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Apostila Alfa 2019-3(1)

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Prévia do material em texto

Curso de Primeiros Socorros 
Projeto Alfa Rio Branco 
 
Amanda Capeloto Mastro 
 
Andressa Milena dos Santos Rocha 
 
Bryan de Sousa Dorea 
 
Diego Tonin Santos 
 
Fabrícia Fernanda Barros Cruz 
 
Gil Kléber Leão da Cruz 
 
Gustavo Henrique Schneider 
 
Ícaro Henrique Mageste da Mota Bastos 
 
Ingrede Brícia Leal Barros Feitosa 
 
Isabella Cordeiro Furtado 
 
Isabella Sartori Ribeiro 
Juliana Carioca Aguiar Persegona 
 
Kelvyn Lucas Costa Albuquerque 
 
Larissa Rodrigues Moura 
 
Leonardo José de Souza Junior 
 
Leonardo José Tomaz da Silva 
 
Lívia Sanglard Batista 
 
Mariana Delgado Bonfim 
 
Natália Froeder Barroso 
 
Natanael da Silva Nascimento 
 
Otávio Augusto Gurgel Garcia 
 
Pedro Victor Oliveira Araújo 
Ranieli da Luz Nogueira de Toledo 
 
Ruan Cleuson Menezes Da Costa 
 
Rubens De Cássio Reis Marques 
 
Sílvia Aparecida da Silva 
 
Thales Pizano Santiago 
 
Tito Trevisan 
 
Viktor Dias Magalhães 
 
Vítor Bruno Miranda Neto 
 
Wagner Felipe Diniz Ribeiro 
 
William Ferreira de Carvalho
 
 
Expediente 
Conteúdo e Revisão 
Integrantes acima citados; 
Ex-alfistas membros e colaboradores, referenciados em edições anteriores. 
 
 
 
Diagramação e Edição Final 
Ingrede Brícia Leal Barros Feitosa 
William Ferreira de Carvalho 
 
 
Coordenador 
Giovanni Bady Casseb 
 
 
Rio Branco, Acre – 06 de Março de 2019 
 
 
19ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Dedicamos este trabalho aos membros fundadores do Projeto ALFA 
Rio Branco: José Arthur Santos Brasil, Ana Paula Nunes Vargas, 
Rafaelle Nunes da Silva e Tammy Sabóia de Oliveira; ao nosso 
coordenador, Dr. Giovanni Casseb; aos ex-Alfistas, membros efetivos 
e membros colaboradores e, em especial, ao Dr. Fernando Máximo, 
que contribuíram para a solidificação e enriquecimento intelectual 
desta liga no decorrer dos 13 anos de sua existência. 
 
Dedicamos, também, a todos os socorristas que trabalham 
difundindo o ensino dos Primeiros Socorros e, sobretudo, exercem o 
inestimável ofício de salvar vidas. 
. 
Por fim, nossos sinceros agradecimentos a todos que participaram 
de alguma forma da história deste projeto que nos proporciona 
imensa satisfação e agrega valorosas experiências à nossa jornada 
acadêmica." 
 
 
 
 
 
SOBRE O PROJETO ALFA E O MINICURSO 
O Projeto Alfa - Rio Branco foi fundado em 2006 por acadêmicos de Medicina da Universidade Federal do Acre 
(UFAC) e desde então, a liga promove, semestralmente, um curso voltado para a população, com o objetivo de 
ensinar os primeiros socorros em várias situações de emergência. Até o presente momento, foram realizados 19 
cursos, contando com uma média de 120 participantes em cada edição, totalizando 2280 pessoas nos 13 anos de 
existência do Projeto Alfa - Rio Branco. 
Antes de iniciarmos nosso Curso de Primeiro Socorros, vamos avaliar os aspectos gerais e as condutas das mais 
comuns intercorrências do dia-a-dia! 
Temos que começar entendendo qual é o nosso papel como socorristas diante de um acidente, o nosso curso é 
focado principalmente em atendimentos pré-hospitalares e nesses cenários devemos realizar um tratamento 
imediato e provisório que garanta a vida do paciente até a sua chegada ao serviço de saúde especializado. 
Dessa forma, precisamos estar preparados para determinados cenários: 
Ferimentos superficiais; 
Ferimentos profundos; 
Hemorragias internas; 
Hemorragias externas; 
Desmaio; 
Convulsão; 
Queimaduras; 
Afogamento; 
Picada de animais peçonhentos; 
Fraturas; 
Parada Respiratória; 
Parada Cardiorrespiratória; 
Sufocação; 
Parto de Emergência; 
Entre outros… 
Mas não se assuste, vamos abordar todos esses temas em nossas palestras e vamos praticar em cenários 
realísticos para que todos possam estar preparados em um momento necessário. 
OBJETIVO 
Os cursos ministrados pelo Projeto Alfa Rio Branco possuem o objetivo de disseminar o conhecimento sobre as 
condutas em emergências médicas pré-hospitalares para a população, ajudando a aumentar o número de pessoas 
capacitadas para oferecer os primeiros socorros. 
ABC da Vida 
 
10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA 
1. Manter a calma; 
2. Prezar pela sua própria segurança; 
3. Prezar pela segurança da vítima; 
4. Afastar os curiosos; 
5. Distribuir tarefas; 
6. PEDIR AJUDA PELO 192 (SAMU) ou 193 
(Bombeiros)! 
7. Evitar atitudes por impulso; 
8. Confiar nos seus conhecimentos sobre o assunto; 
9. Seguir a ordem do ABC da vida; 
10. Ser socorrista e não herói; 
DIRETRIZES DO CURSO 
Esse curso segue as diretrizes e protocolos atuais 
para Primeiros Socorros definidos pelo Prehospital 
Trauma Life Support (PHTLS) em suas 8ª e 9ª 
Edições. 
 
Sangramento Vermelho Vivo
Controle de Cervical e Vias aéreas
Ver, Ouvir e Sentir
HPPP
AVDI
História SAMPLA
X 
A 
B 
C 
D 
E 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 1 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 trauma pode ser definido como um evento 
nocivo que advém da liberação de formas 
específicas de energia ou de barreiras físicas ao 
fluxo normal de energia. 
Na cena de um acidente é muito difícil saber 
exatamente qual foi a lesão exata produzida na 
vítima, entretanto, entender que existe a 
possibilidade de sua existência e ter uma noção do 
que pode provavelmente ter ocorrido permite um 
pensamento crítico, o que torna possível a triagem, 
manejo e o transporte adequados. 
O manejo começa na observação e na tentativa de 
entender a cena do trauma; como ocorreu o impacto 
e a troca de energia dele resultante; compreender a 
troca de energia significa ter uma noção do quão 
“intenso” foi o impacto, colisão, injúria à vítima em 
geral. Quando o socorrista durante o 
atendimento não compreende a biomecânica do 
trauma as lesões podem passar despercebidas. 
 
 
 
As informações relativas à biomecânica do trauma 
são valiosas ao serem transmitidas ao serviço de 
regulação do SAMU durante a ligação e também 
aos socorristas quando chegarem na cena. É 
extremamente importante compreender como foi o 
trauma, qual a região do corpo acometida, etc.; isso 
muitas vezes levanta a suspeita de lesões que estão 
escondidas. 
 
Objetivo 
 
Evento traumático 
Um evento traumático pode ser dividido em três 
fases: 
 Pré-colisão: Fase que antecede o acidente, 
está ligado às medidas necessárias de 
prevenção ou até mesmo condições anteriores 
ao incidente que são necessárias ao 
tratamento. 
 Colisão: Diz respeito ao momento do impacto, 
do trauma propriamente dito. 
 Pós-colisão: O socorrista usa informações 
colhidas durante as fases pré-colisão e colisão 
para avaliar e socorrer o doente. 
DURANTE A FASE PÓS-COLISÃO, O 
ENTENDIMENTO DA BIOMECÂNICA DO 
TRAUMA E A SUSPEITA DAS LESÕES SÃO 
IMPORTANTES PARA COMO O PACIENTE VAI 
EVOLUIR! 
Suspeitar 
e saber 
onde 
procurar 
prováveis 
lesões
Integrar 
princípios 
da 
biomecânica 
do trauma à 
avaliação do 
doente
Para isso 
é preciso 
compre-
ender a 
anatomia 
e energia
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 2 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
Energia 
A energia de um trauma pode ser de natureza 
cinética, potencial, térmica, etc., entretanto, o mais 
importante para se ter em mente não são cálculos 
ou fórmulas e sim ter entendimento de que a energia 
é conservada. A quantidade de energia de um 
sistema isolado permanece constante; logo a 
energia não pode ser criada ou destruída, mas pode 
ser mudada quanto a forma. 
Ex: Na colisão de um veículo a energia mecânica do 
impacto é transferida para a estrutura e outras 
partes, a energia do movimento do corpo também é 
dissipada, causando lesões, quanto maior a área 
alvo do impacto maior a troca de energia! 
 
 
 
Anatomia 
Conhecer os principais nomes das partes/regiões 
do corpo é fundamental para descrever para outra 
pessoa qual a parte envolvida no trauma ou então 
qual parte possivelmente você acredita ter sido alvo 
de lesões a partir da compreensãode toda 
biomecânica. 
Vamos conhecer de forma breve as principais 
regiões. Observe a representação abaixo: 
 
 
 
Movimentos que podem ocasionar trauma 
de coluna cervical 
Alguns movimentos quando feitos de forma brusca 
em uma situação de trauma podem lesionar a 
coluna. Esta situação tem grande importância pois 
dependendo do acometimento a medula espinal 
pode ser lesionada e consequentemente, a vítima 
pode ter seus movimentos e/ou sensibilidade 
comprometidos. 
 
 
 
 
 
Cabeça 
Pescoço 
Braço 
Tórax 
Antebraço 
Mão 
Perna 
Pé 
Coxa 
Quadril 
Abdome 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 3 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
Efeito Chicote 
Durante uma colisão em um automóvel o tronco 
pode ser forçado para frente, caso o encosto não 
esteja posicionado corretamente. Nesse caso a 
cabeça será hiperextendida e este mecanismo pode 
lesionar a coluna cervical e consequentemente a 
medula espinhal, podendo levar a tetraplegia (perda 
dos movimentos do pescoço para baixo). 
 
 
 
Cavitação 
Objeto afasta partículas de um ponto de impacto, 
pode ser temporária ou permanente: 
 
Cavitação permanente: O local do impacto 
deforma as partículas e se torna visível. 
 
 
Cavitação temporária: As partículas se deslocam 
no impacto e retornam ao término dele a posição 
normal, entretanto o tecido sofrerá da mesma forma 
consequências traumáticas. 
 
Classificação do trauma 
 
Contuso – Lesões produzidas pela compressão 
(cavitação temporária), desaceleração e/ou 
aceleração (cisalhamento). 
 
