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UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA LUCIELMA ALVES DA SILVA MARIA DA GUIA DA SILVA ALVES AMARAL RAFAEL JOSÉ DA SILVA SEVERINA EDNA DE MOURA SILVA THAIS LEITE PEREIRA BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR SÃO JOSÉ DO EGITO – PE 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA LUCIELMA ALVES DA SILVA MARIA DA GUIA DA SILVA ALVES AMARAL RAFAEL JOSÉ DA SILVA SEVERINA EDNA DE MOURA SILVA THAIS LEITE PEREIRA BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia - Universidade Paulista – Polo de São José do Egito Orientação: Maria Sirleide Melo SÃO JOSÉ DO EGITO – PE 2021 RESUMO Bullying é uma forma de violência, seja ela física ou psicológica, que afeta milhares de pessoas de diferentes classes sociais em inúmeras situações, no ambiente escolar não poderia ser diferente – infelizmente-, trazendo uma carga emocional grande para quem sofre esse tipo de violência além de problemas que podem ser levados por uma vida, como problemas com sua autoconfiança e até problemas de relacionamento. O bullying muitas vezes começa como uma “brincadeira inocente” entre colegas levando ao crescimento desse comportamento onde torna uma proporção maior, saindo das brincadeiras para atos de violência. O bullying na escola pode ser praticado de duas formas distintas: alunos entre si e por incrível que pareça, professor com alunos – são casos difíceis mas não deixam de existir -. A informação ainda é a melhor arma para tentar combater ou amenizar esse mal que é tão atual e que está presente nas escolas, bulling não é brincadeira e nunca foi. Através de nossa pesquisa, podemos destacar que esse tipo de comportamento é mais comum do que se imagina, mas, não é um “problema” que não é impossível de resolver, ao contrário, com informações corretas e dedicação das escolas tudo pode amenizar. Palavras-chave: bullying, educação, escola, violência. ABSTRACT Bullying is a form of violence, whether physical or psychological, that affects thousands of people from different social classes in countless situations, in the school environment it could not be different - unfortunately -, bringing a great emotional charge to those who suffer this type of violence. of problems that can be carried on for a lifetime, such as problems with your self-confidence and even relationship problems. Bullying often starts as an “innocent joke” between peers leading to the growth of this behavior where it becomes a greater proportion, moving from games to acts of violence. Bullying at school can be practiced in two distinct ways: students against each other and, oddly enough, teacher with students – these are difficult cases but they do not cease to exist -. Information is still the best weapon to try to combat or alleviate this evil that is so current and that is present in schools, bulling is no joke and never was. Through our research, we can highlight that this type of behavior is more common than one imagines, but it is not a “problem” that is not impossible to solve, on the contrary, with correct information and dedication of the schools, everything can alleviate. Keywords: bullying, education, school, violence. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................06 1.1 Apresentação do Tema......................................................................................06 2. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................08 3. OBJETIVOS...........................................................................................................09 3.1Objetivo Geral......................................................................................................09 3.2 Objetivos Específicos........................................................................................09 4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA..........................................................................10 5. HIPOTÉSES...........................................................................................................11 6. RELEVÂNCIA........................................................................................................12 7. REFERÊNCIAS......................................................................................................13 8. MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO...........................................................................16 9. CAPITULO I...........................................................................................................17 9.1 O Conceito de Bullying e suas Características...............................................17 10. CAPITULO II........................................................................................................19 10.1 O Bullying no Ambiente Escolar.....................................................................19 10.2 Bullying Virtual ou Cyberbullying...................................................................21 11. CAPITULO III.......................................................................................................23 11.1 Personagens do Bullying: Vítima e Agressor................................................23 11.2 Combatendo o Bullying...................................................................................25 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................28 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................29 1. INTRODUÇÃO 1.1 Apresentando o Tema Atualmente assuntos envolvendo violência aparecem todos os dias nos noticiários onde, muitas das vezes, são praticados por jovens que fazem parte dessa estatística tão triste do mundo moderno, já podemos ver o quanto jovens se revoltam