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@studiessofie Direito Civil 2- Obrigações art. 233-420 CC Introdução ao direito das obrigações obrigações Obrigação é a relação pessoal entre o credor e devedor vinculados por uma prestação. (Essa prestação que pode ser positiva- dar ou fazer- ou negativa- de não fazer, de tolerar que o outro faça). As obrigações tem como fonte: • Contrato: o negócio jurídico, o ajuste de vontade das partes; • Atos ilícitos: todos os atos que causam danos; • Outras fontes indicadas em lei. Ex: o ato lícito da desapropriação (gera o dever de indenizar, a indenização gera uma relação entre aquele que desapropriou e o indivíduo que sofre a desapropriação). CONCEITO: Clóvis Bevilacqua. “Obrigação é a relação transitória de direito, que nos constrange a dar, fazer ou não fazer alguma coisa economicamente apreciável, em proveito de alguém, que, por ato nosso, ou de alguém conosco juridicamente relacionado, ou em virtude de lei, adquiriu o direito de exigir de nós essa ação ou omissão”, ou seja, a obrigação é um todo orgânico para atender interesses do credor. Por isso, é preciso ter boa fé objetiva. OBSERVAÇÃO: a boa fé objetiva é o padrão de comportamento esperado pelas partes. Os enunciados são conclusões extraídas de uma reunião chamada jornadas de direito civil, em que se reúnem então vários estudiosos do direito civil e debatem a interpretação do código, vinculado a um ou mais artigos. V Jornada de Direito Civil - Enunciado 421 - Os contratos coligados devem ser interpretados segundo os critérios hermenêuticos do Código Civil, em especial os dos arts. 112 e 113, considerada a sua conexão funcional. Enunciado 21 - A função social do contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito. ... Elementos da relação jurídica: • Direitos subjetivos creditórios (quem tem o direito de receber); • Direitos potestativos (quem tem o direito de desfazer); • As pretensões (quem tem o direito de exigir o pagamento); • As exceções (não é só o que foge a regra, pode ser considerado uma matéria de defesa); • As sujeições; • Os débitos. OBSERVAÇÃO: Schuld é o débito, e haftung é a responsabilidade patrimonial. (Em determinadas obrigações, teremos pessoas que a despeito de não terem contraído o débito para si tem a responsabilidade patrimonial, ou seja, não tem o schuld mas tem o haftung- ex: o fiador, os pais que são objetivamente responsáveis pelos atos ilícitos que seus filhos pratica). REGRAS BÁSICAS DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES: 1. Gravitação jurídica (art. 233 CC- A obrigação de dar a coisa certa (uma coisa identificada pelo gênero, qualidade e quantidade) abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (abrange os acessórios, mas não as pertenças art. 94 CC). O art.´s 92 e 93 CC (Bem principal: carro, casa, computador. Acessório: Som instalado do carro, móvel não embutido de cozinha. Pertença: não é parte integrante, ex: sofá, cama...) 2. Res perit domino, (a coisa perece, mas também se valoriza para o seu dono) art. 237 CC. Ex: fulano A vende uma vaca para o fulano B, e o ful. A irá entregar a vaca dia @studiessofie 24 de fevereiro mas no dia 22 de fevereiro fez um exame na vaca e descobre que está gravida, então o ful. A pode exigir o aumento do preço (o ful. B pode aceitar ou negar o aumento do preço, mas se não pagar o aumento não se realiza a compra da vaca). OBSERVAÇÃO: se o ful. A entregar a vaca para o ful. B e depois de um tempo, a vaca parir não se pode cobrar o aumento do preço. (É um fruto pendente neste caso). OBSERVAÇÃO 2: quando a obrigação não puder ser comprida, sem culpa do devedor, ela se extingue, ela se resolve como se nunca tivesse sido celebrada. Quando a obrigação não puder ser comprida, por culpa do devedor, o devedor responde pelo equivalente ao prejuízo mais perdas e danos. (art. 234 CC) Carro roubado é perda sem culpa. direito das obrigações 4 tópicos estudados nos direitos das obrigações MODALIDADES; TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES; DIPLEMENTO; INADIPLEMENTO. Modalidades das Obrigações não elencadas no CC 1) Propter rem- chamada também de ambulatoriais, são as obrigações geradas em razão da relação, entre credor e devedor. O devedor é genérico, incerto. É aquela que surge em virtude de uma relação de direito ou jurídica, com a coisa. Ex: condômino de muro (art.´s 1327 e 1297 CC), titular do bem jurídico, titular do bem imóvel,etc... O sujeito passivo da obrigação e determinável e o critério de determinação pode ser o vínculo com o direito real ou posse e mutável de acordo com a transmissão do direito real ou posse. 2) Naturais-são as obrigações decorrentes da moral, sem exigibilidade ou obrigações prescritas. Por isso que as obrigações naturais não são suscetíveis de novação, nem garantias. Ex: alimentos prestados pela tia. Resp. 1032846/RS- Direito Civil. Família. Recurso Especial. Ação de alimentos ajuizada pelos sobrinhos menores, representados pela mãe, em face das tias idosas. (As tias prestaram alimentos de maneira espontânea por muito tempo, depois pararam. Os sobrinhos entraram com o processo para as tias pagarem, porém o STJ declarou que as tias tinham uma obrigação natural, então foram condenadas a pagar o alimento para os sobrinhos). Ex – DÍVIDA DE JOGO Diferenças entre jogo lícito, jogo ilícito e do jogo tolerado (art. 814 do CC). Informativo nº 0610 - 27 de setembro de 2017. REsp 1.628.974-SP Destaque - A cobrança de dívida de jogo contraída por brasileiro em cassino que funciona legalmente no exterior é juridicamente possível e não ofende a ordem pública, os bons costumes e a soberania nacional. Informações do Inteiro Teor - Inicialmente, ressalte-se que o tema merece exame a partir da determinação da lei aplicável às obrigações no domínio do direito internacional privado, analisando-se os elementos de conexão eleitos pelo legislador. Com efeito, o art. 814 do Código Civil de 2002 trata das dívidas de jogo e repete praticamente o conteúdo dos art. 1.477 a 1.480 do Código Civil de 1916, afirmando que as dívidas de jogo não obrigam a pagamento. Inova com a introdução dos parágrafos 2º e 3º, buscando corrigir omissão anterior, esclarecendo que é permitida a cobrança oriunda de jogos e apostas legalmente autorizados. O art. 9º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro – LINDB, por sua vez, estabelece, no que se refere às obrigações, duas regras de conexão, associando a lei do local da constituição da obrigação com a lei do local da execução. No caso em debate, a obrigação foi constituída nos Estados Unidos da América, devendo incidir o caput do referido dispositivo segundo o qual @studiessofie deve ser aplicada a lei do país em que a obrigação foi constituída, já que não incide o segundo elemento de conexão. Sob essa perspectiva, a lei material aplicável ao caso é a americana. Todavia, a incidência do referido direito alienígena está limitada pelas restrições contidas no art. 17 da LINDB, que retira a eficácia de atos e sentenças que ofendam a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Em primeiro lugar, não há que se falar em ofensa aos bons costumes e à soberania nacional, seja porque diversos jogos de azar são autorizados no Brasil, seja pelo fato de a concessão de validade a negócio jurídico realizado no estrangeiro não retirar o poder soberano do Estado. No tocante à ordem pública – fundamento mais utilizado nas decisões que obstam a cobrança de dívida contraída no exterior – cabe salientar tratar-se de critério que deve ser revisto conformea evolução da sociedade, procurando-se certa correspondência entre a lei estrangeira e o direito nacional. Nessa perspectiva, verifica-se que ambos permitem determinados jogos de azar, supervisionados pelo Estado, sendo quanto a esses, admitida a cobrança. Consigne- se, ademais, que os arts. 884 a 886 do Código Civil atual vedam o enriquecimento sem causa – circunstância que restaria configurada por aquele que tenta retornar ao país de origem buscando impunidade civil, após visitar país estrangeiro, usufruir de sua hospitalidade e contrair livremente obrigações lícitas. Não se vislumbra, assim, resultado incompatível com a ordem pública, devendo ser aplicada, no que respeita ao direito material, a lei americana. A diferença entre as obrigações naturais e civis, é que as naturais as pessoas não são obrigadas a doar nada, já as civis é que as pessoas são obrigadas. 