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AULAS 7_8_9_METODOLOGIA DO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS

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Disciplina: METODOLOGIA DO ENSINO DOS ESPORTES COLETIVOS
Aula 7: METODOLOGIA DO ENSINO DO FUTEBOL E FUTSAL
Apresentação
Ao longo dos anos, as regras do futebol e do futsal sofreram algumas mudanças.
Apesar disso, no futebol, a maioria desses regulamentos não é tão significativa.
Um exemplo de preceito testado e reprovado durante o Mundial Sub-17, disputado no
Japão, em 1993, foi a cobrança do arremesso lateral com os pés, mas ninguém ficou
a favor disso. Afinal, essa cobrança praticamente eliminava o desenvolvimento do
futebol no meio de campo. Disso resultariam muitos chutões.
Já as primeiras regras do futebol de salão foram criadas pela Federação Internacional
de Futebol de Salão (FIFUSA), que, inicialmente, organizava as competições da
modalidade. Contudo, com o surgimento do futsal sob a chancela da Federação
Internacional de Futebol (FIFA), algumas alterações importantes foram realizadas.
Nesta aula, apresentaremos as regras mais relevantes do jogo de futebol e futsal.
Objetivos
Explicar a evolução histórica dos regulamentos do futebol e do futsal;
Identificar as 17 regras oficiais dessas modalidades esportivas.
Primeiras regras do jogo
A primeira versão das regras trazia definições genéricas sobre o futebol, pois
delimitava o tamanho do campo, as infrações e as saídas de jogo. Pregos e
placas de ferro estavam vetados das chuteiras, e as maiores diferenças para o
esporte atual estavam no impedimento e no uso das mãos.
Qualquer jogador do mesmo time à frente da linha da bola estava impedido, o
que tornava os passes em progressão impossíveis. Além disso, o goleiro não
existia, e qualquer jogador poderia agarrar a bola no alto, ganhando uma
cobrança de tiro livre se fizesse isso.
Em 1865, a revista Bells Life publicou 14 regras, formuladas em reunião da
entidade em 26 de outubro de 1863, que serviram de base para a formulação
das 17 regras atuais do futebol.
Essa publicação trouxe mais duas alterações importantes na história do
futebol:
01
Os passes para a frente foram autorizados.
02
A regra do impedimento passou a considerar os jogadores em posição legal,
desde que houvesse três adversários entre eles e a linha de gol.
O impedimento é a regra mais polêmica do
futebol.
Nos primórdios do esporte, os jogadores não tinham as posições definidas.
Alguns se plantavam ao lado das balizas, a fim de fazer o gol. Isso tornava a
partida sem emoção, ao mesmo tempo em que deixava um vazio no campo.
Por essa razão, criaram as regras de futebol.
Outra mudança interessante ocorreu em 1891 – período até o qual:

[...] o pênalti não existia. Ele foi sugerido por um
irlandês, chamado William McCrum, e aprovado pela
FIFA, depois que o zagueiro Hendry, do Notts County,
evitou o gol do empate do Stoke City, tirando com a
mão uma bola em cima da linha. 
 
Era o último minuto da decisão da Copa da Inglaterra
daquele ano, e a falta, cobrada a poucos centímetros do
gol (como mandava a regra na época), deu em nada: o
goleiro do Notts ficou postado na frente da bola e
defendeu-a com facilidade. Ficou claro, ali, que
[mudanças eram necessárias].
(FUTEBOL, 2002)
A partir de 1896, foi instituído que um atacante só poderia receber a bola se
houvesse pela frente a presença de três zagueiros. Do contrário, estaria
impedido de marcar o gol.
Com essa nova lei, os times se obrigaram a adotar táticas relacionadas ao
posicionamento dos jogadores em campo, visto que a partida não podia ser
mais jogada de qualquer maneira.
Assim, os zagueiros passaram a avançar para que o atacante não recebesse a
bola na presença de três zagueiros atrás.
Os estudiosos do esporte viram, então, uma falha e alteraram essa regra da
seguinte forma:

Estaria impedido todo aquele que, do meio de campo
para frente, não tivesse a sua frente pelo menos dois
adversários.
Com isso, a marcação de gols foi facilitada, e o jogo tornou-se mais atrativo
para se observar e jogar.
Na esfera internacional, as primeiras regras do futebol de salão – hoje futsal –
foram criadas pela Federação Internacional de Futebol de Salão (FIFUSA), que
gerenciava a modalidade e organizava as competições desde 1971.
Mas, com o surgimento do futsal sob a aprovação da Federação Internacional
de Futebol (FIFA), alterações importantes foram promovidas quanto à
dinâmica do jogo.
Atualmente, o futsal possui o mesmo número de regras que o futebol (17),
com características equivalentes.

Exemplo
REGRAS
MODALIDADES
Futebol Futsal
1 Campo de jogo Quadra de jogo
2 Bola Bola
Veremos, a seguir, os aspectos principais desses regulamentos.
Leis do jogo no futebol atual
O futebol é uma das modalidades esportivas que menos sofreram
modificações desde a criação da FIFA.
As regras que governam o jogo não são apenas de responsabilidade dessa
instituição. Existe um comitê que discute e pondera sobre essas leis: 
International Football Association Board (IFAB) .
Vejamos quais são as 17 regras oficias desse esporte.
REGRAS DO
FUTEBOL
REGRA 1
Campo de jogo
O campo é retangular com superfície verde formada por grama natural ou
artificial.
Para partidas internacionais, as medidas solicitadas são:
COMPRIMENTO (linha lateral)
1
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
Mínimo = 100 m;
Máximo = 110 m.
LARGURA (linha de meta)
Mínimo = 64 m;
Máximo = 75 m.
Dimensões do gol
Comprimento de uma trave à outra = 7,32 m;
Altura do travessão ao solo = 2,44 m.
REGRA 2
Bola
Toda bola deve:
✔ Ser esférica e feita de material adequado;
✔ Ter circunferência de 70 cm no máximo e de 68 cm no mínimo;
✔ Pesar, no máximo, 450 g e, no mínimo, 410 g no começo do jogo;
✔ Ter pressão equivalente a 0,6 a 1,1 atmosferas (600 a 1.100 g/cm2 ou 8.5
a 15.6 libras) ao nível do mar.
REGRA 3
Jogadores
Uma partida é jogada por duas equipes: cada uma formada por, no máximo,
11 jogadores, dos quais um é goleiro. Se uma das equipes tiver menos de 7
jogadores, o jogo não começará.
É possível realizar, no máximo, 3 substituições por equipe em qualquer partida
de competição oficial organizada sob recomendação da FIFA, das
confederações ou das associações-membros.
O regulamento da competição deve estipular quantos substitutos podem ser
relacionados – de 3 a 12, no máximo.
 Jogadores de futebol. (Fonte: marat marihal /
Shutterstock)
REGRA 4
Equipamento dos jogadores
Além de caneleiras e calçados, o equipamento básico obrigatório de um
jogador de futebol é composto das seguintes peças:
1. Agasalho ou camisa
Caso seja usada roupa por baixo da camisa, as mangas dessa roupa devem
ter a cor principal das mangas da camisa ou do agasalho.
2. Calção
Caso sejam usadas malhas térmicas interiores (curtas ou longas), estas
devem ter a cor principal dos calções.
3. Meiões
Caso sejam usadas cintas adesivas ou outro material similar na parte externa,
estes devem ter a mesma cor que a parte das meias sobre a qual são
utilizadas.

Atenção
As duas equipes devem usar cores que as diferenciem entre si, do árbitro
e dos árbitros assistentes. Cada goleiro tem de utilizar cores que os
diferenciem dos demais jogadores, e também do árbitro e dos árbitros
assistentes.
REGRA 5
Árbitro
O árbitro de futebol tem a função de gerenciar o jogo.
Por meio de seu tradicional apito, ele:
✔ Inicia a partida;
✔ Interrompe jogadas;
✔ Marca faltas;
✔ Comanda todo o jogo com a ajuda de seus assistentes.
Esse profissional do esporte deve tomar as decisões com o máximo de sua
capacidade, de acordo com as regras e o espírito do jogo, e conforme sua
opinião. Por isso, o árbitro possui poder discricionário para adotar as medidas
adequadas, a fim de cumprir a essência dessas regras.
Se já houver reiniciado o jogo ou saído do campo de jogo, após encerrar o
primeiro tempo, a partida ou uma prorrogação, o árbitro não poderá alterar
essas decisões, ainda que se convença do erro – seja por entendimento
próprio, seja em razão da visão de outro árbitro.
REGRA 6
Árbitros assistentes (outros oficiais de arbitragem)
2
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.htmlÉ possível que outros oficiais de arbitragem sejam nomeados para o jogo. São
eles:
2 árbitros assistentes;
4º árbitro;
2 árbitros assistentes adicionais;
1 árbitro assistente reserva.
Esses profissionais ajudam o árbitro a controlar o jogo de
acordo com as regras, mas a decisão final é sempre dele.
Os oficiais da equipe de arbitragem atuam sob a direção do árbitro.
Sempre submetidos à decisão do árbitro, os dois assistentes têm
o dever de indicar:
✔ Quando a bola sai completamente do campo de jogo;
✔ A que equipe pertence o arremesso lateral, ou se é tiro de canto ou de
meta;
✔ A necessidade de punir um jogador em posição de impedimento;
✔ Quando for solicitada uma substituição;
✔ Alguma infração ou outro incidente fora do campo visual do árbitro;
✔ Infrações que podem ver melhor do que o árbitro – isso inclui, em certas
circunstâncias, aquelas cometidas dentro da área penal;
✔ A possibilidade de o goleiro se adiantar, nos tiros penais, além da linha de
meta, antes de a bola ser chutada e se esta ultrapassar tal linha.
REGRA 7
Duração do jogo ou da partida
Uma partida de futebol é dividida em dois tempos de 45 minutos, com um
intervalo de 15 minutos entre eles. O 4º árbitro deve indicar o tempo adicional
mínimo decidido pelo árbitro no final do último minuto de cada período de
jogo.
O tempo adicional pode ser aumentado pelo árbitro, mas não reduzido. Esse
profissional não pode compensar um erro de cronometragem ocorrido no
primeiro período, alterando a duração do segundo.
Quando um tiro penal tiver de ser executado ou repetido, o tempo de jogo
será prorrogado até que isso aconteça.
REGRA 8
Início e reinício de jogo
O tiro de saída é uma forma de iniciar ou reiniciar o jogo:
✔ No começo da partida;
✔ Depois de um gol ter sido marcado;
✔ No início do segundo tempo da partida;
✔ No princípio de cada tempo da prorrogação – quando for o caso.
Também são formas de reiniciar o jogo (regras 13 a 17):
Tiros livres (diretos e indiretos);
Pênaltis;
Arremessos laterais;
Tiros de meta;
Tiros de canto.

