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Manejo neonatal em bovinos

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@veterinariando_ 
 
Introdução 
• A fase cria dos bovinos é um dos 
períodos com maior taxa de 
mortalidade, além disso possui 
grande impacto na produtividade 
dos rebanhos, uma vez que estes 
animais serão os futuros bovinos de 
corte ou futuras vacas leiteiras 
• Para evitar que problemas de 
mortalidade acometam os rebanhos, 
é de extrema importância manter 
um bom status de saúde, realizar um 
bom manejo nutricional e sempre 
promover bem-estar animal 
 
Neonatologia 
• É nesse período que esses animais 
estão mais suscetíveis as doenças, 
devido ao seu sistema imunológico 
imaturo e por nascerem sem 
imunoglobulinas 
 A placenta dos ruminantes é 
do tipo sineptéliocorial – 
possui cerca de 5 camadas 
entre o sangue da mãe e o 
sangue fetal, impedindo a 
transferência de 
imunoglobulinas maternas 
• A taxa de mortalidade de bezerros 
em aleitamento é de cerca de 6,3% 
• As principais causas de mortalidade 
são: diarreia neonatal, DBR e 
inflamações umbilicais 
• Essa taxa interfere direta e 
indiretamente na economia 
 Prejuízos diretos – 
mortalidade, morbidade, 
gastos com veterinários e 
diagnósticos 
 Prejuízos indiretos – menor 
ganho de peso, menor 
produção de leite, redução dos 
desempenho reprodutivo 
 Realizar o acompanhamento em todo 
o período neonatal, para evitar o 
surgimento de doenças 
 Promover conforto ao parto, uma 
vez que é um período estressante 
para mãe e para o neonato, já que 
ele assumirá o controle das trocas 
gasosas, eliminar seus próprios 
excrementos e controlar sua própria 
temperatura 
 Bovinos devem ficar em decúbito 
esternal entre 5-10min após o 
nascimento e em estação de 30-
90min 
 Por meio do escore apgar irá ocorrer 
a avaliação de tônus muscular, 
reflexo digital e ocular, coloração das 
mucosas e respiração 
0-3 
4-6 
7-8 
 
 A primeira amamentação é de 
extrema necessidade, pois é nesse 
momento que haverá a transferência 
passiva de imunoglobulinas 
maternas 
 Características: 
 Primeiro leite produzido pela 
vaca 
 Possui grande quantidade de 
imunoglobulinas, 
principalmente IgG e IgA 
 É rico em leucócitos, gordura, 
proteínas e minerais 
 Auxilia o trato digestório dos 
bezerros 
 Devido ao tipo de placenta dos 
ruminantes não ocorre a 
transferência de imunoglobulinas, 
por isso se faz tão importante a 
ingestão de colostro logo após o 
nascimento do bezerro 
 Animais que não fizeram a ingestão 
de colostro são caracterizados como 
animais com falha de transferência 
de imunidade passiva (FTIP) um fato 
que predispõe o animal a diversas 
afecções. Esses animais possuem 
cerca de 6x mais chance de morrer e 
possuem menores índices produtivos, 
maior taxa de morbidade por 
doenças 
 
 Qualidade – imunológica, nutricional 
e microbiológica 
 Quantidade – mínima de 15% do peso 
vivo 
 Quão rápido – fornecer no máximo 
em até 8h após o nascimento 
 
 Qualidade microbiológica 
 Deve ser feito o manejo 
correto para se evitar a 
contaminação 
 Os principais pontos de risco 
para se contaminar o colostro 
são: baldes, mamadeira e 
sondas 
 Qualidade imunológica 
 As vacas multíparas possuem 
colostro de melhor qualidade, 
por produzirem maior 
quantidade de colostro e por 
serem vacas mais velhas que 
já tiveram contato com maior 
número de patógenos 
 O colostro obtido na primeira 
ordenha é muito mais rico em 
imunoglobulinas 
 Alguns fatores podem 
interferir na qualidade: 
ordenha prévia, alimentação 
deficiente, incontinência láctea 
e períodos de secagem inferior 
a 6 semanas pós-parto 
 Podem ser utilizados 3 tipos de 
testes para avaliar a qualidade do 
colostro: 
 Colostrômetro - avalia a 
densidade do colostro, é 
graduado em 3 cores em que: 
verde significa alta qualidade, 
amarelo significa qualidade 
moderada e vermelho significa 
que o colostro é de baixa 
qualidade 
 Refratômetro – realiza a 
mensuração dos sólidos totais 
por meio do grau brix 
o <15% inadequada 
o 15-20% moderada 
o 20-30% boa 
o >30% excelente 
 Balls – faz a avaliação de 
densidade, utilizando bolinhas 
de coloração variada 
(vermelho, amarelo e verde) 
o Quanto mais denso for o 
leite, mais bolinhas irão 
flutuar 
 
