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Direito Civil 2 - APOSTILA

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@studiessofie 
 
Direito Civil 2- Obrigações art. 233-420 CC 
 
Introdução ao direito das obrigações 
obrigações 
Obrigação é a relação pessoal entre o credor e 
devedor vinculados por uma prestação. (Essa 
prestação que pode ser positiva- dar ou fazer- ou 
negativa- de não fazer, de tolerar que o outro faça). 
As obrigações tem como fonte: 
• Contrato: o negócio jurídico, o ajuste de 
vontade das partes; 
• Atos ilícitos: todos os atos que causam 
danos; 
• Outras fontes indicadas em lei. Ex: o ato 
lícito da desapropriação (gera o dever de 
indenizar, a indenização gera uma relação 
entre aquele que desapropriou e o indivíduo 
que sofre a desapropriação). 
CONCEITO: Clóvis Bevilacqua. “Obrigação é a 
relação transitória de direito, que nos constrange a dar, 
fazer ou não fazer alguma coisa economicamente 
apreciável, em proveito de alguém, que, por ato nosso, 
ou de alguém conosco juridicamente relacionado, ou em 
virtude de lei, adquiriu o direito de exigir de nós essa 
ação ou omissão”, ou seja, a obrigação é um todo 
orgânico para atender interesses do credor. Por isso, é 
preciso ter boa fé objetiva. 
OBSERVAÇÃO: a boa fé objetiva é o padrão de 
comportamento esperado pelas partes. 
Os enunciados são conclusões extraídas de uma reunião 
chamada jornadas de direito civil, em que se reúnem 
então vários estudiosos do direito civil e debatem a 
interpretação do código, vinculado a um ou mais 
artigos. 
V Jornada de Direito Civil - Enunciado 421 - Os contratos 
coligados devem ser interpretados segundo os critérios 
hermenêuticos do Código Civil, em especial os dos arts. 112 
e 113, considerada a sua conexão funcional. 
Enunciado 21 - A função social do contrato, prevista no art. 
421 do novo Código Civil, constitui cláusula geral a impor a 
revisão do princípio da relatividade dos efeitos do contrato 
em relação a terceiros, implicando a tutela externa do crédito. 
... 
Elementos da relação jurídica: 
• Direitos subjetivos creditórios (quem tem o 
direito de receber); 
• Direitos potestativos (quem tem o direito de 
desfazer); 
• As pretensões (quem tem o direito de exigir 
o pagamento); 
• As exceções (não é só o que foge a regra, 
pode ser considerado uma matéria de 
defesa); 
• As sujeições; 
• Os débitos. 
OBSERVAÇÃO: 
Schuld é o débito, e haftung é a responsabilidade 
patrimonial. (Em determinadas obrigações, 
teremos pessoas que a despeito de não terem 
contraído o débito para si tem a responsabilidade 
patrimonial, ou seja, não tem o schuld mas tem o 
haftung- ex: o fiador, os pais que são objetivamente 
responsáveis pelos atos ilícitos que seus filhos 
pratica). 
REGRAS BÁSICAS DO DIREITO DAS 
OBRIGAÇÕES: 
1. Gravitação jurídica (art. 233 CC- A 
obrigação de dar a coisa certa (uma coisa 
identificada pelo gênero, qualidade e 
quantidade) abrange os acessórios dela 
embora não mencionados, salvo se o 
contrário resultar do título ou das 
circunstâncias do caso. (abrange os 
acessórios, mas não as pertenças art. 94 
CC). 
O art.´s 92 e 93 CC (Bem principal: carro, casa, 
computador. Acessório: Som instalado do 
carro, móvel não embutido de cozinha. 
Pertença: não é parte integrante, ex: sofá, 
cama...) 
2. Res perit domino, (a coisa perece, mas 
também se valoriza para o seu dono) art. 
237 CC. Ex: fulano A vende uma vaca para 
o fulano B, e o ful. A irá entregar a vaca dia 
@studiessofie 
24 de fevereiro mas no dia 22 de fevereiro 
fez um exame na vaca e descobre que está 
gravida, então o ful. A pode exigir o 
aumento do preço (o ful. B pode aceitar ou 
negar o aumento do preço, mas se não pagar 
o aumento não se realiza a compra da vaca). 
OBSERVAÇÃO: se o ful. A entregar a vaca 
para o ful. B e depois de um tempo, a vaca parir 
não se pode cobrar o aumento do preço. (É um 
fruto pendente neste caso). 
OBSERVAÇÃO 2: quando a obrigação não 
puder ser comprida, sem culpa do devedor, ela 
se extingue, ela se resolve como se nunca 
tivesse sido celebrada. Quando a obrigação não 
puder ser comprida, por culpa do devedor, o 
devedor responde pelo equivalente ao prejuízo 
mais perdas e danos. (art. 234 CC) 
Carro roubado é perda sem culpa. 
direito das obrigações 
4 tópicos estudados nos direitos das obrigações 
MODALIDADES; 
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES; 
DIPLEMENTO; 
INADIPLEMENTO. 
Modalidades das Obrigações 
não elencadas no CC 
1) Propter rem- chamada também de 
ambulatoriais, são as obrigações geradas 
em razão da relação, entre credor e devedor. 
O devedor é genérico, incerto. 
É aquela que surge em virtude de uma relação 
de direito ou jurídica, com a coisa. Ex: 
condômino de muro (art.´s 1327 e 1297 CC), 
titular do bem jurídico, titular do bem 
imóvel,etc... 
O sujeito passivo da obrigação e determinável 
e o critério de determinação pode ser o vínculo 
com o direito real ou posse e mutável de acordo 
com a transmissão do direito real ou posse. 
2) Naturais-são as obrigações decorrentes da 
moral, sem exigibilidade ou obrigações 
prescritas. Por isso que as obrigações 
naturais não são suscetíveis de novação, 
nem garantias. 
Ex: alimentos prestados pela tia. 
Resp. 1032846/RS- Direito Civil. Família. 
Recurso Especial. Ação de alimentos ajuizada 
pelos sobrinhos menores, representados pela 
mãe, em face das tias idosas. (As tias prestaram 
alimentos de maneira espontânea por muito 
tempo, depois pararam. Os sobrinhos entraram 
com o processo para as tias pagarem, porém o 
STJ declarou que as tias tinham uma obrigação 
natural, então foram condenadas a pagar o 
alimento para os sobrinhos). 
Ex – DÍVIDA DE JOGO Diferenças entre 
jogo lícito, jogo ilícito e do jogo tolerado (art. 
814 do CC). Informativo nº 0610 - 27 de 
setembro de 2017. REsp 1.628.974-SP 
Destaque - A cobrança de dívida de jogo 
contraída por brasileiro em cassino que 
funciona legalmente no exterior é 
juridicamente possível e não ofende a ordem 
pública, os bons costumes e a soberania 
nacional. Informações do Inteiro Teor - 
Inicialmente, ressalte-se que o tema merece 
exame a partir da determinação da lei aplicável 
às obrigações no domínio do direito 
internacional privado, analisando-se os 
elementos de conexão eleitos pelo legislador. 
Com efeito, o art. 814 do Código Civil de 2002 
trata das dívidas de jogo e repete praticamente 
o conteúdo dos art. 1.477 a 1.480 do Código 
Civil de 1916, afirmando que as dívidas de jogo 
não obrigam a pagamento. Inova com a 
introdução dos parágrafos 2º e 3º, buscando 
corrigir omissão anterior, esclarecendo que é 
permitida a cobrança oriunda de jogos e apostas 
legalmente autorizados. O art. 9º da Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro – 
LINDB, por sua vez, estabelece, no que se 
refere às obrigações, duas regras de conexão, 
associando a lei do local da constituição da 
obrigação com a lei do local da execução. No 
caso em debate, a obrigação foi constituída nos 
Estados Unidos da América, devendo incidir o 
caput do referido dispositivo segundo o qual 
@studiessofie 
deve ser aplicada a lei do país em que a 
obrigação foi constituída, já que não incide o 
segundo elemento de conexão. Sob essa 
perspectiva, a lei material aplicável ao caso é a 
americana. Todavia, a incidência do referido 
direito alienígena está limitada pelas restrições 
contidas no art. 17 da LINDB, que retira a 
eficácia de atos e sentenças que ofendam a 
soberania nacional, a ordem pública e os bons 
costumes. Em primeiro lugar, não há que se 
falar em ofensa aos bons costumes e à soberania 
nacional, seja porque diversos jogos de azar são 
autorizados no Brasil, seja pelo fato de a 
concessão de validade a negócio jurídico 
realizado no estrangeiro não retirar o poder 
soberano do Estado. No tocante à ordem 
pública – fundamento mais utilizado nas 
decisões que obstam a cobrança de dívida 
contraída no exterior – cabe salientar tratar-se 
de critério que deve ser revisto conformea 
evolução da sociedade, procurando-se certa 
correspondência entre a lei estrangeira e o 
direito nacional. Nessa perspectiva, verifica-se 
que ambos permitem determinados jogos de 
azar, supervisionados pelo Estado, sendo 
quanto a esses, admitida a cobrança. Consigne-
se, ademais, que os arts. 884 a 886 do Código 
Civil atual vedam o enriquecimento sem causa 
– circunstância que restaria configurada por 
aquele que tenta retornar ao país de origem 
buscando impunidade civil, após visitar país 
estrangeiro, usufruir de sua hospitalidade e 
contrair livremente obrigações lícitas. Não se 
vislumbra, assim, resultado incompatível com a 
ordem pública, devendo ser aplicada, no que 
respeita ao direito material, a lei americana. 
A diferença entre as obrigações naturais e civis, 
é que as naturais as pessoas não são obrigadas a 
doar nada, já as civis é que as pessoas são 
obrigadas. 
