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TCC-UNIP pedagogia

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UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
LUCIELMA ALVES DA SILVA
MARIA DA GUIA DA SILVA ALVES AMARAL
RAFAEL JOSÉ DA SILVA
SEVERINA EDNA DE MOURA SILVA
THAIS LEITE PEREIRA
BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR
SÃO JOSÉ DO EGITO – PE
2021
UNIVERSIDADE PAULISTA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
LUCIELMA ALVES DA SILVA
MARIA DA GUIA DA SILVA ALVES AMARAL
RAFAEL JOSÉ DA SILVA
SEVERINA EDNA DE MOURA SILVA
THAIS LEITE PEREIRA
BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR
Trabalho de conclusão de curso apresentado como
requisito parcial para a obtenção do título de
Licenciatura em Pedagogia - Universidade Paulista –
Polo de São José do Egito Orientação: Maria Sirleide
Melo
SÃO JOSÉ DO EGITO – PE
2021
RESUMO
Bullying é uma forma de violência, seja ela física ou psicológica, que afeta milhares
de pessoas de diferentes classes sociais em inúmeras situações, no ambiente
escolar não poderia ser diferente – infelizmente-, trazendo uma carga emocional
grande para quem sofre esse tipo de violência além de problemas que podem ser
levados por uma vida, como problemas com sua autoconfiança e até problemas de
relacionamento. O bullying muitas vezes começa como uma “brincadeira inocente”
entre colegas levando ao crescimento desse comportamento onde torna uma
proporção maior, saindo das brincadeiras para atos de violência.
O bullying na escola pode ser praticado de duas formas distintas: alunos entre si e
por incrível que pareça, professor com alunos – são casos difíceis mas não deixam
de existir -. A informação ainda é a melhor arma para tentar combater ou amenizar
esse mal que é tão atual e que está presente nas escolas, bulling não é brincadeira
e nunca foi. Através de nossa pesquisa, podemos destacar que esse tipo de
comportamento é mais comum do que se imagina, mas, não é um “problema” que
não é impossível de resolver, ao contrário, com informações corretas e dedicação
das escolas tudo pode amenizar. 
Palavras-chave: bullying, educação, escola, violência.
ABSTRACT
Bullying is a form of violence, whether physical or psychological, that affects
thousands of people from different social classes in countless situations, in the
school environment it could not be different - unfortunately -, bringing a great
emotional charge to those who suffer this type of violence. of problems that can be
carried on for a lifetime, such as problems with your self-confidence and even
relationship problems. Bullying often starts as an “innocent joke” between peers
leading to the growth of this behavior where it becomes a greater proportion, moving
from games to acts of violence.
Bullying at school can be practiced in two distinct ways: students against each other
and, oddly enough, teacher with students – these are difficult cases but they do not
cease to exist -. Information is still the best weapon to try to combat or alleviate this
evil that is so current and that is present in schools, bulling is no joke and never was.
Through our research, we can highlight that this type of behavior is more common
than one imagines, but it is not a “problem” that is not impossible to solve, on the
contrary, with correct information and dedication of the schools, everything can
alleviate.
Keywords: bullying, education, school, violence.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................06
1.1 Apresentação do Tema......................................................................................06
2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................08
3. OBJETIVOS...........................................................................................................09
3.1Objetivo Geral......................................................................................................09
3.2 Objetivos Específicos........................................................................................09
4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA..........................................................................10
5. HIPOTÉSES...........................................................................................................11
6. RELEVÂNCIA........................................................................................................12
7. REFERÊNCIAS......................................................................................................13
8. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO...........................................................................16
9. CAPITULO I...........................................................................................................17
9.1 O Conceito de Bullying e suas Características...............................................17
10. CAPITULO II........................................................................................................19
10.1 O Bullying no Ambiente Escolar.....................................................................19
10.2 Bullying Virtual ou Cyberbullying...................................................................21
11. CAPITULO III.......................................................................................................23
11.1 Personagens do Bullying: Vítima e Agressor................................................23
11.2 Combatendo o Bullying...................................................................................25
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................28
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................29
1. INTRODUÇÃO 
1.1 Apresentando o Tema
Atualmente assuntos envolvendo violência aparecem todos os dias nos
noticiários onde, muitas das vezes, são praticados por jovens que fazem parte dessa
estatística tão triste do mundo moderno, já podemos ver o quanto jovens se revoltam
contra colegas de escola desferindo golpes, tornando-os assassinos, isso acontece
com mais frequência nos Estados Unidos, no Brasil, aconteceram sim, mas foram
casos isolados, claro, casos que a imprensa tomou conhecimento.
Jovens usando de violência para ferir, desestabilizar e humilhar seus colegas
de turma ou de uma mesma escola, esses atos são velhos, mas o termo é
considerado novo, o Bullying que é um, como está sendo chamado, “fenômeno”, que
vem ganhando força entre os jovens nas escolas de todo o mundo.
Esse tipo de prática tem se tornado nos últimos anos um motivo de
preocupação para pais e gestores escolares em geral-direção, professores e
educadores-, por estar tomando grandes dimensões de maneira sutil ou explícita,
que vai desde xingamentos, ofensas gratuitas, violência verbal, apelidos contínuos,
ou até violência física, trazendo para a vítima transtornos que podem levar para o
resto da vida, lembrando que, muitas vezes, começa como uma “brincadeira
apenas”.
Na verdade, o Bullying se caracteriza pela forma de violência, seja ela física
ou psicológica, que, se não evitadas a tempo, pode fazer com que o final não seja o
esperado, infelizmente, para esse ato ser denominado Bullying, é necessário que
seja praticado no âmbito escola, que seja feita pelo agressor de forma intencional e
repetitiva tendo como vitima a mesma pessoa, porém, no trabalho também
acontecem muitos, conhecido como assédio moral. O gestor é parte fundamental na
diminuição desse tipo de prática nas escolas, podendo atribuir punições necessárias
ao agressor.
