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Importância dos Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil


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Jogos e brincadeiras na educação infantil 
 
 Bruna Cardozo Alves da Silva / RA:1811584 
 Tutor: Professor Dr. Wilson da Silva 
 
RESUMO 
 
O presente artigo teve como objetivo estabelecer uma conversa sobre jogos e brincadeiras 
na educação infantil. Nele descreve qual a importância de se trabalhar com jogos e 
brincadeiras para o desenvolvimento das crianças. Foi demonstrado que através das 
brincadeiras e jogos é possível desenvolver várias habilidades e também promove a 
socialização e o auto conhecimento. Este trabalho baseou-se nos conceitos de jogos, 
brincadeiras para aprimorar o desenvolvimento das crianças. Demonstrando a importância 
de se utilizar como meios de ensino e aprendizagem. Utilizou-se como metodologia a 
revisão bibliográfica de autores contemporâneos, como Bueno (2010); Carvalho (1992); Da 
silva; De Oliveira (2013/2005); Huizinga (2005/2001); kishimoto (1998); Libâneo (1998); 
Melhem (2009); Piaget (2003); Pinai (2017); Pinto (2004); Vasconcellos (2008); Wajskop 
(1995). Constatou-se, por meio desta pesquisa, que cada vez mais a tecnologia vem 
tomando conta de nossas vidas e que precisamos sempre resgatar, e apresentar as 
crianças formas de se divertir e aprender ao mesmo tempo sem o uso de tecnologia e sim 
com jogos e brincadeiras. 
 
Palavras-chave: Jogos. Brincadeiras. Aprendizagem. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Este trabalho aborda o tema Jogos e brincadeiras na educação infantil. 
 Porque cada vez mais o lúdico vem perdendo espaço na educação infantil? 
Buscando responder essa pergunta, foram feitas algumas pesquisas que mostram 
que cada fez mais a escola esta preocupada em oferecer um ensino de qualidade, e 
acaba esquecendo que o lúdico também faz parte dessa qualidade. 
 O que se visa muito hoje é o aprender os conteúdos programáticos, que são 
bem extensos. Isso faz com que cada vez menos se tenha tempo para o lúdico. 
 Com Isso achei que seria importante a discussão sobre esse tema, para que 
possamos enxergar a importância do lúdico na vida das crianças. 
 Hoje em dia a tecnologia vem tomando conta das nossas vidas, e também da 
vida das crianças, não que ela não seja importante, pois ela é mais precisamos 
resgatar nas crianças o prazer pelas brincadeiras pelos jogos. 
 Hoje em uma sala de aula quando damos as crianças um jogo da memória, 
ela não tem paciência de jogar e quer logo mudar de jogo, o que não acontece 
quando estão a frente de um celular ou de um computador. Por isso a importância 
de resgatar essas memórias e mostrar a elas o quão satisfatório e prazeroso pode 
ser um jogo, um brincadeira, e o quanto podemos aprender com elas. 
 Neste trabalho mostrarei alguns objetivos importantes para se trabalhar com a 
ludicidade na educação infantil tais como: 
 Demonstrar como o lúdico é importante para o desenvolvimento infantil. 
 Desenvolver maneiras de despertar o interesse das crianças através dos 
jogos e brincadeiras. 
 Resgatar jogos e brincadeiras antigas, com o interesse de mostrar como os 
seus antepassados brincavam. 
 Conscientizar os pais de que nos jogos e brincadeiras a criança também está 
aprendendo. 
 Com esses objetivos podemos compreender melhor o que é a ludicidade, 
por que devemos trabalhar, e qual a sua importância na educação infantil. 
 O intuito desse trabalho foi realizar uma pesquisa bibliográfica, em artigos de 
periódicos online, relacionados ao tema Jogos e Brincadeiras na Educação Infantil, 
nas obras de PINATI, DE OLIVEIRA, BUENO, DA SILVAI, VASCONCELLOS e 
WAJSKOP. Com o objetivo de ampliar a visão sobre esse tema. 
 