contra colegas de escola desferindo golpes, tornando-os assassinos, isso acontece com mais frequência nos Estados Unidos, no Brasil, aconteceram sim, mas foram casos isolados, claro, casos que a imprensa tomou conhecimento. Jovens usando de violência para ferir, desestabilizar e humilhar seus colegas de turma ou de uma mesma escola, esses atos são velhos, mas o termo é considerado novo, o Bullying que é um, como está sendo chamado, “fenômeno”, que vem ganhando força entre os jovens nas escolas de todo o mundo. Esse tipo de prática tem se tornado nos últimos anos um motivo de preocupação para pais e gestores escolares em geral-direção, professores e educadores-, por estar tomando grandes dimensões de maneira sutil ou explícita, que vai desde xingamentos, ofensas gratuitas, violência verbal, apelidos contínuos, ou até violência física, trazendo para a vítima transtornos que podem levar para o resto da vida, lembrando que, muitas vezes, começa como uma “brincadeira apenas”. Na verdade, o Bullying se caracteriza pela forma de violência, seja ela física ou psicológica, que, se não evitadas a tempo, pode fazer com que o final não seja o esperado, infelizmente, para esse ato ser denominado Bullying, é necessário que seja praticado no âmbito escola, que seja feita pelo agressor de forma intencional e repetitiva tendo como vitima a mesma pessoa, porém, no trabalho também acontecem muitos, conhecido como assédio moral. O gestor é parte fundamental na diminuição desse tipo de prática nas escolas, podendo atribuir punições necessárias ao agressor. Uma educação no âmbito familiar agressiva, sem limites, comportamentos de violência vivenciados em casa são coisas que acontecem na maiorias dos casos influenciando negativamente, fazendo com que o indivíduo leve para o âmbito escolar esse tipo de comportamento, “descarregando” na vítima essa violência afim de amenizar de certaforma o que vive em casa, sendo essas algumas de suas características, claro, não justifica, porém, pode servir para “desenhar” as características do agressor. Pode ser menino ou menina, não tem distinção de sexualidade, escolhe o alvo e demonstra sua “valentia” promovendo violência gratuita com humilhações e xingamentos, piadas de mal gosto, muitas vezes esse indivíduo tem pequenos grupos de amigos que para mostrar ser o maioral comete alguma violência com a vítima escolhida, os demais colegas, na sua maioria, não faz nada por medo de represaria ou simplesmente pelo simples fato de gostar do que está presenciando. A vítima do Bullying na maioria dos casos carrega traumas que o acompanha pelo resto de sua vida, trazendo consigo lembranças ruins que o faz reviver momentos de desespero, podendo acarretar em problemas sérios de saúde como a depressão, por exemplo, e em meninas que podem “adquirir” uma bulimia, em alguns casos a vítima recorre ao suicídio afim de fugir do sofrimento ou, como já vimos casos no Brasil e Estados Unidos por exemplo, homicídio. Punir por punir quem comete esse tipo de violência não resolve o problema, informação de forma explicativa e conscientizada é a melhor forma de punição para que o indivíduo possa compreender o quão mal está fazendo com esse ato não só para quem recebe o Bullying mas para quem pratica também. Com a elaboração desse projeto pretende-se fazer uma abordagem simplificada do Bullying no âmbito escolar e suas características, será abordado ainda suas causas e consequências que ele traz para a vida de quem praticam e quem é vítima, seja social, emocional, e psicologicamente. 2. JUSTIFICATIVA O termo Bullying ainda é pouco conhecido no Brasil, a maioria das pessoas não sabe ou nunca ouviram falar dessa palavra, ou o quão devastadora ela pode ser na vida de alguém seja em qualquer âmbito – escolar, meio social e familiar-. Normalmente, caracterizamos o Bullying para crianças e adolescentes que tem esse tipo de comportamento agressivo para com o outro, quando esses comportamentos são cometidos por um adulto, dá-se o termo de assédio moral, que geralmente acontece no ambiente de trabalho. Porém, geralmente, acontece com mais frequência nas escolas onde jovens acabam buscando um alvo e passando a agredir esse indivíduo verbalmente ou muitas vezes fisicamente. A escola, na qualidade de instituição social, é também um espaço onde todas as diferenças se encontram – racial, social, gênero - sendo local permanente de conflitos, pelas inúmeras formas de educação e valores distintos como os familiares, culturais, étnicos, religiosos, dentre tantos outros, fazendo com que todos convivam em um mesmo ambiente, trazendo muitas vezes conflitos. 3. OBJETIVOS 3.1 - Objetivo Geral • Investigar e analisar o Bullying de um modo geral, analisando ainda essa realidade presente nas escolas. 3.2 – Objetivos Específicos ◦Identificar as manifestações do Bullying no ambiente escolar; •Buscar opiniões de professores e alunos sobre essa prática no âmbito escolar; •Investigar as ações tomadas pelos gestores da instituição de ensino para combater o Bullying dentro da escola. 4. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA Bullying é uma palavra de origem inglesa: BULLY quer dizer “valentão – brigão - fanfarrão” e o sufixo ING é uma referência ao quadro de agressões contínuas – repetitivas, com características de perseguição do agressor contra seu alvo, ou seja, sua vitima, essas agressões podem ser verbal, física e psicológica de forma contínua, podendo ser de uma pessoa apenas ou de um grupo. Esse tipo de “agressão” é normalmente realizado nas escolas por jovens, que normalmente andam em pequenos grupos, buscando um alvo para desferir seus ataques, porém, não é exclusivo da escola, aliás, a violência está em todos os lugares. O Bullying é um ato de crueldade, que consiste em machucar, denegrir a imagem de alguém, um problema que infelizmente a maioria das escolas enfrenta. Muitas pessoas tem certa ideia do que é o Bullying, mas não se aprofundam no assunto ou não tem ingresse em saber do que realmente se trata, não tendo muita noção do que isso pode acarretar na vida de um indivíduo, ainda mais se tratando de crianças e adolescentes que são os mais afetados, diante disso, trazemos como problema da pesquisa as principais questões: Quais as consequências emocionais e psicológicas que o Bullying traz para os alunos vítimas dessa violência? Como entender essa prática nas escolas e os seus “efeitos colaterais” no cotidiano da vida escolar? A partir dessas questões, o Trabalho de Conclusão de Curso propõe analisar todas as informações coletadas a fim de entender o que o Bullying é e o que pode ser feito para diminuir casos nas escolas com a ajuda de gestores, educadores, pais e sociedade de modo geral. 5. HIPÓTESES O Bullying pode ser uma agressão intencional, onde o escolhido se torna um alvo fácil de repetidos tipos de agressões – verbais, psicológica e as vezes físicas-, provocando a exclusão social e consequentemente prejudicando o desempenho escolar tanto da vítima quanto do agressor. 6. RELEVÂNCIA A relevância desse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) se dá por se tratar de um assunto um tanto quanto delicado como é o Bullying nas escolas. Na maioria das vezes, é subestimado, não tendo a importância que deveria ter por se tratar de um tema que envolve crianças e adolescentes das escolas – seja particular ou pública -. O Termo Bullying pode parecer atual, mas sua prática não é quantos jovens não sofrem esse tipo de agressão todos os dias nas escolas! Por isso o Bullying tem que ser trazido à tona e discutido sempre que possível para que assim, haja conscientização e informações acerca do tema proposto. 7. REFERÊNCIAS A escola, como uma boa instituição de ensino deve zelar e prezar pelo aprendizado e bem estar dos jovens e adolescentes, sendo um ambiente agradável e sadio para quem o frequenta, todavia, nem sempre as coisas vão como o esperado, nos últimos tempos pode-se perceber que esse palco que antes era só de aprendizado vem sendo também um palco de atos de violência entre os alunos, colocando o Bullying em evidência. Leão (2010) afirma que: “O Bullying caracteriza-se por ser um problema mundial detectado em todas as escolas, sejam elas privadas ou públicas, e vem se expandindo nos últimos anos. A conduta Bullying nas instituições de ensino tem sido um sério problema, pois gera um aumento significativo da propagação da violência entre os alunos”. (LEÃO, 2010, p.119 ) A prática desse tipo de violência é vista pelos autores que se aprofundaram nesse tema tão atual como “Fenômeno Bullying”, que se apresenta de forma intencional e repetitiva dentro de uma relação de desigualdade de poder, ou seja, o forte sempre atacando o mais frágil com requintes de crueldade com ameaças psicológicas ou muitas vezes físicas, levando com que a vítima adquira consequências que na maioria das vezes são irreversíveis. Cléo Fante diz que: “O Bullying é uma palavra de origem inglesa, adotada em muitos países para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma outra pessoa e colocá-la sob tensão. O Bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionas e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando 13 angústia e dor, sendo executado dentro de uma relação desigual de poder”. (FANTE, 2005, p.27). Essa prática – Bullying- é muito comum no ambiente escolar e ambientes de trabalho também, que popularmente é chamado de assédio moral, isso se dá por que em ambos os ambientes vítima e agressor se veem diariamente, por isso que se fala que é um tipo de agressão repetitiva, por estarem no mesmo ambiente por muitas horas pordia e por praticamente todo o ano. Geralmente, o autor desses atos de violência possui certo poder sobre o seu alvo, caracterizando sua capacidade de intimidação. O agressor na maioria das vezes busca um alvo que tenham características diferentes das suas, pode ser física, idade, desenvolvimento físico ou emocional, tendo como apoio ainda seu grupo de amigos durante o ato. Lopes (2011) afirma que: “As diversas ações que podem ser entendidas como bullying são: apelidar, sacanear, aterrorizar, ignorar, dar um gelo, ameaçar, empurrar, oprimir, ofender, humilhar, amedrontar, ser indiferente, fazer sofrer, agredir, derrubar, quebrar pertences, zoar, intimidar, tiranizar, excluir, perseguir, bater, ferir, violentar, debochar, dominar, discriminar, ridicularizar, injuriar, constranger, roubar, gozar, isolar, subjugar, assediar, chutar, vexar e furtar. Desde que executados de forma repetida. Estas ações citadas acima englobam todos os bullyings existentes, a saber: bullying verbal, moral, psicológico, sexual, material, físico e virtual”. (LOPES NETO, 2011, p. 21). Ainda segundo Lopes, as vítimas de Bullying podem apresentar sintomas como: dores de cabeça, dores abdominais, dificuldades para dormir, depressão, ansiedade, recusa de ir à escola, autoagressão, pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio dentre outros, fazendo com que as consequências provocadas pelo Bullying geram, por vezes, danos e traumas irreparáveis na vida da criança e adolescente, podendo refletir desde cedo como por exemplo a baixa autoestima, como relata Lopes Neto (2011): “As crianças vítimas de bullying podem ter problemas relacionados à escola, como faltas frequentes ou abandono. Sentem-se sob risco e infelizes na maioria dos dias, afirmam não pertencer à escola. Alguns estudos referem associação entre sofrer bullying com o maior consumo de drogas”. (LOPES NETO, 2011 p.46) A prática do Bullying se tornou ainda maior por conta da internet, já