 
Penetrante – Lesões produzidas pelo 
esmagamento e separação ao longo do trajeto do 
objeto (cavitação temporária e permanente). 
 
 
Questões a serem avaliadas em cena de 
trauma 
 Impacto 
 
o Qual foi o tipo de impacto? Frontal, lateral, 
traseiro, angular, capotamento ou 
ejeção? 
o Qual a velocidade que ocorreu o 
acidente? 
o A vítima estava utilizando dispositivos de 
segurança? 
o Onde supostamente estão as lesões mais 
graves? 
o Que caminho foi seguido pela energia do 
impacto? 
o Quais órgãos podem ter sido lesados no 
caminho? 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 4 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 Ferimento por arma branca ou ferimento 
por arma de fogo 
 
o Onde estava o agressor? 
o Que arma foi utilizada? 
o Qual o calibre e munição? 
o A que distância e ângulo foi disparado? 
 
 Queda 
o Qual a altura? 
o Qual a distância de parada? 
o Que parte do corpo foi primeiramente 
atingido? 
 
 Explosões 
o Qual a distância entre a explosão e o 
paciente? 
o Quais as possíveis lesões das vítimas? 
o Se houver risco de novas explosões 
afastar-se da área de forma rápida e 
segura, por isso avalie sempre: Qual é a 
situação de segurança desse local? 
 
 
Para treinar seus conhecimentos 
1. Em relação a biomecânica do trauma assinale 
a alternativa incorreta: 
a) O trauma é geralmente classificado como 
contuso ou penetrante e a cavitação é 
observada em ambos. 
b) No trauma contuso a cavitação é formada 
apenas pela cavidade temporária e se 
distancia do ponto de impacto. 
c) A coluna rígida em um impacto frontal é 
impactada pelo tórax. 
d) Quanto maior a área frontal do projétil em 
movimento, menor a troca de energia que 
ocorre. 
e) Durante um capotamento o carro pode 
sofrer muitos impactos em vários ângulos 
diferentes, assim como o corpo e os órgãos 
dos ocupantes. 
2. Em um acidente automobilístico, o efeito 
chicote pode causar: 
a) Hemiplegia 
b) Paraplegia 
c) Tetraplegia 
d) Monoplegia 
e) Paralisia cerebral 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 5 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
uando chegamos em uma cena de um acidente, 
nos deparamos com uma certa dúvida: ajudar ou 
ficar fora auxiliando? Além do que, é normal que 
mesmo socorristas experientes, podem ficar 
nervosos com a cena de um acidente. O intuito 
desse capítulo então, é auxiliar na aplicação do 
protocolo de salvamento pré-hospitalar. 
A prioridade de qualquer cena de acidente, seja 
batida de carro ou briga entre pessoas com vítima, 
é a SEGURANÇA DO LOCAL! Mas o que é isso? 
Definimos a segurança do local como uma forma de 
proteção que busca evitar situações que ofereçam 
riscos ao socorrista, à vítima e a outras pessoas 
para que não ocorram novos acidentes. 
Lembre-se, a vida mais importante da cena é a 
do socorrista, pois é ele que salvará a real 
vítima. Colocar a vida do socorrista em perigo é 
propiciar para a formação de novas vítimas! 
 
Colocaremos a segurança do local de uma forma 
didática: 
 
Reconhecimento do local da cena 
Momento esse de reconhecer onde está 
acontecendo a cena. É em uma avenida 
movimentada ou em um campo de futebol? Cada 
cena tem sua particularidade. Em uma avenida 
movimentada, é de suma importância que você não 
se coloque entre os carros para tentativa de 
salvamento, já em um campo de futebol, podemos 
perceber que o perigo é menor. 
 
Sinalização do local da cena 
Na cena de uma avenida movimentada, antes de 
qualquer tentativa de iniciar um atendimento, é de 
suma importância que o local seja sinalizado para 
que o transito pare. Nesses momentos, devemos 
ser criativos. Cada carro vem com o sinalizador em 
triângulo, porém podemos usar vários objetos ao 
nosso redor. 
 
Local que ocorreu o acidente 
Você precisa reconhecer o local desde uma cidade 
até em uma fazenda. Reconhecer nesse caso, 
significa saber o local que o acidente ocorreu e onde 
a vítima está. Lembre-se, que por mais que não 
saiba o local exato que o acidente ocorreu, você 
pode dar referências para quando for ligar para 
ajuda. 
Por exemplo: Acidente ocorreu na Avenida Ceará, 
perto do clube AABB, no sentido centro, antes da 
rotatória. 
 
Ligando para ajuda 
Primeiro, você deverá decorar alguns números de 
telefones, essenciais para qualquer cidadão. 
Colocaremos em um quadro e você preencherá 
junto com o palestrante: 
 
TELEFONE ÚTEIS 
SAMU 
 
BOMBEIROS 
 
POLÍCIA MILITAR 
 
 
Mecanismo do trauma (acidente) 
Na maioria das vezes, não damos importância para 
o mecanismo do trauma, ou seja, como ele 
aconteceu. Entretanto, isso auxilia os socorristas 
profissionais a procurar lesões que no pré-
hospitalar (fora do hospital) não conseguimos 
perceber. Há estudos que olham como cada 
acidente ocorre para poder perceber como que o 
socorrista deve abordar. Aqui, o simples fato de 
você perceber como o acidente ocorreu é de grande 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 6 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
auxílio. Você pode entender melhor sobre isso no 
capítulo de biomecânica do trauma! 
 
Número de vítimas 
Esse tópico também é de suma importância para o 
manejo da cena. Em um acidente carro com carro, 
podemos ter no mínimo 2 vítimas, e seu papel antes 
da abordagem é saber se estão feridas e 
necessitam de apoio de uma ou duas ambulâncias, 
por exemplo. Em um acidente carro com moto, o 
motorista do carro pode estar andando sem 
nenhuma lesão, já o motociclista, estar caído no 
chão necessitando de ajuda. Assim como, um 
acidente com múltiplas vítimas, como 
engavetamento de carros. Saber o número de 
vítimas é uma informação que mudará todo 
manejo do salvamento! 
 
Afastar curiosos 
Você já se deparou com um acidente na vida, certo? 
Percebeu que vários curiosos juntam ao redor do 
acidente para olhar sem a intenção de ajudar? Sim, 
isso é real. Uma tarefa árdua do socorrista é afastar 
os curiosos da cena, pois só atrapalham. Você deve 
nesse momento ter uma postura firme e solicitar que 
as pessoas se afastem, tanto para segurança delas 
quando para iniciar o atendimento. 
 
Proteção do socorrista 
Além da proteção antes de chegar no paciente, a 
pessoa que vai ajudar, precisa entender que o 
contato com secreções da vítima, como sangue,pode transmitir doenças. Assim, entra no papel da 
segurança do local, se proteger. Mas espera aí, 
você está dizendo que preciso andar com luvas em 
todos os locais que vou? 
Não necessariamente. Você pode se proteger 
sendo criativo, colocando materiais impermeáveis 
que vão protege-lo de certa forma, como sacos 
plásticos, para não ter contato direto com 
secreções. Lembre-se, materiais como 
camisetas ou panos, não são indicados, uma vez 
que absorvem as secreções e fazem o contato 
com a pele! 
Após todo esse percurso que caminhamos juntos, 
você pode perceber que a segurança do local é a 
prioridade na cena! Com a segurança estabelecida, 
o socorro a caminho e a garantia que o acesso é 
seguro, o socorrista deve se aproximar da vítima e 
iniciar a avaliação inicial. 
 
Método XABCDE 
O método que utilizaremos é estudado por vários 
especialistas do mundo em resgates no pré-
hospitalar. Foi criado uma forma didática para que 
os socorristas consigam avaliar primeiro o que mais 
mata na cena do acidente. Cada etapa deve ser 
respeitada. Não se pode pular etapas aqui. Você 
apenas pode passar para o tópico seguinte se a 
etapa anterior estiver solucionada. Entenda que na 
vida real todas as etapas são feitas juntas em um 
único conjunto e de forma rápida! Separaremos 
cada etapa para melhorar a didática. 
Ademais, nesse capítulo, estudaremos como 
reconhecer cada etapa e a importância de cada 
uma, auxiliando, assim, no estudo e na 
compreensão dos capítulos posteriores. 
 
Controle de Sangramento Externo 
Iniciaremos olhando para o paciente e procurando o 
que mais mata fora do ambiente hospitalar, sendo 
esse, a Hemorragia Exsanguinante, ou seja, um 
sangramento intenso e de coloração vermelho vivo. 
Esses sangramentos têm alguns locais preferidos, 
como a barriga (abdômen), a bacia (pelve) e as 
pernas, onde passam grandes vasos. 
O sangramento arterial é causado por uma lesão 
que corta/lacera uma artéria (vaso que leva o 
sangue oxigenado). Esse é o tipo de perda de 
sangue mais importante e difícil de controlar. É 
geralmente caracterizado por jorrar sangue de cor 
vermelho vivo. O sangramento arterial pode 
também apresentar-se como sangue que 
rapidamente "escorre" de uma ferida se uma artéria 
profunda se ferir. O controle rápido do sangramento 
é um dos mais importantes objetivos nos cuidados 
de um paciente traumatizado. O cuidado primário 
não pode avançar a menos que a hemorragia 
externa seja controlada. 
Mas como controlar esse sangramento? O controle 
é feito de várias formas, sendo a mais utilizada a 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 7 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
compressão direta e o torniquete. No capítulo de 
hemorragias aprenderemos qual e como cada uma 
é indicada. 
 