3) Obrigação de meio e resultado- é aquela em que o devedor da prestação fará de tudo para que o resultado seja alcançado. Porém, o devedor não se responsabiliza pelo resultado, de maneira que, ainda que o resultado não seja alcançado a contraprestação (pagamento ao devedor da obrigação) é devido. Ex: o Advogado, Médico, Cirurgião Plástico (se for uma cirurgia reparadora). Modalidades de Obrigações previstas no CC Começa a partir do art. 233 do CC; 1) De dar a coisa certa e restituir- Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. (Princípio da gravitação jurídica) Teoria do risco. Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos. Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação. Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes. Obrigações de restituir, é a coisa certa. Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. @studiessofie Ex: Emprestar o carro. (A pessoa deixa o carro na rua anterior ao mercado, e o carro é furtado, e houve perda- a obrigação se extingue). Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observarse-á o disposto no art. 239. Ex: Emprestar o carro. (A pessoa vai ao mercado, deixa o carro na rua anterior e o carro aparece na garagem do mercado com deterioração, é uma deterioração sem culpa do devedor) Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. Ex: a pessoa tá com um carro, e sai uma reportagem dizendo que esse carro é valioso, contribuindo então para quem está com o carro. Se ninguém contribuiu para isso, a coisa perece e a coisa se aprimora para o dono. Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé. Ex: um carro precisou de um reparo, por conta de um prejuízo, a pessoa fez um reparo para a benfeitoria necessária. E todo possuidor, seja ele de boa ou má fé, tem o direito de ser indenizado pelas benfeitorias necessárias. Ex 2: Se por um outro lado, estou com um carro, e eu tenho um amigo mecânico de uma oficina, e estou no prazo de 5 dias, e tem uma promoção de película de carro e eu autorizo a benfeitoria (deixo colocar a película), assim que autorizei tenho que ressarcir pela benfeitoria. Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade. Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor. Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Ementa: CIVIL E PROCESSO CIVIL. COMPROMISSO. DAÇÃO EM PAGAMENTO. LIMINAR. ABSTENÇÃO DE ALIENAÇÃO DE UNIDADES NÃO INDIVIDUALIZADAS DE EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO. POSSIBILIDADE. DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS: ARTS. 176 DA LEI Nº 6.015/73 E 244 DO CC/02. 1. Agravo de instrumento interposto em 04.03.2010. 2. Recurso especial concluso ao gabinete da Relatora em 03.04.2012.. Recurso especial em que se discute se é juridicamente possível impor à parte o dever de não comercializar unidades indeterminadas de um empreendimento. 3. Nada impede que o proprietário se comprometa a dar em pagamento de dívida unidades indeterminadas de empreendimento imobiliário, desde que haja condições de identificar os bens a serem entregues. 4. Nos termos do art. 244 do CC/02, nas obrigações de dar coisa incerta, salvo disposição em contrário, cabe ao devedor a escolha das coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade. 5. Na hipótese dos autos, tendo sido reconhecida a existência de dívida a ser paga pela cessão de 12 vagas de garagem e 271 m2 de salas de um determinado empreendimento imobiliário, nada impede a concessão de liminar impondo ao devedor que se abstenha de alienar as unidades indeterminadamente, ficando a cargo do devedor a individualização dos bens a serem gravados. 6. Recurso especial a que se nega provimento. Obrigação de Fazer @studiessofie Quando um bem é fungível, significa que é passível de substituição. Porém, um bem que é naturalmente fungível, pode-se tornar infungível (não passível de substituição). Existe obrigações materialmente fungível e infungível; Das obrigações de fazer, os artigos 257-249 CC diz: art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. (É uma obrigação infungível, pois só cabe ao devedor. Cuida da obrigação pessoalmente infungível.) Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e danos. (Cuida tanto a obrigação infungível quanto a fungível.) Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível. (É fungível. O credor contrata o terceiro, manda que ele execute o serviço, mas pede em juízo que o primeiro devedor pague o serviço.) Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandarexecutar o fato, sendo depois ressarcido. (Segunda hipótese, só que com urgência.) O CPC diz: Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. (Neste caso, ajuizaria uma ação em face do primeiro devedor, o primeiro contratado. É uma ação de ajuizar contra o primeiro devedor, forçando este cumprir com a sua parte.) § 1º Para atender ao disposto no caput , o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial. § 2º O mandado de busca e apreensão de pessoas e coisas será cumprido por 2 (dois) oficiais de justiça, observando-se o disposto no art. 846, §§ 1º a 4º , se houver necessidade de arrombamento. § 3º O executado incidirá nas penas de litigância de má- fé quando injustificadamente descumprir a ordem judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por crime de desobediência. § 4º No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, aplica-se o art. 525 , no que couber. § 5º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao cumprimento de sentença que reconheça deveres de fazer e de não fazer de natureza não obrigacional. Multa diária=Astrendis Obrigação de Não Fazer Das Obrigações de Não Fazer Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. (Obrigação de não fazer, é chamada de obrigação negativa, ou seja, é uma obrigação de não fazer ou não tolerar que o outro faça. Ex: não invadir terra pública) Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. (Quando ainda dá para desfazer o que não deveria ter sido feito. Esse desfazer, se dá com um ajuizamento de uma ação, pois o EU vou pedir para um MORADOR desfazer o muro. EU vou pagar pela demolição do muro, mas vou ajuizar uma ação pedindo minhas perdas e danos.) Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. (Segunda hipótese) O CPC DIZ: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art846%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art525 @studiessofie Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. § 1º Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial. Jurisprudência Informativo nª 511, 6 de fevereiro de 2013. DIREITO PROCESSUA CIVIL. AÇÃO DEMOLITÓRIA. LEGETIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. POSSUIDOR OU DONO DA OBRA. Possuidor ou dono da obra, responsável pela ampliação irregular do imóvel, é legitimado passivo (pode ser réu) de ação demolitória que vise à destruição do acréscimo irregular realizado, ainda que ele não ostente o título de proprietário do imóvel. Obrigações Alternativas Art. 252 CC; Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não estipulou Há pelo menos 2 formas de adimplemento (Se uma obrigação é a relação pessoal entre o credor e devedor vinculados há uma prestação, é aqui há duas formas de adimplemento) 𝐶 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝐷 Nessa prestação, teremos: ou 50 impressoras ou 50 computadores; Quem escolhe o que irá em entregar é o devedor; 𝐶 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝐷 Nessa prestação, teremos: ou dinheiro ou cavalo; Quem escolhe como irá pagar é o devedor; A diferença entre obrigação alternativa e da ação pagamento, é que na obrigação alternativa a obrigação já nasce com 2 ou mais formas de pagamento, na escolha do devedor. Já na ação de pagamento, a obrigação nasce com uma prestação como forma de pagamento. Obrigação Facultativa Só há uma forma de adimplemento, porém havendo impossibilidade da forma de adimplemento, o credor aceita uma outra forma de adimplemento como substituição da outra (já está prevista). 