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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL – CONCERTOS E ARGAMASSAS Prof. Júlio César da Silva Conceito: Conjunto de procedimentos adotados para a determinação da composição do concreto (traço), expressa pelas proporções relativas (massa ou volume) dos materiais constituintes. DOSAGEM DE CONCRETOS Objetivos: Encontrar a mistura mais econômica para a obtenção de um concreto com características adequadas às condições de serviço, empregando os materiais disponíveis. DOSAGEM DE CONCRETOS Requisitos usuais a serem atendidos: DOSAGEM DE CONCRETOS Requisitos do projeto Requisitos da aplicação Propriedades relacionadas com o concreto fresco TRABALHABILIDADE: Propriedade no estado fresco que determina a facilidade com que o material pode ser misturado, transportado, aplicado, consolidado e acabado, em uma condição homogênea. DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto fresco TRABALHABILIDADE: É dependente de dois fatores: Dimensão mínima da seção a ser concretada e taxa e espaçamento da armadura Método de adensamento DOSAGEM DE CONCRETOS Concreto tradicional Concreto auto adensável Propriedades relacionadas com o concreto fresco TRABALHABILIDADE: Valores de abatimento recomendados por Helene e Terzian (1993) em função do tipo de obra DOSAGEM DE CONCRETOS Helene P. e Terzian P. Manual de Dosagem e Controle do Concreto, São Paulo, 1993, ed. Pini. Propriedades relacionadas com o concreto fresco Medição da trabalhabilidade para concretos plásticos NM67: Concreto-Determinação da consistência do abatimento do tronco de cone-Método de ensaio. Moldagem de um tronco de cone, sendo o valor do abatimento, a diferença da altura inicial e final do cone, em mm ou cm. DOSAGEM DE CONCRETOS Base inferior: 200 mm ± 2 mm; Base superior: 100 mm ± 2 mm; Altura: 300 mm ± 2 mm. Encher rapidamente o molde com o concreto em três camadas, cada uma com aproximadamente um terço da altura do molde compactado e compactar cada camada com 25 golpes da haste de socamento. DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto fresco TRABALHABILIDADE: Fatores de influência: Relação água/materiais secos; Teor de argamassa; Proporção entre cimento : agregados(1:m); Forma e textura dos agregados, principalmente os graúdos; DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto endurecido A especificação da resistência à compressão(fck) de projeto ou condição especifica de resistência a uma dada idade) Critérios de durabilidade (função do meio em que esta inserida a estrutura-projeto de norma NBR6118/03) DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto endurecido Resistência à compressão Normas: NBR5738 (Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos e prismáticos –Método de ensaio); NBR5739 (Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto– Método de ensaio; NBR12.655 (Preparo, controle e recebimento). NBR8953(Concreto para fins estruturais –Classificação por grupos de resistência) DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto endurecido Resistência à compressão Dimensão do CP: pelo menos 3 x diâmetro máximo do agregado graúdo (NBR 5738/2015) DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto endurecido Resistência à compressão DOSAGEM DE CONCRETOS DOSAGEM DE CONCRETOS Fatores que influenciam na resistência: Resistência à compressão Relação água/cimento Curva de Abrams DOSAGEM DE CONCRETOS Resistência à compressão Resistência do cimento e idade DOSAGEM DE CONCRETOS Propriedades relacionadas com o concreto endurecido Resistência à compressão: Resistência de dosagem (fcd) x Resistência característica de projeto (fck) Resistência característica à compressão de projeto - fck Valor de referência que o projetista adota como base de cálculo, sendo associada a um nível de confiança de 95%. Resistência de dosagem do concreto (NBR 12655): sd = desvio padrão DOSAGEM DE CONCRETOS CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Determinação da resistência de dosagem (fcd) – NBR 12655/2014: Enquanto não temos referências estatísticas, usamos as condições de preparo do concreto: Condição A - aplicável a todas as classes de concreto O cimento e os agregados são medidos em massa, a água de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos agregados; Desvio padrão (sd) = 4,0 MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Determinação da resistência de dosagem (fcd) – NBR 12655/2014: b) Condição B: Classes C10 até C20: o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume. Desvio padrão (sd) = 5,5 MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Determinação da resistência de dosagem (fcd) – NBR 12655/2014: c) Condição C: Aplicável às classe C10 e C15 O cimento é medido em massa, os agregados são medidos em volume, a água de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da consistência do concreto, conforme disposto na ABNT NBR NM 67 ou outro método normalizado. Desvio padrão (sd) = 7,0 Para condição C, e enquanto não se conhece o desvio-padrão, exige-se para classe C15 o consumo mínimo de 350 kg de cimento por m³. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Determinação da resistência de dosagem (fcd) – NBR 12655/2014: Concreto com desvio-padrão conhecido: Quando o concreto for elaborado com os mesmos materiais, mediante equipamentos similares e sob condições equivalentes, o valor numérico do desvio-padrão deve ser fixado com no mínimo 20 resultados consecutivos obtidos no intervalo de 30 dias, em período imediatamente anterior. Em nenhum caso, o valor de Sd adotado pode ser menor que 2 MPa. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP Requisitos usuais a serem atendidos: Exigências de durabilidade: NBR 6118 e NBR 12655 (2014): Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento DOSAGEM DE CONCRETOS Requisitos usuais a serem atendidos: Exigências de durabilidade: NBR 6118 e NBR 12655 (2014): Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento DOSAGEM DE CONCRETOS Princípios da dosagem dos concretos: A resistência à compressão de um concreto é 95% explicada pela resistência da pasta; A máxima resistência será, teoricamente, alcançada com uma pasta de cimento simples; Para cada dimensão máxima característica do agregado graúdo há um ponto ótimo de resistência do concreto, crescente com a redução dessa dimensão; A resistência à compressão dos concretos depende essencialmente da relação a/c; DOSAGEM DE CONCRETOS Princípios da dosagem dos concretos: Um concreto será tanto mais barato quanto maior a dimensão máxima característica do agregado graúdo e quanto menor o seu abatimento. Concretos de consistência seca, para uma mesma resistência, são mais baratos que de consistência plástica ou fluída. Não necessariamente os mais sustentáveis ou mais econômicos; A consistência de um concreto fresco depende essencialmente da quantidade de água por m³; Para uma dada resistência e uma dada consistência, há uma distribuição granulométrica ótima (combinação miúdo/graúdo) que minimiza a quantidade de pasta; DOSAGEM DE CONCRETOS Materiais passíveis de serem usados - DÉCADAS ATRÁS Cimentos Agregados miúdos Agregados graúdos Água DOSAGEM DE CONCRETOS Materiais passíveis de serem usados – DIAS ATUAIS Cimentos Agregados miúdos Agregados graúdos Aditivos Adições Pigmentos Fibras Água DOSAGEM DE CONCRETOS Métodos de dosagem de concreto convencional: Método do Instituto Nacional de Tecnologia – INT; Associação Brasileirade Cimento Portland – ABCP; American Concrete Institute - ACI: ACI 221-1 (Standard Practice for Selecting Proportions for Normal, Heavy-weight and Mass Concrete), método mais largamente adotado no mundo; Norma Britânica – BSI. DOSAGEM DE CONCRETOS Métodos de dosagem de concreto convencional: Estes métodos não dosam concretos com: resistência superior a 40 MPa; abatimentos superiores 180 mm; relação água/cimento inferiores a 0,3 materiais cimentícios suplementares e superplastificantes. DOSAGEM DE CONCRETOS Apesar dos métodos de dosagem diferirem entre si, certas atividades são comuns a todos, como, por exemplo: O cálculo da resistência média de dosagem, Granulometria dos agregados miúdos e graúdos, módulo de finura; Massa unitária do agregado graúdo no estado compactado seco; Massa específica dos materiais; DOSAGEM DE CONCRETOS Informações iniciais: Capacidade de absorção ou umidade livre do agregado; Variação aproximada da água de amassamento com o abatimento e teor de ar; Relação entre a resistência e o fator água cimento, para as combinações disponíveis de cimento e agregado; Especificações da obra, se existentes: relação água cimento máxima, teor de ar mínimo, abatimento mínimo, dimensão máxima característica do agregado, resistência nas primeiras idades e aos 28 dias. DOSAGEM DE CONCRETOS ACI 211.1-91 (reaprovado em 2009) - Standard practice for selecting proportions for normal, heavy weight, and mass concrete Considera tabelas e gráficos elaborados a partir de valores médios de resultados experimentais. O método abrange uma classe de resistência à compressão do concreto, aos 28 dias de idade, entre 15 MPa e 40 MPa; Relações água/cimento de 0,39 a 0,79. A consistência do concreto fresco para bons resultados do método deve estar de plástica (50 mm) à fluída (150 mm). MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE ACI 211.1 e ACI 318 – Building code requirement for strutural plain concrete. Resistência de dosagem ou média (f ’cr = fcd) deve ser maior que o valor de resistência especificado em projeto. MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE ACI 211.1 e ACI 318 Se uma central de produção de concreto tem um registro adequado de 30 ensaios consecutivos de materiais semelhantes e condições previstas , o desvio padrão pode ser calculado com: MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE ACI 211.1 e ACI 318 Se o número de amostragem for 15-25 ensaios, multiplicar S pelos índices abaixo Se S for desconhecido utilizar os valores na tabela abaixo: MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Resistência à compressão especificada - f’c (MPa) Resistência à compressão especificada (MPa) < 20,7 f’c + 6,9 20,7 – 34,5 f’c + 8,3 > 34,5 f’c + 9,6 Roteiro para dosagem - ACI 211.1-2009 Passo 1: Escolha do abatimento Se não for especificado utilizar a tabela 1 MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Passo 2: Escolha da dimensão máxima característica do agregado Função do projeto estrutural MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Passo 3: Estimativa do consumo da água de amassamento e do teor de ar Função da dimensão máxima das partículas do agregado, do slump e da presença ou não de ar incorporado na mistura. Ver tabela 9.2. MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Passo 4: Seleção da relação água/cimento Função do tipo de cimento e agregado Ideal desenvolver uma relação entre a resistência e a relação água/cimento para os materiais que serão efetivamente utilizados. Tabela (ACI 211.1) para concreto produzido com o cimento Portland ASTM tipo I. MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Concreto sem ar incorporado Concreto com ar incorporado Passo 4: Seleção da relação água/cimento Observar os limites estabelecidos referente a durabilidade NBR-6118 (2003) e NBR-12655 (2006) limitam valores para fck, a/c e consumo de cimento conforme a agressividade do meio ambiente. Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE N B R 1 2 6 5 5 ( 2 0 1 4 ) Passo 5: Estimativa do consumo de cimento MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Cc = consumo de cimento Ca = consumo de água a/c = relação água/cimento O consumo de cimento depende diretamente do consumo de água. Cc = Ca a/c Passo 6: Estimativa do consumo de agregado graúdo MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Cag = Vb. Mu Passo 7: Estimativa do consumo de agregado miúdo Obtido pelo método do peso: utilizando-se o peso dos materiais individuais e a massa específica no estado fresco (tabela 6) Ou pelo método do volume: MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE 𝐴𝑓 = 𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 1 − 𝑤 + 𝐶 𝑐𝑖𝑚 + 𝐵 𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 + 100𝐴 Af : teor de agregado miúdo em kg/m³ C: teor de cimento em kg/m³ B: teor de agregado graúdo em kg/m³ W: teor de água A: teor de ar incorporado em % Estima-se a densidade do concreto fresco; MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Roteiro para dosagem - ACI 211.1-2009 Passo 8: Ajustes do teor de água e dos agregados devido a umidade dos agregados. Passo 9: Ajustes na mistura experimental MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Exemplo: Tipo de construção: Sapata de concreto armado Exposição: Fraca (subsolo, sem exposição a congelamento, ou água sulfatada) Dimensão máxima do agregado 37,5 mm Abatimento: 75 mm a 100 mm Resistência característica à compressão aos 28 dias: 24 MPa MÉTODO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE Cimento , ASTM tipo I Agregado miúdo Agregado graúdo Massa específica (g/cm³) 3,15 2,60 2,70 Massa unitária no estado compactado seco (g/cm³) - - 1,60 Módulo de finura - 2,8 Umidade livre acima da condição SSS (%) - 2,5 0,50 Publicado em 1984 e revisado em 1995; Adaptado do método da ACI 211.1-81 (revisada em 1985), para agregados brasileiros; Método empírico baseado em quadros e tabelas de valores médios que possibilitam um roteiro simples e rápido de entender; Para concretos de consistência plástica a fluida; Fornece traços mais econômicos, com baixos teores de areia; O método de dosagem da ABCP fornece uma primeira aproximação da quantidade dos materiais devendo‐se realizar uma mistura experimental para ajustes finais. A dosagem deverá ser refeita toda a vez que: mudar a marca, tipo ou classe de cimento; mudar a procedência e qualidade dos agregados. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP A norma ACI 211.1-81, usada para o estabelecimento do método da ABCP, prevê procedimentos de substituição em massa ou em volume de parte do cimento por pozolana e fornece as fórmulas e as equações para tais substituições. No método simplificado da ABCP, não são feitos comentários e também não são apresentadas orientações quanto à substituição parcial de parte da massa de cimento Portland por algum tipo de material pozolânico. Não prevê a utilização de aditivos plastificantes e superplastificantes. Este fato demonstra a necessidade de atualizar ou complementar o método de maneira a considerar a possibilidade de uso de aditivos ou e ter referência de como agir nestes casos. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP MÉTODO DE DOSAGEM ABCP Características dos materiais Fixar a relação a/c Determinar o consumo dos materiais Fixar o traço Cimento, agregados e concreto Cimento, agregados (miúdo e graúdo) e água CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Cimento: Tipo Massa específica Resistência do cimento aos 28 dias Agregados Análise granulométrica Módulo de finura do agregado miúdo Dimensão máxima do agregado graúdo Massa específica Massa unitária compactada MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS Concreto Consistência desejada no estado fresco Condições de exposição Resistência de dosagem do concreto (NBR 12655): sd = desvio padrão MÉTODO DE DOSAGEM ABCP FIXAÇÃO DO FATOR a/c Critérios Durabilidade – ACI ou NBR 12655 Relação a/c e tipo de cimento Resistênciamecânica Escolha do a/c é função da curva de Abrams Necessário conhecer a resistência do cimento; Quando não for possível dispor destas curvas ou de informações cofiáveis sobre as resistências obtidas com os mesmos materiais a serem efetivamente usados, pode-se utilizar as curvas de Walz desenvolvida pela ABCP. Em caso de desconhecimento da resistência normal ou média do cimento, o método recomenda considerar a resistência mínima especificada pela norma, de acordo com a classe do cimento. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP FIXAÇÃO DO FATOR a/c - Curva de Walz do cimento MÉTODO DE DOSAGEM ABCP FIXAÇÃO DO FATOR a/c - Curva de Abrams do cimento MÉTODO DE DOSAGEM ABCP MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CONSUMO DE ÁGUA – FUNÇÃO DO ABATIMENTO Valores de abatimento em função do tipo de obra CONSUMO DE CIMENTO Função do consumo de água Cc = consumo de cimento Ca = consumo de água a/c = relação água/cimento O consumo de cimento depende diretamente do consumo de água. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP Cc = Ca a/c CONSUMO DE AGREGADOS GRAÚDOS Função da dimensão máxima do agregado graúdo e módulo de finura da areia. Teor de agregados graúdo (Vb) por m³ de concreto MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CONSUMO DE AGREGADOS GRAÚDOS Cag = consumo de agregados graúdos Vb = Volume do agregado graúdo (brita) seco por m³ de concreto Mu = Massa unitária compactada do agregado graúdo (brita) MÉTODO DE DOSAGEM ABCP Cag = Vb. Mu CONSUMO DE AGREGADOS GRAÚDOS Composição com dois agregados graúdos Critério do menor volume de vazios Proporcionar as britas de maneira a obter a maior massa unitária compactada. MÉTODO DE DOSAGEM ABCP CONSUMO DE AGREGADO MIÚDO Função do teor de pasta e volume de agregado graúdo Onde: Vareia: volume de areia γ: massa específica Careia: Consumo de areia por m³ MÉTODO DE DOSAGEM ABCP águabritacimento areia águabritacimento V 1 areiaareiaareia VC . FIXAÇÃO DO TRAÇO E AJUSTES EXPERIMENTAIS MÉTODO DE DOSAGEM ABCP FIXAÇÃO DO TRAÇO E AJUSTES EXPERIMENTAIS MÉTODO DE DOSAGEM ABCP EXEMPLO 01 Características dos materiais utilizados no traço: MÉTODO DE DOSAGEM ABCP Areia Brita Cimento Mf = 2,60 ME = 2660 kg/m3 CP II - 32 MPa ME = 2510 kg/m3 MUcomp = 1500 kg/m3 ME = 3100 kg/m3 MU = 1460 kg/m3 MUsolta = 1400 kg/m3 máx = 19 mm Concreto fck = 25 MPa - Condição B Abatimento = 90 ± 10 mm EXEMPLO DO MÉTODO 1º PASSO: Consumo dos materiais Relação a/c 1. Determinar a resistência da Dosagem do Concreto em função do desvio padrão aos 28 dias fc28 = fck + 1,65 x sd fc28 = 25 + 1,65 x 5,5 fc28 = 34 MPa 2. Com o valor de fc e a resistência do cimento, determina-se relação a/c pela curva de Abrams a/c: 0,475 MÉTODO DE DOSAGEM ABCP EXEMPLO DO MÉTODO Consumo de água Ca: Consumo de cimento Cc: MÉTODO DE DOSAGEM ABCP 𝐶𝑐 = 𝐶𝑎 𝑎/𝑐 = 205 0,475 = 431,60 𝑘𝑔/𝑚3 EXEMPLO DO MÉTODO Consumo de agregado graúdo Cb: MÉTODO DE DOSAGEM ABCP 𝐶𝑏 = 𝑉𝑏 . 𝑀𝑈𝑐𝑜𝑚𝑝𝑎𝑐𝑡𝑎𝑑𝑎 = 0,690.1500 = 1035 𝑘𝑔/𝑚 3 EXEMPLO DO MÉTODO Consumo de areia Careia: Volume de areia (Va): Consumo de areia (Careia): MÉTODO DE DOSAGEM ABCP 𝑉𝑐 = 431,60 3100 = 0,139𝑚3 𝑉𝑏 = 1035 2660 = 0,389𝑚3 𝑉á𝑔𝑢𝑎 = 0,205𝑚 3 𝑉𝑎 = 1 − 0,139 + 0,389 + 0,205 = 0,267𝑚 3 𝑉𝑎 = 1 − 𝑉𝑐 + 𝑉𝑏 + 𝑉á𝑔𝑢𝑎 + 𝑉𝑎𝑟 𝐶𝑎 = 𝑉𝑎. 𝑀𝐸𝑎 = 0,270 . 2510 = 670,17 𝑘𝑔/𝑚 3 EXEMPLO DO MÉTODO 2° PASSO: Traço na condição saturado superfície seca Cimento: 431,60 kg/m3 Areia: 670,17 kg/m3 Brita: 1035 kg/m3 Água: 205 kg/m3 MÉTODO DE DOSAGEM ABCP 𝐶𝑐 𝐶𝑐 : 𝐶𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 𝐶𝑐 : 𝐶𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝐶𝑐 : 𝐶á𝑔𝑢𝑎 𝐶𝑐 431,60 431,60 : 670,17 431,60 : 1035 431,60 : 205 431,60 1: 1,55 : 2,40 : 0,475 EXEMPLO 01b Moldagem de 3 corpos de prova cilíndricos de 10 x 20 cm e correção do traço devido à umidade da areia e brita Supondo que: Areia: absorção de água: 0,48% Brita: absorção de água: 0,96% água total: 4,84% água total: 0,58% Volume: 3 x 3,14x 0,05 x 0,05 x 0,20 = 0,00471 m³ (acrescentar perdas: Ex: 31% V: 0,0062 m³) MÉTODO DE DOSAGEM ABCP Kg/m³ Kg Correção devido à umidade Valores corrigidos (kg/m³) Cimento 431,60 2,68 2,68 Areia 670,17 4,16 +0,181 4,34 Brita 1035 6,42 -0,024 6,40 Água 205 1,27 -0,181+0,024 1,11 Exemplo 2: Areia Massa unitária.................................................................1,51Kg/dm³ Brita Massa unitária.................................................................1,42Kg/dm³ 1: 2,63: 3,03: 0,60 (em massa por unidade de cimento kg) 1 1,4 : 2,63 1,51 : 3,03 1,42 : 0,6 1 = 0,71:1,74:2,13:0,60 (em volume dm³) 1:2,45:3:0,84 (em volume por unidade de cimento dm³) 1: 2,63 1,51 : 3,03 1,42 :0,6 = 1: 1,74: 2,13: 0,60 (cimento em massa e agregados em volume dm³) 50: 87: 106,5: 30 (para 50kg de cimento e agregados em volume dm³) TRAÇO EM VOLUME PARA OBRA Corrigir o traço do exemplo 2 de acordo com a umidade e inchamento médio da areia: umidade (h=3,5%), inchamento médio da areia Iméd = 1,25 e MU = 1,51 kg/dm3. 50: 87: 106,5: 30 𝐼 = 𝑉ℎ 𝑉𝑠 → 𝑉ℎ = 1,25 × 87 = 108,75 𝑑𝑚³ CORREÇÕES DO TRAÇO NA OBRA Correção da umidade Quantidade de água presente na areia úmida: 𝑀𝑠 = 1,51 × 87 = 131,37 𝐾𝑔 𝑀ℎ = 131,37 × 1 + 0,035 = 135,97 𝐾𝑔 Massa da água na areia úmida: 𝑀á𝑔𝑢𝑎 = 135,97 − 131,37 = 4,6 𝐾𝑔 CORREÇÕES DO TRAÇO NA OBRA )1.( 100. M M- M h s sh hMM sh Quantidade de água a ser adicionada: 𝑀á𝑔𝑢𝑎 = 30 − 4,6 = 25,4 𝑘𝑔 CORREÇÕES DO TRAÇO NA OBRA Dimensionar as padiolas de areia e brita referente a um saco de cimento. 50: 108,75: 106,5: 25,4 (traço corrigido para 1 saco de cimento) Padiola areia 𝑉𝑎 = 𝑙 × 𝑐 × ℎ 108,75=3,5×4,5×h ∴h=6,9047 dm=69,05 cm Para que a padiola não fique com altura e peso excessivo, divide-se a altura por dois e especifica-se duas padiolas, ou seja, duas padiolas com dimensões de 35x45x35cm por traço. PADIOLAS Padiola brita 𝑉𝑏 = 𝑙 × 𝑐 × ℎ 106,50=3,5×4,5×h ∴h=6,7619 dm=67,62 cm Para que a padiola não fique com altura e peso excessivo, divide-se a altura por dois e especifica-se duas padiolas, ou seja, duas padiolas com dimensões de 35x45x34cm por traço. PADIOLAS Para a produção do traço dado para um saco de cimento, a especificação fica: 1 saco de cimento: 2 padiolas de areia: 2 padiolas de brita, ou seja: 1:2:2 (padiolas) Uma padiola para areia e outra para brita...não utilizar uma apenas para os dois materiais. PADIOLAS