que é um “terreno de ninguém”, podendo chegar ao alcance de um número muito maior de pessoas devido ao compartilhamento entre amigos através das redes sociais, fazendo um estrago ainda maior. Segundo Santomaro 2010): “Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender”. (SANTOMARO, 2010, p. 67). Um aspecto a se considerar sobre o Bullying são os espectadores, que acabam apoiando o agressor, que na sua maioria das vezes fazem parte do mesmo grupo, que por estar fazendo esse tipo de prática maldosa se acha o maioral da turma, demonstrando seu “poder”. Não podemos deixar de falar das vítimas que carregam consigo traumas, muitas vezes irreversíveis dessa prática tão desumana, pelo resto de sua vida, fazendo com que venha a desenvolver algum tipo de enfermidade – psicológica, emocional- que acarreta no convívio social e familiar, segundo Silva 2010): “Pânico, bulimia, compulsão, fobias, psicoses, anorexia, ansiedade generalizada entre outros, mas que o bullying, nesses casos, se constitui em um fator desencadeante efetivo para que todos esses transtornos venham a tona nas pessoas que já possuíam uma personalidade com predisposição genética para essas patologias”. (SILVA, 2010, p.76). Ramirez (2011) em seu livro Bullying: eu sobrevivi, relata suas lembranças na época em que sofreu Bullying na época em que estava na escola, trazendo várias reflexões sobre como superou esses traumas, e ajudando jovens que passaram por esse tipo de agressão, em um dos relatos, ele fala: “O Bullying mata a alma e a bala mata o corpo; o Bullying é uma cicatriz de casca fina, que deve ser constantemente limpada para não purgar; o bullying sangra por dentro, de modo que ninguém vê, a não ser quem o carrega.” (RAMIREZ, 2011, p.40). O Bullying não é brincadeira, pode até matar, acabar com uma vida, informação é a melhor arma para aniquilar esse mal que tantos jovens e adolescentes enfrentam dia a dia no meio em que deveria se sentir mais seguro: na escola. 8. MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO Para esta pesquisa, o processo principal a ser utilizado se caracteriza como estudo descritivo exploratório, consiste no estudo de alguns autores importantes que falam abertamente do Bullying na escola, buscando informações concretas através de livros, artigos científicos e internet como ferramenta importante. A pesquisa está a serviço do pesquisador, é ele quem busca todas as informações concretas, buscando ainda a veracidade das mesmas, cabe a ele interpretar os dados coletados e usá-los da maneira que mais lhe favorece. O trabalho é apresentado em cinco capítulos onde abordaremos de modo geral o Bullying: no Capítulo I abordaremos o conceito de Bullying e as suas características; no Capítulo II será abordado o Bullying no ambiente escolar e o Bullying virtual ou Cyberbulling que também é um tipo de violência muito conhecida atualmente só que, diferente do “tradicional” os agressores usam a Internet para agredir sua vítima, que também em sua maioria são jovens e adlescentes; No Capítulo III abordará os personagens do Bullying: vítima e agressor, e por fim, no mesmo capítulo será abordado fomas de como combater esse mal que vem se alastrando nas escolas. 9. CAPÍTULO I 9.1 O conceito de Bullying e suas características Nos últimos tempos o Bullying vem ganhando força e destaque nos meios de comunicação pela forma que é praticado principalmente em instituições de ensino pelos alunos sejam em escolas privadas ou públicas ou classe social, sendo praticada ou recebida de forma torpe e/ou cruel na maioria das vezes. Insultos, intimidação, apelidos de mal gosto, gozações intencionais, acusações infundadas, hostilização por parte de um grupo, ridicularizando e infernizando a vida de um ou mais alunos fazendo com que os mesmos se excluam como forma de se protegerem, além de que, com o tempo traz danos muitas vezes irreversíveis são algumas das características desse ato tão cruel e tão atual vivenciadas em escolas. Quando falamos em Bullying, não estamos falando de algo relacionado apenas ao Brasil mas mundialmente, que em sua maioria das vezes acontecem nas escolas como já foi falado, porém, não é exclusivo, podendo acontecer em qualquer ambiente social: no trabalho, na vizinhança ou até na família, ou seja, em ambientes onde tenham grupos de pessoas, esse tipo de comportamento é difícil que seja reconhecido como prática em algumas instituições por não terem consciência do que está acontecendo ou simplesmente por falta de informação, até por que é um assunto totalmente atual. Essas ações acontecem principalmente entre crianças e jovens, mas adultos não estão fora dessa estatística, podendo acontecer também entre professor-aluno, aluno-professor, por inúmeras causas: conflitos interpessoais, opção sexual, casse social dentre outros. No trabalho também acontece muito, antes chamado de Assédio Moral hoje é considerado Bullying, quando alguém é hostilizado, maltratado, difamado por um colega ou até mesmo pelo seu chefe. O Bullying pode ser classificado como DIRETO e INDIRETO: DIRETO: edificam-se como ações violentas caracterizados por xingamentos, tapas, empurrões, chutes, apelidos ofensivos e repetitivos; INDIRETO: Caracteriza-se pelo isolamento da vítima, usando da força como a difamação, boatos infundados e cruéis, intrigas, fofocas, rumores que afetam não apenas a vítima em si mas a família no geral, dentre tantos outros. Uma das armaspara o Bullying também pode ser os meios de comunicação, os chamados Cyberbullying ela é caracterizada pela forma de violência que é através das redes sociais, na maioria das vezes feitas anonimamente, os chamados haters, logo mais nos aprofundaremos mais nesse termo. Chalita (2008, p. 82) complementa ao dizer que o Bullying “é um problema universal, uma