 
Controle da Cervical e Vias Aéreas 
No controle da cervical, a vítima nessa etapa deve 
ter a cabeça e o pescoço imobilizados para que não 
faça movimentos bruscos, pois qualquer movimento 
pode desencadear sérias sequelas ou até mesmo 
leva-la a morte. Faremos isso com alguns passos 
antes de encostar no paciente: 
1. Espalme as mãos! (Deixando todos os dedos 
livres) 
2. Mexa o dedão (polegar - para se lembrar que 
quando colocá-lo no paciente ele terá um local 
específico para ficar) 
3. E repita: FIRME! 
Esses passos podem parecer infantis, mas auxiliam 
muito no momento de tensão da cena: 
1. O primeiro passo te lembra que para 
encostar no paciente, suas mãos devem 
estar bem espalmadas no rosto da vítima, 
garantindo assim que preencha o seu rosto 
com suas mãos. 
2. O segundo passo, fala sobre o polegar 
(também conhecido popularmente como 
dedão), que você deve colocá-los na testa 
da vítima. 
3. Já o terceiro passo, te lembra que você não 
deve colocar muita força no momento do 
controle da cervical e nem segurar a cabeça 
com a mão fraca, você deve segurar FIRME. 
Atente-se para a imagem abaixo de como realiza-lo: 
 
 
 
Para que não ocorra nenhum movimento brusco, 
além do controle correto, você deve se posicionar 
para que ninguém que encoste em você possa 
mover suas mãos ou seu corpo e prejudique sua 
técnica. Para isso, você deve deitar no chão e 
realizar o controle de cervical. Assim, a técnica de 
controle estará correta. 
Feito isso, passaremos para segunda parte, o 
controle das vias aéreas (consiste no caminho que 
o ar passará). Nos estudos, essa etapa é a que 
mata mais rápido. Perceba então a importância da 
técnica correta. Existem 2 tipos de abertura que 
conseguem abrir a via aérea do paciente de forma 
efetiva: a elevação do queixo e a tração da 
mandíbula. 
Quando usar um ou o outro? Vai depender de uma 
única coisa: Você suspeita que tem o paciente que 
está atendendo pode ter tido lesão na cervical? Se 
a resposta for sim, você deverá utilizar a tração da 
mandíbula, pois essa é capaz de abrir a via aérea 
sem movimentação brusca e impede que o 
socorrista faça a lesão de cervical. Se a resposta for 
não, utiliza-se a elevação do queixo. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 8 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
Mas como posso suspeitar que houve lesão na 
cervical? Utilizarei um exemplo para que possa 
entender. Você terá uma aula sobre desmaio, que 
brevemente a pessoa perde a consciência e cai no 
chão. Os estudos mostram que quando a pessoa cai 
da própria altura, ela provavelmente não lesionou a 
cervical. Portanto, uma pessoa que desmaiou e caiu 
da própria altura, provavelmente não lesionou a 
cervical, podendo ser realizado nela, a elevação do 
queixo para abertura de vias aéreas. Por outro lado, 
em um acidente de carro com a vítima ejetada pelo 
para-brisa do carro, o paciente tem enormes 
chances de ter lesionado a cervical. Portanto, 
realizaremos nela a tração da mandíbula para 
abertura de vias aéreas. 
Elevação do queixo (Chin-Lift): como a manobra 
é realizada em vítimas que não sofreram (ou você 
não suspeitou) da lesão na cervical, como 
desmaio/queda da própria altura, você coloca uma 
de suas mãos na testa do paciente e outra no queixo 
e traciona, fazendo com que o pescoço vá para 
frente. Isso ocasionará hiperextensão do pescoço, 
melhorando a passagem de ar. 
 
 
 
Tração da mandíbula (Jaw-Thrust): essa 
manobra é realizada quando se tem lesão de 
cervical (ou suspeita). Mantendo a posição que já 
conversamos no controle da cervical, você utilizará 
os dedos apoiados na cabeça para fazer com que a 
pessoa abre a boca (via aérea) e você consiga olhar 
se há obstrução e facilitar a passagem de ar, não 
mexendo na cervical da vítima. 
 
 
 
 
Após realizado essas manobras, você poderá 
observar na boca do paciente se existe algum objeto 
obstruindo a via aérea. Caso perceba algum objeto, 
você poderá realizar o movimento de pinça com os 
dedos e retira-lo. 
 
Movimento de pinça: com dois dedos, você poderá 
retirar objetos na boca da vítima, caso perceba algo 
dentro. Não será todas as vezes que poderá fazer 
isso, como na convulsão, mas conversaremos 
depois sobre isso. 
Vamos relembrar o significado da letra A no 
atendimento da vítima: 
IMPORTANTE: DEVE-SE CONSIDERAR 
QUE TODO PACIENTE 
POLITRAUMATIZADO POSSUI LESÃO DE 
CERVICAL ATÉ QUE SE PROVE O 
CONTRÁRIO! 
Lembrete: em casos de sufocação (“pessoa 
engasgada”), você poderá realizar outras 
manobras, que falaremos no próximo capítulo 
(3). 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 9 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
Ventilação 
Nesse momento, cuidaremos então da ventilação 
da vítima, que consiste em saber se ela está 
respirando (expandindo o tórax). Não confunda: via 
aérea é o caminho que o ar faz para chegar no 
pulmão, ventilação é a capacidade de utilizar o ar 
que chega no pulmão para realizar as trocas 
gasosas. 
Para avaliar a ventilação, faremos o VER, OUVIR E 
SENTIR. Que consiste em verse a pessoa está 
respirando, olhando para o tórax (peito) da vítima, 
ouvir a respiração passando pela via aérea e sentir 
em seu rosto (socorrista) o ar passando. Ela estará 
respirando quando o tórax se elevar e depois voltar 
a posição inicial, você ouvir a respiração e sentir em 
sua pele. Para isso, você deve se posicionar 
próximo da vítima, conforme a imagem abaixo. 
 
Caso não perceba no paciente nenhum desses 
parâmetros, o paciente apresenta uma parada 
respiratória. Falaremos disso no capítulo de Suporte 
Básico de Vida (7). 
Para um exercício de memória, complete o espaço 
abaixo com o mnemônico da letra B: 
 
 
Circulação e Controle de Sangramentos 
Cuidaremos agora do controle da circulação do 
sangue no corpo da vítima. Para isso, existe um 
mnemônico que nos ajudará a decorar esses 
passos, o HPPP. 
 
H Hemorragias 
P Pele 
P Pulso 
P Perfusão 
 
Para explicar o mnemônico, na letra H, você deve 
entender que haverá no mesmo paciente a 
possibilidade de uma hemorragia exsanguinolenta 
(sangramento de coloração vermelho vivo) que já 
conversamos na letra X, e poderá ocorrer 
sangramento de pequenas escoriações 
(machucados, “ralados”) e hemorragias internas 
que serão abordados nesse momento. 
Assim, na letra H do HPPP, estaremos falando 
desses outros sangramentos. E afinal, como 
reconhece-los já que eles “não são vistos na 
primeira vez”? Você passará de novo o olhar no 
corpo inteiro da vítima procurando locais com 
sangramento. Lembre-se que caso ache algum, 
deverá tratar naquele momento. Se não visualizar 
nenhum, com luvas ou sacos plásticos, coloque 
suas mãos nos espaços entre o corpo da vítima e o 
chão e procure sangramentos. Sempre ao colocar a 
mão nesses espaços, você deve olhar para sua mão 
e dizer o que está vendo em voz alta: “NÃO TEM 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 10 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
SANGUE” ou “TEM SANGUE”. Porque devo falar 
em voz alta? Porque nos momentos de tensão, 
talvez sua atenção esteja voltada para outro local, 
falar em voz alta puxa sua atenção para aquele 
momento. 
Após realizado essa inspeção externa, agora você 
precisa olhar para a pele da vítima, a procura de 
hemorragias internas. Esse momento é complicado, 
pois você deve conciliar o pudor do paciente com 
algo extremamente necessário. Portanto, indicamos 
que faça com ética, lembrando que esse momento 
é de extrema tensão. 
 Levante a blusa do paciente e procure por 
hemorragias. A maioria das mulheres 
utilizam sutiã, sendo esse um ponto de 
acúmulo de sangue, lembre-se de olhar. 
 A pelve (bacia) é um ponto de sangramento 
e você deve olha-lo levantando gentilmente 
a calça e procurando por focos de 
sangramento. 
 Você pode ainda se deparar com um 
sangramento interno, que se apresentará 
com formação de hematoma, equimose 
(região da pele de coloração roxa). 
Na primeira letra P de Pele, observamos como está 
a pele da vítima tocando-a. Verificando a: 
 Cor (pálida, vermelha ou roxa); 
 Temperatura (fria ou quente) e 
 Umidade (úmida ou seca). Isso trará 
aspectos de como essa vítima está. 
Pacientes com pele pálida ou roxa, fria e úmida, 
me indicam uma possível hemorragia! 
No segundo P de Pulso, poderemos observar o 
pulso. Para perceber o pulso, você utilizará os 
dedos indicador e médio, colocando-os no pescoço 
para observador o pulso carotídeo. Para isso, acha 
o pomo de adão, deslize dois centímetros para o 
lado e aperte (esquemático na figura abaixo). 
 
 
 
 
 
O último P de Perfusão, verifica se está ocorrendo 
a chegada de sangue nas extremidades, podendo 
ser observado ao pressionar o leito ungueal (unha) 
e visualizando inicialmente que o tecido fica branco 
e depois retorna para coloração normal. Também, é 
possível perceber ao pressionar a extremidade de 
um dedo, visualizando o mesmo acontecimento. A 
perfusão deve ser menor que 2 segundos, caso 
esteja maior, algum distúrbio pode estar ocorrendo. 
 
Antes de passarmos para próxima etapa, complete 
o quadro: 
 
 
ATENÇÃO: não se pode avaliar o pulso 
periférico do paciente, uma vez que nos casos 
de hemorragias, ele pode estar ausente, 
ficando apenas o pulso carotídeo presente! 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 11 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
Avaliação Neurológica 
Ao chegar na cena, você pode se deparar com 
diversos tipos de pacientes. Alguns podem estar 
acordados e gritando, outros podem estar 
inconscientes. A avaliação neurológica, na verdade, 
vem antes do método XABCDE, pois ao chegar na 
cena, consegue perceber como esse paciente está. 
A letra D está antes e junto com o método. Para 
o D, o mnemônico será AVDI, uma escala 
(classificação) na qual colocaremos o estado 
neurológico do paciente que estamos atendendo. 
 
A Alerta 
V Responde a estímulo verbal 
D Responde a estímulo doloroso 
I Inconsciente 
 
 
 Na escala, a letra A corresponde ao 
paciente que está alerta, ou seja, quando 
chega na cena ele é capaz de falar. 
 A letra V, corresponde ao paciente 
desacordado que quando o chama, ele 
responde. 
 A letra D, corresponde ao paciente que não 
responde ao estímulo verbal, mas quando 
realiza um estímulo doloroso, ele responde. 
 E a letra I, corresponde ao paciente que não 
responde a nenhum estímulo anterior. 
 
Preencha o quadro: 
 
Ambiente 
A letra E é a última etapa do atendimento pré-
hospitalar, no qual procuraremos lesões que ainda 
não vimos e colheremos a história do paciente. 
Alguns aspectos da história do paciente nem 
sempre é possível, pois ele pode estar inconsciente. 
Aqui, o mnemônico é a História SAMPLA. 
 
S Sinais Vitais e Sintomas 
A Alergias 
M Medicamentos em uso 
P Prenhez (gravidez) / Passado Médico 
L Líquidos ou Alimentos ingeridos 
A Ambiente 
 
 
 Conforme diz a tabela, na letra S 
procuraremos os sinais vitais da vítima, 
conforme aprendemos nas etapas passadas 
(respiração, pulso), e caso paciente 
acordado, questiona-lo se está sentindo 
algo. 
 Na letra A, questionaremos para o paciente 
acordado ou ao acompanhante (familiar ou 
amigo) se o paciente apresentar alguma 
alergia. 
 Na letra M, o uso de medicações de uso 
contínuo ou no momento. 
 Na letra P, se a vítima mulher está grávida 
ou a presença de alguma doença. 
 Na letra L, se ingeriu algo antes do acidente. 
 E na última letra A, verificaremos o 
ambiente, principalmente se há presença de 
hipotermia (baixa temperatura corporal) na 
vítima. 
 