1- O brincar de antes e o brincar de hoje 
 
 O brincar é visto como uma ação inata, ou seja é da natureza da criança. 
Porém a brincadeira era romantizada não se tinha importância para a vida da 
criança. 
 Antigamente as crianças eram vistas como adultas em miniaturas, elas 
podiam participar de festas, ritos e mesmas brincadeiras que os adultos. 
Antigamente o trabalho não ocupava tanto o tempo do dia e nem tinha tanto valor 
que foi atribuído nos últimos tempos. Essa era uma forma que a sociedade tinha 
para estreitar seus laços e permanecer unida. 
 Com o tempo os jogos e as brincadeiras passaram a sofre uma mudança, 
começou a ser visto como um tipo de prazer carnal associado ao vício e ao azar. 
 Ao longo do século XVII sob a influência dos jesuítas essa atitude de 
reprovação foi se modificando e passando a ser vista como uma base para 
educação das crianças. 
 Os humanistas perceberam que os jogos poderiam ser educativos e 
passaram a utilizá-los. Foi então que começou a considerar os jogos e as 
brincadeiras como uma forma de preservar a moralidade dos miniadultos. Proibindo 
assim os que eram considerados maus e aconselhando os que eram bons. Com o 
tempo a preocupação com a moral, a saúde e o bem comum fez com que fossem 
elaborados propostas e métodos baseados em jogos. Com isso a brincadeira como 
um comportamento infantil passou a obter um valor maior. 
Alguns pensadores como Comenius, Rousseau e Pestalozzi trouxeram um 
novo sentimento sobre a valorização da infância baseada numa proteção da criança, 
e apresentando propostas com o uso de brinquedos centralizados na recreação. 
 
2- O lúdico 
 
Conforme MELHEM (2009) ele diz que, o lúdico provém de uma palavra de 
origem latina denominada Ludus, diz que sua essência é o jogo e a que a princípio 
esta ligada a brincadeira. 
HUIZINGA (2005) diz que o lúdico baseia-se no estudo do comportamento. 
Essa análise distinguiu-se como uma das primeiras tentativas de ilustrar sobre o 
lúdico a partir de contextos alçados sobre o papel da brincadeira. 
Já PINTO (2004), diz que as experiências lúdicas são ações com sentidos e 
acepções atribuídas pelos seus praticantes. Isso exprime que a ludicidade é a 
favorável maneira de cada indivíduo sentir, pensar, decidir, agir e conviver, 
conservando a lógica com as razões que os motivam. 
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil 
(BRASIL, 1998, p. 27, v.01): 
 
“O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que 
assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as 
crianças agem frente à realidade de maneira não literal, transferindo e 
substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel 
assumido, utilizando-se de objetos substitutos.” 
 
Melhem diz que o lúdico é expressivo e pluralizado, pois permite que haja 
uma construção de identidade e de valorização cultural. Promove um experiência 
essencial para a autoconfiança da criança, trazendo um reconhecimento de si 
mesma e dos outros com quem brinca. 
 
3- O papel da brincadeira e dos jogos no desenvolvimento 
 
As atividades lúdicas contribuem expressivamente no processo de construção 
do conhecimento das crianças. Os educadores e os pais p0reciasm entender que é 
fundqame4ntal e precioso esse momento do brincar na vida da criança, pois os 
jogos e as brincadeiras são indispensável par o desenvolvimento global deles. 
“O educador deverá propiciar exploração da curiosidade infantil, incentivando o 
desenvolvimento da criatividade, das diferentes formas de linguagem, do senso crítico e de 
progressiva autonomia.” (MALUF, 2007, p. 78). 
O Jogo contribui para o desenvolvimento cognitivo em muitos aspectos: 
descobertas, vocabulário verbal, habilidades manipulativas, resolução de problemas 
e processos mentais. 
Carvalho (1992, p.14) afirma que: 
 
“(...) desde muito cedo o jogo na vida da criança é de fundamental 
importância, pois quando ela brinca, explora e manuseia tudo aquilo que 
está a sua volta, através de esforços físicos e mentais e sem se sentir 
coagida pelo adulto, começa a ter sentimentos de liberdade, portanto, real 
valor e atenção as atividades vivenciadas naquele instante.” 
 
 É importantesalientar que é na brincadeira que a criança explora experimenta 
as relações com o mundo e consigo mesma. Através dos jogos desenvolvemos o 
equilíbrio afetivo da criança, contribuindo para uma boa relação social. 
OLIVEIRA (2005) diz que as brincadeiras trás uma mudança expressiva na 
conduta da criança por determinar em um jeito mais “complexo” dela conviver com o 
mundo. Assim, de acordo com o autor: 
 
Por meio da brincadeira, a criança pequena exercita capacidades 
nascentes, como as de representar o mundo e de distinguir entre pessoas, 
possibilitadas especialmente pelos jogos de faz de conta e os de alternância 
respectivamente. Ao brincar, a criança passa a compreender as 
características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da natureza e 
os acontecimentos sociais. Ao mesmo tempo, ao tomar o papel do outro na 
brincadeira, começa a perceber as diferentes perspectivas de uma situação, 
o que lhe facilita a elaboração do diálogo interior característicos de seu 
pensamento verbal. (OLIVEIRA. 2005, p. 160). 
 
