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TIREOIDE E HORMÔNIOS TIREOIDIANOS

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Hormônios metabólicos da tireoide
TIREOTROFOS
Os tireotrofos regulam a função da tireoide secretando o hormônio TSH (tireotrofina) como parte do eixo hipotálamo-hipófise-tireoide.
O TSH é um hormônio glicoproteico composto por uma subunidade alfa e uma subunidade beta, e a glicosilação dessas subunidades aumenta sua estabilidade na circulação e potencializa a afinidade e especificidade dos hormônios por seus receptores (no caso do TSH receptor nas células de folículo da tireoide). Vale ressaltar que as meias-vidas dos hormônios glicoproteicos são relativamente longas. 
O TRH (hormônio liberador de tireotrofina) é produzido pelos neurônios hipotalâmicos parvocelulares e ao se ligar ao receptor de TRH, estimula a secreção de TSH pela hipófise. O TSH se liga ao receptor de TSH, estimulando a liberação de T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) pelas células epiteliais da tireoide, que resultam em diversos efeitos fisiológicos. 
OBS: T3 e T4 efetuam uma retroalimentação negativa tanto nos tireotrofos hipofisários (reprimem a expressão de beta-TSH e a sensibilidade dos tireotróficos hipofisários ao TRH) quanto nos neurônios parvocelulares hipotalâmicos. (inibem a produção e secreção de TRH).
OBS II: os neurônios parvocelulares do hipotálamo responsáveis pela secreção de TRH, são regulados por vários estímulos mediados no SNC, sendo liberado de acordo com um ritmo diurno e regulado por estresse, seja ele físico, inanição ou infecção (inibição). 
 TIREOIDE 
A tireoide é uma glândula bilobada composta por um grande número de folículos (unidade funcional). Cada folículo é circundado por uma única camada de células (tireocitos) e é preenchido por um material proteináceo denominado coloide (principal componente glicoproteína tireoglobulina, que contém os hormônios tireoidianos em sua molécula). 
OBS: TTF-1 (fator de transcrição da tireoide) é uma proteína nuclear expressa durante o desenvolvimento da tireoide, pulmão e algumas regiões cerebrais, sendo útil para a distinção de tumores neuroendócrinos bem diferenciados (TNEBD) metastáticos de origem pulmonar dos extrapulmonares. 
OBS II: TTF-2 (expressão de genes) 
Nessas imagens podemos visualizar a histologia da glândula tireoide, em que: 
F folículo; C coloide; S septos de tecido conjuntivo.
OBS: além das células foliculares, na tireoide também encontramos as células parafoliculares ou células C, que são fonte do hormônio calcitonina. 
Secreção dos hormônios tireoidianos: 
A tiroxina (T4) é um pró-hormônio que representa 90% da produção da tireoide, enquanto aproximadamente 10% da produção é de T3 (forma ativa do hormônio tireoidiano). 
T4 desiodação do anel externo T3 (ativa)
T4 desiodação do anel interno T3 reversa (inativa)
A desiodase tipo I é responsável pela maior parte da conversão de T4 em T3 e, de forma paradoxal, aumenta no hipertireoidismo e contribuem para a elevação dos níveis circulantes de T3. No encéfalo, a desiodase tipo II, mantém níveis intracelulares constantes de T3 e essa desiodase está aumentada durante o hipotireoidismo, o que ajuda a manter níveis constantes de T3 no encéfalo. 
Também existe uma desiodase “inativadora” (desiodase tipo III) que converte T4 em T3 reversa (inativa). Essa desiodase aumenta no hipertireoidismo, o que ajuda a amortecer a produção excessiva de T4. 
OBS: o iodo é essencial para a produção dos hormônios da tireoide. Assim, o iodo ingerido é convertido em iodeto e absorvido no intestino. A maioria do iodeto circulante é excreta pelos rins e o restante é captado e concentrado na tireoide, através das células foliculares tireoidianas. 
Assim, a síntese dos hormônios tireoidianos requer dois precursores: tireoglobulina e iodeto. O iodeto é transportado pelas células da face basal para a face apical do epitélio da tireoide e a tireoglobulina é sintetizada e secretada pela membrana apical para a luz folicular.