3) Obrigação de meio e resultado- é aquela 
em que o devedor da prestação fará de tudo 
para que o resultado seja alcançado. Porém, 
o devedor não se responsabiliza pelo 
resultado, de maneira que, ainda que o 
resultado não seja alcançado a 
contraprestação (pagamento ao devedor da 
obrigação) é devido. Ex: o Advogado, 
Médico, Cirurgião Plástico (se for uma 
cirurgia reparadora). 
Modalidades de Obrigações 
previstas no CC 
Começa a partir do art. 233 do CC; 
1) De dar a coisa certa e restituir- 
Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os 
acessórios dela embora não mencionados, salvo se 
o contrário resultar do título ou das circunstâncias 
do caso. 
(Princípio da gravitação jurídica) 
Teoria do risco. 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa 
se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, 
ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida 
a obrigação para ambas as partes; se a perda 
resultar de culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente e mais perdas e danos. 
 Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor 
culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou 
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que 
perdeu. 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor 
exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado 
em que se acha, com direito a reclamar, em um ou 
em outro caso, indenização das perdas e danos. 
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a 
coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o 
credor não anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do 
devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
Obrigações de restituir, é a coisa certa. 
Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, 
e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da 
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se 
resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da 
perda. 
Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente, mais perdas e 
danos. 
@studiessofie 
Ex: Emprestar o carro. (A pessoa deixa o carro na 
rua anterior ao mercado, e o carro é furtado, e 
houve perda- a obrigação se extingue). 
Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem 
culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se 
ache, sem direito a indenização; se por culpa do 
devedor, observarse-á o disposto no art. 239. 
Ex: Emprestar o carro. (A pessoa vai ao mercado, 
deixa o carro na rua anterior e o carro aparece na 
garagem do mercado com deterioração, é uma 
deterioração sem culpa do devedor) 
Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier 
melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa 
ou trabalho do devedor, lucrará o credor, 
desobrigado de indenização. 
Ex: a pessoa tá com um carro, e sai uma reportagem 
dizendo que esse carro é valioso, contribuindo 
então para quem está com o carro. Se ninguém 
contribuiu para isso, a coisa perece e a coisa se 
aprimora para o dono. 
Art. 242. Se para o melhoramento, ou aumento, 
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso 
se regulará pelas normas deste Código atinentes às 
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou 
de má-fé. 
Ex: um carro precisou de um reparo, por conta de 
um prejuízo, a pessoa fez um reparo para a 
benfeitoria necessária. E todo possuidor, seja ele de 
boa ou má fé, tem o direito de ser indenizado pelas 
benfeitorias necessárias. 
Ex 2: Se por um outro lado, estou com um carro, e 
eu tenho um amigo mecânico de uma oficina, e 
estou no prazo de 5 dias, e tem uma promoção de 
película de carro e eu autorizo a benfeitoria (deixo 
colocar a película), assim que autorizei tenho que 
ressarcir pela benfeitoria. 
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, 
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste 
Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, 
pelo gênero e pela quantidade. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e 
pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se 
o contrário não resultar do título da obrigação; mas 
não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a 
prestar a melhor. 
Art. 245. Cientificado da escolha o credor, vigorará 
o disposto na Seção antecedente. 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor 
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por 
força maior ou caso fortuito. 
Ementa: CIVIL E PROCESSO CIVIL. 
COMPROMISSO. DAÇÃO EM PAGAMENTO. 
LIMINAR. ABSTENÇÃO DE ALIENAÇÃO DE 
UNIDADES NÃO INDIVIDUALIZADAS DE 
EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO. 
POSSIBILIDADE. DISPOSITIVOS LEGAIS 
ANALISADOS: ARTS. 176 DA LEI Nº 6.015/73 
E 244 DO CC/02. 
1. Agravo de instrumento interposto em 
04.03.2010. 
2. Recurso especial concluso ao gabinete da 
Relatora em 03.04.2012.. Recurso especial em que 
se discute se é juridicamente possível impor à parte 
o dever de não comercializar unidades 
indeterminadas de um empreendimento. 
3. Nada impede que o proprietário se comprometa 
a dar em pagamento de dívida unidades 
indeterminadas de empreendimento imobiliário, 
desde que haja condições de identificar os bens a 
serem entregues. 
4. Nos termos do art. 244 do CC/02, nas obrigações 
de dar coisa incerta, salvo disposição em contrário, 
cabe ao devedor a escolha das coisas determinadas 
pelo gênero e pela quantidade. 
5. Na hipótese dos autos, tendo sido reconhecida a 
existência de dívida a ser paga pela cessão de 12 
vagas de garagem e 271 m2 de salas de um 
determinado empreendimento imobiliário, nada 
impede a concessão de liminar impondo ao devedor 
que se abstenha de alienar as unidades 
indeterminadamente, ficando a cargo do devedor a 
individualização dos bens a serem gravados. 
6. Recurso especial a que se nega provimento. 
 
Obrigação de Fazer 
@studiessofie 
Quando um bem é fungível, significa que é passível 
de substituição. Porém, um bem que é naturalmente 
fungível, pode-se tornar infungível (não passível de 
substituição). 
Existe obrigações materialmente fungível e 
infungível; 
Das obrigações de fazer, os artigos 257-249 CC 
diz: 
art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e 
danos o devedor que recusar a prestação a ele só 
imposta, ou só por ele exeqüível. 
(É uma obrigação infungível, pois só cabe ao 
devedor. Cuida da obrigação pessoalmente 
infungível.) 
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível 
sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por 
culpa dele, responderá por perdas e danos. 
(Cuida tanto a obrigação infungível quanto a 
fungível.) 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será 
livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, 
havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da 
indenização cabível. 
(É fungível. O credor contrata o terceiro, manda 
que ele execute o serviço, mas pede em juízo que o 
primeiro devedor pague o serviço.) 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, 
independentemente de autorização judicial, executar ou 
mandarexecutar o fato, sendo depois ressarcido. 
(Segunda hipótese, só que com urgência.) 
O CPC diz: 
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a 
exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o 
juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a 
efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela 
pelo resultado prático equivalente, determinar as 
medidas necessárias à satisfação do exequente. 
(Neste caso, ajuizaria uma ação em face do 
primeiro devedor, o primeiro contratado. É uma 
ação de ajuizar contra o primeiro devedor, forçando 
este cumprir com a sua parte.) 
§ 1º Para atender ao disposto no caput , o juiz poderá 
determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, 
a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, 
o desfazimento de obras e o impedimento de atividade 
nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de 
força policial. 
§ 2º O mandado de busca e apreensão de pessoas e 
coisas será cumprido por 2 (dois) oficiais de justiça, 
observando-se o disposto no art. 846, §§ 1º a 4º , se 
houver necessidade de arrombamento. 
§ 3º O executado incidirá nas penas de litigância de má-
fé quando injustificadamente descumprir a ordem 
judicial, sem prejuízo de sua responsabilização por 
crime de desobediência. 
§ 4º No cumprimento de sentença que reconheça a 
exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, 
aplica-se o art. 525 , no que couber. 
§ 5º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao 
cumprimento de sentença que reconheça deveres de 
fazer e de não fazer de natureza não obrigacional. 
Multa diária=Astrendis 
Obrigação de Não Fazer 
Das Obrigações de Não Fazer 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, desde 
que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível 
abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. 
(Obrigação de não fazer, é chamada de obrigação 
negativa, ou seja, é uma obrigação de não fazer ou 
não tolerar que o outro faça. Ex: não invadir terra 
pública) 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção 
se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob 
pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado 
perdas e danos. 
(Quando ainda dá para desfazer o que não deveria 
ter sido feito. Esse desfazer, se dá com um 
ajuizamento de uma ação, pois o EU vou pedir para 
um MORADOR desfazer o muro. EU vou pagar 
pela demolição do muro, mas vou ajuizar uma ação 
pedindo minhas perdas e danos.) 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor 
desfazer ou mandar desfazer, independentemente de 
autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento 
devido. (Segunda hipótese) 
O CPC DIZ: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art846%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art525
@studiessofie 
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a 
exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o 
juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a 
efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela 
pelo resultado prático equivalente, determinar as 
medidas necessárias à satisfação do exequente. 
§ 1º Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá 
determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, 
a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o 
desfazimento de obras e o impedimento de atividade 
nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de 
força policial. 
Jurisprudência 
Informativo nª 511, 6 de fevereiro de 2013. 
DIREITO PROCESSUA CIVIL. AÇÃO 
DEMOLITÓRIA. LEGETIMIDADE PASSIVA 
AD CAUSAM. POSSUIDOR OU DONO DA 
OBRA. 
Possuidor ou dono da obra, responsável pela 
ampliação irregular do imóvel, é legitimado 
passivo (pode ser réu) de ação demolitória que vise 
à destruição do acréscimo irregular realizado, ainda 
que ele não ostente o título de proprietário do 
imóvel. 
Obrigações Alternativas 
Art. 252 CC; 
Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao 
devedor, se outra coisa não estipulou 
Há pelo menos 2 formas de adimplemento (Se uma 
obrigação é a relação pessoal entre o credor e 
devedor vinculados há uma prestação, é aqui há 
duas formas de adimplemento) 
𝐶
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
 𝐷 
Nessa prestação, teremos: ou 50 impressoras ou 
50 computadores; 
Quem escolhe o que irá em entregar é o devedor; 
 
𝐶
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
 𝐷 
Nessa prestação, teremos: ou dinheiro ou cavalo; 
Quem escolhe como irá pagar é o devedor; 
A diferença entre obrigação alternativa e da ação 
pagamento, é que na obrigação alternativa a 
obrigação já nasce com 2 ou mais formas de 
pagamento, na escolha do devedor. Já na ação de 
pagamento, a obrigação nasce com uma prestação 
como forma de pagamento. 