Uma educação no âmbito familiar agressiva, sem limites, comportamentos de
violência vivenciados em casa são coisas que acontecem na maiorias dos casos
influenciando negativamente, fazendo com que o indivíduo leve para o âmbito
escolar esse tipo de comportamento, “descarregando” na vítima essa violência afim
de amenizar de certaforma o que vive em casa, sendo essas algumas de suas
características, claro, não justifica, porém, pode servir para “desenhar” as
características do agressor.
Pode ser menino ou menina, não tem distinção de sexualidade, escolhe o
alvo e demonstra sua “valentia” promovendo violência gratuita com humilhações e
xingamentos, piadas de mal gosto, muitas vezes esse indivíduo tem pequenos
grupos de amigos que para mostrar ser o maioral comete alguma violência com a
vítima escolhida, os demais colegas, na sua maioria, não faz nada por medo de
represaria ou simplesmente pelo simples fato de gostar do que está presenciando.
A vítima do Bullying na maioria dos casos carrega traumas que o acompanha
pelo resto de sua vida, trazendo consigo lembranças ruins que o faz reviver
momentos de desespero, podendo acarretar em problemas sérios de saúde como a
depressão, por exemplo, e em meninas que podem “adquirir” uma bulimia, em
alguns casos a vítima recorre ao suicídio afim de fugir do sofrimento ou, como já
vimos casos no Brasil e Estados Unidos por exemplo, homicídio.
Punir por punir quem comete esse tipo de violência não resolve o problema,
informação de forma explicativa e conscientizada é a melhor forma de punição para
que o indivíduo possa compreender o quão mal está fazendo com esse ato não só
para quem recebe o Bullying mas para quem pratica também.
Com a elaboração desse projeto pretende-se fazer uma abordagem
simplificada do Bullying no âmbito escolar e suas características, será abordado
ainda suas causas e consequências que ele traz para a vida de quem praticam e
quem é vítima, seja social, emocional, e psicologicamente.
2. JUSTIFICATIVA
 O termo Bullying ainda é pouco conhecido no Brasil, a maioria das pessoas
não sabe ou nunca ouviram falar dessa palavra, ou o quão devastadora ela pode ser
na vida de alguém seja em qualquer âmbito – escolar, meio social e familiar-.
Normalmente, caracterizamos o Bullying para crianças e adolescentes que
tem esse tipo de comportamento agressivo para com o outro, quando esses
comportamentos são cometidos por um adulto, dá-se o termo de assédio moral, que
geralmente acontece no ambiente de trabalho. Porém, geralmente, acontece com
mais frequência nas escolas onde jovens acabam buscando um alvo e passando a
agredir esse indivíduo verbalmente ou muitas vezes fisicamente.
A escola, na qualidade de instituição social, é também um espaço onde todas
as diferenças se encontram – racial, social, gênero - sendo local permanente de
conflitos, pelas inúmeras formas de educação e valores distintos como os familiares,
culturais, étnicos, religiosos, dentre tantos outros, fazendo com que todos convivam
em um mesmo ambiente, trazendo muitas vezes conflitos.
3. OBJETIVOS
3.1 - Objetivo Geral
• Investigar e analisar o Bullying de um modo geral, analisando ainda essa realidade
presente nas escolas.
3.2 – Objetivos Específicos
◦Identificar as manifestações do Bullying no ambiente escolar;
•Buscar opiniões de professores e alunos sobre essa prática no âmbito escolar;
•Investigar as ações tomadas pelos gestores da instituição de ensino para combater
o Bullying dentro da escola.
4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Bullying é uma palavra de origem inglesa: BULLY quer dizer “valentão –
brigão - fanfarrão” e o sufixo ING é uma referência ao quadro de agressões
contínuas – repetitivas, com características de perseguição do agressor contra seu
alvo, ou seja, sua vitima, essas agressões podem ser verbal, física e psicológica de
forma contínua, podendo ser de uma pessoa apenas ou de um grupo.
Esse tipo de “agressão” é normalmente realizado nas escolas por jovens, que
normalmente andam em pequenos grupos, buscando um alvo para desferir seus
ataques, porém, não é exclusivo da escola, aliás, a violência está em todos os
lugares.
O Bullying é um ato de crueldade, que consiste em machucar, denegrir a
imagem de alguém, um problema que infelizmente a maioria das escolas enfrenta.
Muitas pessoas tem certa ideia do que é o Bullying, mas não se aprofundam no
assunto ou não tem ingresse em saber do que realmente se trata, não tendo muita
noção do que isso pode acarretar na vida de um indivíduo, ainda mais se tratando
de crianças e adolescentes que são os mais afetados, diante disso, trazemos como
problema da pesquisa as principais questões: Quais as consequências emocionais
e psicológicas que o Bullying traz para os alunos vítimas dessa violência? Como
entender essa prática nas escolas e os seus “efeitos colaterais” no cotidiano da vida
escolar?
A partir dessas questões, o Trabalho de Conclusão de Curso propõe analisar
todas as informações coletadas a fim de entender o que o Bullying é e o que pode
ser feito para diminuir casos nas escolas com a ajuda de gestores, educadores, pais
e sociedade de modo geral.
5. HIPÓTESES
O Bullying pode ser uma agressão intencional, onde o escolhido se torna um 
alvo fácil de repetidos tipos de agressões – verbais, psicológica e as vezes físicas-, 
provocando a exclusão social e consequentemente prejudicando o desempenho 
escolar tanto da vítima quanto do agressor.
