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LABORATORIO CLINICO – INTRODUÇÃO - área que estuda um conjunto de exames (urina, sangue, fezes, liquor, liquido cavitario, medula óssea...) a partir de amostras biológicas para obter um possível diagnostico. Diagnostico: alteração ou doença existente; Prognostico: evolução da doença sendo benéfica ou maléfica Quimioterápico: controla a mitose na célula que possui, apesar de poder interferir na medula óssea (imunossupressão) Sangue Solido: composição de leucócito, fragmento de plaquetas, hemácias... Liquido: composto por fluidos, aminoácidos... - plasma: contem fibrinogênio - soro: não contem fibrinogênio Exames realizados Quantitativo: contagem de células Qualitativo: observação morfológica das células - quantitativo e qualitativo: hemograma, urinalise e parasitológico - quantitativo: bioquímico - qualitativo: pesquisa hematozoario Hemograma - sensível e não especifico - exame de triagem e acompanhamento de evolução de doenças (realizado de forma seriada) - quantitativo e qualitativo A: neutrófilo imaturo B: linfócito C: monócito D: eosinófilo E: neutrófilo adulto F: basófilo - eritrócitos ou hemácias (eritrograma = morfologia); - leucócitos (leucograma = avalia as células de defesa); - trombocitos ou plaquetas - proteína plasmática: tubo microhematocrito, anemia ou não (falta de sangue ou não) e estimativa dos leucócitos. Obs.: verificar a proteína do plasma (tubo roxo), importante saber a concentração da proteína no sangue. Pesquisa de hemoparasitos ou pesquisa de hematozoários - Ehrlichia sp., Babesia sp., Hepatozoon sp., microfilárias, etc Contagem do numero de plaquetas: - capacidade de coagulação; - pré-cirúrgico Bioquímicos: - são dosagens de substancias químicas que estão no sangue Urinalise: - pesquisa dos elementos anormais; - sedimentoscopia urinaria. Parasitológicos - pesquisa de parasitos em fezes; Bioquímico, possui coagulante Hemograma, anti- coagulante - raspado de pele (ectoparasita). Fases do exame Pré-analíticas: identificação do paciente (espécie, sexo, idade e suspeita), coleta de amostra (hemólise, cuidado!), transporte adequado, pedido do exame, nível de estresse, jejum adequado (evitar lipemia), uso de fármacos (terapêuticos). Analítico: processamento e analise do material, realizado no laboratório. Pós-analítico: interpretação do MV, diagnostico e tratamento. Coleta de sangue – materiais e método - seringa (3ml, 5ml, 10ml... depende da espécie e da quantidade de sangue), agulhas, escalpes (lento)... Obs.: homogeneizar o sangue para não haver hemólise. Venopunção Cão Veias: Cefálica, Jugular, Safena Agulhas: 25x7, 25x8, 25x9; 40x12 Gato Veias: Cefálica, Jugular, Safena Agulhas: 25x7, 25x8 Tubos de coleta: - há microtubos Tubo roxo: hemograma, dura/preserva por 24h. - Vantagem: preserva melhor a morfologia das células. - Desvantagem: sem bioquímico. Tubo verde: usado para silvestres na maioria. - Vantagem: faz ambos os exames, bioquímico e hemograma. - desvantagem: não preserva a morfologia das células, duração de 8h. Tubo vermelho: bioquímico. Tubo azul: tempo de coagulação. Tubo cinza: dosagem de glicose. Tubo amarelo: há um gel que separa liquido/solido, não deixando enzimas serem consumidas. Dura mais tempo e bioquímico. Volume total de sangue • Cães: 8-9 % ou 77-78 ml/kg • Gatos: 6-7 % ou 62-66 ml/ kg Animais hígidos coleta segura: ATÉ 20% DO VOLUME! Equipamentos laboratoriais • Espectrofotômetro: verificação da bioquímica/proteína sérica • Refratomêtro: verificação da proteína do plasma e da urina • Fotometria de chama • Analisador automático de hematologia – citometria de fluxo • Centrifuga • Microscópico HEMATOLOGIA VETERINÁRIA Composição do sangue: plasma + células. Hemácia o Função: conduzir a hemoglobina para transporte de O2/CO2 entre tecidos e pulmão, é flexível e permeável; o Composição da membrana: proteínas, lipídeos e colesterol. Obs.: problema no fígado a ponto de interferir as hemácias causando alteração na morfologia da mesma. Hematopoiese: se origina na medula óssea. - produção de sangue em todas as células - gera dor na hora de pulsar para coleta. Obs.: na medula óssea, em ossos grandes, a partir da diferenciação da célula. Ou seja, célula imatura sofre com hormônios para transformar em adulta/madura, a eritropoietina. Obs.: pulsão de medula: leucemia, neoplasia e aplasia (medula não tem células produtoras mais, porem, as células tronco é destruída por agentes infecciosos). - em adultos: esterno, íleo, costelas, extremidades do fêmur e úmero. Há também outros envolvidos como baço, fígado, estomago, rins (EPO), mucosa intestinal e sistema monocítico. o Baço: - funciona como armazenamento, hemocaterese (degradação das hemácias e plaquetas) no qual ocorre de maneira fisiológica ou estimulo de alguma enfermidade, hematopoiese inicial, degradação da hemoglobina (entre 40 dias) e estocagem de ferro. - remove corpúsculos de Howell-Jolly (hemácia com restos de núcleos) e corpúsculos de Heinz. o Fígado: - estocagem de vitamina B12, ferro, albumina e globulinas; - converte bilirrubina não-conjugada (livre) em conjugada; - precursor de eritropoietina; - hematopoiese fetal/neonatal. o Estomago: produção de HCl para liberação de ferro. o Intestino: absorção de vit. B12 e ferro. o Rins: produção de eritropoietina (hormônio que faz “crescer” a hemácia imatura para se tornar uma hemácia madura – funciona como estimulante). o SMF: degradação da hemoglobina e estocagem de ferro nos macrófagos. Hematopoiese fetal: fígado, baço, saco vitelínico e medula óssea são os maiores hematopoiéticos. Eritropoiese: - produção na medula óssea (por células tronco – pluripotencial); - vermelha (cel. Tronco) e branca (gordurosa/fibrina); - regulação hormonal; - suprimento adequado de proteína, ferro, cobre, cobalto e vitaminas. - em adultos: esterno (em grandes animais), íleo, costelas (em pequenos animais, NÃO), extremidades do fêmur e úmero. Obs.: blasto = célula de linhagem + jovem. Obs.: rubriblastos: em grandes quantidades é anormal, pois é uma produção excessiva de células imaturas. Podendo/sendo causa(r) leucemia ou qualquer problema na medula. Obs.: reticulocitos: resto de RNA; metarrubicito: hemácia jovem, com núcleo inteiro; Howell-Jolly: resquício de núcleo da hemácia. Sequencia de eritropoiese sendo formada: Reticulócitos: - formado por ribossomos; - utlima etapa para formação da hemácia madura - capacidade de produzir mais de 20% do conteúdo final da hemoglobina; - teste de detecção: novo azul de metileno (coloração especial) causando um arroxeamento dos ribossomos; - grande causa da anemia; - mais sensível em comparação com CHCM. o Teste de detecção: precipitados de reticulócitos em forma de cordões e pontilhados. Em felinos há dois tipos. Em cães apenas de forma cordões. Obs.: em grandes animais não se usa esse método para descobrir anemia. Eritropoietina (EPO): - controle da hipóxia tecidual pela eritropoietina; - é gerada pela ativação de alfa-globulina; - nutrientes como vitaminas e minerais. Se houver menor nutriente, há anemia. - afeta a produção de hemácias em três formas: a. Mais células-tronco se diferenciam em precursores eritrocitários; b. Aumenta a velocidade de maturação (liberação de hormônios, citocinas, interleucina que ajudam encurtando o tempo); c. Liberação de hemácias imaturas (depende da espécie) – em grandes animais quase nunca encontra hemácia jovem. Obs.: numerototal e tamanho são inversamente proporcional. Ou seja, quanto maior o tamanho, menor será o numero total de hemácias. Obs.: causas básicas de anemia – hemorragia, hemólise e não produção. Obs.: em caprino, a morfologia da hemácia é diferente. Logo, a maquina não conta. Destruição das hemácias - em animal saudável as hemácias circulam por duas vias: fagocitose por macrófagos e lise intravascular com liberação de hemoglobina (posteriormente fagocitado). Hemácia/hemograma/eritrograma - VG: volume globular da hemácia do sangue; - anemia ou não Hiperproteinemia = aumento de ptn no sangue. Sendo as causas de desidratação (albumina), globulina (inflamação) e fibrinogênio. Obs.: se o animal estiver com icterícia, anêmico e hiperproteinemia é sinal de infecção parasitaria. Hematócrito ou VG - influencia da característica física-fisiológica - espécie, raça e idade alteram. - espécie: canino > felino; - idade: neonato < 6 meses apresentam baixo VG Algumas causas de anormalidade I. Valores elevados: - hemoconcentração, contração esplênica (se estressa muita, acaba contraindo e assim a hemácia cai para circulação), hipóxia... II. Valores diminuídos: - anemia por inflamação/doença crônica, deficiência de EPO, hemorragia, hemólise, deficiência de ferro... Morfologia da hemácia: - diferença entre espécies; a. Mamíferos: anucleados, células arredondas, relativamente bicôncavas. Esse formato facilita a troca de O2. b. Silvestre: aves, anfíbios e repteis. - nucleados e células alongadas. - hematopoiese: intravascular (há núcleo para fazer produção de hemácias no vaso sanguíneo) e extra medular. Tamanho das hemácias: VCM Normal ou normocítica (valor referencia no VCM); Macrocítica ou macrocitose: predominância de hemácias grandes, geralmente jovens, recém-produzidas. - Exemplo: felinos pela FeLV, em cães o Poodle toy sendo fisiológico e Schnauzer gigante pela deficiência na abs de vit B12. Microcítica ou microcitose: predominância de hemácias pequenas. Ocorre em anemias crônicas (ferropriva). Pode ser fisiológico em idosos e algumas raças de cães com Akita e Shiba. - verdadeiro tamanho da hemácia usa VCM (volume corpuscular médio) VCM = hematócrito/hemácias x 10 Anisocitose: diferença de tamanho entre as hemácias. Ou seja, há varias hemácias na circulação podendo ter diferentes tamanhos. - em predominância, é bom para anemia regenerativa, pois há grande percentual de hemácias jovens. Coloração: CHCM Normal ou normocrómica: vermelho claro com palidez central (em cães). Obs.: hemácias jovens são maiores e mais escuras. Hipocromica: hemácias com intensidade de coloração reduzida e área central pálida aumentada. - causas: diminuição da hemoglobina na célula por deficiência de ferro. Policromasia: algumas hemácias são mais coradas que outras. Ou seja, diferença de cor de uma hemácia para outra. - causas: maior EPO em resposta a anemia regenerativa. CHCM: concentração de hemoglobina corpuscular media CHCM = hemoglobina/hematócrito x 100 Formato a) normal: bicôncava e arredondada para facilitar a troca gasosa e circulação no vaso *algumas alterações morfológicas da célula podem indicar alterações sistêmicas no animal. Dependendo do formato da hemácia de alteração encontrada, pode sugerir o que animal tem/alterações. *hemácia (borda) é constituída de proteína, lipídeos e se houver alteração fará outro formato de hemácia. b) poiquilocitos: hemácias com formas anormais - inúmeras alterações morfológicas das hemácias - qualquer alteração da hemácia - inespecífico, quase não usa mais hoje em dia c) esferócitos/esferocitose: formas esféricas (sendo parcialmente fagocitada quando esférica) com intensa coloração pela perda de conteúdo de membrana sem perda da hemoglobina (citoplasma) --- palidez central perdida - mais densos e perde um pouco seu diâmetro (menor) - causas: anemia hemolítica autoimune primaria (patognômico – só isso não fecha diagnostico), induzida por drogas, transfusão incompatível. *é parcialmente fagocitada e o restante volta para circulação, acontece pela reação de antígeno e anticorpo (IgM e IgG) - consequência de doença infecciosa e parasitaria por causarem aumento de imunoglobulina no organismo - é de esperar que aumente a quantidade de imunoglobulinas/anticorpo = fração da proteína - anemia crônica, anemia arregenerativa (CHCM alteração normocistica e normocromica) - anemia hemolítica imunoimediada - IgM fagocitado intravascular = ativação do sistema complemento e complexo de ataque a membrana (lise He) *IgM é grande - IgG fagocitado extra vascular (esferocitose) = SMF eritrofagocitose parcial pelo sistema monocistico fagocitário - destruição extra vascular d) acantócitos: células com esporos ou espiculas irregulares e membrana irregular - causas: hiperbilirrubinemia, hemangiossarcoma ou hamangioma esplênico e doença difusa, alteração metabólica de lipídeos e colesterol - lipidose hepática (gato) - hemangiossarcoma (cão) e) equinocitos: hemácias espiculadas, com varias projeções regulares e pequenas - causas: artefato (amostra velha – deixou 48h na geladeira em contato com anticoagulante) é a causa mais comum, doença renal, linfoma, picada de cascavel, quimioterapia (cão) e exercícios físicos (equino). - sem palidez central f) esquisócitos: fragmentos irregulares das hemácias, trauma eritrocitário intravascular (rompimento) --- irregularmente contraído e mordido - causas: CID, neoplasia vascular e deficiência crônica de ferro que causa lesão oxidativa - são soltos da hemácia - o que sai da quebra g) ceratócitos: mais de dois espiculos - projeção do ceratócitos se solta e forma o esquisócitos - são os que ficam após quebra h) excentrócitos: perda da palidez central e desvio da hemoglobina para periferia da célula - causas: lesões oxidativas com aumento de corpúsculo de Heinz e deficiência hereditária - uso de medicamentos ajuda a sofrer alteração i) codocitos: alteração na proporção do volume em relação ao conteúdo (hemoglobina) tendo formação de célula alvo - causas: excesso de EDTA (acido – pode gerar alterações na hemácia), anemia hemolítica grave e hepatopatia grave são as mais comuns, mas também pode ser causado por hipercolesterolemia em cães e anemia ferropriva j) estomatocitos: hemácias unicôncavas com áreas finas e claras semelhante a uma boca - pequena quantidade insignificante - invés de uma palidez central redonda, faz uma linha no mesmo. - artefato da distensão sanguínea - nem todos os animais possuem - raças predispostas: Alaska malamute, Schnauzer miniatura e Drentse - deficiência hereditária de gene recessivo: altera a permeabilidade da hemácia (macrocitose e hipocromia) k) crenação: hemácias em forma de engrenagem - bastante comum em bovinos, artefato de técnica (laminas coradas antes de secar) e desidratação em outras espécies Corpúsculo de Heinz: Projeção discreta na hemácia, parece uma cebola - desnaturação oxidativa da hemoglobina <1-2% em gatos dentro dos parâmetros normais >2% anormal em gatos 1-2% em cães qualquer aparecimento é anormal - alguns medicamentos causam alteração na desnaturação oxidativa hemoglobina - causas: cebola, alho, flor de Brassica, benzocaina, zinco, cobre, propofol, vitamina K etc. SÓ INGERINDO MUITO PARA INTOXICAR. Corpúsculo de Howell- Jolly: Hemácia com resquício do núcleo, aumenta na circulação em resposta a hipóxia tecidual - anemia regenerativa é de esperar encontrar grande quantidade resposta da medula - causas: hipóxia, contração esplênica (baço – em questãode estresse contrai e volta para a corrente sanguínea), glicocorticoide (muitas ações, e dependendo da dosagem estimula medula a maturar mais rápido e elimina os corpúsculos da corrente sanguínea) intoxicação do chumbo e esplenectomia (não tem baço, dai terá muito corpúsculo no sangue circulando) Metarrubricitos: Liberação precoce de células imaturas em resposta a hipóxia (anemia) na corrente sanguínea - anemia regenerativa - hemácias com núcleos Rouleaux eritrocitário: Hemácias empilhadas - normal em equinos sadios, escasso em cães e gatos - causas: desidratação ou inflamação nas demais espécies, principalmente em pequenos animais - decorrente do aumento de proteína, fibrinogênio e imunoglobulinas Aglutinação: - aglomeração espontânea dos eritrócitos - causas: doenças autoimunes/imunomediada (antígeno e anticorpo), transfusões incompatíveis devido à presença de anticorpos contra hemácia. - pode causar obstrução, isquemia, trombose e necrose, coagulação intravascular disseminada, dependendo da veia pode vir a óbito - aparência de cacho de uva Hemoglobina: fração heme + globina - proteínas conjugadas (globinas) + substancias avermelhadas (heme) - heme = ferro + porfirinas (subprodutos oxidados) - transporta oxigênio pelo corpo - produção ocorre no citoplasma das células nucleadas precursoras de eritrócitos – fase de maturação - hemocaterese: - hemácias velhas = degradação Grupo heme se junta ao grupo globina formando uma nova proteína. O grupo heme se liga a porfirina virando biliverdina e, então, se transforma em bilirrubina não conjugada lipossolúvel + albumina vai para o fígado, no fígado a bilirrubina se liga ao acido glicuronico hidrossolúvel que haverá excreção biliar, o urobilinogenio, caindo na corrente sanguínea e indo para os rins. Caso vá para o intestino antes, se chama estercobilinogenio Obs.: fezes acinzentadas é problema hepático Obs.: fezes marrom/esverdeada é devido a bilirrubina que retorna a. Bilirrubina: - muita bilirrubina pode causar colestase/obstrução dos canalículos biliares causando acumulo de bile (a ponte de obstruir a passagem) *ocorre muito em felinos - doença hemolítica: excesso de hemoglobina livre pode muita das vezes sobrecarregar o fígado causando hepatomegalia por sobrecarga - comum em doenças infecciosas e parasitarias. Haverá primeiro lesões primarias e depois secundarias. Anemia - diminuição de eritrócitos/hemácias, hemoglobina e hematócrito abaixo dos valores normais de referencia - parâmetro mais fidedigno é o VG - resultante de doença primaria, ou seja, a anemia é uma doença secundaria. Exemplo: excesso de células neoplásicas e a não produção de outras. *leucemia dos leucócitos pode originar a anemia, pelo fato da medula não ser extensa e por ter multiplicação excessivamente de células neoplásicas fazendo com que comprimem as hemácias no canto e poucas que não conseguem se multiplicar, logo, pouca célula indo para corrente sanguínea. I. Hematócrito - influencia da característica física-fisiologica - anormalidade na maturação - diseritropoise em cães de raça - sinais clínicos: apatia, intolerância ao exercício, palidez nas mucosas, aumento da frequência cardíaca, disfunção respiratória, icterícia, febre, petequias, depressão etc Causas da anemia: 1) Perda de sangue (hemorragia) tanto interna quanto externa 2) Destruição (hemólise) – ocorre de forma intravascular e extravascular (mais comum - imunomediada) 3) Diminuição na produção (medula óssea) - perda de sangue/destruição = agudo - não produção = crônico Formas da anemia: 1) Morfologia celular - VCM: macrocitica, normocitica e microcitica - CHCM: normocromica e hipocromica 2) Evolução aguda ou crônica - prognostico favorável ou desfavorável 2.1. Aguda: CAUSAS: hemorrágica (perda de sangue) = fígado e baço são os mais vascularizados - traumas, cirurgias, ruptura de neoplasias, ulceras gastro-intestinais e defeitos na hemostasia (intoxicação por warfarina em maior tempo de coagulação) - achados laboratoriais nas anemias: - resposta regenerativa após 2 a 4 dias - redução na concentração de proteína e VG plasmática total sendo hemorragia externa de mais ou menos 2 a 4 horas *quando se tem hemorragia não perde apenas hemácias Hemolítica CAUSAS - infecciosa/parasitaria - toxica/químico = vitamina K, fenotiazina, cebola, azul de metileno, zinco, chumbo e cobre - reação Ag-Ac = imunomediada primaria sendo idiopática/autoimune e sem doença primaria (sem causa definida) e, em geral, secundaria sendo transfusão incompatível, isoeritrolise neonatal, AHIM, anemia infecciosa equina AHIM: secundaria: - ligação de anticorpos contra membrana eritrocitária - causas: neoplasias, agentes infecciosos, modificações antigênicas induzidas por medicamentos, transfusões sanguíneas, isoeritrolise neonatal e lupus eritrematoso em cães Acidente ofídico Agentes bacterianos: Clostridium e Leptospira (muitas cepas – intensidades diferentes) Parasitas: Babesia, Ehrlichia canis, Mycoplasma haemofelis, Leishmania (alteração hematológica aumento da globulina como uma plaqueta),etc Hemólise – achados laboratoriais - resposta regenerativa - hiperbilirrubina (cor amarela do plasma) - hemoglobinúria/hemoglobinemia (cor vermelha no plasma - lamina: evidências de parasitas, eritrócitos fragmentados, esferocitos e corpúsculos de Heinz 2.2. Crônica - hemorrágica: pequena quantidade ao longo do tempo = intestinal (sangue oculto nas fezes), trato urinário (hematúria) e ectoparasitas hematófagos. Pode perder grande quantidade de ferro causando anemia ferropriva. - hemolítica: infecciosa/parasitaria, tóxica, lesões gastrointestinais (neoplasias e ulceras), neoplasias com sangramento cavitário, trombocitopenia (valores de plaqueta abaixo do VR) etc - hipoplásica/aplasica: deficiências nutricionais, depressão de medula óssea (IRC, deficiência hormonal), agentes infecciosos, neoplasia medular e anemia aplasica (intoxicação por samambaia e estrógenos). Doença inflamatória crônica (deficiência de ferro – invés de o ferro ir para medula e ser usado, ele fica de forma armazenada no macrófago induzindo um processo inflamatório crônico), doença endócrina (hipotireoidismo, menor taxa metabólica), doença renal crônica (falta de eritropoietina) e medicamentos como anti- neoplasicos (quimioterápicos). *mielocitica - eritropoiese reduzida: proteínas, minerais, vitaminas. *Pancitopenia: diminuição de todas as linhagens de sangue *Bicitopenia: apenas duas linhagens de sangue reduzidas - eritropoiese reduzida: proteínas, minerais, vitaminas. 3) Resposta pela medula óssea - anemia regenerativa: quando a produção de eritrócitos pela medula óssea mantém-se normal - eritrograma em resposta medular como: reticulocitose, anisocitose policromasia, metarrubricitos e corpúsculo de Howell- Jolly. Obs.: é necessário de 2 a 4 dias para uma resposta regenerativa tornar-se evidente no sangue. - anemia arregenerativa/aplasica: quando a produção de eritrócitos é prejudicada - ausência de elementos necessários para a produção de eritrócitos, pode ser causada por eritropoiese reduzida, ausência de eritropoietina (IRC), doença endócrina (hipoadrenocorticismo), anemia da doença inflamatória crônica, alteração toxica na medula (radiação etc) - anemias normociticas e normocromicas, ou seja, normais em tamanho e cor, sem tendência regenerativa. - não há reticulocitos e policromasia (diferenças de cores). - pré-regenerativa Policitemia - aumento de numero de eritrócitos circulantes acima dos valores normais, do VG e He - classificada em policitemia absoluta e relativa- VG: 60% em policitemia absoluta ou relativa e 70% policitemia primaria a. Policitemia relativa - redução do volume plasmático causado pela desidratação - doenças acompanhadas por excessiva perda de agua como diarrria, vomito e poliuria - VG, hemácia e proteínas altas b. Policitemia absoluta Secundaria o policitemia fisiologicamente apropriado: - hipóxia tecidual generalizada estimula a produção de eritropoietina tendo maior hemácia e baixa pressão arterial (redução de PaO2) - causas: doença cardíaca congênita, doença pulmonar grave, altitude elevada e obesidade o policitemia fisiologicamente inapropriado = RARO!: - maior produção de EPO, sem hipóxia tecidual tendo lesões e neoplasia renais (raras) e pressão arterial normal o policitemia absoluta primaria ou vera = RARISSIMO!!! - distubrio mieloproliferativo: proliferação descontrolada de eritrócitos - precursor eritrocitário com hiper- responsividade a EPO - humano a policitemia é diferente do que em animais domésticos (maior He) = eritrocitose primaria Obs.: sempre que for primária, é na medula óssea. LEUCOGRAMA Origem - leucócitos: originam na medula óssea através de estimulo hormonal (= eitrocitos/plaquetas) - medula óssea célula pluripotente ou célula tronco capacidade proliferativa célula tronco estímulos de hormônios leucopoiese - hormônios que são glicoproteínas - as glicoproteínas (granulopoetinas – estimulo hormonal) são produzidas nos macrófagos (geralmente), em citocinas (interferência) e fatores de crescimento Leucopoiese acontece na fase de multiplicação, maturação, vai para circulação (apenas passagem) e migra para tecido (para defesa de agressão etc) Fica-se na corrente sanguínea, tem algo errado no animal ou uso de medicamento. 80% dos neutrófilos segmentados estão na circulação e depois migra para tecido. Predominância maior em relação aos outros leucócitos. Granulopoiese Liberação do compartimento de reserva demora horas: mais eficiente em carnívoro (até 19.000) por maior reserva medular comparado com herbívoro (como cavalos, que não possuem tanta reserva e, no máximo 12.000) Aumento de produção de 2 a 4 dias Novas células no sangue em torno de 5 dias Linfopoiese - produção de linfócitos - produção em feto/neonato influencia do timo na MO, principalmente de linfócito Pós-natal: baço, linfonodo e outros tecidos linfoides Recirculação constante: vasos linfonodos e vaso linfático ducto torácico (por isso meia- vida é diferente) - carnívoro e herbívoro será diferente a resposta devido ao estimulo, em conduto de reserva medular Classificação 1) Leucócitos a) Polimorfonucleares (varias formas de núcleo, fragmentados) ou granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) b) Mononucleares (linfócitos e monócitos) (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) ou agranulócitos Obs.: Erliquiose encontra-se em células mononucleares, como linfócitos e monócitos. Eosinófilo aumenta em questão de parasitas, principalmente nematoides (larval), caso de alergia Função geral e morfologia a) Neutrófilos - resposta inflamatória por meio da quimiotaxia ao tecido lesionado - fagocitose de mogs e corpo estranho mecanismo: grânulos lisossômicos, degradação do material por digestão enzimática (há membrana para isso) - apresentam as cinco fases de inflamação: rubor, calor, inchaço/edema, dor e perda da função (não especifico) - são células com granulações variadas entre espécies, de cão para gato muda muito - não é comum de se verificar um metamielócito na circulação Monocito tos Linfócito Monocito N. segmentado Monocito Primeiro há presença de neutrófilo/eosinófilo para linha de defesa, passam para neutrófilo segmentado, seguida para realizar a demarcação no lugar da inflamação chamando monócitos (fagocitose, macrófago – lixo) e, por ultimo, com linfócitos para produção de anticorpos. - bastonete (ferradura) em pequenas quantidades na corrente sanguínea é normal - neutrófilo segmentado tem variação de constrição ao longo do núcleo núcleo tem formato segmentado Maturação acontece: mielócitos – metamielócitos – bastonetes – neutrófilo – neutrófilo segmentado b) Linfócitos - tem subpopulação, mas não consegue diferenciar no esfregaço sanguíneo - linfócito B é imunidade humoral, ou seja, imunidade adquirida + anticorpo - linfócito T é imunidade celular e resposta à citocina inflamatória, ou seja, elimina mogs e célula infectada - possui núcleo arredondado ou oval e quantidade mínima de citoplasma (incolor) - linfócito reativo: linfócito B produz imunoglobulinas e tem núcleo com forma variada e citoplasma basofilico em forma maior c) Monócitos - tem como função a resposta inflamatória - possui sistema de fagocitose para bactérias, fungos, protozoários, células danificadas e corpo estranho - no sangue, monócitos; no tecido, macrófagos. - apresentam as cinco fases de inflamação: rubor, calor, inchaço/edema, dor e perda da função (não especifico) - imunorregulador por apresentar o antígeno ao linfócito T - responsável pela degradação da hemácia - tem formato de núcleo de diferente de tamanho (de oval até segmentado), tendo citoplasma grande e desarranjado, por isso a diferença é que são maiores que outras células, sendo até 4x maior d) Eosinófilos - tem função não muito esclarecida - contem proteínas que se ligam na membrana no helminto (larval) --- aumenta para fazer degradação - possui reação alérgica e inflamatória como no trato respiratório, pele, digestório etc - possui formato variável entre as espécies, tendo o núcleo segmentado e grânulos vermelho/rosa-alaranjado - formato e grânulo dependem muita da espécie, como em tartarugas quase não há grânulos e vermelhados, em coelhos são redondos rosados Obs.: neutrófilo de primata é bem rosado (normal) e não se confundir com alergia, verme, etc e) Basofilos - quase nem sempre encontrado na corrente sanguínea, em mamíferos é raríssimo - contem histamina e heparina, citoplasma contem imunoglobulina E - resposta inflamatória, alérgica (geralmente acompanha os eosinófilos) - núcleos segmentados e tem grânulos com uma variação entre as espécies, com diâmetro maior que de neutrofilos *Herbívoros: processo inflamatório com predomínio de células mononucleares e não polimorfonucleares, principalmente ruminantes. Leucócitos polimorfonucleares - produção de neutrófilos, principalmente segmentados (70%), eosinófilos e basófilos - precursor celular: pró-mielócito cada um produz diferente tipo - mais comum em cães **cada um destes três tipos de granulocitos possui um pro-mielocito jovem especifico - reserva: células adultas prontas para serem liberadas após estimulo Cinética leucocitária - caminho que leucócito percorre - três fases ou compartimento na MO Proliferativo: consistindo de mieloblastos, pro-mielocitos e mielocitos Maturação: consistindo de metamielocitos e bastonetes = aumento das células jovens. Se houver inflamação muito grave, vai ter presença de metamielocitos na corrente sanguínea, como sepse, piometra. Reserva ou estoque: primariamente composto de neutrófilos segmentados e bastonetes. Deve conter grande quantidade. Se acontecer algum estimulo que precise de grande quantidade, quem age são elas. Mesmo se não der conta, aparecerá outras células. - produção e liberação dependem de 2 fatores: produção e maturação normal; e o feedback conforme o consumo das células na periferia consequência em neutrofilia, leucocitose - sangue periférico: em circulação,aderidos ao endotélio, proporção em cães 1:1 e gato 3:1 meia vida na circulação é curta (mais ou menos 10h). o que coleta é o pool circulante. As células que estão no meio da circulação e as células aderidas ao endotélio, que vão fazer a migração para o tecido. A proporção do cão, cavalo, bovino e caprino é 1:1, ou seja, o que estiver de quantidade no meio da circulação tem a mesma quantidade aderida ao endotélio. Já para gatos, tem muito mais células aderidas ao endotélio do que no meio da circulação, por isso que em gatos quando acontece estresse, ele faz vasoconstrição, liberando essas células que estão grudadas para o meio para a circulação, ao coletar, faz leucocitose por estresse. De 6 a 8 horas para fazer migração ao tecido. - marginalização é primariamente localizada no baço e pulmões, consiste em leucócitos aderidos transitoriamente na parede de capilares e pequenos vasos sanguíneos e a capacidade dessa marginalização varia com espécie - cão, bovino e equino possuem no marginal a metade dos neutrófilos vasculares. Já gato tem reserva de até mais ou menos 2,5 vezes o compartimento circulante - compartimento marginal rapidamente mobilizada pela epinefrina/corticoides liberados por estímulos fisiológicos ou patológicos como estresse, exercício, traumas e infecções. - diapedese: migração das células de defesa do sangue em direção ao tecido através de estimulo quimiotaxia Leucócitos totais - dependem: espécie e idade (cels predominante); variação sazonal; condições fisiológicas (adrenalina e cortisol), condição patológica (inflamação, infecção, neoplasia...); nível de produção e liberação pela MO; vida media de leucócitos; relação entre pool marginal e circulante; migração pelos tecidos; tipos de celular predominante. NEUTROFILOS Cinética dos neutrófilos - compartimento circulante é na sua maioria por neutrófilos segmentado, na circulação em meia vida em torno de 7-4horas - migram da circulação para os tecidos e cavidades corpóreas, normalmente SEM RETORNO (mão única), onde podem permanecer por 2 a 3 dias fisiologicamente/patológicos - fagocitose e degranulação: fagocitose é um processo ativo de ingestão de uma partícula microscópica pelo leucócito e depois faz digestão enzimática - fatores quimiotáxicos (inflamações e infecções): a MO de liberação de 8 a 10 vezes o numero de células do pool circulante em 6/7horas - reservatório não supre a demanda por medula responde 2 a 3 dias - posteriormente destruídos pelo SMF Leucocitose – aumento de leucócitos - falsa leucocitose: matarrubricitos, auto aglutinação e hemácia contador eletrônico (impedância) Obs.: maquina não faz hemograma. Se houver núcleo, já sabe né?! Conta como leucócito. Interpretação laboratorial - causas mais comum de neutrofilia: leucocitose fisiológica; Indução por corticoides; processo inflamatório (agudo ou crônico); processo Infeccioso; hemólise, hemorragia e doenças imunomediadas; Síndrome paraneoplásica; CLAD (Canine Leucocyte Adhesion Deficiency valores elevados - meia vida de circulação de mais ou menos 7 a 4 horas, após migração para tecidos, permanecem por mais 24 a 48 horas e, posteriormente, destruídos pelo SMF CLAD (Canine Leucocyte Adhesion Deficiency) - Setter irlandês, Pastor alemão, Gado holandês - Leucocitose grave persistente - 10% dos setters são portadores - Deficiência recessiva parcial ou total das glicoproteínas de adesão de superfície celular (β2-integrinas) dos leucócitos - Esse defeito resulta em uma adesão leucocitária deficiente, quimiotaxia comprometida - relatados em Setter irlandês, Weimaraner e Pastor alemão - BLAD: gado holandês, pardo-suíço e búfalos Interpretação dos achados neutrofilia Leucocitose fisiológica (adrenalina) - comum em filhotes - moderada neutrofilia e linfocitose, leucocitose adrenalina faz bloqueio de entrada no tecido linfoide, em linfócito na migração - adrenalina não aparece no hemograma, apenas cortisol. Mas pode acontecer!! - volta à normalidade em 30 minutos se ficarem por muito tempo, pode resultar em negatividade - em processo inflamatório vai ter presença de bastonete desvio nuclear a esquerda, células jovens leucocitose - mediada pela epinefrina: bloqueio na entrada de linfócitos nos tecidos linfoides; demarginação neutrofilica - contagem total sem alterações: pseudoneutrofilia Resposta excitatória - luta ou fuga - adrenalina/epinefrina - aumento de neutrófilo neutrofilia sem desvio a esquerda (presença de células jovens – quando tem aumento na concentração de bastonetes circulantes), decorrente do aumento de células marginais na circulação Obs.: animal com estresse pode ter leucograma de estresse em vez de leucocitose fisiológica Leucocitose induzida por glicocorticoides (leucograma de estresse): - liberação de glicocorticoides endógena: estresse severo; hiperadrenocorticismo - administração exógena: variação entre 20.000 e 30.000 ul (o máximo é de 35000) - quadro clássico: neutrofilia, linfopenia, monocitose e eosinopenia aumento de neutrófilo, diminuição de linfócitos, aumento de monocitose e diminuição de eosinófilos Obs.: o cortisol faz apoptose dessas células, faz degradação de linfócitos e eosinófilos causando uma leucocitose por neutrofilia e linfopenia comum! Obs.: animais em treinamento sofrem um estresse no inicio e com um tempo se adaptam Cortisol: liberado em doenças sistêmicas, alterações metabólicas e dor. Tendo como causas a insuficiência renal aguda, diabetes, desidratação, doença inflamatória e dor associada ao trauma. Lembrando que: hormônio adrenocorticotropico leva a apoptose dos linfócitos, a linfopenia • Leucocitose induzida por glicocorticoides - pode haver discreto desvio a esquerda - tem inicio de 4 a 8 horas após administração - fim do quadro cerca de 24 horas após (durando até, no máximo, 48 a 72 horas) - neutrofilia pode se desenvolver antes da linfopenia. Normalmente a neutrofilia pode votlar ao valor de normalidade antes dos linfócitos, pois causou destruição dessas células até ser repostas vai precisar mais tempo. Desvio nuclear • Desvio nuclear a esquerda: aumento das células jovens (neutrófilos) na circulação. Estarão acima dos valores de referencia, como os metamielocitos, neutrófilo e bastonete (principal). - regenerativo: aumento das células jovens em menor quantidade (não ultprassa) do que as células maduras (neutrófilo segmentado) aumento de bastonestes do que segmentados. Leve: bastonete, mas não ultrapassa a aguda que é segmentar; moderado: bastonete e metamielocito; severo: bastonete, metamielocito e mielocito - degenerativo: maior concentração de células jovens do que células adultas, ou seja, ultrapassam (problema na medula, leucemia, sepse), normal ou leucopenico. • Desvio nucelar à direita: - neutrófilos hipersegmentados - neutrófilos permanecem na circulação por tempo maior (>5 lobulações) “neutrófilo velho” - causas: tratamento com corticoides (retarda a diapedese), diminuição de migração ou quimiotaxia, defeitos genéricos, doenças mieloproliferativas e amostras velhas Interpretação dos achados neutrófilos • Leucocitose inflamatória: • Inflamação aguda: - 6 a 8 horas após estimula inflamatório (advindo de outro organismo, agentes infecciosos, corpo estranho, lesão, etc) - estimulação da MO - entre 20000 e 30000 com desvio a esquerda - pode haver alterações toxicas (não toxico relacionado à inflamação), neutrófilos, inflamação, infecção mais grave, comum ver em piometra e peritonite • Inflamação crônica: - leucocitose por neutrofilia - pode haver ou não desvio a esquerda, sendo leve depende do tempo de maturação paraliberar - alterações no pool de proliferação, maturação e armazenamento da MO (inflamação < tempo de liberação 2 – 4 dias) Obs.: quando tem maior inflamação e faz o consumo das células periféricas, lembrar sempre que a MO demora de 2 a 4 das para responder ao estimulo. Reação leucemóide - processo benigno, sendo diferente de leucemia leucocite extrema - contagem superior a 50000 ul - pode ou não haver alterações toxicas, mas a maioria das vezes acontece, principalmente nas alterações de neutrófilos segmentares, pois o citoplasma fica mais basofilico porque não deu tempo suficiente de maturar, teve estimulo e precisou mais de demanda da célula - raramente envolve alterações em linfócitos e eosinófilos, segmentares e bastonetes - piometra, periotonie, abscessos (principalmente, em grandes), AHIM, síndromes paraneoplasicas (metástase não é síndrome paraneoplasicas, as paraneoplasicas sao emagrecimento, anemia, hipo ou hiperglicemia) Obs.: piometra nem sempre vai ter leucocitose no sangue, algumas vezes, os leucócitos estarão normal ou diminuídos levemente, pois a reação inflamatória é muito intensa que todos os leucócitos do sangue migram para o local de inflamação e naquele momento não tem aumento da contagem de leucócitos totais no sangue periférico. Determina é o US. Leucopenia/neutropenia - agente químico ou físico - quimioterapia, antibiótico, estrógeno, radiação, inflamação aguda, doença viral, neoplasias hematopoiéticas e inflamação grave (bacteriana) Grandes animais - inflamação aguda: migração maciça + pequena reserva medular + tipo de células predominante = ausência de leucocitose - em casos crônicos, pode fazer leucocitose - inflamação: aumento de fibrinogênio e inversão da proporção N:L Neutropenia • Diminuição na produção pela MO - Parvovirose (baixo ex 4.000/μl)*, Erliquiose (Corpúsculo ou mórula), drogas (sulfa + trimetoprin, estrógenos ou fenilbutazona) Inflamação aguda grave: Consumo>Cap. Liberação medular** - Casos graves: relacionada com desvio à esquerda degenerativa e alterações tóxicas - Erliquiose monocitica canina: monócito e linfócito - Neutrófilo segmentado: erliquiose granulocitica canina Linfocitose - fisiológicas – adrenalina (comum em gatos): atividade elevada da epinefrina (excitação) luta ou fuga 20000 cel/ul - filhotes, hipoadrenocorticismo (não vai ter ação do cortisol para fazer apoptose dessas células, por isso pode aumentar na circulação) - doença imunomediada, vacinal e estimulçao antigenia linfócitos reativos Obs.: felino Felv+ é comum encontrar alterações de linfocitose, pode desenvolver linfoma, leucemia. Em caso agudo de Erlichia, em cães fazem linfocitose e também ultrapassando a contagem fazendo inversão dos valores com neutrófilos. Então, na contagem, vai ter 60% de linfócitos e 40% de neutrófilo Linfopenia - indução por glicocorticoides: estresse (corisol: imunossupressor – lise dos linfócitos), hiperadrenocorticismo, exógeno - infecções virais: cinomose (c. de Sinegaglia lentz), panleucopenia felina, coronavirose e parvovirose. Obs.: não confundir com C. Howell Jolly porque também está dentro da hemácia. Sendo que C. Sinegaglia lentz encontra em varias células, mas principalmente em linfócito Monocitose - inflamação e necrose tecidual, indução por glicocorticoides (cães), supuração (cavidades corpóreas), distúrbios granulomatosos, leucemia monocitica ou mielocítica (raro!!), doenças parasitarias (Hepatozoon canis – parasita hemácias em aves, anemia. Em mamíferos fica em linfócitos, em forma de bastão) Eosinofilia - hipersensibilidade imediata: parasitismo, reações alérgicas, inflamatória - doença eosinofilicas especifica: enterite eosinofilica, granuloma eosinofilico (gatos), pneumonia eosinofilica (cães e gatos) - carcinomas, mastocitomas, linfoma T e leucemia eosinofilica (raro) Eosinopenia - indução por glicocoricoides: estresse, hiperadrenocorticismo, exógeno e inflamação/infecção. Basofilia - raro!!! - dirofilaria (juntamente com eosinofilia), juntamente com a eosinofilia na hipersensibilidades, drogas como penicilina e heparina Anormalidades morfológicas adquiridas - são células jovens liberadas na circulação Neutrófilos: - hipersegmentação, quando o neutrófilo permanece mais tempo na corrente sanguínea do que deveria - alterações toxicas (C. Dohle), é uma mancha basofilica (falta de maturação – célula jovens) encontrada no citoplasma dos neutrófilos (azuladas com manchas mais escuras) - inflamação, infecção e intoxicação por drogas Corpúsculos de inclusão: erliquiose monocitica canina, cinomose e hepatozoon canis. Quando parasito está dentro da célula, inclusão. Quando bactéria, corpúsculo. Linfócitos: citoplasma azurofilico, estimulçao antigênica crônica (Erlichia), vacinação ou infecção Monocitos: monócitos ativados, caracterizado por evolução do processo inflamatório e vacuolização citoplasmática - Anomalia de Pelger-Huet: neutrófilos e eosinófilos, núcleos hipossegmentados e não alteram a função celular. É genético. Mielograma - indicado a punção quando se tem citopenia persistente, anormalidade proliferativa, presença de células atípicas, neoplasia hematopoiética, hiperproteinemia e pesquisa de hemoparasita - procedimento da punção de MO: anestesia/sedação, tricotomia, antissepsia - neoplasia hematopoiética: leucemias há classificações como distúrbio mieloproliferativo/linfoproliferativo e agudo ou crônico HEMOSTASIA - mecanismos que fazem estancar o sangue, como presença de vasoconstrição, agregação plaquetária etc - sistema cardiovascular distribui o sangue para os tecidos e está predisposto a diversos tipos de lesões, porém, os indivíduos normais tem mecanismo bem controlado que impede a perda de sangue, mantém o fluxo sanguíneo e permite a cicatrização e reparo dos vasos lesionados. Acontece o tempo todo no organismo!!!! - hemostasia: parada da hemorragia ou parada do sangramento - falha/efeito hemostático excessivo pode formar uma trombose e hemorragia excessiva (não consegue deter o sangramento, sendo extenso, entra em choque) morte - hemostasia é o mecanismo que mantém a fluidez do sangue pelos vasos (controle da hemorragia e a dissolução do coagulo) - hemostasia é dividida em primaria, secundaria e terciaria, embora os três processos estejam inter- relacionada. Hemostasia primaria - há vasoconstrição local, adesão e agregação plaquetária, consequentemente a formação de um tampão plaquetário inicial (não é fixo/estável, ou seja, qualquer aumento do fluxo sanguíneo pode locomover. O que faz estabilização é a hemostasia II) - adesão (plaquetas com o endotélio) e agregação pelo fator de von Willebrand glicoproteína Obs.: sem a presença dessas glicoproteína, a plaqueta não adere no local da lesão. Haverá problema de hemostasia quando há doença de von Willebrand. - interrupção ou diminuição da hemorragia por vasoconstrição reflexa da musculatura lisa, assim diminui o diâmetro do lúmen vascular (fluxo e permeabilidade vascular) e, consequentemente, secreto substancias trombogênicas (tromboplastina) pelas células do endotélio e promove a formação de coagulo. - dentre as causas de alteração vascular, destaca- se as desordens inflamatórias (bactérias e vírus), desordem imune, tumores e traumas, corpo entranho... Qualquer alteração levará a focos de hemorragia levando a alterações vasculares. Há uma lesão no vaso, rompimento tendo uma hemorragia que rapidamente haverá agregação plaquetária (hemostasia I) e formar malha de fibrina para estabilizar o coagulo (hemostasia II). Cinética plaquetária - origina na célula tronco tendo uma linhagem de megacariocitica -célula tronco/pluripotencial megacarioblasto pró-megacariócitos megacarióticos (após mitose, ela realiza endomitose – divisão celular cessa, mas o núcleo continua dividindo podendo ter de 6 a 36 nucleos) plaquetas - plaquetas são fragmentos do citoplasma do megacariócitos (células que originam as plaquetas) Obs.: pode acontecer produção de plaquetas extra- medular em outros órgãos. Isso depende de alguns tipos de doença, que levam a hipoplasia ou aplasia de MO. Trombopoiese - estimulada pela trombopoietina (hormônio – produção de plaquetas), consequentemente a megacariocitopoiese (produção de megacariócitos) em todos os estágios - trombopoietina é sintetizado, principalmente, no fígado e MO - IL-6, IL-11 e eritropoietina (secundário) Obs.: o animal é doente renal crônico, no estagio avançado, sempre cursava com uma anemia normo normo e uma trombocitopenia, porque a EPO produzida pela rim não estava sendo liberada e estimulando a MO, que de maneira secundaria, estimula a produção de plaquetas. Plaquetas - vida media em torno de mais ou menos de 7 a 8 dias, 1/3 sequestrado pelo baço (contração esplênica faz liberação rapidamente na circulação, que invés de ter valor normal de plaquetas na corrente sanguínea, acaba tendo um maior numero. Sendo comum em estresse severo). - produção após o estimulo em 3 a 5 dias porque depende da produção na MO - pequenos discos com grânulos vermelhos de 2-5 de diâmetro são fragmentos celulares. Não são redondos e sem núcleo. - a função primaria das plaquetas é a manutenção da hemostasia por meio da interação com as células endoteliais mantendo a integridade vascular - adesão, agregação e secreção ou liberação de plaquetas ocorre simultaneamente ou independente. Obs.: macroplaquetas. É a plaqueta jovem. Sempre compara com tamanho de hemácias. Se for macroplaqueta trex cruze é uma célula muito jovem. É bom a presença pelo fato de que a MO está respondendo/produzindo, principalmente em casos de trombocitopenia porque daí corrige rapidamente essa diminuição. Obs.: máquinas automatizadas não contam. Hemorragia espontânea é a presença de petéquia, esquimose, espistaxe... Mecanismo Injuria vascular alteração do fluxo sanguíneo (tumores, traumatismo e inflamação) lesão expõe o sangue ao tecido subendotelial, as plaquetas aderem ao colágeno adesão do colágeno + plaquetas quem promove é a glicoproteina FvW tendo secreção aminas vasoativas (seretonina, adrenalina e catecolamina) levando a vasoconstrição periférica/local liberação de ADP + cálcio que induz agregação plaquetária no endotelio, fibrinogênio e FvW tampão plaquetário primário libera fator III (tromboplastina tecidual) estimulando a hemostasia II Obs.: sem FvW e sem cálcio as plaquetas não se aderem ao endotélio. Doenças - doença de von Willebrand – pela falta de FvW - síndrome de Bernard-Soulier – falta de receptores (mais em humanos, que podem ter hematomas por todo o corpo, esquimose, petéquia) Função/resumo - adesão: aderência das plaquetas no local da lesão. É efetuada por meio de seus receptores de superfícies para o colágeno e facilitada pelo FvW que liga a plaqueta ao colágeno do subendotélio - liberação de plaquetas: promove a vasoconstrição local e agregação plaquetária - agregação: ligação entre as plaquetas e é uma resposta a uma liberação de ADP na presença do cálcio Hemostasia secundaria - uma série de reações em cujo resultado final é a formação de fibrina a partir do fibrinogênio que confere estabilidade ao coagulo comum! - cascata de coagulação função da coagulação: é formar trombina, que converte fibrinogênio solúvel em fibrinogênio insolúvel para dar estabilidade ao tampão plaquetário primário. Obs.: fibrinogênio está presente na circulação. - a molécula da fibrina faz uma reação cruzada e acaba formando uma malha que estabiliza o tampão plaquetário primário - trombina é o produto de formação da cascata de coagulação, produzido pelas reações enzimáticas iniciado com o trauma tecidual. Cascata de coagulação - mecanismo complexo de reações sequenciais que para a formação de fibrina a partir do fibrinogênio - os fatores de coagulação são ativados na maioria pela tromboplastina tecidual (fator III), expressada na superfície das células endoteliais lesionadas A partir do sistema incomum haverá a transformação do fibrinogênio em fibrina. A maioria dos fatores de coagulação é produzida a partir do fígado. Cálcio e vitamina K são importantes para acontecer à cascata de coagulação. Se houver lesões no fígado, por exemplo, hepatite crônica/cirrose/atrofia dos hepatócitos, haverá focos de hemorragia e não conseguirá produzir fatores de coagulação e, consequentemente, problemas na coagulação. Sistema intrínseco - é a via que se inicia pelo contato do sangue com o colágeno do subendotelio da parede vascular traumatizada ou corpo estranho - neste momento, ocorre a ativação plaquetária e do fator XII (fator de Hegeman), que subsequentemente ativa o fator XI (tromboplastina no plasma), IX (fator e christmas) e VIII (anti- hemofilico). Sistema extrínseco - inicia-se por lesão vascular que contém uma proteína de membrana, a fator tecidual. - o tecido danificado libera tromboplastina tecidual que ativa o fator VII (proconvertina) Sistema comum - fatores plaquetários 3 (fosfolipídios) + cálcio que inicia o sistema comum, pela ativação do fator X que, consequentemente, ativa a protrombina que se converte em trombina (fator II ativado) fibrinogênio em fibrina Obs.: sem presença de cálcio, vitaminas, minerais, intoxicação... Não tem cascata de coagulação porque se consomem. - fator XIII estabiliza a esta fibrina, produzindo uma malha firme de fibrina sobre o endotélio lesado e o tampão plaquetário - trombina é um potente pró-coagulante que acelera as reações da cascata formando fibrina - vitamina K é essencial na formação de varias proteínas da coagulação fatores de vitamina K dependentes são II, VII, IX e X (distribuídos nos 3 sistemas de cascata) vitamina K participa como cofator, produzindo centro de ligação para o cálcio - alteração na cascata pode levar a uma coagulopatia Lembrar!! O sistema comum possui fatores plaquetários, como fosfolipídios e a ação de cálcio, que terá ativação do sistema pelo fator X, consequentemente, ativa a protrombina que se converte em trombina para, então, mudar fibrinogênio em fibrina. A fibrina irá se depositar/agregar e formar o coágulo. Obs.: alguma falha na hemostasia pode ser por diminuição de plaqueta, que é primaria. Pode ter falha também na secundaria como deficiência de cálcio e vitamina K, na qual pode causar alteração hepática e não terá produção de fatores de coagulação. Obs.: a malha de fibrina não pode ficar sempre ali (coagulo), pois se ficar no local por tempo indeterminado pode levar a obstrução, isquemia, necrose. Onde na hemostasia III haverá a degradação dessa malha/rede de fibrina. Hemostasia terciaria/fibrinólise - fibrinolise = degradação que ocorre na mesma ocasião que ocorre a hemostasia secundaria - ativada na coagulação, existindo um equilíbrio fisiológico, onde a plasmina atua degradando a fibrina e desfazendo o coagulo formado. - é porque o coagulo no vaso não pode ficar por tempo indeterminado, pela coagulação excessiva pode levar a trombose. - a plasmina atua no interior do coagulo degradando a fibrina e é imediatamente removida pela circulação por líquidos orgânicos sistêmicos removidos por macrófagos - vasos sanguíneos também participam no processo de coagulação Técnicas para diagnostico de hemostasia A. Teste para avaliação de hemostasia I – tempo de sangramento da mucosa bucal/oral - tempo requeridopara cessar o sangramento inicial - decúbito lateral com sedação leve na mucosa - lábio superior é revestido e fixado como uma gaze, fazendo incisão de 0,5cm, filtrar o excesso do sangue com o mesmo cuidado para não aproximar muito da incisão, pois pode obstruir a saída de sangue!! Realizar uma incisão com agulha, na qual não deve tampar, mas sim, apenas retirar o excesso em 4min. - intervalo de sangramento: cães de 1,7 a 4,2min e felinos de 1 a 2,4min Avaliação plaquetária - quantitativa: contagem no esfregaço sanguíneo ou diluído com oxalato do amônio na câmara de Naubauer contar 5 campos x 20000 para ter estimativa - qualitativa: avaliação morfológica de plaquetas. Aumentada de tamanho (macroplaquetas) na qual é uma resposta boa, pois a MO está respondendo e produzindo, plaqueta jovem. Ou se tem alguma alteração na conformação da mesma, agregação plaquetária (menor quantidade de plaqueta) - 10 a 20 plaquetas/campo = normal - 4 a 10 plaquetas/campo = trombocitopenia - < que 4 plaquetas/campo = severa trombocitopenia - 1 plaqueta/campo = 15.000 a 20.000 plaquetas/μL B. Teste para avaliação de hemostasia II a. Tempo de coagulação - teste utilizado por ser rápido e fácil execução - consiste em adicionar 2ml de sangue venoso em tubo estéril, colocar o mesmo no banho-maria 37ºC (a cada 5 a 10seg até formação do coagulo) - cães de 60 a 110seg e felinos de 50 a 75seg b. Tempo de protrombina - TP - avalia o sistema extrínseco e comum - requer amostra em citrato de sódio (tubo azul) a 3,8% e plasma separado por centrifugação - fazer a adição de tromboplastina tecidual (fator extrínseco), colocar em banho-maria, consequentemente recalcificação da amostra, cronometrando o tempo até a formação do coagulo de fibrina. - valores normais de TP: tempo de protrombina também é um dos fatores de coagulação: cães de 6,4 a 7,4; felinos de 7 a 11,5; equinos de 9,5 a 1,5 c. Tempo de tromboplastina parcial ativada – TTPa - avalia o sistema intrínseco e comum - é o tempo que o plasma leva para formar coagulo de fibrina após a mistura com tromboplastina parcial, fator XII e cálcio - amostra de citrato de sódio (tubo azul) a 3,8% e plasma separado na centrifugação - coleta - valores normais de TTPa: cães de 6 a 16; felinos de 9 a 20; equinos de 27 45; bovinos de 20 a 35 Obs.: não pode demorar 3min para a formação do coagulo/fibrina, principalmente em caso de cirurgia. Ultrapassa em casos de hemostasia, coagulopatia. Obs.: valores prolongados de TTPa >1min - animais hemofíicos - deficiência de fatores XII - coagulação intravascular disseminada consumo de fatores de coagulação - venenos cumarínicos - doença de von Willebrand = carreador do fator VIII na corrente sanguínea Fibrinogênio - o fibrinogênio é uma proteína de coagulação (fator I da coagulação) produzida pelo fígado, sendo muito importante para grandes animais por ser indicador de processos inflamatórios - proteína de fase aguda porque sua concentração no sangue aumenta em resposta a processos inflamatórios. - valores normais: cães de 1 a 5 ou 100 a 500; felinos de 0,5 a 3; equinos de 1 a 4; bovinos de 2 a 7. Obs.: fibrinogênio está alto (processo inflamatório agudo), leva a proteína de fase aguda. Laminite, cólica... comum em grandes! Métodos - aquecimento do plasma a 56-58°C por 3 minutos e posterior centrifugação. Em seguida, o aquecimento (desnaturar a proteína) do plasma precipita o fibrinogênio e a centrifugação o separa dos demais constituintes plasmáticos. Logo, faz-se então a leitura das proteínas plasmáticas totais por refratometria e posteriormente a leitura do plasma com o fibrinogênio precipitado. Distúrbios hemostáticos - são desordens plaquetárias - avaliação das plaquetas é realizada em dois níveis: quantitativos e qualitativos. Para avaliação quantitativa faz-se a contagem de plaquetas e para qualitativa o tempo de sangramento. A. Trombocitose - aumento do numero de plaquetas acima do valor de referencia para a espécie - distúrbios inespecíficos, sendo uma neoplasia, processo inflamatório extenso, contração esplênica (sequestro de 1/3 de plaquetas). Toda plaqueta que foi fagocitada/sequestrada voltará para o meio da circulação e acabar dando uma trombocitose, então até o estresse severo ajuda. - causas: anemia por deficiência de ferro, doença inflamatória, liberação de epinefrina e distúrbio mieloproliferativo (medular – menos comum), mobilização esplênica e tumor (há várias neoplasias que secretam substâncias semelhantes à tromboplastina – mastocitoma, carcinoma). Obs.: é mais comum o animal se estressar, ter processo inflamatório do que uma neoplasia de medula. B. Trombocitopenia - diminuição do número de plaquetas abaixo do valor de referência para a espécie. Sendo a anormalidade mais comum encontrada nas plaquetas. - causas de trombocitopenia: intoxicação por medicamento, plantas tóxicas, intoxicação, reação imunomediada, consumo, tumor (terá outras alterações em conjunto), hemorragias, hemoparasitismo e CID (menos comum). - maior consumo da plaqueta está associado com CID, hemangiossarcoma/hemangioma canino e vasculite. - intoxicação por estrógeno – queda de plaquetas (o estrógeno diminui o estimulo da medula por depressão, levando a diminuição de hemácias, leucócitos e plaquetas – pancitopenia) - hemorragia não provoca trombocitopenia significativa (>100.000/µl) - maior destruição plaquetária se deve ao nível de fagocitose plaquetário pelos macrófagos (SMF) ou mecanismo imunomediado. No geral, o imunomediado, produz alto volume de imunoglobulina que pode fazer consumo dessas plaquetas. - trombocitopenia imunomediada (atual) – frequente - púrpura trombocitpenia idiopática (antigamente) - principal causa de infecção que leva a trombocitopenia é a erliquiose - hemoparasita: E. canis, E. ewingii, Anaplasma platys... - E. canis ocasiona inicialmente destruição das plaquetas por mecanismo imunomediado, ao final da doença pode provocar uma hipo/aplasia medular. Fazendo destruição da célula tronco. C. Disfunção plaquetária – adquiridas (função inibida) - anti-inflamatórios não esteroides - proteínas produzidas por mieloma (neoplasia de plasmócito) que produzem grande quantidade de imunoglobulina que diminui a ação das plaquetas que aderem ao endotélio e fazem a destruição imunomediada - uremia (adesividade reduzida ao endotélio). É aumento de ureia e creatinina com sinais clínicos que são alterações vasculares, úlceras, hálito uremico e alterações neurológicas ou ter uma sincope - tranquilizantes – não comum D. Disfunção plaquetária – hereditária - doença de Von Willebrand mais frequente - trombastenias que é adesão deficiente entre as plaquetas - trombopatias Doença de Von Willebrand Tipo I: Multímeros (várias proteínas) normais, mas diminuídos. - severidade variável com quantidade diminuída, mas morfologia e função normal – hereditária - forma mais comum - comum em Dobermans, Welsh corgi, pastor alemão, golden e poodle. Tipo II: Multímeros (junções de proteínas) com defeito de função da proteína - severidade variável, porém evolui muito rápido. É percebido após cirurgia, alguma dificuldade de hemostasia - comum em German shorthair pointer Tipo III: Não possui o FVW ou possui em pequena quantidade, não dando conta de fazer hemostasia I - forma mais severa, sendo que o animal não sobrevive por muito tempo. - comum no Scottish terrier, sheepdog Diagnóstico - tempo de sangramento: prolongado; TP: normal; TTPa: pode estar prolongado sendo que na cascata pode dar uma alteração. E. Coagulação intravascular disseminada (CID) - coagulação excessiva, consequentemente por ter tromboseintravascular difusa, assim, consumo dos fatores de coagulação e plaquetas, podendo ocasionar uma hemorragia - tumor (hamangiossarcoma, hemagioma, leucemia, etc), anemia hemolítica imunomediada, transfusão sanguínea incompatível, picada de serpentes, pancreatite e infecção por R. rickettsii. e D. imitis Trombopatia trombastênica canina: Falha na agregação em Otterhounds, Scottish Terriers, Foxhounds Trombopatia do Basset Hound: Falha na agregação. Síndrome do Chediak-Higashi: Agregação plaquetária diminuída em bovinos e gatos sendo observados na MO Coagulopatias hereditárias - relacionadas a problemas de seleção genética. Sempre suspeitar em animais jovens, apresentando hemorragia e de que não seja de origem infecciosa ou parasitaria. - diagnostico diferencial de von Willebrand Hemofilia A - sangramento severo em cães, cavalos, gatos e bovinos - somente machos desenvolvem a doença, mas as fêmeas são portadoras - sinais clínicos: hematomas e sangramento pelo trato gastrintestinal e urogenital - ocorre pela perda do fator VIII na via transplacentária RARO!!!!! - diagnóstico: tempo de sangramento: normal (diferente da doença de von Willebrand que estará prolongado); TP: normal; TTPa: prolongado. Coagulopatias adquiridas i. Deficiência de vitamina K - os fatores II, VII, IX e X são vitaminas K dependentes. - maior causa por intoxicação a antagonistas da vitamina K – Rodenticidas (ex: Warfarina e cumarínicos). Podendo ter outras causas como deficiência de sais biliares no intestino impede a absorção da vitamina K. - doença hepática pode resultar na falta de utilização da vitamina. - diagnóstico: TP: prolongado; TTPa: prolongado (porque a def. de vitamina K pode causar alterações tanto nos fatores extrínsecos como nos intrínsecos e comum das doenças hereditárias) ii. Doença hepática - o fígado é o local de síntese de quase todos os fatores de coagulação - na doença hepática, fatores dos três sistemas (intrínseco, extrínseco e comum) são afetados, porém este quadro é observado somente em problemas severos - 50% dos gatos com lipidose hepática grave apresentam alterações nos fatores de coagulação - testes de função hepática como bioquímicos, bilirrubina, globulina, proteínas no geral, colesterol, glicose, fator de coagulação, ureia... dessa forma, a dosagem de substancias produzidas pelo fígado e quando o fígado apresentar algum problema, irão diminuir. Ou seja, demora a coagular. É diferente de lesão hepática (que é por enzimática). - diagnóstico: testes de função hepática; TP e TTPa: prolongados porque teria problema na vit. K dependente. - acidente ofídico é coagulopatia adquirida TP e TTPa prolongado porque demorará para coagular, principalmente quando o fígado está afuncional, assim, produzindo menor fator de coagulação (menos tempo para estancar o sangue). Logo, menor FC, demorando mais tempo para estancar o sangue, logo maior TP e TPPa. Obs.: em teste funcional, ureia baixa porque fígado afuncional. Amônia alta (vasculite e encefalopatia hepática). TP e TPPa prolongados/aumentados. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA - substâncias ou substratos presentes no sangue. - indicador dos processos fisiológicos ou patológicos do organismo, como em caso de animal apresentar doença e aumento de ureia e creatinina, na mesma quando apresenta desidratação e aumento de ureia. - interpretação do funcionamento hepático, renal, pancreático, ósseo e muscular tanto para grandes quanto para pequenos animais - equipamento: espectrofotômetro bioquímico semi-automático. Realiza uma absorbância através do feixe de luz que passa sobre a amostra, logo, ao turvar a amostra como hemólise, icterícia, lipemia dentre outros, alteram o resultado final da amostra por serem mais escuros (aparelho), captará menos luz e resultado errôneo. - laboratórios usam “perfil do órgão”. Por exemplo: “perfil hepático”, “perfil renal”... CUIDADO* Como em caso de avaliação da função do fígado, não as enzimas de lesão. É aceito o perfil hemático para observar a função, mas vem à lesão. Obs.: substancias que avaliam lesão são diferentes das que avaliam função. - exames colorimétricos (muda de cor conforme a conformação da substancia presente no soro – ureia fica esverdeada quanto mais concentrada) e cinéticos (enzimática – reação que ocorre) Avaliação da função renal I. Anatomia renal - aparelho urinário: par de rins e ureteres; bexiga e uretra - formato variável entre espécies: cães e gatos (forma de “grão de feijão”); equinos (rim direito: triângulo); bovinos (rim lobulado) - duas regiões: córtex (+ externa e abaixo da cápsula renal) e medula (central) - néfron (unidade funcional): rede de capilares fenestrados envolvidos por uma cápsula sendo composta por glomérulo, cápsula de Bowman, TCP e TCD, alça de Henle e TC Obs.: quando apresenta ureia e creatinina aumentada é indicativo/marcador de lesão renal, porém, a ureia sozinha não dita essa lesão (uma porção é reabsorvida no TCP). - número de néfrons entre as espécies (limitada): bovinos: ±4 milhões; suíno: ±1,25 milhões; cão: ± 200 – 500 mil; gato: ±70 - 250 mil; humanos: ±1 milhão Obs.: incomum bovino apresentar lesão renal pela quantidade de nefron, quando comparado a felinos. II. Fisiologia renal 1. Filtrar o sangue e excretar os produtos terminais (creatinina e ureia); 2. Recuperar o material filtrado necessário ao organismo como proteínas de baixo peso molecular, água e eletrólitos; 3. Manutenção do equilíbrio acidobásico pela retenção ou eliminação de água ou eletrólitos; 4. Produção e liberação de hormônios (renina e EPO) que exercem um papel vital. Obs.: suma importância que tenha uma produção de EPO adequada, pois o animal vai começar a ter alterações renais e, secundariamente, pode ter uma anemia não regenerativa. Resumo das funções: - excreção de produtos de degradação - regulação do equilíbrio hidro-eletrolítico - pressão arterial - osmolaridade - equilíbrio ácido-base - secreção, metabolismo e excreção de hormônios (ex.: EPO e renina) - os dois rins juntos recebem aprox. 25% do débito cardíaco. Obs.: quando o animal tem a síndrome do cardiorrenal, é muito difícil tratamento. Porque o coração precisa de mais agua para bombeamento e o rim fica prejudicado porque para ele fica prejudicada uma quantidade maior de agua (na qual deve ser diminuída). III. Funções do nefron: filtração, reabsorção e secreção. IV. Funções renais - função primária do rim é a formação da urina. - conservação de água, glicose (quando ultrapassa o linear de reabsorção no TCP) e a.a (albumina em pequena quantidade), sendo o excesso excretado na urina; - eliminação de produtos do metabolismo de proteínas; eliminação do excesso de íons hidrogênio (H⁺) - manutenção do pH fisiológico dos fluidos corporais - filtração glomerular é um ultrafiltrado do plasma sanguíneo - o filtrado está isento de hemácias (lesão pré-renal ou renal) e contém apenas traços de albumina infecção/inflamação se houver hemácia e leucócitos na urina - todas as moléculas plasmáticas hidrossolúveis são filtradas, incluindo água e íons, mas proteínas de alto peso molecular ficam retidas (nem sempre vai ser doença renal) - albumina possui um peso molecular próximo ao limiar de filtração, então somente uma pequena quantidade é filtrada. Obs.: a urina deve ser mais concentrada do que o filtrado do glomérulo, assim, a densidade da urina tem que ser maior do que a densidade do ultrafiltrado do glomérulo. Quando a densidade da urina estiver muito próxima do que o ultrafiltrado do glomérulo, deve-se ficar atento, pois pode ser inicio de uma lesão glomerular (comum em DRC). Haverá absorçãode ureia no TCP, ultrafiltrado do glomérulo, o sangue tem filtração seletiva, assim, passa 100% de glicose, mas no TCP é 100% reabsorvido. Alguma porção da ureia também, a água na Alça de Henle que tem reabsorção de alguns íons para depois ser excretado o excesso. V. Taxa de filtração glomerular (TFG) - exame mais real para saber se há lesão renal, apenas realizar quando animal internado. - fatores que interferem: processos patológicos que podem diminuir o TFG, como obstrução, fazendo deposição de compostos de alto peso molecular, imunocomplexo ou imunoglobulina (produzida por qualquer tipo de infecção – neoplasia, leptospirose, lúpus tende aumentar globulina). Esse imunocomplexo pode causar uma obstrução parcial dos glomérulos; elevação da pressão hidrostática tubular ou a elevação da pressão coloidosmotica do sangue que diminuem o TFG; elevação da pressão hidrostática sanguínea ou a queda da pressão oncótica eleva a força liquida de filtração e aumenta a TFG (quanto mais a concentração de proteínas, pode diminuir a TFG) VI. H2O - maior parte da agua é reabsorvida passivamente junto com íons ao longo do TCP, a agua é reabsorvida no ramo descendente da alça pelo gradiente osmótica. - a reabsorção final ocorre no túbulo coletor, sob controle do hormônio antidiurético (ADH), em casos de aumento da osmolaridade, hipovolemia ou redução da pressão sanguínea em que esse hormônio é liberado - a concentração urinaria final é muito maior que a da filtração glomerular Obs.: se houver hematúria é porque houve saída de hemácias deve ser centrifugada para saber se é hemácia ou hemoglobina. Ao centrifugar e observar a presença de botões do no fundo porque não houve sedimentação, é hemácia (hematúria), já quando a centrifugação e continua no aspecto/cor âmbar é presença de hemoglobina (hemoblobinuria) porque eles sedimentam; quando há presença de mioglobinuria (cor de Coca-Cola) é porque houve presença de lesão muscular grave (radomiólise). Outros exames que podem ser pedidos: creatinina e CK para lesões musculares. VII. Glicose - passa livremente através do glomérulo - 100% da glicose filtrada é reabsorvida por um mecanismo do TCP - a glicosuria ocorre quando a capacidade da molécula transportada de glicose é excedida - Cão limiar de absorção do sangue de 180mg/dL > 180 é glicosuria. Acima de 1110 tem hiperglicemia (só aparece quando está muito elevado) - glicose uma molécula que puxa muita agua, então, animal faz poliuria (urina muito) e polidipsia (bebe muita agua) por compensação volume maior de urina porque agua vai atrás - gato limiar é maior que 360mg/dL, principalmente porque esses animais sofrem fisiologicamente estresse liberando cortisol (é hiperglicemiante) em grande quantidade na circulação sanguínea - problema endócrino ou diabético quando há hiperglicemia VIII. Aminoácidos e outros - aminoácidos são reabsorvidos 100% ativamente por mecanismos no TCP e outra substancia reabsorvida pelo TCP são sódio, potássio, cálcio e corpos cetonicos - os eletrolíticos são reabsorvidos principalmente no TCP - em condições normais quase 100% do sódio, cloreto, cálcio e fosfato são reabsorvidos, exceto potássio - avaliação renal quando é sódio, potássio, cálcio e fosforo. - sódio e potássio vêm da alimentação, e quando animal tem anorexia haverá deficiência desses eletrólitos IX. Ureia - metabolismo de nitrogênio que é a quebra dessa proteína para ter componentes de amônia que depois vai ser biotransformado em ureia no fígado e, em seguida, excreta via renal. - formada a partir do metabolismo de nitrogênio - ureia é reabsorvida passivamente pela TCP - a taxa de fluxo urinário e a intensidade de absorção de agua influenciam a quantidade de ureia na urina - se o animal não está fazendo ingestão de proteína, é um animal com anorexia ou caquético - encefalopatia uremica pode ocorrer em excesso no sangue - é normal ter variação no bioquímico, então, dosam mais proteína e creatinina (PC) fazendo esse exame quando há suspeita de lesão no glomérulo, principalmente. X. Sistema RAA - a TFG é controlada pela pressão sanguínea sistêmica, pelo controle do fluxo sanguíneo renal, pressão capilar glomerular e o coeficiente de ultrafiltração - são mediados por ação hormonal - é um mecanismo importante no controle da TFG e fluxo sanguíneo renal - a renina é um hormônio produzido por células especializadas da parede da arteríola eferente, a liberação deste é estimulada pela diminuição da pressão de perfusão renal, aumentando a pressão sanguínea. - EPO (produz hemácia e secundariamente de plaquetas) e renina são vitais para o organismo - se o animal IR ou DRC não produzirá direito os hormônios tendo anemia normo normo por falta de EPO XI. Formação da urina - filtração glomerular, reabsorção de substancia dos túbulos para o sangue e secreção de substancia do sangue para os túbulos - intensidade de excreção urinaria = intensidade de filtração - intensidade de reabsorção + intensidade de secreção - avaliação da urina é feita pela cor dela sendo muito clara (anormal). Pode ter presença de alguma hemodiluição ou animal ingeriu quantidade exagerada de agua, alguma injuria renal, problema hormonal XII. Filtração seletiva do sangue - agua e constituintes não proteicos que ficam barrados na capsula de Bawman - elementos figurados do sangue e proteína de alto peso molecular - nada disso deve ter na urina Avaliação clinico laboratorial: eletrólitos, sódio, fosforo, potássio, cálcio, ureia e creatinina Ureia - síntese hepática e excreção renal - catabolismo proteico - além de avaliar o rim, pode fazer uma avaliação puncional do fígado - produzida no fígado através da arginase (enzima) e é o principal produto final do catabolismo proteico sendo eliminado no rim fígado tem que estar integro para a metabolização da ureia - mais ou menos de 40 a 60/% reabsorvido no TCP e o restante eliminada na urina - quanto maior velocidade do fluxo há menor absorção de ureia porque não da tempo da mesma ser reabsorvida - em situações que ocorrem diminuição da filtração, tem-se retenção de ureia, ocasionado no aumento de concentração sanguínea glomerulonefrite, obstrução etc. muito comum em IRA. - ureia pode ser afetada por fatores extra-renais como ingestão proteica elevada e jejum prolongado - para avaliação renal, deve ser interpretada em conjunto ureia, creatinina, urinalise, UPC e densidade urinaria - queda da ureia em insuficiência hepática, cirrose, shunt portossistemico e hipoproteinemia - animal chegou com aumento de volume na cavidade abdominal, e o veterinário suspeita de uma ruptura de uretra ou bexiga, na coleta da amostra para saber se é urina mesmo deve ser dosado ureia e creatinina no sangue e do liquido cavitário. Se for por ruptura, 3x maior do que na quantidade presente no sangue. Creatinina - sintetizada quase todo dia dentro do metabolismo muscular e é um indicador para avaliar a filtração glomerular porque é totalmente filtrada e não reabsorvida - valor fidegno - degradação da creatina - excretada pelos rins (glomérulos), não havendo a reabsorção tubular. Devido a isso, pode ser usada como índice de filtração glomerular - machos: valores de normalidade maior que fêmeas - a creatinina pode estar elevada no soro devido a fatores pré-renais como diminuição do fluxo sanguíneo renal e pós-renais como a obstrução - a creatinina plasmática é derivada, praticamente em sua totalidade, do catabolismo da creatina presente no tecido muscular. - metabolito para armazenamento de energia, na forma de fosfocreatina - aumento da creatinina: pré-renais (hipovolemia, desidratação), renal