Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE PAULISTA–UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA E O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO BELÉM-PA 2021 Luzia Alcilene Parentes da Silva Maria das Graças Lopes da Silva Maria de Nazaré Fernandes Maria Ilma Amaral de Souza Kadum Marcel dos Santos Garcia SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA E O PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DOCENTE: NAYRA NUNES Monografia apresentada ao curso de Enfermagem, da Faculdade UNIP, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem. Orientadora: Nayra Nunes da Cunha. BELÉM-PA, 2021 Luzia Alcilene Parentes da Silva Maria das Graças Lopes da Silva Maria de Nazaré Fernandes Maria Ilma Amaral de Souza Kadum Marcel dos Santos Garcia Banca Examinadora: ____________________________________ Prof.ª Ivânia Cristina do Nascimento Azevedo ____________________________________ Prof.ªEliana Maria dos Santos ____________________________________ Prof.ª Orientadora: Nayra Nunes da cunha Monografia apresentada a universidade Paulista (UNIP), como pré-requisito para a apresentação do trabalho de conclusão de curso e obtenção da graduação no curso de bacharel em enfermagem. AGRADECIMENTOS GERAL Agradecemos primeiramente à Deus, por nos agraciar com seu dom divino e nos ajudar a romper os obstáculos encontrados durante o caminho do curso. Aos nossos pais, irmãos e amigos que nos incentivaram em todos os momentos vividos até aqui, principalmente durante o trajeto árduo e longo do curso de enfermagem e que compreenderam a nossa ausência nos eventos, uma vez que nos dedicávamos à realização deste trabalho. Aos professores pelos ensinamentos, conselhos, paciência, perseverança e dedicação, que nos permitiu apresentar um bom desempenho no processo de formação profissional. AGRADECIMENTOS Luzia Alcilene Parentes da Silva Primeiramente agradeço à Deus pela força, sabedoria e dedicação. Agradeço aos meus colegas de turma que sempre estiveram presentes, direta ou indiretamente, dando todo o apoio e suporte no decorrer do curso, ainda mais neste período tumultuado que vivenciamos que foi a pandemia. Agradeço à faculdade UNIP que me ajudou bastante no decorrer desta caminhada. Aos professores que, durante todo o curso, estiveram ao nosso lado, nos apoiaram no que foi preciso. É isso que vale a pena. Estudar e se dedicar àquilo que você gosta. Agradeço ao meu amigo querido, Kadum, que sempre se fez presente, principalmente nos momentos mais difíceis, dando todo o suporte e força. Aqui fica o meu muito obrigada! AGRADECIMENTOS Maria das Graças Lopes da Silva Foi graças a todo incentivo que recebi durante estes anos que hoje posso celebrar este marco na minha vida: A minha formatura. Um agradecimento a todos! AGRADECIMENTOS Maria de Nazaré Fernandes Agradeço primeiramente à Deus pelo dom da vida por me permitir a experiência de concluir mais uma fase de muitos aprendizados e conhecimentos. Me deu esperança nas horas de adversidades, sabedoria e força para continuar a cada novo dia. Agradeço a minha família, meus pais Maria Raimunda Fernandes e Benedito Fernandes pelo amor e confiança. A meu filho karlos Emanuel Fernandes e meu marido Inaldo Queiroz pela paciência e compreensão nos momentos de ausências e pelo apoio para realização de um sonho. Aos meus mestres pela atenção durante todo período em que juntos estivemos. Aos meus amigos e a equipe todo carinho e congratulação por conseguirmos vencer mais esta etapa juntos enfrentamos as adversidades e com dedicação tivemos a oportunidade de chegar até aqui. Muito obrigada! AGRADECIMENTOS Maria Ilma Amaral de Souza Agradeço primeiramente a Deus, a minha filha, colegas classe, e aos professores que me ajudaram a chegar até aqui. AGRADECIMENTOS Kadum Marcel dos Santos Garcia Agradeço aos meus pais Lizomar e Katia pela paciência e apoio que recebi sempre, meus irmãos Felipe e Kelly que sempre acreditaram em mim. Agradeço aos professores por todo o conhecimento que fora passado e principalmente a DEUS que me guiou, fortaleceu e me fez forte durante todos esses anos difíceis! RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar o que significa o processo de sistematização de assistência a enfermagem e o conhecimento dos enfermeiros a respeito do assunto. O presente trabalho é fruto de pesquisas bibliográficas sobre a sistematização da assistência a enfermagem – SAE, com o intuito de encorajar o leitor a reflexão frente a aplicação e aprimoramento desta ferramenta no dia a dia do profissional de enfermagem, uma vez que se faz necessário um maior incentivo institucional e político relacionado ao tema em questão, para garantir ao enfermeiro um melhor exercício da profissão, isto é, garantindo sua autonomia. Palavras-Chave: Enfermagem; SAE; profissional; sistematização. ABSTRACT This paper aims to analyze what the nursing care systematization process and nurses knowlegde about the subject mean. The present work is the result of bibliographic research on the systematization of nursing care – SAE, in order to encourage the reader to reflect on the aplication and improvement of this tool in the daily lives of nursing professionals, since a greater institucional and political incentive related to the topic in question, to guaranteee nurses a better exercise of the profession, that is, guaranteeing their autonomy. Keywords: Nursing; SAE; Professional; Systematization. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS SAE – SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM OMS - ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE COFEN - FEDERAL CONSELHO DE ENFERMAGEM PE – PROCESSO DE ENFERMAGEM Sumário 1.INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 14 2. PROBLEMA DE PESQUISA .............................................................................................. 16 3. HIPÓTESE ........................................................................................................................... 17 4. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 18 4.1 GERAIS .......................................................................................................................... 18 4.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................................... 18 5 METODOLOGIA .................................................................................................................. 19 6 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 21 6.1 HISTÓRICO ................................................................................................................... 21 6.2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM – PE ....................................................................23 6.2.1 DAS LINGUAGENS NO PROCESSO DE ENFERMAGEM ............................... 26 6.2.1.1 NANDA ................................................................................................................ 28 6.2.1.2 NIC ....................................................................................................................... 36 6.2.1.3 NOC ...................................................................................................................... 37 6.3 A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSITENCIA DE ENFERMAGEM – SAE .................... 38 7 RESULTADOS ..................................................................................................................... 