6. RELEVÂNCIA
A relevância desse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) se dá por se tratar
de um assunto um tanto quanto delicado como é o Bullying nas escolas. Na maioria
das vezes, é subestimado, não tendo a importância que deveria ter por se tratar de
um tema que envolve crianças e adolescentes das escolas – seja particular ou
pública -. O Termo Bullying pode parecer atual, mas sua prática não é quantos
jovens não sofrem esse tipo de agressão todos os dias nas escolas! Por isso o
Bullying tem que ser trazido à tona e discutido sempre que possível para que assim,
haja conscientização e informações acerca do tema proposto.
7. REFERÊNCIAS
A escola, como uma boa instituição de ensino deve zelar e prezar pelo
aprendizado e bem estar dos jovens e adolescentes, sendo um ambiente agradável
e sadio para quem o frequenta, todavia, nem sempre as coisas vão como o
esperado, nos últimos tempos pode-se perceber que esse palco que antes era só de
aprendizado vem sendo também um palco de atos de violência entre os alunos,
colocando o Bullying em evidência. Leão (2010) afirma que:
“O Bullying caracteriza-se por ser um problema mundial detectado
em todas as escolas, sejam elas privadas ou públicas, e vem se
expandindo nos últimos anos. A conduta Bullying nas instituições de
ensino tem sido um sério problema, pois gera um aumento
significativo da propagação da violência entre os alunos”. (LEÃO,
2010, p.119 )
A prática desse tipo de violência é vista pelos autores que se aprofundaram
nesse tema tão atual como “Fenômeno Bullying”, que se apresenta de forma
intencional e repetitiva dentro de uma relação de desigualdade de poder, ou seja, o
forte sempre atacando o mais frágil com requintes de crueldade com ameaças
psicológicas ou muitas vezes físicas, levando com que a vítima adquira
consequências que na maioria das vezes são irreversíveis. Cléo Fante diz que:
“O Bullying é uma palavra de origem inglesa, adotada em muitos
países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma
outra pessoa e colocá-la sob tensão. O Bullying compreende todas as
atitudes agressivas, intencionas e repetidas, que ocorrem sem
motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra
outro(s), causando 13 angústia e dor, sendo executado dentro de uma
relação desigual de poder”. (FANTE, 2005, p.27).
Essa prática – Bullying- é muito comum no ambiente escolar e ambientes de
trabalho também, que popularmente é chamado de assédio moral, isso se dá por
que em ambos os ambientes vítima e agressor se veem diariamente, por isso que se
fala que é um tipo de agressão repetitiva, por estarem no mesmo ambiente por
muitas horas pordia e por praticamente todo o ano. Geralmente, o autor desses atos
de violência possui certo poder sobre o seu alvo, caracterizando sua capacidade de
intimidação. O agressor na maioria das vezes busca um alvo que tenham
características diferentes das suas, pode ser física, idade, desenvolvimento físico ou
emocional, tendo como apoio ainda seu grupo de amigos durante o ato. Lopes
(2011) afirma que:
“As diversas ações que podem ser entendidas como bullying são:
apelidar, sacanear, aterrorizar, ignorar, dar um gelo, ameaçar,
empurrar, oprimir, ofender, humilhar, amedrontar, ser indiferente,
fazer sofrer, agredir, derrubar, quebrar pertences, zoar, intimidar,
tiranizar, excluir, perseguir, bater, ferir, violentar, debochar, dominar,
discriminar, ridicularizar, injuriar, constranger, roubar, gozar, isolar,
subjugar, assediar, chutar, vexar e furtar. Desde que executados de
forma repetida. Estas ações citadas acima englobam todos os
bullyings existentes, a saber: bullying verbal, moral, psicológico,
sexual, material, físico e virtual”. (LOPES NETO, 2011, p. 21).
Ainda segundo Lopes, as vítimas de Bullying podem apresentar sintomas
como: dores de cabeça, dores abdominais, dificuldades para dormir, depressão,
ansiedade, recusa de ir à escola, autoagressão, pensamentos suicidas ou tentativas
de suicídio dentre outros, fazendo com que as consequências provocadas pelo
Bullying geram, por vezes, danos e traumas irreparáveis na vida da criança e
adolescente, podendo refletir desde cedo como por exemplo a baixa autoestima,
como relata Lopes Neto (2011):
“As crianças vítimas de bullying podem ter problemas relacionados à
escola, como faltas frequentes ou abandono. Sentem-se sob risco e
infelizes na maioria dos dias, afirmam não pertencer à escola. Alguns
estudos referem associação entre sofrer bullying com o maior
consumo de drogas”. (LOPES NETO, 2011 p.46)
A prática do Bullying se tornou ainda maior por conta da internet, já que é um
“terreno de ninguém”, podendo chegar ao alcance de um número muito maior de
pessoas devido ao compartilhamento entre amigos através das redes sociais,
fazendo um estrago ainda maior. Segundo Santomaro 2010):
“Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários
depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda
mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de
agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da
escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se
defender”. (SANTOMARO, 2010, p. 67).
Um aspecto a se considerar sobre o Bullying são os espectadores, que
acabam apoiando o agressor, que na sua maioria das vezes fazem parte do mesmo
grupo, que por estar fazendo esse tipo de prática maldosa se acha o maioral da
turma, demonstrando seu “poder”.