Com isso as brincadeiras e jogos, empregados de forma lúdica, trás um 
desenvolvimento cognitivo no qual a criança experimenta, expõe, inventa, aprende e 
atribui habilidades. Faz também com que ela tenha a curiosidade, a autoconfiança e 
a autonomia, proporcionam o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da 
concentração e atenção. Brincar é um momento de autoexpressão e 
autorrealização. 
PIAGET (2003), fala que o brincar é como uma atividade de formação que 
implica o desenvolvimento integral do sujeito, quer seja na sua aptidão física, 
intelectual e moral, como também na formação de personalidade e de caráter de 
cada um. 
 
A utilização do jogo e do brinquedo no processo de aprendizagem e 
desenvolvimento de habilidades cognitivas e corporais da criança e suas 
aplicações como recurso didático-pedagógico, principalmente nos primeiros 
anos escolares, tem sido defendida constantemente por estudiosos da 
educação e da psicologia. No entanto, experiências práticas de forma 
sistematizada, fundamentada em referências teóricas que apontam essa 
necessidade e possibilidade, quase não são conhecidas. E se o jogo e a 
brincadeira não forem considerados como pano de fundo no projeto político 
pedagógico de qualquer escola, provavelmente os professores não estarão 
empenhados em proporcionar experiências nesse sentido e 
consequentemente às possibilidades de se realizar um trabalho mais 
significativo e prazeroso para as crianças serão limitadas. (MELHEM, 2009, 
p. 43) 
 
 A escola precisa está cinte dessa importância e precisa estar alinhada a esse 
conceito, para que de forma efetiva possa ser aplicado na prática pedagógica. Pois o 
brincar influencia positivamente para o desenvolvimento da aprendizagem dos 
alunos. 
 
4- A relação das brincadeiras com a aprendizagem 
 
Sabemos que através das brincadeiras a criança aprende de forma prazerosa 
e atrativa. 
Através das brincadeiras e dos jogos, a criança aprende a disputar, cooperar, 
acatar as normas e viver socialmente. Quando a criança brinca com seus colegas 
ela não está simplesmente brincando, está desenvolvendo várias aptidões cognitivas 
e sociais. 
Quando se brinca a criança cria papeis quanto mais papéis a criança 
representa, mais amplia sua expressividade, entendida como uma totalidade. A 
partir do brincar, ela constrói os conhecimentos pelos papéis que representa, 
expandindo a sua capacidade linguística, além do amoldamento afetivo e emocional 
que atinge na representação desses papéis. 
O brincar é a essência da infância e seu uso admite um trabalho pedagógico 
que permite a produção do conhecimento e também a estimulação na criança. A 
função educativa da brincadeira oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, 
seu conhecimento e sua compreensão de mundo. 
Tais atividades são de muita precisão da criança em qualquer idade e não 
podem ser enxergadas apenas como distração, pois elas promovem a 
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, contribuem para uma 
boa saúde mental, facilitam os processos de socialização, comunicação, expressão 
e construção de conhecimento. 
As brincadeiras devem atender às indigências da criança. Uma atividade ou 
um brinquedo que interessa uma determinada faixa etária pode não interessar outra. 
 
5- A importância das brincadeiras na educação infantil 
 
Hoje vivemos numa realidade em que a industrialização tem predominado 
cada vez mais, muitos estudiosos apontam que os setores produtivos estão 
disponibilizando brinquedos na área educacional, dando maior destaque para tais 
produtos. 
Brincar não significa perda de tempo como também não é uma forma de 
preenchimento de tempo, mas uma maneira de se colocar a criança de frente com o 
objeto, muito embora nem sempre a brincadeira envolva um objeto. Até porque o 
brinquedo possibilita o desenvolvimento total da criança, já que ela se envolve 
afetivamente no seu convívio social. 
A brincadeira faz parte do mundo da criança. É nesse momento que ela 
experimenta, organiza-se, regula-se, constrói normas para si e para o grupo. Desse 
modo, o brincar é uma das formas de linguagem que a criança usa para entender e 
interagir consigo mesma e com os outros e o próprio mundo. 
O RCNEI (BRASIL, 1998, p. 58) destaca a importância de se valorizar 
atividades lúdicas na Educação Infantil, visto que “as crianças podem incorporar em 
suas brincadeiras conhecimentos que foram construindo”. Ainda se observa no 
RCNEI a valorização do brinquedo, entendidos como: 
 
(...) componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção 
de educação assumida pela instituição. Constituem-se em poderosos 
auxiliares da aprendizagem. Sua presença desponta como um dos 
indicadores importantes para a definição de práticas educativas de 
qualidade em instituição de educação infantil. (BRASI, 1998, p.67. v. 1). 
 