Comentário
A bola ao chão é outra maneira de recomeçar a partida, quando o árbitro
a paralisa sem que haja previsão de reiniciá-la por meio de uma das
possibilidades citadas.
O gol pode ser marcado diretamente de um tiro de saída.
REGRA 9
Bola em jogo e fora de jogo
A bola estará fora de jogo em uma partida de futebol
quando:
Ultrapassar totalmente a linha lateral ou de meta – seja por terra, seja pelo
ar;
O jogo tiver sido paralisado pelo árbitro.
A bola estará em jogo em qualquer outro momento,
inclusive quando rebater:
Nos postes de meta, no travessão ou no poste de bandeirinha de canto e
permanecer no campo de jogo;
No árbitro ou em um árbitro assistente, localizado dentro do campo de jogo.
REGRA 10
Gol marcado (determinação do resultado de um jogo)
Um gol será marcado quando a bola ultrapassar totalmente a linha de meta,
entre os postes de meta e por baixo do travessão, desde que a equipe que o
marcou não tenha cometido previamente nenhuma infração às regras do jogo.
A equipe que marcar maior número de gols durante a partida será a
vencedora. Quando as duas equipes marcarem o mesmo número de gols ou
nenhum, o jogo terminará empatado.
REGRA 11
Impedimento
O fato de estar em uma posição de impedimento não constitui uma infração.
Um jogador estará em posição de impedimento quando, no momento do
passe efetuado por um companheiro de equipe, encontrar-se mais próximo da
linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário.
Um jogador não estará em posição de impedimento quando se encontrar em
sua própria metade de campo, ou quando estiver na mesma linha do
penúltimo adversário ou dos dois últimos adversários.
Também não há infração de impedimento quando um jogador recebe a bola
diretamente de um:
✔ Tiro de meta;
✔ Arremesso lateral;
✔ Tiro de canto;
✔ Jogador adversário, passada intencionalmente.
REGRA 12
Faltas e incorreções
As faltas e incorreções são sancionadas por:
Tiro livre direto;
Tiro livre indireto;
Tiro penal.
Os tiros livres diretos e indiretos e o pênalti só poderão ser marcados por
faltas e infrações cometidas quando a bola estiver em jogo.
Será concedido um tiro livre direto ou a favor da equipe adversária do jogador
que praticar determinadas ações, contidas e especificadas no livro oficial de
regras.
REGRA 13
Tiros livres
Os tiros livres (diretos e indiretos) são concedidos a favor da equipe
adversária do jogador que cometer a falta ou infração.
O árbitro indicará um tiro livre indireto ao levantar um braço acima da cabeça,
mantendo-o nessa posição até que o tiro seja executado, e até que a bola
toque em outro jogador ou saia do jogo.
A bola entrará na meta nos seguintes casos:
✔ Cobrança de um tiro livre direto
Se entrar diretamente na meta da equipe contrária, o gol deverá ser
confirmado.
✔ Cobrança de um tiro livre indireto
Se entrar diretamente na meta da equipe contrária, um tiro de meta será
marcado.
✔ Cobrança de um tiro livre direto ou indireto
Se entrar diretamente na meta da própria equipe, um tiro de canto será
marcado.
A bola deve estar imóvel, e o executante não pode voltar a tocá-la antes que
esta toque em outro jogador.
Além disso, a bola entra em jogo logo que é tocada e se move claramente,
exceto no caso de um tiro livre a favor da equipe defensora desde sua área
penal. A bola só entrará em jogo se sair diretamente dessa área.
Antes desse momento, todos os adversários devem encontrar-se:
Pelo menos, a 9,15 m da bola – a menos que estejam em sua própria linha de
meta entre os postes.
Fora da área penal nas cobranças de tiros livres a favor da equipe adversária
– dentro de sua própria área penal.
REGRA 14
Tiro penal
Um tiro penal (pênalti) será marcado se um jogador cometer uma infração
punível com tiro livre direto dentro de sua própria área penal ou mesmo fora
do campo, em razão de uma saída deste como parte do jogo.
Um gol poderá ser marcado diretamente de um tiro penal.
Será concedido tempo adicional para executar um pênalti ao final de cada
tempo ou ao final dos tempos de uma prorrogação.
REGRA 15
Arremesso lateral
O arremesso lateral é uma forma de reiniciar o jogo. Ele será concedido à
equipe adversária do último jogador que tocar na bola, antes de esta
ultrapassar totalmente a linha lateral, por terra ou pelo ar.
Não pode ser marcado um gol diretamente de um arremesso lateral nem
contra ou a favor.
REGRA 16
Tiro de meta
O tiro de meta é uma forma de reiniciar o jogo.
Ele será marcado quando a bola ultrapassar completamente a linha de meta,
pelo chão ou pelo alto, depois de ser tocada por último em um jogador da
equipe atacante, sem que um gol haja sido marcado.
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de meta, mas somente
contra a equipe adversária. Se a bola tiver saído da área penal e entrar
diretamente na meta do executante, será marcado um tiro de canto a favor
da equipe adversária.
PROCEDIMENTOS
01
A bola deve estar imóvel e ser tocada de qualquer ponto da área de meta por
um jogador da equipe defensora.
02
A bola estará em jogo assim que sair diretamente da área penal.
03
Os jogadores da equipe adversária devem encontrar-se fora da área penal até
que a bola entre em jogo.
REGRA 17
Tiro de canto
Um tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar completamente a
linha de meta, pelo chão ou pelo alto, e quando for tocada por último em um
jogador da equipe defensora, sem que um gol haja sido marcado.
Um gol pode ser marcado diretamente de um tiro de canto, mas somente
contra a equipe adversária. Se a bola entrar diretamente na meta do
executante, será marcado tiro de canto a favor da equipe adversária.
PROCEDIMENTOS
01
A bola deve ser colocada na área de canto mais próxima do local por onde
saiu pela linha de meta.
02
A bola deve estar imóvel e ser tocada por um jogador da equipe atacante.
03
A bola entrará em jogo assim que for tocada e se mover claramente, sem a
necessidade de sair da área de canto.
04
O poste da bandeira de canto não pode ser removido.
05
Os jogadores da equipe adversáriadevem colocar-se, pelo menos, a 9,15 m
da área de canto, até que a bola entre em jogo.
REGRAS DO FUTSAL
REGRA 1
Quadra de jogo
Para as competições nacionais nas categorias adultos e sub-20 masculinas, a
quadra de jogo terá as seguintes medidas:
✔ No mínimo, 38 m de comprimento x 18 m de largura;
✔ Área de escape de, no mínimo, 1,5 m.
No entanto, para as Ligas de Futsal (masculina e feminina), as
medidas são definidas nos regulamentos das competições.
Para os certames nacionais nas categorias adultos, sub-20, sub-17 e sub-15
femininas, bem como nas categorias sub-17 e sub-15 masculinas, a quadra de
jogo terá as seguintes medidas:
✔ No mínimo, 36 m de comprimento x 18 m de largura;
✔ Área de escape de, no mínimo, 1,5 m.
Nas competições estaduais, as dimensões das quadras podem ser
regulamentadas pelas federações locais. Já nas partidas internacionais, a
quadra de jogo deve ter as seguintes medidas:
Comprimento Largura
Mínimo 38 m 20 m
Máximo 42 m 25 m
A figura a seguir apresenta essas dimensões:
REGRA 2
Bola
A bola é esférica, com invólucro de couro macio ou de outro material
aprovado, e deve seguir medidas em função do gênero e da faixa etária
envolvida.
REGRA 3
Número de jogadores
Uma partida de futsal é disputada entre duas equipes, compostas, cada uma,
por, no máximo, 5 jogadores, um dos quais é o goleiro.
Será vedado o início de uma partida se uma das equipes tiver menos de 3
jogadores. Nem terá continuação ou prosseguimento se uma das equipes, ou
ambas, ficar reduzida a menos de 3 jogadores na quadra de jogo.
Em qualquer partida de uma competição oficial, o número máximo de
jogadores reservas para substituições é 9. No entanto, o regulamento da
competição poderá estipular quantos substitutos serão relacionados em
súmula, sempre até o número máximo de 9 atletas.
Será permitido um número indeterminado de substituições durante a partida.
 Jogadores de futsal. (Fonte: Illustratiostock /
Shutterstock)
REGRA 4
Equipamento dos jogadores
Os jogadores não podem utilizar nenhum equipamento ou objeto que seja
perigoso a eles ou aos demais atletas, inclusive qualquer tipo de joia.
As caneleiras devem estar completamente cobertas pelos meiões e
confeccionadas com material apropriado – como borracha, plástico e
poliuretano –, que ofereça proteção ao jogador.
O tênis deve ser feito com lona, pelica ou couro macio, com solado e
revestimento lateral de borracha ou material similar.
3
4
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html

