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INTRODUÇÃO AOS LIQUIDOS CORPORAIS- BMD NOITE (3)

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Líquidos Corporais.
Sde3923/Ara 0914
 Prof. Msc. Claudio Menezes
 líquidos corporais –métodos avaliativos
• Avaliação 1 (AV1)
• Avaliação 2 (AV2),
• Avalição Digital (AVD) e
• Avaliação 3 (AV3)
AVALIAÇÕES
• AV1 - Contemplará os temas abordados na disciplina até a sua realização e será assim composta:
• Prova individual com valor total de 7 (sete) pontos Para complementar a nota da AV1,
História do Exame de Urina
O exame de urina foi o primeiro exame laboratorial realizado pelo homem. 
Muitos médicos não tinham contato o paciente, apenas a urina dele. 
Eles obtinham informações a partir de tais observações básicas como cor, turbidez, odor, volume, viscosidade, e até mesmo doçura.
História do Exame de Urina
Introduzida na prática clínica em Paris no ano de 1837 por François Rayer e Eugene N. Vigla.
Thomas Addis – 1920
Fairley e Birch – 1982 (microscopia de fase)
Urinoanálise ou Urinanálise
Conhecer a urina condições para sua análise
Finalidade
Análise da Urina: informações sobre integridade estrutural e funcional do trato urinário, embora em algumas situações clínicas (patologias) também é possível avaliações sistêmicas.
Urina é uma Biopsia do T.U.
Vantagens da Urinálise
Informações sobre processos patológicos renais, do trato urinário e extra renais; 
Baixo custo
Facilidade de obtenção da amostra
Metodologias já estabelecidas
Urinálise moderna se expandiu para além do exame físico de urina para incluir a análise química e análise microscópica de sedimento urinário.
Patologias Renais
O rim pode ser atingido por doença de origem imunológica, inflamatória, infecciosa, neoplásica, degenerativa, congênita e hereditária.
O paciente com suspeita de problema renal deve observar a urina, seu volume, sua cor, seu cheiro e a maneira como é eliminada (jato). 
O volume de urina pode estar aumentado ou diminuído. Grandes volumes diários de três a quatro litros ocorrem na diabete e podem ser a manifestação inicial de outras doenças renais. A cor pode se manifestar turva, esbranquiçada ou sanguinolenta.
 ASPECTOS DA URINA
Patologias Renais
As Doenças Renais mais comuns são:
Nefrite: Caracteriza-se pela presença de albumina e sangue na urina, edema e hipertensão.
Infecção Urinária: Dor, ardência e urgência para urinar. O volume urinado torna-se pequeno e freqüente, tanto de dia como de noite. A urina é turva e mal cheirosa podendo surgir sangue no final da micção. Nos casos em que a infecção atingiu o rim, surge febre, dor lombar e calafrios, além de ardência e urgência para urinar.
Cálculo Renal: A cólica renal, com dor no flanco e costas é muito característica, quase sempre com sangue na urina e em certos casos pode haver eliminação de pedras.
Patologias Renais
Obstrução Urinária: Ocorre quando há um impedimento da passagem da urina pelos canais urinários, por cálculos, aumento da próstata, tumores, estenoses de ureter e uretra. A ausência ou pequeno volume da urina é a queixa característica da obstrução urinária.
Insuficiência Renal Aguda: É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina.
Insuficiência Renal Crônica: Surge quando o rim sofre a ação de uma doença que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de uréia, anemia, hipertensão arterial, entre outros.
Patologias Renais
Tumores Renais: O rim pode ser acometido de tumores benignos e malignos. E as queixas são de massas palpáveis no abdômen, dor, sangue na urina e obstrução urinária.
Doenças Multissistêmicas: O rim pode se ver afetado por doenças reumáticas, diabete, gota, colagenoses e doenças imunológicas. Podem surgir alterações urinárias em doenças do tipo nefrite, geralmente com a presença de sangue e albumina na urina.
Doenças Congênitas e Hereditárias: Um exemplo dessas doenças é a presença de múltiplos cistos no rim (rim policístico).
