DP e a TSRC A diálise aguda ou urgente é indicada quando existem níveis altos e crescentes de potássio sérico, sobrecarga hídrica ou edema pulmonar iminente; acidose crescente; pericardite; e uremia avançada (Porth & Matfin, 2009). Pode ser também utilizada para remover determinados medicamentos ou toxinas (envenenamento ou superdosagem de medicamentos) do sangue ou para o edema que não responde a outro tratamento, coma hepático, hipopotassemia, hipercalcemia, hipertensão e uremia. A diálise crônica ou de manutenção é indicada na DRC avançada e na DRT nas seguintes circunstâncias: presença de sinais e sintomas urêmicos que afetam todos os sistemas orgânicos (náuseas, vômitos, anorexia grave, letargia crescente, confusão mental), hiperpotassemia, sobrecarga hídrica, que não responde aos diuréticos e à restrição hídrica, e falta generalizada de bem-estar. A decisão de iniciar a diálise só deve ser tomada após uma discussão detalhada entre o cliente, a família, o médico e outros membros da equipe de saúde. A enfermeira pode ajudar o cliente e a família ao responder às suas perguntas, esclarecendo as informações fornecidas e apoiando suas decisões. O transplante renal bem sucedido elimina a necessidade de diálise. Observa-se uma acentuada melhora não apenas na qualidade de vida dos clientes com DRT que se submetem ao transplante, mas também na função fisiológica. Os clientes que se submetem a transplante renal de doadores vivos, antes que a diálise seja iniciada, em geral apresentam uma sobrevida mais longa do rim transplantado do que aqueles que recebem transplante após o início do manejo com diálise (Serur & Charlton, 2011) • Hemodiálise: Diálise realizada por meio da filtração do sangue. O sangue é retirado pouco a pouco do organismo através de uma agulha especial para punção de fístula arteriovenosa (ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a intenção de tornar a veia mais grossa e resistente, para que as punções com as agulhas de hemodiálise possam ocorrer sem complicações. A cirurgia é feita por um cirurgião vascular e com anestesia local) ou cateter (tubo) localizado numa veia central do pescoço, bombeado por uma máquina e passa por um filtro onde vão ser retiradas as toxinas e a água que estão em excesso no organismo. Depois de “limpo”, o sangue volta para o corpo através da fístula ou do cateter (Figura 3). Figura 3 Fonte: Pinterest A hemodiálise é utilizada em clientes que estão extremamente doentes e que necessitam de diálise a curto prazo, durante alguns dias a semanas, até a recuperação da função renal, bem como em clientes com DRC avançada e DRT, que necessitam de terapia de substituição renal a longo prazo ou permanente. A hemodiálise evita a morte, porém não cura a doença renal, nem compensa a perda das atividades endócrinas ou metabólicas dos rins. Mais de 90% dos clientes que necessitam de terapia de substituição renal a longo prazo se submetem a hemodiálise crônica (USRDS, 2011). A maioria dos clientes recebe hemodiálise intermitente, que consiste em tratamentos 3 vezes/semana, com duração média entre 3 a 5 h em um ambiente ambulatorial. A hemodiálise também pode ser realizada em casa pelo cliente e por um cuidador familiar. Com a diálise domiciliar, o tempo de manejo e a sua frequência podem ser ajustados para suprir as necessidades ideais do cliente. • Diálise peritoneal - DP Diálise realizada através de uma membrana (fina camada de tecido) chamada peritônio. O peritônio está localizado dentro da barriga e reveste todos os órgãos dentro dela. Ele deixa passar, através de seus pequenos furos, as toxinas e a água que estão em excesso no organismo. A diálise peritoneal é feita com a colocação de um líquido extremamente limpo dentro da barriga através de um cateter. O líquido deve permanecer dentro da barriga por um período determinado pelo médico e, quando ele for retirado, vai trazer junto com ele as toxinas e o excesso de água e sais minerais. Esta diálise é feita em casa, após o treinamento do paciente e de seus familiares. • Terapias de substituição renal contínua - TSRC As TSRC podem ser indicadas para clientes com insuficiência renal aguda ou crônica, que estão clinicamente muito instáveis para a realização de hemodiálise tradicional, para clientes com sobrecarga hídrica secundária à insuficiência renal oligúrica (débito urinário baixo), e para clientes cujos rins são incapazes de atender às necessidades metabólicas ou nutricionais extremamente altas. Algumas formas de TSRC podem não exigir máquinas de diálise nem pessoal dediálise para executar os procedimentos e podem ser iniciadas rapidamente. Dispõe-se de vários tipos de TSRC, que são amplamente utilizados em unidades de terapia intensiva. Os métodos são semelhantes, na medida em que exigem um acesso à circulação e à passagem do sangue através de um filtro artificial. Em todos os tipos, utiliza-se um hemofiltro (um filtro extremamente poroso para sangue, que contém uma membrana semipermeável) 4. PIELONEFRITE A pielonefrite é uma infecção bacteriana da pelve renal, dos túbulos e do tecido intersticial de um ou de ambos os rins. As causas envolvem a disseminação ascendente de bactérias a partir da bexiga ou a disseminação de fontes sistêmicas, alcançando o rim por meio da corrente sanguínea. As bactérias patogênicas de uma infecção vesical podem ascender no rim, resultando em pielonefrite. Uma válvula ureterovesical incompetente ou obstrução no sistema urinário aumentam a suscetibilidade dos rins à infecção, visto que a estase da urina proporciona um meio propício para o crescimento de bactérias. Os tumores de bexiga ou de próstata, as estenoses, a hiperplasia prostática benigna e os cálculos urinários constituem algumas causas potenciais de obstrução que podem levar a infecções. As infecções sistêmicas (como a tuberculose) podem disseminar-se para os rins e resultar em abscessos. A pielonefrite pode ser aguda ou crônica. 