Atenção
Se um jogador perder, de forma acidental, seu tênis e, imediatamente
depois disso, marcar um gol, não existirá infração, e o gol será válido.
REGRA 5
Árbitros
As partidas serão controladas por dois árbitros (principal e auxiliar), que terão
plenos poderes para cumprir as regras de jogo de futsal.
O árbitro auxiliar deve estar preparado para substituir o principal em caso de
necessidade. Diante de divergência com ele, prevalecerá a decisão do árbitro
principal.
Os árbitros poderão modificar uma decisão unicamente quando se derem
conta de que tomaram uma atitude incorreta, desde que não tenham
reiniciado ou, dependendo do caso, terminado a partida.
REGRA 6
Terceiro árbitro/anotador e cronometrista
No futsal, o 3º árbitro/anotador e o cronometrista exercem suas funções em
uma mesa do lado de fora da quadra de jogo, próximo à linha divisória do
meio da quadra, junto à zona de substituição.
Esses profissionais devem estar sempre atentos quanto à substituição de
jogadores e, quando verificarem infrações, precisam comunicar aos árbitros.
Além disso, eles têm de observar as substituições que tentam ludibriar os
adversários e a equipe de arbitragem, e informar aos árbitros. Por fim, devem
portar as plaquetas de pedidos de tempo técnico e de controle do tempo de
expulsões.
O cronometrista avisa que o tempo terminou, e um dos árbitros encerra o
jogo.
REGRA 7
Duração da partida
O tempo de duração de uma partida será cronometrado, dividido em dois
períodos iguais, tanto nas equipes masculinas quanto nas femininas, com
intervalo de até 15 minutos para descanso entre os períodos.
Considerando a menor resistência do organismo em formação e a
impossibilidade de exigir de jogadores de reduzida idade excessivo esforço
físico, os tempos de duração das partidas serão os seguintes:
✔ Categoria sub-15
30 minutos (dois tempos de 15 minutos)
✔ Categoria adulta / sub-20 / sub-17
40 minutos (dois tempos de 20 minutos)
Para as demais categorias de faixas etárias menores, as entidades estaduais
devem determinar ou homologar a fixação de tempo especial de duração da
partida.
Cada equipe terá direito a 1 minuto de tempo técnico em cada período de
jogo.
REGRA 8
Bola de saída
No início da partida, a escolha de lado ou saída de bola será decidida por meio
de sorteio feito pelo árbitro principal.
A equipe vencedora do sorteio escolherá a meia quadra em que irá iniciar o
jogo, e a equipe perdedora terá o direito à bola de saída. Quando a partida
tiver tempo suplementar, valerá o mesmo procedimento.
O jogador que executar a saída de bola não poderá ter contato com esta
enquanto não for jogada ou tocada por outro jogador.
Depois de consignado um gol, a partida recomeçará, de maneira idêntica, por
um jogador da equipe que sofreu o gol.
Não será válido o gol consignado diretamente de bola de saída.
REGRA 9
Bola em jogo e fora de jogo
Em uma partida de futsal, a bola estará fora de jogo quando:
Atravessar completamente, pelo solo ou pelo alto, as linhas laterais ou de
meta;
A partida for interrompida pelo árbitro;
A bola bater no teto ou em equipamentos de outros desportos colocados nos
limites da quadra de jogo.

Comentário
Neste último caso, a partida será reiniciada com a cobrança de tiro lateral
a favor da equipe adversária ao time do jogador que desferiu o chute, na
direção e do lado em que a bola bateu.
A bola estará em jogo em todas as outras ocasiões, inclusive quando:
Bater em uma das traves ou no travessão e permanecer dentro da quadra;
Tocar nos árbitros colocados dentro da quadra;
Não se adotar uma decisão por suposta infração às regras do jogo.
REGRA 10
Contagem de gols
No futsal, se, ao cobrar um tiro de canto, um tiro lateral ou um tiro livre
(direto ou indireto), o jogador retardar a bola para sua própria meta, e esta
penetrar diretamente, o gol não será válido. Nesse caso, será tiro de canto.
Se a bola tocar em qualquer jogador – inclusive o goleiro –, o gol será válido.
Se a bola arremessada com as mãos pelo goleiro penetrar diretamente na
meta adversária, o gol não será válido. Nesse caso, será cobrado um
arremesso de meta.
Se, ao segurar ou arremessar a bola, estando ela em jogo, o goleiro permitir
que esta entre e ultrapasse inteiramente sua própria linha de meta entre os
postes e sob o travessão, o gol será válido.
Se a bola estiver na direção da meta ao término do 1º ou 2º período, ou,
ainda, no término do período suplementar, e o tempo acabar, os árbitros
deverão esperar o final de sua trajetória para encerrar a partida.
REGRA 11
Impedimento
No livro oficial de regras da FIFA ou da Confederação Brasileira de Futsal
(CBFS), consta:
”Não existe impedimento no futsal”.
REGRA 12
Faltas e incorreções
As faltas e incorreções serão penalizadas no futsal com os tiros livres (direto
ou indireto) em diferentes situações de jogo, expostas na regra oficial da
modalidade.
Será concedido, também, um tiro livre indireto em favor da equipe adversária,
quando o goleiro, na sua própria quadra defensiva, cometer uma das
seguintes infrações:
Controlar a bola com as mãos dentro de sua área penal ou ficar de posse em
sua meia quadra de jogo por mais de 4 segundos; 
 
Após haver tocado na bola em qualquer parte da quadra, voltar a tocar em
sua meia quadra, jogada intencionalmente por um companheiro de equipe,
sem que esta tenha sido jogada ou tocada por um adversário;
Tocar ou controlar a bola com suas mãos dentro de sua área penal,depois
que um jogador de sua equipe a tenha passado deliberadamente com o pé;
Tocar ou controlar a bola com as mãos dentro de sua área penal, vinda
diretamente de um tiro lateral, de canto, direto e indireto, cobrado por um
companheiro.
O ato de receber a bola de um companheiro na quadra adversária e conduzi-la
para sua meia quadra será considerado segunda devolução e deverá ser
punido com tiro livre indireto. Na quadra de ataque, o goleiro pode receber a
bola normalmente.
Se ele a defender de forma parcial, não será considerado como primeiro
toque, e o companheiro poderá devolvê-la ao goleiro, sem que tenha sido
jogada ou tocada em um atleta adversário.
A equipe infratora será punida com a cobrança de um tiro livre indireto a ser
executado pelo adversário no local em que ocorreu a infração, se cometida
fora da área penal do infrator. Se cometida dentro dessa área, o tiro livre
indireto deverá ser executado sobre a linha, no ponto mais próximo do local
em que ocorreu a infração.
Essas faltas não são anotadas como acumulativas para a equipe e são punidas
com tiros livres indiretos durante toda a partida.
REGRA 13
Tiros livres
No futsal, os tiros livres podem ser diretos e indiretos.
Um dos árbitros sinalizará um tiro livre direto ao levantar um dos braços na
horizontal, indicando a direção que deve ser cobrado, e o outro braço em 45°,
em direção à quadra, de maneira a deixar bem claro ao 3º árbitro/anotador e
cronometrista a marcação de uma falta acumulativa.
O tiro livre direto pode consignar diretamente um gol contra a equipe que
cometeu a infração. No entanto, se um jogador chuta a bola em direção a sua
própria meta, e esta entra na meta diretamente, o gol não será válido. Nesse
caso, será cobrado tiro de canto em favor da equipe adversária.
Se a bola tocar em qualquer jogador – inclusive o goleiro – e entrar, o gol será
válido.
Na súmula do jogo, devem ser registradas as cinco primeiras faltas de tiro
livre direto (faltas acumulativas) de cada equipe, em cada período de jogo.
 (Fonte: https://goo.gl/dMLQZ7)

Exemplo
Imagine que o jogador cometeu uma falta para tiro direto na meia
quadra adversária ou em sua meia quadra, no espaço que corresponde à
linha do meio da quadra e a uma linha imaginária, ligando as linhas
laterais e passando pelo segundo ponto penal.
Da sexta falta em diante, essa cobrança deve ser da marca do segundo
ponto penal.
Agora, suponha que o jogador cometeu uma falta para tiro direto em sua
meia quadra de jogo, no espaço que corresponde a uma linha imaginária,
ligando as linhas laterais, passando pelo segundo ponto penal até a linha
de meta e fora da área penal.
Da sexta falta em diante, a equipe atacante decidirá se cobrará do local
em que ocorreu a infração ou na marca do segundo ponto penal.
REGRA 14
Tiro penal
Será concedido um tiro penal contra a equipe que cometer uma das infrações
sancionadas com um tiro livre direto dentro de sua área penal, quando a bola
estiver em jogo.
Um gol pode ser marcado diretamente de tiro penal.
Será concedido tempo adicional para a execução de pênalti no final de cada
período ou no final dos períodos do tempo suplementar.
O goleiro defensor deve estar sobre a linha de meta, de frente para o executor
do tiro e entre os postes de meta, até que a bola esteja em jogo. Ele pode se
movimentar lateralmente.
Os jogadores – exceto o executor do tiro – têm de estar na superfície de jogo,
fora da área penal, atrás do ponto penal e a uma distância mínima de 5
metros da bola.
 (Fonte:
https://sites.google.com/site/elfutbolsalabyaroa/)
REGRA 15
Tiro lateral
O tiro lateral será cobrado sempre que a bola atravessar inteiramente as
linhas laterais, pelo solo ou pelo alto, ou tocar no teto.
O retorno da bola à quadra de jogo se dará com sua movimentação, com o
uso dos pés. Esta será colocada no local de onde saiu e pode ser jogada em
qualquer direção por um atleta adversário daquela equipe que a tocou por
último.