Obrigação Facultativa 
Só há uma forma de adimplemento, porém havendo 
impossibilidade da forma de adimplemento, o 
credor aceita uma outra forma de adimplemento 
como substituição da outra (já está prevista). 
𝐶
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
 𝐷 
O devedor deve entregar ao credor 50 impressoras. 
Todavia, na impossibilidade de entregar as 50 
impressoras o credor já aceita ser entregue 50 
computadores (já vem previsto). 
Observações: 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a 
escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se 
estipulou. 
§ 1 o Não pode o devedor obrigar o credor a 
receber parte em uma prestação e parte em outra. 
Não é possível misturar, por exemplo: 30 impressoras 
e 20 computadores, metade em dinheiro e a outra 
metade no cavalo. 
Cada opção de adimplemento é indivisível e 
inconciliáveis (não se misturam). 
§ 2 o Quando a obrigação for de prestações 
periódicas, a faculdade de opção poderá ser 
exercida em cada período. 
 
@studiessofie 
Sujeito A fez um contrato de safra com o sujeito B. 
Estes podem escolher: na primeira safra quem 
escolhe é o devedor, na segunda o credor ou o 
contrário. 
§ 3 o No caso de pluralidade de optantes, não 
havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, 
findo o prazo por este assinado para a deliberação. 
Se não houver um acordo unânime entre eles, quem 
decidirá será o juiz. Na prática, essas partes procuram 
um árbitro que possa fazer essa escolha. 
§ 4 o Se o título deferir a opção a terceiro, e 
este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz a escolha se não houver acordo entre as partes. 
Ou seja, se no contrato disser quem fará a escolha 
será uma terceira pessoa, e se este não quiser, ou não 
puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não 
houver acordo entre as partes. 
exemplos 
𝐶
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
 𝐷 
Ficou estipulado que a prestação que o devedor terá 
de entregar ao credor 50 computadores ou 50 
impressoras, no dia 18 de março de 2021, sendo esta 
a data do adimplemento da obrigação. 
No silêncio das partes, a escolha é do devedor. Sendo 
a escolha do devedor, podem acontecer duas opções: 
a 1ª impossibilidade total do inadimplemento (o 
devedor pode não conseguir cumprir com a obrigação 
de nenhum jeito, sem culpa, -e isso aconteceu porque 
o devedor guarda esses 50 computadores em um 
porão e esse porão pega fogo), e há também a 
impossibilidade total do inadimplemento por culpa (o 
devedor se obriga a pagar responder pela última 
prestação e mais perdas e danos). A 2ª 
impossibilidade parcial (uma das prestações se 
perdeu, sem culpa-subsiste o débito quanto à outra). 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem 
impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a 
obrigação. 
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder 
cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao 
credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o 
valor da que por último se impossibilitou, mais as 
perdas e danos que o caso determinar. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser 
objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, 
subsistirá o débito quanto à outra. 
𝐶
𝑝𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
 𝐷 
Ficou estipulado que a prestação que o devedor terá 
de entregar ao credor 50 computadoresou 50 
impressoras, no dia 18 de março de 2021, sendo esta 
a data do adimplemento da obrigação. 
No silêncio das partes, a escolha é do credor. 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma 
das prestações tornar-se impossível por culpa do 
devedor, o credor terá direito de exigir a prestação 
subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; 
se, por culpa do devedor, ambas as prestações se 
tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o 
valor de qualquer das duas, além da indenização por 
perdas e danos. 
Se uma das prestações se tornarem impossível a 
escolha do credor por culpa do devedor (se desfez de 
uma das opções voluntariamente), o credor terá 
direito de exigir a prestação subsequente ou valor da 
outra mais perdas e danos. 
Sendo a escolha do credor, poderá ocorrer: 1ª 
impossibilidade parcial, se uma das prestações não 
poder ser entregue por culpa do devedor, porque este 
se desfez voluntariamente da opção, caberá ao credor 
escolher a prestação subsistente ou o valor da outra e 
mais perdas e danos. Agora, se uma das prestações 
não poder ser entregue sem culpa do devedor, 
permanece a entrega da prestação subsistente sem 
perdas e danos. 2ª impossibilidade total, pode ser 
um inadimplemento sem culpa, a obrigação então se 
extingue. Porém, se tiver havido culpa, o credor 
escolhe o valor de qualquer uma e como teve culpa 
ainda irá pedir perdas e danos. 
Obrigações Indivisíveis 
Art. 258 A obrigação é indivisível quando a 
prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não 
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo 
de ordem econômica, ou dada a razão determinante 
do negócio jurídico. 
Pode ser: um cavalo, barco, lancha, um imóvel... 
@studiessofie 
Este cavalo pode ser comprado por 4 pessoas 
(podendo ter então 4 credores ou 4 devedores desta 
obrigação) 
Ex: Um cavalo será comprado por 4 pessoas 
(Huguinho, Zezinho, Luizinho e Miguel, sendo os 
compradores do cavalo, os credores) e quem vende 
o cavalo é o devedor. Ou pode ser, há um cavalo 
que será comprado por uma pessoa-credor-, sendo 
vendido por 4 vendedores -devedores, tanto faz. A 
obrigação então poderá ser chamada então 
indivisível com pluralidade de credores ou 
devedores, não por conta dos proprietários, 
credores ou devedores, mas por conta do objeto, à 
coisa não é suscetível de divisão. 
Se há 4 credores da mesma obrigação, qualquer um 
deles poderia entrar em contato com o 
vendedor/devedor, pedindo para que o devedor 
entregasse o cavalo. 
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá 
cada um destes exigir a dívida inteira; mas o 
devedor ou devedores se desobrigarão, pagando: 
I - a todos conjuntamente; 
II - a um, dando este caução de ratificação dos 
outros credores. 
No caso, havendo um comprador (credor), 
comprando um cavalo de 4 vendedores 
(devedores), o comprador pode entrar em contato 
com qualquer um deles exigindo um adimplemento 
e se qualquer um deles entregar o cavalo ao 
comprador, a obrigação está adquirida. 
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a 
prestação não for divisível, cada um será obrigado 
pela dívida toda. 
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-
roga-se no direito do credor em relação aos outros 
coobrigados. 
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação 
por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito 
de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no 
total. 
OBSERVAÇÃO: 
REMISSÃO Significa perdão. 
“Perdoa quem vai à 
missa” 
Pode ser total ou 
parcial. (Qualquer 
perdão irá gerar a 
extinção da obrigação) 
REMIÇÃO Significa o resgate do 
bem. 
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a 
obrigação que se resolver em perdas e danos. 
§ 1 o Se, para efeito do disposto neste artigo, 
houver culpa de todos os devedores, responderão 
todos por partes iguais. 
§ 2 o Se for de um só a culpa, ficarão 
exonerados os outros, respondendo só esse pelas 
perdas e danos 
Obrigações Divisíveis 
Art. 257 Havendo mais de um devedor ou mais de 
um credor em obrigação divisível, esta presume-se 
dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, 
quantos os credores ou devedores. 
Obrigações Solidárias 
A solidariedade pode ser: - ativa: entre credores; 
- passiva: entre devedores. O que caracteriza a 
obrigação solidária é a possibilidade de um só ou 
todos juntos poder exigir a dívida (ativa) ou um 
poder demandar um ou todos (passiva). 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma 
obrigação concorre MAIS DE UM CREDOR, ou 
MAIS DE UM DEVEDOR, cada um com direito, 
à dívida toda. 
Art. 265. A solidariedade não presume; resulta da 
lei ou da vontade das partes. 
(A lei trará a possibilidade de duas ou mais 
pessoas serem demandas a responder, pela mesma 
obrigação e qualquer uma das pessoas devedoras 
pode ser demanda a pagar pelo todo. 
Ex: CDC- OS ARTS. 7,14,18,19,20 e 25, § 1º, nos 
ensina que os envolvidos na cadeia de 
@studiessofie 
fornecimento de um produto ou de um serviço, eles 
são solidários. Nas relações de consumo, 
encontra-se facilmente as relações de 
solidariedade 
Ex 2: se tiver um problema entra UM PACIENTE, 
UM HOSPITAL PARTICURLAR E UM PLANO 
DE SAÚDE PARTICURLAR, e se esse problema 
for acarretar no paciente, este pode demandar de 
uma única vez, ou demandar de qualquer a 
titularidade. O plano de saúde pode ajuizar uma 
ação, exigindo a titularidade do médico ou do 
hospital, porque a obrigação é solidária. Neste 
caso, é uma solidariedade passiva, esta dá ao 
devedor uma responsabilidade grande e dá ao 
credor uma facilidade grande. 
Ex. 3: CC exemplo de facilidade aos credores- 
cônjuges e companheiros- são solidários entre si, 
nas dívidas contraídas para a manutenção da 
entidade familiar. O art. 1644 do CC diz que para 
essa dívida contraída para a manutenção do lar 
familiar, os cônjuges são devedores, 
independentemente se um gastou ou não. 1643-
1644 CC- Solidariedade Passiva 
Ex. 4: arts. 932 e 942 CC, quando o ato ilícito tem 
mais de um ofensor, TODOS respondem 
solidariamente.) 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e 
simples para um dos co-credores ou co-devedores, 
e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar 
diferente, para o outro. 
O fato de a obrigação ser solidária, não quer dizer 
que por A + B ela seja idêntica, ela não precisa ser 
exatamente igual para todos os credores ou 
devedores 
Quando se tem uma obrigação solidária passiva, 
pode ser que o DEVEDOR 1 (D1) vá fazer o 
pagamento em Brasília, más o DEVEDOR 2 (D2) 
vai fazer o pagamento em BH e o DEVEDOR 3 
(D3) vai fazer o pagamento em SP, mesmo sendo 
uma obrigação solidária. Pode ser que o D1 tenha 
que pagar no dia 01/10 e o D2 tenha que pagar no 
dia 02/04 e o D3 tenha que pagar no dia 14/08, 
sendo assim não idêntica. 