pandemia invisível admitida como natural em alguns casos, desvalorizada em outros e, na maioria das vezes, ignorada”. É de fundamental importância que os responsáveis pela educação – pedagogos, professores, educadores, gestores – não se calem diante desse problema que é tão atual, buscando ficar de olho no que acontece dentro e fora de sala de aula na instituição de ensino, cabe à escola garantir aos alunos além de educação, cuidados e segurança para os mesmos. As vitimas ou alvos do Bullying são escolhidos, na maioria das vezes, por motivos bobos, seja pela sua vestimenta, sua religião, sexualidade, deficiência física, aparência, sotaque, raça, quem assiste e não faz nada, e os espectadores ou testemunhas são na sua grande maioria amigos ou colegas, que mesmo não fazendo parte das chacotas estão lá observando e apoiando o agressor. Essas vítimas acabam adquirindo algum tipo de distúrbio alimentar, emocional ou mental, ou depressão por não saberem ou entenderem o porquê de está acontecendo algo tão cruel, sem poder ou saber se defender, na maioria das vezes a vítima acaba se isolando por medo de mais grupos o agredir. Além de se isolarem, não se abrindo nem para os pais, por isso a importância de um bom convívio em casa, para poder identificar o que está acontecendo com seu filho em casa. Umas das características desse tipo de violência é que sempre agressor faz parte de um pequeno grupo de amigos, que ao escolher seu alvo se sente o maioral diante de seus colegas, sendo que, mesmo que indiretamente acabam se tornando agressores por estarem ocultando esse tipo de violência. 10. CAPÍTULO II 10.1 O Bullying no Ambiente Escolar O Bullying é encontrado em todas as partes, seja em casa, na rua, em festas, no trabalho, na escola, não tem nenhuma restrição. Quando falamos de Bullying na escola não estamos especificando nenhum tipo de instituição, ela está em qualquer uma, seja privada ou pública, o que mais preocupa é que ainda não se sabe o que fazer para dá um fim a esse tipo de agressão que pode ser cruel ao estremo de fazer com que a vítima tome alguma medida drástica. Para Lopes (2011): “Não há projeto antibullying bem-sucedidos sem o envolvimento de toda a comunidade escolar, professores, funcionários, pais e estudantes. Para o entendimento da importância da implantação desses programas nas escolas, a primeira medida deve ser a de conscientizar os professores sobre a natureza social do bullying e sobre a necessidade do estabelecimento de estratégias proativas, voltadas à sua prevenção, dentro do currículo, e reativas, que definam as condutas adotadas diante incidentes identificados”. (LOPES NETO, 2011. P, 63) O Bullying é um conceito bem característico, uma vez que não se deixa confundir com outros tipos de violência, isso tudo por que apresentam suas próprias características, dentre tantas, está o trauma psicológico que a vítima adquire depois de sofrer esse tipo de agressão, podendo levar para o resto da vida. Além do mais, apresentam em outros contextos além do escolar, também na família, nos locais de trabalho, até entre amigos quando ofendem e falam “foi sem querer”, ou seja, onde existem relações interpessoais. “Estudos indicam que dois terços dos atacantes em 37% dos tiroteios em escolas se sentiam perseguidos em função de seus longos históricos sofrendo Bullying de seus colegas, que ser alvo de Bullying é um fator importante no suicídio entre jovens” (MIDDELTON-MOZ, 2007 p,63). Essa problemática tem inúmeros “enredos” do ponto de vista educacional, suas manifestações dentro da escola vêm trazendo muita preocupação aos educadores e pais. A educação é de suma importância para o desenvolvimento e aprendizado do aluno, que desde cedo aprende a cooperação, a criatividade e sua forma crítica, promovendo a liberdade e coragem para transformar, ao longo da vida, o indivíduo se torna protagonista de sua vida e é o responsável pelos seus atos dentro e fora da escola, por isso a educação desde cedo é de responsabilidade não só dos pais mas também dos professores que ali estão preparados para ensinar e guiar que levam para o resto da vida. As escolas são, sem dúvida, nesse momento, o “palco principal” que ocupa mais tempo na vida dos protagonistas que somos nós, que passamos parte de nossa vida ganhando cada vez mais peso na formação sociocultural do indivíduo. A família como sendo a provedora da educação de um indivíduo, a escola sem dúvida é integrante fundamental ampliando o conhecimento que vem desde muito cedo. A preocupação com o Bullying nas escolas é perceptível já que é um lugar onde crianças e jovens passam a maior parte do seu tempo, claro, que não é algo que seja exclusivamente só entre jovens, mas a maior parte é sim; Fica claro que em uma sociedade desigual de estudantes, encontram-se muitas dificuldades para lidar com as diferenças e a classe de superioridade, por uma questão de poder e de não saber adequar com a superioridade frente à diferença, tende a praticar o fenômeno Bullying com os considerados excluídos. O Bullying sem dúvida tem sido motivo de grande preocupação dos pais e professores por envolver crianças e adolescentes, sendo como umas das mais diversas características a falta de diálogo entre os mesmos. Isso vem desde cedo, na maioria das vezes acontecem em sala de aula, onde o professor não identifica como um tipo de violência, e quando identificam correm atrás para ver o que podem fazer para reverter esse caso. Esses profissionais na maioria das vezes buscam criar projetos Antibullying, porém, por não ter as informações necessárias, não criam corretamente, costumando muitas vezes a subestimar o verdadeiro poder que o Bullying tem quando está acontecendo. Para melhor compreensão de que acorre o Bullying no ambiente escolar, é importante