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CEDERJ – CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA 
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
CURSO: Engenharia de Produção DISCIPLINA: Gestão da Tecnologia 
COORDENADOR: Carlos Rodrigues Pereira 
CONTEUDISTA: Carlos Alberto Chaves 
AULA 6 – TÍTULO 
Sistema de Propriedade de Ativos Intelectuais 
META 
Ter noções sobre a legislação e conceitos relativos a propriedade intelectual/industrial. 
OBJETIVOS 
Ao final da aula os alunos (as) deverão ser capazes de diferenciar os diferentes conceitos utilizados na área 
de patentes, bem como ter noções básicas da legislação que rege esse campo do conhecimento. 
Esperamos que após o estudo do conteúdo desta aula você seja capaz de: 
Diferenciar propriedade intelectual de propriedade industrial; 
Diferenciar marcas de patentes; 
Descrever as funções do registro e as da patente; 
Descrever o que não é invenção nem modelo de utilidade. 
PRÉ-REQUISITOS: É importante lembrar os conceitos vistos na Aula 3 - Gestão da Tecnologia, Cadeia 
de Valor, no assunto relacionado a patentes. 
 
O texto a seguir foi retirado do link https://pt.slideshare.net/bebel10/aula-
01introduopropriedadeindustrialpatenteconceitosdeinvenoemodelodeutilidade de autoria 
de William Reis. 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL/INTELECTUAL 
 
INTRODUÇÃO 
 
A propriedade intelectual é um instituto razoavelmente recente dentro do ordenamento jurídico 
mundial, e igualmente brasileiro, porém tem enorme importância nos dias atuais, uma vez que o 
patrimônio envolvido em transações deste ramo jurídico é bastante elevado e muitas vezes o 
capital de uma empresa pode estar concentrado mais na área intelectual, do que qualquer outra 
(SILVA & SILVA, 2012). 
https://pt.slideshare.net/bebel10/aula-01introduopropriedadeindustrialpatenteconceitosdeinvenoemodelodeutilidade
https://pt.slideshare.net/bebel10/aula-01introduopropriedadeindustrialpatenteconceitosdeinvenoemodelodeutilidade
 
PROPRIEDADE INTELECTUAL = PROPRIEDADE INDUSTRIAL + DIREITO AUTORAL 
O que o direito de propriedade industrial e o direito autoral têm em comum, pois, é o fato 
de protegerem bens imateriais, que resultam da atividade criativa do gênio humano, e não 
de forças físicas, razão pela qual são agrupados sob a denominação comum de direito de 
propriedade intelectual. Ressalte-se, todavia, que embora o direito do autor e o direito do 
inventor sejam ambos agrupados sob a rubrica genérica intitulada direito de propriedade 
intelectual, como visto, há relevantes diferenças entre eles, sobretudo no que se refere ao 
regime de proteção jurídica aplicável, e isso se dá, sobretudo, porque o direito autoral 
protege a obra em si, enquanto o direito de propriedade industrial protege uma técnica. 
(RAMOS, 2016). 
 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL ≠ DIREITO AUTORAL 
 
