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Resumo - Aula 02 - Exame Clínico Periodontal

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1 Ana Catarina Rios – Odontologia – UFAL 
Exame Clínico Periodontal 
 
Exame Clínico 
Consiste na observação cuidadosa, investigação, 
pesquisa atenta e minuciosa. 
Estudo médico feito sobre o corpo de um doente. 
Assim, o exame clínico periodontal consiste na 
investigação do periodonto de proteção (gengiva e 
mucosas) e inserção (cemento, ligamento 
periodontal e osso alveolar). 
Além disso, através do exame clínico periodontal é 
possível determinar a (o): 
• Presença ou ausência da doença 
• Tipo de doença 
• Extensão da doença 
• Distribuição da doença 
• Gravidade da doença 
Portanto, tal exame proporciona um entendimento 
dos processos patológicos e suas causas, possibilitando 
o diagnóstico, prognóstico e plano de tratamento 
periodontal. 
 
O que investigaremos durante o exame clínico 
periodontal? 
• Características da gengiva (cor, tamanho, 
contorno e consistência) 
• Cálculo e biofilme dental. 
• Bolsas periodontais (tipo, profundidade, 
nível de inserção, supuração e 
sangramento) 
• Envolvimento de furca 
• Mobilidade dental 
As características citadas acima serão investigadas 
através da (o): 
• Inspeção visual 
• Sondagem 
• Palpação 
• Teste de mobilidade 
• Índice de placa 
• Índice de sangramento 
 
Inspeção Visual 
 
 
 
 
Através da inspeção visual da primeira imagem, 
podemos observar a presença de black space (pois, 
as papilas não estão ocupando as ameias); gengiva 
edemaciada com perda do aspecto de casca de 
laranja; presença de cálculo e sangramento na 
margem gengival; e entre outros. 
Alguns sinais clínicos podem sugerir a presença de 
bolsas periodontais, como: 
• Mudanças na cor (gengiva marginal 
vermelho-azulada). 
• Mudanças na forma (gengival marginal 
arredondada). 
• Mudanças na consistência (edemaciada e 
aumentada). 
• Presença de sangramento, supuração e 
mobilidade. 
Assim, as características encontradas durante a 
inspeção visual devem ser repassadas para a ficha 
clínica do paciente (periograma). 
 
Sondagem 
Tudo o que desconfiamos durante a inspeção visual 
deve ser confirmado com a sondagem. 
“O único método preciso para detectar e medir as 
bolsas periodontais é a exploração cuidadosa com 
uma sonda periodontal”. 
Quanto maior a destruição óssea, maior a perda 
clínica de inserção e maior será a entrada da sonda 
periodontal. 
 
O periograma é feito com a sonda Carolina do Norte 
(UNC-15), enquanto o registro periodontal 
simplificado (RPS) e o levantamento epidemiológico 
são realizados com a sonda OMS. 
• Sonda Universidade Carolina do Norte: 15 
mm 
• Sonda OMS: 11,5 mm 
OBS: as sondas de plástico são mais utilizadas para 
medir as regiões perimplantares, pois a sonda de 
 
2 Ana Catarina Rios – Odontologia – UFAL 
alumínio pode riscar o implante e criar um 
espaço/trinca para as bactérias se alojarem. 
 
Regras de Sondagem: 
1. A sondagem deve ser feita SEMPRE de 
distal para mesial e do segundo/terceiro 
molar para o incisivo central, parando na 
linha média. Devemos seguir esta ordem 
para que um possível sangramento 
gengival não interfira na sondagem do 
dente vizinho. 
 
 
2. Em um único dente, devemos sondar 6 
pontos. Assim, teremos 3 medições em cada 
face (vestibular: distal, mediana, mesial; 
lingual: distal, mediana, mesial). A 
medição deve ser feita em todos os sítios, 
pois o paciente pode apresentar doença 
apenas em um sítio específico da face do 
dente. 
 
3. A sonda deve ser inserida paralelamente 
ao longo eixo do dente e “caminhar” 
circunferencialmente em torno dede cada 
superfície, a fim de detectar áreas de 
penetração mais profundas. 
 
Pontos de Referência na Sondagem: 
• Profundidade à Sondagem (PS): distância 
da margem gengival ao fundo de sulco ou 
bolsa. 
• Margem Gengiva (MG): distância da 
margem gengival à junção cemento-
esmalte. 
• Nível de Inserção Clínica (NIC): distância da 
junção cemento-esmalte ao fundo de sulco 
ou bolsa. 
 
Em uma condição de saúde, a margem gengival 
coincide com a junção cemento-esmalte. 
Em uma condição de doença, a margem gengival 
não coincide com a junção cemento-esmalte. 
• Em casos de crescimento gengival, a 
margem da gengiva encontra-se acima da 
junção cemento-esmalte. 
• Em casso de retração gengival, a margem 
da gengiva encontra-se abaixo da junção 
cemento-esmalte. 
 
Sondagem com Envolvimento de Furca: 
Esta sondagem é feita somente em dentes 
multirradiculares. 
Para isso, usa-se a sonda Nabers. 
É importante para analisar a perda óssea no sentido 
horizontal. 
A lesão de furca consiste na perda óssea na região de 
furca, isto é, entre uma raiz e outra do dente. 
Na sondagem de furca, o dente pode ter 
envolvimento: 
• Grau I: quando a sonda penetra até 3 
mm horizontalmente. 
• Grau II: quando a sonda penetra mais 
de 3 mm. 
• Grau III: quando a sonda atravessa 
para o outro lado. 
 