Nefropatias Tóxicas: Causadas por tóxicos, agentes físicos, químicos e drogas. Caracterizam-se por manifestações nefríticas e insuficiência funcional do rim.
Patologias Renais
Caso haja suspeita que a pessoa tenha doença renal os exames iniciais são o exame de urina e a dosagem da creatinina no sangue. O exame de urina pode evidenciar perda de proteína, glicose, sangue, pus e bactérias.
 A creatinina é uma substância que existe no sangue e constitui um produto do metabolismo muscular, sendo razoavelmente constante. Suas taxas variam de acordo com a massa muscular do indivíduo. Quando ocorre aumento nas taxas de creatinina significa que há uma diminuição da capacidade de filtração dos rins. 
Outro exame simples que pode ser realizado é a ecografia dos rins ou do abdome que pode demonstrar a presença de cálculos, sinais de obstrução das vias urinárias, alterações na forma e tamanho do rim. 
Exame de Urina
O exame de urina é usado como método diagnóstico complementar;
É um exame indolor, de simples coleta e resultado rápido;
Pode nos fornecer pistas importantes sobre doenças, principalmente sobre problemas nos rins e nas vias urinárias.
A urina também pode ser usada para pesquisar a presença de drogas no organismo, sejam elas lícitas ou ilícitas.
As três análises de urina mais comuns são:
1- EAS (elementos anormais do sedimento) ou urina tipo 1
2- URINA DE 24 HORAS
3- UROCULTURA
Coleta e Manipulação
A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco;
O recipiente de amostra deve ser devidamente etiquetado com o nome do paciente no corpo do recipiente;
Entregue imediatamente (até 2 horas após a coleta).
Preservação da Amostra
Tipo de Amostras
Urina Aleatória: detectar anormalidades que sejam bastante evidentes, em caso de pacientes no pronto-socorro e urgências.
Coleta de amostra (primeira amostra da manhã): ideal para exame de rotina ou Tipo I. Este tipo de amostra é essencial para evitar resultados falsos negativos no teste de gravidez e para avaliar a protenúria ortostática (deitado). 
Amostra de Jejum: É resultado da segunda micção após um período de jejum. A amostra não contém nenhum metabólito proveniente do metabolismo dos alimentos ingeridos antes do início do período de jejum e é recomendado para a monitorização de glicosúria (glicose na urina).
Tipos de Amostras
Amostra Colhida 2hs após a Refeição(pós prandial): O paciente urina pouco antes de se alimentar normalmente colhe uma amostra 2 horas após comer. Faz-se a prova de glicosúria e os resultados são utilizados principalmente para controlar a terapia com insulina em pessoas com diabetes mellitus.
Coleta estéril (urocultura): Coletar em pote (frasco) estéril. É útil para realização de cultura em urinas suspeitas de infecção bacteriana.
Tipos de Amostras
Amostra de urina de 24 horas (ou com tempo marcado): É utilizada uma amostra colhida, cronometrada cuidadosamente para conseguir resultados quantitativos exatos. Deve-se manter o paciente hidratado durante os períodos de coletas curtas.
O paciente deve pegar no laboratório recipiente devidamente limpo e seco para coleta, já que o volume será bem maior que o normal.
1º dia – 7 h da manhã: Urinar e descartar a amostra. O paciente então colhe toda urina nas próximas 24 horas.(as amostras colhidas devem ser mantidas refrigeradas).
2º dia – 7 h da manhã: o paciente urina e junta toda esta urina com aquela previamente colhida. E leva até o laboratório todo volume que foi recolhido.