Não podemos deixar de falar das vítimas que carregam consigo traumas,
muitas vezes irreversíveis dessa prática tão desumana, pelo resto de sua vida,
fazendo com que venha a desenvolver algum tipo de enfermidade – psicológica,
emocional- que acarreta no convívio social e familiar, segundo Silva 2010):
“Pânico, bulimia, compulsão, fobias, psicoses, anorexia, ansiedade
generalizada entre outros, mas que o bullying, nesses casos, se
constitui em um fator desencadeante efetivo para que todos esses
transtornos venham a tona nas pessoas que já possuíam uma
personalidade com predisposição genética para essas patologias”.
(SILVA, 2010, p.76).
Ramirez (2011) em seu livro Bullying: eu sobrevivi, relata suas lembranças na
época em que sofreu Bullying na época em que estava na escola, trazendo várias
reflexões sobre como superou esses traumas, e ajudando jovens que passaram por
esse tipo de agressão, em um dos relatos, ele fala: “O Bullying mata a alma e a bala
mata o corpo; o Bullying é uma cicatriz de casca fina, que deve ser constantemente
limpada para não purgar; o bullying sangra por dentro, de modo que ninguém vê, a
não ser quem o carrega.” (RAMIREZ, 2011, p.40).
O Bullying não é brincadeira, pode até matar, acabar com uma vida,
informação é a melhor arma para aniquilar esse mal que tantos jovens e
adolescentes enfrentam dia a dia no meio em que deveria se sentir mais seguro: na
escola.
8. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO
Para esta pesquisa, o processo principal a ser utilizado se caracteriza como
estudo descritivo exploratório, consiste no estudo de alguns autores importantes que
falam abertamente do Bullying na escola, buscando informações concretas através
de livros, artigos científicos e internet como ferramenta importante.
A pesquisa está a serviço do pesquisador, é ele quem busca todas as
informações concretas, buscando ainda a veracidade das mesmas, cabe a ele
interpretar os dados coletados e usá-los da maneira que mais lhe favorece.
O trabalho é apresentado em cinco capítulos onde abordaremos de modo
geral o Bullying: no Capítulo I abordaremos o conceito de Bullying e as suas
características; no Capítulo II será abordado o Bullying no ambiente escolar e o
Bullying virtual ou Cyberbulling que também é um tipo de violência muito conhecida
atualmente só que, diferente do “tradicional” os agressores usam a Internet para
agredir sua vítima, que também em sua maioria são jovens e adlescentes; No
Capítulo III abordará os personagens do Bullying: vítima e agressor, e por fim, no
mesmo capítulo será abordado fomas de como combater esse mal que vem se
alastrando nas escolas.
9. CAPÍTULO I
9.1 O conceito de Bullying e suas características
 
Nos últimos tempos o Bullying vem ganhando força e destaque nos meios de
comunicação pela forma que é praticado principalmente em instituições de ensino
pelos alunos sejam em escolas privadas ou públicas ou classe social, sendo
praticada ou recebida de forma torpe e/ou cruel na maioria das vezes.
Insultos, intimidação, apelidos de mal gosto, gozações intencionais,
acusações infundadas, hostilização por parte de um grupo, ridicularizando e
infernizando a vida de um ou mais alunos fazendo com que os mesmos se excluam
como forma de se protegerem, além de que, com o tempo traz danos muitas vezes
irreversíveis são algumas das características desse ato tão cruel e tão atual
vivenciadas em escolas.
Quando falamos em Bullying, não estamos falando de algo relacionado
apenas ao Brasil mas mundialmente, que em sua maioria das vezes acontecem nas
escolas como já foi falado, porém, não é exclusivo, podendo acontecer em qualquer
ambiente social: no trabalho, na vizinhança ou até na família, ou seja, em ambientes
onde tenham grupos de pessoas, esse tipo de comportamento é difícil que seja
reconhecido como prática em algumas instituições por não terem consciência do que
está acontecendo ou simplesmente por falta de informação, até por que é um
assunto totalmente atual.
Essas ações acontecem principalmente entre crianças e jovens, mas adultos
não estão fora dessa estatística, podendo acontecer também entre professor-aluno,
aluno-professor, por inúmeras causas: conflitos interpessoais, opção sexual, casse
social dentre outros. No trabalho também acontece muito, antes chamado de
Assédio Moral hoje é considerado Bullying, quando alguém é hostilizado, maltratado,
difamado por um colega ou até mesmo pelo seu chefe.
O Bullying pode ser classificado como DIRETO e INDIRETO:
DIRETO: edificam-se como ações violentas caracterizados por xingamentos, tapas,
empurrões, chutes, apelidos ofensivos e repetitivos;
INDIRETO: Caracteriza-se pelo isolamento da vítima, usando da força como a
difamação, boatos infundados e cruéis, intrigas, fofocas, rumores que afetam não
apenas a vítima em si mas a família no geral, dentre tantos outros.
Uma das armaspara o Bullying também pode ser os meios de comunicação,
os chamados Cyberbullying ela é caracterizada pela forma de violência que é
através das redes sociais, na maioria das vezes feitas anonimamente, os chamados
haters, logo mais nos aprofundaremos mais nesse termo.
Chalita (2008, p. 82) complementa ao dizer que o Bullying “é um problema
universal, uma pandemia invisível admitida como natural em alguns casos,
desvalorizada em outros e, na maioria das vezes, ignorada”.
É de fundamental importância que os responsáveis pela educação –
pedagogos, professores, educadores, gestores – não se calem diante desse
problema que é tão atual, buscando ficar de olho no que acontece dentro e fora de
sala de aula na instituição de ensino, cabe à escola garantir aos alunos além de
educação, cuidados e segurança para os mesmos.