À medida que a criança vai se desenvolvendo fisicamente, as brincadeiras 
vão tomando dimensão mais socializadora, os participantes se encontram, numa 
atividade comum e ao mesmo aprendem a coexistência, contudo lhes possibilita 
aprender, como lhe dar com respeito mútuo, bem como partilhar brinquedos, dividir 
tarefas e tudo aquilo que implica uma tarefa coletiva no seu dia-a-dia. 
 
6- Conceituando o jogo 
 
De acordo com Huizinga (2001), o jogo para criança não é igual ao jogo dos 
adultos, pois é preciso pensar que para a criança trata-se de um momento em que, 
em geral, ocorre aprendizagem e, em geral, para o adulto, é recreação. O jogo para 
os adultos não tem o mesmo significado enquanto que, para as crianças, o jogo tem 
muita importância, pois dali ela pode perceber que a brincadeira é uma ótima ideia 
para se aprender. 
O jogo também favorece a auto-estima dos alunos, pois a brincadeira faz a 
criança adquirir mais confiança e isso vai fazer diferença na aprendizagem. 
Kishimoto (1998) diz que o jogo, os brinquedos e as brincadeiras são termos que 
terminam se misturando. As diversas brincadeiras e jogos, faz-de-conta, jogos 
simbólicos, sensório motores, intelectuais, individuais, coletivos, dentre outros 
mostram as multiplicidades das categorias de jogos. 
Kishimoto (1993, p. 15) afirma: 
 
 Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos 
diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e 
desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, 
critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e 
democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, 
os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e 
desenvolver formas de convivência social. 
 
 Hoje em dia, o educador elabora jogos e brincadeiras que exigem mais 
raciocínio lógico das crianças.Essas atividades favorecem o desenvolvimento de 
habilidades motrícias e sensoriais e estimulam o raciocínio, ou seja, jogos de 
construção e não fabricados por uma indústria qualquer. 
 
7- Redescobrindo antigos brinquedos e brincadeiras 
 
Frutos de seu tempo histórico, as crianças e jovens que têm acesso mais fácil 
às novas tecnologias criam um "fascínio" quase hipnótico aos veículos de 
comunicação de massa. Marca registrada da fantasia pós moderna são os vídeo 
games, veículos de entretenimento ilusório, eles "simulam uma realidade em que o 
jogador mergulha no mundo das imagens expostas na tela. As imagens têm um 
efeito hipnótico. Uma pessoa pode passar várias horas diante de um computador, 
deixando de lado suas preocupações com o dia-a-dia, como as tarefas da escola, os 
deveres profissionais ou mesmo a sociabilização com os amigos. 
Na perspectiva educacional, a tecnologia vem produzindo consequências 
alarmantes e "imprevisíveis" para o futuro. A indústria do entretenimento vem 
ditando as normas produtivas geralmente brinquedos eletrônicos ao mercado. 
Fantasiando o imaginário infantil. As empresas que detém o mercado mundial dos 
brinquedos criam a necessidade do consumismo de seus produtos, da intolerância, 
da conquista desenfreada. Isso faz com que brincadeiras antigas fiquem cada vez 
mais esquecidas. 
 
Na esfera ética, [ ... ] A padronização de hábitos de consumo e de gostos vai 
levando a uma vida moral também descartável. O individualismo e o 
egoísmo estão se acentuando. Valem mais os interesses pragmáticos e 
imediatos dos indivíduos do que princípios, valores, atitudes voltados para 
a vida coletiva, para a solidariedade, para o respeito à vida". (LIBÂNEO, 
1998, p. 16). 
 
