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NEIDE - RELATORIO FINAL ajustado

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32
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DEMEDICINA VETERINÁRIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ÁREA: CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS
FECALOMA COM MEGACÓLON – RELATO DE CASO
JACINEIDE GARCIA DE CARVALHO NEVES
MANAUS – AM
2022
JACINEIDE GARCIA DE CARVALHO NEVES
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ÁREA: CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS
FECALOMA COM MEGACÓLON – RELATO DE CASO
Relatório da disciplina de Estágio Profissional Apresentado ao Curso de medicina Veterinária do Centro Universitário do Norte – UNINORTE, a fim de atender aos requisitos para obtenção de nota parcial da disciplina de Estágio da Profa. Msc.Anny Leite, sob orientação do Prof. Esp. Paulo Sérgio de oliveira Santos e Co-orientação do M.V Rubens Costa
MANAUS – AM
2022
JACINEIDE GARCIA DE CARVALHO NEVES 
Relatório de estágio supervisionado na área de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, submetido ao corpo docente do Centro Universitário do Norte, como parte dos requisitos necessários à obtenção de graduação.
 Data da aprovação: 07/06/2022
BANCA AVALIADORA: 
_________________________________________ 
Paulo Sérgio de Oliveira Santos
 Orientador(a)
 _________________________________________ 
Título e nome do Professor
 Membro 1
 _________________________________________ 
Título e nome do Professor 
Membro 2
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a Deus por ser tão presente e essencial em minha vida, o autor do meu destino, meu guia que nunca me abandonou.
Aos meus filhos: Patrícia Neves, Priscila Neves, Felipe Neves e Débora Neves. 
As minhas amigas Anne Leão por seu incentivo e Ruthiane Sales que foi uma fonte inesgotável de apoio técnico durante todo o processo. 
A minha nora Alessandra Nascimento que me ofereceu apoio ao longo deste período. 
A minha irmã Janete Moraes por suas orações e aos meu irmãos José Garcia e Domingos Sávio pela prontidão em sempre apoiar em meus projetos, amo muito vocês. 
Ao meu orientador mestre Professor Paulo Sérgio de Oliveira Santos e meu coorientador Rubens Antônio Couto Costa que juntos me auxiliaram na germinação das ideias e durante todo o processo de desenvolvimento deste presente trabalho.
 Por fim o meu mais especial agradecimento, ao meu esposo (in memória) José Azevedo das Neves, cujo empenho em me apoiar nos estudos sempre veio em primeiro lugar. Aqui estão os resultados dos seus esforços meu amor.
AGRADECIMENTO
A Deus, pela minha vida, e por me permitir ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo da realização deste trabalho.
Aos amigos e familiares por todo o apoio e pela ajuda, que muito contribuíram para a realização deste trabalho.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao longo do curso.
Às pessoas com quem convivi ao longo desses anos de curso, que me incentivaram e que certamente tiveram impacto na minha formação acadêmica.
‘’A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.’’
 (Arthur Schopenhauer)
RESUMO
É denominado fecaloma quando as fezes estão retidas e ressecadas no interior do colón. O paciente pode apresentar sinais clínicos como dificuldade de defecar, vômitos, constipação, apatia, tenesmo e hematoquesia. Ocorrem com maior incidência em felinos devida seus hábitos comportamentais de higiene, principalmente pela ingestão de pelos e também pela recusa de defecação ao encontrar o local sujo. Outro fator desencadeante é a baixa ingestão de água. O presente estudo tem por objetivo relatar o caso de um fecaloma em um felino macho, sem raça definida, pelagem branca e amarela, quatro meses de idade. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico de enterotomia e após meses retornou a clínica Pegadas com recidiva do quadro. Neste caso, foi recomendado uma lavagem que obteve sucesso sendo desnecessária um novo procedimento operatório.
Palavras-chave: constipação; felino; megacólon.
ABSTRACT
It is called fecaloma when the feces are retained and dried inside the colon. The patient may present clinical signs such as difficulty defecating, vomiting, constipation, apathy, tenesmus and hematochezia. They occur with greater incidence in felines due to their hygiene behavior habits, mainly by the ingestion of fur and also by the refusal to defecate when finding the dirty place. Another triggering factor is low water intake. The present study aims to report the case of a fecaloma in a male feline, mixed breed, white and yellow, four months old. The patient underwent the surgical procedure of enterotomy and after months returned to the pegadas clinic with recurrence of the condition. In this case, a successful lavage was recommended, and a new operative procedure was unnecessary.
Keywords: constipation; feline; megacolon.
LISTA DE TABELA
Tabela 1 – Atividade Clínica cirúrgica - HOVET
Tabela 2 – Doenças Diagnosticadas - HOVET
Tabela 3 – Aulas ministradas durante o estágio - HOVET
Tabela 4 – Atividades Clínicas Pegadas 
LISTA FIGURA
Figura 1 – Fachada do Hovet 
Figura 2 – Recepção do Hovet 
Figura 3 – Sala de preparo do Hovet 
Figura 4 – Fachada do Pegadas 
Figura 5 – Consultório do Pegadas
Figura 6 – Exame de Hemograma 
Figura 7 – Exame de Sorologia
Figura 8 – Exame de Radiografia
Figura 9 – Laudo do exame de radiografia
Figura 10 – Paciente Internado
Figura 11 – Paciente Recuperado
 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	12
2. DESCRIÇÃO GERAL DO LOCAL DE ESTÁGIO	12
2.1 Histórico Institucional	12
2.2 Localização	15
3. Atividade Desenvolvidas	15
3.1 Atividade Clínica – HOVET	16
3.2 Atividade Clínica – CONSULTÓRIO PEGADAS	24
4. A IMPORTÂNCIA E O OBJETIVO DO ESTÁGIO	27
5. ESTUDO DE CASO	28
6. A DISCUSSÃO	32
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS	34
8.REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA	36
ANEXOS	39
APÊNDICE	41
1 INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado em Medicina Veterinária é um componente curricular obrigatório para a graduação em Medicina Veterinária previsto pela Diretriz Curricular Nacional (CNE/CES 1, de 18 de fevereiro de 2013).
