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RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

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MATRÍCULA: 202106000429
SEMESTRE 03
DAIANE FIRME CRUZ
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO – PROJETO DE PESQUISA CIENTÍFICA
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS) E DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS DO ICMS
CARIACICA
2022
1. PROPOSTA 
Para fins de estruturar, a pesquisa abordará conceitos sobre o imposto ICMS e uma breve contextualização sobre o Difal (Diferencial de Alíquotas do ICMS), este visa trazer um meio de arrecadação justo entre os estados quanto a operações interestaduais, buscando equilíbrio nos caixas dos mesmos.
Buscará apresentar e analisar como o imposto se comporta em relação à pessoa física, jurídica e estado, desmistificando sua aplicação e cálculos. Aborda uma breve observação sobre a proposta de reforma tributária e como ela terá influência, por fim abordaremos sobre a polêmica que do Difal do ICMS que vem gerando controvérsia entre o fisco e os contribuintes.
1.1. ICMS 
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), é um imposto que trata as operações referentes à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, o mesmo é de competência estadual. 
A Constituição da República Federativa em seu art. 155, do inciso II, §§ 2º e 3º e Lei Complementar nº 87, tratam quanto aos requisitos de distribuição entre os estados.
O ICMS foi criado pela Lei nº 6.374 de 01/03/1989, este é pago pelo consumidor final no ato da compra de uma mercadoria ou prestação de serviço e é recolhido pelos estados e distrito federal, o recolhimento do tributo é investido em políticas sociais para educação, saúde e segurança. 
1.1.1. Fato gerador do ICMS
O fato gerador do ICMS é o ato de circulação de mercadoria, se aplicando para comercialização dentro do país como em bens importados e prestação de serviços de transporte interestaduais, intermunicipais e de comunicação. 
Quais operações podem ter incidência? Quase todas! O tributo é uma das principais fontes de arrecadação dos estados e aplica-se aos contribuintes e não aos contribuintes. No caso das empresas o imposto incidirá em quase todas as operações, com exceção:
· Comercialização e circulação de livros, jornais e periódicos, incluindo o papel utilizado em sua impressão;
· Exportação de mercadorias;
· Operações relativas à energia elétrica, petróleo e combustíveis;
· Operações relacionadas a ouro, quando considerado ativo financeiro ou instrumento cambial;
· Operações de arrendamento mercantil;
· Operações de alienação fiduciária em garantia;
· Transferência de propriedades ou bens móveis, sejam de estabelecimentos comerciais, industriais ou de outra espécie;
· Mercadorias destinadas à prestação de serviço do próprio autor, caso autorizado pela lei complementar municipal;
· Casos específicos da legislação estadual;
1.1.1.1. Contribuinte ICMS
O art. 4º da Lei complementar 87/96(Lei Kandir) diz que: “Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior”, traz que todos que se enquadrem são contribuinte de ICMS e tem por obrigatoriedade terem inscrição estadual, com exceção apenas dos produtores rurais que realizam operações de venda é não tem obrigação de terem CNPJ. 
1.1.1.2. Contribuinte inseto
O contribuinte inseto é a pessoa jurídica que realiza atividade sujeitas ao ICMS, porém por algum benefício concedido ou por se enquadrar em alguma condição especial, está dispensado ou proibido de ter inscrição estadual, um exemplo de contribuinte inseto é o MEI (Microempreendedor Individual) que apesar de poder desempenhar atividades de comércio, não possui inscrição estadual. 
1.1.1.3. Não contribuinte 
Não contribuinte é por determinação toda pessoa física ou jurídica que está desobrigada a ter inscrição estadual. Geralmente, são os consumidores finais dos produtos, que compram para uso e consumo, sem realizar nenhuma atividade de revenda ou modificação para venda. 