As vitimas ou alvos do Bullying são escolhidos, na maioria das vezes, por
motivos bobos, seja pela sua vestimenta, sua religião, sexualidade, deficiência física,
aparência, sotaque, raça, quem assiste e não faz nada, e os espectadores ou
testemunhas são na sua grande maioria amigos ou colegas, que mesmo não
fazendo parte das chacotas estão lá observando e apoiando o agressor.
Essas vítimas acabam adquirindo algum tipo de distúrbio alimentar, emocional
ou mental, ou depressão por não saberem ou entenderem o porquê de está
acontecendo algo tão cruel, sem poder ou saber se defender, na maioria das vezes
a vítima acaba se isolando por medo de mais grupos o agredir. Além de se isolarem,
não se abrindo nem para os pais, por isso a importância de um bom convívio em
casa, para poder identificar o que está acontecendo com seu filho em casa.
Umas das características desse tipo de violência é que sempre agressor faz
parte de um pequeno grupo de amigos, que ao escolher seu alvo se sente o maioral
diante de seus colegas, sendo que, mesmo que indiretamente acabam se tornando
agressores por estarem ocultando esse tipo de violência.
10. CAPÍTULO II
10.1 O Bullying no Ambiente Escolar
O Bullying é encontrado em todas as partes, seja em casa, na rua, em festas,
no trabalho, na escola, não tem nenhuma restrição. Quando falamos de Bullying na
escola não estamos especificando nenhum tipo de instituição, ela está em qualquer
uma, seja privada ou pública, o que mais preocupa é que ainda não se sabe o que
fazer para dá um fim a esse tipo de agressão que pode ser cruel ao estremo de
fazer com que a vítima tome alguma medida drástica. Para Lopes (2011):
“Não há projeto antibullying bem-sucedidos sem o envolvimento de
toda a comunidade escolar, professores, funcionários, pais e
estudantes. Para o entendimento da importância da implantação
desses programas nas escolas, a primeira medida deve ser a de
conscientizar os professores sobre a natureza social do bullying e
sobre a necessidade do estabelecimento de estratégias proativas,
voltadas à sua prevenção, dentro do currículo, e reativas, que
definam as condutas adotadas diante incidentes identificados”.
(LOPES NETO, 2011. P, 63)
O Bullying é um conceito bem característico, uma vez que não se deixa
confundir com outros tipos de violência, isso tudo por que apresentam suas próprias
características, dentre tantas, está o trauma psicológico que a vítima adquire depois
de sofrer esse tipo de agressão, podendo levar para o resto da vida. Além do mais,
apresentam em outros contextos além do escolar, também na família, nos locais de
trabalho, até entre amigos quando ofendem e falam “foi sem querer”, ou seja, onde
existem relações interpessoais. “Estudos indicam que dois terços dos atacantes em
37% dos tiroteios em escolas se sentiam perseguidos em função de seus longos
históricos sofrendo Bullying de seus colegas, que ser alvo de Bullying é um fator
importante no suicídio entre jovens” (MIDDELTON-MOZ, 2007 p,63). Essa
problemática tem inúmeros “enredos” do ponto de vista educacional, suas
manifestações dentro da escola vêm trazendo muita preocupação aos educadores e
pais.
A educação é de suma importância para o desenvolvimento e aprendizado do
aluno, que desde cedo aprende a cooperação, a criatividade e sua forma crítica,
promovendo a liberdade e coragem para transformar, ao longo da vida, o indivíduo
se torna protagonista de sua vida e é o responsável pelos seus atos dentro e fora da
escola, por isso a educação desde cedo é de responsabilidade não só dos pais mas
também dos professores que ali estão preparados para ensinar e guiar que levam
para o resto da vida. As escolas são, sem dúvida, nesse momento, o “palco
principal” que ocupa mais tempo na vida dos protagonistas que somos nós, que
passamos parte de nossa vida ganhando cada vez mais peso na formação
sociocultural do indivíduo. A família como sendo a provedora da educação de um
indivíduo, a escola sem dúvida é integrante fundamental ampliando o conhecimento
que vem desde muito cedo.
A preocupação com o Bullying nas escolas é perceptível já que é um lugar
onde crianças e jovens passam a maior parte do seu tempo, claro, que não é algo
que seja exclusivamente só entre jovens, mas a maior parte é sim;
Fica claro que em uma sociedade desigual de estudantes, encontram-se
muitas dificuldades para lidar com as diferenças e a classe de superioridade, por
uma questão de poder e de não saber adequar com a superioridade frente à
diferença, tende a praticar o fenômeno Bullying com os considerados excluídos.
O Bullying sem dúvida tem sido motivo de grande preocupação dos pais e
professores por envolver crianças e adolescentes, sendo como umas das mais
diversas características a falta de diálogo entre os mesmos. Isso vem desde cedo,
na maioria das vezes acontecem em sala de aula, onde o professor não identifica
como um tipo de violência, e quando identificam correm atrás para ver o que podem
fazer para reverter esse caso. Esses profissionais na maioria das vezes buscam
criar projetos Antibullying, porém, por não ter as informações necessárias, não criam
corretamente, costumando muitas vezes a subestimar o verdadeiro poder que o
Bullying tem quando está acontecendo.
Para melhor compreensão de que acorre o Bullying no ambiente escolar, é
importante frisar que há vários protagonistas deste fenômeno segundo FANTE
(2012) cada um tem papel diferente nas ocorrências desse padrão de
comportamento agressivo, ou seja, o agressor, como citado acima, agride
fisicamente ou verbalmente uma vítima e geralmente estabelece uma relação de
domínio sobre si por demonstrar pouca empatia e usar sua força física sobre a sua
vítima e vangloriar-se dessa posição de poder. 