 ... o ato administrativo pelo qual o inventor ou o empresário tem reconhecido o seu direito 
industrial é de natureza constitutiva, e não declaratória. A consequência imediata da 
definição é clara: o direito de exclusividade será titularizado por quem pedir a patente ou 
o registro em primeiro lugar. Não interessa quem tenha sido realmente o primeiro a 
inventar o objeto, projetar o desenho ou a utilizar comercialmente a marca. O que 
interessa saber é quem foi o primeiro a tomar a iniciativa de se dirigir ao INPI, para 
reivindicar o direito de sua exploração econômica exclusiva. (...) Já em relação aos bens 
que integram a propriedade autoral, a regra não é esta. O direito de exclusividade do 
criador de obra científica, artística, literária ou de programa de computador não decorre 
de algum ato administrativo concessivo, mas da criação mesma. Se alguém compõe uma 
música, surge do próprio ato de composição o direito de exclusividade de sua exploração 
econômica. É certo que a legislação de direito autoral prevê o registro dessas obras: o 
escritor deve levar seu livro à Biblioteca Nacional, o escultor sua peça à Escola de Belas 
Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o arquiteto seu projeto ao CREA, e 
assim por diante (Lei n. 5.988/73, art. 17, mantido em vigor pelo art. 115 da Lei n. 
9.610/98). Estes registros, contudo, não têm natureza constitutiva, mas apenas servem à 
prova da anterioridade da criação, se e quando necessária ao exercício do direito autoral. 
O autor, portanto, pode reivindicar em juízo o reconhecimento de seu direito de 
exploração exclusiva da obra, mesmo que não tenha o registro. O inventor, o designer e 
o empresário não podem reivindicar idêntica tutela, se não exibirem a patente ou o 
registro. Mesmo o registro de programas de computador, embora feito pelo INPI, não tem 
natureza constitutiva, porque se cuida de direito de autor. Na verdade, o INPI, neste caso, 
não desempenha uma função própria, relacionada à tutela da propriedade industrial, mas 
atua apenas como o órgão designado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior, que, se, no futuro, entender de passar a incumbência a outra repartição 
pública, poderá fazê-lo, sem que isto altere a natureza jurídica do ato registrário, que 
continuará sendo, no caso, meramente declaratório. Ou seja, o INPI, quando patenteia 
uma invenção ou registra desenho industrial ou marca, pratica ato de natureza 
constitutiva, fundado no direito industrial; quando, porém, registra um logiciário 
(software), pratica ato declaratório, relacionado ao direito autoral. Se restar demonstrado, 
portanto, que uma determinada pessoa foi a primeira a criar uma obra intelectual, artística 
ou científica, ou um programa de computador, ela será a titular do direito à exploração 
exclusiva, mesmo que outra pessoa tenha feito, anteriormente, o registro da mesma obra 
nas entidades mencionadas por lei ou designadas pelo MICT. Uma das diferenças entre o 
direito industrial e o autoral está relacionada à natureza do registro do objeto, ou da obra. 
O do primeiro é constitutivo; o da obra se destina apenas à prova da anterioridade. A 
segunda diferença entre os dois sistemas protetivos da propriedade intelectual diz respeito 
à extensão da tutela. O direito industrial protege não apenas a forma exterior do objeto, 
como a própria ideia inventiva, ao passo que o direito autoral apenas protege a forma 
exterior. Se alguém apresenta ao INPI um pedido de patente, descrevendo de maneira 
diferente uma invenção já patenteada, ele não poderá receber o direito industrial que 
pleiteia. Isto porque a propriedade, neste caso, está protegida como a ideia de que decorre 
a invenção. Ao seu turno, no campo do direito autoral, coíbem-se os plágios, ou seja, a 
apropriação irregular de obra alheia, tal como ela se apresenta externamente. Qualquer 
um pode publicar um livro, narrando, em primeira pessoa, a história de um homem 
obcecado pela ideia de que sua mulher foi adúltera, tema introduzido na literatura 
brasileira por Machado de Assis, em Dom Casmurro. Ora, desde que não reproduza 
trechos do texto machadiano, este escritor não incorrerá em plágio, embora a sua ideia 
não seja minimamente original. O pintor que retratar as coloridas bandeirolas de papel, 
usadas nas festas juninas do interior paulista, não estará infringindo os direitos autorais 
de Volpi (ou seus sucessores), que foi o criador do tema, desde que não reproduza 
especificamente nenhuma tela ou gravura dele. Isto porque a proteção liberada pelo 
direito autoral não alcança a ideia do autor, mas só a forma pela qual ela se exterioriza, e 
se apresenta ao público. A segunda diferença entre o direito industrial e o autoral está 
relacionada à extensão da tutela jurídica. Enquanto o primeiro protege a própria ideia 
inventiva, o segundo cuida apenas da forma em que a ideia se exterioriza. A propósito 
desta segunda diferença, vale relembrar que o programa de computador, por ser protegido 
pelo direito autoral, submete-se ao regime próprio desse gênero de propriedade 
intelectual. Em decorrência, é possível a qualquer um comercializar logiciários que 
atendam às mesmasnecessidades dos já existentes no mercado, desde que não os 
reproduzam (o que configuraria plágio). Também em virtude deste enquadramento no 
campo do direito do autor, não é ilícita a desengenharia dos logiciários, isto é, a 
descoberta do modo de operação do programa, por meio de sua desestruturação, como 
forma de pesquisa de novas alternativas de desenvolvimento da informática. (COELHO, 
2014) 
 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL (“MARCAS E PATENTES”) 
 A finalidade é garantir o direito de USO EXCLUSIVO do bem protegido e com isso 
incentivar a pesquisa de novas tecnologias. 
 