Atenção
Se um jogador executar o tiro lateral contra sua própria meta, e a
bola tocar ou for tocada por qualquer jogador e penetrar na meta, o gol
será válido. Se penetrar na meta diretamente, o gol não será válido.
Nesse caso, será cobrado tiro de canto em favor da equipe adversária.
Se um jogador executar o tiro lateral contra a meta adversária, e a
bola tocar ou for tocada por qualquer jogador e penetrar na meta, o gol
será válido. Se penetrar na meta diretamente, o gol não será válido.
Nesse caso, será cobrado arremesso de meta em favor da equipe
adversária.
 (Fonte: https://goo.gl/gJG6nr)
Na execução do tiro lateral, a bola deve:
01
Estar apoiada no solo;
02
Ser colocada na direção de onde saiu;
03
Estar imóvel ou mover-se levemente;
04
Ser colocada sobre a linha lateral ou, no máximo, 25 cm para fora.
REGRA 16
Arremesso de meta
No futsal, haverá arremesso de meta sempre que a bola atravessar
inteiramente a linha de meta pelo alto ou pelo solo, excluída a parte entre os
postes e sob o travessão, após ter sido tocada ou jogada pela última vez por
jogador da equipe atacante.
A execução do arremesso de meta será realizada exclusivamente pelo goleiro,
com o uso das mãos, de qualquer ponto da área penal. A bola somente estará
em jogo quando ultrapassar inteiramente a linha demarcatória da área penal.
REGRA 17
Tiro de canto
Um tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar completamente a
linha de meta, pelo chão ou pelo alto, e quando for tocada por último em um
jogador da equipe defensora, sem que um gol haja sido marcado.
No futsal, se o jogador executa o tiro de canto com a bola fora do quadrante
, o árbitro manda repetir a cobrança e reinicia a contagem dos 4 segundos a
partir daqueles que já tinham passado após a primeira autorização, até a
cobrança correta ou a ultrapassagem desse tempo.
A bola estará em jogo assim que o tiro de canto for executado de acordo com
essa regra: ela será movimentada e não precisará sair do quadrante.
Um gol pode ser feito diretamente de um tiro de canto somente contra a
equipe adversária.
Se um jogador executar o tiro de canto contra a meta da equipe adversária, e
a bola transpor inteiramente a linha de meta entre os postes e sob o
travessão, tocando ou não em qualquer jogador, o gol será válido.
Se um jogador chutar a bola contra sua própria meta, e esta penetrar na
meta diretamente, o gol não será válido. O árbitro determinará o reinício da
partida com a cobrança de tiro de canto a favor da equipe adversária.
Se a bola tocar em qualquer jogador e penetrar na meta, o gol será válido.
Se um jogador demorar mais de 4 segundos para executar o tiro de canto, o
árbitro determinará a perda de posse de bola, e a partida será reiniciada com
a cobrança de um arremesso de meta a favor da equipe adversária.
5
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
 (Fonte: https://goo.gl/TZqTdt)
Atividades
1. Vimos que a FIFA é resistente a uma mudança significativa nas
regras do futebol. Por quê? Pesquise mais sobre o assunto em
artigos, em jornais e em revistas. Em seguida, elabore uma
reflexão sobre o tema.
2. As alterações nas regras do jogo servem para deixá-lo mais
dinâmico e agradável de assistir. Apresente suas sugestões de
mudanças nos regulamentos estudados.
3. No futsal, uma falta pessoal contra o goleiro é marcada quando
este:
I. Toca ou controla a bola com suas mãos, depois que seu companheiro a
passou deliberadamente com o pé. 
II. Toca ou controla a bola com os pés depois de um tiro lateral efetuado
por seu companheiro. 
III. Controla a bola com os pés por mais de 4 segundos na quadra
adversária. 
IV. Volta a receber a bola de um companheiro de equipe em sua própria
quadra defensiva, após havê-la tocado, arremessado com as mãos ou
movimentado com os pés, sem que esta tenha antes sido jogada ou
tocada por um adversário.
Entre os itens anteriores, está(ão) correto(s):
 a) Apenas I
 b) Apenas II
 c) I e IV
 d) II e III
 e) I, III e IV
4. A regra 11 do futebol trata de uma das questões mais
polêmicas em uma partida: o impedimento. Identificarse o
jogador está ou não impedido é o grande desafio do árbitro
assistente.
A infração de impedimento é assinalada quando um atleta recebe
a bola de um companheiro de equipe diretamente de um:
 a) Tiro de meta.
 b) Tiro de canto.
 c) Tiro livre direto.
 d) Arremesso lateral.
 e) Jogador adversário, passada intencionalmente.
5. No futsal, sempre que a bola atravessar inteiramente a linha de
meta pelo alto ou pelo solo, excluída a parte entre os postes e sob
o travessão, após ter sido tocada ou jogada pela última vez por
jogador da equipe atacante, haverá arremesso de meta.
Quanto a sua execução, podemos afirmar que o arremesso de
meta:
 a) Coloca a bola em jogo quando o goleiro ou o jogador de linha perde
o contato com ela.
 b) Pode ser realizado pelo goleiro ou por qualquer jogador de linha, de
qualquer ponto da área penal.
 c) Se realizado por um jogador de linha, deve ser executado com os
pés e do lado em que bola saiu, pela linha de fundo, tocada pelo
adversário.
 d) Não poderá ser feito com jogadores adversários dentro da área
penal, se o goleiro lançar rapidamente a bola, mesmo que estes não
atrapalhem o lançamento.
 e) É realizado exclusivamente pelo goleiro, com o uso das mãos, de
qualquer ponto da área penal – a bola só estará em jogo quando
ultrapassar inteiramente a linha demarcatória dessa área.
Técnica dos atletas de linha
Os jogadores de futebol e futsal podem ser atletas de linha ou goleiros.
Os principais elementos da técnica individual dos atletas de linha são:
Passe;
Recepção;
Condução;
Drible;
Chute;
Marcação.
Alguns autores incluem nessa lista o cabeceio e a desmarcação . Mas o
cabeceio não deve ser trabalhado de forma isolada, e sim em conjunto com
alguns dos principais fundamentos – tais como passe, recepção e finalizações
ou chutes.
VAMOS ENTENDER MELHOR CADA
UM DESSES ELEMENTOS?
 
Passe
Ação de enviar a bola diretamente a um companheiro ou a algum espaço
dentro do campo ou da quadra de jogo.
Este é o fundamento mais importante do futebol e do futsal: além de agilizar
o jogo, é a forma mais rápida e eficaz de chegar ao gol adversário, pois
possibilita as ações em conjunto e a progressão das jogadas.
Quando erram um passe, os jogadores entregam a bola ao adversário e,
consequentemente, perdem o controle da partida, minimizando as chances de
criar ações ofensivas.
Alguns aspectos devem ser considerados para a execução correta de um
passe. São eles:
01
Cabeça erguida;
02
Braços ligeiramente afastados – o que auxilia o equilíbrio;
03
Equilíbrio;
1 2
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
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 (Fonte: Aspen Photo / Shutterstock)
04
Pé de apoio próximo à bola e lateralmente;
05
Intenção ao tocar na bola – objetivo;
06
Força – para a bola percorrer a distância almejada.
Tanto no futebol quanto no futsal, os passes podem ser classificados da
seguinte forma:
CLASSIFICAÇÃO DOS PASSES
Critérios Espécies
Distância
Curto: para distâncias de, aproximadamente, até 4
metros;
Médio: para distâncias entre 4 e 10 metros;
Longo: para distâncias acima de 10 metros.
Trajetória da
bola
Rasteiro;
Meia-altura;
Parabólico;
Alto.
Execução com
os pés
Face ou bordo interno;
Face ou bordo externo;
Dorso;
Anterior ou bico;
Solado.
Espaço de jogo Lateral;
Diagonal;
Paralelo.
Forma especial
de execução
(passes de
habilidade)
Cabeça;
Calcanhar;
Cavado;
Coxa;
Letra;
Ombro;
Peito.
Recepção
Ação de interromper ou interceptar a trajetória de uma bola passada ou
arremessada – neste caso pelo goleiro.
Alguns a tratam como sinônimo de domínio ou controle, mas essas ações
ocorrem após a bola ser recebida pelo jogador, que deve mantê-la sob
controle ou domínio (rasteiro ou alto), preparando-se para o próximo ato.
Uma colocação correta dentro de campo ou da quadra de jogo facilita a
chegada da bola. Além disso, quando o atleta recebe bem a bola, o jogo
ganha mais velocidade.
 (Fonte: Maxisport / Shutterstock)
A recepção pode ser classificada da seguinte forma:
CLASSIFICAÇÃO DA RECEPÇÃO
Critério Espécies Execução
Trajetória
percorrida 
pela bola
Rasteira
(predominante,
principalmente, no
futsal)
Faces interna e externa dos
pés;
Solado.
Meia-altura
Faces interna e externa dos
pés;
Faces anterior, interna e
externa da coxa.
Parabólica
Cabeça;
Peito;
Coxa;
Dorso;
Solado.
Alta
Cabeça;
Peito.
Condução
Ação de progredir com a bola, andando ou correndo, por todos os espaços do
campo ou da quadra de jogo.
A condução propicia, durante o aprendizado, maior tempo de contato com a
bola, facilita o controle e auxilia a realização do fundamento do chute.
No entanto, especificamente durante o futsal, acontece em espaços curtos de
tempo, devido às dimensões da quadra e, muitas vezes, da alta velocidade
que se procura imprimir ao jogo por meio de passes.
Alguns aspectos devem ser considerados para uma condução correta de bola.
São eles:
Permanecer com a bola próxima ao corpo e ao pé;
Manter a cabeça erguida para possibilitar melhor visão do jogo;
Proteger a bola do adversário ao conduzi-la;
Estar sempre em condições de passar, driblar, chutar ou tocar, dando
sequência às ações de jogo, ou mesmo manter a posse de bola;
Atentar para a noção do espaço de campo ou da quadra, o equilíbrio e a
coordenação de movimentos com a bola (coordenação especial).
 (Fonte: Ververidis Vasilis / Shutterstock)
A condução pode ser classificada da seguinte forma:
CLASSIFICAÇÃO DA CONDUÇÃO
Critério Espécies Execução
Trajetória
Retilínea;
Sinuosa.
Face ou bordo interno e externo;
Dorso;
Solado.
 
Drible
Ação individual com a bola, que visa enganar o oponente, tentando
ultrapassá-lo.
 (Fonte: Maxisport / Shutterstock)
Esta técnica exige do praticante:
Velocidade de execução;
Noção de espaço;
Bom domínio de bola (próxima aos pés);
Agilidade nos movimentos;
Criatividade;
Coordenação especial (com a bola) e equilíbrio.
O drible pode ser classificado da seguinte forma:
CLASSIFICAÇÃO DO DRIBLE
Critério Espécies Execução
Objetivo
Ofensivo Para chegar à meta adversária.
Defensivo
Mantém a posse de bola com a
intenção de oferecer proteção
defensiva.
Execução (em
trajetória
retilínea ou
sinuosa)
Com os pés
Parado ou em deslocamento (com ou
sem bola).
Com o corpo Parado ou em deslocamento.
Alguns autores atribuem o chamado drible sem bola como a mesma ação da
finta. Entretanto, é possível diferenciar esses conceitos. Vejamos:
Finta
Movimento realizado sem a bola. O jogador pode fintar com os pés, as pernas,
o tronco, os braços e até os olhos – quando faz um movimento qualquer e se
desloca no sentido contrário. A finta com o corpo facilita o recebimento de um
passe (desmarcação), e ajuda na execução de um drible e na marcação.
Drible sem bola
Movimento executado quando o atleta tem a posse de bola. No entanto, ele
não a utiliza para enganar o adversário – apenas realiza o lance,
principalmente com os pés ou com todo o corpo.
Chute