Trata-se de um procedimento teórico e prático tomando como base o pensar e o agir nas instituições de ensino superior. 
O estágio iniciou no Hospital Veterinário (HOVET) do Centro Universitário do Norte para a realização do estágio supervisionado, motivada por ser um hospital escola, oferecendo a possibilidade de acompanhamento de profissionais capacitados, resultando em um aprendizado completo e qualificado.
Posteriormente o estágio passou a ser realizado nas dependências do Consultório Veterinário Pegadas, objetivando pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante a graduação, proporcionando maior experiência e visando à preparação final para inserção no mercado de trabalho.
O presente relatório tem por objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante o estágio curricular, e a discussão de casos clínicos acompanhados. Igualmente, vem objetivar o norteamento dos alunos, em orientar a etapa de fundamental importância na formação acadêmica, no que tange ao esclarecimento de dúvidas que sempre permeiam ao longo deste processo de estágio. 
2. DESCRIÇÃO GERAL DO LOCAL DE ESTÁGIO 
2.1 Histórico Institucional
A instituição de ensino Ser Educacional UNINORTE, é a primeira instituição de ensino do Amazonas com o curso de Medicina Veterinária a dispor de uma estrutura hospitalar para animais de pequeno porte - HOVET (Hospital Veterinário) (Figura 1), inaugurado no dia 12 de junho de 2018, com o escopo de aperfeiçoar a prática e a conduta dos alunos mediante ao cenário de atendimento ou consulta além de oferece suporte às aulas práticas em áreas como: clínica médica e cirúrgica, laboratorial, patológica e fisioterápica,proporcionando aos acadêmicos á melhor qualidade no aprendizado.
Figura 1- Fachada do HOVET Figura 2 - Recepção 
 
Fonte: Neves (2022) Fonte: Neves (2022)
 Figura 3 - Sala de Preparo
 Fonte: Neves (2022)
O hospital possui uma estrutura para atendimento de pequenos animais. Possui uma fachada moderna (Figura 1), uma recepção (Figura 2) , onde ficam as ficha de identificação dos animais, e em seguida tem seu encaminhamento a sala de triagem (Figura 3),sendo dado o direcionamento do caso dependendo da necessidade de atendimento (clínica médica ou cirúrgica), baseado na queixa principal. O hovet conta ainda com 02 centros cirúrgico, sala de paramentação, de preparo e de recuperação anestesica. 
O horário de atendimento ao público no HOVET é de segunda-feira a sexta-feira, das 08:00h às 22:00h, sem fechar ao meio dia. Os atendimentos são realizados em ordem de prioridade, grau de severidade e enfermidade (urgência e emergência) ou ordem de chegada. 
A sala de cirúrgia contém vários equipamentos cirúrgicos, diversos kits esterilizados de instrumentos cirúrgicos, panos de campo e alguns medicamentos. Além disso, possuía uma mesa cirúrgica e instrumentos cirúrgicos. No mesmo corredor encontra-se a sala de internação dos animais que passam pelo procedimento. 
Em frente aos consultórios localizava-se a sala de observação destinada a internação e acompanhamentos dos pacientes. Há três consultórios lado a lado, opostamente ficam as salas de exame de imagem de ultrassonografia e raio x.
Há uma sala de expurgo, onde é realizada a limpeza dos materiais e instrumentos utilizados nos procedimentos clínicos, a qual possuí uma pequena pia para a limpeza e esterilização. Posteriormente, os itens são destinados a um espaço destinado a autoclavagem onde é montados kits contendo panos, compressas e instrumentos cirúrgicos, os quais seguem para a esterilização em autoclave.
Posteriormente, o estágio no Consultório Pet Shop Pegadas, local de atual realização de estágio atuante há mais de 09 anos em Manaus. Foi inaugurado no dia 03 de setembro de 2012 dispondo de uma estrutura para animais de pequeno porte.
Seu objetivo é proporcionar a mais completa assistência médica veterinária para os animais de estimação, oferecendo sempre os melhores serviços médicos, aliado com alguns, produtos veterinários.
A unidade dispõe de uma recepcionista e vendedora com uma médica veterinária.
Possui uma pequena fachada (figura 01), na entrada há uma modesta loja com variedade de mercadorias, tais como: rações, brinquedos, perfumarias, adereços e roupas para pet. Ao fundo o consultório médico (figura 02), ao lado a sala de preparo e atendimento.
O horário de atendimento ao público é de segunda-feira a sábado até das 08:00h às 18:00h, sábado até as 14:00 horas sem fechar ao meio dia. Os atendimentos são realizados em ordem de chegada.
 Figura 4- Fachada do Pegadas Figura 5- Consultório 
 
 Fonte: Neves (2022) Fonte: Neves (2022) 
 
2.2 Localização
O estágio supervisionado foi realizado a princípio no HOVET- Hospital veterinário, localizado na rua Jonathas Pedrosa, 48 – Praça 14 de Janeiro, Manaus – AM, 69020-110 e posteriormente na Consultório Veterinário e Petshop Pegadas situado a Avenida Leopoldo Peres, 393 - Educandos, Manaus - AM, 69070-250.
3. Atividade Desenvolvidas
Antes de adentrarmos para o estágio supervisionado tivemos 37 horas de aula dentro da Intituição UNINORTE para instruções objetivando o preparo do profissional e nos consientizando das importantes funções a serem atribuídas. Concomitante este ensino, nos foi repassado todo direcionamento da confecção do relatário em todos seus aspectos.