1.1.2. Alíquota e Distribuição dos tributos 
Como mencionado à regulamentação do tributo é de responsabilidade de cada Estado e do Distrito Federal, que determinam a alíquota cobrada em sua região, trazendo dúvidas para comercialização ou prestação de serviços para outras unidades federativas (UF), para melhor entendimento há uma tabela com a alíquotas cobradas em cada estado:
Figura 1 – Tabela de alíquotas ICMS
A distribuição do recolhimento do tributo sempre foi uma briga entre os estados, mas, como é a distribuição? Antes da Emenda Constitucional nº87, de 16 de abril de 2015, se baseava nos Art.155 §2º, VII, que diz que quando o destinatário for não contribuinte (consumidor final), o imposto caberá integralmente ao ente federativo de origem e quando o destinatário fosse contribuinte (não consumidor final) o imposto caberia ao estado de origem e de destino, ficando ao estado de origem da mercadoria o valor da alíquota interna e o estado de destino da mercadoria a diferença entre a alíquota interna e a interestadual (Art. 155,§2º, VII b e VIII da CF - antes da EC 87/2015), foram estabelecidos critérios diferentes de apropriação da receita a partir da origem das mercadorias:
a) “Regra geral: O Estado de origem fica com 12% e o de destino com 5%;
b) Regra dos desiguais: Mercadorias oriundas do Sul e Sudeste (exceto ES) para as demais regiões do país = o Estado de origem fica com 7% e o de destino com 10%;”
Nota-se que quando ocorriam operações entre “contribuintes” tentava-se fazer uma divisão do tributo entre os dois estados (estado de origem e destino), mas quando aconteciam operações entre “não contribuintes” não havia uma distribuição ficando o tributo integralmente para o estado de origem, isso causou uma sensação de injustiça entre os estados, por isso foi implementada a Emenda Constitucional nº87, de 16 de abril de 2015, que veio para tratar e determinar o quanto de imposto deveria ser recolhido para cada estado de acordo com o tipo de consumidor. Porém, em 2019 com a pandemia e estouro das vendas online, era muito inviável repartir o imposto entre os estados para fins de cálculo, então ficou instituído que a partir de 2019, o recolhimento do tributo quando fosse para não contribuinte do ICMS, ficará por responsabilidade do estado de destino da mercadoria. Esta regulamentação veio para tentar amenizar a briga entre os estados e melhorar para fins de cálculos para as empresas que deveriam recolher o imposto para os estados. 
1.1.3. Cálculo do ICMS
O ICMS tem fama de ser um dos impostos mais complexos, pois é um cobrado de forma indireta ou “por dentro”, ou seja, seu valor é embutido na nota fiscal somando-se ao valor da mercadoria comercializada ou do serviço prestado e considera-se o valor do imposto na base de cálculo. Exemplo: Supondo que uma empresa comercial, em um estado com alíquota de 18%, realizou uma venda, com as seguintes características:
· Valor da compra do produto vendido = R$3.000,00
· Valor do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) = R$ 350,00
· Valor da margem da empresa = R$ 750,00
· Total da Nota Fiscal = R$3.000,00 + R$ 350,00 + R$ 750,00 = R$ 4.100,00
Deve-se dividir o valor da nota fiscal por 0,82 (100%-18%), antes de aplicar a alíquota:
· R$ 4.100,00/0,82 = R$ 5.000,00
· R$ 5.000,00*18% = R$900,00 (Valor do imposto do ICMS)
Portanto, para emissão da nota correta deve-se atentar ao cálculo, já que calamos o imposto de ICMS o valor da nota a ser emitido será de R $4.100,00 + R$900,00 = R $5.000,00. Lembrando que este cálculo não é aplicado para operações interestaduais.
	Mas como este imposto é arrecadado? Bom, o ICMS precisa ser apurado conforme as transações, podendo o responsável do setor fiscal usar um sistema ou até mesmo uma planilha de acompanhamento anual, a partir dai basta emitir a guia GNRE ou DARF para realizar o pagamento, a data vai variar conforme agenda tributária. Ressaltoainda que o pagamento deve ser confirmado com o envio do Sped Fiscal, para manter a empresa regular. 