40 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 41 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 44 14 1.INTRODUÇÃO Em se tratando de serviços voltados para a saúde, em especial, no âmbito hospitalar, há algumas décadas a gerência vem assumindo um papel fundamental e de extrema importância na manipulação dos profissionais da área acima citada na organização do trabalho que dispõe a enfermagem para aqueles que buscam por esse serviço. (PEITER, 2016). Conforme dispõe PEREIRA (2012) a organização hospitalar é um assunto complexo dentre os assuntos voltados para os serviços de saúde, uma vez que existem inúmeros processos assistenciais e administrativos. Atualmente, já existe uma equipe multiprofissional que possui um certo grau de autonomia, logo, existirá uma variável dentre os processos de decisão assistencial. Ainda na linha de raciocínio do autor acima citado, a tecnologia utilizada nesse sistema dar-se-á de forma intensiva e extensiva, constituindo-se perante um lapso de tempo de ensino e aprendizagem e gerando um campo de produção, ou seja, o profissional de enfermagem passa pela experiência de um desafio, podendo aumentar seu conhecimento sobre o qual fundamenta a sua prática de gerência e assistência técnica. O autor CARVALHO (2009) compartilha seu pensamento, seguindo tal linha de raciocínio de que esse desafio vivenciado pelo enfermeiro é imprescindível para o desenvolvimento do processo de trabalho da enfermagem, uma vez que é necessário para validar a proposta e disponibilizar um suporte elevado ao paciente. Assim, com o surgimento da Sistematização de Assistência de Enfermagem (SAE), o controle, planejamento, avaliação e a execução das ações de cuidados aos pacientes se dão de maneira eficaz. Para RODRIGUES (2019) é importante frisar que, ao se falar de Sistematização de Assistência de Enfermagem, pode-se dizer que existem variadas formas de se sistematizar a assistência de enfermagem, isto é, dentro desse tema, existem diversas formas de desenvolver o cuidado com o paciente, como por exemplo: realizando alguns métodos para solucionar situações reais em um espaço-tempo, com o intuito de alcançar resultados positivos para a saúde do paciente, tais como: planos de cuidados, protocolos, padronização de procedimentos e o processo de enfermagem. Conforme disposto na RESOLUÇÃO COFEN 358/2008 na área da enfermagem, o conceito de sistematização se dá de forma abrangente, visto que possui o ato de dispor elementos de forma racional e coordenada para todos os aspectos voltados à saúde. Logo, pode- se dizer que tal sistematização, é um método aplicado na área administrativa, assistencial, educativa e de pesquisa cientifica na área da enfermagem. (VAZ, 2002). 15 Importante salientar, conforme dispõe FELICE (1976) que a organização do trabalho de enfermagem depende de um preparo de conhecimento e práticas feitas pelo profissional de enfermagem, com o intuito de promover uma assistência de enfermagem segura que gire em torno da necessidade dos pacientes e, por esse motivo, a sistematização do processo assistencial uma tecnologia imprescindível para conduzir as ações da equipe. O presente trabalho tem como objetivo, compreender o contexto histórico da sistematização da assistência de enfermagem a partir de uma análise de revisão bibliográfica e fazer uma lista de quais são as dificuldades e vantagens de implantação da SAE. 16 2. PROBLEMA DE PESQUISA A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE constitui o método de ciência da enfermagem. Qual o conhecimento produzido pelo enfermeiro relacionado a mesma? 17 3. HIPÓTESE A sistematização da assistência de enfermagem possui eficácia no cotidiano do profissional para com seu paciente, pois orienta auxilia os profissionais da enfermagem a gerar alternativas para favorecer a precisão diagnóstica que conduzirão as intervenções da enfermagem. 18 4. OBJETIVOS 4.1 GERAIS Analisar a Sistematização da assistência de enfermagem, desde o seu contexto histórico, seu processo de evolução até os obstáculos de implementação dentro da área de saúde - mais precisamente na área da enfermagem uma vez que tal sistematização é atividade privativa do enfermeiro - a fim de compreender de que forma essa sistematização contribui positivamente para aumentar a qualidade de vida dos pacientes. 4.2 ESPECÍFICOS - Analisar bibliograficamente as várias formas que podem se sistematizar a assistência de enfermagem; - Diferenciar a sistematização da assistência de enfermagem e o processo de enfermagem; - Dissecar a Resolução do COFEN 272/2002 e COFEN 358/2009; 19 5 METODOLOGIA A pesquisa cientifica visa o conhecimento e possui sempre a intenção de buscar fatos e procedimentos capazes de nos transportarem para uma nova realidade, diferente de tudo aquilo que estamos habituados a ouvir e vivenciar. Nesse sentido, DEMO (1897, P.23) traz uma definição sobre pesquisa: “Pesquisa é a atividade cientifica pela qual descobrimos a realidade”. Para tanto, devemos escolher métodos que se adequem ao objetivo do trabalho. Para tratar sobre a sistematização da Assistência de Enfermagem no âmbito da área da saúde, será usado o método hipotético-dedutivo. A abordagem a ser empregada neste projeto, será a abordagem qualitativa. Para tanto, usaremos a pesquisa bibliográfica para se expor posicionamentos teóricos sobre o tema, buscando verificar, através das resoluções criadas quais seriam as reais bases que deram origem as mesmas. Conforme dispõe (POZZEBON, 1997) A busca de um maior rigor científico na aplicação de métodos qualitativos será uma das formas de buscar maior legitimidade para os resultados esperados. Trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado no referencial dos Hermenêutico- Dialéticos, uma vez que trilha o caminho do pensamento crítico, conforme dispõe (CARDOSO, 2013) in verbis: A hermenêutica dialética empregada inicialmente por Minayo (2002, 2004) no contexto da pesquisa qualitativa brasileira em saúde, a técnica de análise hermenêutico-dialética tem sido utilizada nas pesquisas em educação (OLIVEIRA, 2001), e, mais recentemente, no campo da pesquisa qualitativa em administração (BICALHO; PAES DE PAULA, 2009; BATISTA-DOSSANTOS et al, 2010). Minayo (2004) propôs esta tipologia de análise ancorada nas proposições de Stein (1987), as quais constituem um balanço-síntese da controvérsia habermasiana- gadameriana sobre questões envolvendo o emprego da dialética e da hermenêutica, as quais Ricouer (1983) elabora em termos de interpretação (hermenêutica) e ideologias (crítica). O projeto não só se preocupa com a verdade dos fatos como pela lógica que o permeia.A abordagem evidenciada na presente pesquisa se resume no fato de que o enfermeiro possui uma atividade privativa, que seria a de sistematizar a assistência de enfermagem, e através disto, como deve ser implementado na área da saúde. Com a utilização da metodologia, fica possível a análise do processo das etapas que são interdependentes e recorrentes, para entender melhor, será explicado no decorrer do trabalho como funciona as etapas. A enfermagem vem se esforçando para construir uma base de conhecimento capaz de dar suporte à prática profissional e de melhorar a qualidade da assistência prestada pelos enfermeiros em diversos cenários de assistência à saúde. Tal necessidade de representação e 20 classificação da base do conhecimento de enfermagem continua sendo uma questão associada à profissão (Kautz, Kuiper, Pesut & Williams, 2006). 