No primeiro momento de Entrega do Relatório Parcial as atividades exercidas nas dependências hospital veterinário Hovet sob supervisão do médico veterinário Rubens Antonio Couto Costa , no período de 03/03/22 a 12/04/22, perfizeram um total de 168,5 horas de estágio, no primeiro momento de Entrega do Relatório Parcial.
 Por conseguinte as atividades exercidas nas dependências do consultório e Pet Shop Pegadas sob supervisão do médica veterinária Ruthiane Sales, no período de 14/04/22 a 07/06/22, perfazendo um total de 168,5 horas de estágio.
Finalizando assim com a entrega do Relatório somando 374 horas de estágio supervisionado.
3.1 Atividade Clínica – HOVET 
Durante o período de 03/03/22 a 12/04/22, foram acompanhados os seguintes casos no HOVET, conforme tabela abaixo:
 Tabela 01 – Atividade clínicas e cirúrgicas - HOVET
	Atendimentos
	Quantitativo
	Consultas
	27
	Desidratação
	1
	Pré e pós cirúrgico
	2
	Clínica Cirúrgica
	 2
	Orquiectomia
	 2
Fonte: (Neves,2022)
 
 Tabela 02 – Doenças Diagnósticadas - HOVET
	HOVET - 2022
	Aulas ministradas
	Quantitativo
	A) Princípios de Biossegurança
	1
	B) Instruções sobre paramentação
	1
	C) Instruções sobre a Esterilização
	1
	D) Instruções sobre Instrumentação
	1
	E) Princípios sobre Vias de Adm. e Coleta
	1
	F) Código e Ética na medicina veterinária
	1
	G) Instruções sobre Cálculo de doses
	1
	H) Neoplasia de pele
	1
	I ) Instruções sobre Fluidoterapia e Bomba de Infusão
	1
	J) Instruções sobre Manipulação sobre bomba de Infusão
	1
	L) Instrução sobre Protocolo Anestésico
	1
	M) Instruções de como se comportar nas consultas
	1
	N) Instruções sobre como gerenciar uma Clínica ou Negócios
	1
	O) Estudos de Relato de Caso
	1
	TOTAL
	14
Fonte: (Neves,2022)
A seguir, passa-se a apresentá-las:
1- Alopecia - Alopecia canina é a doença que pode ser caracterizada como uma espécie de “calvície” em cães, possivelmente hereditária ela acomete os animais e decorrente de alterações hormonais locais. Acomete tanto fêmea quanto macha, tendo predileção pelo segundo ainda não castrada entre um a cinco anos de idade. Atinge principalmente raças nórdicas como, por exemplo, o spitz alemão, malamute do Alasca, husky siberiano e samoieda. (BRUNNER et al. apud TALARICO et al., 2020). 
2- Copofragia - é o ato de ingerir fezes e pode ser realizada por diversos animais incluindo roedores, coelhos, equinos e até gatos domésticos. Pode ser causada pela seguintes sintomas: Verminoses; Submissão; Estresse e ansiedade; Sabor agradável; Em alguns casos em fêmeas pós parto, pois muitas cadelas que recém foram mamães podem comer suas fezes e as fezes de seus filhos para manter a higiene do local. (GEGGEL, 2017).
3- Dermatófitose - uma enfermidade cutânea de origem fúngica que merece destaque por sua elevada incidência na clínica de pequenos animais e importância na saúde animal e humana, pois pode ser transmitida do animal para o homem ou do homem para o animal. (CANAVANIS,2017)
4- Esporotricose - é uma micose subaguda e crônica, causada por Sporothrix um fungo que através de feridas entra para o organismo, ocasionando graves lesões na pele, também conhecida como “doença do jardineiro”. Pode ser encontrado em forma de bolor (em ambientes úmidos, plantas ou unhas de animais) ou em forma de levedura (em tecido vivo) (SILVA et al., 2012). 
5- Erliquiose Monoática - A erliquiose monocítica canina é uma doença cosmopolita causada por Ehrlichia canis e transmitida pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, sendo frequentemente diagnosticada em cães em todo o Brasil. Os carrapatos são considerados vetores de um número de agentes infecciosos maior que qualquer outro grupo. São descritos mais de 800 espécies de carrapatos, e no Brasil cerca de 50. (GUEDES, et al., 2015).
6- Glaucoma - O glaucoma é uma enfermidade oftalmológica em que ocorre aumento da pressão intraocular (PIO) acarretando em cegueira nos caninos acometidos. A pressão intraocular normal em cães e gatos varia de 15 a 25 mmHg, que quando elevadaleva a perda das células ganglionares da retina e atrofia dos axônios do nervo óptico, gerando a escavação do nervo óptico, redução do campo visual e finalmente, perda da visão (COPETTI,2015).
7- Infecção Urinária – As infecções do trato urinário (ITU) são uma das causas mais frequentes de doença nos cães, tendo menor ocorrência nos gatos. A definição de ITU está relacionada à colonização microbiana do epitélio estratificado dos variados nichos do trato urinário como, mucosa uretral, bexiga, ureteres, pelve renal, túbulos contorcidos e dutos coletores dos rins. A multiplicação bacteriana em locais do trato urogenital geralmente desprovido de microbiota se deve, principalmente, à ascensão de bactérias presentes na porção distal da uretra, muitas vezes originárias da microbiota intestinal (CANATTO, 2012)
8- Luxação patelar medial - é uma das causas mais comuns de claudicação em raças pequenas, mesmo que acometa algumas grandes. Normalmente, grande parte é decorrente de traumatismo. Em alguns casos a luxação coxofemoral traumática pode também ser acompanhada pela luxação patelar medial (FOSSUM,2014).
9- Otite – é uma doença inflamatória que surge com certa frequência nas orelhinhas dos cães. A umidade dentro do ouvido contribui para o início da inflamação, por isso é muito importante proteger as orelhas do animal na hora do banho. Os sintomas são: Muita coceira no ouvido; Chacoalhar a cabeça; Odor forte na orelha; Dor ao encostar no local. Até 85% dos casos de otite externa podem ser controlados apenas com tratamento tópico. A terapia sistêmica deve ser associada à tópica nos casos mais graves e /ou crônicos (CARVALHO, 2017). 