1.1.4. O impacto na pessoa física e a importância do ICMS
	Como dito, o ICMS é um imposto embutido, assim é repassado em todas as etapas de uma transação, sendo pago pela pessoa física ao final de todos os processos. Quando há uma alta nos percentuais do imposto, seja para alimentos ou combustíveis, por exemplo, quem sofre o impacto dos preços de forma direta são os consumidores finais. 
	É importante ressaltar que quando o aumento nos tributos pode impactar diretamente na inflação, isto é aumento nos preços dos produtos e serviços para compensar, no entanto, outros fatores podem influenciar para o aumento da taxa da inflação, como guerras, perda de produção ou escassez de mão de obra e entre outros fatores. 
	O ICMS é uma das principais fontes de arrecadação dos estados e municípios brasileiros, ou seja, o imposto que maior tem peso no orçamento público, pôr o mesmo ter incidência em comercialização de mercadorias e prestação de serviços, tanto dentro dos estados quanto interestaduais. O estado utiliza este orçamento para oferecer serviços públicos adequados, investimentos em setores importantes para a economia, como, indústrias e agronegócio. Então fica nítido que as taxas cobradas às populações são revestidas em dinheiro gasto em saúde, educação, saneamento e segurança pública, sendo de extrema importância. 
1.1.5. Diferencial de Alíquotas ICMS (DIFAL)
O DIFAL ou Diferencial de Alíquotas é um recurso que possui o objetivo de estabelecer uma justiça entre o recolhimento do imposto de ICMS entre os estados, não se trata de um novo imposto, o cálculo feito também não aparece na nota fiscal, entretanto, é essencial para um recolhimento justo, por isso o Difal é obrigatório para todas as empresas que fazem vendas interestaduais, com exceção das empresas que fazem parte do simples nacional.
A Emenda Constitucional 87/2015, veio para trazer alterações no conceito e no cálculo do ICMS nas operações interestaduais realizadas por contribuinte e não contribuintes do imposto. Com as mudanças, as operações por consumidor final sejam contribuintes ou não do imposto, passam a ter a mesma alíquota de ICMS aplicáveis, ou seja, antes era usada a alíquota interna do UF de origem para operações com consumidor final, agora são usadas alíquotas interestaduais em qualquer operação. 
Então haverá o recolhimento do diferencial de alíquotas (DIFAL) nas operações entre estados. Compreende-se como diferencial de alíquota a diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna do UF de destino e de acordo com a EC 87/2015 o recolhimento será obrigatório pelo estabelecimento remetente quando o destinatário não for contribuinte do ICMS, ou seja, pessoa física. 
Do mesmo modo, foi pré-definido um caminho para adequação dos caixas dos UF, sobre o diferencial de alíquota partilhado entre os estados de origem e destino durante alguns anos, sejamos a tabela:
Figura 2 – Tabela do Diferencial de alíquota. 
1.1.5.1. Quando pagar o DIFAL
Esta questão é um pouco complexa, pois vai depender do CFOP (código fiscal de operações e prestações), este refere-se ao código de entrada e saída de produtos e serviços. Este código determina a natureza de circulação, a fim de indicar quais impostos devem ou não ser pagos na transação comercial. Segue tabela com tipo de transação:
Figura 3 – Relação de entradas e saídas
Então em todas as operações que possuir na nota fiscal CFOP inicial 2 (entrada ou prestação de serviço para outros estados) ou 6 (Saída ou prestação de serviço para outros estados), deve ser analisado para fins de saber se terá incidência no ICMS, caso tenha, terá de pagar o diferencial de alíquota conforme a Lei. 
1.1.5.2. Recolhimento e cálculo do Difal
Depois da alteração, o recolhimento do diferencial de alíquotas do ICMS passou a ser de obrigação do vendedor quando a venda for para não contribuintes (pessoa física), já para os contribuintes do imposto é de responsabilidade da empresa que está tomando o produto ou serviço, ou seja, empresa do estado de destino.