21 6 REFERENCIAL TEÓRICO 6.1 HISTÓRICO Com o surgimento do processo de enfermagem a profissão atingiu sua maioridade. Nos Estados Unidos da América do Norte, por exemplo, ele vem sendo sistematizado. Os serviços de auditoria valorizam sua aplicação creditando as instituições onde é utilizado. No Brasil ainda estamos nas fases iniciais da implantação do processo e este fato se deve à insuficiente. Literatura sobre o assunto. Para Wanda Horta (1979) o conceito de enfermagem, é a ciência e a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, de torná-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado; de recuperar, manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais. De acordo com MANTOVANI (2006) A SAE – sistema de assistência a enfermagem - se trata de um método que abarca organização, planejamento e execução de ações sistematizadas, que se realizam por meio das equipes durante o momento em que o paciente se encontra sob a assistência dos enfermeiros. Conforme dispõe KLETEMBERG, SIQUEIRA E MANTOVANI (2006) tal metodologia fora introduzida nos cursos de enfermagem, inicialmente nas décadas de 1920 – 1930, mais precisamente no ensino dos estudos de caso e nos planejamentos individuais. Em 1973 foi realizada a 1ª conferência sobre diagnóstico de enfermagem nos Estados Unidos da América, e nesta conferência iniciou-se estudos referentes a construção da Taxonomia I da NANDA. Neste mesmo ano, Wanda Horta dispôs a respeito das seis fases do processo de enfermagem. (HERMIDA, 2007). Conforme dispõe HORTA (1972) em seu artigo sobre processo de enfermagem, no Brasil, tal sistema de assistência de enfermagem, fora criado pela Enfermeira Wanda Horta, vindo a ser desenvolvido na década de 70 (setenta). Ainda na linha de pensamento de HORTA (1972) a sistematização da assistência de enfermagem é um mecanismo imprescindível e indispensável à enfermagem, uma vez que, para sua implementação, ainda que haja dificuldades, o enfermeiro precisa ser verdadeiro para então conquistar seu espaço com benemerência, usando de seu conhecimento cientifico especifico para tal. Tal instrumento de trabalho proporciona autonomia ao profissional da saúde, dando margem para que consiga realizar um trabalho consciente e eficaz alcançando resultados positivos, proporcionando qualidade ao paciente e melhorando a qualidade da assistência à enfermagem. Em 1979, Wanda Horta dividiu a processo em cinco etapas, tais como: histórico, diagnostico plano assistencial, plano de cuidados, evolução. De acordo com (HERMIDA, 2007) 22 a evolução da enfermagem e a sua consolidação enquanto ciência é caracterizada pela construção de um corpo de conhecimento próprio no decorrer de sua história, mas especificamente, a partir da década de 50. Nos anos 70, houve uma preocupação dos profissionais com o desenvolvimento das teorias de enfermagem como meio de transformar a mesma. 23 6.2 O PROCESSO DE ENFERMAGEM – PE A expressão "processo de enfermagem" foi empregada pela primeira vez por IDA ORLANDO, em 1961, para explicar o cuidado de enfermagem. Seus componentes são: comportamento do paciente, reação da (o) enfermeira (o) e ação. Como vemos, o significado é diferente do nosso. Segundo YURA e WALSH, LYDIA HALL, em 1955, durante uma conferência afirmou que a "enfermagem é um processo". Ela definiu o uso de quatro proposições: enfermagem ao paciente, para o paciente. Pelo paciente e com o paciente. Em 1963, VIRGINIA BONNEY e JC'NE ROTHBERG, sem citar "processo de enfermagem", empregam termos do processo e apresentam as seguintes fases: dados sociais e físicos, diagnóstico de enfermagem, terapia de enfermagem e prognóstico de enfermagem. Em 1967 um grupo da Universidade Católica identificou as fases do processo de enfermagem como: levanta- mento (us~essing), planejamento, implementação e avaliação: no Levantamento está incluído o diagnóstico de enfermagem. Para LUCILE LEWIS, 1970, o processo de enfermagem consta de três fases: levantamento (assessment), intervens50 e avaliação; a primeira fase também inclui o diagnóstico, embora ela não use este termo, e sim identificação do problema e estabelecimento da prioridade. (WANDA HORTA et.al.1979). CONNANT (1965) descreveu a complexidade da prática da enfermagem e o conhecimento que requer para uma execução, in verbis: Esta complexidade é maior ainda quando elementos do ciclo do processo de enfermagem estão superpostos ao resultado sinergético da ação de enfermagem. Estes elementos do ciclo do processo de enfermagem podem ser descritos como: e 'Avaliação das respostas do paciente à sua doença em termos de conhecimento científico de todos os campos relevantes da ciência. e Planejamento de métodos dinâmicos de ação para atender a estas respostas; isto inclui ações autônomas de enfermagem, bem como ações prescritas pelo médico. E Implementação de planos dinâmicos inter-relacionados e simultâneos. O levantamento das respostas dos pacientes para as ações prévias de enfermagem. E Continuação do processo visando ao bem-estar do paciente e um ciclo para a sua recuperação. A primeira dimensão do cuidado de enfermagem inclui a responsabilidade de manter a integridade da pele, nutrição, hidratação, eliminação, oxigenação (mudar de decúbito, alimentar, dar líquidos). A segunda dimensão, manutenção, por exemplo, de uma ótima mecânica corporal, mobilidade etc.; a terceira, a atitude mental, a observação do conteúdo de sua comunicação, o grau de dependência e aparência pessoal; a quarta, a verificação dos sinais vitais e de todos os sinais e sintomas apresentados pelo paciente; o quinto, a aplicação de medicamentos e tratamentos prescritos pelo médico; a sexta, procedimentos por empatia e a condução do paciente à recuperação. De certa maneira, o que for designado de sexta dimensão também está implícito em todas as demais. Esta teoria permite tratar o paciente como pessoa que ele é. A aplicação do processo, a análise, o plano, a intervenção, permitem autonomia em 24 relação ao bem-estar do paciente. Assim considerando, chega-se a uma filosofia de prática de enfermagem, de ensino, e somos levados a diferenciar a enfermagem das outras profissões de saúde e ainda a enfermeira dos outros elementos da equipe de enfermagem, de âmbito não profissional. (WANDA HORTA et.al.1979). Conforme fora demonstrado no tópico anterior, Wanda Horta formulou a teoria das necessidades humanas básicas, objetivando uma SAE, proporcionando ao ser humano, em suas necessidades básicas, uma boa qualidade de atendimento, levando em consideração o meio que este integra. (HORTA, 1979). Conforme dispõe a mesma, in verbis: “A enfermagem é a ciência e a arte de assistir ao ser humano, no atendimento de suas necessidades básicas; de torná-lo independente destaassistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado, de recuperar, manter e promover sua saúde em colaboração com outros profissionais” (HORTA, 1979, p.29). Ainda na concepção da autora Wanda Horta 91979), as funções que o enfermeiro (a) possui, podem ser consideradas dentre três áreas, que são: a) Área específica: assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas e torná-lo independente desta assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado. b) Área de interdependência ou de colaboração: a sua atividade na equipe de saúde nos aspectos