Faremos agora o último exercício de memória, 
preencha a tabela: 
ATENÇÃO: o estímulo doloroso, deve ser 
realizado com a mão fechada com fricção na 
região central do peito do paciente. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 12 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
Finalizamos então o atendimento inicial à vítima. 
Relembre agora mentalmente cada etapa, pois 
esse capítulo se remete ao atendimento de todas 
as vítimas e será usado nos capítulos posteriores. 
 
Para treinar seus conhecimentos 
1. Um acidente carro-moto na Avenida Ceará para 
o trânsito no sentido UFAC-Centro, próximo ao 
clube AABB. No local, vítima no chão com 
sangramento ativo em abdome e fratura de 
membros inferiores. Ao redor, inúmeros 
curiosos, e vazamento de gasolina da moto. 
Qual a conduta que deve tomar? 
a) Iniciar avaliação da vítima 
b) Compressão de sangramento ativo 
c) Avaliar nível de consciência 
d) Segurança do local 
 
2. Acidente carro-carro na saída do Shopping, 
com engavetamento de outros carros na 
rodovia. Dentro do carro 1, percebe vítima 
mulher com sangramento ativo em face, vítima 
criança no banco de trás com choro 
incontrolável, e motorista inconsciente. No 
carro 2, vítima com fratura de membro superior 
direito e idoso agitado. Passando um grupo de 
universitários e decidem, após segurança do 
local, realizaro atendimento das vítimas. 
Bruna fica com a vítima mulher no carro 1 
Jorge fica com motorista no carro 1 
Roberta fica com criança do carro 1 
Júlio fica com motorista do carro 2 
Ana Júlia com idoso do carro 2 
Conforme o atendimento de cada pessoa, responda 
à questão: 
a) Bruna deve avaliar se a via aérea está pérvia 
como primeira conduta. 
b) Jorge deve avaliar primeiro se a vítima 
responde os estímulos do AVDI. 
c) Roberta deve primeiro pegar a criança no 
colo e no chão avaliar a vítima. 
d) Júlio deve avaliar primeiro o risco de 
sangramento na fratura. 
e) Ana Júlia deve perguntar primeiro qual 
medicação o idoso toma antes de iniciar o 
atendimento. 
 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 13 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 sufocação ocorre quando há bloqueio da 
passagem do ar para os pulmões – por uma 
obstrução total ou parcial das vias aéreas. A vítima, 
então, possui muita dificuldade em respirar, 
podendo evoluir com parada respiratória. 
 As vítimas mais envolvidas nesse tipo de 
acidente são as crianças menores de 4 anos 
(alimentos e objetos pequenos) e os idosos 
maiores de 65 anos (prótese dentária). 
Obs.: após 3 a 6 minutos sem respirar, a falta de 
oxigênio no cérebro da vítima acarreta danos 
prejudiciais ao indivíduo. Por isso, é importante 
que haja atendimento imediato em casos de 
sufocação. 
 
PRINCIPAIS CAUSAS 
Toda situação capaz de levar à dificuldade de 
passagem de ar pelas vias aéreas é uma condição 
potencialmente causadora de sufocação, as 
principais causas são: 
1) OBSTRUÇÃO POR CORPO ESTRANHO: 
nesse caso, objetos atingem a via 
respiratória (onde há passagem de ar para 
os pulmões) ao invés de seguir o caminho 
normal para o estômago, impedindo uma 
ventilação eficaz. 
 Alguns objetos são mais comuns de 
causarem essa situação: alimentos 
(chicletes, balas pedaços de carne, 
amendoins, pipoca, etc.), próteses dentárias 
e pequenos objetos (moedas, brinquedos 
infantis pequenos, chaves, etc.). 
 
2) INCONSCIÊNCIA OU DESMAIO: é 
comumente causada por condições que 
levam a alterações neurológicas como 
traumas, uso de drogas lícitas e ilícitas e 
determinadas situações como a 
hipoglicemia (diminuição dos níveis de 
açúcar). 
 Na inconsciência, a sufocação é causada 
pela “queda da língua” sobre a faringe, que 
impede a passagem de ar para a garganta 
e/ou pela broncoaspiração (aspiração de 
líquidos provenientes do estômago) – a 
inconsciência provoca a perda de 
mecanismos de proteção existentes nas vias 
aéreas, que seriam capazes de impedir a 
inalação do conteúdo gástrico que poderia 
refluir (vômito). 
 
3) QUEIMADURAS EM VIAS AÉREAS: 
ocorrem, principalmente, em vítimas de 
incêndio, devido à inalação do ar quente. 
Uma das situações mais graves é o inchaço 
da glote (estrutura presente nas vias aéreas) 
que pode levar à obstrução da passagem de 
ar, sufocando a vítima. 
 
4) CONTUSÃO DIRETA SOBRE AS VIAS 
AÉREAS: Um impacto direto sobre o “tubo” 
que leva o ar aos pulmões pode produzir 
sangramentos em pequena ou grande 
quantidade e/ou inchaço da glote, o que 
pode levar a uma obstrução das vias aéreas. 
 
5) SUBMERSÃO NA ÁGUA OU “QUASE 
AFOGAMENTO”: Nessa situação, a vítima 
apresenta um reflexo denominado espasmo 
de glote, em que a via aérea é obstruída pelo 
próprio organismo na tentativa de evitar a 
entrada de água para os pulmões. Em 
contrapartida, a vítima pode não apresentar 
o fechamento da glote, culminando com a 
inalação de quantidades variáveis de água. 
 
COMO RECONHECER UMA VÍTIMA 
SUFOCADA? 
A vítima com dificuldade respiratória, principalmente 
devido a uma obstrução, na maioria das vezes, 
encontra-se: 
 Agitada, angustiada e com os olhos 
esbugalhados; 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 14 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 Com respiração difícil e emitindo ruídos 
semelhantes a roncos; 
 Apresentando os lábios arroxeados; 
 Tosse excessiva ou muitas vezes sem 
conseguir ao menos tossir; 
 Dificuldade para falar; 
 A vítima pode, eventualmente, realizar o 
sinal universal da sufocação: a vítima aponta 
com o dedo indicador para a garganta, ou 
apenas leva as duas mãos ao pescoço, 
abraçando-o e deixando claro que existe 
algum problema nessa região. 
 
 
Fig.1: sinal universal de sufocação. 
COMO PROCEDER EM UMA SUFOCAÇÃO? 
Existem quatro situações diferentes com as quais 
um socorrista pode se deparar quando falamos de 
sufocação: 
1) Sufocação em vítimas conscientes – 
proceder da seguinte forma: 
I. Acalmar a vítima, demonstrando 
confiança; 
II. Após acalmá-la, deve-se utilizar o 
primeiro recurso para tentar expulsar o 
objeto que está obstruindo as vias 
aéreas: peça a vítima para TOSSIR. 
– Este procedimento muitas vezes é o 
responsável pela desobstrução e 
recuperação da vítima sufocada; 
III. Caso o estímulo para a tosse não seja 
suficiente e o corpo estranho não seja 
expelido, deve-se realizar a MANOBRA 
DE HEIMLICH, que tem por objetivo 
expulsar o corpo estranho, utilizando a 
pressão do volume de ar residual 
existente nas vias aéreas inferiores. Na 
tentativa de expulsão desse volume, o 
corpo estranho recebe uma pressão 
orientada no sentido das vias aéreas 
superiores, conduzindo-o, por força 
mecânica, rumo à boca. 
IMPORTANTE: Deve-se empregar a Manobra de 
Heimlich como a segunda alternativa na sufocação, 
caso o estímulo de tosse não seja suficiente para 
expelir o objeto. 
 
Técnica da Manobra de Heimlich: 
1) Estando atrás da vítima, posicione-se 
perpendicularmente ao corpo dela (usando 
uma de suas pernas entre as pernas da 
vítima para apoiá-la, caso ela perca a 
consciência) e envolva seus braços como se 
fosse abraçá-la; 
2) Um dos punhos deverá estar fechado, com 
o polegar para dentro. A outra mão deverá 
sobrepor à primeira. Os movimentos de 
pressão obedecerão à trajetória da letra J 
(para dentro e para cima); 
3) Pressione o punho contra o abdome, entre a 
cicatriz umbilical e a parte inferior do osso no 
centro do peito (esterno). Cuidado com a 
força utilizada! Ajuste-a ao tamanho da 
vítima. 
 
Fig. 2: Manobra de Heimlich 
IMPORTANTE: No caso de obesos ou gestantes, a 
manobra poderá ser realizada da mesma maneira. 
Porém, o local de posicionamento das mãos será o 
mesmo daquele utilizado em manobras de RCP 
(linha entre os mamilos). 
 
Fig. 3: posicionamento correto das mãos em obesos. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 15 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
2) Sufocação em vítimas inconscientes: 
I. Após verificar que a vítima se encontra 
inconsciente, a primeira atitude é 
contatar o socorro especializado. 
II. Em seguida, deve-se realizar a 
verificação das vias aéreas como 
manda o ABC da vida, e como já foi 
apresentado nessa apostila. 
IMPORTANTE: Ao realizar o procedimento 
com vítima inconsciente (deitada), deve-se 
atentar para a posição da cabeça, que deve 
estar lateralizada (posição de drenagem) 
para impedir que o objeto, uma vez na 
cavidade oral, não retorne à sua posição 
obstrutiva. 
III. Feito isso, é mandatória a realização da 
Manobra de Heimlich com a vítima 
deitada. 
– Neste caso, o socorrista posiciona-se 
de joelhos fletidos, acima da cintura da 
vítima. Voltado para a cabeça dela com 
as duas mãos unidas, efetua uma 
variação do movimento expulsivo 
realizado na Manobra de Heimlich, 
empurrando a palma da mão dominante 
no local logo abaixo do ângulo formado 
pelo encontro das últimas costelas 
(ângulo de Charpy) em direção 
ascendente, criando uma pressão 
capaz de expulsar o corpo estranho. O 
movimento é sempre feito lembrando-se 
a trajetória da letra J. 
 