10- Obstrução Urinária – é uma emergência urológica grave, comum em felinos e que pode ser fatal caso o fluxo urinário não seja reestabelecido dentro de 24 a 48 horas. Como consequência da obstrução uretral, há um aumento da pressão intravesicular devido à repleção excessiva. a. É necessário o conhecimento e correta identificação do quadro clínico do paciente que está sendo tratado para avaliar qual a conduta mais indicada para o caso. Nenhum tratamento é indicado quando o paciente apresentar cálcio total sérico diminuído, porém o cálcio ionizado dentro dos valores de referência (RECHE, et al., 2015).
11- Poliúria – Geralmente o ato de tomar muita água também está associado ao ato de urinar muito, o que é conhecido como poliúria. Normalmente cães e gatos possuem um volume urinário diário entre 20 a 45 mL/kg. Geralmente esta associada a uma gama de distúrbios hormonais ou não hormonais. Solicitar exames de triagem vai direcionar o diagnóstico, como por exemplo: hemograma, perfil bioquímico, renal e hepático, glicemia, dosagem de eletrólitos, triglicérides e colesterol (WEESE, et al, 2019). 
12-Rinoscopia – faz parte do diagnóstico das alterações nasais. Pode ser indicada em casos agudos, crônicos ou que não responderam a terapia. Para ser realizada precisa de um plano anestésico mais profundo, que pode ser realizada de maneira segura pelo anestesista, pois a mucosa nasal é muito sensível ao toque. A maioria dos animais que realizam a rinoscopia apresenta sinais crônicos e geralmente falharam em responder a antibióticoterapia ou a antiinflamatórios esteroidais (CHAMPION, 2015)
12- Trauma Carapaça – fraturas de carapaça e plastrão são as mais comuns, que podem ocorrer como consequência de atropelamento por automóveis, quedas, hélices de barcos, cortadores de grama ou mordida de animais, como tubarão, cães e gatos. As placas córneas do escudo dos quelônios possuem a mesma função que a pele nos humanos, portanto o escudo fraturado deve ser tratado com os mesmos cuidados de uma pele lesionada. O casco age como uma barreira natural do organismo que isola os componentes internos do meio externo. O exame físico detalhado pode necessitar de sedação ou anestesia; no entanto, imobilização química deve ser considerada apenas quando o paciente estiver estabilizado. Radiografia se faz necessária nesta etapa do exame para ajudar a identificar o quadro do animal, sendo útil na avaliação da extensão da lesão no casco e no esqueleto apendicular (MADER & DIVERS, 2013). 
13- Uveíte – é a inflamação da úvea e frequentemente acomete cães, sendo esta uma das principais inflamações ocasionadas por doenças infecciosas nestes animais. Pode ocorrer em qualquer fase da vida dos animais. Nos gatos, ela é mais comum em machos, com idades entre 7 e 9 anos, e pode estar associada a doenças virais. O tratamento da uveíte é feito com colírios anti-inflamatórios específicos, com o objetivo de reduzir a inflamação e a dor (NÓBREGA, 2015)
 
A seguir será explanado a respeito desses princípios lecionado dentro da Clinica HOVET para melhor embasar o estudo e clarificar as leituras em associação com a teoria e prática.
Tabela 03 – Aulas ministradas durante o estágio no hospital HOVET
	HOVET - 2022
	Aulas ministradas
	Quantitativo
	A) Princípios de Biossegurança
	1
	B) Instruções sobre paramentação
	1
	C) Instruções sobre a Esterilização
	1
	D) Instruções sobre Instrumentação
	1
	E) Princípios sobre Vias de Adm. e Coleta
	1
	F) Código e Ética na medicina veterinária
	1
	G) Instruções sobre Cálculo de doses
	1
	H) Neoplasia de pele
	1
	I ) Instruções sobre Fluidoterapia e Bomba de Infusão
	1
	J) Instruções sobre Manipulação sobre bomba de Infusão
	1
	L) Instrução sobre Protocolo Anestésico
	1
	M) Instruções de como se comportar nas consultas
	1
	N) Instruções sobre como gerenciar uma Clínica ou Negócios
	1
	O) Estudos de Relato de Caso
	1
	TOTAL
	15
Fonte: (Neves,2022)
A- Biossegurança: é uma área de conhecimento definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente” (Lessa, 2014).
B- Paramentação: é o nome dado ao processo que corresponde à troca de vestes rotineiras (roupas pessoais) por vestimentas adequadas, para adentrar a área dos
laboratórios, como uniforme e os EPIs (propés, touca, jaleco e máscara) (CARVALHO, et. Al, 2020)
C- Esterilização: é um processo que visa a destruir todas as formas de vida microbianas que possam contaminar materiais e objetos. São eliminados durante a esterilização organismos como vírus, bactérias e fungos. Os métodos de esterilização podem ser divididos em físicos (calor, filtração e radiação) e químicos (compostos fenólicos, clorexidina, halogênios, álcoois, peróxidos, óxido de etileno, formaldeído, glutaraldeído e ácido peracético) (Lessa, 2014).
D- Instrumentação: conjunto de técnicas e instrumentos usados para observar, medir, registrar, controlar e atuar em fenômenos físicos. A instrumentação preocupa-se com o estudo, desenvolvimento, aplicação e operação dos instrumentos (Lessa, 2014).