A questão é clara, tanto a escola quanto os pais são fundamentais no sentido
de criar meios, campanhas e diálogos para confrontar esse fenômeno tentar
disseminá-lo, visando conscientizar seus alunos e filhos a respeito das inúmeras
consequências da prática do Bullying, buscando fazer com que esse ato não ocorra
num local que em prática seria o mais seguro, permitindo assim que as crianças e
adolescentes, em processo de formação, aprendam a enfrentar seus problemas,
medos e diferenças, por meio de conversas e enfrentamentos saudáveis.
10.2 Bullying Virtual ou Cyberbullying
A internet é terra de ninguém como muitos falam, sendo uma ferramenta de
muita ajuda para pesquisas rápidas, sendo usados também como “encontros”
através das redes sociais, onde o usuário por fazer qualquer tipo de postagem,
acaba tendo um misto de informações e conceitos já que existem os que fazem da
internet uma arma maldosa e sem noção: o Cyberbullying é a forma virtual de
praticar o Bullying sendo “popularmente” conhecida como Bullying Virtual.
Ambos – tanto o Bullying como o Cyberbullying - têm algumas características
semelhantes, que é a violência intencional,tendo também suas diferenças que se
caracterizam pelos métodos do agressor escolhendo sua vítima e o agredindo, o
Cyberbullying por sua vez é uma “arma” mais forte já que tem a capacidade de ser
compartilhado por qualquer pessoa podendo ser visto por centenas de pessoas
simultaneamente, esse usuário em sua maioria das vezes criam um perfil fake e
começam então, a compartilhar o ódio, assim como o Bullying “tradicional”
escolhendo a vítima da vez, podendo ainda, ser a mesma vítima que agride na
escola, por exemplo. Assim como o Bullying, o Cyberbullying tem sem transformado
em um problema mundial, fazendo diversas vítimas, os adolescentes são os
principais alvos por representarem uma enorme parte da população que tem acesso
direto às novas tecnologias de informação e comunicação, porém, não é algo
exclusivo do adolescente – seja do sexo feminino ou masculino – todos podem
sofrer com esse tipo de violência tão covarde.
Além disso, há outros fatores que conferem ao Cyberbullying características
particulares tais como aponta Neves e Pinheiro (2009, p. 63):
“a) o potencial de se obter larga audiência, ou seja, as agressões podem ser
observadas por um grande número de espectadores, em um indefinido
número de vezes; b) maior possibilidade de o agressor permanecer
anônimo, assim, qualquer pessoa pode ser um cyberbullie, sendo que as
vítimas podem nem conhecer os agressores, em função do anonimato
permitido pelos meios utilizados para as agressões; c) menores chances de
um feedback direto entre agressor e vítima; d) menores níveis ou ausência
de supervisão de pais e educadores; e) menores limites de tempo e espaço
das ações, ou seja, a agressão pode ocorrer a qualquer momento e em
qualquer lugar, tendo em vista que os diversos meios de comunicação estão
sempre abertos e disponíveis”.
Tais aspectos apontam que o Cyberbullying apresenta uma potencialidade de
dano bem maior em relação ao ajustamento psicossocial das vítimas, se o
comparamos às formas tradicionais de Bullying já que é muito mais rápida a
propagação dos insultos, que, como já foi falado, podendo ser compartilhado por
várias pessoas fazendo assim, popularmente falando, virar uma bola de neve.
O Cyberbullying pode se manifestar de diversas maneiras, algumas dessas
manifestações são mensagens recebidas no celular, fotos e vídeos produzidos em
celulares e logo depois usam desse material para ameaçar a vítima, E-mails com
insultos e ameaças, dentre outras.
De um modo geral, o Bullying seja presencial ou virtual é uma forma de
agressão cruel onde, dependendo do nível, pode fazer com que a vítima tome
medidas drásticas para tentar acabar com esse sofrimento levando até a atentar
contra a própria vida. Vale ressaltar a importância e necessidade de que se tenham
leis rígidas para acabar com esses crimes, um episódio de Cyberbulllying que ficou
bem conhecido no Brasil, conhecida como Lei Carolina Dickmann, a Lei Brasileira
12.737/2012 foi sancionada em 30 de novembro de 2012, proposta em referência ao
que aconteceu com a atriz em maio do mesmo ano, ela teve copiado de seu
computador pessoal fotos e conversas pessoais que mais tarde acabaram sendo
divulgadas na internet sem autorização pelo técnico que faria o concerto do
aparelho, essa lei entrou em vigor no dia 02 de abril de 2013. 
Por isso, a importância de que tenhamos leis rígidas antibullying e políticas
públicas que reiterem a importância de ações que sejam planejadas, intencionais e
sistematizadas de um conteúdo que não pode definitivamente ser menosprezado ou
esquecido pela escola e muito menos pela sociedade.
11. CAPITULO III
11.1 Personagens do Bullying: Vítima e Agressor
O Bullying, na maioria das vezes, passa despercebido no meio em que
acontece, sejamos mais claro, quando uma criança, por exemplo, passa por esse
tipo de situação, muitas vezes os adultos não percebem o que está acontecendo
logo de inicio, os pais e professores que os rodeiam por mais tempo custam a
perceber até o momento em que o mesmo começa a demonstrar através de
mudanças de hábitos, que tem alguma coisa de errado acontecendo.
O caso de Bullying vem crescendo nas escolas, é difícil definir uma causa
para esse tipo de agressão por não ter justamente apenas uma causa em si, porém,
existem fatores que podem, mesmo que indiretamente, acarretar essa prática no
âmbito escolar. Bullying na sua maioria das vezes é praticado por meninos, mas não
é um caso isolado, ambos os sexos sofrem – seja agressor ou vítima -, o agressor
tem característica de superioridade, por querer demonstrar no grupo em que está
inserido, que é valente e superior à vítima que por sua vez é alguém frágil e que, na
maioria das vezes, não sabe se defender.