Ação de impulsionar a bola com os pés, visando desviar
ou dar trajetória a ela, mesmo parada ou em
movimento.
(LUCENA, 2001).
O chute pode ser:
Ofensivo
Quando o objetivo é a meta adversária.
Defensivo
Para impedir ações ofensivas do oponente.
Esta técnica é muito semelhante ao fundamento do passe.
Os aspectos que diferenciam tais elementos são o propósito e a força.
Alguns fatores são importantes para a execução correta do chute, tais como:
 (Fonte: trattieritratti / Shutterstock)
O chute pode ser classificado da seguinte forma:
CLASSIFICAÇÃO DO CHUTE
Critério Espécies Execução
Trajetória
Rasteiro;
Meia-altura;
Alto.
-
Tipo
Simples
Anterior (bico);
Dorso;
Faces interna e externa dos pés.
Bate-pronto
Dorso;
Faces interna, externa e anterior dos
pés.
Voleio
Dorso;
Face interna dos pés.
Cobertura ou
cavado
Anterossuperior do pé
Marcação
Ação de impedir que o adversário receba a bola ou que progrida pelo espaço
de jogo quando de posse dela. Logo, a marcação deve ser efetuada tanto
sobre um atleta que está sem a bola quantosobre aquele que a tem em seu
domínio.
De acordo com Tenroller (2004), trata-se de impedir ou dificultar os
movimentos técnicos de condução, passe, chute ou drible do adversário que
tem a posse de bola.
Individualmente, é importante não marcar a bola após o passe do oponente, e
sim deslocá-la.
 (Fonte: Jure Makovec / Shutterstock)
A marcação pode ser dividida em três estágios. São eles:
1
Antecipação
Exercida para chegar à bola antes do adversário.
2
Aproximação
Quando o atleta procura se aproximar de seu oponente, buscando equilíbrio
adequado para exercer a abordagem.
3
Abordagem
Quando o atleta está em posição de equilíbrio e deve abordar o oponente,
buscando obter a posse de bola ou desequilibrando o passe adversário.
Técnica do goleiro
Os principais elementos da técnica individual do goleiro são:
Empunhadura ou pegada;
Defesas baixas e altas;
Espalmada;
Arremessos;
Saída de gol.
VAMOS ENTENDER MELHOR CADA
UM DESSES FUNDAMENTOS?
Empunhadura ou pegada
Posicionamento básico das mãos, que possibilita exercer as ações de defesa
da bola, quando chutada, passada ou arremessada nos diferentes planos.
Após a pegada, em qualquer circunstância, o goleiro deve, se possível,
proteger a bola, usando uma parte do corpo como obstáculo seguinte.
Defesas baixas e altas
As defesas baixas são exercidas abaixo da linha da cintura, com a utilização
das mãos ou de qualquer outra parte do corpo. Fazem parte desta técnica:
As quedas laterais;
As encaixadas de bola;
As defesas com os pés.
Já as defesas altas são exercidas com as mãos ou com o peito acima da linha
da cintura. Fazem parte desta técnica:
A defesa com deslocamento lateral;
As pontes (com ou sem mão trocada);
As defesas com recursos (peito, barriga e cabeça).
Espalmada
Toque com a palma da mão na bola, que a desvia de sua trajetória em uma
tentativa de defesa.
Esta técnica deve ser empregada como recurso para chutes muito fortes ou
em bolas que apresentam alto risco de defesa com pegada.
A mão tem de estar estendida, a fim de realizar o toque, que, normalmente, é
feito para trás.
Arremessos
Ação de passar a bola com as mãos, visando a um companheiro ou a um
espaço livre dentro da quadra de jogo.
Para a execução de um bom arremesso, o jogador deve considerar alguns
aspectos, tais como:
Equilíbrio;
Visão espacial;
Precisão;
Coordenação;
Força.
O arremesso pode ser classificado da seguinte forma:
CLASSIFICAÇÃO DO ARREMESSO
Critérios Espécies
Distância
Curtos e médios: distâncias percorridas dentro do
meio de quadra ou de campo defensivo;
Longos: distâncias próximas do meio campo no
futebol ou além do meio da quadra de jogo no futsal.
Trajetória
Rasteiro;
Parabólico;
Oblíquo (de cima para baixo) – muito utilizado no
futsal.
Saída de gol
Intervenção do goleiro dentro ou fora de sua área de meta, com o objetivo de
impedir finalizações ou ataque. Para isso, é possível utilizar qualquer parte do
corpo na tentativa de interceptar a bola do oponente.
A saída de gol também pode ser entendida como uma ação em que o goleiro
participa das jogadas ofensivas de sua equipe.
Com a permissão nas regras do jogo, tanto no futsal quanto no futebol, para
atuar fora de sua área de meta, é imprescindível que o goleiro desenvolva
habilidades para atacar, efetuar coberturas e antecipações, e executar com
eficiência os diferentes elementos da técnica individual dos jogadores de linha.
Ao movimentar-se em direção à frente, ele procura fazer com que sua meta
pareça menor para o atacante adversário. Esta é a ação de fechar o ângulo,
quando o goleiro tenta deixar poucas áreas abertas para as finalizações dos
atacantes.
Quando ele avança muito à frente facilita a pegada em caso de chutes fortes,
mas não ajuda no caso de o atacante tentar encobri-lo.
Atividades
1. Durante muito tempo, o futebol brasileiro se destacou,
vencendo os demais em virtude da habilidade e da criatividade, e
não da técnica. Diante disso, diferencie os conceitos grifados.
2. Quanto aos elementos da técnica individual dos jogadores de
futebol e futsal, assinale a opção incorreta:
 a) A ação de interromper ou interceptar a trajetória de uma bola
passada ou arremessada é chamada de recepção.
 b) O chute pode ser ofensivo, quando o objetivo é a meta adversária,
ou defensivo, para impedir ações ofensivas do oponente.
 c) As intervenções do goleiro dentro ou fora de sua área de meta, com
o objetivo de impedir finalizações ou ataque, são chamadas de saída de
gol.
 d) A espalmada é um fundamento do goleiro, utilizado como recurso
para chutes fracos ou em bolas que apresentam pouco risco de defesa
com pegada.
 e) A empunhadura do goleiro é o posicionamento básico das mãos, que
possibilita exercer as ações de defesa da bola, quando chutada, passada
ou arremessada em um plano acima ou abaixo da linha da cintura.
3. Como fundamento individual, a marcação pode ser dividida nos
seguintes estágios:
 a) Marcação individual, por zona e mista.
 b) Marcação pressão e no próprio campo.
 c) Antecipação, aproximação e abordagem.
 d) Antecipação, aproximação e marcação pressão.
 e) Aproximação, abordagem e marcação por zona.
4. Em relação à distância, há passes:
 a) Curtos, médios e longos.
 b) De cabeça, de peito e de ombro.
 c) Laterais, diagonais e paralelos.
 d) Rasteiros, meia-altura e parabólicos.
 e) Com os bordos interno e externo do pé, e com o solado.
Métodos de treinamento da técnica
e aprendizagem do jogo
Os métodos escolhidos devem variar de acordo com os objetivos almejados.
Seja qual for objetivo, é preciso escolher o método correto.
Dentro do processo ensino aprendizagem, somente procedimentos de ensino
adequados à capacidade e à realidade do aluno o estimularão e
proporcionarão prazer, alegria e motivação.
Atualmente, dois princípios ou eixos norteiam a metodologia do ensino dos
jogos esportivos, incluindo o futebol e o futsal.
São eles:
Analítico-sintético
O processo de ensino e aprendizagem é realizado em etapas, e é
baseado no ensino técnico e na repetição de movimentos. A ênfase
principal da aula está na execução perfeita de técnicas preestabelecidas.
Para Greco (2001, p. 49):
“[...] o aluno conhece, em primeiro lugar, os componentes técnicos do
jogo [por meio] da repetição de exercícios de cada fundamento técnico”.
O eixo é conhecido como série de exercícios, que são regidos por
princípios metodológicos, tais como:
Do conhecido ao desconhecido – das partes ao todo;
Do mais fácil ao mais difícil – diminuição gradativa da ajuda;
Do simples ao complexo;
Do mais lento para o mais rápido etc.
À medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, consegue
praticar uma nova sequência.
Neste princípio, corre-se o risco de usar o mesmo tipo de aula ou de
treino para alunos e atletas com perfis diferentes, o que pode causar
danos para sua formação. Muitas vezes, os alunos tornam-se exímios
executores de exercícios, mas possuem pouca familiarização com reais
situações de jogo.
Global-funcional
A ideia principal é a formação de alunos capazes de resolver problemas
dentro de situações reais de jogo.
A metodologia acontece de forma progressiva por meio de atividades
lúdicas, jogos pré-desportivos e reduzidos.
Isso permite que o aluno aprenda a técnica da modalidade juntamente
com conceitos táticos, necessários para o desenvolvimento da capacidade
de resolução de problemas durante jogo.
De acordo com Greco (2001), este princípio se caracteriza pela intenção
de adequar toda complexidade do jogo esportivo por meio da
apresentação de uma sequência de jogos recreativos acessíveis à faixa
etária e à capacidade técnica do aluno iniciante.
Para o autor, essa metodologia se tem mostrado mais consistente quando
comparada à analítica, pois atende ao desejo de jogar dos alunos.
Consequentemente, estes ganham em motivação, e o processo de ensino
e aprendizagem fica mais fácil.
Partindo desses princípios, o professor pode optar pelas seguintes concepções
metodológicas de ensino dos jogos esportivos:
Método parcial
Método global
Método da confrontação
Método recreativoVamos entendê-las melhor?
 