Palpação 
Ao palparmos a mucosa oral nas 
áreas laterais e apicais do dente, 
pode detectar infecção profunda 
nos tecidos periodontais e estágios 
precoces do abscesso periodontal 
(exsudato/supuração/pus). 
A palpação é feita com o dedo indicador ou polegar. 
PS 
NIC 
MG 
 
3 Ana Catarina Rios – Odontologia – UFAL 
A ponta do dedo indicador é levada de encontro à 
parede lateral da gengiva marginal, aplicando-lhe 
pressão em um movimento rolante ao redor da 
coroa. 
Assim, deve-se pressionar e deslizar o dedo em 
direção à margem gengival. 
• Dentes inferiores: de baixo para cima. 
• Dentes superiores: de cima para baixo. 
Este exame deve ser feito para analisar a presença 
ou ausência de supuração. 
 
Teste de Mobilidade 
O teste de mobilidade nos indica se o dente tem a 
inserção prejudicada a ponto de ficar móvel. 
Perda contínua dos tecidos de suporte. 
A medição da mobilidade 
dentária é feita com o cabo 
de dois instrumentos; 
geralmente, utilizamos o 
cabo da pinça clínica e do 
odontoscópio. 
Mobilidade dentária aumentada. 
• Grau 0: mobilidade de até 0,2 mm 
(fisiológica). 
• Grau I: mobilidade de 0,2 a 1 mm da coroa 
dentária em direção horizontal. 
• Grau II: mobilidade acima de 1 mm da 
coroa dentária, em direção horizontal. 
• Grau III: mobilidade da coroa dentária 
também, em direção vertical (de baixo 
para cima). 
 
Índice de Placa 
O índice de placa foi o método/exame encontrado 
para evidenciar o biofilme bacteriano. 
Existem duas formas de realizar o índice de placa: 
• Índice de Placa Não Corado: visível a olho 
nu; sem aplicação de evidenciador. 
• Índice de Placa Corado: feito através da 
aplicação de evidenciador de biofilme. 
O índice de placa é feito através da aplicação de 
uma substância denominada evidenciador de 
biofilme. 
O evidenciador de biofilme tem como objetivo 
facilitar a visualização do biofilme dentário e, 
consequentemente, indicar as regiões de maior 
concentração de biofilme para identificar as áreas 
em que a escovação é feito de maneira incorreta. 
Após este procedimento, deve-se quantificar os 
dentes corados a fim de saber a porcentagem (%) de 
dentes que apresentam placa bacteriana. 
No índice de placa, contabiliza-se apenas 4 faces do 
dente (mesial, distal, vestibular e ligual). Se corou 
(mesmo que seja só um pouquinho), devemos 
marcar a face inteira. 
ATENÇÃO: a face oclusal não é contabilizada! 
O resultado do índice de placa deve ser dado em 
porcentagem (%) 
 
Cálculo do Índice de Placa: 
 
 
 
 
 
Ex: Paciente possui 27 dentes e 83 faces coradas. 
27 x 4 faces = 108 (nº total de faces) 
108 --- 100% 
83 --- Y 
Y = 76,8% 
 
Valoração do Índice de Placa: 
• 0 – 15% = bom 
• 16 – 49% = moderado 
• 50 – 100% = mal 
 
Índice de Sangramento 
Percorrer a sonda no sulco e aguardar 15 segundos. 
O índice deve ser feito de distal para mesial. 
O cálculo do índice de sangramento é feito da 
mesma forma que o índice de placa. 
 
Valoração do Índice de Sangramento: 
• < 10% = sem gengivite 
• ≥ 10% = com gengivite 
Nº total de faces = total de dentes x 4 faces 
 
 
Total de Faces ---- 100% 
Nº de Faces Coradas--- Y 
 
4 Ana Catarina Rios – Odontologia – UFAL 
Periograma 
Todos estes resultados serão anotados no Periograma 
(ficha de registro dos achados periodontais). 
O periograma nada mais é do que uma ficha de 
registro dos achados periodontais. 
Vale ressaltar que o periograma pode ser manual ou 
digital. 
O periograma abrange a profundidade de 
sondagem, margem gengival, nível de inserção 
clínica, sangramento, supuração, grau de mobilidade 
e envolvimento de furca. 
Entretanto, esta ficha não contém alguns dados, 
como a ausência ou presença de cálculo e/ou 
biofilme e índice de placa. 
Através do periograma, temos um acesso rápido e 
fácil as informações do paciente, sendo possível dar 
um diagnóstico, avaliar a resposta ao tratamento e 
comparar com as visitas anteriores. 
 
Devemos iniciar o preenchimento do periograma 
pela profundidade de sondagem. Em seguida, 
preenchemos a margem gengival e o nível de 
inserção clínica. 
OBS: Caso a margem gengival encontre-se no 
mesmo nível da junção cemento-esmalte, não é 
necessário anotar o valor da margem gengival no 
periograma. No entanto, quando a margem 
gengival difere da junção cemento-esmalte, deve-se 
preencher o quadrinho. 
• Em casos de retração gengival, isto é, 
quando a margem gengival está abaixo 
da junção cemento-esmalte, deve-se 
colocar um sinal de positivo (+) antes do 
valor. 
• Em casos de crescimento gengival, isto é, 
quando a margem gengival está acima da 
junção cemento-esmalte, deve-se colocar 
um sinal de negativo (-) antes do valor. 
Ex: 
Retração gengival 1,5 mm 
Crescimento gengival -2 mm 
 
O nível de inserção clínica é obtido através da soma 
da profundidade de sondagem e margem gengival. 
Ex: um paciente apresenta 1,5 mm de margem 
gengival e 7 mm de profundidade de sondagem. 
Assim, seu nível de inserção clínica é 8,5 mm. 
Ex: um paciente apresenta -2 mm de margem 
gengival e 7 mm de profundidade de sondagem. 
Assim, seu nível de inserção clínica é de 5 mm.

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