Fig. 4: manobra de Heimlich – vítima em decúbito dorsal. 
IV. Se a vítima entrar em parada 
respiratória, efetuam-se os seguintes 
procedimentos: 
a) Verificar asvias aéreas, como manda 
o ABC da vida, através das manobras 
já ensinadas (elevação do mento ou 
elevação do ângulo da mandíbula) e 
tentar identificar o objeto, que pode 
ter saído pouco antes ou durante o 
desmaio; 
b) Realizar 1 insuflação de resgate e 
verificar se o peito expande. Se não 
expandir, significa que ainda há um 
corpo estranho obstruindo a passagem 
de ar e novas insuflações podem 
empurrar o objeto ainda mais através da 
via aérea; 
c) Em seguida realiza-se a Manobra de 
Heimlich em vítimas inconscientes, 
como já elucidado nessa apostila. 
A MANOBRA DE HEIMLICH É EFETUADA EM 
CONJUNTO COM A MANOBRA DE 
VERIFICAÇÃO DAS VIAS AÉREAS, ATÉ A 
VÍTIMA TOSSIR OU ATÉ A VISUALIZAÇÃO DO 
CORPO ESTRANHO. 
Lembre-se: O cérebro humano pode suportar 
apenas 4 a 6 minutos sem o fornecimento de 
oxigênio. 
3) Sufocação em bebês e crianças: 
Bebês: o socorrista promove a verificação das vias 
aéreas (observando se é possível visualizar e 
remover o objeto, cuidadosamente, com movimento 
de pinça) acomodando a vítima nos braços. Se o 
objeto que está obstruindo as vias aéreas não 
estiver visível, ele deve debruçar o bebê sobre os 
joelhos e realizar a tapotagem (quanto à 
quantidade, recomenda-se de 3 a 5 tapas). 
Se não for suficiente, o socorrista deve virar o bebê 
e, com os dedos indicador e médio posicionados na 
região torácica (centro do peito), deve realizar até 5 
compressões. 
Se ainda não houver desobstrução, as técnicas 
(tapotagem e compressão) devem ser 
intercaladas. É muito importante que o socorrista, 
ao fim de cada técnica esteja sempre verificando as 
vias aéreas para checar se o objeto se encontra 
visível ou não. Se sim, ele deverá ser 
cuidadosamente retirado. 
 
 
Fig. 5: manobra em lactente. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 16 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
Crianças maiores: as compressões podem ser 
realizadas com as mãos posicionadas de forma 
semelhante à manobra no adulto. Sugere-se que o 
socorrista sente a criança no colo afim de que o 
movimento seja eficiente. 
 
Fig.6: manobra em crianças maiores 
 
4) Sufocação do próprio socorrista: 
a) Tente avisar as outras pessoas; 
b) Faça o sinal universal da sufocação; 
c) Se estiver só, poderá realizar a Manobra de 
Heimlich em si mesmo ou pressionar seu 
próprio abdome inclinando-se sobre 
qualquer objeto de borda romba (cadeira). 
 
Fig. 7: manobra no próprio socorrista 
Para treinar seus conhecimentos 
1) (FUNIVERSA – 2015). Uma criança de oito 
meses de idade, saudável, foi deixada pela mãe 
em seu berço com um balão de festa de 
aniversário. Algum tempo depois, a criança foi 
encontrada com extremidades arroxeadas, tosse 
e grande dificuldade respiratória. 
Considerando essa situação hipotética, assinale 
a alternativa que apresenta a provável causa do 
quadro clínico e a conduta correta para a 
situação. 
a) Trata-se, provavelmente, de quadro de apneia 
idiopática, muito comum nessa faixa etária e 
uma das principais causas de morte súbita na 
infância. Devem-se, nesse caso, iniciar 
imediatamente as manobras de 
ressuscitação. 
b) Trata-se, provavelmente, de quadro de 
engasgamento com asfixia, muito comum 
nessa faixa etária. A conduta indicada, nesse 
caso, é entrar em contato com o serviço de 
emergência e iniciar as manobras específicas 
para expelir o corpo estranho das vias aéreas. 
c) Trata-se, provavelmente, de quadro de asma 
aguda e a criança deve ser imediatamente 
levada a um serviço de emergência. 
d) Devido às múltiplas causas de dificuldade 
respiratória nessa faixa etária, não é possível 
inferir a causa, devendo-se acionar o serviço 
de urgência e aguardar sua chegada, pois a 
remoção da criança por leigos pode agravar o 
quadro. 
e) Devido às múltiplas causas de dificuldade 
respiratória nessa faixa etária, não é possível 
inferir a causa, devendo-se procurar um 
serviço de emergência o mais rápido possível. 
 
2) (FCC – 2011). Considere o procedimento a 
seguir: Ficar de pé, atrás, com seus braços ao 
redor da cintura do socorrido, colocando a sua 
mão fechada com o polegar para dentro, contra 
o abdômen da vítima, ligeiramente acima do 
umbigo e abaixo do limite das costelas, 
agarrando, na sequência, firmemente o pulso 
com a outra mão e exercendo um rápido puxão 
para cima. O nome e a aplicação da 
intervenção de primeiros socorros que consta 
deste procedimento, são, respectivamente: 
a) Manobra de Heimlich – desengasgamento. 
b) Massagem cardiopulmonar – ressuscitação. 
c) Artifício de Johnson – retomada de 
consciência. 
d) Massagem cardíaca com alongamento – 
estabilização da pulsação. 
e) Pressão carotídea – verificação dos sinais 
vitais. 
 
LEMBRE-SE 
Ao se deparar com uma vítima de 
sufocação: 
1. Não se desespere e ACALME A VÍTIMA 
2. Peça para a vítima tossir 
3. Se a via aérea não foi liberada, proceda 
com a Manobra de Heimlich 
ATENÇÃO: A manobra de Heimlich deve 
sempre ser revezada com a manobra de 
verificação das vias aéreas. 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 17 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 afogamento diz respeito ao comprometimento 
respiratório a partir da submersão em líquido. Não 
raro, esse processo desencadeia em minutos a 
hipoxemia, a apneia e a perda de consciência – que 
pode evoluir para uma parada cardíaca. Visto isso, 
faz-se essencial dominar as práticas de salvamento 
aquático. 
“Afogamento é a terceira causa de morte não 
intencional do mundo. ” (PHTLS, 8ª edição). Sendo, 
ainda, a maior causa de morte prevenível em todas 
as idades – apesar de ser epidêmica em crianças. 
Os incidentes fatais ocorrem, principalmente, em 
locais com água natural, tais como lagos, rios e 
oceanos. No entanto, não se deve menosprezar a 
ocorrência de episódios fatais em situações que 
aparentemente não oferecem riscos, como é o caso 
das piscinas, banheiras e, até mesmo, água 
respingada sobre o rosto. 
 
Principais causas: 
 Inabilidade para nadar; 
 Cansaço; 
 Trauma em águas rasas; 
 Perda de consciência em ambientes 
aquáticos; 
 Uso de drogas e bebidas alcóolicas; 
 Doença pré-existente, como epilepsia, por 
exemplo, e 
 Hipotermia. 
No processo de salvamento de uma vítima de 
afogamento, alguns fatores influenciam no 
resultado, entre eles: 
 Idade: a reanimação em crianças e bebês 
são mais bem-sucedidas. 
 Tempo de submersão: a submersão por 
mais de 1 hora é, provavelmente, fatal. 
 Esforço: vítimas de submersão que se 
esforçam menos, têm uma melhor chance 
de reanimação. 
 
Como proceder: 
Após o reconhecimento da vítima, deve-se chamar 
por Socorro e sinalizar a margem com um objeto na 
direção do indivíduo que está se afogando – para 
que se tenha noção do local em que a vítima foi vista 
se afogando, facilitando, assim, o resgate. Feito 
isso, deve-se realizar os seguintes procedimentos: 
 
 
I. Na água 
 Alcance. Tente realizar o resgate com um 
mastro, uma vara ou um remo. É importante 
que o socorrista se mantenha em terra ou 
em um barco. Além disso, previna-se para 
evitar que seja puxado para a água. 
 
 
 Jogue. Quando não for possível alcançar, 
jogue alguma coisa em que a vítima possa 
se segurar – como um salva-vidas ou uma 
corda. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 18 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
 Reme. Se for necessário entrar na água, é 
preferível usar um barco ou uma prancha 
para chegar até a vítima. Pois, resgates a 
nado NÃO são recomendados! Caso o 
socorrista não seja devidamente treinado 
para isso, o resgate a nado pode 
desencadear um duplo afogamento. 
Priorize a sua própria segurança para que 
não se torne uma vítima adicional. 
 
 
 
 Reboque. Uma vez que a vítima tenha uma 
corda de resgate, reboque-a para um local 
seguro. 
 
 Horizontal. Mantenha a vítima na horizontal 
em relaçãoa água no processo de retirada. 
 
OBS.1: No momento do resgate, deve-se entrar na 
água com o mínimo de roupa possível. Assim, a 
eficiência do processo não fica comprometida, 
possibilitando a remoção mais rápida da vítima. 
 
 
II. Da água para a terra 
 Técnica australiana de transporte. Esta 
técnica exige que o socorrista coloque seu 
braço esquerdo sob a axila esquerda da 
vítima. Depois de transpassar, também, o 
braço direito sob a axila direita do afogado, 
o socorrista deve segurar o queixo do 
indivíduo. Esta técnica reduz a incidência de 
vômitos e permite a manutenção das vias 
aéreas pérvias durante todo o transporte. 
 
 
III. Na terra 
 Aqueça a vítima. É mais seguro presumir 
que os pacientes de submersão estão 
hipotérmicos até que se prove o contrário. 
 
 
 Coloque-a em posição de drenagem. Caso 
a vítima esteja inconsciente ou com seu 
nível de consciência rebaixado, deve-se 
colocá-la em posição de drenagem. Essa 
configuração corporal irá evitar que o 
paciente aspire vômito. 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 19 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 Inicie a RCP. Caso a vítima esteja em 
parada cardiorrespiratória. 
 
 
 
 
OBS.2: A Manobra de Heimlich não foi desenvolvida 
para retirar água das vias aéreas nem dos pulmões. 
Pelo contrário, a manobra pode induzir vômitos em 
pacientes de submersão e colocá-los em maior risco 
de aspiração. Deve-se, portanto, executar essa 
manobra apenas quando as vias aéreas estão 
bloqueadas com material estranho. 
 
OBS.3: Não dê comida, bebida, tampouco algum 
medicamento para a vítima. 
 
Como prevenir? 
 Sempre nade perto de um salva-vidas; 
 Pergunte para um salva-vidas quais são os 
locais seguros para nadar; 
 Sempre nade com outras pessoas; 
 Não superestime sua capacidade de nadar; 
 Sempre vigie suas crianças; 
 Nade longe de pedras, pilares e estacas; 
 Evite tomar bebidas alcóolicas e refeições 
pesadas antes de nadar; 
 No mar, evite nadar nas correntes de 
retorno; 
 Nunca tente resgatar alguém se não 
dominar as técnicas para isso e se não for 
um excelente nadador; 
 Não mergulhe em água rasa; 
 Instale cercas de segurança ao redor das 
piscinas; 
 Feche as piscinas quando ninguém estiver 
usando; 
 Uso de colete salva-vidas em embarcações; 
 Educação sobre noção de natação e 
flutuação para as crianças. 
 