5. PIELONEFRITE AGUDA Em geral, a pielonefrite aguda leva ao aumento dos rins, com infiltrações intersticiais de células inflamatórias (Lane & Takhar, 2011). Pode-se observar a formação de abscessos na cápsula renal ou no seu interior, bem como na junção corticomedular. Por fim, podem ocorrer atrofia e destruição dos túbulos e dos glomérulos. 5.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS O cliente com pielonefrite aguda apresenta calafrios, febre, leucocitose, bacteriúria e piúria. Os achados comuns consistem em dor lombar, dor no flanco, náuseas, vômitos, cefaleia, mal-estar e micção dolorosa. 5.2. AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS A ultrassonografia ou a TC podem ser realizadas para localizar qualquer obstrução no sistema urinário. O alívio da obstrução é essencial para evitar as complicações e a lesão renal eventual. 5.3. MANEJO CLÍNICO Os clientes com pielonefrite agudam não complicada são tratados mais frequentemente de modo ambulatorial se não tiverem sinais/sintomas agudos de sepse, desidratação, náuseas ou vômitos. Além disso, devem ser responsáveis e confiáveis para assegurar que todos os medicamentos serão tomados conforme prescrição. Para clientes ambulatoriais, recomenda-se um ciclo de 2 semanas de antibióticos, visto que a doença do parênquima renal é mais difícil de erradicar do que as infecções da mucosa vesical. As gestantes podem ser hospitalizadas durante 2 ou 3 dias para antibioticoterapia parenteral (Colgan et al., 2011). Podem ser prescritos antibióticos orais quando a cliente estiver sem febre e apresentar melhora clínica. Após o tratamento da pielonefrite aguda, o cliente pode desenvolver infecção crônica ou recorrente assintomática, que persiste por vários meses ou anos. Após o esquema antibiótico inicial, o cliente pode necessitar de antibioticoterapia por até 6 semanas se ocorrer uma recidiva. Obtém-se uma cultura de urina de acompanhamento 2 semanas após o término da antibioticoterapia, a fim de documentar a eliminação da infecção. A hidratação com soluções orais ou parenterais é essencial para todos os clientes com infecção urinária quando a função renal é adequada. A hidratação ajuda a facilitar a “lavagem” do sistema urinário e reduz a dor e o desconforto. 6. PIELONEFRITE CRÔNICA Os episódios repetidos de pielonefrite aguda podem levar à pielonefrite crônica. Quando a pielonefrite se torna crônica, os rins desenvolvem fibrose, sofrem contração e perdem o seu funcionamento. A pielonefrite crônica constitui uma causa de doença renal crônica, que pode levar à necessidade de terapias de substituição renal, como transplante ou diálise. 6.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Em geral, o cliente com pielonefrite crônica não apresenta sinais/sintomas de infecção, a não ser que ocorra uma exacerbação aguda. Os sinais e sintomas perceptíveis podem incluir fadiga, cefaleia, apetite diminuído, poliúria, sede excessiva e perda de peso. A infecção persistente e recorrente pode produzir fibrose progressiva do rim, resultando em insuficiência renal. 6.2. AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS A extensão da doença é avaliada por meio de urografia excretora e pelas determinações da depuração da creatinina e dos níveis séricos de ureia e creatinina. 6.3. COMPLICAÇÕES As complicações da pielonefrite crônica consistem em doença renal em estágio terminal (em consequência da perda progressiva de néfrons secundária à inflamação crônica e fibrose), hipertensão arterial e formação de cálculos renais (devido à infecção crônica por microrganismos degradadores da ureia). 6.4. MANEJO CLÍNICO As bactérias, quando detectadas na urina, são erradicadas, se possível. O uso prolongado de terapia antimicrobiana profilática pode ajudar a limitar a recidiva das infecções e a cicatrização renal. O comprometimento da função renal modifica a excreção dos agentes antimicrobianos e exige cuidado monitoramento da função renal, particularmente quando os medicamentos são potencialmente tóxicos para os rins. 6.5. MANEJO DE ENFERMAGEM O cliente pode necessitar de hospitalização, ou pode ser tratado de modo ambulatorial. Se houver necessidade de hospitalização, o equilíbrio hídrico é cuidadosamente medido e registrado. A menos que haja contraindicações, o cliente é incentivado a consumir 3 a 4 ℓ de líquido por dia para diluir a urina, diminuir a sensação de ardência durante a micção e evitar a desidratação. A enfermeira afere a temperatura do cliente a cada 4 h e administra antitérmicos e antibióticos, conforme prescrição. Com frequência, os clientes sintomáticos ficam mais confortáveis com repouso no leito. As orientações ao cliente focalizam a prevenção adicional de infecção por meio de consumo de líquidos adequados, esvaziamento regular da bexiga e realização da higiene perineal recomendada. Ressalta-se a importância de ingerir os medicamentos antimicrobianos exatamente conforme prescrito, assim como a necessidade de manter as consultas de acompanhamento. 7. REFERÊNCIAS BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 13ed. Volume II. Parte 12: Função Renal e Urinária (p. 1504-1608).