frisar que há vários protagonistas deste fenômeno segundo FANTE (2012) cada um tem papel diferente nas ocorrências desse padrão de comportamento agressivo, ou seja, o agressor, como citado acima, agride fisicamente ou verbalmente uma vítima e geralmente estabelece uma relação de domínio sobre si por demonstrar pouca empatia e usar sua força física sobre a sua vítima e vangloriar-se dessa posição de poder. A questão é clara, tanto a escola quanto os pais são fundamentais no sentido de criar meios, campanhas e diálogos para confrontar esse fenômeno tentar disseminá-lo, visando conscientizar seus alunos e filhos a respeito das inúmeras consequências da prática do Bullying, buscando fazer com que esse ato não ocorra num local que em prática seria o mais seguro, permitindo assim que as crianças e adolescentes, em processo de formação, aprendam a enfrentar seus problemas, medos e diferenças, por meio de conversas e enfrentamentos saudáveis. 10.2 Bullying Virtual ou Cyberbullying A internet é terra de ninguém como muitos falam, sendo uma ferramenta de muita ajuda para pesquisas rápidas, sendo usados também como “encontros” através das redes sociais, onde o usuário por fazer qualquer tipo de postagem, acaba tendo um misto de informações e conceitos já que existem os que fazem da internet uma arma maldosa e sem noção: o Cyberbullying é a forma virtual de praticar o Bullying sendo “popularmente” conhecida como Bullying Virtual. Ambos – tanto o Bullying como o Cyberbullying - têm algumas características semelhantes, que é a violência intencional,tendo também suas diferenças que se caracterizam pelos métodos do agressor escolhendo sua vítima e o agredindo, o Cyberbullying por sua vez é uma “arma” mais forte já que tem a capacidade de ser compartilhado por qualquer pessoa podendo ser visto por centenas de pessoas simultaneamente, esse usuário em sua maioria das vezes criam um perfil fake e começam então, a compartilhar o ódio, assim como o Bullying “tradicional” escolhendo a vítima da vez, podendo ainda, ser a mesma vítima que agride na escola, por exemplo. Assim como o Bullying, o Cyberbullying tem sem transformado em um problema mundial, fazendo diversas vítimas, os adolescentes são os principais alvos por representarem uma enorme parte da população que tem acesso direto às novas tecnologias de informação e comunicação, porém, não é algo exclusivo do adolescente – seja do sexo feminino ou masculino – todos podem sofrer com esse tipo de violência tão covarde. Além disso, há outros fatores que conferem ao Cyberbullying características particulares tais como aponta Neves e Pinheiro (2009, p. 63): “a) o potencial de se obter larga audiência, ou seja, as agressões podem ser observadas por um grande número de espectadores, em um indefinido número de vezes; b) maior possibilidade de o agressor permanecer anônimo, assim, qualquer pessoa pode ser um cyberbullie, sendo que as vítimas podem nem conhecer os agressores, em função do anonimato permitido pelos meios utilizados para as agressões; c) menores chances de um feedback direto entre agressor e vítima; d) menores níveis ou ausência de supervisão de pais e educadores; e) menores limites de tempo e espaço das ações, ou seja, a agressão pode ocorrer a qualquer momento e em qualquer lugar, tendo em vista que os diversos meios de comunicação estão sempre abertos e disponíveis”. Tais aspectos apontam que o Cyberbullying apresenta uma potencialidade de dano bem maior em relação ao ajustamento psicossocial das vítimas, se o comparamos às formas tradicionais de Bullying já que é muito mais rápida a propagação dos insultos, que, como já foi falado, podendo ser compartilhado por várias pessoas fazendo assim, popularmente falando, virar uma bola de neve. O Cyberbullying pode se manifestar de diversas maneiras, algumas dessas manifestações são mensagens recebidas no celular, fotos e vídeos produzidos em celulares e logo depois usam desse material para ameaçar a vítima, E-mails com insultos e ameaças, dentre outras. De um modo geral, o Bullying seja presencial ou virtual é uma forma de agressão cruel onde, dependendo do nível, pode fazer com que a vítima tome medidas drásticas para tentar acabar com esse sofrimento levando até a atentar contra a própria vida. Vale ressaltar a importância e necessidade de que se tenham leis rígidas para acabar com esses crimes, um episódio de Cyberbulllying que ficou bem conhecido no Brasil, conhecida como Lei Carolina Dickmann, a Lei Brasileira 12.737/2012 foi sancionada em 30 de novembro de 2012, proposta em referência ao que aconteceu com a atriz em maio do mesmo ano, ela teve copiado de seu computador pessoal fotos e conversas pessoais que mais tarde acabaram sendo divulgadas na internet sem autorização pelo técnico que faria o concerto do aparelho, essa lei entrou em vigor no dia 02 de abril de 2013. Por isso, a importância de que tenhamos leis rígidas antibullying e políticas públicas que reiterem a importância de ações que sejam planejadas, intencionais e sistematizadas de um conteúdo que não pode definitivamente ser menosprezado ou esquecido pela escola e muito menos pela sociedade. 