Para treinar seus conhecimentos 
1) Por quais motivos evita-se ao máximo entrar 
na água ao socorrer um afogado? 
2) Ao avistar uma vítima de afogamento, quais 
são os procedimentos ideais para retirá-la 
da água? 
 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 20 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
s vasos sanguíneos armazenam e distribuem o 
sangue para as várias regiões do corpo. O 
extravasamento de sangue do sistema 
cardiovascular é definido como Hemorragia. 
O sangue é responsável por levar oxigênio e 
nutrientes aos tecidos e por retirar dióxido de 
carbono e metabólitos para serem excretados. 
Logo, se a hemorragia não for controlada os tecidos 
entrarão em falência devido à falta de oxigênio. 
As hemorragias podem ser classificadas quanto ao 
tipo e quanto ao vaso lesado: 
 Tipos de Hemorragia 
1. Hemorragia Externa: Resulta de um 
ferimento com extravasamento de sangue 
para o exterior. 
 
2. Hemorragia Interna: Resultante de lesão 
dos órgãos internos, decorrente de 
traumatismos em seus respectivos sistemas, 
caracterizando a passagem de sangue do 
interior dos vasos para as cavidades do 
organismo, não ocorrendo a exteriorização e 
a possível visualização sanguínea. 
 
 Quanto ao Vaso lesado 
1. Hemorragia Arterial: Sangue de cor 
vermelho vivo, sangramento se apresenta 
em jatos devido as batidas do coração. 
2. Hemorragia Venosa: Sangue de cor 
vermelho escuro, sangramento se apresenta 
contínuo. 
3. Hemorragia Capilar: Sangue de cor 
vermelho vinhoso, sangramento se 
apresenta em lençol. 
Como reconhecer uma hemorragia? 
O tempo estimado de coagulação sanguínea varia 
de 1 a 3 minutos, o que por si só já pode findar uma 
hemorragia. Todavia, dependendo do diâmetro do 
vaso, pressão dentro do vaso e presença de fatores 
coagulantes a hemorragia pode persistir e levar à 
morte. 
Logo, feridas com sangramento ativo devem ter 
prioridade no tratamento de pacientes 
traumatizados e com isso tratadas com rapidez 
e eficiência. Lembre-se sangue é vida, nenhum 
sangramento é pequeno e cada hemácia conta! 
 
 Sinais de hemorragia externa: 
1. Presença de sangramento visível 
2. Aumento da frequência respiratória (> 20 
incursões respiratórias por min) 
3. Aumento da frequência cardíaca (> 100 
batimentos por min) 
4. Queda da pressão arterial (< 
120/80mmHg). 
5. Rebaixamento do nível de consciência 
6. Aumento do tempo de reenchimento 
capilar 
 
 Sinais de hemorragia interna: 
1. Equimose em tórax ou abdome (Pele 
arroxeada) 
2. Pele pálida e fria 
3. Sudorese acentuada 
4. Mucosas hipocoradas 
5. Tontura 
6. Dedos dos pés e das mãos arroxeados 
7. Aumento do tempo de reenchimento 
capilar 
8. Sinais vitais anormais são um indicativo 
tardio, que quando identificado, significa 
que a hemorragia está em um estágio 
mais avançado. Portanto, não pode ser 
usado como fator isolado e soberano na 
constatação de uma hemorragia interna. 
 
ATENÇÃO: Idosos, neonatos, gestantes e 
atletas apresentam fatores de confusão devido a 
fisiologia diferenciada. Logo, é crucial que o 
socorrista tenha em mente que alguns sinais 
não serão alterados, mas que a observação e 
tratamento devem ser feitos com cautela 
redobrada. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 21 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
O que fazer para controlar uma hemorragia 
externa? 
 É imprescindível que o socorrista tenha em mente 
o XABC da vida discutido no capítulo 2 de 
Avaliação Inicial. Logo, qualquer hemorragia ativa 
deve ser primeiramente abordada pelo socorrista, a 
fim de preservar a vida do paciente traumatizado, 
cabendo no passo X da sequência que significa 
exsanguinação. Caso necessário, remova ou corte 
a roupa do paciente para expor o ferimento; e 
melhor aborda-lo. Cuidado com materiais 
cortantes e outros componentes que possam 
colocar a integridade física do socorrista em 
perigo. 
 
Compressão direta sobre a lesão: 
A pressão manual direta ou um curativo 
compressivo são técnicas iniciais para controlar 
uma hemorragia externa. 
1. Consiste na compressão direta da ferida, 
podendo ser realizada com as próprias mãos 
(caso o ferimento seja no próprio socorrista), 
com gaze ou pano limpo; 
2. Caso o ferimento seja em terceiros, o socorrista 
não deve esquecer de usar luvas; 
3. Se a gaze for utilizada na compressão do 
ferimento, lembre-se de colocar sobre o 
sangramento. O tempo de pressão sobre o 
ferimento é de aproximadamente 10 
minutos. Bandagens poderão ser aplicadas, 
após o tempo determinado, para fixar a gaze no 
local; 
4. Em caso de objeto empalado que impossibilite 
a pressão direta sobre o ferimento o socorrista 
deve aplicar a pressão em um dos lados do 
objeto ao invés de sobre ele. O objeto não 
deve ser retirado; 
5. Em caso de sangramento persistente mesmo 
após a aplicação de gaze ou pano limpo esses 
não devem ser removidos da ferida. Novas 
gazes ou panos devem ser colocados por cima 
dos anteriores pois auxiliam no tamponamento 
do sangramento devido a formação de 
coágulos. Lembre-se de aplicar pressão 
sobre o ferimento. 
 
Fig. 1. Socorrista realizando compressão direta sobre a ferida 
 
Fig. 2. Curativo compressivo realizado para conter a hemorragia 
 Torniquete: 
A maioria das feridas para de sangrar somente com 
a compressão direta realizada sobre o local. 
Todavia, em casos de sangramento persistente 
não resolvidos com pressão direta e em casos de 
amputação de membros ou laceraçãoextensa de 
membros pode se fazer uso desta técnica. 
1. Utilize uma faixa de pano de pelo menos 4 cm 
de largura (não utilize tiras finas, fios ou 
cordas); 
2. Coloque a faixa bem próxima a ferida; 
3. Dê duas voltas com a faixa sobre o local 
afetado; 
4. Coloque um pedaço de madeira forte ou outro 
semelhante (um pedaço de cano resistente, por 
exemplo) e faça dois nós sobre o pedaço de 
madeira; 
5. Gire a madeira lentamente até controlar a 
hemorragia; 
6. Anote o horário de realização do torniquete; 
7. Leve a vítima o mais depressa possível ao 
hospital. 
PHTLS: Torniquetes arteriais são usados com 
segurança durante um período de 120 a 150 min 
na sala de cirurgia, sem lesões musculares ou 
nervosas significativas. Aliviar o torniquete não 
é mais indicado pois não reduz possíveis danos 
ao membro afetado, mas apenas aumenta a 
perda de sangue. Uma vez aplicado o torniquete 
deve ser deixado no local até que não seja mais 
necessário. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 22 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
Fig. 3. Técnica de realização do torniquete. 
 
Fig. 4. Dispositivo de torniquete. 
 
 Imobilização (Método auxiliar): 
Mesmo sem lesão óssea, a imobilização da área 
lesada e dos músculos correspondentes é um 
importante auxiliar na redução da hemorragia. Nos 
casos de fraturas, as extremidades ósseas são 
muitas vezes pontiagudas e cortantes e podem 
lacerar os músculos, tecidos ou pele, provocando 
ou agravando uma hemorragia. Deve-se imobilizar 
o local do sangramento, oferecendo melhores 
condições para que os mecanismos normais de 
coagulação exerçam suas funções. 
 
 Resfriamento (Método auxiliar): 
O resfriamento de uma área lesada não é um 
mecanismo eficaz se realizado de forma isolada. É 
um método auxiliar e pode ser utilizado em 
combinação com as técnicas anteriores. Ele 
apenas reduz a dor e auxilia na redução dos 
edemas (inchaço) quando a lesão for 
acompanhada de contusão. 
 
O que fazer para controlar uma hemorragia 
interna? 
O tratamento deste tipo de hemorragia é cirúrgico, 
logo, após a identificação, deve-se transportar a 
vítima imediatamente para o hospital mais próximo, 
atentando para o estado de choque, tema 
abordado no próximo capítulo (6). 
 
Casos especiais 
 Boca e nariz: 
Quando o sangue deixa um vaso, ele tende a 
coagular. O coágulo formado pode ser aspirado 
durante a respiração e obstruir as vias aéreas 
causando sufocação, ou se deglutido, pode causar 
náuseas. Por isso, o primeiro procedimento é evitar 
que o sangue se acumule dentro da boca ou nariz, 
inclinando a cabeça da vítima para frente, se 
possível com ela sentada, facilitando a saída do 
sangue. 
Na boca, se a lesão for visível, deve-se fazer um 
tamponamento local comprimindo com os dedos (a 
mão deve estar protegida), com o ferimento 
previamente coberto por gaze. 
No nariz, deve-se fazer o pinçamento com os dedos 
indicador e polegar para tamponar o local. Esse ato 
deve ser rápido para que o sangue não se acumule, 
inclinando a cabeça da vítima para frente. Se a 
lesão for próxima da parte mais externa das narinas, 
pode-se colocar um tampão de gaze ou algodão, 
mantendo sua ponta fixada externamente. 
 
 
Fig. 5. Manobra de pinçamento de nariz e sua posição correta 
 
Fig. 6. Posicionamento incorreto da cabeça da vítima 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 23 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
Em caso de vítima inconsciente, esta deverá ser 
colocada com os devidos cuidados, em decúbito 
dorsal, com sua cabeça devidamente posicionada 
para o lado para facilitar o escoamento do sangue - 
posição de drenagem. 
Colocar compressas de gelo em volta do local que 
apresenta sangramento é válido para hemorragias 
das cavidades oral e nasal, pois com isto se 
consegue diminuir o calibre do vaso e, 
consequentemente, o sangramento. 
ATENÇÃO: Não deve ser orientado que a vítima 
posicione a cabeça para trás devido ao risco de 
broncoaspiração. 
 Orelha: 
 Não se deve tentar introduzir nenhum tipo de objeto 
e nem tamponar o local, devendo-se apenas colocar 
o lado atingido voltado para o solo para que o 
sangue não se acumule na cavidade auditiva. Em 
caso de hemorragia nos dois ouvidos, deve-se 
alternar o posicionamento da cabeça de minuto a 
minuto, propiciando a drenagem das duas orelhas. 
Em caso de vítimas politraumatizadas com otorragia 
(hemorragia do ouvido) e / ou equimose periorbitária 
(mancha arroxeada ao redor do olho), conhecida 
como sinal do guaxinim e equimose em região 
mastoidea (mancha arroxeada retroauricular), 
conhecida como sinal de Battle deve-se sempre 
suspeitar de fratura de base de crânio. 
 