Para o cálculo deve-se encontrar o valor de diferença entre a alíquota interestadual e alíquota interna do imposto. 
A alíquota interestadual funciona da seguinte forma:
· 7% para o Espírito Santo e estados da região norte, nordeste e centro-oeste;
· 12% para estados da região sul e sudeste (com exceção do Espírito Santo);
Com a informação da alíquota interestadual, é preciso também verificar a alíquota interna, como dito, está alíquota varia de estado para estado, pois cada ente federativo pode estabelecer sua própria, desta forma, vejamos um exemplo para melhor entendimento:
· Valor da mercadoria: R$ 120,00
· Estado de origem: São Paulo
· Estado de destino: Rio de Janeiro
· Alíquota do ICMS do estado de origem:12%
· Alíquota do ICMS do estado de destino: 18%
· ICMS estado de origem: R$120,00*12%= R$14,40
· ICMS estado de destino: R$120,00*18%= R$21,60
· Valor do Difal: R$21,60-R$14,40=R$7,20
Temos que o Difal a ser recolhido é de R$7,20, no entanto devemos levar em consideração que neste cálculo pode incidir um valor pertencente ao fundo de garantia de combate à pobreza, que se refere à um acréscimo que varia de 2% à 4% ao ICMS de alguns produtos, essa arrecadação vai depender de cada ente federativo, por isso é necessário analisar a legislação do estado. 
Ainda que o imposto do ICMS seja embutido no valor final nota fiscal, a emissão do Difal é feita à parte, já que não possui um campo para descrição. Por via de regra geral, é utilizado a GNRE (Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estatuais) e é emitida a cada nota fiscal gerada, que possua incidência de Difal de ICMS, este modo é indicado para empresas que tenham baixo volume de emissão do documento fiscal interestaduais. Já para as que possuem grande volume de documento fiscal interestadual o indicado é fazer emissão por apuração, ao qual o GNRE é feito mensalmente, levando em consideração todas as notas interestaduais emitidas no intervalo de um mês, mas deve-se atentar pois para fazer o recolhimento mensalmente, a empresa deve ter uma inscrição estadual também no estado de destino.
Após a emissão do GNRE é possível pagar em quase todas as agências bancárias e é fundamental se atentar para o recolhimento do FCP (Fundo de Combate à Pobreza), caso tenha incidência. O recolhimento do Difal deve ser feito antes do despacho da mercadoria, pois deve-se anexar uma cópia do GNRE à Danfe (documento auxiliar da nota fiscal eletrônica) na parte externa do produto, para evitar futuros problemas no transporte até o destino.
	Tal como os outros impostos, é fundamental comprovar o recolhimento, para isso, é preciso utilizar o Sped Fiscal (sistema público de escrituração fiscal), que é um sistema do governo que visa facilitar o envio de informações para o fisco. 
1.1.5.2. Recolhimento do Difal para Simples Nacional
As empresas que fazem parte do regime de tributação do Simples Nacional estarão isentas do recolhimento do Difal, pôr as mesmas já pagarem o ICMS junto ao DAS do Simples Nacional, no entanto caso ultrapassem o limite máximo estabelecido nas tabelas dos simples, as empresas devem gerar as guias no imposto do ICMS a parte do DAS e devem começar a pagar o Difal, como as outras empresas, pois a mesma está desenquadrada do simples nacional. 
1.1.6. Reforma tributária
A Reforma Tributária é um dos temas mais abordados no momento, pois o Brasil é dos mais burocráticos quando o assunto é imposto, muitos impostos são arrecadados pelos contribuintes, o que demanda muito tempo e pelo mesmo motivo nem sempre os contribuintes recolhem o imposto de forma justa. A reforma tem o propósito de unificar alguns impostos, assim como o regime de tributação do simples nacional, que tem o propósito unificar vários impostos em uma só guia o DAS (Documento de arrecadação do simples nacional), aplicáveis a Microempresas e Empresas de Porte.