Etapas da secreção dos hormônios tireoidianos:
Iodeto transportado ativamente para a glândula por um simporter de sódio-iodeto (NIS) Iodeto é transportado para a luz dos folículos por um transportador iodo/cloreto (pendrina) e oxidado a iodo pela peroxidase tireoidiana tireoglobulina é sintetizada e secretada através da exocitose dos grânulos de secreção iodação da tireoglobulina pelas tireoperoxidases endocitose da tireoglobulina iodada se fundem aos lisossomos degradação enzimática da tireoglobulina pelas enzimas lisossomais liberação de hormônios da tireoide pela membrana basolateral por um transportador específico (T3 e T4).
OBS: 
UMA iodação (tirosina + iodo) = MIT (monoiodotirosina)
DUAS iodações (tirosina + iodo + iodo) = DIT (diiodotirosina)
MIT + DIT = T3
DIT + DIT = T4
É importante destacar que T3 e T4 circulam, predominantemente (70%), ligadas a proteínas (principalmente TBG — globulina de ligação a tiroxina) e 15% ligadas a albumina.
T3 é biologicamente ativa e medeia os efeitos do hormônio tireoidiano sobre tecidos periféricos, além de exercer retroalimentação negativa sobre a hipófise e hipotálamo. 
OBS — aplicação clínica: aumento da glândula tireoide é chamado de bócio e o bócio endêmico é decorrente da ausência de iodo na dieta, provocando baixos níveis de hormônios tireoidianos e elevação de TSH.
Efeitos fisiológicos dos hormônios tireoidianos: 
Os hormônios tireoidianos atuam aumentado o metabolismo basal dos múltiplos sistemas do organismo humano, a partir do aumento do consumo de oxigênio, termogênese (aumento da produção de calor), aumento da captação, oxidação e síntese de glicose, aumento da síntese de ácidos graxos e lipólise e intensificação da gliconeogênese, cetogênese e proteólise. Além disso, esses hormônios também atuam aumentando a fome (sem representar ganho de peso) e diminuindo o colesterol total e o LDL.
No sistema cardiovascular: 
Aumento da frequência cardíaca, captação de cálcio pelo miocárdio (elevação da força contrátil), pressão sistólica e vasodilatação periférica. Diminuição da pressão diastólica.
No sistema respiratório:
Aumento da utilização e aporte de oxigênio e aumento da frequência respiratória; além da melhora ventilatória a hipoxia e a hipercapnia. 
No sistema osteomuscular:
Atravessa a placenta e auxilia no desenvolvimento ósseo do feto. Além disso, aumenta a ossificação endocondral, o crescimento linear, a maturação dos centros epifisários e a remodelação óssea. 
No sistema nervoso:
Atuam na memória, capacidade de aprendizado e tônus emocional, além de aumentar a motilidade do trato gastrointestinal (SNA).
No sistema renal:
Aumento da taxa de filtração glomerular. 
No sistema endócrino:
Estimula a secreção de GH e diminui a secreção de prolactina. 
Doença de Graves: 
É a forma mais comum de hipertireoidismo primário e é caracterizada como uma doença autoimune que causa uma anomalia no funcionamento da glândula tireoide (produção de anticorpos ativadores contra o receptor de TSH).
Sintomas o grande aumento da taxa metabólica é manifestado por perda de peso, apesar do aumento da ingestão de alimentos. Um excesso na produção de calor provoca desconforto em ambientes quentes, sudorese e maior ingestão de água. O aumento da atividade adrenérgica produz uma frequência cardíaca rápida, hipercinesia, tremor, nervosismo e um olhar fixo com os olhos arregalados. A fraqueza é causada por uma perda de massa muscular, assim como comprometimento da função muscular. Um frequente sinal clínico da doença de Graves é exoftalmia (protrusão anormal do globo ocular) e edema periorbital. Isso é causado por autoanticorpos que se ligam ao receptor de TSH expresso nos fibrócitos orbitais, levando à produção de citocinas inflamatórias. (BERNE)
A Doença de Graves é diagnosticada pela elevação dos níveis séricos de T3 e T4 livres e totais e sinais clínicos de bócio difuso e oftalmopatia. Vale ressaltar que os níveis de TSH são baixos, ao passo que os elevados níveis de T3 e T4 inibem a hipófise e hipotálamo.
Na doença de Graves, as células foliculares são estimuladas a secretar T3 e T4. Por isso, essas células tornam-se grandes com núcleos volumosos,devido a sua maior atividade. Além disso, a quantidade de coloide nas células é reduzida pois a célula metaboliza o coloide para liberar T3 e T4 no sangue.