de manutenção, promoção e recuperação da saúde. c) Área social: dentro de sua atuação como um profissional a serviço da sociedade, função de pesquisa, ensino, administração, responsabilidade legal e de participação na associação de classe. Em se tratando, do processo de enfermagem, o autor GARCIA (2004) compartilha seu ponto de vista relacionado ao processo de enfermagem, dizendo que o mesmo indica um trabalho profissional especifico para o enfermeiro, pressupondo diversas ações dinâmicas para que seja realizado o SAE, isto é, uma vez adotado este método SAE – sistema de assistência de enfermagem, o fundamento vem através do sistema de valores, crenças morais e conhecimento técnico da área. Ainda na linha de raciocínio de GARCIA (2004), muito embora se observe ter havido uma mudança a partir das últimas décadas do século XX, o tema em questão ainda é visto como deveria, pois, o mesmo alega que na literatura, tal método costuma ser descrito como o ponto principal, a essência da pratica da enfermagem. Porém, para que isso seja realizado com eficácia plena, a compreensão do significado e sua adoção deliberada na pratica profissional ainda não fazem parte de uma unanimidade no âmbito dos profissionais da enfermagem. A enfermeira e autora Wanda Horta (1979) compartilha seu entendimento a respeito do processo de enfermagem, in verbis: 25 O processo de enfermagem é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, visando a assistência ao ser humano. Caracteriza-se pelo inter-relacionamento e dinamismo de suas fases ou passos. Distinguem-se seis fases ou passos. A inter- relação e a. igual importância destas fases no processo podem ser representadas graficamente (figura 3) por um hexágono, cujas faces são vetores bi orientados, querendo-se assim mostrar também a reiteração eventual de procedimentos. No centro deste hexágono situar-se-ia o indivíduo, a família e a comunidade. O primeiro passo do processo de enfermagem é o histórico de enfermagem: roteiro sistematizado para o levantamento de dados (significativos para a(o) enfermeira(0) ) do ser humano que tornam possível a identificação de seus problemas. Estes dados, convenientemente analisados e avaliados, levam ao segundo passo, o diagnóstico de enfermagem: a identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação pela enfermeira do grau de dependência deste atendimento em natureza e em extensão. Pode-se dizer que o processo de enfermagem (PE) é um instrumento que permite que o profissional possa colocar em prática uma teoria. “O processo de enfermagem é elaborado a partir de um desenvolvimento de cinco fases, tais como: Investigação, Diagnostico, Planejamento, Implementação e Avaliação. ” Muito embora a didática seja bastante delimitada, na pratica, tais etapas possuem uma particularidade (LEFEVRE,2005). Logo, o processo de enfermagem uma vez sendo bem elaborado direcionará a assistência de enfermagem, conferindo ao cliente um cuidado formulado cientificamente, menos empírico. (JESUS, 2002, apud TANNURE, 2008). Conforme estudos feitos pela ICN (2005) para que haja eficácia na implementação do Processo de Enfermagem, é necessário que haja habilidade, capacidade cognitiva, psicomotora e afetiva, para que seja alcançado o fenômeno observado e seu verdadeiro significado. Ademais, os julgamentos feitos e os critérios usados para a sua realização; as ações principais e 26 alternativas que o fenômeno demanda para que seja alcançado um resultado. Tais aspectos dispõem dos elementos da prática profissional que estão ligados ao processo de enfermagem, isto é, o que os enfermeiros fazem, tendo como base o julgamento sobre as necessidades especificas dos pacientes (diagnóstico) para chegar nos resultados pelos quais se é responsável (resultados da enfermagem). Os autores GARCIA, NOBREGA e CARVALHO (2004) falam um pouco sobre os elementos inerentes à pratica profissional (diagnósticos, intervenções e resultados) que favoreceram o desenvolvimento dos sistemas de classificação de conceitos que fazem parte da linguagem profissional da área, tais como os instrumentos que serão utilizados no processo. Portanto, o processo de enfermagem efetiva a SAE, conferindo à profissão um caráter científico conquistando o respeito e reconhecimento de demais profissionais que compõem a equipe multiprofissional na qual o enfermeiro lida em seu dia a dia. (TANNURE, 2008). No decorrer de todo o processo de enfermagem, o profissional usufrui de “instrumentos básicos específicos” para retirar do cliente subsídios que possam direcionar a assistência de enfermagem. (CIANCIRULLO, 2005). 6.2.1 DAS LINGUAGENS NO PROCESSO DE ENFERMAGEM Conforme dispõe GARCIA (2004) os sistemas de classificação são instrumentos tecnológicos que nos fornecem uma linguagem padronizada a ser utilizada no processo de enfermagem e na documentação da prática profissional. Os conceitos incluídos nesses sistemas de classificação fazem parte da linguagem profissional de enfermagem. A experiência ajuda os enfermeiros a adquirirem habilidade na prática de enfermagem e a esclarecerem as relações envolvendo problemas, resultados e intervenções numa dada área de especialidade ou junto a uma população de pacientes específica. Na época atual, a internet também serve como fonte de pesquisa onde os enfermeiros podem buscar informações sobre a prática profissional contemporânea. (Lavin, Meyers e Ellis, 2007). Em se tratando do Processo de Enfermagem, importante frisar que para esse estudo, existem algumas formas de linguagens específicas que ensinam o profissional de enfermagem a manusear e aplicar em seu cotidiano de uma maneira mais eficaz, já que o processo de enfermagem provê um guia sistematizado para desenvolver o pensamento direcionando a casos clínicos apropriados; estamos falando de: NANDA, NIC e NOC. Dentro do Processo de Enfermagem, existem movimentações das classificações em enfermagem a respeito das linguagens, conforme ilustração abaixo: 27 Essas linguagens padronizadas acabam sendo uma condição indispensável dentro do processo de enfermagem, uma vez que servem para figurar sistemas eletrônicos de registros, por exemplo; gerando infinitas possibilidades de expressões e/ou conceitos, favorecendo sempre o processo, visto que, tais estudos e suas linguagens contribuem com o desenvolvimento de novos diagnósticos, intervenções e resultados. Em 1969, Abdellah estabeleceu que os diagnósticos de enfermagem constituíam o fundamento da ciência da enfermagem (Abdellah, 1969). A necessidade de linguagens de enfermagem uniformes ou padronizadas (SNL, standardized nursing languages) tem sido discutida na literatura de enfermagem nos últimos 35 anos. (Zielstorff, 1994). Uma vez existindo uma linguagem de enfermagem uniforme, esta serve para diversos propósitos, tais como: disponibilizar de uma linguagem padronizada que facilite a comunicação entre os profissionais de enfermagem e com o público; transigir a coleta e a análise das informações uniformizadas, redigindo a contribuição de enfermagem à assistência prestada ao paciente, entre outros. Atualmente, as ligações estabelecidas entre três linguagens reconhecidas pela American Nurses Associaton (ANA), são: os diagnósticos desenvolvidospela NANDA International (NANDA-I); as intervenções da Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC, Nursing Interventions Classification); e os resultados da Classificação de Resultados de Enfermagem 28 (NOC, Nursing Outcomes Classification). Conforme dispõe Johnson Marion (2013) em sua obra “Ligações entre NANDA, NIC e NOC”. In verbis: O fornecimento de ligações entre essas classificações representa um avanço importante na facilitação do uso dessas linguagens de enfermagem padronizadas na prática, educação e pesquisa. A implementação da NANDA-I, NOC e NIC (NNN) também aumentou a praticabilidade e eficiência da supervisão dos dados de enfermagem (Lavin, Avant, Craft-Rosenberg, Herdman & Gebbie, 2004). Os enfermeiros enfrentam situações clínicas complicadas, em que a interpretação dos dados do paciente constitui uma tarefa complexa e diversificada (Lunney, 2003), além de ser conduzida pelo contexto da assistência (Levin, Lunney & Krainovich-Miller, 2004). Essas ligações sustentam o pensamento crítico e as habilidades lógicas de que os enfermeiros necessitam para prestar assistência a pacientes com múltiplas condições crônicas. A ligação existente entre o uso de linguagens de enfermagem padronizadas e pensamento crítico é bem documentada na literatura de enfermagem (Bartlett et al., 2008). Em uma revisão da literatura, Anderson et al. (2009) constataram que NANDA-I, NIC e NOC apresentavam “os padrões de sustentabilidade mais fortes e notáveis” (p. 89). Pela primeira vez, este livro fornece as ligações existentes entre NOC e NIC para algumas condições clínicas comuns que os enfermeiros abordam com outras disciplinas. Para aqueles que não estão familiarizados com as linguagens, é apresentada a seguir uma breve revisão sobre cada uma das classificações. 6.2.1.1 NANDA O uso da linguagem de enfermagem padronizada, NANDA internacional, iniciou-se na década de 1970, pois, em 1973 acontecera a 1º conferência nacional, quando um grupo de enfermeiros se reuniu em St. Louis, Missouri, e organizou o primeiro National Conference Group for the Classification of Nursing Diagnoses1 (Grupo de Conferência Nacional Para Classificação dos Diagnósticos de Enfermagem) que tratou sobre a classificação de diagnósticos de enfermagem. (Gebbie & Lavin, 1975). Já em 1982, houve a criação da NANDA – Taxonomia I e durante os anos seguintes houveram outras criações/atualizações da NANDA. (MARION, 2013). Em 2002, a mesma organização se transformou na NANDA International, com o intuito de refletir melhor os múltiplos países afiliados. A NANDA International é uma organização de afiliados dirigida por um presidente eleito e um conselho de diretores. (MARION, 2013). Importante frisar que a NANDA International e o Center for Nursing and Clinical Effectiveness, no College os Nursing (o “Center”) da University of Iowa, tem o intuito de desenvolver, promulgar e demonstrar as principais classificações de enfermagem, baseando-se sempre nas evidencias dos diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem e os impactos 1 O Diagnosis Development Committee (DDC, Comitê de Desenvolvimento de Diagnósticos) revisa os diagnósticos novos e redefinidos que são submetidos pelos membros, enquanto um comitê de taxonomia adiciona os diagnósticos à estrutura taxonômica e refina a taxonomia. 29 positivos gerados entre NANDA Internacional e o Center a respeito da segurança do paciente. (MARION, 2013). Um diagnóstico de enfermagem é “um julgamento clínico sobre as respostas de um indivíduo, família ou comunidade a problemas de saúde/processos da vida reais ou potenciais. Um diagnóstico de enfermagem fornece a base para a seleção das intervenções de enfermagem tendo em vista alcançar os resultados que são de responsabilidade do enfermeiro” (NANDA International, 2009, p. 419). Os diagnósticos de enfermagem servem para apresentar as verdadeiras necessidades, os potenciais e a promoção da saúde. Em 2009, a classificação da NANDA-I incluiu 202 diagnósticos. A Taxonomy II foi publicada pela primeira vez em 2003, contendo 13 domínios e 36 classes. Os representantes da NANDA-I, aliados aos representantes da NIC e da NOC, participaram do desenvolvimento da Taxonomy of Nursing Practice (Taxonomia da Prática de Enfermagem), que é uma estrutura unificadora para colocação dos diagnósticos, intervenções e resultados, publicada em 2003 (Dochterman & Jones, 2003). Os elementos de um diagnóstico de NANDA-I real são a identificação, definição do diagnóstico, características definidoras (sinais e sintomas) e fatores relacionados (fatores causativos ou associados), conforme ilustrado na Tabela 1-1. Os elementos de um potencial diagnóstico, conforme a definição da NANDA-I, são a identificação, definição e fatores de risco associados. Os elementos de um diagnóstico de promoção de saúde são a identificação, definição e características definidoras, havendo uma exceção a essa regra para Prontidão da Resiliência Aumentada, que também inclui os fatores relacionados. (MARION, 2013). A terminologia da NANDA-I foi traduzida para 15 idiomas e é adotada em 32 países. A organização da NANDA-I publica um livro de classificação a cada três anos e patrocina o International Journal of Nursing Terminologies and Classifications, antigo Nursing Diagnosis: The Journal of Nursing Language and Classification. (MARION, 2013). Importante frisar que em se tratando de diagnósticos de enfermagem novos, há de se falar em um conjunto de trabalho significativo que representa tais diagnósticos; estes foram revisados e submetidos ao Diagnosis Development Committee da NANDAI, como parte substancial desses diagnósticos apresentada aos membros da NANDA-I para análise neste ciclo de revisão, conforme dispõe tabela abaixo, referente a diagnósticos da NANDA-I 2018/2020. (BARROS, 2020). Em se tratando dos diagnósticos revisados, pode-se dizer que, entre 2018-2020 foram revisados em média 72 diagnósticos, conforme dispõe BARROS (2020) em sua obra a respeito 30 da NANDA-I, destacando as revisões feitas em cada diagnostico e identificando quem revisou, conforme demonstrado na tabela abaixo: 31 32 33 34 35 36 O propósito da NANDA INTERNATIONAL se baseia no uso de diagnósticos de enfermagem que reforça todos os aspectos da prática da enfermagem, iniciando-se da conquista do respeito profissional até a garantia de consistência da documentação para reembolsos. Conforme dispõe BARROS (2020) a NANDA-I existe para desenvolver, aperfeiçoar e promover uma terminologia que reflita, com precisão, julgamentos clínicos de enfermeiros. Essa perspectiva única e baseada em evidências inclui as dimensões social, psicológica e espiritual do cuidado. 