O praticante do Bullying é aquele que lidera o grupo em si, que, muitas vezes,
pertence a uma família desestruturada, não tendo relacionamento afetivo com os
mesmos, geralmente querem mostrar sua “força” diante o mais fraco e fazendo isso
à frente de uma “plateia” que no caso é seu grupo de colegas. Para Escorel, (2008,
p. 13) os praticantes do Bullying são caracterizados da seguinte forma:
“São geralmente os líderes da turma, os mais populares, aqueles que
gostam de colocar apelidos, fazer gozações, com colegas mais frágeis. São
aqueles que não respeitam as diferenças alheias e se aproveitam da
fragilidade dos colegas para excluí-los do grupo e executar as gozações e
humilhações.”
Para o agressor, a prática do Bullying também acarretam problemas que
acabam fazendo com que seu desenvolvimento intelectual e humano sejam
prejudicados, como o afastamento da escola, desencadeiam a prática da violência
afetando-o por muito tempo, acarretando ainda mais pra frente uma má índole
afetando sua vida social.
Mesmo sabendo que é a vítima quem sofre as agressões, a escola tem que
focar no agressor por ser o provedor de toda essa violência, buscando descobrir o
que levou o mesmo a cometer essas agressões.
A vítima, por sua vez, é a maior prejudicada em tudo isso, por sofrer os mais
diversos tipos de agressão, tendo dificuldades de procurar ajuda seja de um
responsável ou até de colegas. Na maioria das vezes, sofrem por meses sem pedir
ajuda, desencadeando problemas sérios de comportamento – ficando ainda mais
retraídos -, além de se calarem como auto defesa, podendo ainda, ter problemas
psicológicos que levam para o resto da vida.
“Eu não estava sabendo absolutamente nada do que estava acontecendo na
escola com minha filha de apenas 8 anos. Ela amava estudar naquele lugar, e de um
dia para o outro começou a me pedir para mudar de escola, eu não entendia, achei
que fosse birra, deixei passar. Uma tarde, o irmão foi pegá-la na escola e ao chegar
lá a encontrou chorando, ao trazê-la para casa meu filho me explicou como a
encontrou, fiquei em choque, como minha filha estava naquela situação e ninguém
da direção me informou? Conversei com minha menina e depois de muito insistir ela
enfim me falou: 'mamãe, uma coleguinha está me chamando de gorda, de feia, me
tira de lá mamãe', meu coração desabou, a abracei e falei o quanto era linda e
amada por nós, sua família. No dia seguinte fui até lá, e a diretora me informou que
ela por muitas vezes foi levada para a direção por está chorando, minha filha não se
alimentava mais na escola por vergonha do que a coleguinha pudesse falar, meu
coração de mãe ficou em pedaços, como não fui informada? Não fui informada por
que a criança que fez isso com minha menina era filha de uma das professoras, isso
é revoltante, minha menina estava sofrendo Bullying tão pequena, minha filha estava
descobrindo o quanto as pessoas podem ser perversas, até uma criança. O Bullying
não é brincadeira”.
Esse é o depoimento de uma mãe que não quis ser identificada, mostrandoo
quanto essa prática é devastadora principalmente na vida de uma criança,
independentemente de idade e prática, o Bullying deve ser banido das escolas,
segundo o Estatuto da Criança e Adolescente têm direitos ao respeito:
“O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da
imagem da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais”. (ARTIGO 17).
Para que isso aconteça é preciso que escola, família e comunidade andem
juntos para que esse problema seja abolido das escolas independente de raça,
classe social e crenças, todos tem o direito de ir e vir e principalmente à educação e
segurança.
Por fim, podemos citar as testemunhas dessa prática, que são os colegas que
assistem tudo e não fazem nada, por que na maioria das vezes se sentem
intimidados também pelo agressor, que, de certa forma, acabam sendo cúmplices
por rir, fazer chacota ou se negarem a ajudar a vítima em caso de agressão física,
por medo de sofrer também as consequências.
11.2 Combatendo o Bulllying
Nos dias em que vivemos a escola já não é mais vista apenas como um lugar
de ensino seguro e sem maldade, na verdade a escola tem o sinônimo de
aprendizado, onde buscamos e recebemos o saber durante muitos anos de nossa
vida onde além de nos dar a formação que precisamos para pensar em uma carreira
profissional também é caracterizada por nos dar a informação que necessitamos.
A cada dia a violência vem aumentando, e por incrível que pareça,
principalmente dentro das escolas que é onde deveria ser um dos lugares mais
seguros, daí a preocupação dos pais para com seus filhos, tornando um lugar que
antes era harmonioso em um verdadeiro campo de batalha para quem sofre algum
tipo de violência, o Bullying, no qual acaba se tornando um dos maiores desafios
encontrados nas escolas na atualidade, o que leva aos educadores mais uma
problemática para tentarem resolver em seu âmbito, o que acaba piorando é a falta
de coragem da vítima denunciar seu agressor ou o grupo que está fazendo chacota
de si, ou testemunhas que não tem o discernimento de ajudar, tornando-os
coniventes com essa prática.
Mesmo a escola tendo o dever e a obrigação de proteger e orientar os alunos
pedagogicamente, não cabe somente a ela a responsabilidade de tentar amenizar o
bullying, é dever da família promover os princípios éticos e morais aos seus filhos
afim de ensinar o que é certo e o errado, erradicando de vez essa prática, por que o
agressor assim como a vítima também tem família e ambos tem que resolver entre si
da melhor maneira para entender o que está acontecendo e assim, tentar resolver
ou pelo menos minimizar.