 
OBS: Hipertireoidismo primário T3 e T4 altos e TSH baixo. Hipertireoidismo secundário ou terciário T3, T4 e TSH altos.
Hipotireoidismo:
Produção insuficiente de hormônios da tireoide, podendo ocorrer como uma doença primária, secundária ou terciária. 
Hipotireoidismo primário T3 e T4 anormalmente baixos e TSH alto. 
Hipotireoidismo secundário e secundário T3, T4 e TSH baixos. 
Sintomas o quadro clínico do hipotireoidismo em adultos em muitos aspectos é o exato oposto ao observado no hipertireoidismo. A taxa metabólica menor que a normal provoca ganho de peso sem um aumento apreciável na ingestão calórica. A diminuição da termogênese reduz a temperatura corporal e causa intolerância ao frio, diminuição da sudorese e pele seca. A atividade adrenérgica diminui e, portanto, pode ocorrer bradicardia. O movimento, a fala e os pensamentos são lentificados e ocorre letargia, sonolência e um rebaixamento das pálpebras superiores (ptose).
OBS: hipotireoidismo em adultos que não tenham deficiência de iodeto, na maioria da vezes, está relacionado com a Doença de Hashimoto, distúrbio autoimune que, em contraste com o efeito estimulante dos autoanticorpos observados na doença de Graves, os autoanticorpos na doença de Hashimoto causam apoptose das células da tireoide e destruição dos folículos da tireoide.
Hipertireoidismo X hipotireoidismo 
Paratireoide 
As paratireoides são 4 pequenas glândulas ovais e achatadas situadas na face posterior da tireoide, estando intimamente associadas a esse órgão. Dessa forma, patologias que afetam a tireoide podem facilmente acometer também as paratireoides, e vice-versa.
O tipo celular predominantemente no parênquima da glândula paratireoide é a célula principal, que é a célula responsável pela liberação do hormônio paratormônio. 
A: tecido adiposo; C: capilares; O: células oxifílicas; P: células principais.
A paratireoide é secretora do paratormônio — um dos principais hormônios relacionados ao metabolismo do cálcio, tendo em vista que ele é responsável, principalmente, pelo aumento da concentração sérica de cálcio (aumenta a calcemia). Além disso, o paratormônio é essencial para a produção de vitamina D, ao passo que participa de uma das suas etapas de conversão. 
Na membrana plasmática das células principais existem receptores/sensores de cálcio (CaSR) que atuam quando a concentração de cálcio extracelular está diminuída, aumentando a secreção de paratormônio, que atua aumentando a calcemia. 
Dessa forma, o paratormônio atua de três maneiras diferentes para aumentar a calcemia:
· Ativação da vitamina D e elevação da reabsorção de cálcio e excreção de fosfato pelos RINS.
· Promove reabsorção óssea através da ativação de osteoblastos que estimulam a diferenciação em osteoclastos, liberando íons cálcio e fosfato na corrente sanguínea. 
· Síntese de vitamina D no INTESTINO, aumentando a absorção de cálcio de maneira indireta.
As duas principais fontes de cálcio e fósforo circulantes são: dieta e esqueleto. 
As formas de remoção do cálcio e do fósforo do sangue: excreção renal e da mineralização óssea. 
OBS: calcitriol (vitamina D ativa) e paratormônio são hormônios importantes para a regulação da absorção intestinal de cálcio e fosfato.
Ativação de osteoclastos para a reabsorção óssea: 
O paratormônio ativa os osteoblastos, que, por sua vez, expressam fatores que induzem a diferenciação de osteoclastos a partir de progenitores da linhagem monocitária/macrofágica e também promovem a função dos osteoclastos maduros. Os osteoblastos liberam o fator estimulante de colônia de monócitos (M-CSF), que expande e diferencia os progenitores hematopoiéticos iniciais (CFU-GM) em pré-osteoclastos que expressam um receptor de superfície celular chamado RANK (receptor ativador do fator nuclear [NF]-κB). As células da linhagem de osteoblastos exibem um ligante de RANK (RANKL) em sua superfície celular. O RANKL liga-se então ao RANK nos pré-osteoclastos e induz a osteoclastogênese.
A osteoprotegerina (OPG) é um competidor de RANK. OPG se liga a RANKL, impedindo sua interação com RANK e, desta forma, bloqueia a Osteoclastogênese.

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