 
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
... Leonardo da Vinci, talvez o maior gênio da criação em todos os tempos, tinha o cuidado 
de proteger suas obras, usando artifícios variados para tanto, como a prática de escrever 
ao contrário ou de deixar erros propositais nos seus textos. Pelo visto, Leonardo da Vinci 
estava realmente à frente de seu tempo, uma vez que, num período em que ainda não se 
tinha a plena noção da necessidade de proteção das invenções, ele mesmo já se 
encarregava de fazê-lo, sabedor da importância de se defender o saber criativo. (RAMOS, 
2016). 
 
1º - INGLATERRA, 1623 – Statute of Monopolies 
 
Esse pioneirismo legislativo contribuiu para a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL que ocorreu 
um século depois. 
Após a Revolução Industrial, a humanidade surpresa com a mudança nas relações 
econômicas provocadas pela passagem do sistema artesanal para a indústria, atentou para 
a inexorável realidade de que a criação era o grande instrumento de poder e riqueza. 
(RAMOS, 2016). 
A realidade começa a mudar um pouco, no entanto, com o surgimento das codificações 
de patentes editadas em Veneza (1474) e na Inglaterra (1623/1624), esta chamada de 
statute of monopolies. Estas duas codificações acabaram com os antigos privilégios 
medievais e introduziram alguns ideais que até hoje são observados pelo direito de 
propriedade industrial (por exemplo, os requisitos da novidade e da aplicação industrial 
para a caracterização de uma invenção). Ocorre que, como dissemos acima, somente após 
Revolução Industrial é que se percebeu a real importância de conferir proteção aos 
direitos de propriedade industrial, o que acabou provocando a realização de um grande 
encontro de nações, a Convenção de Paris, que se reuniram pela primeira vez em 1883, 
com a finalidade de tentar harmonizar e uniformizar o sistema internacional de proteção 
à propriedade industrial. (RAMOS, 2016) 
 
2º - 1883 – UNIÃO DE PARIS – CONVENÇÃO INTERNACIONAL QUE DECLARA 
OS PRINCÍPIOS DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
o PROTEGER O DIREITO DOS INVENTORES E DOS EMPRESÁRIOS 
o REPRESSÃO À CONCORRÊNCIA DESLEAL 
 
3º – Acordo de TRIPS (1994) 
 
Mais recentemente, dando sequência à tendência de internacionalização do direito de 
propriedade industrial, que se iniciou com a Convenção da União de Paris, decorrente da 
necessidade de uniformização das regras entre os diversos países, foi celebrado o Acordo 
TRIPS, Tratado Internacional integrante de um conjunto de acordos assinados em 1994 
que encerraram a conhecida Rodada Uruguai, dando origem à Organização Mundial do 
Comércio (OMC). (RAMOS, 2016). 
 
NORMAS DO DIREITO INDUSTRIAL BRASILEIRO: 
• Art. 5º, XXIX, CF 
... a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua 
utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos 
nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País... 
• Lei nº 9.279/96 (Lei de Propriedade Industrial – LPI) 
 
OBJETIVOS DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
 Art. 2º A proteção dos direitos relativos à propriedade industrial, considerado o seu 
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País, efetua-se 
mediante: 
I - concessão de patentes de invenção e de modelo de utilidade; 
II - concessão de registro de desenho industrial; 
III - concessão de registro de marca; 
IV - repressão às falsas indicações geográficas; e 
V - repressão à concorrência desleal. 
 