E- Princípios sobre Vias de Adm. e Coleta: a via de administração pode ser definida como o local onde o medicamento entrará em contato com o organismo. Os medicamentos poderão ser administrados por várias vias, sendo necessários cuidados específicos com cada umadelas. Sua escolha envolveotipode medicamento, otempodeação esperado,a habilidade do profissional, os efeitos colaterais do medicamento e o estado físico geral do paciente.(Cabral, 2012)
F- Código e Ética na medicina veterinária: é um instrumento normativo referencial para o exercício profissional. É neste documento que conhecemos os nossos direitos e deveres profissionais em uniformidade de comportamento, a partir de uma conduta exemplar.( Resolução CFMV Nº 1138, 2016)
G- Instruções sobre Cálculo de doses: é uma etapa importante do tratamento de saúde, mostrando-se fundamental tanto para a recuperação dos pacientes quando para a prevenção de eventuais problemas ao longo da abordagem terapêutica. Um procedimento necessário para garantir a administração por via endovenosa dos medicamentos e demais volumes prescritos pela equipe médica na quantidade correta e pelo períodode tempo adequado (BOYER,2010).
H- Neoplasia de pele: a pele é um órgão complexo com uma grande variedade de funções, sendo constituída por diferentes tipos de células e encontrando-se em constante exposição ao meio ambiente. Em virtude de sua estrutura complexa e constante exposição, uma enorme variedade de tumores pode acometer esse órgão. Devido ao seu alto índice de renovação celular, as chances de ocorrência de mutações são maiores que em outros tecidos, tornando a pele um lugar propício ao surgimento de neoplasias. Em cães, o histiocitoma cutâneo e o adenoma das glândulas sebáceas são os tumores benignos de pele predominantes. Os mastocitomas são as neoplasias malignas que se destacam. O carcinoma de células escamosas, lipoma, adenoma perianal e tricoblastoma são outros tumores de origem cutânea de grande importância para medicina veterinária.(Andrade, 2012) 
I- Fluidoterapia e Bomba de Infusão: em um procedimento em que é feita a administração de fluidos pelas vias oral, intravenosa e subcutânea. Envolvendo as etapas de reanimação, reidratação e manutenção do paciente. (TRADEVET, 2020).
J- Manipulação sobre bomba de Infusão: é um equipamento hospitalar responsável por fornecer fluidos, como soro e medicamentos, na dose recomendada pelos médicos. A bomba de infusão é um equipamento destinado a regular fluxo de líquidos administrados ao paciente sob pressão positiva gerada pela bomba (ABNT 1999)
K- Instrução sobre Protocolo Anestésico: está relacionadoa condução de anestesias gerais ou regionais com segurança, devendo o médico anestesiologista manter vigilância permanente a seu paciente, sendo ato atentatório à ética médica a realização simultânea de anestesias em pacientes distintos, pelo mesmo profissional.O protocolo sedativo ou anestésico seguro e eficaz deverá assegurar a redução do estresse e analgesia (Fish 1997)
L- Instruções de como se comportar nas consultas: diagnosticar, examinar, prescrever, orientar, indicar são tarefas da rotina do médico veterinário clínico. Todos os profissionais têm o dever de conhecer e seguir o código profissional da Medicina Veterinária para sua proteção e para a prestação de um serviço de excelência à sociedade é o que preconiza a Resolução 1.138 de 16 de dezembro de 2016 ‘’ O Código de Ética do Médico Veterinário regula os direitos e deveres do profissional em relação à comunidade, ao cliente, ao paciente, a outros profissionais e ao meio ambiente’’
M- Instruções sobre como gerenciar uma Clínica ou Negócios: uma boa administração de clínica médica deve envolver mais do que números. A satisfação do paciente se encontra em um patamar bastante elevado e foco no atendimento é o que garante que os pacientes vão não apenas retornar, mas também indicar a clínica para amigos e familiares. Deve-se levar em conta que a legislação resolução n° 1015 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) especifica as condições para o funcionamento de estabelecimentos médico veterinários de atendimento.
3.2 Atividade Clínica – CONSULTÓRIO PEGADAS
No período de 14/04/22 a 07/06/22, foram acompanhados os seguintes casos, conforme tabela abaixo:
Tabela 04 – Atividade clínica 
	PEGADAS- 2022
	ATENDIMENTOS 
	Quantitativo
	A) Cálculo na bexiga
	2
	B) Vacinas 
	20
	C) Intoxicações
	10
	D) Gastroenterites
	5
	E) Ultrassom
	2
	F) Fecaloma Megalón
	1
	G) Otite
	1
	H) Infecção urinária
	4
	I) Glaucoma
	2
	J) Dermatófitose
	3
	L) Hipetermia
	6
Fonte: (Neves,2022)
A seguir, passa-se a apresentá-las:
A- CÁLCULO NA BEXIGA – Doenças do trato urinário inferior dos felinos são uma das principais condições que levam os tutores ao veterinário. Elas se caracterizam por distúrbios urinários que induzem a uma variedade de sinais clínicos relacionados ao processo inflamatório na bexiga e/ou uretra. Elas geralmente acometem animais machos, castrados, sedentários, obesos, de 1 a 10 anos de idade, domiciliados, que consomem ração seca e reduzida quantidade de água (MARTINS et al., 2013). Entre os sinais clínicos que podem ser visualizados em felinos com esse complexo de doença do trato urinário inferior, têm-se: polaquiúria, hematúria, disúria e estrangúria (NELSON; COUTO, 2010; RECHE; CAMOZZI, 2015).
B- VACINAS – A vacinação é um procedimento médico, em que o clinico tem por obrigação avaliar o estado de saúde geral do paciente, sua idade, o meio ambiente em que vive e o risco de exposição e desenvolvimento de infecções, antes de determinar qual o protocolo que será instituído ao seu animal. Para definir o melhor protocolo de vacinação, três fatores devem ser observados: os que se referem à vacina, os relacionados à enfermidade, e os que concernem ao próprio hospedeiro (AMARO et al., 2016).