𝐶 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝐷 O devedor deve entregar ao credor 50 impressoras. Todavia, na impossibilidade de entregar as 50 impressoras o credor já aceita ser entregue 50 computadores (já vem previsto). Observações: Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. § 1 o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra. Não é possível misturar, por exemplo: 30 impressoras e 20 computadores, metade em dinheiro e a outra metade no cavalo. Cada opção de adimplemento é indivisível e inconciliáveis (não se misturam). § 2 o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. @studiessofie Sujeito A fez um contrato de safra com o sujeito B. Estes podem escolher: na primeira safra quem escolhe é o devedor, na segunda o credor ou o contrário. § 3 o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação. Se não houver um acordo unânime entre eles, quem decidirá será o juiz. Na prática, essas partes procuram um árbitro que possa fazer essa escolha. § 4 o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. Ou seja, se no contrato disser quem fará a escolha será uma terceira pessoa, e se este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. exemplos 𝐶 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝐷 Ficou estipulado que a prestação que o devedor terá de entregar ao credor 50 computadores ou 50 impressoras, no dia 18 de março de 2021, sendo esta a data do adimplemento da obrigação. No silêncio das partes, a escolha é do devedor. Sendo a escolha do devedor, podem acontecer duas opções: a 1ª impossibilidade total do inadimplemento (o devedor pode não conseguir cumprir com a obrigação de nenhum jeito, sem culpa, -e isso aconteceu porque o devedor guarda esses 50 computadores em um porão e esse porão pega fogo), e há também a impossibilidade total do inadimplemento por culpa (o devedor se obriga a pagar responder pela última prestação e mais perdas e danos). A 2ª impossibilidade parcial (uma das prestações se perdeu, sem culpa-subsiste o débito quanto à outra). Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação. Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar. Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra. 𝐶 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝐷 Ficou estipulado que a prestação que o devedor terá de entregar ao credor 50 computadoresou 50 impressoras, no dia 18 de março de 2021, sendo esta a data do adimplemento da obrigação. No silêncio das partes, a escolha é do credor. Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. Se uma das prestações se tornarem impossível a escolha do credor por culpa do devedor (se desfez de uma das opções voluntariamente), o credor terá direito de exigir a prestação subsequente ou valor da outra mais perdas e danos. Sendo a escolha do credor, poderá ocorrer: 1ª impossibilidade parcial, se uma das prestações não poder ser entregue por culpa do devedor, porque este se desfez voluntariamente da opção, caberá ao credor escolher a prestação subsistente ou o valor da outra e mais perdas e danos. Agora, se uma das prestações não poder ser entregue sem culpa do devedor, permanece a entrega da prestação subsistente sem perdas e danos. 2ª impossibilidade total, pode ser um inadimplemento sem culpa, a obrigação então se extingue. Porém, se tiver havido culpa, o credor escolhe o valor de qualquer uma e como teve culpa ainda irá pedir perdas e danos. Obrigações Indivisíveis Art. 258 A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico. Pode ser: um cavalo, barco, lancha, um imóvel... @studiessofie Este cavalo pode ser comprado por 4 pessoas (podendo ter então 4 credores ou 4 devedores desta obrigação) Ex: Um cavalo será comprado por 4 pessoas (Huguinho, Zezinho, Luizinho e Miguel, sendo os compradores do cavalo, os credores) e quem vende o cavalo é o devedor. Ou pode ser, há um cavalo que será comprado por uma pessoa-credor-, sendo vendido por 4 vendedores -devedores, tanto faz. A obrigação então poderá ser chamada então indivisível com pluralidade de credores ou devedores, não por conta dos proprietários, credores ou devedores, mas por conta do objeto, à coisa não é suscetível de divisão. Se há 4 credores da mesma obrigação, qualquer um deles poderia entrar em contato com o vendedor/devedor, pedindo para que o devedor entregasse o cavalo. Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: I - a todos conjuntamente; II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. No caso, havendo um comprador (credor), comprando um cavalo de 4 vendedores (devedores), o comprador pode entrar em contato com qualquer um deles exigindo um adimplemento e se qualquer um deles entregar o cavalo ao comprador, a obrigação está adquirida. Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda. Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub- roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados. Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. OBSERVAÇÃO: REMISSÃO Significa perdão. “Perdoa quem vai à missa” Pode ser total ou parcial. (Qualquer perdão irá gerar a extinção da obrigação) REMIÇÃO Significa o resgate do bem. Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos. § 1 o Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais. § 2 o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos Obrigações Divisíveis Art. 257 Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. Obrigações Solidárias A solidariedade pode ser: - ativa: entre credores; - passiva: entre devedores. O que caracteriza a obrigação solidária é a possibilidade de um só ou todos juntos poder exigir a dívida (ativa) ou um poder demandar um ou todos (passiva). Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre MAIS DE UM CREDOR, ou MAIS DE UM DEVEDOR, cada um com direito, à dívida toda. Art. 265. A solidariedade não presume; resulta da lei ou da vontade das partes. (A lei trará a possibilidade de duas ou mais pessoas serem demandas a responder, pela mesma obrigação e qualquer uma das pessoas devedoras pode ser demanda a pagar pelo todo. Ex: CDC- OS ARTS. 7,14,18,19,20 e 25, § 1º, nos ensina que os envolvidos na cadeia de @studiessofie fornecimento de um produto ou de um serviço, eles são solidários. Nas relações de consumo, encontra-se facilmente as relações de solidariedade Ex 2: se tiver um problema entra UM PACIENTE, UM HOSPITAL PARTICURLAR E UM PLANO DE SAÚDE PARTICURLAR, e se esse problema for acarretar no paciente, este pode demandar de uma única vez, ou demandar de qualquer a titularidade. O plano de saúde pode ajuizar uma ação, exigindo a titularidade do médico ou do hospital, porque a obrigação é solidária. Neste caso, é uma solidariedade passiva, esta dá ao devedor uma responsabilidade grande e dá ao credor uma facilidade grande. Ex. 3: CC exemplo de facilidade aos credores- cônjuges e companheiros- são solidários entre si, nas dívidas contraídas para a manutenção da entidade familiar. O art. 1644 do CC diz que para essa dívida contraída para a manutenção do lar familiar, os cônjuges são devedores, independentemente se um gastou ou não. 1643- 1644 CC- Solidariedade Passiva Ex. 4: arts. 932 e 942 CC, quando o ato ilícito tem mais de um ofensor, TODOS respondem solidariamente.) Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro. O fato de a obrigação ser solidária, não quer dizer que por A + B ela seja idêntica, ela não precisa ser exatamente igual para todos os credores ou devedores Quando se tem uma obrigação solidária passiva, pode ser que o DEVEDOR 1 (D1) vá fazer o pagamento em Brasília, más o DEVEDOR 2 (D2) vai fazer o pagamento em BH e o DEVEDOR 3 (D3) vai fazer o pagamento em SP, mesmo sendo uma obrigação solidária. Pode ser que o D1 tenha que pagar no dia 01/10 e o D2 tenha que pagar no dia 02/04 e o D3 tenha que pagar no dia 14/08, sendo assim não idêntica. Ex. de uma obrigação solidária passiva por vontade das partes, é o fiador. A obrigação pura e simples, é a obrigação que o indivíduo faz com as pessoas de sua mais alta confiança, porque estará posto que é uma obrigação sem data, sem prazo, sem condição. Mas, ela pode ser exigida a qualquer momento. No caso de dinheiro, a legislação fala que é para aguardar até 30 dias. Ex.: empréstimos feitos em casa. No caso de uma obrigação pura ou simples, para constituir o devedor em mora, é preciso promover uma notificação a pessoa do devedor chamada de MORA EX PERSONAE. Art. 397, § único CC. A obrigação impura/condicional ou a prazo, é a obrigação que o indivíduo contrai no dia a dia. É uma obrigação que tem data, que tem prazo e que tem condição. No caso de uma obrigação impura/condicional, não é preciso na qualidade de credor (a) mandar uma notificação porque a MORA é uma MORA EX RE, ou seja, já vem prevista no negócio jurídico. Art. 397, caput, CC. EXEMPLO 1: Quando se tem três (03) credores, e cada um tem o direito de cobrar a dívida toda de um imóvel, por óbvio se tem a solidariedadeativa. EXEMPLO 2: Quando se tem três (03) devedores, e cada um sabendo voluntariamente que pode ser remandado a pagar a dívida toda, então se fala de uma solidariedade passiva. obrigação solidária ativa A solidariedade ativa se dá quando, há uma pluralidade de credores independentemente do objeto da obrigação e, entre esses credores há um vínculo tal que esses credores e cada um desses credores tem, o direito de cobrar, desde a sua cota parte até a totalidade da obrigação. @studiessofie Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito de exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro. Traz dois ou mais credores, de uma mesma obrigação, só que entre eles há um vínculo em que cada um tem o direito de exigir a dívida toda. Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem (ajuizar uma ação- demanda litigiosa, neste sentido) o devedor comum, a qualquer deles poderá este pagar. Ex.: há três (03) credores, esses são credores solidários que tem o direito de receber 300 mil do devedor. Mas, o C3 vai ajuizar uma ação que terá custas e aí o devedor foi atrás do C2 depois de demandado (ação ajuizada). Quando o C3 ajuizou a ação, ele diz ao devedor que não pague mais ao C1 e ao C2, porque se o devedor pagar e esse dinheiro “sumir” terá de pagar ao C3. Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um deste só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. A solidariedade, além de se não presumir, ela não se estende aos herdeiros. (Solidariedade ativa) Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos (há culpa), subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. Há três credores, e o devedor tem que entregar um barco a estes. Se acontecer algum prejuízo, o devedor além de cumprir a obrigação mais perdas e danos. Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. O credor que tiver perdoado a dívida ou recebido pagamento, responderá aos outros as partes que lhes caiba. Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor exceções pessoais oponíveis aos outros. Exceção é um argumento de defesa. Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. Há três credores que podem cobrar em conjunto a totalidade da obrigação. O C3 ajuíza uma ação e o seu pedido é julgado improcedente que não se aproveita aos outros dois credores. obrigação solidária passiva É quando se tem credor, e determinados devedores (2 ou mais) e que, entre os devedores, há um vínculo (constituído pela lei ou vontade das partes) em que, todos esses devedores e qualquer um deles seja demandado a pagar pela dívida toda. Depois o que irá acontecer é que, o devedor que eventualmente pagar a dívida toda irá cobrar, na relação interna dos devedores, o valor que ele pagou. JULGADO DE 23 DE FEV. 2018 Tema Execução de título extrajudicial. Mensalidades escolares. Dívidas contraídas em nome dos filhos da executada. Ausência de bens em nome da mãe para a satisfação do débito. Pretensão da inclusão do pai na relação jurídica processual. Possibilidade. Sustento e manutenção do menor matriculado em ensino regular. Responsável solidário. Legitimidade extraordinária. Destaque A execução de título extrajudicial por inadimplemento de mensalidades escolares de filhos do casal pode ser redirecionada ao outro consorte, ainda que não esteja nominado nos instrumentos contratuais que deram origem à dívida. É um documento que a lei deu força executiva, documento que não é necessário que se discuta sua execubilidade. Pode-se fazer então diante do inadimplemento desse título, entrar com uma ação de execução e não de cobrança. Ex: cheque, nota promissória, contrato ass. por duas pessoas. @studiessofie Neste caso está se cobrando as mensalidades escolares dos filhos. O responsável solidário é a mãe. Ação de cobrança: é um procedimento comprido, extenso, longo... chamado de procedimento ordinário. Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. O fato de se ter 6 ou mais devedores solidários, cobrar de um deles só o pagamento total da dívida, não quer dizer que se abriu e mão da relação solidária com os outros. Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. Há um credor, que tem o direito de receber 200 reais dos quatro devedores, entre eles há um vínculo da solidariedade, de modo que qualquer um deles pode ser demandado a pagar a totalidade da obrigação. Sendo esta obrigação DIVISÍVEL, cada um dos devedores pagará 50 reais ao credor. Porém, o D1 morreu tendo a obrigação de pagar 50 reais ao credor, então deixou para os herdeiros a obrigação de pagar esses os 50 reais por ser uma obrigação divisível. Os herdeiros reunidos, naquilo que se chama de litisconsórcio passivo ou então, todos os herdeiros ainda não receberam a sua cota parte chamado assim de espólio. Se fosse uma obrigação indivisível, poderia cobrar a qualquer um dos devedores a totalidade da obrigação. Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. Não aproveita aos devedores, é chamado de exceção pessoal, sendo considerado exceção como defesa. Nessa defesa, é uma defesa somente do D1, só ele foi contemplado como perdão. Os outros devedores não podem dizer que não irão pagar, pois só o D1 foi perdoado. O impacto favorável do perdão ao D1, é que não aproveita os outros devedores senão até à concorrência da quantia paga ou relevada. Ou seja, os outros devedores deverão pagar a sua cota parte, observando que, como o D1 foi perdoado, os outros Devedores irão dividir entre eles 150 reais, já que com o perdão é considerado pago o D1. Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. @studiessofie Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais. Renunciar à Solidariedade ou como dizem: a exoneração da solidariedade Não é perdoar a dívida. É livrar-se do vínculo da solidariedade. O credor tem que receber 200 reais dos devedores que são solidários dos 200 entre si. O D1 foi remitido da dívida (perdoado), vai ser então abatido a sua cota. O credor vai ao D4 por liberalidade e fala: “-Você é especial para mil, você continuará sendo devedor para mim, porém irei de exonerar da solidariedade.”, Significa então que o credor só irá cobrar do D4 a sua cota parte. Consequências dessa renúncia: Enunciado 351 A renúncia à solidariedade em favor de determinado devedor afasta a hipótese de seu chamamento ao processo. Chamamento ao processo é uma forma de intervenção de terceiros. Ex.: Se o Credor ajuizar uma ação contra o D2 e cobrar deste a totalidade da obrigação. O D2 pode chamar ao processo o D3, para entrar no polo passivo da demanda para pagarem junto. Issoé chamado da luz do art. 135 CPC, mas não é possível a chamar o D4 ao processo porque este não é mais devedor solidário. Enunciado 349 Com a renúncia à solidariedade quanto apenas um dos devedores solidários, o credor só poderá cobrar do beneficiado a sua quota na dívida, permanecendo a solidariedade quanto aos demais devedores, abatida do débito a parte correspondente aos beneficiados pela renúncia. (Neste