Método parcial
Este método segue princípios do eixo analítico-sintético e utiliza a repetição de
séries de exercícios para o domínio das técnicas, consideradas elementos
básicos para a prática do jogo.
1
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
 (Fonte: Ververidis Vasilis / Shutterstock)
O jogo é composto de partes que devem ser desenvolvidas separadamente
devido a sua complexidade e à dificuldade de aprendizagem da técnica ideal.
A tabela a seguir apresenta as vantagens e desvantagens do método parcial:
Método Parcial
Vantagens Desvantagens
Dominar e aprimorar a técnica ou um
elemento da técnica individual, ou
seja, criar oportunidades de um
treinamento motor correto e profundo
de aspectos isolados do jogo;
Fazer correções diretas, fáceis de
serem aplicadas e, muitas vezes, bem
compreendidas pelos alunos;
Realizar facilmente controle de
progressos na aprendizagem;
Evitar situação de conflito entre os
participantes;
Respeitar os limites e o ritmo de
aprendizagem de cada aluno.
Não saciar o desejo de jogar do aluno,
principalmente o iniciante;
Tornar uma aula pouco motivante para
uns e com alto grau de exigência para
outros;
Praticar o exercício muitas vezes fora
de uma situação concreta de jogo, o
que não permite ao iniciante
estabelecer uma relação entre a tarefa
realizada e sua aplicabilidade;
Deixar de treinar habilidades
individuais da forma como serão
exigidas posteriormente no jogo;
Ensinar com pouca eficiência destrezas
sob a pressão do jogo competitivo;
Apresentar deficiência no
relacionamento social;
Oferecer apenas padrões de
movimentos estimulados pelo
professor.
Para Dietrich (1984, p. 38):

[...] ao [praticar] um jogo, a finalidade não é apenas
aprender os [seus] elementos, como drible, chute a
gol, mas aprender, ao mesmo tempo, quais situações
se devem driblar e quando se deve dar o chute a gol. As
experiências necessárias para tal são possíveis apenas
no próprio jogo.
Já Greco (2001, p. 52) acredita que o método parcial apresenta como grande
deficiência o treinamento segmentado das partes para se chegar ao todo.
Nesse caso, perde-se a ideia do objetivo principal, e a situação real do jogo é
apresentada como conta-gotas.
Por isso, o emprego puro do método parcial para iniciação aos jogos
esportivos coletivos é descartado ou feito em menor escala. Essa metodologia
traz mais prejuízos do que vantagens para os iniciantes.
 
Método global
Este método segue princípios do eixo global-funcional. Consiste na
aprendizagem do jogo em si por meio de uma sequência de jogos adaptados.
Parte-se de jogos mais simples, passando pelos mais complexos até o jogo
final.
 (Fonte: Fotokostic / Shutterstock)

Para chegar à prática do esporte, o aluno passará por
vários jogos preparatórios.
(GRECO, 2001, p. 60)
No método global, tem sido utilizado um processo de ensino que se chama
série de jogos.
De acordo com Schneiderat (1994 apud GRECO, 2001), para assegurar o êxito
do processo de ensino e aprendizagem, alguns princípios devem ser
respeitados. São eles:
01
A divisão dos jogos não deve abranger muitas partes, de tal forma que o
aluno consiga alcançar logo o jogo objetivado.
02
As formas iniciais de jogos não devem ser mais difíceis do que o jogo
objetivado – cuidado com as regras.
03
Os alunos aprendem de forma mais intensa com jogos em pequenos grupos e
espaços.
A tabela a seguir apresenta as vantagens e desvantagens do método global:
Método Global
Vantagens Desvantagens
Maior motivação por partes dos
alunos;
Prática constante – o que leva à
vivência em situações reais de
jogo;
Possibilidade de o aprendiz
começar a praticar o jogo desde
cedo;
Técnica e tática sempre juntas;
Participação de todos os
elementos envolvidos – como o
movimento, a reação, a
percepção, o ritmo etc.
Impossibilidade de correção de
movimentos, atendimentos e avaliações
individuais;
Demora na percepção do aluno quanto a
sua melhora nos elementos da técnica
individual – o que pode provocar certo
desestímulo;
Inviabilidade de uma avaliação eficaz sobre
o desempenho do aluno.
 
Método da confrontação
Neste método, aprende-se jogando. Em outras palavras, jogar o jogo em si,
com todas as suas regras e formas, é a principal maneira de aprender o jogo.
Para Greco (2001, p. 75), o jogo não deve ser dividido em etapas ou tarefas a
serem aprendidas. Do contrário, a ideia do todo deixaria de existir.
 (Fonte: matimix / Shutterstock)
A tabela a seguir apresenta as vantagens e desvantagens do método da
confrontação – conhecido como rola a bola (GRECO, 2001, p. 88):
Vantagens Desvantagens
Possibilidade de grande socialização e
motivação por parte dos praticantes –
pois se aproxima rapidamente do
objetivo final da aprendizagem (a
prática do jogo em si);
Conhecimento da técnica do jogo e
vivência deste ao mesmo tempo;
Organização mais fácil das aulas por
parte dos professores.
Número de variações muito grande
durante o jogo – o que torna difícil
para o aluno diferenciar o importante
do supérfluo;
Possibilidade de perda de motivação
dos menos aptos – pois o sucesso
ocorre com menos frequência;
Dificuldade de identificar erros
técnicos e táticos;
Possibilidade de geração de conflitos
nas situações de competição –
muitas vezes em virtude da diferença
de rendimento e dos níveis de
interesse;
Possibilidade de sobrecarga da
capacidade do aluno – muitas vezes,
as exigências da prática são muito
complexas para iniciantes ou para os
menos aptos.
O prazer e a alegria do jogo são importantes, mas a satisfação e a motivação
são maiores quando sentimos que sabemos jogar. Isso nos leva a querer
praticar cada vez mais o esporte.
 
Método recreativo
Este método é muito semelhante ao global, pois também utiliza séries de
jogos com diferentes formas, que, dependendo do objetivo, permitem a aula
ou o treinamento de maneira recreativa.
Alguns autores o consideram sinônimo do método global e defendem a
vontade dos alunos de logo praticar o jogo que desejam aprender. A
aprendizagem acontece por meio de pequenos jogos adaptados e com regras
simplificadas.
 (Fonte: A_Lesik / Shutterstock)
O conceito recreativo do jogo esportivo destaca alguns valores dos métodos
global e parcial, como a prática constante do jogo e sua construção por meio
da seriação por partes de diferentes aspectos.
Assim, a utilização de pequenos jogos permite, muitas vezes, as correções e o
aperfeiçoamento de gestos técnicos.
De forma fracionada ou por meio de jogos, as atividades devem ter caráter
lúdico e graus de dificuldade adequados, bem como ser prazerosas para o
aluno.
Métodos de treinamento tático
Além do aprendizado do jogo e da técnica individual de um atleta de futebol e
futsal, podemos citar alguns métodos utilizados no treinamento tático dessas
duas modalidades.
Em algumas circunstâncias, o aprendizado e a metodologia do aprendizado da
técnica e da tática se assemelham, até porque, em um treinamento tático,
quase sempre trabalhamos o componente técnico.
Entre os métodos utilizados no treinamento tático estão:
Treinamento das ações táticas específicas
Variáveis que fragmentam o jogo de futebol, trabalhando:
As saídas de bola por baixo e por cima;
As viradas de jogo ou de circulação da bola;
As manobras a partir do meio-campo;
As triangulações e ultrapassagens pelo meio e nas laterais do campo;
As jogadas de bola parada – como escanteio, faltas de curta, média e
longa distâncias, laterais;
O contra-ataque;
A transição ofensiva e defensiva.
Treinamento tático-posicional
Treinamento que orienta o posicionamento correto dos atletas (com e
sem bola) quanto à ocupação, de forma equilibrada, dos devidos espaços
no campo de jogo, nos diferentes setores e lados e nas distintas zonas.
Treinamento tático em forma de jogo
Prática daquilo que exatamente o treinador deseja trabalhar com os
atletas. Dessa forma, constituem-se as inter-relações dos fatores do
jogo do seguinte modo:
Prioritariamente em campo reduzido, delimitado e comzonas divididas –
utilizando nenhum gol, um, dois ou mais gols;
Em igualdade, superioridade ou inferioridade numérica – podendo utilizar
duas ou mais equipes;
Com alternativa de comportamento e com jogadores neutros.
Assim como no treinamento técnico, quando tratamos da formação do
jovem atleta, os exercícios em forma de jogo contribuem bastante para
seu desenvolvimento, pois:
“[...] [permitem] aos atletas maiores tomadas de decisão, e aumentam a
capacidade de perceber e antecipar as ações dos adversários”. (PAOLI,
2003)
Este método permite a repetição de determinados momentos do jogo, de
maneira que cada jogador tenha, em particular, maior contato com a bola
e esteja envolvido mais vezes na resolução de um desafio tático.
2
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
Treinamento tático-coletivo
Fornece suporte ao treinamento técnico nas correções dos erros e no
desenvolvimento que visa ao jogo, dando ênfase:
Ao posicionamento e às funções de cada jogador;
Ao encaixe de marcação quanto à postura tática do adversário;
Ao desempenho de uma estrutura tática na equipe para compromissos
futuros.
De acordo com Paoli (2003), como recursos do treinamento coletivo,
foram criadas regras para desenvolver alguns aspectos táticos
específicos, tais como:
Limitar o número de toques na bola por jogador;
Delimitar áreas de chutes a gol;
Limitar o número de passes permitidos em determinados setores do
campo;
Aumentar o número de jogadores na equipe suplente para aprimorar o
poder de marcação dos titulares;
Distribuir tarefas táticas para as distintas estruturas da equipe,
delimitando zonas de atuação ou não;
Reduzir as dimensões do campo e o número de jogadores da equipe
titular.
Treinamento técnico-situacional
Para Paoli (2003), este treinamento visa colocar o jogador para executar
os fundamentos técnicos, extraindo uma situação do jogo de futebol,
bem como desenvolvendo capacidades técnicas em movimentações
táticas predeterminadas.
Isso o ajudará a identificar em que momento deve usar determinado
fundamento e como o fará.
Como o próprio nome já diz, é um treinamento técnico, mas, dentro
deste, existem características táticas. Ainda de acordo com Paoli (2003),
é difícil encontrar na literatura algo que reforce o treinamento técnico-
situacional como método tático.
No entanto, o método pode ser aliado do planejamento tático,
dependendo do objetivo do exercício, pois apresenta um padrão de
movimentação tática dos jogadores, que deve ser executado durante a
partida.
Este último tipo de treinamento merece um pouco mais de atenção.
Treinamento técnico-situacional:
foco cognitivo
Paoli (2003) sugere que a nomenclatura ideal para este método seja:
Treinamento tático-situacional
Quando o objetivo principal é trabalhar a parte tática.
Treinamento técnico-situacional
Quando o objetivo principal é trabalhar a parte técnica.
Afinal, existem métodos que exigem maior capacidade cognitiva dos
atletas.
Entre os processos cognitivos nos esportes coletivos estão:
A percepção;
A internalização;
3
https://stecine.azureedge.net/webaula/estacio/go0425/SDE3582gon999/aula2.html
A decisão;
A ação;
O controle das jogadas.
É importante que o treinador conheça o nível cognitivo dos atletas antes de
aderir a determinado método de treinamento.
Filgueira e Greco (2008) reforçam essa ideia ao afirmarem que o professor
deve estar atento:

[...] ao desenvolvimento dos processos cognitivos
necessários à compreensão do jogo, aplicando meios
de integração das ações técnico-táticas nas suas
atividades para capacitar os jogadores com êxito [às]
exigências do jogo.
Nas palavras de Greco (2001):

[...] as capacidades táticas estão em direta relação de
interdependência e em interação com as capacidades
cognitivas, técnicas e físicas.
Por exemplo, se o treinador propõe um trabalho para o qual os atletas não
possuem capacidade física ou técnica, o treinamento acaba sendo
prejudicado, e o objetivo esperado não é atingido.
Dentro de uma sequência didática dos métodos de treinamento tático, não
devemos ensinar um exercício com grau de complexidade muito alto sem
antes fazer uma avaliação dos aspectos técnicos, táticos, físicos e cognitivos
daqueles envolvidos no treinamento.
Em qualquer processo de ensino e aprendizagem, não se parte do complexo
para o simples. Seria como ensinar, primeiro, uma criança a correr para,
depois, andar.
O professor ou treinador precisa adequar os
diferentes métodos de treinamento tático de
acordo com a capacidade cognitiva, técnica e
física dos envolvidos.
Atletas iniciantes necessitam de um treinamento que lhes garanta uma boa
base técnica, de modo que sua velocidade de ação não seja composta apenas
pela rapidez e capacidade de reação, mas, principalmente, pela perspicácia
em reconhecer a situação presente e a resolução mais adequada.
Portanto, é fundamental para o atleta de futebol e futsal vivenciar o máximo
de experiências possíveis em treinamentos ou durante os jogos.
Cada método tem sua particularidade e traz benefícios para a equipe. A
escolha de determinado método dependerá da ideia de jogo (modelo de jogo)
do treinador e, consequentemente, de uma análise dos fatores que cercam
sua equipe, tais como capacidades físicas, cognitivas, técnicas e psicológicas.
Uma boa análise desses fatores e da criatividade do treinador para a
elaboração dos treinamentos em todas as dimensões (técnica, tática, física e
psicológica) dará condições para que os atletas tenham o crescimento
necessário e atinjam os objetivos finais.
Atividades
1. Aponte algumas vantagens e desvantagens da utilização do
método parcial em crianças de até 10 ou 11 anos. Tal proposta
metodológica deve ser completamente descartada nessa faixa
etária? Por quê? De que forma pode ser empregada?
2. O denominado método global segue princípios do eixo global-
funcional. Trata-se da aprendizagem do jogo em si por meio de
uma sequência de jogos adaptados – processo de ensino que
chamamos de série de jogos.
De acordo com Greco (2001): “[...] para chegar à prática do
esporte, o aluno passará por vários jogos preparatórios”.
Para assegurar o êxito do processo de ensino e aprendizagem,
alguns princípios devem ser respeitados, entre eles:
 a) A técnica e a tática, que não podem ser trabalhadas juntas.
 b) A correção de movimentos, atendimentos e avaliações individuais.
 c) As formas iniciais de jogos, que devem ser tão difíceis quanto o jogo
objetivado.
 d) A aprendizagem dos alunos, que deve ser mais intensa com jogos
em pequenos grupos e espaços.
 e) A divisão dos jogos, que deve abranger muitas partes para o aluno
não alcançar logo o jogo objetivado.
3. Utilizando a repetição de séries de exercícios para o domínio
das técnicas, consideradas elementos básicos para a prática do
jogo, o método parcial não apresenta como desvantagem:
 a) Deixar de saciar o desejo de jogar do aluno, principalmente o
iniciante.
 b) Tornar uma aula pouco motivante para uns e com alto grau de
exigência para outros.
 c) Deixar de treinar habilidades individuais da forma como serão
exigidas posteriormente no jogo.
 d) Praticar o exercício muitas vezes fora de uma situação concreta de
jogo, o que não permite ao iniciante estabelecer uma relação entre a
tarefa realizada e sua aplicabilidade.
 e) Dominar e aprimorar a técnica ou um elemento da técnica
individual, ou seja, criar oportunidades de treinamento motor correto e
profundo de elementos isolados do jogo.
4. Para Greco (2001, p. 75): “[...] o jogo se aprende jogando”.
Por isso, a prática não deve ser dividida em etapas ou tarefas a
serem desenvolvidas. Do contrário, a ideia do todo deixaria de
existir. Essa é a principal característica do método:
 a) Parcial
 b) Global
 c) Recreativo
 d) Da confrontação
 e) Técnico-situacional
Conceitos de Tática
A palavra tática, de origem grega, taktiké, significa a arte de manobrar tropas
e pode muito bem ser empregada no futebol e no futsal no sentido de como
manobrar um time em campo ou em quadra. A tática é a lógica, aracionalidade e o elemento inteligente do jogo no aspecto coletivo. É em torno
da tática que os jogadores se integram para superar a performance do
adversário.