Atualmente possui três propostas de reforma tributária. A PEC 45/2019 tem base emum projeto onde prevê a substituição de 05 tributos já existentes (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS), por um imposto único IBS, com modelo parecido ao (IVA) cobrado em outros países, além disso a mesma prediz ter benefícios de crédito financeiro e tributação no local de origem e entre outros benefícios similares. Já a PEC 110/2019 tem o propósito de substituir 09 impostos (IPI, IOF, PIS, Pasep, Cofins, CIDE-Combustíveis, Salário-Educação, ICMS e ISS), pelo imposto único IBS, a alíquota poderá varia de acordo com o produto ou serviço prestado, mas prevê ser a mesma em território brasileiro. E ainda a PL 3887/2022 uma proposta criada com o objetivo de substituir o PIS/Pasep e Cofins que deverão ser extintos pelo CBS (Contribuição Sobre Bens e Serviços), visa estabelecer uma alíquota de 12% para empresas em geral e de 5,9% para organizações financeiras, as empresas optantes pelo simples nacional não terão alteração, contudo o crédito transferido será de acordo com o valor pago pela empresa referente ao DAS do simples nacional. 
 
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
O governo proporá uma proposta de reformulação da reforma tributária brasileira, que pode ser aprovada, e terá mudanças no IBS (Imposto sobre Bens e Serviço) será uma novidade para os profissionais em contabilidade. 
Tem por objetivo fazer um rearranjo no que é pago hoje, a fim de estimular a atividade econômica e gerar mais eficiência ao sistema de arrecadação. Atualmente, o sistema de arrecadação é consideração muito complicado e trabalhoso, de acordo informações do site da Câmara dos Deputados, uma empresa brasileira precisa em média de 1.958 horas para pagar seus impostos, enquanto a média em outros países é de apenas 206 horas, para tornar mínimo os custos e complicações faz-se necessário uma reforma. 
Altos percentuais de desemprego, pouca produtividade e estímulo ao incremento de negócios e crescente desigualdade social... Costumam ser alguns dos problemas relacionados à estagnação do crescimento econômico e do desenvolvimento social no Brasil. No entanto, não é muito dito que a maioria está atrelada ao sistema tributário brasileiro, por ser muito complexo, burocrático e um tanto injusto.
No Brasil, existem cinco tributos sobre os bens e mercadorias (ICMS, IPI, ISS, PIS e Cofins), enquanto isso, 168 países do mundo adotam apenas um: o imposto sobre bens e serviços (IBS).
Seria possível criar uma reforma tributária onde a cobrança dos impostos seja algo justo, favorecendo os contribuintes, não contribuintes e os estados? A quem diga que o Brasil é um dos países que possui mais impostos no mundo e nem todos são cobrados de forma a favorecer todos, além por existir muitos tributos diferente, há muita sonegação dos mesmos, por partes dos empresários, muitos apenas declaram o mínimo possível ou muitas vezes nem declaram, sentenciando as organizações a falésias futuras. Como seria possível estabelecer uma justiça no recolhimento dos impostos?
1.3. PROBLEMA DE PESQUISA
Nota-se que a pouca informação fornecida pelo governo do estado, a pouca orientação, a falta de interesse em informar corretamente o contribuinte além da falta de facilidade dos cálculos.
Será que com a reforma tributária as o problema que o Brasil se encontra com vários impostos diferentes, dificuldade do contribuinte em calcular seus impostos, será resolvido? Segundo o site agência do senado: O sistema tributário do Brasil é injusto porque acentua a concentração da renda, ao invés de diminuí-la — afirma o vice-presidente de Assuntos Tributários da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), Cesar Roxo Machado.