caso, se o D4 pagar sua dívida, os outros devedores D2 e D3 serão demandados a pagar 100) Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co- devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co- devedores. Um credor fez uma obrigação com 7 devedores, sendo uma dívida divisível. O D1 foi remitido, este valor então foi abatido, sendo então uma obrigação de 600. O D7 está exonerado da obrigação, sendo obrigado então a pagar sua cota parte. O D2 pagou tudo (500 reais). O D2 irá cobrar dos devedores 3, 4, 5, 6 e 7, todos pagam menos o D6, porque este é insolvente (não tem $ para pagar sua dívida). Então, irá ratear a parte do D6, e quem irá participar será o próprio D2 (que já pagou) e os devedores 3, 4, 5 e 7 (mesmo estando exonerado). Enunciado 350 A renúncia à solidariedade diferencia-se da remissão, em que o devedor fica inteiramente liberado do vínculo obrigacional, inclusive no que tange ao rateio da quota eventual co-devedor insolvente, nos termos do art. 284 Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes. @studiessofie Ex.: se um dos devedores solidários resolver fazer um parcelamento, e por conta desse parcelamento da dívida como um todo ficar pior, o devedor que negociou assume as consequências (mesmo tendo outros devedores solidários). Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. Só pagará perdas e danos o devedor solidário culpado. Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida. Ex.: João é CREDOR de PEDRO, TIAGO, ANDRÉ e os devedores tem até o dia 10/03 para pagarem sua dívida, e a partir do dia 11/03 incidiria juros e multa. O Pedro e Tiago passaram sua parte ao André para este efetuar o pagamento no dia 10/03, porém André não efetuou o pagamento neste dia. João então vai a Pedro e cobra o valor principal + juros + multa (e Pedro é obrigado a pagar). Depois que Pedro pagar irá cobrar do culpado, André, pedindo ressarcimento dos juros da mora e da multa que pagou. Art. 281. O devedor demandado (réu do processo) pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor. Só pode usar essa via de defesa quem foi perdoado, não pode outro devedor usar essa defesa em prol de sua defesa. Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar. Ex.: tem 1 credor e 2 devedores e essa dívida era garantida pelo fiador. O Credor foi ao Fiador e cobrou a totalidade da dívida, só que o Fiador tem direito de cobrar aos devedores a dívida paga por ele. Ele pode cobrar por ter pago toda a dívida e este não tem nada haver com a dívida. INFORMATIVO Nº 0613 Publicado em 8 de nov. de 2017 Tema Embargos de terceiro. Bloqueio de valor depositado em conta-corrente conjunta. Solidariedade passiva em relação a terceiros. Descabimento. Comprovação da titularidade integral do patrimônio. Inocorrência. Penhora. Apenas da metade pertencente ao executado. Destaque Em se tratando de conta-corrente conjunta solidária, na ausência de comprovação dos valores que integram o patrimônio de cada um, presume-se a divisão do saldo em partes iguais, de forma que os atos praticados por quaisquer dos titulares em suas relações com terceiros não afetam os demais correntistas. CONTA-CORRENTE CONJUNTA SOLIDÁRIA Há uma solidariedade interna com o banco (dívidas que se realizam com o banco) e uma solidariedade externa com um terceiro. Há solidariedade não se presume. Ela vem das vontades das partes ou pela lei. A conta corrente coletiva ou conjunta, possui duas espécies: a) Fracionária - é movimentada por intermédio de todos os titulares, precisa ter sempre a assinatura de todos b) Solidária – cada um dos titulares pode movimentar a integralidade dos fundos disponíveis, em decorrência da solidariedade ativa em relação ao banco. Neste caso, a jurisprudência da Corte em que foi julgado converge para o entendimento de que, nessa modalidade contratual, existe solidariedade ativa e passiva entre os correntistas apenas em relação à instituição financeira mantenedora de conta-corrente, de forma que os atos praticados por quaisquer dos titulares não afetam os demais correntistas em suas relações com terceiros. A solidariedade inerente à conta-corrente conjunta atua para garantir a movimentação da integralidade dos fundos disponíveis em conta bancária conjunta, e não para gerar obrigações solidárias passivas dos correntistas em face de terceiros. @studiessofie Como houve ausência de comprovação de que a totalidade dos valores contidos na conta fossem de propriedade de um dos correntistas, a constrição não pode atingir a integralidade desse montante, mas somente a metade pertencente ao executado. RESUMINDO: SE TEM 10 MIL REAIS NA CONTA CORRENTE CONJUNTA SOLIDÁRIA, 5 MIL REAIS É DO SUJ. A E OS OUTROS 5 MIL REAIS É DO SUJ. B. Transmissão das Obrigações A relação pessoal entre Credor e Devedor pode ser modificada. É uma relação obrigacional que se transmite a outra pessoa. C 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 Obrigação 𝐷 Há uma relação pessoal entre Credor e Devedor que estão vinculados por prestação, mas este devedor pode transmitir a sua posição a um chamado 3º assuntor, ou pode acontecer, que se tenha um Credor e Devedor vinculados por uma prestação, e o Credor pode ceder o seu crédito a um 3º Credor Cessionário. Percebe-se então que é a única coisa que muda na relação obrigacional. Então, encontrar um 3º assuntor é o que chamamos de assunção de dívida, ou de transmissão subjetiva passiva, pois irá mudar o polo passivo da obrigação para um terceiro. Ou então, pode se ter uma transmissão subjetiva ativa, chamada de cessão de crédito porque irá mudar o Credor. É a transmissão do CREDOR CEDENTE para o CREDOR CESSIONÁRIO. A assunção de dívida está prevista nos artigos 299 a 303 do CC. A Cessão de crédito está prevista nos artigos 286 a 298 do CC. assunção de dívida Só pode ocorrer com o consentimento do credor; Quando encontra-se um 3º assuntor que lhe é transmitido a obrigação de ficar no lugar do devedor, que é o que chamamos de assunção de dívida, ou de transmissão subjetiva passiva, pois irá mudar o polo passivo da obrigação para um terceiro. C 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 Obrigação 𝐷 O credor = banco Devedor= Patrícia Patrícia (Devedora) fez uma obrigação com o banco que irá financiar um apartamento em 360 parcelas de 2 mil reais, dado com o tempo Patrícia pagou 120 parcelas. Porém, Patrícia não quer mais morar no apartamento, então ela anuncia a venda do apartamento como vendo ágio de apartamento, quando se faz isso, a pessoa que comprar o apartamento irá terminar de pagar o apartamento. Sendo assim, quando vender o apartamento a Patrícia não será mais devedora e sim quem comprou, o chamado 3ºassuntor, que irá terminar de pagar as outras 240 parcelas. O credor não irá mudar, o devedor irá mudar mas as parcelas não irão mudar. O eventual inadimplemento não irá mudar, o valor não irá mudar, a data de vencimento não irá mudar, a taxa de juros não irá mudar. O que irá mudar será o polo passivo da obrigação, vai sair do devedor primitivo para uma 3ª pessoa. Exemplo: Relação Primitiva: Credor é o banco e a Devedora é a Patrícia, e na prestação faltam 240 parcelas de 2 mil reais. Será estra obrigação que a Devedora (Patrícia) irá transmitir para o 3º assuntor, chamado Adalberto. 𝐶 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 Obrigação 𝐷 Porém, a negociação só foi na troca de Devedor, e estes vão no cartório e fazem a cessão de direito, que é quando a patrícia passa os seus direitos e consequentemente seus deveres para Adalberto, quando este compra o apartamento. Tornando assim o Adalberto o proprietário pleno do imóvel, se ele pagar direito as devidas prestações. E isso ocorre porque o banco dará o direito de passar o apartamento para Patrícia, mas nesta cessão de @studiessofie direitos a Patrícia outorga esses direitos ao Adalberto, tornando-o o proprietário pleno. Neste caso, a relação primitiva não mudou, mesmo que tenha tido um 3º assuntor, pois o banco não foi comunicado. Mas, se Adalberto não pagar nenhuma parcela, o nome da Patrícia será negativado. Se chegar ao ponto do apartamento ir a leilão, quem sofrerá o dano integral do valor será a Patrícia, porque para o banco não houve transmissão da obrigação. OBSERVAÇÃO: Nesta cessão de direitos, o Adalberto pode passar a sua obrigação para terceiros, como Paula, Júlia, Raquel. Mas para o banco a devedora é a Patrícia Para venda ágio, o correto é fazer conforme o artigo 299 do CC: É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. É facultado ao 3º assuntor (Adalberto) a assumir a obrigação da devedora primitiva (Patrícia) com o consentimento expresso do credor (banco), quando houver esse consentimento expresso do banco haverá a exoneração de Patrícia. Sendo assim, quem vira devedor dessa obrigação neste momento é o Adalberto. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. O banco pode recusar essa transmissão. Quando o banco aceita Adalberto, e este é insolvente de dívida e o credor não sabia porque Adalberto agiu de má-fé e mentiu para o Credor, agindo assim com Dolo. Quando este age com Dolo, é anulável a assunção de dívida, voltando então a relação primitiva (Devedora = Patrícia, e não Adalberto). Volta para a relação originária. EX. 2: Venda de Carro. Venda Ágio (20.500 reais já pagos pelo devedor atual) Valor do carro 50 mil reais. Quem for comprar terá de pagar o restante (50 parcelas de 960 reais) 𝐶 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 Obrigação 𝐷 Credor = Banco Volks Devedora = Patrícia Devedora atual é Patrícia, mas o 3 º assuntor (Paulo) quer comprar o carro, porém é necessário consentimento expresso do credor (banco volks. Se houver consentimento, Patrícia está exonerada. Quando a devedora é exonerada é chamada de Assunção de Dívida Liberada. Entretanto, estes podem fazem uma negociação, Paulo e Patrícia são irmãos e Paulo pede para Patrícia pagar em seu nome, mas quem está pagando é o Paulo em um financiamento de 60 parcelas. Depois de 1 ano, estes transferem o nome de Patrícia para Paulo. Pode acontecer que, nada impede, que o banco aceite a transmissão de nome desde que a Patrícia fique como fiadora e devedora solidária (O Credor consentiu expressamente a transmissão de nome, o Paulo agora será o novo devedor, mas não exonera a Patrícia). É quando o devedor primitivo deixa de ser o devedor principal, o 3º assuntor entra para o polo passivo da obrigação, mas o credor ao dar o consentimento condiciona a manutenção do devedor primitivo. Quando o (a) devedor (a) não é exonerada é chamada de Assunção de Dívida Cumulativa. Não está expressamente no código. Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. Não acontece uma quitação primitiva (novação) para celebrar uma nova, o que acontece é uma substituição da pessoa do devedor primitivo. 𝐶 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 Obrigação 𝐷 @studiessofie Quando muda o devedor para o 3º assuntor, há uma mudança de polo. Ou seja, terá no polo ativo o mesmo credor, mas no polo passivo o 3º assuntor. Sendo assim, se o devedor foi exonerado, o fiador também foi. O banco (credor) vai dar o consentimento expresso, irá liberar o devedor primitivo e agora a obrigação vai para o 3º assuntor, para assumir o restante da obrigação aos mesmos moldes da obrigação primitiva. Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este conhecia o vício que inquinava a obrigação. Se for um bem imóvel dado por garantia por um terceiro, esse bem imóvel não volta. Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que competiam ao devedor primitivo. Exceção pessoal é mecanismo de defesa. 𝐶 𝐷 O credor (banco) deu a devedora (Patrícia) uma exceção pessoal, uma vantagem que o devedor primitivo tinha, que no dia do seu aniversário se ela pagasse 3 parcelas esta teria um desconto de 30%. Isso foi um benefício dado exclusivamente do devedor primitivo. Quando a obrigação passa ao 3º assuntor este não pode exigir o mesmo benefício, porque o novo devedor não pode tentar se defender opondo ao credor as exceções pessoas, que eram por direito do devedor primitivo. Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. Assentimento é concordar. Patrícia (devedora) pegou dinheiro emprestado na Caixa e deu como garantia a sua casa. O valor da dívida era de 500 mil reais e a casa vale 800 mil reais (casa está então hipotecada). Tempo depois, Jairo adquiri a casa, é o adquirente da casa hipotecada e ele toma ao seu cargo o pagamento do seu crédito garantido, mas irá notificar a Caixa econômica Federal. Quando a caixa for notificada (credor), este pagará a dívida da Patrícia e dará o restante que sobra a ela para cancelar a hipoteca, sendo assim a Caixa Econômica tem 30 dias para impugnar essa transmissão da dívida, se ela não impugnar entende-se que houve um assentimento com essa transmissão. cessão de crédito A cessão de crédito é o negócio jurídico pelo qual o credor (cedente/originário ), transfere a terceiro (cessionário), independente do consenso do devedor (cedido), os seus direitos creditórios. Classificando a cessão de crédito, pode-se dizer que é um negócio jurídico bilateral, gratuito ou oneroso. Qualquer crédito poderá ser cedido, conste ou não de um título, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, o ordenamento jurídico nem a convenção do devedor. Conhecida também como substituição subjetiva ativa. Ex.: questão de bancos. Credor e Devedor estão vinculados por uma prestação. 𝐶 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜 𝐷 Ex. :Tinha um Banco X e um determinado devedor, Daniel, fez um financiamento de 300 parcelas de mil reais. (em um resumo singelo, o banco emprestou dinheiro ao Daniel e este irá devolver o dinheiro em suas prestações) Porém, o Banco X está precisando de dinheiro e este não consegue mais esperar opagamento financiado pelo Daniel, o Banco X prefere negociar @studiessofie este crédito com outro credor, o Banco Y. (A negociação se dá entre os brancos, e se fechar a cessão de crédito, o Banco X será o credor cedente e o Banco Y passará a ser o novo credor cessionário) O Banco X irá explicar ao Banco Y que o devedor paga corretamente as prestações, porém que não consegue esperar o pagamento. Então, o Banco X sugere ao Banco Y que este o pague, ainda que menos, e assim ele será o novo credor do devedor Daniel. O Banco X pode oferecer como seu preço 200 mil reais ao Banco Y (B.Y.), se o B.Y. pagar esse valor, este se tornará o novo credor. Nada mudará ao Daniel sobre as prestações. Então, o Banco X tinha um crédito com o Daniel e este cede seu crédito para o Banco Y, o devedor não precisa concordar ou descordar. Banco Y é o credor cessionário e o Daniel continua sendo o devedor. Art. 286 O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposto ao cessionário de boa- fé, se não constar do instrumento da obrigação. Não pode ceder qualquer crédito. Ex: não se pode ceder: salário, alimentos, “pacto de non cedendo”. O devedor irá receber um comunicado que haverá um novo credor. Art. 287 Salvo disposição em contrário, na cessão de crédito abrangem-se todos os acessórios. Banco X-------- Devedor (Daniel) 300 parcelas de mil reais, e o banco exigiu: fiador, imóvel hipotecado e o devedor apresentou. O Banco Y será o novo credor e tudo permanecerá igual. (Só exclui o antigo credor) Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1 o do art. 654. Para ser válida, basta que obedeçamos os requisitos do negócio jurídico: agentes capazes, vontade livre; espontânea; de boa-fé, objeto lícito; possível; determinado e forma ou prescrita ou não defesa em lei. O tipo de contrato que se faz é livre. O contrato entre os bancos X e Y já existe e é valido. Mas, para ter efeito perante terceiros, é necessário que se tenha um instrumento público ou privado. Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel. Era o Banco X o credor do Daniel (cedido), das 300 parcelas de mil reais. O Banco X (cedente/originário) negociou com o Banco Y (cessionário) e transmitiu o crédito, de maneira que o Banco X será excluído dessa relação obrigacional e para que isso ocorra, é necessário que se promova a notificação ao devedor. O Daniel ofereceu como garantia dessa obrigação, a sua própria casa ao credor cedente, o credor hipotecário. O novo credor (cessionário), Banco Y, irá na matrícula do imóvel de Daniel, o que foi dado em garantia, e vai averbar essa cessão no cartório, dizendo que o Daniel não deve mais ao Banco X e sim ao Banco Y. Art. 290. A cessão de crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. O credor cedente pode transferir seu crédito para várias pessoas e ficar embolsando dinheiro de todo mundo. O devedor pode ajuizar uma ação pedindo que este diga quem ele deve pagar ou pode pagar para quem tem o contrário original. Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo crédito, prevalece a que completar com a tradição do título do crédito cedido. O Banco X era o credor originário do devedor e este transferiu a dívida para o Banco Y e o devedor não foi notificado e pagou o boleto do Banco X. O devedor pagou bem. Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de ter conhecimento da cessão, paga ao credor primitivo, ou que, no caso de mais uma cessão notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, com o título da cessão, o da obrigação cedida; quando o crédito constar de escritura pública, prevalecerá a prioridade da notificação. @studiessofie São três hipóteses: 1º devedor pagou ao banco x e ainda não tinha sido notificado, pagando bem então, sendo desobrigado a pagar ao credor cessionário. 2º devedor recebe várias notificações, paga àquele que apresentou a escritura pública. 3º o devedor paga a quem apresentou primeiro a notificação. Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as exceções que lhe competirem, bem como as que, no momento em que veio a ter conhecimento da cessão, tinha contra o cedente. A dona joana era devedora do Banco Safra e ela estava pagando certinho. O Banco Safra cedeu o crédito para o Banco Pan, e o Banco Pan não tem agência na cidade da dona Joana e nem banco correspondente. O Banco Pan terá de dar um jeito para que a devedora Joana pague, pois o credor não pode dificultar a vida do devedor. Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança. Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro. Diferença da Cessão: Pro Soluto Cedente primitivo não se responsabiliza pela solvência do devedor. (Art. 296) Pro Solvendo cedente primitivo responderá pela solvência do devedor, nos limites que ele recebeu. (Art. 297) OBSERVAÇÃO: Todo cedente tem uma responsabilidade, se o cedente não se responsabiliza pela solvência ele é pelo menos, responsável, pela existência do crédito. (Art. 295) Adimplemento “Extinção das obrigações” Adimplemento se subdivide em: direto e indireto Direto A obrigação é cumprida nos mesmos moldes inicialmente estabelecidos. Indireto A obrigação é cumprida no modo diverso que foi estabelecido. direto O adimplemento direto a obrigação é cumprida nos mesmos moldes inicialmente estabelecidos. “Regras do bom pagamento” Arts. 304 ao 333 do CC Art. 304. Qualquer interessado na extinção da dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, dos meios conducentes à exoneração do devedor. Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor, salvo oposição deste. O interessado é todo aquele que pode ser mandado (cobrado) pelo pagamento. Ex.: fiador, aquele que dá um bem seu em garantia de uma outra pessoa, consignação. Quem faz o pagamento é qualquer interessado, e esse interessado pode ser: devedor principal ou um terceiro interessado. Se é o terceiro interessado que realiza o pagamento, isto gera um efeito a ele mesmo, ele se sub-roga nos direitos de credor, pode exigir as garantias, as preferências, os privilégios. Porém, este terceiro interessado, não @studiessofie pode fazer o pagamento em oposição ao devedor principal, tem que fazer em nome do devedor principal e se faz nesse nome, entende-se que se fez uma doação. Para ser uma sub-rogação, tem que ser uma sub-rogação expressa. Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a dívida em seu próprio nome, tem direito a reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga nos direitos do credor. Parágrafo único. Se pagar antes de vencidaa dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. O terceiro não interessado, que paga a dívida, em seu próprio nome, tem direito ao reembolso, mas não tem direito a sub-rogação porque, para ter efeito a sub-rogação está previsto no art. 349 CC (A sub-rogação transfere ao novo credor, a mesma dívida. Ex.: se paga a dívida estava garantida por um fiador, pode cobrar essa dívida ao fiador. Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha meios para ilidir a ação. Ilidir = refutar, rebater “Quem paga de intrometido, não tem direito de cobrar e nem de reembolso” Ex.: João e Maria eram casados. João já tinha filhos de um relacionamento anterior, e esses dois estão cobrando pensão alimentícia para o João, porém este não paga. A dívida está alta, que dá para penhorar a casa. Para penhorar a casa, se a casa foi adquirida por eles, metade da casa é do João e a outra metade de Maria... fará então uma avaliação da casa. A casa vale 1 milhão e então a casa irá à leilão, e irá guardar 500 mil á Maria e o resto a quota parte dos filhos do João, e o que sobrar (e se sobrar) o resto para o João. O STJ- é admitida a alienação integral do bem individual em qualquer hipótese de propriedade comum, resguardando-se, ao coproprietário ou cônjuge alheio à execução, o equivalente em dinheiro da sua quota-parte no bem. Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o objeto em que ele consistiu. Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa fungível, não se poderá mais reclamar do credor que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o solvente não tivesse o direito de aliená-la. Ex.: Uma pessoa faz um contrato com Bia e o pagamento será feito em dinheiro. Se a pessoa não consegue pagar em dinheiro, ela pode dar um OBJETO que está em SEU NOME. Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a quem de direito o represente, sob pena de só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito. O pagamento deve ser feito ao credor ou ao credor derivado (a quem de direito represente). Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é válido, ainda provado depois que não era credor. Se o pagamento é feito de boa-fé desconhece o defeito. Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe seja dada. Mas vale dizer, que quando o devedor retém o pagamento enquanto não lhe seja dada a quitação regular, ele irá tomar providências para fazer o pagamento. Irá promover a Consignação do pagamento (uma forma de adimplemento indireto. A quitação é um direito do devedor. Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por um instrumento particular (Ainda que seja feito por uma escritura pública), designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou por quem este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com assinatura do credor, ou do seu representante. Parágrafo único. Ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de seus termos os das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida. @studiessofie Se possui o comprovante, tem o documento que comprova a quitação. Art. 318. São nulas as convenções de pagamento em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para compensar a diferença entre o valor desta e o da moeda nacional, executados os casos previstos na legislação especial. Para o brasileiro, não se faz contrato negociando ouro ou moeda estrangeira como forma de pagamento e nem compensação, salvo os casos previstos na legislação. Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido. Ex.: cheque sem fundo. Imagina que fulano apresentou um cheque sem fundo... Art. 322. Quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. Ex.: se há um contrato de 60 parcelas, e tem a quitação da parcela 40, infere-se então que todas as anteriores estão quitadas. Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos juros, estes presumem-se pagos. Quando não se paga a dívida integralmente, paga- se juros. Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Ex.: se a pessoa devolve o cheque, e o fulano fizer um documento, a entrega desse título ao devedor, traz uma presunção de pagamento. Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta do pagamento. Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer aumento por fato do credor, suportará este a despesa acrescida. Há uma presunção relativa. Se o consumidor, ou qualquer outro devedor, propuser a ação de consignação de pagamento, quem irá ressarcir as despesas será o causador das despesas. Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das partes, que aceitarem os do lugar da execução. DO LUGAR DO PAGAMENTO Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. A regra de cumprir o pagamento é que seja no domicílio do devedor. Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles. Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar situado o bem. Faz o pagamento na situação da coisa. Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que não se efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Traz um instituto da Supréssio e da Surrectio são dois lados da mesma moeda. A Supressio é a supressão de um direito que o credor tinha e a Surrectio é o surgimento de um direito para o devedor. Isso surge pela pratica reiterada de boa- fé do devedor. Obrigação Quesível (Quérable) Pagamento feito no domicílio do devedor. Obrigação Portável (Portable) Pagamento feito no domicílio do credor. DO TEMPO DO PAGAMENTO Em regra, trata-se de uma obrigação pura (não tem termo, não tem data, não tem prazo combinado). @studiessofie Ex.: empréstimo em família. Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. Ex.: corretor de imóvel. O implemento da condição só pode ser colocada se o devedor tiver ciência. OAB. Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; Bem hipotecado é o bem que o próprio dono deu em garantia como forma de que irá pagar a dívida. III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes. indireto Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósitojudicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e formas legais. A consignação em pagamento é um mecanismo que mais serve para o devedor. O depósito judicial tem que estar vinculado a um processo, o estabelecimento bancário não é um depósito na conta corrente do credor... o estabelecimento bancário é um serviço feito por bancários. As hipóteses de ajuizar uma ação em consignação de pagamento: Art. 335. A consignação tem lugar: I- Se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; (devedora foi pagar a credora, mas a credora não quis da o recibo que quitou... então ela vai consignar no banco ou em juízo) II- Se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; (se o credor não for receber a coisa, significa então que a obrigação tem que ser cumprida no domicílio do devedor, é uma obrigação quesível) III- Se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; (Nessas hipóteses é melhor promover uma ação judicial, porque o juiz da a quitação. É uma obrigação portável) IV- Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; (É melhor fazer a consignação judicial, paga e o juiz da quitação, o comprovante ao devedor) V- Se pender litígio sobre o objeto do pagamento. (O juiz decidirá o quanto será devido a pagar por conta do conflito) Art. 336. Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é valido o pagamento. Se o pagamento deveria ter feito em Goiana, não pode ajuizar uma ação em Brasília. Se o pagamento deveria ser entregar um carro, não se pode ajuizar uma ação para entregar coisa diversa. A consignação em pagamento em juízo é para forçar ao credor receber aquilo que ele recusou, não foi buscar... No CPC, a ação de consignação em pagamento: @studiessofie Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. (A consignação em pagamento pode ser feita em dinheiro ou coisa, e pode ser judicial ou extrajudicial.) §1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar de pagamento, certificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação da recusa. (É quando o devedor vai ao banco pagar porque o credor não quer receber. Quando o devedor paga o banco notifica ao credor por carta, e este tem 10 dias para recusar o pagamento feito) §2º Decorrido o prazo do §1º, contando do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. (O credor não se manifestou do dinheiro pago pelo devedor, mas o devedor é liberado da obrigação e cumpriu a mesma) §3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. (Se o credor vai ao banco e recusa o pagamento feito pelo devedor, deixa o dinheiro depositado e conta-se 30 dias no máximo para ajuizar uma ação de consignação de pagamento) §4º Não proposta a ação no prazo do §3º, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. (Não feita a ação em 30 dias, o dinheiro pode ser retirado e depois vê no que dará). Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do pagamento, cessando para o devedor, à data do depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda for julgada improcedente. (Se der entrada na consignação de pagamento e o devedor continuará pagando, porém a ação movida foi considerada improcedente, o devedor irá pagar o que restou/e os juros) Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas (parcelas), consignada uma delas, pode o devedor continuar a depositar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da data do respectivo vencimento. (Todo mês o devedor irá depositar o valor da ação consignada. O depósito judicial é feito no depósito bancário) Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: I- O depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539 §3º II- A citação do réu para levantar depósito ou oferecer contestação Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito. Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentre 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito. (Primeiro cita-se o credor para ele escolher o que o devedor tem que entregar, foi combinado que o credor iria escolher.) Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: I - Não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; (Se a consignação for considerada procedente é o réu, credor, que paga os honos da sucumbência do processo (honorários advocatícios do processo do vencedor, pagar as custas do pedido) II - Foi justa a recusa; III - O depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; IV - O depósito não é integral. Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é ilícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. (Quando está faltando uma parte do pagamento) §1º No caso do caput, poderá o réu levantar (sacar), desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a @studiessofie consequente liberação parcial do autor, prosseguindo o processo quanto à parcela controvertida. (Se o credor aceita levantar a quantia é permitido) §2º A sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. (Se o valor devido estiver faltando, na ação de consignação de pagamento já calcula este valor que falta, liquida e pode já concluir o valor da sentença) Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e honorários advocatícios. (Quando o devedor é considerado certo no processo) Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se o credor receber e der quitação. Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o pagamento, o autor requererá o depósito e a citação dos possíveis titulares do crédito para provarem o seu direito. Art. 548. No caso do art. 547: I - Não comparecendo pretendente algum, converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; (Deixa lá o dinheiro até que alguém apareça) II - Comparecendo apenas um, o juiz decidirá de plano; III - Comparecendo mais de um, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os presuntivos credores, observado o procedimento comum. adimplemento direto DO OBJETO DE PAGAMENTO Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. (A maneira correta de pagar, é pagar a prestação como é devida) Art. 314. Ainda que a obrigação