A tática é representada pelas ações individuais e
coletivas dos jogadores de uma equipe organizada e
orientada por um plano de ações previamente
estabelecido, considerando as características dos
jogadores e sua função nas situações de ataque ou
defesa, para solucionar as tarefas-problemas durante
uma partida a fim de se obter êxito nos resultados dos
jogos.
(FILGUEIRA, 2008, p.58)
No futebol, o alto nível de desempenho dos jogadores está relacionado à
eficácia na realização das ações táticas. Diversos estudos sobre futebol e
futsal vêm apontando a eficiência do comportamento tático como um dos
fatores que influenciam na performance tática dos jogadores. Portanto há a
tendência de atletas com maior eficiência nos princípios táticos apresentarem,
também, desempenho melhor na modalidade.
Tal fato se torna também importante nas categorias de base dos clubes de
futebol, pois trata-se de um período de avaliação e seleção dos jogadores,
vindo, assim, a ser uma variável determinante para o acesso desses atletas à
elite.
Podemos dizer que a tática é formada por procedimentos que buscam algum
tipo de superioridade na busca por um determinado objetivo e, também, a
capacidade de desempenho individual ou em time de oposição a um
adversário.
Tática é a conduta especial orientada de acordo com as ações técnicas. Além
disso, ela visa a obtenção dos objetivos de competição aplicados de acordo
com das regras da modalidade desportiva em questão.
 (Fonte: Sergey Kuznecov / Shutterstock)
Para Leal (2001), tática significa o planejamento e a execução racional de
distribuir os jogadores no campo, para ter sucesso e tirar proveito nas
diversas situações, surpreendendo e dominando o adversário
consequentemente. Para Drubscky (2003, p.277), conhecer o adversário é
pré-requisito para uma estratégia de jogo eficiente.
Atualmente, as exigências dos jogos de futebol e futsal requerem permanente
empenho do participante na tomada de decisão ao ponto de, ao mesmo
tempo em que ele tem de observar, processar e avaliar as situações, também
tem de eleger e executar as soluções táticas e técnicas adequadas para
determinada situação de jogo. (GRECO, 2006)
Assim, a tática se refere a tomada de decisão, diz respeito a saber “o que
fazer” e “como fazer” em uma determinada situação de jogo. No futebol e no
futsal, as capacidades táticas e os processos cognitivos subjacentes à tomada
de decisão são considerados requisitos essenciais para a excelência do
desempenho esportivo.
Durante uma partida surgem inúmeras situações
cuja frequência, ordem cronológica e
complexidade não podem ser previstas, exigindo
uma elevada capacidade de adaptação e de
resposta imediata por parte dos jogadores e das
equipes a partir das noções de oposição
presentes em cada fase de jogo. (GARGANTA,
1997)
Essas situações de oposição são tão evidentes nos jogos de futebol e de Futsal
que é possível perceber a tática pela organização espacial dos jogadores no
campo ou quadra face às circunstâncias da partida relativa às movimentações
da bola e às alternativas de ação, tanto dos companheiros como dos
adversários.
Essa forma de compreensão da tática confere um destaque especial às
movimentações e ao posicionamento no campo ou quadra deixando perceber
a capacidade do jogador para ocupar e/ou criar espaços livres em função dos
princípios táticos adequados para o momento.
Tática geral e tática específica
A tática esportiva pode ser classificada como:
Geral
Abrange regras comuns a diversas modalidades esportivas.
Específica
Corresponde às regras de uma determinada modalidade esportiva, que deve
ser adequadamente treinada, como no caso do futebol e do futsal.
Zakharov (1992) divide a tática desportiva em individual e coletiva (de grupo
ou equipe). A tática individual é representada pela escolha e aplicação de
elementos técnicos, como nível técnico do jogador, capacidades físicas, tática
do adversário, além de fatores exteriores (condições climáticas, situações no
jogo etc.).
A tática coletiva é definida, em grande parte, pelo sistema de jogo utilizado.
Pode ser ainda classificada como tática de grupo, em que são inseridos, por
exemplo, os sistemas defensivos e ofensivos. A defesa que marca por zona,
por exemplo, adota essa tática de grupo.
Assim, a tática pode ser dividida em:
Tática individual
Comportamento de um jogador que efetua uma ação com um objetivo
determinado. A ação deverá ser a execução de uma técnica aplicada em cada
situação de jogo com um objetivo definido.
Exemplo: decisão de passar ou driblar.
Tática coletiva
Ações de dois ou três jogadores, unindo e combinando um sequencial de
técnicas individuais diferentes, como meio para chegar a obter uma vantagem
na situação de jogo.
Exemplo: tabela, ultrapassagem, dobra.
Tática de grupo
A ação simultânea de quatro ou mais jogadores, no caso do futebol,
estabelecida previamente conforme um determinado plano de ação.
Exemplo: marcação alta (na linha 1), marcação no próprio campo etc.
Em relação à classificação de movimentação tática, o futebol é inserido em
um grupo de coordenação de movimentos variáveis, priorizando sempre
tarefas táticas. Assim sendo, a instrução tática assume um caráter muito
específico. (WEINECK, 2003)
Zakharov (1992) também coloca o futebol numa classificação de esportes de
contato, em que a tática tem um peso muito grande para a obtenção dos
objetivos competitivos, pois é necessário superar a contração muscular ou
posicional do adversário.
A tática coletiva no futebol e no futsal também pode ser
entendida como um conjunto de manobras ofensivas
(táticas ofensivas) e defensivas (táticas defensivas)
realizadas por uma equipe durante uma partida.
Para Leal (2001), as táticas podem ser ofensivas e defensivas, e, sob outro
aspecto, com bola em jogo e com bola fora de jogo.
Com a bola em jogo, são desenvolvidas todas as táticas ofensivas e
defensivas com a bola em movimento.
Com bola fora de jogo, é a hora de praticar todas as táticas ofensivas e
defensivas a partir da bola parada:
Arremesso lateral;
Tiro de canto;
Tiro de meta;
Falta direta ou indireta;
Início ou reinício de jogo.
Táticas defensivas
As táticas defensivas são todas aquelas que evitam os riscos de sofrer
gols. Confira alguns exemplos:
Antecipação;
Retardamento do ataque adversário;
Coberturas;
Linha de impedimento;
Bloqueio dos avanços adversários para as laterais;
Posicionamento em tiro de canto defensivo;
Formação de barreira;
Posicionamento em tiro livre defensivo;
Posse de bola.
Táticas ofensivas
As táticas ofensivas todas aquelas que visam surpreender, dominar e
superar a equipe adversária em busca de gols e, consequentemente, da
vitória. São exemplos de táticas ofensivas:
Lançamentos;
Triangulações;
Contra-ataques;
Criação de espaços;
Jogadas de ultrapassagem;
Viradas de jogo;
Posse de bola;
Ataque com um determinado número de jogadores;
Tiro de canto;
Tiro livre direto ou indireto;
Arremesso lateral;
Início ou reinício de jogo.
Diversos fatores são determinantes para o sucesso tático de uma equipe. Para
Weineck (2003), a boa execução da tática depende de desenvolvimento
técnico adquirido, capacidade cognitiva e capacidade psicofísica. Não há como
um jogador “dar cobertura”, por exemplo, se o adversário for muito superior
em velocidade e resistência.
A tática no futebol representa um dos principais componentes de preparação
da equipe, pois está ligada a uma grande diversidade de ações motoras, à
abundância de situações e fatores de jogo que dificultam a percepção e a
tomada de decisões durante o jogo. (ZAKHAROV, 1992)
O grande fator de sucesso no futebol atual, segundo Pinto (2006), é tático,
ainda que dependa de outros fatores. Ao longo da história, o futebol se
valorizou primeiramente pela técnica, depois pelo preparo físico, e,
atualmente, a tática é entendida como fator determinante, integrador e
condicionador deoutros fatores, seja do ponto de vista da técnica individual,
de grupo ou de equipe.
No futebol e no futsal, a tática é mutável, pois define uma gama de
estratégias previamente elaboradas, que são aplicadas de acordo as condições
que envolvem a partida. Com isso, independentemente de ser defensiva ou
ofensiva, alguns fatores podem influenciar a tática a ser utilizada, tais como:
Adversário (características físicas, técnicas, táticas etc.);
Condições técnica, física e psicológica da sua equipe;
Situações ocorridas durante a partida;
Dimensões e qualidade do campo de jogo;
Regulamento da competição;
Regras;
Sistemas de jogo.
 (Fonte: Ivelin Radkov / Shutterstock)
Sistema de jogo
Trata-se da distribuição dos jogadores dentro do campo ou quadra de jogo. O
sistema de jogo retrata o posicionamento inicial dos jogadores (4x4x2, 3x5x2,
2x1x1) e pode ser alterado durante a partida em função dos diferentes
esquemas.
Vejamos o que alguns autores dizem sobre o assunto:
Zakharov (1992)
O sistema de jogo corresponde à distribuição dos jogadores no campo e
às funções que eles desempenham durante a partida.
Pinto e Garganta (1996)
Definem como características gerais de um sistema de jogo que funcione,
ao mais alto nível, a capacidade de impor o jogo à equipe adversária,
adotando uma atitude agressiva, provocando e aproveitando os erros do
adversário para tirar proveito de mudanças bruscas no ritmo de jogo.
Garganta (1997)
Numa abordagem sistêmica das equipes de futebol, o sistema de jogo
pode e deve ser analisado sob três pontos de vista:
Como os onze jogadores cooperam e se confrontam com o adversário
dentro sistema de jogo da equipe;
Como um microssistema de confronto, em que partes do sistema das
duas equipes realizam oposição em uma determinada zona do campo;
Como um infra sistema relacionado aos confrontos de um contra um, em
que estes confrontos vão alterando, de forma pontual, os confrontos dos
microssistemas.
Leal (2001)
Entende como sistema de jogo a distribuição dos jogadores de um time
em campo, em estrutura organizada, coordenados e unidos por princípio
de interdependência, com funções definidas que se complementam e que
se movimentam, visando, com o menor esforço possível, alcançar a
melhor produção e resultado.
Segundo ele, por ser o futebol um desporto de natureza dinâmica, é
necessário que os atletas conheçam, treinem e aperfeiçoem o sistema de
jogo para que ele funcione adequadamente. Dessa forma, haverá menos
riscos de o time perder suas características.
Além disso, o conhecimento do sistema de jogo pode gerar confiança nos
jogadores para testar sistemas alternativos, mais ofensivos ou
defensivos, de acordo com as circunstâncias da partida.
Drubscky (2003)
O conceito de sistema é mais abrangente. O autor considera que o
sistema corresponde à ideia de jogo, ao desenho tático, ou seja,
esquematizações, posturas, variações, sistemas de marcação, detalhes
táticos e estilo de jogo.
Como o jogo de futebol é muito dinâmico, as equipes ora atacam, ora
defendem. Um lateral do 4-4-2, por exemplo, quando ataca ou defende,
sempre altera a dinâmica desse “4” da defesa. Podemos considerar que
qualquer sistema de jogo é flexível em seus números.
De acordo com ele, muitos se perguntam sobre o que é melhor: montar
um sistema de jogo segundo um elenco disponível ou adaptar os
jogadores à uma ideia tática de jogo definida pelo técnico.
Os dois caminhos são possíveis, mas talvez a mistura dos dois seja o
ideal. É importante que o técnico tenha uma base tática de jogo definida
para se apoiar. No mundo do futebol, existe um dado muito importante a
ser avaliado, que é a cultura futebolística. Em muitos países, existe a
cultura de se jogar em determinado sistema, como na Holanda, onde o
esquema mais comum é o 4-3-3.
Para Drubscky (2003), é importante que haja uma distância inteligente
entre os jogadores nas três fases de jogo:
Construção (jogo ofensivo);
Recuperação (jogo defensivo);
Transição (na mudança do jogo ofensivo para defensivo e vice-versa).
O equilíbrio entre ataque e defesa será determinante para o sucesso do
sistema. Esse detalhe vai influenciar determinantemente o sucesso dos
esquemas de jogo e a maneira da equipe atuar.
Para o sistema funcionar com equilíbrio, entre defesa e ataque, é
necessário que os jogadores se encaixem em suas funções. Para que
ocorra o chamado “encaixe das peças”, é preciso que o campo seja
ocupado em todos seus espaços. Para tal, é fundamental que o técnico
conheça muito bem as características de seus jogadores.
Esquema de jogo
O esquema de jogo é formado por estruturas de um sistema, que deverão
funcionar plenamente para que seja bem-sucedido. Há estruturas táticas que
funcionam em conjunto ou isoladamente para o funcionamento do sistema de
jogo. A eficiência dessas estruturas determinará o sucesso do sistema. Como
exemplos, a combinação entre laterais e pontas, entre meias e atacantes,
entre volantes e zagueiros. (DRUBSCKY, 2003)
Uma equipe pode jogar com um determinado sistema de jogo, mas com
estilos de jogo distintos, atuando de maneira mais ofensiva, apoiada em
lançamentos longos para seus homens de frente, ou de forma mais defensiva,
explorando os contra-ataques.
Cultura futebolística
Uma cultura futebolística tem um peso relevante nos esquemas de jogo das
equipes. Temos como exemplo o futebol de grande marcação dos italianos e o
jogo aéreo dos ingleses e dos nórdicos. Além disso, as particularidades de
cada partida vão interferir na mudança de esquemas de jogo da equipe, como
as condições do campo, a necessidade de um resultado e, principalmente, o
adversário.
Sendo assim, esquemas são variações previamente treinadas do sistema de
jogo, que poderão ser usadas durante a partida para surpreender o adversário
no momento em que o treinador achar conveniente.

Exemplo
Em um sistema 4x5x1, um time coloca apenas um homem à frente
quando o adversário está com a posse de bola. No momento em que se
recupera a posse de bola, a equipe se posiciona com 3 ou 4 mais
adiantados.
Tática de jogo
São ações de ataque e defesa, que se desenvolvem durante uma partida para
surpreender ou se contrapor às ações adversárias. Pode-se dizer que a soma
da distribuição dos jogadores em campo com as diferentes movimentações de
uma equipe (esquema) dá como resultado a tática de jogo.
Estratégia de jogo
Em um sentido mais amplo, a estratégia de jogo envolve todo o trabalho de
preparação da equipe antes e durante uma partida.

Exemplo
Antes de uma partida o treinador, em seu plano de jogo, determina que a
estratégia será de marcação sob pressão (linha 1). Se fizer um gol, a
equipe marcará na linha 3. Nos últimos dez minutos, a orientação é
voltar a marcar de forma mais intensa, com a intenção de surpreender o
adversário.
Nos dias de hoje, principalmente no futebol moderno, utilizamos também o
chamado modelo de jogo, que nada mais é do que “como” a sua equipe vai
jogar.
O time vai privilegiar a troca de passes ou o jogo direto com passes longos
para frente?
Fará marcação sobre pressão ao homem que está com a bola ou marcação a
partir do meio campo?
Qual será o sistema de jogo?
Ao responder essas perguntas, você já estará criando um modelo de jogo para
sua equipe.
O futebol e o futsal são cíclicos, ou seja, sempre apresentam ações de ataque
e defesa.
No futebol, por exemplo, este ciclo é dividido em quatro momentos.
Momento ou organização ofensiva
Nesse momento, em que o time tem a posse da bola, diz respeito à
maneira como a equipe vai atacar, a movimentação dos jogadores, o
estilo de passe que será dado nesse momento, tipo de finalização etc.
Transição defensiva
A transição defensiva começa no momento em que perdemos a bola. Não
fomos eficientes no nosso ataque e a defesa adversária roubou ela. O
que fazer? Quem marcar? Ou seja, a transição defensiva é um momento
rápido de reação do nosso time que estava com a bola. Perdemos a bola?
Então vamos pressionar o homem da bola o mais rápido possível para
não deixar ele virar o jogo, por exemplo, ou retornarmos imediatamente