11. CAPITULO III 11.1 Personagens do Bullying: Vítima e Agressor O Bullying, na maioria das vezes, passa despercebido no meio em que acontece, sejamos mais claro, quando uma criança, por exemplo, passa por esse tipo de situação, muitas vezes os adultos não percebem o que está acontecendo logo de inicio, os pais e professores que os rodeiam por mais tempo custam a perceber até o momento em que o mesmo começa a demonstrar através de mudanças de hábitos, que tem alguma coisa de errado acontecendo. O caso de Bullying vem crescendo nas escolas, é difícil definir uma causa para esse tipo de agressão por não ter justamente apenas uma causa em si, porém, existem fatores que podem, mesmo que indiretamente, acarretar essa prática no âmbito escolar. Bullying na sua maioria das vezes é praticado por meninos, mas não é um caso isolado, ambos os sexos sofrem – seja agressor ou vítima -, o agressor tem característica de superioridade, por querer demonstrar no grupo em que está inserido, que é valente e superior à vítima que por sua vez é alguém frágil e que, na maioria das vezes, não sabe se defender. O praticante do Bullying é aquele que lidera o grupo em si, que, muitas vezes, pertence a uma família desestruturada, não tendo relacionamento afetivo com os mesmos, geralmente querem mostrar sua “força” diante o mais fraco e fazendo isso à frente de uma “plateia” que no caso é seu grupo de colegas. Para Escorel, (2008, p. 13) os praticantes do Bullying são caracterizados da seguinte forma: “São geralmente os líderes da turma, os mais populares, aqueles que gostam de colocar apelidos, fazer gozações, com colegas mais frágeis. São aqueles que não respeitam as diferenças alheias e se aproveitam da fragilidade dos colegas para excluí-los do grupo e executar as gozações e humilhações.” Para o agressor, a prática do Bullying também acarretam problemas que acabam fazendo com que seu desenvolvimento intelectual e humano sejam prejudicados, como o afastamento da escola, desencadeiam a prática da violência afetando-o por muito tempo, acarretando ainda mais pra frente uma má índole afetando sua vida social. Mesmo sabendo que é a vítima quem sofre as agressões, a escola tem que focar no agressor por ser o provedor de toda essa violência, buscando descobrir o que levou o mesmo a cometer essas agressões. A vítima, por sua vez, é a maior prejudicada em tudo isso, por sofrer os mais diversos tipos de agressão, tendo dificuldades de procurar ajuda seja de um responsável ou até de colegas. Na maioria das vezes, sofrem por meses sem pedir ajuda, desencadeando problemas sérios de comportamento – ficando ainda mais retraídos -, além de se calarem como auto defesa, podendo ainda, ter problemas psicológicos que levam para o resto da vida. “Eu não estava sabendo absolutamente nada do que estava acontecendo na escola com minha filha de apenas 8 anos. Ela amava estudar naquele lugar, e de um dia para o outro começou a me pedir para mudar de escola, eu não entendia, achei que fosse birra, deixei passar. Uma tarde, o irmão foi pegá-la na escola e ao chegar lá a encontrou chorando, ao trazê-la para casa meu filho me explicou como a encontrou, fiquei em choque, como minha filha estava naquela situação e ninguém da direção me informou? Conversei com minha menina e depois de muito insistir ela enfim me falou: 'mamãe, uma coleguinha está me chamando de gorda, de feia, me tira de lá mamãe', meu coração desabou, a abracei e falei o quanto era linda e amada por nós, sua família. No dia seguinte fui até lá, e a diretora me informou que ela por muitas vezes foi levada para a direção por está chorando, minha filha não se alimentava mais na escola por vergonha do que a coleguinha pudesse falar, meu coração de mãe ficou em pedaços, como não fui informada? Não fui informada por que a criança que fez isso com minha menina era filha de uma das professoras, isso é revoltante, minha menina estava sofrendo Bullying tão pequena, minha filha estava descobrindo o quanto as pessoas podem ser perversas, até uma criança. O Bullying não é brincadeira”. Esse é o depoimento de uma mãe que não quis ser identificada, mostrandoo quanto essa prática é devastadora principalmente na vida de uma criança, independentemente de idade e prática, o Bullying deve ser banido das escolas, segundo o Estatuto da Criança e Adolescente têm direitos ao respeito: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais”. (ARTIGO 17). Para que isso aconteça é preciso que escola, família e comunidade andem juntos para que esse problema seja abolido das escolas independente de raça, classe social e crenças, todos tem o direito de ir e vir e principalmente à educação e segurança. Por fim, podemos citar as testemunhas dessa prática, que são os colegas que assistem tudo e não fazem nada, por que na maioria das vezes se sentem intimidados também pelo agressor, que, de certa forma, acabam sendo cúmplices por rir, fazer chacota ou se negarem a ajudar a vítima em caso de agressão física, por medo de sofrer também as consequências. 11.2 Combatendo o Bulllying Nos dias em que vivemos a escola já não é mais vista apenas como um lugar de ensino seguro e sem maldade, na verdade a escola tem o sinônimo de aprendizado, onde buscamos e recebemos o saber durante muitos anos de nossa vida onde além de nos dar a formação que precisamos para pensar em uma carreira profissional também é caracterizada por nos dar a informação que necessitamos. A cada dia a violência vem aumentando, e por incrível que pareça, principalmente dentro das escolas que é onde deveria ser um dos lugares mais seguros, daí a preocupação dos pais para com seus filhos, tornando um lugar que antes era harmonioso em um verdadeiro campo de batalha para quem sofre algum tipo de violência, o Bullying, no qual acaba se tornando um dos maiores desafios encontrados nas escolas na atualidade, o que leva aos educadores mais uma problemática para tentarem resolver em seu âmbito, o que acaba piorando é a falta de coragem da vítima denunciar seu agressor ou o grupo que está fazendo chacota de si, ou testemunhas que não tem o discernimento de ajudar, tornando-os coniventes com essa prática. Mesmo a escola tendo o dever e a obrigação de proteger e orientar os alunos pedagogicamente, não cabe somente a ela a responsabilidade de tentar amenizar o bullying, é dever da família promover os princípios éticos e morais aos seus filhos afim de ensinar o