Ex. de uma obrigação solidária passiva por 
vontade das partes, é o fiador. 
A obrigação pura e simples, é a obrigação que o 
indivíduo faz com as pessoas de sua mais alta 
confiança, porque estará posto que é uma 
obrigação sem data, sem prazo, sem condição. 
Mas, ela pode ser exigida a qualquer momento. No 
caso de dinheiro, a legislação fala que é para 
aguardar até 30 dias. Ex.: empréstimos feitos em 
casa. 
 No caso de uma obrigação pura ou simples, 
para constituir o devedor em mora, é 
preciso promover uma notificação a pessoa 
do devedor chamada de MORA EX 
PERSONAE. Art. 397, § único CC. 
A obrigação impura/condicional ou a prazo, é a 
obrigação que o indivíduo contrai no dia a dia. É 
uma obrigação que tem data, que tem prazo e que 
tem condição. 
 No caso de uma obrigação 
impura/condicional, não é preciso na 
qualidade de credor (a) mandar uma 
notificação porque a MORA é uma MORA 
EX RE, ou seja, já vem prevista no negócio 
jurídico. Art. 397, caput, CC. 
EXEMPLO 1: 
Quando se tem três (03) credores, e cada um tem o 
direito de cobrar a dívida toda de um imóvel, por 
óbvio se tem a solidariedadeativa. 
 
EXEMPLO 2: 
Quando se tem três (03) devedores, e cada um 
sabendo voluntariamente que pode ser remandado a 
pagar a dívida toda, então se fala de uma 
solidariedade passiva. 
obrigação solidária ativa 
A solidariedade ativa se dá quando, há uma 
pluralidade de credores independentemente do 
objeto da obrigação e, entre esses credores há um 
vínculo tal que esses credores e cada um desses 
credores tem, o direito de cobrar, desde a sua cota 
parte até a totalidade da obrigação. 
@studiessofie 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem 
direito de exigir do devedor o cumprimento da 
prestação por inteiro. 
Traz dois ou mais credores, de uma mesma 
obrigação, só que entre eles há um vínculo em que 
cada um tem o direito de exigir a dívida toda. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários 
não demandarem (ajuizar uma ação- demanda 
litigiosa, neste sentido) o devedor comum, a 
qualquer deles poderá este pagar. 
Ex.: há três (03) credores, esses são credores 
solidários que tem o direito de receber 300 mil do 
devedor. Mas, o C3 vai ajuizar uma ação que terá 
custas e aí o devedor foi atrás do C2 depois de 
demandado (ação ajuizada). Quando o C3 ajuizou 
a ação, ele diz ao devedor que não pague mais ao 
C1 e ao C2, porque se o devedor pagar e esse 
dinheiro “sumir” terá de pagar ao C3. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer 
deixando herdeiros, cada um deste só terá direito a 
exigir e receber a quota do crédito que corresponder 
ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for 
indivisível. 
A solidariedade, além de se não presumir, ela não 
se estende aos herdeiros. (Solidariedade ativa) 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e 
danos (há culpa), subsiste, para todos os efeitos, a 
solidariedade. 
Há três credores, e o devedor tem que entregar um 
barco a estes. Se acontecer algum prejuízo, o 
devedor além de cumprir a obrigação mais perdas 
e danos. 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou 
recebido o pagamento responderá aos outros pela 
parte que lhes caiba. 
O credor que tiver perdoado a dívida ou recebido 
pagamento, responderá aos outros as partes que 
lhes caiba. 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o 
devedor opor exceções pessoais oponíveis aos 
outros. 
Exceção é um argumento de defesa. 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores 
solidários não atinge os demais, mas o julgamento 
favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção 
pessoal que o devedor tenha direito de invocar em 
relação a qualquer deles. 
Há três credores que podem cobrar em conjunto a 
totalidade da obrigação. O C3 ajuíza uma ação e 
o seu pedido é julgado improcedente que não se 
aproveita aos outros dois credores. 
obrigação solidária passiva 
É quando se tem credor, e determinados devedores 
(2 ou mais) e que, entre os devedores, há um 
vínculo (constituído pela lei ou vontade das partes) 
em que, todos esses devedores e qualquer um deles 
seja demandado a pagar pela dívida toda. Depois o 
que irá acontecer é que, o devedor que 
eventualmente pagar a dívida toda irá cobrar, na 
relação interna dos devedores, o valor que ele 
pagou. 
JULGADO DE 23 DE FEV. 2018 
Tema 
Execução de título extrajudicial. Mensalidades 
escolares. Dívidas contraídas em nome dos filhos 
da executada. Ausência de bens em nome da mãe 
para a satisfação do débito. Pretensão da inclusão 
do pai na relação jurídica processual. Possibilidade. 
Sustento e manutenção do menor matriculado em 
ensino regular. Responsável solidário. 
Legitimidade extraordinária. 
Destaque 
A execução de título extrajudicial por 
inadimplemento de mensalidades escolares de 
filhos do casal pode ser redirecionada ao outro 
consorte, ainda que não esteja nominado nos 
instrumentos contratuais que deram origem à 
dívida. 
É um documento que a lei deu força executiva, 
documento que não é necessário que se discuta sua 
execubilidade. Pode-se fazer então diante do 
inadimplemento desse título, entrar com uma ação 
de execução e não de cobrança. Ex: cheque, nota 
promissória, contrato ass. por duas pessoas. 
@studiessofie 
Neste caso está se cobrando as mensalidades 
escolares dos filhos. O responsável solidário é a 
mãe. 
Ação de cobrança: é um procedimento comprido, 
extenso, longo... chamado de procedimento 
ordinário. 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de 
um ou de alguns dos devedores, parcial ou 
totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver 
sido parcial, todos os demais devedores continuam 
obrigados solidariamente pelo resto. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da 
solidariedade a propositura de ação pelo credor 
contra um ou alguns dos devedores. 
O fato de se ter 6 ou mais devedores solidários, 
cobrar de um deles só o pagamento total da dívida, 
não quer dizer que se abriu e mão da relação 
solidária com os outros. 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer 
deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a 
pagar senão a quota que corresponder ao seu 
quinhão hereditário, salvo se a obrigação for 
indivisível; mas todos reunidos serão considerados 
como um devedor solidário em relação aos demais 
devedores. 
 
Há um credor, que tem o direito de receber 200 
reais dos quatro devedores, entre eles há um 
vínculo da solidariedade, de modo que qualquer 
um deles pode ser demandado a pagar a totalidade 
da obrigação. Sendo esta obrigação DIVISÍVEL, 
cada um dos devedores pagará 50 reais ao credor. 
Porém, o D1 morreu tendo a obrigação de pagar 
50 reais ao credor, então deixou para os herdeiros 
a obrigação de pagar esses os 50 reais por ser uma 
obrigação divisível. 
Os herdeiros reunidos, naquilo que se chama de 
litisconsórcio passivo ou então, todos os herdeiros 
ainda não receberam a sua cota parte chamado 
assim de espólio. 
Se fosse uma obrigação indivisível, poderia cobrar 
a qualquer um dos devedores a totalidade da 
obrigação. 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos 
devedores e a remissão por ele obtida não 
aproveitam aos outros devedores, senão até à 
concorrência da quantia paga ou relevada. 
 
Não aproveita aos devedores, é chamado de 
exceção pessoal, sendo considerado exceção como 
defesa. 
Nessa defesa, é uma defesa somente do D1, só ele 
foi contemplado como perdão. Os outros devedores 
não podem dizer que não irão pagar, pois só o D1 
foi perdoado. 
O impacto favorável do perdão ao D1, é que não 
aproveita os outros devedores senão até à 
concorrência da quantia paga ou relevada. Ou 
seja, os outros devedores deverão pagar a sua cota 
parte, observando que, como o D1 foi perdoado, os 
outros Devedores irão dividir entre eles 150 reais, 
já que com o perdão é considerado pago o D1. 
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade 
em favor de um, de alguns ou de todos os 
devedores. 
@studiessofie 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da 
solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a 
dos demais. 
Renunciar à 
Solidariedade ou como 
dizem: a exoneração 
da solidariedade 
Não é perdoar a 
dívida. É livrar-se do 
vínculo da 
solidariedade. 
 
O credor tem que receber 200 reais dos devedores 
que são solidários dos 200 entre si. O D1 foi 
remitido da dívida (perdoado), vai ser então abatido 
a sua cota. O credor vai ao D4 por liberalidade e 
fala: “-Você é especial para mil, você continuará 
sendo devedor para mim, porém irei de exonerar da 
solidariedade.”, Significa então que o credor só irá 
cobrar do D4 a sua cota parte. 
Consequências dessa renúncia: 
Enunciado 351 A renúncia à solidariedade em 
favor de determinado devedor afasta a hipótese de 
seu chamamento ao processo. 
Chamamento ao processo é uma forma de 
intervenção de terceiros. Ex.: Se o Credor ajuizar 
uma ação contra o D2 e cobrar deste a totalidade 
da obrigação. O D2 pode chamar ao processo o 
D3, para entrar no polo passivo da demanda para 
pagarem junto. Issoé chamado da luz do art. 135 
CPC, mas não é possível a chamar o D4 ao 
processo porque este não é mais devedor solidário. 
Enunciado 349 Com a renúncia à solidariedade 
quanto apenas um dos devedores solidários, o 
credor só poderá cobrar do beneficiado a sua quota 
na dívida, permanecendo a solidariedade quanto 
aos demais devedores, abatida do débito a parte 
correspondente aos beneficiados pela renúncia. 