C- INTOXICAÇÃO ALIMENTAR– A toxicologia moderna investiga uma ampla variedade de agentes que podem causar danos à saúde, sendo necessárias a avaliação precisa da exposição e a identificação do agente para se estimar o risco e subsidiar a terapêutica e as medidas profiláticas a serem tomadas (PESCH et al., 2004). Em estudos recentes, realizados em clínicas de pequenos animais e em unidades veterinárias, piretróides, organofosforados, carbamatos, cumarínicos e estricnina são apontados como os pesticidas mais envolvidos nessas ocorrências (ASSIS et al., 2009; MEDEIROS et al., 2009)
D- GASTROENTERITES – As doenças intestinais que acometem cães e gatos, as gastroenterites causadas por vírus, bactérias e parasitos são frequentemente diagnosticadas, sendo a diarreia sanguinolenta, vômito, apatia, anorexia, dores abdominais e desidratação os seus principais sintomas. O animal com esse quadro deve receber tratamento imediato, evitando maiores complicações clínicas ou que o animal venha a óbito, principalmente no caso de animais jovens. Apesar da importância da gastroenterite na morbimortalidade de cães e de sua frequência na clínica médica, são escassos os estudos associando essa patologia a outros fatores de risco.
E - ULTRASSOM – exames de imagem, principalmente na ultrassonografia, a qual quando comparado com outras modalidades de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, destaca-se por ser uma técnica mais acessível, mais barata, não necessitar de anestesia geral e produzir resultado em tempo real (KEALY et al., 2012)
F - MEGALÓN – Megacólon é definido como um aumento persistente do diâmetro do cólon, estando normalmente associado à constipação crônica e à recorrente obstipação (LITTLE, 2012). Em gatos, ele é de caráter idiopático, sendo o mais observado, seguido de alterações pélvicas e neurológicas.
G - OTITE - é uma doença inflamatória que surge com certa frequência nas orelhinhas dos cães. A umidade dentro do ouvido contribui para o início da inflamação, por isso é muito importante proteger as orelhas do animal na hora do banho. Os sintomas são: Muita coceira no ouvido; Chacoalhar a cabeça; Odor forte na orelha; Dor ao encostar no local. Até 85% dos casos de otite externa podem ser controlados apenas com tratamento tópico. A terapia sistêmica deve ser associada à tópica nos casos mais graves e /ou crônicos (CARVALHO, 2017).
G) INFECÇÃO URINÁRIA - As infecções do trato urinário (ITU) são uma das causas mais frequentes de doença nos cães, tendo menor ocorrência nos gatos. A definição de ITU está relacionada à colonização microbiana do epitélio estratificado dos variados nichos do trato urinário como, mucosa uretral, bexiga, ureteres, pelve renal, túbulos contorcidos e dutos coletores dos rins. A multiplicação bacteriana em locais do trato urogenital geralmente desprovido de microbiota se deve, principalmente, à ascensão de bactérias presentes na porção distal da uretra, muitas vezes originárias da microbiota intestinal (CANATTO, 2012)
H) GLAUCOMA – O glaucoma é uma enfermidade oftalmológica em que ocorre aumento da pressão intraocular (PIO) acarretando em cegueira nos caninos acometidos. A pressão intraocular normal em cães e gatos varia de 15 a 25 mmHg, que quando elevada leva a perda das células ganglionares da retina e atrofia dosaxônios do nervo óptico, gerando a escavação do nervo óptico, redução do campo visual e finalmente, perda da visão (COPETTI,2015).
I) DERMATOFITÓSE – uma enfermidade cutânea de origem fúngica que merece destaque por sua elevada incidência na clínica de pequenos animais e importância na saúde animal e humana, pois pode ser transmitida do animal para o homem ou do homem para o animal. (CANAVARI,2017)
J) HIPETERMIA – As infecções e patógenos podem afetar os comportamentos e mecanismos fisiológicos normais dos animais. Nas diferentes linhagens podem-se apresentar mecanismos como febre, febre comportamental ou comportamento de doente e estão mediados hormonalmente a partir do sistema nervoso central, principalmente em mamíferos e aves, produzindo o aumento da taxa metabólica, perda do calor corporal, e aumento na taxa cardíaca. Os tetrápodes ectotérmicos apresentam febre de forma comportamental como uma mudança das preferencias termais incrementando a temperatura corporal como resposta a infecção.
4. A IMPORTÂNCIA E O OBJETIVO DO ESTÁGIO 
O estágio supervisionado é importante no processo de evolução e aprendizagem do estagiário, pois é nesta fase que a execução da prática dos conhecimentos adquiridos na formação é aplicada de maneira intensa, afim de adquirir a experiência necessária para realizar os procedimentos acadêmicos com a devida segurança. Através da supervisão de um profissional qualificado é possível executar as tarefas designadas com responsabilidade e confiança, o que se torna imprescindível para uma excelente formação.
É de suma importância que um estudante finalista de medicina veterinária tenha o conhecimento prático articulado com conhecimento teórico. Frente a esse contexto, se faz relevante a troca de experiências consolidadas em ideias, estratégias e atitudes que proporcionam versatilidade ao acadêmico.
Logo, o objetivo do estágio supervisionado é preparar o futuro profissional para desempenhar suas funções laborais com presteza e clareza, a vivência diária no ambiente de trabalho possibilita a real responsabilidade da prática executada, pois a troca de experiências com profissionais qualificados na área transmite confiança mútua de ambas as partes. Para então, a evolução da formação acadêmica e profissional torna-se um sucesso, o qual propicia uma formação de excelência, sendo uma peça fundamental, para uma área tão importante que é a saúde Animal.
5. ESTUDO DE CASO 
Foi atendido no dia 30 de março de 2021 no consultório veterinário Pegadas o paciente Lourinho, espécie felino, raça P.C.B (pelo curto Brasileiro) pesando 1,4 kg com idade de 4 meses.
Durante a anamnese o tutor relatou que o animal apresentava dificuldade para defecar, constipação e desconforto abdominal. 