Diz ainda o site agência do senado: As reformas que são levadas ao Congresso Nacional costumam buscar a simplificação do nosso emaranhado de tributos, o que é positivo, mas elas nunca buscam a justiça tributária, o que é ainda mais importante. O tributo deve ser um instrumento de diminuição das desigualdades sociais não apenas no momento em que é aplicado nas políticas públicas, mas também no momento em que é recolhido. Quem tem mais deve pagar mais e quem tem menos deve pagar menos.
	O ideal seria ter uma igualdade social no ato de recolhimento dos impostos, no entanto, apesar das várias propostas levadas ao senado, ainda não se tem uma estimativa para que isso ocorra. Mantendo o problema de vários impostos cobrados às empresas, que são repassados aos consumidores finais, gerando desigualdade social, pobreza e inflações altas. 
1.4. OBJETIVOS
1.4.1. Objetivo Geral
Construir um conteúdo que apresente informações teóricas e técnicas refere ao imposto ICMS, como o mesmo é visto no mercado, já que é um dos impostos mais complexo do Brasil, por incidir em comercialização e/ou prestação de serviço, muitos empreendedores possuem muita dificuldade de compreender como o imposto se aplica e a pesquisa tem o propósito de esclarecer de uma forma simples as complexibilidades do mesmo, trazendo conceitos do Difal de ICMS e uma breve contextualização da reforma tributária. 
1.4.2. Objetivo Específico
· Conhecer o imposto ICMS e o Difal de ICMS;
· Facilitar o entendimento de como o imposto pode ter incidência;
· Mostrar como são feitos os cálculos;
· A apresentar a reforma tributária 
1.5. JUSTIFICATIVA
Esta pesquisa visa apresentar conceitos teóricos e práticos sobre o imposto ICMS e o Difal do ICMS, objetivando passar um contexto nem sempre observado. O referido tributo é um dos mais complexos do Brasil, e venho através deste tentar desmistificar. 
Neste estudo são analisados como o imposto ICMS se comporta, onde tem incidência e como fazer a apuração correta, também retrata como a pesquisa ou consulta a um profissional da área de contabilidade pode influenciar em menores custos e melhores benefícios fiscais. 
Através de estudos feitos na parte fiscal para a apuração do imposto é necessário observar a nota fiscal, é de grande importância saber emitir a nota de forma correta, pois ela irá influenciar diretamente no valor final do imposto a ser pago. Ao emitir a nota deve-se informar o código do produto, ou seja, o CFOP e este estabelece como o produto ou serviço deve ser tributado, também faz muito necessário que o profissional do setor fiscal seja minucioso no momento de apuração. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O ICMS é um imposto que tem origem muito antes das Leis que o regulamentam, 
na Constituição Federal de 1934 com o IVC (Imposto Sobre Vendas e Consignações), o mesmo tinha incidência em toda e qualquer venda realizada, posteriormente surgiu o ICM (Imposto sobre Circulação de Mercadorias), este substituiu o IVC, porém ele trouxe uma mudança pois o imposto era cobrado da diferença entre o valor da compra e o valor da venda. Por fim, na Constituição Federal de 1988, entrou em vigor o ICMS, que é o até os dias de hoje. Desde então o imposto teve várias atualizações, quanto deveriam fazer o recolhimento, até o ano de 2021.
	Atualmente existem duas propostas de Emenda Constitucional (PEC), em análise (PEC 45/2019 e PEC 110/2019). As duas propostas têm por objetivo a simplificação do sistema tributário. Ambas estão estudando a possibilidade da implantação do imposto IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), este visa substituir vários impostos hoje existentes, incluindo o ICMS. A reforma visa modernizar o recolhimento dos impostos para favorecer a competitividade das empresas. 
	O Brasil é um dos países classificados por dificultar a parte de tributação, pois possui muitos impostos (municipais, estaduais e federais), fazendo com que deixe o contribuinte ou não contribuinte confuso, deixando indispensável a orientação de um contador, na tomada de decisão. As duas PEC (45/2019 e 110/2019), tem como proposta que todos os impostos sejam recolhidos pela união e a mesma deverá repartir entre união, estados e municípios. 