(Neste caso, se o D4 pagar sua dívida, os outros 
devedores D2 e D3 serão demandados a pagar 
100) 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por 
inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por 
todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se 
iguais, no débito, as partes de todos os co-
devedores. 
 
Um credor fez uma obrigação com 7 devedores, 
sendo uma dívida divisível. O D1 foi remitido, este 
valor então foi abatido, sendo então uma 
obrigação de 600. O D7 está exonerado da 
obrigação, sendo obrigado então a pagar sua cota 
parte. O D2 pagou tudo (500 reais). O D2 irá 
cobrar dos devedores 3, 4, 5, 6 e 7, todos pagam 
menos o D6, porque este é insolvente (não tem $ 
para pagar sua dívida). Então, irá ratear a parte 
do D6, e quem irá participar será o próprio D2 
(que já pagou) e os devedores 3, 4, 5 e 7 (mesmo 
estando exonerado). 
Enunciado 350 A renúncia à solidariedade 
diferencia-se da remissão, em que o devedor fica 
inteiramente liberado do vínculo obrigacional, 
inclusive no que tange ao rateio da quota eventual 
co-devedor insolvente, nos termos do art. 284 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou 
obrigação adicional, estipulada entre um dos 
devedores solidários e o credor, não poderá agravar 
a posição dos outros sem consentimento destes. 
@studiessofie 
Ex.: se um dos devedores solidários resolver fazer 
um parcelamento, e por conta desse parcelamento 
da dívida como um todo ficar pior, o devedor que 
negociou assume as consequências (mesmo tendo 
outros devedores solidários). 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa 
de um dos devedores solidários, subsiste para todos 
o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas 
e danos só responde o culpado. 
Só pagará perdas e danos o devedor solidário 
culpado. 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos 
juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta 
somente contra um; mas o culpado responde aos 
outros pela obrigação acrescida. 
Ex.: João é CREDOR de PEDRO, TIAGO, ANDRÉ 
e os devedores tem até o dia 10/03 para pagarem 
sua dívida, e a partir do dia 11/03 incidiria juros e 
multa. O Pedro e Tiago passaram sua parte ao 
André para este efetuar o pagamento no dia 10/03, 
porém André não efetuou o pagamento neste dia. 
João então vai a Pedro e cobra o valor principal + 
juros + multa (e Pedro é obrigado a pagar). 
Depois que Pedro pagar irá cobrar do culpado, 
André, pedindo ressarcimento dos juros da mora e 
da multa que pagou. 
Art. 281. O devedor demandado (réu do processo) 
pode opor ao credor as exceções que lhe forem 
pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando 
as exceções pessoais a outro co-devedor. 
Só pode usar essa via de defesa quem foi perdoado, 
não pode outro devedor usar essa defesa em prol 
de sua defesa. 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar 
exclusivamente a um dos devedores, responderá 
este por toda ela para com aquele que pagar. 
Ex.: tem 1 credor e 2 devedores e essa dívida era 
garantida pelo fiador. O Credor foi ao Fiador e 
cobrou a totalidade da dívida, só que o Fiador tem 
direito de cobrar aos devedores a dívida paga por 
ele. Ele pode cobrar por ter pago toda a dívida e 
este não tem nada haver com a dívida. 
INFORMATIVO Nº 0613 
Publicado em 8 de nov. de 2017 
Tema 
Embargos de terceiro. Bloqueio de valor 
depositado em conta-corrente conjunta. 
Solidariedade passiva em relação a terceiros. 
Descabimento. Comprovação da titularidade 
integral do patrimônio. Inocorrência. Penhora. 
Apenas da metade pertencente ao executado. 
Destaque 
Em se tratando de conta-corrente conjunta 
solidária, na ausência de comprovação dos valores 
que integram o patrimônio de cada um, presume-se 
a divisão do saldo em partes iguais, de forma que 
os atos praticados por quaisquer dos titulares em 
suas relações com terceiros não afetam os demais 
correntistas. 
CONTA-CORRENTE CONJUNTA 
SOLIDÁRIA 
Há uma solidariedade interna com o banco 
(dívidas que se realizam com o banco) e uma 
solidariedade externa com um terceiro. 
Há solidariedade não se presume. Ela vem das 
vontades das partes ou pela lei. 
A conta corrente coletiva ou conjunta, possui duas 
espécies: 
a) Fracionária - é movimentada por 
intermédio de todos os titulares, precisa ter 
sempre a assinatura de todos 
b) Solidária – cada um dos titulares pode 
movimentar a integralidade dos fundos 
disponíveis, em decorrência da 
solidariedade ativa em relação ao banco. 
Neste caso, a jurisprudência da Corte em que foi 
julgado converge para o entendimento de que, 
nessa modalidade contratual, existe solidariedade 
ativa e passiva entre os correntistas apenas em 
relação à instituição financeira mantenedora de 
conta-corrente, de forma que os atos praticados por 
quaisquer dos titulares não afetam os demais 
correntistas em suas relações com terceiros. A 
solidariedade inerente à conta-corrente conjunta 
atua para garantir a movimentação da integralidade 
dos fundos disponíveis em conta bancária conjunta, 
e não para gerar obrigações solidárias passivas dos 
correntistas em face de terceiros. 
@studiessofie 
Como houve ausência de comprovação de que a 
totalidade dos valores contidos na conta fossem de 
propriedade de um dos correntistas, a constrição 
não pode atingir a integralidade desse montante, 
mas somente a metade pertencente ao executado. 
RESUMINDO: SE TEM 10 MIL REAIS NA 
CONTA CORRENTE CONJUNTA SOLIDÁRIA, 
5 MIL REAIS É DO SUJ. A E OS OUTROS 5 MIL 
REAIS É DO SUJ. B. 
Transmissão das Obrigações 
A relação pessoal entre Credor e Devedor pode ser 
modificada. 
É uma relação obrigacional que se transmite a outra 
pessoa. 
C 
 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
Obrigação
 𝐷 
Há uma relação pessoal entre Credor e Devedor que 
estão vinculados por prestação, mas este devedor 
pode transmitir a sua posição a um chamado 3º 
assuntor, ou pode acontecer, que se tenha um 
Credor e Devedor vinculados por uma prestação, e 
o Credor pode ceder o seu crédito a um 3º Credor 
Cessionário. 
Percebe-se então que é a única coisa que muda na 
relação obrigacional. 
Então, encontrar um 3º assuntor é o que chamamos 
de assunção de dívida, ou de transmissão subjetiva 
passiva, pois irá mudar o polo passivo da obrigação 
para um terceiro. 
Ou então, pode se ter uma transmissão subjetiva 
ativa, chamada de cessão de crédito porque irá 
mudar o Credor. É a transmissão do CREDOR 
CEDENTE para o CREDOR CESSIONÁRIO. 
A assunção de dívida está prevista nos artigos 299 
a 303 do CC. 
A Cessão de crédito está prevista nos artigos 286 a 
298 do CC. 
assunção de dívida 
Só pode ocorrer com o consentimento do credor; 
Quando encontra-se um 3º assuntor que lhe é 
transmitido a obrigação de ficar no lugar do 
devedor, que é o que chamamos de assunção de 
dívida, ou de transmissão subjetiva passiva, pois irá 
mudar o polo passivo da obrigação para um 
terceiro. 
C 
 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
Obrigação
 𝐷 
O credor = banco Devedor= Patrícia 
Patrícia (Devedora) fez uma obrigação com o 
banco que irá financiar um apartamento em 360 
parcelas de 2 mil reais, dado com o tempo Patrícia 
pagou 120 parcelas. Porém, Patrícia não quer mais 
morar no apartamento, então ela anuncia a venda 
do apartamento como vendo ágio de 
apartamento, quando se faz isso, a pessoa que 
comprar o apartamento irá terminar de pagar o 
apartamento. Sendo assim, quando vender o 
apartamento a Patrícia não será mais devedora e 
sim quem comprou, o chamado 3ºassuntor, que irá 
terminar de pagar as outras 240 parcelas. 
O credor não irá mudar, o devedor irá mudar mas 
as parcelas não irão mudar. O eventual 
inadimplemento não irá mudar, o valor não irá 
mudar, a data de vencimento não irá mudar, a 
taxa de juros não irá mudar. O que irá mudar 
será o polo passivo da obrigação, vai sair do 
devedor primitivo para uma 3ª pessoa. 
Exemplo: 
Relação Primitiva: Credor é o banco e a Devedora 
é a Patrícia, e na prestação faltam 240 parcelas de 
2 mil reais. Será estra obrigação que a Devedora 
(Patrícia) irá transmitir para o 3º assuntor, chamado 
Adalberto. 
𝐶 
 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
Obrigação
 𝐷 
Porém, a negociação só foi na troca de Devedor, e 
estes vão no cartório e fazem a cessão de direito, 
que é quando a patrícia passa os seus direitos e 
consequentemente seus deveres para Adalberto, 
quando este compra o apartamento. Tornando 
assim o Adalberto o proprietário pleno do imóvel, 
se ele pagar direito as devidas prestações. E isso 
ocorre porque o banco dará o direito de passar o 
apartamento para Patrícia, mas nesta cessão de 
@studiessofie 
direitos a Patrícia outorga esses direitos ao 
Adalberto, tornando-o o proprietário pleno. 
Neste caso, a relação primitiva não mudou, mesmo 
que tenha tido um 3º assuntor, pois o banco não foi 
comunicado. Mas, se Adalberto não pagar 
nenhuma parcela, o nome da Patrícia será 
negativado. Se chegar ao ponto do apartamento ir a 
leilão, quem sofrerá o dano integral do valor será a 
Patrícia, porque para o banco não houve 
transmissão da obrigação. 