que é certo e o errado, erradicando de vez essa prática, por que o agressor assim como a vítima também tem família e ambos tem que resolver entre si da melhor maneira para entender o que está acontecendo e assim, tentar resolver ou pelo menos minimizar. O agressor age dessa forma por algum motivo, o que seria importante fazer uma investigação para poder descobrir de onde vem essa agressividade para depois tentar resolver, o que dá a entender é que, o agressor escolhe sua vítima para de certa forma, jogar nela tudo o que está preso por algum conflito interno – familiar emocional-, é preciso entender que pode haver um histórico ao redor desse indivíduo. A escola deve ter a iniciativa de banir qualquer tipo de violência do seu âmbito, começar a observar o que se passa na sala de aula e intervalos, promovendo métodos que sejam eficazes para o combate dessa prática, é notório o crescente número de violência nas escolas, não apenas o Brasil mas vários países vem sofrendo com esse tipo de comportamento, onde, muitos acabam chegando as vias de fato como já foi mencionado tantas vezes, podemos ver muitos exemplos de chacinas que ocorreram em escolas por pessoas que haviam sofrido algum tipo de Bullying, que na maioria das vezes, se tivessem as informações corretas provavelmente não aconteceriam ou aconteceriam com menos frequência. Por ser algo sério, o Bullying tem que ser erradicado principalmente das escolas, sendo feito de maneira organizada e centrada, com informações, palestras, por que a escola tem a obrigação de informar e contribuir para a proteção dos seus frequentadores independentemente de idade, raça, etnia, religião. Tratar de violência nas escolas não é um papel nada fácil, é preciso que antes de tudo entenda que quem está ali são, acima de tudo seres humanos e que nem todos que fazem parte da escola são pessoas violentas, marginalizar os agressores é uma forma de ignorar que existem problemas a serem resolvidos, pois muitos desses indivíduos também sofrem ou já sofreram com algum transtorno, por isso é preciso cautela na hora de tratar com o bullying, para Cury (2013) “o diálogo é a ferramenta educacional insubstituível, deve haver autoridade na relação pai-filho e professor-aluno, mas a verdadeira autoridade é conquistada com Inteligência e amor”. É de suma importância que a vítima não se cale diante do que está acontecendo, a melhor forma é falar já que ela (ele) sem dúvida é o principal prejudicado, todos desejam que a escola volte a ser aquele ambiente seguro onde as crianças e adolescentes não se sintam amedrontados com algum coleguinha ou simplesmente não parem de socializar por medo de algum tipo de ofensa, cabe a escola sim, mas a família também ajudar para que esse problema acabe de vez nas escola, com muito diálogo, observação e muita informação. 14. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Bullying, infelizmente, ainda é uma prática pouco conhecida e confundida ainda em sala de aula pelos professores como “brincadeira” entre colegas e, sem dúvida, uma das maneiras mais práticas e eficazes seria o diagnóstico precoce dessa prática e informações claras nas instituições de ensino para que possam agir rapidamente ao se deparar com esse tipo de agressão na escola, o professor tem que ser diretamente formação por ter contato direto e quase que diário com o aluno, é ele quem pode identificar e diagnosticar o Bullying dentro e fora da sala de aula por conhecer seus alunos. É de suma importância que haja informações necessárias para que assim, os educadores e direção possa trabalhar esse assunto de forma clara e objetiva. Outra coisa importante é que haja mudanças no âmbito escolar, por que como já foi dito, Bullying é algo muito sério e tem que ser levado a sério também por se tratar de um tipo de agressão tão cruel. A escola deve ser lugar de proteção e acolhimento a todos que frequentam suas instalações quase que diariamente, sejam alunos ou funcionários, além de ser um lugar harmonioso e trânquilo para um desenvolvimento satisfatório dos alunos e Um bom trabalho dos que fazem parte do corpo docente. Bullying, não é e nunca foi uma forma de brincar, é um fenômeno que tem o poder de mudar a vida de sua vítima drasticamente, destruindo muitas vezes lares, não apenas pelo agredido, mas também pelo agressor que leva esse histórico tão triste pelo resto de sua vida. 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHALITA, Gabriel. Pedagogia da amizade - bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo: Editora Gente, 2008. p.82 CURY AJ. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante; 2013 ESCOREL, Soraya S. da Nóbrega. Bulliyng não é brincadeira. Gráfica JB. João Pessoa – PB, 2008. p. 13. FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2ª ed. Campinas, SP: Verus Editora, 2005. p.27 FANTE, Cleo. Fenômeno bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 7. ed. Campinas: Verus, 2012. NEVES, Pinheiro José; PINHEIRO, Luzia. A emergência do cyberbullying: uma primeira aproximação. In: 6º Congresso SOPCOM – Sociedade dos Media: Comunicação, Política e Tecnologia. Lisboa, PT: Universidade Lusófona, 2009. p. 63. RAMIREZ, Claudio. Bullying: eu sobrevivi. Aparecida, São Paulo: Idéias & Letras, 2011. p.40 SANTOMARO,Beatriz. Violência Virtual. Revista Nova Escola, São Paulo, n.233, p.67, jun/jul.2010. SILVA, Ana. Beatriz. Barbosa. Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. p. 76 LEÃO, Letícia Gabriela Ramos. O fenômeno Bullying no ambiente escolar. Revista FACEVV. Vila Velha. Número 4. Jan./Jun. 2010. p. 119. LOPES NETO, Aramis Antônio. Bullying saber identificar e como prevenir. São Paulo: Brasiliense, 2011. p. 21- 46- 63 MIDDLETON-MOZ, Jane; ZAWADSKI, Mary Lee. 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