6.2.1.2 NIC As pesquisas para desenvolvimento de um vocabulário e classificação das intervenções de enfermagem começaram em 1987, com a formação de uma equipe de pesquisa liderada por Joanne McCloskey (atualmente, Joanne Dochterman) e Gloria Bulechek, na University of Iowa. (MARION, 2013). Em 1992, houve a 1ª edição com 336 intervenções; a equipe de enfermagem desenvolveu a classificação das intervenções de enfermagem (NIC) — uma classificação abrangente e padronizada das intervenções de enfermagem. Em 1996 aconteceu a 2º edição com 433 intervenções e em 2004 houve a 3º edição com 486 intervenções. (MARION, 2013). O que difere entre os diagnósticos e as intervenções de enfermagem é que: nos diagnósticos/ resultados dos pacientes o foco reside no paciente; já nas intervenções o foco é no comportamento da enfermagem, isto é, nas ações de enfermagem que orientam o paciente a evoluir em direção ao resultado almejado. Uma intervenção é definida como: Qualquer tratamento que, baseado em julgamento e conhecimento clínico, um enfermeiro ponha em prática paraintensificar os resultados do paciente/cliente. As intervenções de enfermagem incluem tanto a assistência direta como a indireta; as assistências voltadas para indivíduos, famílias e comunidade; e a assistência prestada em tratamentos iniciados pelo enfermeiro, médico e outro prestador (Bulechek, Butcher & Dochterman, 2008). A linguagem NIC abrange todas as intervenções que os enfermeiros produzem para com os pacientes, ainda que independentes ou corporativas, direta ou indiretamente. Na NIC cada intervenção dispõe de um nome de identificação, definindo como um conjunto de ações e princípios constituintes da prestação da intervenção e uma pequena lista de leituras sugeridas, sobre conhecimentos pertinentes. (BUNTEN, 2001). O nome de identificação da intervenção e sua definição constituem o conteúdo da intervenção padronizado e que não deve ser alterado quando a NIC é utilizada na documentação 37 da assistência. Todavia, a assistência deve ser individualizada por meio da escolha das atividades. (MARION, 2013). Logo, existindo uma lista contendo aproximadamente 10-30 atividades/intervenção, o enfermeiro selecionará aquelas que considera especificamente mais apropriadas para um determinado indivíduo, podendo acrescentar novas atividades, se necessário. Contudo, todas as modificações e adições devem ser congruentes com a definição da intervenção. (MARION, 2013). A Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) é uma taxonomia de intervenções que os enfermeiros podem utilizar em vários locais de atendimento. Usando os conhecimentos de enfermagem, os profissionais realizam intervenções tanto independentes quanto interdisciplinares. As intervenções interdisciplinares sobrepõem-se aos cuidados oferecidos por outros profissionais de saúde (p. ex., médicos, terapeutas respiratórios e fisioterapeutas). (BARROS. 2020). 6.2.1.3 NOC Em se tratando da classificação dos resultados de enfermagem (NOC), este sistema pode ser usado para selecionar medidas de resultados relacionados ao diagnóstico de enfermagem. Ora, os diagnósticos de enfermagem são utilizados para identificar alguns resultados pretendidos. Um resultado de enfermagem diz respeito a um estado, comportamento ou percepção do paciente, da família ou da comunidade. (BARROS, 2020). Portanto, em regra, os enfermeiros, acabam cometendo o erro de passar o diagnóstico diretamente a intervenção, sem ao menos avaliar os resultados almejados. Todavia, os resultados deverão ser identificados antes da determinação das intervenções e suas metas. O sistema gera possíveis resultados da NOC para cada diagnóstico, e o enfermeiro escolhe o que mais representa suas metas. Então, o sistema propõe atividades e intervenções da NIC para que o enfermeiro faça sua escolha como um plano de cuidados. A cada turno ou plantão, os diagnósticos de enfermagem são reavaliados como melhorados, piorados, inalterados ou solucionados”. (KAMTISURU, 2008). 38 6.3 A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSITENCIA DE ENFERMAGEM – SAE A sigla SAE que significa sistematização da assistência de enfermagem significa de acordo com Kletemberg, Siqueira e Mantovani (2006. P.478-486), in verbis: A metodologia da sistematização da assistência de enfermagem (SAE) fora introduzida, inicialmente nos anos de 1920 e 1930, nos cursos de enfermagem, particularmente no ensino dos estudos de caso e no planejamento de cuidados individualizados. Vale salientar que a SAE, em se tratando de processo organizacional, tem a capacidade de oferecer assistência para que haja o desenvolvimento de métodos interdisciplinares de cuidados, isto é, nada mais é do que a organização do trabalho, de acordo com as fases de seu fluxo. De acordo com SILVA (2017, P.145) a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é compreendida como todo conteúdo/ação que organize o trabalho profissional do enfermeiro, com base teórico-filosófica, que possibilite a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE), com base teórico-filosófica. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem, a sistematização de assistência a enfermagem é uma atividade privativa do enfermeiro que subsidia ações de assistência de enfermagem e contribui para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do paciente e/ou comunidade, favorecendo o aumento na qualidade prestada ao indivíduo. Importante frisar que, muito antes de ser criado a SAE, já existia o processo de enfermagem, que vinha sendo aplicado nos Estados Unidos e Reino Unido, e na década de 1970 chegou no Brasil. Tal Processo contribuiu para que Wanda Horta criasse sua teoria de enfermagem: SAE. De acordo com HERMIDA (2007, p.738) após a iniciativa e investimento do CRE, de programar o processo de enfermagem de maneira definitiva nas instituições públicas e privadas de São Paulo, a resolução do CFE nº272/2002 surgiu para apoiar a implementação desta pratica em âmbito nacional, dispondo sobre a SAE nas instituições Brasil a fora. A Resolução COFEN 272/2002 – revogada pela resolução Cofen nº 358/2009, ao dispor sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem, estabelece que compita exclusivamente ao enfermeiro, implantar, planejar, organizar, executar e avaliar o processo de enfermagem. Assim sendo, possibilita ordenar metodicamente o trabalho prestado e 4 Horta, 1979 considera a expressão “ser humano” como substituta de indivíduo, família e comunidade. 12 direcionar 39 as ações da equipe de enfermagem, promovendo o cuidado personalizado e totalitário aos clientes, por meio do Processo de Enfermagem. O estudo de LIMA E ERDMAMN (2006) dispõe que os profissionais detêm a compreensão de que o processo de acreditação hospitalar tem conexão com a excelência da assistência. Por esse motivo, a acreditação constitui-se em um programa de educação continuada, devendo ser uma política institucional, em que todos os atores da comunidade hospitalar tenham compromisso e sejam participativos. Entretanto, a autora sugere que sejam aprofundados os parâmetros de avaliação da SAE nos processos de acreditação hospitalar, tendo em vista que por vezes mostram-se superficiais à complexidade científica do cumprimento da sistematização. 40 7 RESULTADOS A sistematização de assistência à enfermagem baseia-se nas teorias de enfermagem, através de seus modelos conceituais embasados na teoria da Administração cientifica e clássica, onde o profissional de enfermagem é o que deve planejar e os técnicos e os auxiliares deverão executar sob a supervisão do mesmo. Uma vez havendo a aplicação correta da sistematização da assistência em enfermagem o resultado na prevenção de riscos a sociedade terá eficácia e promoverá a valorização do profissional conforme sua categoria venha a ser reconhecida como produtora e fomentadora de conhecimento cientifico. No decorrer deste trabalho realizado sobre a aplicação da SAE, em sua totalidade, fica demonstrado que se o profissional de enfermagem fizer uso deste processo os relatos de melhoria no gerenciamento e organização dos serviços, controle de gastos e possibilidade de avaliação e melhoria na qualidade da assistência, havendo diminuição no índice de erros e, consequentemente, maior segurança para com o paciente. Ademais, analisando o processo de evolução da SAE, desde o contexto histórico e sua implementação na área da saúde, fica demonstrado que a sistematização é uma atividade privativa do enfermeiro e com a aplicação da mesma, tanto o profissional da área da saúde quanto o paciente são privilegiados. 