 
Fig. 7. Sinais de Guaxinim e de Battle respectivamente. 
 
Fig. 8. Posição de drenagem da orelha 
 
Para treinar seus conhecimentos 
1. Qual o tempo seguro estimado para o uso do 
torniquete? 
2. Uma vez evidenciada a hemorragia, qual é o 
primeiro procedimento a ser realizado no 
paciente?
 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 24 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
choque é um estado no qual o sistema 
cardíaco e/ ou circulatório se torna incapaz de 
garantir o fornecimento de oxigênio e nutrientes 
aos órgãos vitais. O objetivo principal da 
oxigenação celular é a manutenção do equilíbrio da 
produção de energia para manter o organismo 
funcionando de forma plena. O choque instala-se 
no indivíduo de uma forma progressiva, sendo 
muitas vezes detectado tardiamente. Se não for 
combatido rapidamente, pode levar a morte. 
 
Classificação 
Hipovolêmico: é o choque que acontece com 
perda de volume sanguíneo (hemorragia ou 
desidratação). Essa perda por hemorragia pode ser 
externa (fraturas expostas e cortes extensos de 
pele e músculo) e/ou interna, onde alguns órgãos 
podem se romper ou ser lacerado e provocar perda 
de sangue para a cavidade abdominal. 
 
Cardiogênico: é o choque que acontece devido à 
disfunção do músculo cardíaco, em que o coração 
diminuiu a força de bombeamento do sangue. 
 
Obstrutivo: é o choque que acontece devido a 
obstrução, impedindo o enchimento adequado do 
coração. Pode ocorrer em condições clínicas 
(tromboembolismo pulmonar – TEP) e traumáticas. 
Um exemplo é o pneumotórax hipertensivo 
traumático, onde a pleura (membrana que envolve 
o pulmão) é rompida, e o tórax se enche de ar, 
havendo compressão do pulmão e do coração, 
dificultando o bombeamento de sangue. Outro 
exemplo é o tamponamento cardíaco, que é 
quando o pericárdio (membrana que envolve o 
coração) se enche de sangue e/ou outro líquido que 
impede que o coração faça as contrações 
responsáveis pelo bombeamento de sangue. Essa 
situação é considerada de alta gravidade e deve 
ser rapidamente avaliada pela equipe médica. 
Distributivo: é aquele choque decorrente de 
vasoplegia, situação na qual os vasos, artérias e 
veias perdem a capacidade de contração e ficam 
flácidas e mais lentas para levar o sangue até os 
tecidos e órgãos da vítima. Ainda temos uma 
subdivisão em: choque séptico (provocado por 
infecção generalizada), neurogênico (provocado 
por lesões neurológicas, que podem ser por trauma 
raquimedular – TRM e trauma cranioencefálico – 
TCE), e o anafilático, que é aquele que acontece 
por resposta exacerbada do sistema imunológico 
(defesa do organismo), podendo estar presente no 
uso de medicamentos, picada de insetos e 
poluentes. 
 
O CHOQUE MAIS COMUM É O 
HIPOVOLÊMICO, PRINCIPALMENTE, EM 
SITUAÇÕES DE TRAUMA. 
 
Como reconhecer? 
 Pulso rápido, fraco e irregular (pulso normal em 
adultos de 60 a 100 batimentos por minuto - 
bpm); 
 Respiração rápida, curta, irregular ou muito 
difícil; 
 Pele pálida, úmida, pegajosa e fria; 
 Cianose (arroxeamento) de extremidades, 
orelhas, lábios e pontas dos dedos; 
 Suor intenso na testa e palmas das mãos; 
 Ansiedadee confusão mental; 
 Náusea e vômitos; 
 Perda total ou parcial da consciência; 
 Fraqueza geral; 
 Sensação de frio, pele fria e calafrios; 
 Sede intensa; 
 Respostas insatisfatórias a estímulos externos; 
 Tempo de enchimento capilar maior que 2 
segundos; 
 Queda da pressão arterial (a diminuição da 
pressão arterial é um dos últimos sinais, pois só 
ocorre quando há perda significativa de 
sangue). 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 25 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
O que fazer? 
PRIMEIRO: 
 Segurança do local 
 Sua segurança 
 Ligar para o SAMU 
 
XABCDE 
 
X - Controle de sangramento externo, compressão 
direta e ou torniquete, quando necessário. 
A - Manter a via aérea permeável, ter em atenção 
um possível vômito. 
B - Oferecer suporte ventilatório, caso necessário, e 
reavaliar continuamente. 
C - Buscar por sinais de hemorragia interna, avaliar 
perfusão (HPPP) e elevar os membros inferiores a 
cerca de 30/45º (se possível). Manter o doente 
quente (evitar hipotermia). 
D - Realizar um rápido exame neurológico – AVDI. 
Alguns pacientes podem apresentar confusão 
mental, que pode ser em consequência de um 
choque hipovolêmico ou de trauma 
cranioencefálico. 
E - Realizar a exposição da vítima, retirando suas 
roupas, para que possa verificar se há outras lesões 
que possam contribuir para o estado de choque. 
Lembrar que a exposição deve ser o mais rápido 
possível e em seguida a vítima deverá ser coberta 
com cobertores térmicos para manter sua 
temperatura corporal adequada, pois a hipotermia 
(temperatura baixa do corpo) pode prolongar e até 
mesmo piorar o choque. 
IMPORTANTE 
O tratamento definitivo do déficit de volume 
consiste em medidas feitas apenas no ambiente 
intra-hospitalar por profissionais capacitados. 
Portanto, é de fundamental importância que o 
SAMU esteja a caminho o mais rápido possível, 
principalmente nos casos de hemorragia interna 
e choque cardiogênico! 
 
Para treinar seus conhecimentos 
1. Diante de uma vítima com suspeita de choque 
deve-se prioritariamente: 
a) Elevar os membros superiores em 45°. 
b) Deixar a vítima exposta para procurar o foco 
hemorrágico. 
c) Ligar para o SAMU. 
d) Esfriar a vítima o mais rápido possível. 
2. Dentre as seguintes opções, qual será a de 
maior suspeita de estado de choque? 
a) Masculino, 18 anos. Queda da própria 
altura durante uma partida de futebol. 
b) Masculino, 3 anos com quadro de crise 
convulsiva com duração de 30 segundos e 
febre de 39°C. 
c) Feminino, 5 anos com corte de 4cm em 
joelho direito. 
d) Gestante, 22 anos, confusa, agitada e com 
e extremidades arroxeadas após colisão em 
acidente. 
e) Masculino, diabético 68 anos com 
dificuldade para movimentar membro 
superior esquerdo.
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 26 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 Suporte Básico de Vida (SBV) é o conjunto de 
medidas e procedimentos sistemáticos, que 
objetivam o imediato suporte a uma vítima em 
parada cardiorrespiratória (PCR) de modo a salvar 
sua vida. Por meio da aplicação de ações 
sistematizadas, é possível aumentar a sobrevida 
dos pacientes em até 60%, concretizando os 
conceitos embutidos nos elos da “Cadeia de 
Sobrevivência” (fig. 1). Apesar dos importantes 
avanços em prevenção, a PCR continua sendo um 
problema substancial de saúde pública, e uma 
grande causa de morte em muitas partes do mundo. 
Nos Estados Unidos e Canadá, cerca de 350.000 
pessoas sofrem PCR a cada ano, e menos de 23% 
recebem o primeiro atendimento antes da chegada 
do Serviço Médico de Emergência. 
 
 
Fig. 1 - Cadeia de Sobrevivência - Adulto 
 
Este termo “Cadeia de Sobrevivência” trata-se de 
uma metáfora útil para os elementos do conceito de 
sistemas de atendimento cardiovascular de 
emergência. Seus 5 elos são: 
 Reconhecimento imediato da PCR e 
acionamento do SAMU 
 RCP precoce, com ênfase nas compressões 
torácicas 
 Rápida desfibrilação 
 Suporte avançado eficaz de vida 
 Cuidados pós-PCR integrados 
 
Desde as atualizações das diretrizes da American 
Heart Association (AHA) 2010, a sequência dos 
procedimentos de SBV foram alterados de ABC 
para CAB, em adultos, crianças e bebês. Dessa 
forma, evita-se o retardo no início das compressões 
devido à dificuldade ou complicações decorrentes 
do manejo das vias aéreas. Dessa forma, é 
garantida a aplicação de 30 compressões torácicas, 
antes das ventilações. 
 
 
 ompressions (compressões) 
 irway (vias aéreas) 
 reathing (ventilação) 
 
SBV/RCP para adultos 
As noções básicas de SBV se compõe de 4 partes 
principais: 
1. Compressões torácicas 
2. Via aérea 
3. Ventilação 
4. Desfibrilação 
 
Embora as ações sejam – didaticamente – 
ensinadas de forma sequencial, em situações com 
mais de um socorrista, o ideal é que as ações sejam 
realizadas SIMULTANEAMENTE (por exemplo, um 
socorrista liga para o SAMU, enquanto outro já inicia 
as compressões, enquanto outro aplica as 
ventilações e um quarto busca/prepara o 
desfibrilador). 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 27 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
Etapa 1 
Segurança do local 
 
Certifique-se de que o local é seguro, não 
apresentando nenhum perigo à sua aproximação, 
lembre-se que o personagem mais importante na 
cena é você. Só após garantir sua segurança, avalie 
se o local apresenta algum perigo iminente à vítima, 
e tome as devidas precauções. 
 
Etapa 2 
Checar responsividade 
 
Bata no ombro da vítima e grite “Senhor (a), você 
está bem? ”. O estímulo deve ser enérgico. 
Estímulos sutis podem não ser suficientes para 
causar respostas significativas em pacientes 
alcoolizados, por exemplo. Caso a vítima esteja 
inconsciente: 
 Grite por ajuda, chame alguém que esteja 
próximo 
 Ligue (ou peça para ligarem) para o SAMU. 
Você pode usar seu celular e colocá-lo no 
viva-voz, enquanto aplica 
SIMULTANEMANTE a etapa seguinte. 
 
Etapa 3 
Checar respiração e pulso 
 
Verifique se a vítima está respirando, ou se está 
com respiração anormal (gasping). A checagem do 
pulso deve ser feita SEMPRE no pulso carotídeo, 
por no máximo 10 segundos. Essas ações devem 
ser realizadas SIMULTANEAMENTE. 
 