Na avaliação clínica foi possível notar apatia do paciente, dilatação, abdominal e desidratação. Foi feita uma palpação abdominal que detectou presença de massa endurecida.
Dessa forma solicitou-se alguns exames tais como: radiográficos abdominal, hemograma (Eritograma satisfatório e Leucograma, com discreta leucocitose, granulocitose), FIV, FELV (negativos).
Figura 6 – Hemograma – No hemograma a série vermelha e branca apresentavam valores normais, dentro do limite de referência. 
 
 
 Fonte: Neves (2022) 
No hemograma observou-se leucocitose por neutrofilia e os bioquímicos estavam dentro dos parâmetros normais, negativo para FIV e FeLV (ANEXO A)
O paciente foi encaminhado para realização de radiografias abdominais onde se confirmou a presença de fecaloma em porção do colón, o mesmo apresentava intensa distensão sugerindo megacolón. (ANEXO B)
Após avaliação radiográfica foi possível observar uma grande quantidade de fezes retidas no interior do intestino, confirmando o diagnóstico de fecaloma com megacólon (Figura 08 e 09).
Figura 8 – Radiografia : Projeção lateral da cavidade abdominal de felino, macho, onde se observam concreções fecais, fragmentadas em blocos, com radiopacidade aumentada e consequente distensão do lúmen colônico; fecaloma.
 
 
 Fonte: Neves (2022) 
 
Figura 9 – Laudo do exame radiográfico: Projeção vento-dorsal da cavidade abdominal de felino, macho. Visibiliza-se distensão de alça intestinal, aumento de radiopacidade de bolo fecal e fragmentação em blocos do mesmo; há comprometimento do cólon ascendente, transverso, descendente e reto.
 Fonte: Neves (2022)
O paciente foi encaminhado para realização de uma enterotomia de caráter emergencial. 
Durante o período de internação o paciente recebeu fluidoterapia de manutenção, permanecendo em jejum alimentar por 72 horas e hídrico por 48 horas (Figura 10).
A fluidoterapia veterinária consiste em um tratamento de restauração do volume e composição dos líquidos corporais à normalidade. Além da manutenção do equilíbrio dos eletrólitos e líquidos externos, de modo que a introdução destes componentes por meio de medidas terapêuticas, corrija as perdas de líquidos e o equilíbrio eletrolítico (LITTLE 2012).
 As medicações tomadas no pós operatório foram, metronidazol 0,1 ml/kg intravenoso, e enrofloxacino a dose de 0,1mg/kg via subcutânea 1x ao dia durante 07 dias e meloxican 0,1 mg/ kg durante 5 dias. 
 Figura 10 - Paciente Lorinho internado 
 
 
 
 Fonte: (Neves,2022) 
O Metronidazol penetra no organismo parasita, as enzimas redutoras geram nitroderivados que possuem toxicidade seletiva para microrganismos anaeróbios. Essa toxicidade se deve pelos metabólitos formarem complexos com o DNA e provocarem rupturas na estrutura helicoidal, se decompondo em compostos inativos posteriormente (LINDSAY e BLAGBURN, 2013; OLIVEIRA e DI STASI, 2012).
Enrofloxacina 150 mg é um antibiótico da classe das fluoroquinolonas que possuem um largo espectro de ação, sendo a enrofloxacina indicada para o tratamento de um grande número de doenças infecciosas causadas por bactérias gram-positivas, gram-negativas, micoplasmas e espiroquetas sensíveis à enrofloxacina (GÓRNIAK, 2006).
Meloxicam é um anti-inflamatório não esteroide com atividade inibidora seletiva da cicloxigenase-2 (COX-2). O bloqueio seletivo da COX-2, proporcionado pelo Meloxicam, confere um duplo benefício terapêutico, pois resulta em uma excelente atividade anti-inflamatória, analgésica e antiexsudativa com mínimos efeitos gastrolesivos ou ulcerogênicos. Além destes benefícios, o Meloxicam inibe ainda a infiltração de leucócitos no tecido inflamado e previne a destruição óssea e cartilaginosa que ocorre nos processos degenerativos ósseos e cartilaginosos (HAKAN, 2011).
O paciente recebeu alta depois de 05 dias de internação, com prescrição de óleo mineral 1ml via oral, 1x ao dia sempre em dieta líquida durante 15 dias
Foi recomendado ao tutor alimentá-lo com suplemento Recovery 3x vezes ao dia pois este é um alimento coadjuvante úmido, com textura que permite uma fácil administração, fornecendo alta energia para animais em recuperação que possuem necessidade energética crescentes.
No dia 17 de junho de 2021 com 3 meses após a cirurgia, o paciente retornou 
 ao consultório e encontrava-se hígido, se alimentando e defecando normalmente.
 Foi explicado que este fator ocorre com maior incidência em felinos devida seus hábitos comportamentais de higiene, principalmente pela ingestão de pelos, pela recusa de defecação ao encontrar o local sujo e a baixa ingestão de água.
 Em janeiro de 2022 o paciente volta ao consultório apresentando os mesmos sintomas relatados anterior asua cirurgia, para uma consulta que devido seu histórico de fecaloma megalón o tutor preocupado o leva imediatamente para ser avaliado.
A queixa principal do paciente era o aumento de volume da região abdominal, 
constipação, ausência de evacuações, distensão e enrijecimento abdominal perceptível a palpação. 
Durante a anamnese o tutor revelou não ter seguindo as orientações que foram prescritas pela médica, e que havia retornado porque seu animal estava com os mesmos sintomas que havia sentido no ano anterior.
Lourinho foi encaminhado para clínica onde passou pelo mesmo que havia passado anteriormente, lavagem com enemas que gerou uma resposta em menos de vinte minutos. 
O paciente não precisou passar por nenhuma cirúrgia desta vez, porém a médica veterinária voltou a orientar o tutor com relação a dieta e alterações ambientais, tais como: manter a higienização das vasilhas de alimentação e de água, a escovação dos pelos no animal e mais vasilhames com água espalhadas pelos ambientes em que o paciente frequenta. 