Sendo assim, é perceptível que o cidadão está, dia-a-dia, cedendo lugar ao 
indivíduo consumista. Analisando o contexto educacional, é notório o acentuado 
crescimento de características intolerantes, individualistas, e por consequência, uma 
séria crise de sociabilização presente nos quadros sociais de nossos educandos. 
Os brinquedos e brincadeiras de nosso passado histórico, transformavam-nos 
em seres capacitados. Muitas vezes, através das brincadeiras coletivas, 
entendíamos as regras sociais como a discriminação, os grupos dominantes e os 
dominados, o namoro, o casamento e suas regras morais, o que é certo ou errado, 
enfim, instrumentalizávamos nosso conhecimento sobre o mundo e, nos dias atuais 
a tecno-massificação impossibilita a coletivização e constrói o fantasmagórico 
mundo da individualização. 
 
8- Brincadeira ou atividade lúdica 
 
Longe de ser apenas uma atividade natural da criança, a brincadeira é uma 
aprendizagem social. As brincadeiras dos adultos com crianças bem pequenas são 
essenciais nessa aprendizagem. A criança inicia esse processo inserindo-se no jogo 
preexistente do adulto como um brinquedo, sem desempenhar, de imediato, um 
papel muito ativo. Nesse momento, o bebê não é ainda um parceiro do jogo, mas 
suas manifestações de contentamento, como risos e murmúrios, incentivam o adulto 
a continuar brincando. Em seguida, ele vai poder se tornar parceiro, assumindo o 
mesmo papel do adulto, mesmo que de forma desajeitada. Na brincadeira de 
esconder o rosto com um pano, por exemplo, a criança pequena aprende a 
reconhecer certas características essenciais do ato de brincar. 
“A brincadeira é uma mutação do sentido, da realidade: as coisas tornam-se 
outras. É um espaço à margem da vida comum, que obedece a regras criadas pela 
circunstância” (Brougère, G., 1995, p.99-100). 
Toda Brincadeira é lúdica, assim como uma atividade também pode ser o que 
vai determinar é a forma como será conduzida pelo professor, e a forma com que ele 
pode inovar e transformar uma simples atividade em uma atividade lúdica, divertida 
e prazerosa para a criança. 
 
CONCLUSÃO 
 
 Concluo com esse trabalho como é importante de trabalhar com ludicidade e 
com brincadeira e jogos, não só na educação infantil como também nas outras 
etapas de ensino. 
 Com o tempo percebemos que houve muitas mudanças com relação a visão 
que se tinha a respeito dos jogos e brincadeiras. 
 Hoje sabemos quão importante é para o processo de aprendizagem das 
crianças. 
 Sabemos que nem sempre é fácil conduzir e ensinar os cont5eúdos 
programáticos aos alunos, por esse motivo o professor deve fazer o uso de vários 
recursos que faça do seu trabalho um trabalho bem aceito e prazeroso para seus 
alunos. 
 Podemos concluir dizendo que os pais, assim como os professores devem 
ter essa consciência da importância do brincar, pois como vimos é no brincar que as 
crianças desenvolvem várias habilidades, elas se socializam aprende a respeitar 
regras entre outras coisas, isso faz com que seu desenvolvimento seja mais 
produtivo e satisfatório. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil/ Ministério da 
Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: 
MEC/SEF, 1998, volume: 1 e 2 
 
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lúdica. Graduação em Pedagogia). Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 
2010. 
 
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DA SILVA, Wagner Luiz. REDESCOBRINDO ANTIGOS BRINQUEDOS E 
BRINCADEIRAS-A REALIDADE DO FAZ DE CONTA. 
 
DE OLIVEIRA, Celeni Ferreira; HACKBART, Jaqueline. Jogos e brincadeiras na 
educação infantil. 2013. 
 
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens: O jogo como elemento da cultura. São Paulo: 
Perspectiva, 2005. 
 
HUIZINGA, J. Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura. 5ª ed. 2ª. 
Reimpressão. São Paulo: Perspectiva, 2001. 
 
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 3ª 
Ed. São Paulo: Cortez 1998. 
 
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?: novas exigências 
educacionais e profissão docente. São Paulo: Cortez, 1998. 
 
MELHEM, Alfredo. A prática da Educação física na escola. Rio de Janeiro: Sprint, 
2009. 
 
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. 4. ed. São 
Paulo: Cortez, 2005. 
 
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. Ed. 3 Rio de Janeiro: Editora Forense 
universitária Ltda., 2003 
 
PINATI, Carolina Taciana et al. Os jogos e brincadeiras na educação infantil. Ciência 
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clubedosrecreadores. com/destaques/jogos-brincadeiras-saltosdescobertas. pdf# 
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62-69, 1995.