O agressor age dessa forma por algum motivo, o que seria importante fazer
uma investigação para poder descobrir de onde vem essa agressividade para depois
tentar resolver, o que dá a entender é que, o agressor escolhe sua vítima para de
certa forma, jogar nela tudo o que está preso por algum conflito interno – familiar
emocional-, é preciso entender que pode haver um histórico ao redor desse
indivíduo.
A escola deve ter a iniciativa de banir qualquer tipo de violência do seu
âmbito, começar a observar o que se passa na sala de aula e intervalos,
promovendo métodos que sejam eficazes para o combate dessa prática, é notório o
crescente número de violência nas escolas, não apenas o Brasil mas vários países
vem sofrendo com esse tipo de comportamento, onde, muitos acabam chegando as
vias de fato como já foi mencionado tantas vezes, podemos ver muitos exemplos de
chacinas que ocorreram em escolas por pessoas que haviam sofrido algum tipo de
Bullying, que na maioria das vezes, se tivessem as informações corretas
provavelmente não aconteceriam ou aconteceriam com menos frequência.
Por ser algo sério, o Bullying tem que ser erradicado principalmente das
escolas, sendo feito de maneira organizada e centrada, com informações, palestras,
por que a escola tem a obrigação de informar e contribuir para a proteção dos seus
frequentadores independentemente de idade, raça, etnia, religião.
Tratar de violência nas escolas não é um papel nada fácil, é preciso que antes
de tudo entenda que quem está ali são, acima de tudo seres humanos e que nem
todos que fazem parte da escola são pessoas violentas, marginalizar os agressores
é uma forma de ignorar que existem problemas a serem resolvidos, pois muitos
desses indivíduos também sofrem ou já sofreram com algum transtorno, por
isso é preciso cautela na hora de tratar com o bullying, para Cury (2013) “o diálogo é
a ferramenta educacional insubstituível, deve haver autoridade na relação pai-filho e
professor-aluno, mas a verdadeira autoridade é conquistada com Inteligência e
amor”.
É de suma importância que a vítima não se cale diante do que está
acontecendo, a melhor forma é falar já que ela (ele) sem dúvida é o principal
prejudicado, todos desejam que a escola volte a ser aquele ambiente seguro onde
as crianças e adolescentes não se sintam amedrontados com algum coleguinha ou
simplesmente não parem de socializar por medo de algum tipo de ofensa, cabe a
escola sim, mas a família também ajudar para que esse problema acabe de vez nas
escola, com muito diálogo, observação e muita informação.
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Bullying, infelizmente, ainda é uma prática pouco conhecida e confundida
ainda em sala de aula pelos professores como “brincadeira” entre colegas e, sem
dúvida, uma das maneiras mais práticas e eficazes seria o diagnóstico precoce
dessa prática e informações claras nas instituições de ensino para que possam agir
rapidamente ao se deparar com esse tipo de agressão na escola, o professor tem
que ser diretamente formação por ter contato direto e quase que diário com o aluno,
é ele quem pode identificar e diagnosticar o Bullying dentro e fora da sala de aula
por conhecer seus alunos.
É de suma importância que haja informações necessárias para que assim, os
educadores e direção possa trabalhar esse assunto de forma clara e objetiva. Outra
coisa importante é que haja mudanças no âmbito escolar, por que como já foi dito,
Bullying é algo muito sério e tem que ser levado a sério também por se tratar de um
tipo de agressão tão cruel.
A escola deve ser lugar de proteção e acolhimento a todos que frequentam
suas instalações quase que diariamente, sejam alunos ou funcionários, além de ser
um lugar harmonioso e trânquilo para um desenvolvimento satisfatório dos alunos e
Um bom trabalho dos que fazem parte do corpo docente.
Bullying, não é e nunca foi uma forma de brincar, é um fenômeno que tem o poder
de mudar a vida de sua vítima drasticamente, destruindo muitas vezes lares, não
apenas pelo agredido, mas também pelo agressor que leva esse histórico tão triste
pelo resto de sua vida.
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008. p.82
CURY AJ. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante; 2013
ESCOREL, Soraya S. da Nóbrega. Bulliyng não é brincadeira. Gráfica JB. João Pessoa –
PB, 2008. p. 13.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. 2ª ed. Campinas, SP: Verus Editora, 2005. p.27
FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a
paz. 7. ed. Campinas: Verus, 2012.
NEVES, Pinheiro José; PINHEIRO, Luzia. A emergência do cyberbullying: uma primeira
aproximação. In: 6º Congresso SOPCOM – Sociedade dos Media: Comunicação, Política e
Tecnologia. Lisboa, PT: Universidade Lusófona, 2009. p. 63.
RAMIREZ, Claudio. Bullying: eu sobrevivi. Aparecida, São Paulo: Idéias & Letras, 2011.
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SANTOMARO,Beatriz. Violência Virtual. Revista Nova Escola, São Paulo, n.233, p.67,
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LEÃO, Letícia Gabriela Ramos. O fenômeno Bullying no ambiente escolar. Revista
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LOPES NETO, Aramis Antônio. Bullying saber identificar e como prevenir. São Paulo:
Brasiliense, 2011. p. 21- 46- 63
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são alvos dessas agress ões .
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Acesso: 15/09/21 às 22:35hs
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/20497_11411.pdf
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file:///C:/Users/Pri%20Greco/Downloads/1-10036-27753-1-smcorrigido.pdf
Acesso:16/10/21 às 19:55hs
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Carolina_Dieckmann
Acesso: 16/10 as 22:20hs
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file:///C:/Users/Downloads/1-10036-27753-1-smcorrigido.pdf
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