OBSERVAÇÃO: 
Nesta cessão de direitos, o Adalberto pode passar 
a sua obrigação para terceiros, como Paula, Júlia, 
Raquel. Mas para o banco a devedora é a Patrícia 
Para venda ágio, o correto é fazer conforme o artigo 
299 do CC: 
É facultado a terceiro assumir a obrigação do 
devedor, com o consentimento expresso do credor, 
ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se 
aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o 
credor o ignorava. 
É facultado ao 3º assuntor (Adalberto) a assumir a 
obrigação da devedora primitiva (Patrícia) com o 
consentimento expresso do credor (banco), quando 
houver esse consentimento expresso do banco 
haverá a exoneração de Patrícia. Sendo assim, 
quem vira devedor dessa obrigação neste momento 
é o Adalberto. 
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar 
prazo ao credor para que consinta na assunção da 
dívida, interpretando-se o seu silêncio como 
recusa. 
O banco pode recusar essa transmissão. 
Quando o banco aceita Adalberto, e este é 
insolvente de dívida e o credor não sabia porque 
Adalberto agiu de má-fé e mentiu para o Credor, 
agindo assim com Dolo. Quando este age com 
Dolo, é anulável a assunção de dívida, voltando 
então a relação primitiva (Devedora = Patrícia, e 
não Adalberto). Volta para a relação originária. 
EX. 2: Venda de Carro. Venda Ágio (20.500 reais 
já pagos pelo devedor atual) 
Valor do carro 50 mil reais. Quem for comprar terá 
de pagar o restante (50 parcelas de 960 reais) 
𝐶 
 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
Obrigação
 𝐷 
Credor = Banco Volks Devedora = Patrícia 
Devedora atual é Patrícia, mas o 3 º assuntor 
(Paulo) quer comprar o carro, porém é necessário 
consentimento expresso do credor (banco volks. Se 
houver consentimento, Patrícia está exonerada. 
Quando a devedora é exonerada é chamada de 
Assunção de Dívida Liberada. 
Entretanto, estes podem fazem uma negociação, 
Paulo e Patrícia são irmãos e Paulo pede para 
Patrícia pagar em seu nome, mas quem está 
pagando é o Paulo em um financiamento de 60 
parcelas. Depois de 1 ano, estes transferem o nome 
de Patrícia para Paulo. 
Pode acontecer que, nada impede, que o banco 
aceite a transmissão de nome desde que a Patrícia 
fique como fiadora e devedora solidária (O Credor 
consentiu expressamente a transmissão de nome, o 
Paulo agora será o novo devedor, mas não exonera 
a Patrícia). 
É quando o devedor primitivo deixa de ser o 
devedor principal, o 3º assuntor entra para o polo 
passivo da obrigação, mas o credor ao dar o 
consentimento condiciona a manutenção do 
devedor primitivo. 
Quando o (a) devedor (a) não é exonerada é 
chamada de Assunção de Dívida Cumulativa. Não 
está expressamente no código. 
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor 
primitivo, consideram-se extintas, a partir da 
assunção da dívida, as garantias especiais por ele 
originariamente dadas ao credor. 
Não acontece uma quitação primitiva (novação) 
para celebrar uma nova, o que acontece é uma 
substituição da pessoa do devedor primitivo. 
𝐶 
 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
Obrigação
 𝐷 
@studiessofie 
Quando muda o devedor para o 3º assuntor, há uma 
mudança de polo. Ou seja, terá no polo ativo o 
mesmo credor, mas no polo passivo o 3º assuntor. 
Sendo assim, se o devedor foi exonerado, o fiador 
também foi. 
 
O banco (credor) vai dar o consentimento expresso, 
irá liberar o devedor primitivo e agora a obrigação 
vai para o 3º assuntor, para assumir o restante da 
obrigação aos mesmos moldes da obrigação 
primitiva. 
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser 
anulada, restaura-se o débito, com todas as suas 
garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, 
exceto se este conhecia o vício que inquinava a 
obrigação. 
Se for um bem imóvel dado por garantia por um 
terceiro, esse bem imóvel não volta. 
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor 
as exceções pessoais que competiam ao devedor 
primitivo. 
Exceção pessoal é mecanismo de defesa. 
𝐶 𝐷 
O credor (banco) deu a devedora (Patrícia) uma 
exceção pessoal, uma vantagem que o devedor 
primitivo tinha, que no dia do seu aniversário se 
ela pagasse 3 parcelas esta teria um desconto de 
30%. Isso foi um benefício dado exclusivamente do 
devedor primitivo. Quando a obrigação passa ao 
3º assuntor este não pode exigir o mesmo benefício, 
porque o novo devedor não pode tentar se defender 
opondo ao credor as exceções pessoas, que eram 
por direito do devedor primitivo. 
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode 
tomar a seu cargo o pagamento do crédito 
garantido; se o credor, notificado, não impugnar em 
trinta dias a transferência do débito, entender-se-á 
dado o assentimento. 
Assentimento é concordar. 
Patrícia (devedora) pegou dinheiro emprestado na 
Caixa e deu como garantia a sua casa. O valor da 
dívida era de 500 mil reais e a casa vale 800 mil 
reais (casa está então hipotecada). Tempo depois, 
Jairo adquiri a casa, é o adquirente da casa 
hipotecada e ele toma ao seu cargo o pagamento 
do seu crédito garantido, mas irá notificar a Caixa 
econômica Federal. Quando a caixa for notificada 
(credor), este pagará a dívida da Patrícia e dará o 
restante que sobra a ela para cancelar a hipoteca, 
sendo assim a Caixa Econômica tem 30 dias para 
impugnar essa transmissão da dívida, se ela não 
impugnar entende-se que houve um assentimento 
com essa transmissão. 
cessão de crédito 
A cessão de crédito é o negócio jurídico pelo qual 
o credor (cedente/originário ), transfere a terceiro 
(cessionário), independente do consenso do 
devedor (cedido), os seus direitos creditórios. 
Classificando a cessão de crédito, pode-se dizer 
que é um negócio jurídico bilateral, gratuito ou 
oneroso. Qualquer crédito poderá ser cedido, 
conste ou não de um título, se a isso não se opuser 
a natureza da obrigação, o ordenamento jurídico 
nem a convenção do devedor. 
Conhecida também como substituição subjetiva 
ativa. 
Ex.: questão de bancos. 
Credor e Devedor estão vinculados por uma 
prestação. 
𝐶 
 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
 𝐷 
Ex. :Tinha um Banco X e um determinado devedor, 
Daniel, fez um financiamento de 300 parcelas de 
mil reais. (em um resumo singelo, o banco 
emprestou dinheiro ao Daniel e este irá devolver o 
dinheiro em suas prestações) 
Porém, o Banco X está precisando de dinheiro e 
este não consegue mais esperar opagamento 
financiado pelo Daniel, o Banco X prefere negociar 
@studiessofie 
este crédito com outro credor, o Banco Y. (A 
negociação se dá entre os brancos, e se fechar a 
cessão de crédito, o Banco X será o credor cedente 
e o Banco Y passará a ser o novo credor 
cessionário) 
O Banco X irá explicar ao Banco Y que o devedor 
paga corretamente as prestações, porém que não 
consegue esperar o pagamento. Então, o Banco X 
sugere ao Banco Y que este o pague, ainda que 
menos, e assim ele será o novo credor do devedor 
Daniel. O Banco X pode oferecer como seu preço 
200 mil reais ao Banco Y (B.Y.), se o B.Y. pagar 
esse valor, este se tornará o novo credor. Nada 
mudará ao Daniel sobre as prestações. 
Então, o Banco X tinha um crédito com o Daniel e 
este cede seu crédito para o Banco Y, o devedor não 
precisa concordar ou descordar. Banco Y é o credor 
cessionário e o Daniel continua sendo o devedor. 
Art. 286 O credor pode ceder o seu crédito, se a isso 
não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a 
convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da 
cessão não poderá ser oposto ao cessionário de boa-
fé, se não constar do instrumento da obrigação. 
Não pode ceder qualquer crédito. Ex: não se pode 
ceder: salário, alimentos, “pacto de non cedendo”. 
O devedor irá receber um comunicado que haverá 
um novo credor. 
Art. 287 Salvo disposição em contrário, na cessão 
de crédito abrangem-se todos os acessórios. 
Banco X-------- Devedor (Daniel) 
300 parcelas de mil reais, e o banco exigiu: fiador, 
imóvel hipotecado e o devedor apresentou. O 
Banco Y será o novo credor e tudo permanecerá 
igual. (Só exclui o antigo credor) 
Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a 
transmissão de um crédito, se não celebrar-se 
mediante instrumento público, ou instrumento 
particular revestido das solenidades do § 1 o do art. 
654. 
Para ser válida, basta que obedeçamos os 
requisitos do negócio jurídico: agentes capazes, 
vontade livre; espontânea; de boa-fé, objeto lícito; 
possível; determinado e forma ou prescrita ou não 
defesa em lei. 
O tipo de contrato que se faz é livre. O contrato 
entre os bancos X e Y já existe e é valido. Mas, para 
ter efeito perante terceiros, é necessário que se 
tenha um instrumento público ou privado. 
Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem 
o direito de fazer averbar a cessão no registro do 
imóvel. 
Era o Banco X o credor do Daniel (cedido), das 
300 parcelas de mil reais. O Banco X 
(cedente/originário) negociou com o Banco Y 
(cessionário) e transmitiu o crédito, de maneira 
que o Banco X será excluído dessa relação 
obrigacional e para que isso ocorra, é necessário 
que se promova a notificação ao devedor. 
O Daniel ofereceu como garantia dessa obrigação, 
a sua própria casa ao credor cedente, o credor 
hipotecário. O novo credor (cessionário), Banco Y, 
irá na matrícula do imóvel de Daniel, o que foi 
dado em garantia, e vai averbar essa cessão no 
cartório, dizendo que o Daniel não deve mais ao 
Banco X e sim ao Banco Y. 