O tutor do paciente tem seguido religiosamente os cuidados que fora lhe repassado pela médica veterinária, e o paciente segue recuperado, voltou a defecar normalmente e segue saudável nos dias de hoje (Figura 11).
 Figura 11 - Paciente Lorinho recuperado 
 
 
 Fonte: (Neves,2022) 
Por tudo isso é indubitável que o médico veterinário não apenas estar para atender urgência e emergência mais também para orientar os tutores quanto a prevenção de doenças, afim de que o paciente não sofra ou volte a sofrer com problemas de saúde.
6. A DISCUSSÃO 
O fecaloma se dá quando as fezes estão retidas e ressecadas no interior do colón. O animal pode apresentar sinais clínicos como dificuldade de defecar, vômitos, constipação, apatia, tenesmo e hematoquesia. Ocorrem com maior incidência em felinos devida seus hábitos comportamentais de higiene, principalmente pela ingestão de pelos e também pela recusa de defecação ao encontrar o local sujo. Outro fator desencadeante é a baixa ingestão de água (COLLOQ, 2018).
De acordo com Bichard & Sherding (2003), esta é uma patologia muito comum em gatos, mais até que em cães. Mais frequente em animais adultos e senis, entre cinco e nove anos. O que contribui para a alta ocorrência em gatos são as questões comportamentais, dentre estas, ressalta se o comportamento de asseio dos felinos, que propicia a ingestão de pêlos, e quando em excesso, pode incorporar se a massa fecal e resultar na formação de impactações fecais duras e difíceis de serem expelidas
A dificuldade na evacuação é uma queixa frequente na clínica de felinos, podendo ocorrer em gatos de qualquer faixa etária.
Neste caso, o paciente apresentava sinais e sintomas clínicos de fecaloma causados ​​por desconforto estomacal, distensão e palpabilidade, o que corroborava os sinais e sintomas clínicos (MANUEL,2022).
A presença de alterações no hemograma, como diminuição do hematócrito e aumento da proteína plasmática, deve - se ao desequilíbrio hidroeletrolético causado pela anorexia e desidratação. Outros exames laboratoriais podem ser necessários para descartar outras causas potenciais de constipação e formação de fecaloma. A literatura descreve o manejo dietético com o uso de fibras e o manejo farmacêutico com o uso de laxantes e procinéticos como a cisaprida para auxiliar na motilidade intestinal, porém a dificuldade na obtenção do medicamento no mercado se torna um empecilho para seu uso (FREICHE et al., 2011). 
As radiografias simples e contrastadas são métodos eficazes para o diagnóstico não só dos fecalomas, mas também de outras etiologias, como as fraturas da pelve (FOSSUM, 2008). 
Não houve lesão ou fratura que fez com que o paciente apresentasse o quadro no caso em questão.
 A recorrência do fecaloma nesse caso ocorreu por parte dos proprietários em não seguirem as orientações prescritas pela médica veterinária. Se houver nova recidiva do caso, a indicação cirúrgica preconizada é colectomia subtotal (BRIGHT, 1991).
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fecaloma é uma patologia que acontece frequentemente em felinos, em que nem sempre conseguem ser etiológicos. Os tratamentos clínicos como uso de laxantes, manejo dietético e ambiental e precauções sanitárias como colocação diária e limpeza de recipientes sanitários auxiliam no controle e prevenção.
O tratamento do fecaloma varia de acordo com o grau de obstrução e endurecimento das fezes, podendo ser usados laxantes ou feita remoção manual, que deve ser feita no hospital por um médico veterinário caso os laxantes não funcionem. (REIS,2022).
O tratamento cirúrgico é indicado nos casos onde o tratamento clínico não é mais responsivo, podendo ser necessário enterotomias e nos casos mais graves e recidivantes a realização de colectomias subtotais (SAUNDER,1998).
Pelo exposto tem-se que o paciente em questão teve uma rápida recuperação quando foi atendido pela segunda vez na clínica Pegadas em um curto período de tempo. O mesmo encontrava-se completamente sem evacuações. O tutor não soube relatar a quantos dias o paciente se encontrava nesse estado, condição na qual poderia levá-lo a septicemia pela retenção fecal por tempo prolongado. Todavia após lavagem com enemas gerou uma rápida resposta não necessitando de uma nova cirúrgia. 
O paciente atualmente apresenta sinais clínicos e comportamentais dentro da normalidade, e seu tutor a cada três meses o leva a clínica afim de inibir quaisquer doenças especialmente relacionada ao fecaloma.
Com esse estudo pode-se observar que o fecaloma megalon ocorre com maior incidência em felinos devida seus hábitos comportamentais de higiene, principalmente pela ingestão de pelos e também pela recusa de defecação ao encontrar o local sujo. Outro fator desencadeante é a baixa ingestão de água. 
Além do tratamento realizado na clínica veterinária, é possível que o médico veterinário indique alguns cuidados domésticos, para que o pet não volte a sofrer com o mesmo problema de saúde. Entre a ações que podem ajudar a evitar a formação de fecaloma em gatos, estão (COUTO, 2022): 
· Garantir que o animal tenha acesso a água limpa e fresca;
· Mais de um pote de água deve ser colocado em toda a casa para incentivar a o felino a beber mais água;
· Higienizar as vasilhas de água e também as da comida;
· Manter a caixa de areia sempre limpa e ter sempre uma caixa extra.
· Escovar o animal, para evitar que ele engula muitos pelos ao se higienizar;
· Usar fonte de água adequada para gatos.
8.REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
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ANEXOS
ANEXO A - HEMOGRAMA
ANEXO B – SOROLOGIA 
ANEXO C – LAUDO DO EXAME DE RADIOGRAFIA
APÊNDICE

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