Tipos de Amostra
Amostra colhida por cateter:
É colhida em condições estéreis passando-se pela uretra um cateter que chegue até a bexiga
Finalidade da amostras cultura bacteriana
Avaliação da função de cada rim isoladamente
Tipos de Amostra
Aspiração suprapúbica
A urina é colhida com introdução de agulha que do exterior atinge a bexiga
Amostras plenamente isentas de contaminação externa
Pode ser usada para exame citológico
Tipos de Amostra
Prova de Valentine ou amostra para prostatite
(coleta dostrês frascos)
Utilizado para avaliar infecções da próstata
Colhida em recipiente estéril
Em três diferentes tubos (primeiro jato, jato médio e urina restante após massagem da próstata)
Tipos de Amostra
Amostras pediátricas
Facilita a coleta de amostras de crianças
Quando necessário em condições estéries pode se optar pela coleta por cateter ou suprapúbica
Tipos de Exames de Urina
Exame Físico
Exame Químico
Exame Microscópico
Exame Físico
Odor
Cor
Aspecto
Densidade
pH
Espuma
Exame Químico
Os testes químicos usados com frequência em tiras reagentes são:
densidade
pH
proteínas
glicose
cetonas
hemoglobina (hemácias)
esterase de leucócitos
nitritos
bilirrubina
urobilinogênio
Exame Microscópico
Hemácias 
Leucócitos 
Células epiteliais 
Bactérias e leveduras 
Tricômonas 
Cilindros 
Cristais
Hemácias
Leucócitos
Células Epiteliais
Trichomonas vaginalis
Cristais
Interpretação de Dados Laboratoriais
Urinálise
Urinálise
A urina é um líquido transparente, amarelado, formado nos rins e que transporta produtos residuais do metabolismo até ao exterior do organismo. 
A urina é composta de aproximadamente 95% de água. 
Os principais excretas da urina humana são: a uréia, o cloreto de sódio e o ácido úrico.
37
Urinálise
Análise Física - Volume
Principal fator é a ingestão de água.
Em condições normais, o adulto produz em média de 600 a 2000 mL de urina por dia.
Poliúria: produção de mais de 2000mL por dia; pode ser por polidipsia, ou por consumo de diuréticos, como cafeína, álcool, tiazinas.
Urinálise
Análise Física - Volume
Oligúria: excreção de menos de 500 mL de urina em 24hs.
Urinálise
Análise Física - Aspecto
Límpido: aspecto normal . 
Ligeira turvação: não é necessariamente patológica, podendo ser decorrente da precipitação de cristais e de sais amorfos não-patológicos.
Turvação: pode ser conseqüência da presença de células epiteliais, leucócitos, hemácias, cristais, bactérias e leveduras.
Pode ocorrer a presença de depósito por excesso de muco em função de processos inflamatórios do trato urinário inferior ou do trato genital, ou pela presença de grande quantidade de outros elementos anormais. 
40
Muco=pode ser inflamacao
Urinálise
Análise Física - Cor
Amarelo citrino: cor habitual da urina , o que se deve, em sua maior parte, ao pigmento urocromo. 
Amarelo- pálida: diluição por uma grande ingestão de líquidos.
Amarelo-alaranjada: febre, desidratação, presença de bilirrubina ou urobilinogênio.
Amarelo-esverdeada e acastanhada: bilirrubina.
Vermelha: eritrócitos, mioglobina, porfirina, beterraba, menstruação, anilina (doces).
Urinálise - Análise Física – Cor- Alterações por medicamentos
Álcool: pálida, diurese.
Furazolidona: marrom.
Levodopa: vermelha ou marrom (alcalina).
Metildopa: escurecida. 
Fenazopiridina (Piridium): laranja avermelhado, pH ácido.
Rifampicina: laranja-avermelhado. 
Sulfasalazina: Laranja-amarelado, pH alcalino.
Urinálise 
Análise Física - Densidade
Ajuda a avaliar a função de filtração e concentração renais, bem como o estado de hidratação do corpo. 
Depende diretamente da proporção de solutos urinários presentes (cloreto, creatinina, glicose, fosfatos, proteínas, sódio, sulfatos, uréia, ácido úrico) e o volume de água. 
Normalmente varia entre 1.015 a 1.030.
Urinálise 
Análise Física - Densidade
Pode estar diminuída na administração excessiva de líquidos por via intravenosa, reabsorção de edemase transudatos, insuficiência renal crônica, uso de drogas, quadros de hipotermia, aumento da pressão intracraniana, diabetes insipidus e hipertensão. 
Urinálise 
Análise Física - Densidade
Densidades elevadas: desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus, glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência supra-renal, proteinúria, síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIHAD), toxemia gravídica, uropatias obstrutivas e no uso de algumas substâncias, como contrastes radiológicos e sacarose. 