INPI (INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL) – 
MECANISMOS DE PROTEÇÃO 
• PATENTE – carta-patente – protege a invenção e o modelo de utilidade 
• REGISTRO – certificado – protege a marca é o desenho industrial 
Destaque-se que, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, as ações 
contra o INPI são de competência da Justiça Federal, por se tratar de autarquia federal, e 
devem ser ajuizadas na seção judiciária do Rio de Janeiro, local da sede do Instituto. No 
entanto, havendo pluralidade de réus, como ocorre nos casos em que a ação é ajuizada 
contra o INPI e, também, contra um particular (geralmente uma sociedade empresária), o 
STJ entende que cabe ao autor da ação ajuizá-la no Rio de Janeiro ou no foro do domicílio 
do outro réu. (RAMOS, 2014) 
 
Ver REsp 346.628/SP (REsp = Recurso Especial). 
BENS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL 
• INVENÇÃO 
• MODELO DE UTILIDADE 
• DESENHO INDUSTRIAL (DESIGN) 
• MARCA 
 
INVENÇÃO 
A LPI não definiu o que vem a ser uma invenção. E talvez não o tenha feito porque se 
trata, ao mesmo tempo, de um conceito difícil de ser definido e de uma noção facilmente 
assimilada por qualquer pessoa. De fato, todos nós temos uma noção bastante comum do 
que seja uma invenção: trata-se de um ato original decorrente da atividade criativa do ser 
humano. Assim, a LPI limitou-se a firmar que “é patenteável a invenção que atenda aos 
requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial”. (RAMOS, 2014). 
 
MODELO DE UTILIDADE 
É definido pelo art. 9º, da LPI: 
Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, 
suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo 
ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. 
 
NÃO É INVENÇÃO NEM MODELO DE UTILIDADE 
No Art. 10, da LPI, o legislador adotou um critério de exclusão para definir o que não é 
INVENÇÃO nem MODELO DE UTILIDADE: 
Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade: 
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
II - concepções puramente abstratas; 
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, 
educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; 
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; 
V - programas de computador em si; 
VI - apresentação de informações; 
VII - regras de jogo; 
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou 
de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e 
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na 
natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer 
ser vivo natural e os processos biológicos naturais. 
 
Por fim, é importante destacar que embora os programas de computador (softwares) sejam 
registrados no INPI, eles são protegidos pelas normas do direito autoral, Lei 9.609/1998. 
 
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 
 
O Acordo Geral sobre Aduanas e Comércio ou Acordo Geral sobre Tarifas e 
Comércio, ou seja,General Agreement on Tariffs and Trade (GATT) foi estabelecido em 
1947, tendo em vista harmonizar as políticas aduaneiras dos Estados signatários. Os 22 
membros fundadores foram África do Sul, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Ceilão, 
Chile, China, Cuba, Checoslováquia, Estados Unidos, França, Holanda, Índia, Líbano, 
Luxemburgo, Nova Zelândia, Noruega, Paquistão, Reino Unido, Rodésia do Sul e Síria. 
Está na base da criação da Organização Mundial do Comércio. É um conjunto de normas 
e concessões tarifárias, criado com a função de impulsionar a liberalização comercial e 
combater práticas protecionistas, regular, provisoriamente, as relaçõescomerciais 
internacionais. 
O Acordo TRIPs (em inglês: Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual 
Property Rights, em português: Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade 
Intelectual Relacionados ao Comércio) é um tratado Internacional, integrante do conjunto 
de acordos assinados em 1994 que encerrou a Rodada Uruguai. 
 
A Rodada Uruguai ou Ronda Uruguai foi iniciada em setembro de 1996 e durou até 
abril de 1994. Baseada no encontro ministerial de Genebra do GATT (1982), foi lançada 
em Punta del Este, no Uruguai, seguido por negociações em Montreal, Genebra, Bruxelas, 
Washington e Tóquio. A rodada culminou com a criação da Organização Mundial do 
Comércio (OMC) e incorporação do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (conhecido 
como GATT) em sua estrutura, entre outros acordos e criou a Organização Mundial do 
Comércio. 
 