	
3. METODOLOGIA
A pesquisa possui abordagem quantitativa e qualitativa, sendo que a pesquisa qualitativa tende a permitir em suas questões a definição da complexidade de uma hipótese, através de diálogos e interpretações das especificidadesdos comportamentos e condutas. Já na pesquisa quantitativa o observador necessita de cálculo da amostragem e é a partir dos cálculos que serão realizadas argumentações. Desse modo, pode ser contextualizada como uma abordagem qualitativa e quantitativa. 
A presente pesquisa é voltada ao departamento fiscal, o setor é responsável pela garantia de que os impostos sejam arrecadados pela empresa, além dos vários impostos, o setor fica na responsabilidade de se atentar aos benefícios fiscais que a empresa pode ter dependendo da operação a ser feita. Em relação ao ICMS deve se atentar ao conceito do imposto e como deve ser usado de forma adequada o diferencial de alíquota de ICMS entre estados diferentes da federação.
O conteúdo da pesquisa visa mostrar a parte teórica e prática referente ao imposto ICMS e estudar a aplicação do diferencial de alíquotas do ICMS. Será buscado na análise de estudos como a internet em geral, citando com as devidas legislações, leis e decretos relacionados aos assuntos tratados.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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https://www.confaz.fazenda.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/CONFAZ
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp24.htm
https://portal.fazenda.sp.gov.br/acessoinformacao/Paginas/ICMS.aspx
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc87.htm
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/08/04/aprovada-solucao-para-cobranca-de-icms-em-transacoes-interestaduais-texto-vai-a-camara
https://modeloinicial.com.br/lei/CF/constituicao-federal/art-155#:~:text=155%2C%20%C2%A7%202%C2%BA%2C%20III%2C,de%20Mercadorias%20e%20Servi%C3%A7os%20%2D%20ICMS.
https://jus.com.br/artigos/57757/o-que-mudou-na-arrecadacao-do-icms-pelos-estados-com-a-emenda-constitucional-87-2015
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/difal-icms-aliquota/
https://documentacao.senior.com.br/exigenciaslegais/materias/erp/destaques/difal.htm
https://www.ibet.com.br/difal-do-icms-em-2022-entenda-o-que-e-e-por-que-causa-polemica-diferencial-de-aliquota-do-icms-gera-controversia-entre-fisco-e-contribuintes/
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/guerra-fiscal-no-brasil.htm#:~:text=O%20conceito%20de%20Guerra%20Fiscal,atra%C3%A7%C3%A3o%20de%20investimentos%20e%20empresas.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/contabilidade/sistematica-do-imposto
https://www.oxfam.org.br/blog/o-sistema-tributario-brasileiro-esta-reforcando-as-desigualdades-no-pais-isso-precisa-mudar/?gclid=Cj0KCQjwzLCVBhD3ARIsAPKYTcQJw_FO_xk_ayX6BJVgPEwXQ2JL30s1T2N7O0N79DX6Zqm0nBZU5gUaAq21EALw_wcB
https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/reforma-tributaria/
https://www.tecmundo.com.br/mercado/235344-icms-ele-impacta-economia-e-bolso.htm#:~:text=Como%20o%20ICMS%20impacta%20a%20economia%20e%20o%20seu%20bolso&text=Sendo%20assim%2C%20quando%20h%C3%A1%20uma,valor%20cobrado%20de%20quem%20produz.
https://www.ibet.com.br/difal-do-icms-em-2022-entenda-o-que-e-e-por-que-causa-polemica-diferencial-de-aliquota-do-icms-gera-controversia-entre-fisco-e-contribuintes/
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/05/por-que-a-formula-de-cobranca-de-impostos-do-brasil-piora-a-desigualdade-social
https://www.jornalcontabil.com.br/icms-origem-quem-paga-como-funciona-o-recolhimento-difal-e-muito-mais/

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