Urinálise 
Análise Química 
 Corpos cetônicos
Produto do metabolismo das gorduras.
Fonte de energia para as células quando as reservas de glicose estão escassas ou quando falta insulina.
A acetona que passa para a corrente sangüínea é quase totalmente metabolizada no fígado. 
É excretada na urina quando a velocidade de sua formação é maior do que o normal.
Jejum ou a dieta podem determinar o aparecimento de acetona na urina. 
O uso de algumas drogas pode levar a falso-negativos, entre elas o captopril e a levodopa.
Urinálise 
Análise Química - Bilirrubina
Aumentadas nas situações em que ocorre o aumento da bilirrubina sérica.
Valores elevados: doenças hepáticas e biliares,obstruções intra- e extra- hepáticas, neoplasias hepáticas ou do trato biliar. 
Ao contrário, estará sempre ausente nas ictéricias por hemólise. 
Falso-negativos podem ser induzidos pelo uso de ácido ascórbico e exposição da urina à luz intensa por longo tempo. 
Urinálise 
Análise Química - Hemoglobina
Pode ser proveniente de diferentes estados de hemólise intravascular.
Uma quantidade excessiva de hemoglobina, fica livre no plasma, sendo filtrada pelo glomérulo e em parte reabsorvida pelo sistema tubular. O restante é excretado na urina.
Urinálise 
Análise Química - Hemoglobina
A outra causa é a presença de hemácias liberadas no trato urinário por pequenos traumas, exercícios extenuantes ou patologias das vias urinárias, em que as hemácias são lisadas, liberando hemoglobina. 
A verdadeira hemoglobinúria é rara, sendo mais freqüente a segunda situação, em que a hemoglobinúria é acompanhada pela presença de hematúria. 
Urinálise 
Análise Química - Glicose
A presença de glicose na urina ocorre sempre que os níveis de glicose no sangue.
Normalmente, a glicosúria só se manifesta quando os níveis séricos se encontram acima de 160 mg/dL.
A glicosúria pode ser causada tanto pelo diabetes mellitus como por outras patologias, como doenças renais que afetem a reabsorção tubular e nos quadros de hiperglicemia de outras origens que não a diabética 
Urinálise 
Análise Química - Nitrito
A presença de nitrito na urina indica infecção das vias urinárias, causadas por microrganismos que reduzem o nitrato a nitrito. O achado de reação positiva indica a presença de infecção nas vias urinárias, principalmente por bactérias entéricas. 
Urinálise 
Análise Química - pH
Avalia a capacidade de manutenção renal da concentração de íons hidrogênio no plasma e líquidos extracelulares.
Os rins, quando em funcionamento normal, excretam o excesso de íons hidrogênio na urina. 
Portanto, o pH da urina reflete o pH plasmático e é um indicador da função tubular renal.
Normalmente varia entre 5,0 a 7,0.
Urinálise 
Análise Química - pH
Valores elevados: alcalose respiratória, em dietas com grande ingestão de vegetais e frutas cítricas, hiperêmese ou o uso prolongado de sonda nasogátrica, na presença de cálculos renais, infecção das vias urinárias, especialmente por microrganismos que utilizam uréia (Proteus e Pseudomonas sp.), síndrome de Cushing, hiperaldosteronismo, hipocalemia, insuficiência renal, síndrome de Fanconi e superdosagem de álcalis. As drogas também podem alterar o pH urinário, como os diuréticos e a terapia alcalina (bicarbonatos). 
. 
Urinálise 
Análise Química - pH
Valores diminuídos podem ser encontrados em acidose metabólica e respiratória, perda de potássio, dieta rica em proteínas, infecção das vias urinárias por Escherichia coli, diarréias severas, diminuição de cloro, fenilcetonúria e tuberculose renal. O uso de anestésicos e de ácido ascórbico, assim como de outras drogas, pode diminuir o pH urinário
Urinálise 
Análise Química - Proteínas
Normalmente, uma pequena quantidade de proteína é filtrada pelo glomérulo (albumina, alfa-1 e alfa-2-globulinas), sendo sua maior parte reabsorvida por via tubular e eliminada em pequenas quantidades pela urina. 
São considerados normais valores de até 150 mg/ 24 h.
O aumento da quantidade de proteínas na urina é indicador inicial de patologia renal.
Porém, não são todasas patologias renais que cursam com proteinúria, a qual não é uma condição exclusiva de doença renal, podendo aparecer em patologias não-renais e em algumas condições fisiológicas.
Urinálise 
Análise Química - Proteínas
Pré-renal: hemorragia, estados febris, algumas endocrinopatias, distúrbios convulsivos, neoplasias, queimaduras extensas, mioglobinúria, hemoglobinúria, mielomas, superexposição a certas substâncias (ácido sulfossalicílico, arsênico, chumbo, éter, fenol, mercúrio, opiáceos), lesão do sistema nervoso central, leucemia (mielocítica crônica), obstrução intestinal, reação de hipersensibilidade, toxemia, toxinas bacterianas (difteria, escarlatina, estreptocócica aguda, febre tifóide e pneumonia) podem levar a proteinúrias ditas pré-renais.
A proteinúria transitória pode surgir em conseqüência de estados não-patológicos, como estresse físico (exercícios intensos) ou emocional, desidratação, dieta (proteínas em excesso), exposição ao frio e posição do corpo (proteinúria ortostática).
Urinálise 
Análise Química - Proteínas
Renal
Pode ocorrer em decorrência de comprometimento glomerular, tubular ou intersticial, glomerulonefrites, síndrome nefrótica, nefropatia diabética, hipertensão (maligna, renovascular), amiloidose, doença policística, lúpus eritematoso sistêmico, nefropatia membranosa, pielonefrite (crônica), tumores, malformações congênitas, trombose da veia renal, acidose tubular renal, necrose tubular aguda, intoxicação por metais pesados e algumas drogas.
Urinálise 
Análise Química - Proteínas
Pós-renal
Contaminação por material de área genital (uretral e genital), infecções do trato urinário superior e inferior (uretrites e cistites) e prostatites. 
Urinálise 
Análise Química - Urobilinogênio
Produto de redução formado pela ação de bactérias sobre a bilirrubina conjugada no trato gastrintestinal. 
A maior parte é excretada nas fezes. 
Uma pequena parte é reabsorvida através da via êntero-hepática e reexcretrada na bile e na urina. 
O aumento do urobilinogênio na urina indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática ou porfirinúria. 
Urinálise 
Análise Microscópica 
Células epiteliais
É comum o achado de algumas células epiteliais.
Podem ser de três tipos distintos: células escamosas, transacionais e dos túbulos renais. 
A maioria não tem significado clínico, e representa uma descamação de células velhas do revestimento epitelial do trato urinário. 
A presença de fragmentos epiteliais e de células de origem tubular pode estar ligada a processos de necrose tubular aguda e a lesões isquêmicas renais, entre outras lesões do rim. 
Urinálise 
Análise Microscópica - Hemácias 
Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal.
A presença de hematúria indica lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas dos rins ou vias urinárias. 
Deve-se sempre excluir contaminação por via genital. 
O exercício extenuante pode levar a hematúria discreta.
Hemácias na forma esférica habitual, seriam de origem mais distal no trato urinário; quando crenadas (irregulares), teriam origem glomerular 
Urinálise 
Análise Microscópica - Leucócitos
Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal.
Normalmente são neutrófilos.
Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário. 
Deve-se sempre excluir contaminação por via genital. 
Urinálise 
Análise Microscópica - Cristais
São formados por precipitações dos sais da urina por alterações na concentração, na temperatura e no ph da urina. 
Podem formar cálculos renais. 
A refrigeração da urina precipita a formação de cristais. 
Urinálise 
Análise Microscópica – Cristais
Urato e Fosfato Amorfo
“Sem importância clínica”.
Urinálise 
Análise Microscópica – Cristais
Ácido Úrico
Grandes números de cristais podem refletir aumento da taxa de renovação da nucleoproteína, especialmente durante a quimioterapia das leucemias e linfomas.
Urinálise 
Análise Microscópica – Cristais
Oxalato de Cálcio
Podem refletir doença renal crônica grave ou toxicidade por etileno glicol ou metoxiflurano.