Gasping são respirações agônicas que podem se 
apresentar nos primeiros minutos após uma PCR 
súbita. Normalmente apresentam-se como 
inspirações rápidas, com abertura da boca e 
movimentação da cabeça ou pescoço. Eles podem 
ser fortes, fracos, acompanhados de sons, ruídos, 
roncos, gemidos. 
 
 
Localizando o pulso carotídeo... 
 
1. Localize a traqueia, usando 2 ou 3 dedos 
2. Deslize os dedos cerca de 2cm para 
qualquer um dos lados do pescoço, em 
direção aos músculos laterais 
3. Sinta o pulso pôr no MÁXIMO 10 segundos. 
Se não sentir pulso, inicie imediatamente as 
compressões torácicas (C-A-B) 
 
Etapa 4 
Ciclos de compressões X ventilações (RCP) 
 
 
 
A relação de compressões-ventilações para apenas 
um socorrista será SEMPRE de 30:2, em 5 ciclos 
(aproximadamente 2 minutos), para vítimas de 
ATENÇÃO 
Gasping em pacientes que não 
respondem é RCP!!! 
Checklist – RCP 
 Início imediato 
 Tórax nu 
 Posição vertical 
 Mãos corretamente 
posicionadas 
 Cotovelos travados 
 Profundidade correta 
 Frequência correta 
 Retorno do tórax 
 Relação 30:2 
 Sem hiperventilações 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 28 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
QUALQUER faixa etária. Quanto a vítima pediátrica, 
se houver mais de um socorrista, essa relação 
será de 15:2, por 10 ciclos (aproximadamente 2 
minutos) 
 
Comprimindo... 
Chegamos aqui à etapa mais importante de todo o 
algoritmo do BLS. As compressões serão SEMPRE 
a prioridade, e devemos nos esforçar para aplicar 
RCP de alta qualidade! É isso que irá permitir o 
aumento de chance de sobrevidado paciente, 
garantindo a manutenção do ritmo chocável por um 
maior período de tempo, até que seja aplicado a 
desfibrilação com o DEA, após a chegada do 
SAMU. 
 
As etapas são as seguintes: 
1. Posicione-se ao lado da vítima 
2. A vítima deve estar deitada “de barriga para 
cima” e sobre uma superfície RÍGIDA. Caso 
esteja com o rosto voltado pra baixo, ela 
deve ser virada para a posição correta. Em 
caso de suspeita de lesão cervical, faça a 
manobra adequada, com cuidado, com 
estabilização cervical. 
3. Coloque o “calcanhar” da mão dominante no 
centro do tórax da vítima, na metade inferior 
do osso esterno 
4. Coloque o calcanhar da outra mão sobre a 
outra, e entrelace os dedos, puxando-os 
para cima 
5. Coloque-se em posição vertical, 90° sobre a 
vítima, estique os cotovelos e os mantenha 
“travados” durante toda a manobra 
6. Comprima forte e rápido. 
a. A frequência deve ser entre 100 – 120 
/min 
b. A profundidade deve ser entre 5 – 6 cm 
(requer um esforço razoável) 
7. Permita o retorno do tórax. Não devemos 
nos apoiar no tórax do paciente após a 
compressão. Esse erro reduz o fluxo 
sanguíneo produzido pelas compressões. 
8. Não interrompa a aplicação da RCP 
 
 
Fig. 2 - Posicionamento correto das mãos – Mãos sobrepostas sobre 
o esterno, no centro do tórax 
 Coloque uma superfície rígida sob a vítima, caso 
ela esteja deitada sobre um colchão macio, caso 
contrário a energia das compressões serão 
distribuídas pela espuma macia, prejudicando a 
capacidade de comprimir o tórax 
 Não mova a vítima, a não ser que ela esteja sob 
perigo iminente (incêndio, fios elétricos...) 
 
Ventilando... 
Para ventilar o paciente, primeiramente precisamos 
garantir que a livre passagem de ar pela via aérea 
(via aérea pérvia). Para isso, podemos lançar mão 
de 2 diferentes manobras: Chin-Lift e Jaw-Thrust. 
 Chin Lift 
 
Fig. 3 - Chin Lift 
Deve ser a primeira escolha, devido à facilidade de 
sua aplicação e pode ser feita por apenas um 
socorrista. Sua contraindicação é em pacientes com 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 29 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
risco de lesão cervical, quando devemos utilizar 
Jaw-Thrust. 
Como fazer: 
o Coloque uma mão sobre a testa da 
vítima e empurre com a palma, de forma 
que a cabeça fique inclinada para trás 
o Com a outra mão na parte inferior do 
queixo e erga sua mandíbula para 
frente. 
o Não pressione a parte mole do queixo, 
caso contrário você irá promover o 
fechamento da via aérea. 
 
 Jaw-Thrust 
 
Fig. 4 – Jaw-Thrust 
Em casos de suspeita de lesão cervical, esta 
manobra é a preferencial. Enquanto um socorrista 
efetua a manobra, o outro aplica as ventilações. 
Como fazer: 
o Coloque uma mão em cada lado da 
cabeça da vítima, promovendo a 
estabilização cervical 
o Coloque os dedos sob o ângulo da 
mandíbula (a curva do queixo), e 
desloque a mandíbula para a frente 
o Pode ser necessário usar os polegares 
para abrir os lábios da vítima. 
 
Existem vários métodos e dispositivos que ajudam 
a efetuar as ventilações de regaste no ambiente 
extra-hospitalar e auxiliam nas precauções 
normativas de segurança individual. Pode-se usar 
de protetores faciais, máscaras faciais e bolsa-
valva-máscara (AMBU). 
 
Fig. 3 - Protetor facial, máscara facial e AMBU 
 
Como muitas PCRs acontecem em casa, e a 
utilização desses dispositivos de ventilação com 
barreira não é uma realidade em nosso meio, 
daremos ênfase à técnica de ventilação boca-a-
boca. Trata-se de um método rápido, fácil e eficaz 
de ser aplicado, capaz de oferecer uma fração de 
oxigênio de 17% (o ar ambiente possui 21%), que é 
suficiente para suprir as necessidades da vítima. 
 
Como fazer: 
1. Abra a via aérea da vítima (Chin-Lift ou Jaw-
Thrust) 
2. Pince o nariz com os dedos polegar e 
indicador, enquanto a palma dessa mesma 
mão ajuda a manter o pescoço estendido 
3. Com o polegar da outra mão, abra e 
mantenha aberta, a boca da vítima 
4. Inspire normalmente e coloque seus lábios 
em torno da boca da vítima, de forma a 
promover uma vedação eficiente 
5. Insufle o ar por cerca de 1 segundo, em duas 
ventilações. Sempre observando a 
expansão do tórax (caso não haja, verifique 
a manobra de abertura de via aérea e 
verifique se sua boca está bem posicionada) 
6. Solte o nariz da vítima e afaste-se, para que 
ela possa exalar o ar inspirado 
7. Caso não consiga efetuar as ventilações, 
reinicie imediatamente as compressões. 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 30 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
Fig. 4 – Ventilação Boca a Boca: A palma da mão esquerda mantém 
o pescoço estendido, o polegar esquerdo mantém a boca aberta, e a 
socorrista observa a elevação do tórax 
 
PINÇA – INSUFLA – SOLTA ... 
PINÇA – INSUFLA – SOLTA ... 
O risco de infecção durante uma RCP é 
extremamente raro e limitado a poucos relatos, e 
curiosamente não é o principal fator que impede as 
pessoas de efetuarem ventilações boca-a-boca, 
mas sim: a insegurança, o medo de fazer errado e 
agravar a situação da vítima! 
 
Etapa 5 
Desfibrilação 
 
Quando dizemos que um paciente se encontra em 
PCR, o seu coração não está necessariamente 
parado, sem batimentos. De fato, o que ocorre, é 
que o coração parou de exercer a sua função de 
bombeamento sanguíneo efetivo, seja por estar 
realmente parado, ou por uma desorganização 
funcional causada por anomalias na condução do 
estímulo elétrico. 
Os fatores mais importantes para a total 
recuperação do paciente são: o ritmo de parada em 
que ele se encontra e o tempo entre o colapso 
cardíaco e a desfibrilação. Para isso, usamos um 
dispositivo chamado DEA (desfibrilador externo 
automático), que deve ser utilizado TÃO LOGO 
ESTEJA DISPONÍVEL. Nada deve atrasar a sua 
utilização. Uma vez acoplado ao paciente, ele é 
capaz de efetuar a leitura elétrica do ritmo cardíaco 
e de administrar o choque. Os ritmos de PCR são, 
basicamente: Os chocáveis: FV (fibrilação 
ventricular); TV (taquicardia ventricular), e os não-
chocáveis: AESP (atividade elétrica sem pulso) e 
Assistolia. 
 
Fig. 5 - DEA 
Assim que o DEA chegar ao local, posicione-o ao 
lado da vítima, de modo que o socorrista que irá 
operá-lo tenha livre acesso à colocação das pás e 
ao painel de controle do aparelho, e que o socorrista 
posicionado ao lado oposto ao paciente, consiga 
aplicar as compressões cardíacas sem interferir na 
operação do DEA. 
Apesar da variedade de modelos de DEA, há 
basicamente 5 etapas para sua operação: 
 
Fig. 6 - Posição das pás 
1. Tirar o DEA do estojo e liga-lo. A partir 
desse momento, ele orientará as etapas 
seguintes 
2. Aplicar as pás no tórax do paciente: 
 O tórax do paciente deve estar nu 
 Remova o papel adesivo das pás e 
aplique: 
• No tórax superior direito, logo abaixo 
da clavícula 
• Na face lateral do tórax esquerdo, ao 
lado do mamilo esquerdo, cerca de 5 
cm abaixo da axila 
 Ligue os cabos das pás no DEA 
3. Analisar o ritmo cardíaco 
 Certifique-se de que ninguém esteja 
tocando no paciente (incluindo você) 
 O DEA pode avisar que irá efetuar a 
leitura, ou pode ser necessário apertar 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
 
 
[PROJETO ALFA RIO BRANCO] 31 
 
[CURSO DE PRIMEIROS SOCORROS] 
um botão para que se inicie esse 
processo 
4. Aplicar o choque 
 Em casos de PCR em FV ou TV, o DEA 
indicará o choque e irá carregar a 
tensão necessária 
 Dê a ordem em voz alta e clara 
“AFASTEM-SE DO PACIENTE! ” 
 Verifique visualmente se todos estão 
seguros (incluindo você) 
 Aperte o botão de CHOQUE 
5. Reinicie IMEDIATAMENTE as 
compressões, e siga as próximas instruções 
do DEA 
 
 A eficácia do choque é maior se aplicada em 
no máximo 10 segundos após a última 
compressão 
 Deixe o DEA acoplado à vítima até a sua 
chegada ao hospital. 
 Nunca analise o ritmo com o paciente

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