Art. 290. A cessão de crédito não tem eficácia em 
relação ao devedor, senão quando a este notificada; 
mas por notificado se tem o devedor que, em escrito 
público ou particular, se declarou ciente da cessão 
feita. 
O credor cedente pode transferir seu crédito para 
várias pessoas e ficar embolsando dinheiro de todo 
mundo. O devedor pode ajuizar uma ação pedindo 
que este diga quem ele deve pagar ou pode pagar 
para quem tem o contrário original. 
Art. 291. Ocorrendo várias cessões do mesmo 
crédito, prevalece a que completar com a tradição 
do título do crédito cedido. 
O Banco X era o credor originário do devedor e 
este transferiu a dívida para o Banco Y e o devedor 
não foi notificado e pagou o boleto do Banco X. O 
devedor pagou bem. 
Art. 292. Fica desobrigado o devedor que, antes de 
ter conhecimento da cessão, paga ao credor 
primitivo, ou que, no caso de mais uma cessão 
notificada, paga ao cessionário que lhe apresenta, 
com o título da cessão, o da obrigação cedida; 
quando o crédito constar de escritura pública, 
prevalecerá a prioridade da notificação. 
@studiessofie 
São três hipóteses: 1º devedor pagou ao banco x e 
ainda não tinha sido notificado, pagando bem 
então, sendo desobrigado a pagar ao credor 
cessionário. 2º devedor recebe várias notificações, 
paga àquele que apresentou a escritura pública. 3º 
o devedor paga a quem apresentou primeiro a 
notificação. 
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as 
exceções que lhe competirem, bem como as que, no 
momento em que veio a ter conhecimento da 
cessão, tinha contra o cedente. 
A dona joana era devedora do Banco Safra e ela 
estava pagando certinho. O Banco Safra cedeu o 
crédito para o Banco Pan, e o Banco Pan não tem 
agência na cidade da dona Joana e nem banco 
correspondente. 
O Banco Pan terá de dar um jeito para que a 
devedora Joana pague, pois o credor não pode 
dificultar a vida do devedor. 
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, 
ainda que não se responsabilize, fica responsável 
ao cessionário pela existência do crédito ao tempo 
em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe 
cabe nas cessões por título gratuito, se tiver 
procedido de má-fé. 
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente 
não responde pela solvência do devedor. 
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário 
pela solvência do devedor, não responde por mais 
do que daquele recebeu, com os respectivos juros; 
mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as 
que o cessionário houver feito com a cobrança. 
Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode 
mais ser transferido pelo credor que tiver 
conhecimento da penhora; mas o devedor que o 
pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, 
subsistindo somente contra o credor os direitos de 
terceiro. 
Diferença da Cessão: 
Pro Soluto Cedente primitivo não se 
responsabiliza pela 
solvência do devedor. 
(Art. 296) 
Pro Solvendo cedente primitivo 
responderá pela 
solvência do devedor, 
nos limites que ele 
recebeu. (Art. 297) 
OBSERVAÇÃO: Todo cedente tem uma 
responsabilidade, se o cedente não se 
responsabiliza pela solvência ele é pelo menos, 
responsável, pela existência do crédito. (Art. 
295) 
Adimplemento 
“Extinção das obrigações” 
Adimplemento se subdivide em: direto e indireto 
Direto A obrigação é cumprida 
nos mesmos moldes 
inicialmente 
estabelecidos. 
Indireto A obrigação é cumprida 
no modo diverso que foi 
estabelecido. 
direto 
O adimplemento direto a obrigação é cumprida nos 
mesmos moldes inicialmente estabelecidos. 
“Regras do bom pagamento” 
Arts. 304 ao 333 do CC 
Art. 304. Qualquer interessado na extinção da 
dívida pode pagá-la, usando, se o credor se opuser, 
dos meios conducentes à exoneração do devedor. 
Parágrafo único. Igual direito cabe ao terceiro não 
interessado, se o fizer em nome e à conta do 
devedor, salvo oposição deste. 
O interessado é todo aquele que pode ser mandado 
(cobrado) pelo pagamento. Ex.: fiador, aquele que 
dá um bem seu em garantia de uma outra pessoa, 
consignação. 
Quem faz o pagamento é qualquer interessado, e 
esse interessado pode ser: devedor principal ou um 
terceiro interessado. Se é o terceiro interessado 
que realiza o pagamento, isto gera um efeito a ele 
mesmo, ele se sub-roga nos direitos de credor, 
pode exigir as garantias, as preferências, os 
privilégios. Porém, este terceiro interessado, não 
@studiessofie 
pode fazer o pagamento em oposição ao devedor 
principal, tem que fazer em nome do devedor 
principal e se faz nesse nome, entende-se que se fez 
uma doação. Para ser uma sub-rogação, tem que 
ser uma sub-rogação expressa. 
Art. 305. O terceiro não interessado, que paga a 
dívida em seu próprio nome, tem direito a 
reembolsar-se do que pagar; mas não se sub-roga 
nos direitos do credor. 
Parágrafo único. Se pagar antes de vencidaa 
dívida, só terá direito ao reembolso no vencimento. 
O terceiro não interessado, que paga a dívida, em 
seu próprio nome, tem direito ao reembolso, mas 
não tem direito a sub-rogação porque, para ter 
efeito a sub-rogação está previsto no art. 349 CC 
(A sub-rogação transfere ao novo credor, a mesma 
dívida. Ex.: se paga a dívida estava garantida por 
um fiador, pode cobrar essa dívida ao fiador. 
Art. 306. O pagamento feito por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não 
obriga a reembolsar aquele que pagou, se o devedor 
tinha meios para ilidir a ação. 
Ilidir = refutar, rebater 
“Quem paga de intrometido, não tem direito de 
cobrar e nem de reembolso” 
Ex.: João e Maria eram casados. João já tinha 
filhos de um relacionamento anterior, e esses dois 
estão cobrando pensão alimentícia para o João, 
porém este não paga. A dívida está alta, que dá 
para penhorar a casa. 
Para penhorar a casa, se a casa foi adquirida por 
eles, metade da casa é do João e a outra metade de 
Maria... fará então uma avaliação da casa. A casa 
vale 1 milhão e então a casa irá à leilão, e irá 
guardar 500 mil á Maria e o resto a quota parte 
dos filhos do João, e o que sobrar (e se sobrar) o 
resto para o João. 
O STJ- é admitida a alienação integral do bem 
individual em qualquer hipótese de propriedade 
comum, resguardando-se, ao coproprietário ou 
cônjuge alheio à execução, o equivalente em 
dinheiro da sua quota-parte no bem. 
Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar 
transmissão da propriedade, quando feito por quem 
possa alienar o objeto em que ele consistiu. 
Parágrafo único. Se se der em pagamento coisa 
fungível, não se poderá mais reclamar do credor 
que, de boa-fé, a recebeu e consumiu, ainda que o 
solvente não tivesse o direito de aliená-la. 
Ex.: Uma pessoa faz um contrato com Bia e o 
pagamento será feito em dinheiro. Se a pessoa não 
consegue pagar em dinheiro, ela pode dar um 
OBJETO que está em SEU NOME. 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou 
a quem de direito o represente, sob pena de só valer 
depois de por ele ratificado, ou tanto quanto 
reverter em seu proveito. 
O pagamento deve ser feito ao credor ou ao credor 
derivado (a quem de direito represente). 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor 
putativo é válido, ainda provado depois que não era 
credor. 
Se o pagamento é feito de boa-fé desconhece o 
defeito. 
Art. 319. O devedor que paga tem direito a quitação 
regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe 
seja dada. 
Mas vale dizer, que quando o devedor retém o 
pagamento enquanto não lhe seja dada a quitação 
regular, ele irá tomar providências para fazer o 
pagamento. Irá promover a Consignação do 
pagamento (uma forma de adimplemento indireto. 
A quitação é um direito do devedor. 
 Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser 
dada por um instrumento particular (Ainda que 
seja feito por uma escritura pública), designará o 
valor e a espécie da dívida quitada, o nome do 
devedor, ou por quem este pagou, o tempo e o lugar 
do pagamento, com assinatura do credor, ou do seu 
representante. 
Parágrafo único. Ainda sem os requisitos 
estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de 
seus termos os das circunstâncias resultar haver 
sido paga a dívida. 
@studiessofie 
Se possui o comprovante, tem o documento que 
comprova a quitação. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento 
em ouro ou em moeda estrangeira, bem como para 
compensar a diferença entre o valor desta e o da 
moeda nacional, executados os casos previstos na 
legislação especial. 
Para o brasileiro, não se faz contrato negociando 
ouro ou moeda estrangeira como forma de 
pagamento e nem compensação, salvo os casos 
previstos na legislação. 
Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na 
devolução do título, perdido este, poderá o devedor 
exigir, retendo o pagamento, declaração do credor 
que inutilize o título desaparecido. 
Ex.: cheque sem fundo. Imagina que fulano 
apresentou um cheque sem fundo... 
Art. 322. Quando o pagamento for em quotas 
periódicas, a quitação da última estabelece, até 
prova em contrário, a presunção de estarem 
solvidas as anteriores. 
Ex.: se há um contrato de 60 parcelas, e tem a 
quitação da parcela 40, infere-se então que todas 
as anteriores estão quitadas. 
Art. 323. Sendo a quitação do capital sem reserva 
dos juros, estes presumem-se pagos. 
Quando não se paga a dívida integralmente, paga-
se juros. 
Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a 
presunção do pagamento. 
Ex.: se a pessoa devolve o cheque, e o fulano fizer 
um documento, a entrega desse título ao devedor, 
traz uma presunção de pagamento. 
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim 
operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta 
do pagamento. 
 Art. 325. Presumem-se a cargo do devedor as 
despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer 
aumento por fato do credor, suportará este a 
despesa acrescida. 