Ingestão excessiva por ácido ascórbico.
Urinálise 
Análise Microscópica – Cristais
Fosfato triplo
Pouco significado clínico.
Urinálise 
Análise Microscópica – Cristais
Cistina
Ocorrem em pacientes com cistinúria e podem estar com cálculos de cistina.
Urinálise 
Análise Microscópica - Cilindros
São elementos exclusivamente renais compostos por proteínas.
Indivíduos normais, principalmente após exercícios extenuantes, febre e uso de diuréticos, podem apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente hialinos.
Sua formação se dá pelos elementos presentes no filtrado e pelo tempo de permanência dentro do túbulo. 
Nas doenças renais, se apresentam em grandes quantidades e em diferentes formas, de acordo com o local da sua formação.
Urinálise 
Análise Microscópica 
Cilindros Hialinos
Encontrados em doenças renais, atividade física, exposição ao calor, desidratação, febre, insuficiência cardíaca congestiva e terapia diurética.
Urinálise 
Análise Microscópica 
Cilindros Granulosos
Doença renal glomerular ou tubular e algumas situações fisiológicas.
Urinálise 
Análise Microscópica 
Cilindros Leucocitários
Pielonefrite.
Urinálise 
Análise Microscópica 
Cilindros Hemáticos
Indicam sangramento no néfron.
Glomerulonefrites, endocardite subaguda e infarto renal.
Urinálise 
Análise Microscópica 
Cilindros Céreos
Insuficiência renal, rejeição a transplantes e doenças renais agudas e estase do fluxo urinário
Urinálise 
Análise Microscópica - Muco
Produzido pelo epitélio do túbulo renal e células epiteliais. 
A presença excessiva de muco decorre de processos inflamatórios do trato urinário inferior ou do trato genital.
Urinálise 
Análise Microscópica - Bactérias
Pode ser indicativo de infecção.
Urinálise 
Análise Microscópica
Leveduras
ANÁLISE DE Casos clínicos
Paciente masculino, 60 anos, transplantado renal em acompanhamento no ambulatório de pacientes transplantados. Foram solicitados o Exame físico-químico da urina e análise do sedimento urinário em microscopia digital, à fresco, corada por Sternheimer-Malbin e Contraste de fase. 
Resultados do Exame físico-químico: 
Densidade: 1.020 
PH: 6,0 
Nitrito: Negativo 
Estearase leucocitária: 1+ 
Proteínas: 2+ 
Glicose: 1+ 
C. cetônicos: Negativo 
Bilirrubina: Negativo 
Urobilinogênio: Normal 
Hemoglobina: 1+ 
ANÁLISE DE Casos clínicos
ANÁLISE DE Casos clínicos
Paciente feminino, 58 anos com queixa de dor para urinar. Foram solicitados exames de rotina entre estes o Exame físico químico da urina e análise do sedimento urinário em microscopia digital, à fresco, corada por Sternheimer-Malbin e Contraste de fase. 
Resultados do Exame físico-químico: 
Densidade: 1.030 
PH: 5,5 
Nitrito: Negativo 
Estearase leucocitária: 2+ 
Proteínas: Traços 
Glicose: Negativo 
C. cetônicos: Negativo 
Bilirrubina: Negativo 
Urobilinogênio: Normal 
Hemoglobina: 3+ 
ANÁLISE DE Casos clínicos
ANÁLISE DE Casos clínicos
Paciente masculino, 60 anos, transplantado renal em acompanhamento no ambulatório de pacientes transplantados. Foram solicitados o Exame físico-químico da urina e análise do sedimento urinário em microscopia digital, à fresco, corada por Sternheimer-Malbin e Contraste de fase. 
Resultados do Exame físico-químico: 
Densidade: 1.020 
PH: 6,0 
Nitrito: Negativo 
Estearase leucocitária: 1+ 
Proteínas: 2+ 
Glicose: 1+ 
C. cetônicos: Negativo 
Bilirrubina: Negativo 
Urobilinogênio: Normal Hemoglobina: 1+ 
ANÁLISE DE Casos clínicos