41 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Planejar a assistência a enfermagem visa garantir a responsabilidade juntamente ao cliente assistido, visto que, nas situações onde é necessário um planejamento de assistênciaa enfermagem, é permitido diagnosticar as necessidades do paciente, fazer a prescrição adequada aos cuidados que o mesmo necessita. A aplicação da assistência a enfermagem poderá nortear diversas tomadas de decisões em várias situações vivenciadas pelo profissional que promove a autonomia da profissão, enquanto gerenciador da equipe de enfermagem. (BARROS et.al.2015). Conforme dispõe ERDMANN (1996) A necessidade de um cuidado interativo, complementar e multiprofissional refere-se a SAE como um sistema de cuidados como disposição relacional e interligado, que precisa ir além da Enfermagem, ou seja, que necessita extrapolar os limites do saber disciplinar e caminhar na perspectiva do trabalho conjunto e complementar. Contudo, modificar a realidade de uma assistência que não fora planejada abrange mais do que a simples vontade individual dos profissionais de enfermagem. Portanto, faz-se necessário que seja desenvolvido um projeto que alcance essa meta, sendo imprescindível a vontade política, envolvimento institucional e evolução de melhoria das condições de trabalho. (BARROS, ET.AL.2015). É de responsabilidade da SAE organizar o trabalho profissional voltado para o método de pessoal e de instrumentos metodológicos, fazendo com que a operacionalização do Processo de Enfermagem seja realizada, orientando o cuidado profissional de enfermagem e cuidando do manuseio da documentação da pratica profissional. (COFEN 272/2002). Importante frisar que, para os profissionais da área da saúde, estes acreditam na importância da implementação da SAE, pois, traz melhora na qualidade de assistência, promove a autonomia e permite o uso da unificação da linguagem. Porém, a visão literária mostra que, ainda existindo um sistema de assistência a enfermagem, o conhecimento deste sistema para com os profissionais da área da enfermagem é insuficiente ou inadequado, isto é, os enfermeiros em relação a esse tema, possuem conhecimento frágil, notoriamente distante da pratica de enfermagem na AB, tornando uma barreira para a implementação, adesão e execução deste sistema frente as instituições de saúde. (PEREIRA, 2012). Ademais, importante refletir sobre a importância da educação permanente voltados para o serviço da saúde para com os profissionais da área, dando margem a estes para discutir sobre a SAE no cotidiano da assistência e assim, direcionar para o seu desenvolvimento no exercício profissional de enfermagem. (COFEN 272/2002). 42 Em se tratando das práticas assistenciais, estas passam por constantes transformações, requerendo aprimoramento do processo de trabalho, buscando alcançar a melhoria da qualidade dos serviços, trazendo à tona a educação permanente em saúde, frente a realidade dos serviços de saúde, estimulando uma assistência mais coerente frente as necessidades da comunidade. Pode-se dizer que a SAE é parte de um processo que vem sendo desenvolvido ao longo do tempo por enfermeiros dispostos a melhorar cada vez mais o cuidado prestado ao paciente, pois conseguem enxergar a necessidade de cuidado interativo, complementar e multiprofissional para com o paciente. (BARROS, 2012). A SAE deve ser reconhecida como instrumento norteador de cuidados com o paciente, sempre percebendo a necessidade e importância de um instrumento singular, visto que essa categoria compõe um contexto das práticas de cuidados que emergiram subcategorias, sempre reconhecendo que a SAE faz-se importante não somente para profissional da área da saúde mas também para o paciente, uma vez que a mesma organiza e orienta os cuidados da enfermagem, por exemplo, satisfazendo o paciente e assim, cada vez mais constituindo estratégias para melhorar a qualidade do que está sendo oferecido e facilitar a interação do cuidado nas práticas de saúde. (HERMIDA, 2006). A SAE além de proporcionar uma direção frente aos cuidados do profissional para com o paciente, está também proporciona aos profissionais uma maior autonomia frente aos demais funcionários. Tal sistematização, em se tratando de um processo organizacional, consegue oferecer subsídios para que haja o desenvolvimento de metodologias interdisciplinares e humanizadas para os cuidados com o paciente. Tais metodologias, que possuem várias denominações, representam, atualmente, uma das mais importantes conquistas na área da assistência a enfermagem. O profissional que está envolvido neste processo precisa ampliar e aprofundar, constantemente, seus conhecimentos específicos de sua área de atuação, mas, sempre atento ao enfoque interdisciplinar e multidimensional. A SAE oferece para o profissional de enfermagem uma maior autonomia, por meio de registro, garantindo a continuidade multiprofissional, além de que promove uma aproximação do enfermeiro com o paciente e a equipe no geral. Por isso, faz-se necessário que os profissionais da saúde estejam sempre dispostos a buscar o conhecimento, aprimorando seu ponto de vista técnico, contribuindo com as ações cada vez mais embasadas frente aos princípios científicos, que trará maior qualidade de cuidados oferecidos aos pacientes. Em se tratando de NIC, NOC e NANDA, estas preparam os profissionais da enfermagem para a era conceitual emergente, sendo de extrema importância para o planejamento da assistência, fazendo uso de sistemas eletrônicos de assistência a saúde 43 computadorizados; práticas de tomadas de decisão clinica com embasamento em evidências; desenvolver o conhecimento disciplinar de enfermagem. Todas essas funções servem para garantir a segurança de qualidade da assistência de enfermagem, uma vez que, isso seria o básico, frente daquilo que o mercado profissional demanda, exige e o paciente merece. (BULECHEK, 2008). A responsabilidade e obrigação de garantir que os SICs de enfermagem sejam feitos para beneficiar a pratica de enfermagem e garantir o uso dos dados clínicos de enfermagem na avaliação da qualidade e efetividade da assistência de enfermagem prestada aos pacientes é da profissão de enfermagem juntamente com a autonomia dos enfermeiros. Logo, é importante que os enfermeiros estejam abastecidos de mais conhecimentos, para que insistam que os sistemas sejam devidamente projetados para beneficiar suas práticas e o uso de dados clínicos. (BARROS, 2012). Importante serem abordados tais aspectos referentes ao conhecimento, pois assim, a enfermagem poderá capturar e utilizar dados clínicos em benefício da profissão, fazendo com que os dados de enfermagem não sejam mais um recurso negligenciado para o fornecimento de uma assistência de saúde de qualidade aos pacientes atendidos pelos enfermeiros. 44 REFERÊNCIAS ABDELLAH, Faye G. The nature of nursing science Am.). Nurs.Comp., n.5, v.18 p. 393- 399, reimpresso ln: NICOLL, L. H. Perspectives on nursing theory, Boston: Uttle Brown, 1969. BARROS, Alba. Processo de enfermagem: guia para a prática / Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo; Alba Lúcia B.L. de Barros... [et al.] – São Paulo : COREN-SP, 2015. BONNEY. Virginia & ROTHERG, June. h'ursitig Uiugtrosi.s tirid Tlirrripx. Nev, York. The League Exchange, National League for Nursing, 1963. BULECHEK, Gloria; BUTCHER, Howard. DOCHTERMAN; Center for Nursing Classification & Clinical Effectiveness, Sharon Sweeney, BSB, Center Coordinator, The University of Iowa, College of Nursing. 