Patentes são formas de proteção de invenções desenvolvidas pelas empresas, instituições 
e pessoas que podem ser interpretadas como indicadoras de invenções. São considerados 
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Punta_del_Este
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uruguai
https://pt.wikipedia.org/wiki/Montreal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Genebra
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bruxelas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Washington,_D.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%B3quio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Geral_de_Tarifas_e_Com%C3%A9rcio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_do_Com%C3%A9rcio
títulos legais para a proteção de uma invenção (Manual de Patentes da Organização para 
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE(3), 2009). 
 
Modelo de Utilidade é uma modalidade de patente que se destina a proteger inovações com 
menor carga inventiva, normalmente resultantes da atividade do operário ou artífice. 
Alguns países concedem tal direito, como o Brasil, o Japão e a Alemanha. O Acordo 
TRIPs não obriga a concessão de tal modalidade, o que permite que seja dada proteção 
por prazos mais curtos. 
 
Residente: patente concedida a solicitante residente no Brasil. 
A Patente de Invenção é concedida a inovações que apresentem um grau de inovação 
“maior” do que o necessário para a de Modelo de Utilidade, e isso se observa na primeira 
diferença relevante: 
O prazo de proteção para uma patente de Invenção é de 20 anos, já para a de Modelo de 
Utilidade é de apenas 15 anos. 
Importante esclarecer que esse prazo não pode ser estendido, logo, ao patentear uma 
Invenção você garante que irá possuir um tempo de exclusividade maior. 
Ou seja, durante esse tempo só você poderá utilizar uma invenção (inclusive poderá 
licenciá-la ou vende-la para outras pessoas), um exemplo interessante sobre a utilização 
de uma patente é da patente da Amazon “Comprar em 1 clique” 
Uma criação é considerada uma patente de Invenção se for uma solução nova para um 
problema técnico existente dentro de uma área tecnológica. 
Essas invenções podem ser de diversos tipos, tanto produtos industriais (compostos, 
composições, objetos, aparelhos, dispositivos, etc.) como atividades industriais 
(processos, métodos, etc.), o que importa é que a invenção seja algo efetivamente novo. 
A questão de avaliar o grau de inventividade de uma invenção é uma questão complexa, 
é a primeira fase da análise que deve ser feita, antes de patentear uma invenção (do 
contrário você pode se expor a riscos desnecessários). 
Para realizar essa análise é necessário entender o “Estado da Técnica” de um respectivo 
setor. 
O que se denomina “Estado da Técnica” é o estado atual do desenvolvimento 
tecnológico de um setor, por exemplo, como o setor automobilístico lida atualmente com 
carros autônomos? 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_TRIPs
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_TRIPs
https://vcpi.com.br/patentes-valem-dinheiro/
https://vcpi.com.br/patentear-uma-criacao/
Como no momento esses veículos ainda não existem em grande escala uma patente nesse 
sentido seria considerada uma Patente de Invenção, porque se trata de uma inovação não 
existente dentro do conhecimento técnico do setor. 
Lembrando sempre que a partir do momento que um produto é patenteado ele se torna 
parte do “Estado da Técnica”, o que deverá ser levado em conta caso pretenda depositar 
múltiplas patentes incrementais que tratem de um mesmo produto ou método. 
Patente de Modelo de Utilidade 
Contudo, caso fosse patenteável apenas criações muito inovadoras diversas contribuições 
importantes, mesmo que menos impactantes (do ponto de vista tecnológico) não seriam 
desenvolvidas por falta de estímulo, e muitas vezes um produto só se torna interessante 
economicamente quando aperfeiçoado por outra pessoa. 
A patente de Modelo de Utilidade serve exatamente para isso, para proteger uma 
invenção que apresenta nova forma, ou disposição, e resulte em melhoria no uso ou 
fabricação de um produto (ou composto). 
Voltando ao exemplo dos automóveis, uma melhoria de ergonomia no uso dos veículos 
(ou de segurança, em razão de uma mudança na disposição interna das peças) seria um 
exemplo de modelo de utilidade, pois apesar de ser uma inovação é um desdobramento 
de um conhecimento já existente no “Estado da Técnica”. 
Por que a distinção é importante? 
A distinção é importante por diversas razões, à primeira delas é sobre o prazo de proteção, 
que é maior para Patentes de Invenção. 
Além disso, uma Patente de Modelo de Utilidade tende a ser menos valiosa 
(economicamente), porque está associada uma Patente de Invenção previamente 
existente. 
No restante, como proteção legal, possibilidade de vender e licenciar, ambos os tipos são 
iguais, e embora, como regra geral, seja preferível ter uma Patente de Invenção a uma de 
Modelo de Utilidade, você está protegido legalmente de ambas as formas. 
Assim, para qualquer tipo de patente é necessário que exista inventividade e inovação, 
entre outros requisitos jurídicos e técnicos. 
No entanto, o grau de inventividade de uma patente pode variar, e para isso existe a 
opção de patente de Modelo de Utilidade, que dá a opção para criações menos inventivas 
serem protegidas. 
O importante a ter em mente é que se a sua criação é algo que traz alguma inovação 
tecnológica para uma área ela pode, e deve ser patenteada e protegida legalmente contra 
plágios e cópias. 
ATIVO FINANCEIRO: qualquer ativo que seja dinheiro, instrumento patrimonial de 
outra entidade, direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo financeiro de outra 
entidade; ou contrato que será ou que poderá vir a ser liquidado pelos instrumentos 
patrimoniais (como ações) da própria entidade. 
(www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm). 
CAPITAL INTELECTUAL: é o conjunto de conhecimentos e informações, ou seja, a 
soma do capital humano e o capital estrutural. Pode ser definido como sendo a 
inteligência, a habilidade e os conhecimentos humanos. Esses conhecimentos podem ser 
tácitos - advindos das experiências ao longo da vida, ou explícitos - são estruturados, 
criptografados e armazenados, sendo possível sua transmissão a outras pessoas. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
COELHO, V. Patentes valem dinheiro: como a Amazon ganhou o mundo em 1 clique. 
Disponível em:<https://vcpi.com.br/patentes-valem-dinheiro/>. Acesso em: 30/03/2018. 
Di TIZIO, R. Marcas e patentes. Disponível em:<http://www.ditizio.adv.br/txt/mpt.pdf>. 
Acesso em: 30/03/2018. 
http://www.axonal.com.br/arquivos/PDF/Patentes_Conceitos_Basicos.pdf 
INPI. Manual para o depositante de patentes. Disponível em:< 
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/patente/arquivos/manual-para-o-depositante-de-
patentes.pdf>. Acesso em: 30/03/2018. 
MORAES, M. A. P. Propriedade industrial: marcas e patentes.Disponível em:< 
http://piresdemoraes.com/Artigos/marcas%20e%20patentes.PDF>. Acesso em: 
30/03/2018. 
MOREIRA, E.; WANGHON, M. O.; COSTA, C. R.; MILEO, B. A. P.; PEREIRA, P. A. 
R.; PINHEIRO, V. S. Patentes biotecnológicas: um estudo sobre os impactos do 
desenvolvimento da Biotecnologia no Sistema de Patentes Brasileiro. Disponível em:< 
http://www.cesupa.br/saibamais/nupi/doc/PRODUCAONUPI/Patentes%20Biotecnológi
cas.pdf >. Acesso em: 30/03/2018. 
REIS, W. Propriedade industrial. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/bebel10/aula-
01introduopropriedadeindustrialpatenteconceitosdeinvenoemodelodeutilidade>. Acesso 
em: 30/03/2018. 
SILVA, J. E.; SILVA, M. V. V. Disponível em: < 
http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=53c16d65d012198a>. Acesso em: 30/03/2018. 
VANIN, C. E. Propriedade intelectual: conceito, evolução histórica e normativa, e sua 
importância. Disponível em:< 
https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/artigos/407435408/propriedade-intelectual-
conceito-evolucao-historica-e-normativa-e-sua-importancia>. Acesso em: 30/03/2018. 
 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/glossario.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_humano
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento_t%C3%A1cito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento_expl%C3%ADcito
https://vcpi.com.br/patentes-valem-dinheiro/
http://www.ditizio.adv.br/txt/mpt.pdf
http://www.axonal.com.br/arquivos/PDF/Patentes_Conceitos_Basicos.pdf
https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/

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