 A absorção máxima ocorre de 6-8h 
após o nascimento, pois a mucosa 
intestinal apresenta aberturas 
capazes de permite a passagem das 
imunoglobulinas 
 O fim da absorção ocorre cerca de 
18-24h após o nascimento 
 A quantidade de colostro que deve 
ser oferecida é de 15% do peso vivo 
 3 litros de colostro entre 1-2h 
e 3 litros entre 6-8h 
• Não é caracterizada como uma 
doença, mas é um fator de risco para 
o animal, uma vez que predispõe o 
animal a diversas patologias 
• Doenças como: diarreia, inflamação 
umbilical e poliartrite pode ocorrer 
em decorrência da falha de 
transferências das imunoglobulinas 
maternas 
 
 Avaliação de proteína total sérica 
 É um método fácil e barato 
 Possui boa correlação com os 
níveis de IgG 
 Resultados - <5,5g/dL indica 
falha de transferência na 
colostragem 
 Tratamento: 
 Transfusão de plasma 
hiperimune – 20mg/kg 
 Banco de colostro – 
armazenamento de colostro 
congelado por no máximo 12 
meses (importante marcar a 
data de ordenha e a 
qualidade), descongelar o 
colostro em banho maria 
(para não correr o risco de 
desnaturar as proteínas) e 
oferecer ao neonato numa 
temperatura em torno de 37-
38ºC (oferecer em 
temperaturas mais baixas 
podem acarretar casos de 
diarreia por má digestão 
Principais afecções 
• Pode ocorre em bezerros neonatais 
com até 30 dias de idade 
• É uma das principais doenças que 
acomete os bezerros 
• É caracteriza como o aumento da 
frequência de defecção, com perda 
das consistência e com formação de 
fezes mais líquidas 
• Pode levar o animal a apresentar 
quadros de desidratação e acidose 
metabólica 
• Essa doença é responsável por gerar 
grandes perdas econômicas 
• É de causa multifatorial: 
 Status imune do animal, 
afetando principalmente 
animais que tiveram falha na 
transferência de imunidade 
passiva 
 Presença de agentes 
patogênicos, principalmente 
vírus (rotavírus e 
coronavírus), protozoários 
(Cryptosporidium) e bactérias 
(E. coli, salmonela) 
 Manejo ambiental e nutricional 
dos animais 
 
RELACIONADOS AO ANIMAL 
→ Bezerros filhos de vacas primíparas, 
cujo colostro possui baixo teor de 
imunoglobulinas 
→ Bezerros que nasceram prematuros 
ou com baixo peso 
→ Parto laborioso (trauma mecânico, 
asfixia neonatal 
→ Falha na transferência de imunidade 
passiva 
→ Doenças que acometeram a vaca no 
pré-parto 
→ Tipos de sucedâneos que é oferecido 
ao neonato 
1. Aqueles que são constituídos 100% 
de derivados de leite (costumam 
ser os melhores) 
2. Aqueles que possuem soja ou 
outros componentes vegetais 
(costumam acarretar em quadros 
de diarreia, quando ofertados 
para bezerros menores de 4 
semanas de idade) 
→ O recipiente onde é ofertado o leite 
 Mamadeiras – sãos as 
melhores opções, umas vez que 
estimula e ativam a goteira 
esofágica 
 Balde – é necessário maior 
cuidado em relação a altura 
que esse leite será oferecido (p 
balde precisa estar na altura 
do corpo do animal), pois pode 
não ocorrer a ativação da 
goteira esofágica de forma 
correta e esse leite pode 
acabar indo para os pré-
estômagos que ainda não 
estão totalmente 
desenvolvidos, podendo causar 
estase e fermentação 
 