3ª edição. 2008. BUNTEN, D. (2001). Normal changes with aging. In M. L. Maas, K. C. Buckwalter, M. D. Hardy, T. Tripp-Reimer, M. G. Titler, & J. P. Specht (Eds.), Nursing care of older adults: Diagnoses, outcomes, & interventions (p. 519). St. Louis: Mosby. CARVALHO EC, Bachion MM. Processo de enfermagem e sistematização da assistência de enfermagem - intenção de uso por profissionais de enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem [on line]. 2009; [citado 2013 nov 05] 11(3): 466. Disponívelem: http://www.fen.ufg.br/revista/v11/n3/pdf/v11n3a01.pdf. Acesso em: 20/05/2021 CIANCIARULIO, Tamara Iwanow — O histórico de Enfermagem no contexto do Processo de Enfermagem — Parte II. Enf. em Novas Dimens., São Paulo, 2 (4): 127-89, 1976. 45 COSTA, Maria José. ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL. Disponível em:< https://doi.org/10.1590/0034-716719780003000007>. Acesso em: 25/05/2021. CONANT, H. C. Use of Bales' interaction process analysis to study nurse-patient interaction. Nurs. Res., New York, 14 (4): 304-9, Fall 1965. CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN – 272/2002 – Revogada pela Resolução COFEN 358/2009. “Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE – nas Instituições de Saúde Brasileiras”. Disponível em: http://novo.portalcofen.gov.br/resoluo-cofen-2722002-revogada-pela-resoluao-cofen- n3582009_4309.html. Acesso: 20/05/2021. DOCHTERMAN J.M., Jones D.A. Unifying nursing languages: The harmonization of NANDA, NIC, and NOC. Washington, DC: American Nurses Association, 2003. ERDMAMN, AL. Sistema de cuidados de enfermagem. Pelotas: Universitária/ UFPel; 1996. FELICE, Sebastião André de - Equipe Multiprofissional - Conceito e fun- 12. ções. Rev. Paulista de Hospitais. São Paulo, 14. (8) :370-74m agosto, 1976. FUGITA RMI, Farah OGD. O planejamento como instrumento básico do enfermeiro. In: Cianciarullo TI, organizadora. Instrumentos básicos para cuidá-lo - um desafio para a qualidade de assistência. São Paulo (SP): Atheneu; 1996. p. 99-109. GARCIA TR, Nóbrega MML. Processo de enfermagem e os sistemas de classificação dos elementos da prática profissional: instrumentos metodológicos e tecnológicos do cuidar. In: Santos I, Figueiredo NMA, Padilha MICS, organizadores. Enfermagem assistencial no ambiente hospitalar: realidade, questões, soluções. 1a ed. São Paulo (SP): Atheneu; 2004. v. 2. https://doi.org/10.1590/0034-716719780003000007 46 GARCIA TR, NOBREGA MML, CARVALHO EC. Processo de enfermagem: aplicação à prática profissional. Online Brazilian Journal of Nursing [on- line] 2004 ago; 3(2): [aprox.8 telas] Disponível em: http:// www.uff.br/nepae/objn302garciaetal.htm. GARCIA, Telma. International Council of Nurses (ICN). International Classification for Nursing Practice – ICNP® Version 1. Geneva; 2005. HERMIDA, P. M. V.; ARAÚJO, I. E. M. Sistematização da Assistência de Enfermagem: subsídios para implantação. Rev. Bras. Enferm. 2006, set-out; 59(5):675-9. Disponível em: http://www. scielo.br/pdf/reben/v59n5/v59n5a15.pdf. Acesso: 31/10/2021. HERMIDA PMV. Desvelando a implementação da sistematização de Assistência de Enfermagem. Ver. Brasileira. Enfermagem. [. Online].2007, vol. 57, nº6, PP.733-737 ISSN 0034-7167. HORTA, W.A. - Processo de enfermagem. Ciência e Cultura, 24 (6): 534, jun. 1972. Suplemento. HORTA, W. A. Processo de Enfermagem. São Paulo - SP: EPU. 1979. JOHNSON, M., Bulechek G., Dochterman J.M., Maas M., Moorhead S. Nursing diagnoses, outcomes, & interventions: NANDA, NOC, and NIC linkages. St. Louis: Mosby; 2013. KAUTZ, D.D., Kuiper R., Pesut D.J., Williams R.L. Using NANDA, NIC, and NOC (NNN) language for clinical reasoning with the Outcome-Present State Test (OPT) Model. International Journal of Nursing Terminologies and Classifications. 2006. KLETEMBERG DF, SIQUEIRA MD, MANTOVANI MF. Uma história do processo de enfermagem nas publicações da Revista Brasileira de Enfermagem no período 1960-1986. Esc. Anna Nery, dez 2006, vol.10, no.3, p.478-486. Disponível em: Acesso em: 02/09/2021. http://www.uff.br/nepae/objn302garciaetal.htm 47 LAVIN, M.A., Avant K., Craft-Rosenberg M., Herdman T.H., Gebbie K. Context for the study of the economic influence of nursing diagnoses on patient outcomes. International Journal of Nursing Terminologies and Classifications. 2004;15(2):39–47. LEFÈVRE, F; LEFÈVRE, A. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa (desdobramentos). Caxias do Sul: Educs, 2005. LAYER, RC, Meyer DC, Beck M, Ellis T, Ganz R, Leunig M. Comparison of six radiographic projections to assess femoral head/neck asphericity. Clin Orthop Relat Res. 2007;(445):181-5. NANDA, International (NANDA-I). Nursing diagnosis definition. In: Herdman TH, Kamitsuru S, eds. NANDA International Nursing Diagnoses: Definitions and Classification, 2012–2014. Oxford: Wiley; 2013:464 PEITER, Caroline Cechinel; CAMINHA, Maria Eduarda Pereira; LANZONI, Gabriela Marcellino de Melo; ERDMANN, Alacoque Lorenzini. Managing nursing care delivery to cancer patients in a general hospital: a Grounded Theory/Gestão do cuidado de enfermagem ao paciente oncológico num hospital geral: uma Teoria Fundamentada nos Dados/Gestión del cuidado de enfermería a pacientes con cáncer en un hospital general: una Teoría Fundamentada en los Dados. Revista de Enfermagem Referência, v. 4, n. 11, p. 61, 2016. PEREIRA, Ana Paula. 2012. GOVERNANÇA EM HIGIENE E LIMPEZA HOSPITALAR: IMPLICAÇÕES PARA O TRABALHO DE ENFERMAGEM. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012013-133131/pt- br.php. Acesso em: 30/05/2021 https://teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012013-133131/pt-br.php https://teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-14012013-133131/pt-br.php 48 POZZEBON (M.) e FREITAS (H.). Pela aplicabilidade - com um maior rigor científico - dos estudos de caso em sistemas de informação. Angra dos Reis/RJ: Anais do 21ºENANPAD, ANPAD, Administração da Informação, 1997. RODRIGUES, Gloria. O QUE É A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM? Disponível em:<https://www.pixeon.com/blog/entenda-em-5-etapas-a- sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem/.>.Acesso em: 30/05/2021 SILVA MCN. Sistematização da assistência de Enfermagem: desafio para a prática profissional. Enferm Foco. 2017; 8(3). Dói: 10.21675/2357-707X. 2017. TANNURE, M. C; GONÇALVES, AM P. SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem – Guia Prático. Rio de Janeiro – RJ: Ed. Guanabara Koogan. 1ª ed. 2008. VAZ AF, Macedo DD, Montagnoli ETL, Lopes MHBM, Grion RC. Implementação do processo de enfermagem em uma unidade de radioterapia: elaboração de um instrumento para registro. Rev Latino-am Enfermagem 2002;10(3):288-97. ZIELSTORFF, R.D. National data bases: Nursing’s challenge, classification of nursing diagnoses. In: CarrollJohnson R.M., Paquette M. Classification of nursing diagnoses: Proceedings of the Tenth Conference. Philadelphia: J.B. Lippincott; 1994. https://www.pixeon.com/blog/entenda-em-5-etapas-a-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem/ https://www.pixeon.com/blog/entenda-em-5-etapas-a-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem/