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Resumo Direito Administrativo - Estado, Governo e Administração Pública

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Estado, Governo e Administração Pública 
 
Conceito e elementos 
1. Estado 
É uma instituição dotada de 
personalidade jurídica própria de 
Direito Público, com organização 
política, administrativa e social, 
submetida às normas da Constituição 
Federal. 
O conceito de Estado se identifica na 
devida formação de três elementos 
essenciais: 
a) Povo: conjunto de indivíduos 
representando o componente 
humano; 
b) Território: Espaço físico 
ocupado pelo Estado; 
c) Governo: Elemento diretivo do 
Estado. 
 
Apesar de o Estado ostentar a 
qualificação de Pessoa Jurídica de 
Direito Público, ele também atua no 
Direito Privado, pelo fato de ser o 
responsável pela organização e controle 
social, exercendo assim sua soberania. 
 
Conceito: “Um agrupamento humano, 
estabelecido em determinado território e 
submetido a um poder soberano que lhe 
dá unidade orgânica” - Clóvis Beviláqua 
 
A partir do momento em que há o Estado 
definido, há a necessidade de se 
estabelecer quem irá conduzir a função 
deste Estado. 
 
1.2 Governo 
Elemento formador do Estado, não 
podendo se confundir com o próprio 
Estado. É a atividade diretiva do 
Estado, responsável pela condução dos 
altos interesses estatais e pelo poder 
político, tendo sua composição definida, 
prioritariamente, através de eleições. Por 
isso a noção de, por exemplo, “Governo 
Bolsonaro”. 
 Cúpula diretiva eleita pelo povo. 
O Governo está constituído, mas para 
colocar em prática, há a necessidade de 
criar toda uma composição que venha 
exercer efetivamente este governo – 
fazer o Estado andar exercendo as 
funções de governo – que é a 
Administração Pública. 
 
1.3 Administração Pública 
É o conjunto de órgãos e agentes estatais 
no exercício da função administrativa, 
seja na execução da função típica do 
Poder Executivo, seja na função 
atípica do Poder Judiciário ou do 
Poder Legislativo. 
De maneira mais simples, é o conjunto 
de entidades, órgãos e agentes que vão 
executar as funções definidas pelo 
Governo para poder conduzir o Estado. 
 No final das contas, quem irá 
conduzir tudo, é a CF. É ela que 
vai determinar como o Estado 
está, como se seleciona o 
Governo e como se compõe a 
Administração Pública. 
 
IMPORTANTE: Não se pode 
confundir Administração Pública com 
Poder Executivo. 
Quando falamos que a Administração 
Pública executa, quer dizer que ela 
exerce a função administrativa do 
Estado. O executar pode acontecer tanto 
no poder executivo, quanto no 
legislativo, quanto no judiciário. 
 
Resumindo: 
Estado: composto por povo, território e 
soberania; 
Governo: quem vai conduzir o Estado 
para melhor atender as demandas desse 
grupamento; 
Administração Pública: conjunto de 
entidades, órgãos e agentes que vão levar 
a execução da função administrativa, 
independentemente do poder que ele 
faça parte (executivo, legislativo, 
judiciário). 
 
A expressão “Administração Pública” 
poderá ser empregada em diversos 
sentidos: 
a) Administração Pública em 
sentido subjetivo, orgânico ou 
formal – conjunto de agentes, 
órgãos e entidades públicas que 
exercem função administrativa, 
independente do poder que 
pertencem. 
 Composição 
 
b) Administração Pública em 
sentido objetivo, material ou 
funcional – atividade estatal 
consistente em defender de 
forma concreta o interesse 
público. 
 Função administrativa 
 
Observação: Não se confunde com a 
função política de Estado, pois a 
administração possui competência 
executiva e poder dentro somente de sua 
área de atribuições. 
 
A doutrina clássica aponta três tarefas 
precípuas da Administração Pública: 
 
a) Poder de polícia (função 
ordenadora) 
Consiste na limitação e no 
condicionamento, pelo Estado, de 
liberdades e propriedades privadas em 
favor do atendimento ao interesse 
público. (art. 78, CTN) 
 
b) Serviços públicos (função 
prestacional) 
As constituições sociais passaram a 
atribuir ao Estado funções positivas de 
prestação de serviços públicos, 
complementando as funções negativas já 
exercidas através do Poder de Polícia. 
 
 
 
Estado Governo
Administração
Pública
c) Atividade de fomento (função 
regulatória) 
A Adm. Pública passou a exercer 
atividades de incentivo a setores sociais 
específicos, com o fim de estimular a 
ordem social e econômica e, 
consequentemente, o crescimento do 
país. 
 
A doutrina moderna tem uma quarta 
função precípua do Estado, a 
atividade de intervenção (função de 
controle), espalhada em todas as funções 
do Estado, sendo dever dos Poderes 
Legislativo e Judiciário a realização do 
controle das ações interventivas. Tal 
atividade de intervenção é subdividida 
nas categorias: 
I. Intervenção na propriedade 
privada: 
Ações estatais de limitação da 
propriedade privada, visando ao 
cumprimento do princípio da “função 
social da propriedade”. (Art. 5º XXIII, 
CF/88) 
II. Intervenção no domínio 
econômico: 
Atividades de disciplina, normatização e 
fiscalização dos agentes econômicos. 
(Art. 173, CF/88) 
III. Intervenção do domínio social: 
Atividade do Estado voltada ao apoio aos 
economicamente hipossuficientes. 
 
Existe também uma outra doutrina que 
defende que a quarta função 
administrativa é uma função de 
controle administrativo – controlar as 
ações para garantir que o interesse 
público esteja sendo atendido por todos. 
2. Poderes 
Art. 2º, CF/88 – São Poderes da 
União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, 
o Executivo e o Judiciário. 
Poderes estruturais e organizacionais do 
Estado que não se confundem com o 
Poder Administrativo, tendo cada um 
desses poderes do Estado atividade 
principal (função típica) e atividades 
secundárias (funções atípicas). 
 A Administração Pública não 
pode ser confundida com uma 
entidade que atua apenas no 
poder executivo, de acordo com 
o art. 2º da CF, ela também estará 
prevista no poder legislativo e no 
poder judiciário. 
 
Além da divisão de funções estatais entre 
os Poderes do Estado, firma-se o 
entendimento de que cada Poder deve 
realizar o controle das atividades do 
outro. Forma-se aí o Sistema de Freios 
e Contrapesos. Tal sistema deve ser 
entendido como um complemento 
natural e ao mesmo tempo garantidor da 
separação de poderes, possibilitando 
interferência entre os Poderes sem que 
disso resulte impedimento de 
funcionamento alheio ou invasão de área 
de atuação. 
 
3. Organização Administrativa 
 Art. 1º, CF – A República 
Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático 
de Direito e tem como fundamentos: 
 
 
O Estado brasileiro está organizado na 
forma de uma Federação, que possui 
como característica a reunião de 
entidades autônomas sob a direção de um 
ente soberano. É a divisão que se 
encontra no art. 18, CF 
 Art. 18 – A organização político-
administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a 
União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
 
O art. Vai dizer que a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios, serão 
as entidades que vão agir para poder 
conduzir o território do estado e 
consequentemente organizar esse poder. 
 
Quando se fala em Adm. Pública de 
forma genérica você tem: 
- União: esfera federal de atuação 
- Estados e Distrito Federal: Esfera 
regional de atuação 
- Município: Esfera local 
 
Cada um com sua atribuição, 
competência. 
 
O art. 18 traz uma característica 
importantíssima a esses entes: a 
autonomia. 
 
Cada ente irá atuar na sua seara, porém, 
eles também irão atuar em unidade. 
Como eles são entidades autônomas – 
detém o poder, mas o poder está limitado 
em cada um deles – eles estão sob a 
direção de uma entidade soberana. 
 
Então, quando falamos em OrganizaçãoAdministrativa, nada mais é do que essa 
perfeita organização entre território, 
povo e poder, porém, existe um poder 
soberano – a República Federativa do 
Brasil – que pode definir regras gerais 
que todos deverão seguir. 
Não existe hierarquia entre os entes, mas 
sim autonomia. O que os diferencia é a 
área que eles tem o poder de atuar, 
jurisdicionar. 
Um não entra na seara do outro – exceto 
em casos de intervenção – mas um pode 
ter uma área de atuação maior do que o 
outro

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