Há uma presunção relativa. Se o consumidor, ou 
qualquer outro devedor, propuser a ação de 
consignação de pagamento, quem irá ressarcir as 
despesas será o causador das despesas. 
Art. 326. Se o pagamento se houver de fazer por 
medida, ou peso, entender-se-á, no silêncio das 
partes, que aceitarem os do lugar da execução. 
DO LUGAR DO PAGAMENTO 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do 
devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da 
natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
A regra de cumprir o pagamento é que seja no 
domicílio do devedor. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, 
cabe ao credor escolher entre eles. 
Art. 328. Se o pagamento consistir na tradição de 
um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, 
far-se-á no lugar situado o bem. 
Faz o pagamento na situação da coisa. 
Art. 329. Ocorrendo motivo grave para que não se 
efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o 
devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o 
credor. 
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em 
outro local faz presumir renúncia do credor 
relativamente ao previsto no contrato. 
Traz um instituto da Supréssio e da Surrectio são 
dois lados da mesma moeda. A Supressio é a 
supressão de um direito que o credor tinha e a 
Surrectio é o surgimento de um direito para o 
devedor. Isso surge pela pratica reiterada de boa-
fé do devedor. 
Obrigação Quesível 
(Quérable) 
Pagamento feito no 
domicílio do devedor. 
Obrigação Portável 
(Portable) 
Pagamento feito no 
domicílio do credor. 
DO TEMPO DO PAGAMENTO 
Em regra, trata-se de uma obrigação pura (não tem 
termo, não tem data, não tem prazo combinado). 
@studiessofie 
Ex.: empréstimo em família. 
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, não 
tendo sido ajustada época para o pagamento, pode 
o credor exigi-lo imediatamente. 
Art. 332. As obrigações condicionais cumprem-se 
na data do implemento da condição, cabendo ao 
credor a prova de que deste teve ciência o devedor. 
Ex.: corretor de imóvel. O implemento da condição 
só pode ser colocada se o devedor tiver ciência. 
OAB. Art. 333. Ao credor assistirá o direito de 
cobrar a dívida antes de vencido o prazo 
estipulado no contrato ou marcado neste 
Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de 
concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, 
forem penhorados em execução por outro 
credor; 
Bem hipotecado é o bem que o próprio dono deu 
em garantia como forma de que irá pagar a dívida. 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, 
as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e 
o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se 
houver, no débito, solidariedade passiva, não se 
reputará vencido quanto aos outros devedores 
solventes. 
indireto 
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a 
obrigação, o depósitojudicial ou em 
estabelecimento bancário da coisa devida, nos 
casos e formas legais. 
A consignação em pagamento é um mecanismo que 
mais serve para o devedor. 
O depósito judicial tem que estar vinculado a um 
processo, o estabelecimento bancário não é um 
depósito na conta corrente do credor... o 
estabelecimento bancário é um serviço feito por 
bancários. 
As hipóteses de ajuizar uma ação em consignação 
de pagamento: 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I- Se o credor não puder, ou, sem justa 
causa, recusar receber o pagamento, ou 
dar quitação na devida forma; 
(devedora foi pagar a credora, mas a 
credora não quis da o recibo que 
quitou... então ela vai consignar no 
banco ou em juízo) 
II- Se o credor não for, nem mandar 
receber a coisa no lugar, tempo e 
condição devidos; (se o credor não for 
receber a coisa, significa então que a 
obrigação tem que ser cumprida no 
domicílio do devedor, é uma obrigação 
quesível) 
III- Se o credor for incapaz de receber, for 
desconhecido, declarado ausente, ou 
residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil; (Nessas hipóteses é 
melhor promover uma ação judicial, 
porque o juiz da a quitação. É uma 
obrigação portável) 
IV- Se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o objeto do 
pagamento; (É melhor fazer a 
consignação judicial, paga e o juiz da 
quitação, o comprovante ao devedor) 
V- Se pender litígio sobre o objeto do 
pagamento. (O juiz decidirá o quanto 
será devido a pagar por conta do 
conflito) 
Art. 336. Para que a consignação tenha força de 
pagamento, será mister concorram, em relação às 
pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os 
requisitos sem os quais não é valido o pagamento. 
Se o pagamento deveria ter feito em Goiana, não 
pode ajuizar uma ação em Brasília. Se o 
pagamento deveria ser entregar um carro, não se 
pode ajuizar uma ação para entregar coisa 
diversa. 
A consignação em pagamento em juízo é para 
forçar ao credor receber aquilo que ele recusou, 
não foi buscar... 
No CPC, a ação de consignação em pagamento: 
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Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o 
devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa 
devida. (A consignação em pagamento pode ser 
feita em dinheiro ou coisa, e pode ser judicial ou 
extrajudicial.) 
§1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá 
o valor ser depositado em estabelecimento 
bancário, oficial onde houver, situado no lugar de 
pagamento, certificando-se o credor por carta com 
aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) 
dias para a manifestação da recusa. (É quando o 
devedor vai ao banco pagar porque o credor não 
quer receber. Quando o devedor paga o banco 
notifica ao credor por carta, e este tem 10 dias 
para recusar o pagamento feito) 
§2º Decorrido o prazo do §1º, contando do retorno 
do aviso de recebimento, sem a manifestação de 
recusa, considerar-se-á o devedor liberado da 
obrigação, ficando à disposição do credor a quantia 
depositada. (O credor não se manifestou do 
dinheiro pago pelo devedor, mas o devedor é 
liberado da obrigação e cumpriu a mesma) 
§3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao 
estabelecimento bancário, poderá ser proposta, 
dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, 
instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da 
recusa. (Se o credor vai ao banco e recusa o 
pagamento feito pelo devedor, deixa o dinheiro 
depositado e conta-se 30 dias no máximo para 
ajuizar uma ação de consignação de pagamento) 
§4º Não proposta a ação no prazo do §3º, ficará sem 
efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. 
(Não feita a ação em 30 dias, o dinheiro pode ser 
retirado e depois vê no que dará). 
Art. 540. Requerer-se-á a consignação no lugar do 
pagamento, cessando para o devedor, à data do 
depósito, os juros e os riscos, salvo se a demanda 
for julgada improcedente. (Se der entrada na 
consignação de pagamento e o devedor continuará 
pagando, porém a ação movida foi considerada 
improcedente, o devedor irá pagar o que restou/e 
os juros) 
Art. 541. Tratando-se de prestações sucessivas 
(parcelas), consignada uma delas, pode o devedor 
continuar a depositar, no mesmo processo e sem 
mais formalidades, as que se forem vencendo, 
desde que o faça em até 5 (cinco) dias contados da 
data do respectivo vencimento. (Todo mês o 
devedor irá depositar o valor da ação consignada. 
O depósito judicial é feito no depósito bancário) 
Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá: 
I- O depósito da quantia ou da coisa 
devida, a ser efetivado no prazo de 5 
(cinco) dias contados do deferimento, 
ressalvada a hipótese do art. 539 §3º 
II- A citação do réu para levantar depósito 
ou oferecer contestação 
Parágrafo único. Não realizado o depósito no 
prazo do inciso I, o processo será extinto sem 
resolução do mérito. 
Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa 
indeterminada e a escolha couber ao credor, será 
este citado para exercer o direito dentre 5 (cinco) 
dias, se outro prazo não constar de lei ou fixar 
lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena 
de depósito. (Primeiro cita-se o credor para ele 
escolher o que o devedor tem que entregar, foi 
combinado que o credor iria escolher.) 
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: 
I - Não houve recusa ou mora em receber a quantia 
ou a coisa devida; (Se a consignação for 
considerada procedente é o réu, credor, que paga 
os honos da sucumbência do processo (honorários 
advocatícios do processo do vencedor, pagar as 
custas do pedido) 
II - Foi justa a recusa; 
III - O depósito não se efetuou no prazo ou no lugar 
do pagamento; 
IV - O depósito não é integral. 
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação 
somente será admissível se o réu indicar o montante 
que entende devido. 
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é 
ilícito ao autor completá-lo, em 10 (dez) dias, salvo 
se corresponder a prestação cujo inadimplemento 
acarrete a rescisão do contrato. (Quando está 
faltando uma parte do pagamento) 
§1º No caso do caput, poderá o réu levantar (sacar), 
desde logo, a quantia ou a coisa depositada, com a 
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consequente liberação parcial do autor, 
prosseguindo o processo quanto à parcela 
controvertida. (Se o credor aceita levantar a 
quantia é permitido) 
§2º A sentença que concluir pela insuficiência do 
depósito determinará, sempre que possível, o 
montante devido e valerá como título executivo, 
facultado ao credor promover-lhe o cumprimento 
nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. 
(Se o valor devido estiver faltando, na ação de 
consignação de pagamento já calcula este valor 
que falta, liquida e pode já concluir o valor da 
sentença) 
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz 
declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao 
pagamento de custas e honorários advocatícios. 
(Quando o devedor é considerado certo no 
processo) 
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo se 
o credor receber e der quitação. 
Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva 
legitimamente receber o pagamento, o autor 
requererá o depósito e a citação dos possíveis 
titulares do crédito para provarem o seu direito. 
Art. 548. No caso do art. 547: 
I - Não comparecendo pretendente algum, 
converter-se-á o depósito em arrecadação de coisas 
vagas; (Deixa lá o dinheiro até que alguém 
apareça) 
II - Comparecendo apenas um, o juiz decidirá de 
plano; 
III - Comparecendo mais de um, o juiz declarará 
efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre 
os presuntivos credores, observado o procedimento 
comum. 
adimplemento direto 
DO OBJETO DE PAGAMENTO 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que 
mais valiosa. (A maneira correta de pagar, é pagar 
a prestação como é devida) 
Art. 314. Ainda que a obrigação

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