RELACIONADO AO AMBIENTE 
→ Não realização de limpeza e 
desinfecção adequada 
→ Não realização de limpeza e troca de 
camas 
→ Não realizar limpeza e vazio sanitário 
antes de colocar outro animal 
→ Em casos de bezerros de corte – 
superlotação de piquetes, formação 
de lotes de bezerros com diferentes 
idades no mesmo piquete 
maternidade, má higienização dos 
cochos de água e comedouros, 
presença de água suja no meio do 
piquete 
 
→ Má digestão e má absorção – que 
pode ser causada por vírus e 
protozoários, podendo gerar 
principalmente atrofia das vilosidade 
intestinais→ Hipersecreção – problemas causados 
por alterações inflamatórias e 
circulatórios, geralmente ocorre por 
bactérias enterotoxigênicas (liberam 
enterotoxinas na mucosa intestinal, 
aumentando a quantidade de 
secreção de água e eletrólitos) 
→ Motilidade intestinal anormal – reduz 
o tempo de trânsito intestinal, 
aumentando o fluxo de digesta e 
fezes, normalmente está associado a 
verminoses 
 
PERDA HÍDRICA 
→ Desidratação 
→ Perda de eletrólitos (sódio, potássio, 
bicarbonato) 
→ Decorrente a hipersecreção intestinal 
e aumento das perdas, ocorre menor 
absorção de bicarbonato, sódio e 
potássio pode ocasionar alguns 
distúrbios 
 
ACIDOSE METABÓLICA 
→ Decorrente da redução de 
bicarbonato ou pelo aumento de D-
lactato por bactérias 
 
• Perda da consistência das fezes 
• Diferença na coloração 
• Odor fétido e ácido 
• Presença de elementos estranhos 
• Desidratação 
• Apatia 
• Hiporexia ou anorexia 
• Perda de peso 
• Animal em decúbito esternal ou 
lateral 
• Em casos crônicos há emagrecimento 
progressivo 
 
→ Exame clínico e inspeção 
→ PCR para identificação de vírus 
→ Cultura e antibiograma para 
identificação de bactérias 
→ Coproparasitológico para 
identificação de protozoários e 
verminoses 
→ Avaliação da desidratação (graus 
variados) e acidose 
→ Alterações do equilíbrio acidobásico – 
apatia grave, diminuição das 
respostas reflexas, sugação e 
deglutição deprimidas e taquipneia 
 Mensurada por meio da 
hemogasometria 
 Pode ser estimada dependendo 
dos sinais clínicos 
apresentados pelo animal 
 
1. Fluidoterapia 
2. Vermífugos 
3. Antibióticos 
4. Analgésicos e anti-inflamatórios 
5. Tratamento alternativo 
→ Via oral – quando o animal possui 
quadro de desidratação leve e que 
possui reflexos de deglutição 
→ Via enteral – quando o reflexo de 
sucção já está diminuído 
→ Via intravenosa – veias jugular ou 
auricular, em casos de desidratação 
grave 
→ Quando há presença de sinais 
sistêmicos como febre 
→ Presença de sangue, coloração 
escura e mau odor nas fezes 
→ Sinais de apatia e depressão 
→ Mais utilizados: sulfa, trimetropina, 
enrofloxacina, florfenicol, ceftiofur 
sódico 
→ Ambiente adequado 
→ Realizar higienização 
→ Fornecimento de colostro 
→ Separação por idade 
→ Vacinação no pré-parto 
(coronavírus, rotavírus e E. coli), 
para aumentar a imunidade 
materna e os anticorpos irem para 
o colostro 
 Infecção umbilical – possui prevenção 
(realizar a cura do umbigo)
 Hérnia umbilical – problema 
congênito (animal é retirado da 
produção)
 Persistência do úraco – problema 
congênito (animal é retirado da 
produção)
→ Quadro agudo – sinais da inflamação 
(dor, calor, rubor, edema e perda da 
função)
 Anorexia
 Hipertermia 
 Arqueamento do dorso 
 Aumento de volume umbilical 
com dor 
→ Quadro crônico – formação de 
fibrose dos tecidos 
 Aumento de volume umbilical 
de consistência firme, mas sem 
presença de dor 
DIAGNÓSTICO 
• Exame físico e inspeção 
• Palpação 
• Ultrassom – visualizar se houve 
afecção de artéria ou úraco 
• Diferenciar da hérnia umbilical no 
exame físico 
 Hérnia – anel herniário, saco 
herniário e conteúdo herniário 
(pode ou não ser redutível) 
 Infecção – aumento de volume 
umbilical e gotejamento de 
urina (persistência do úraco) 
 
TRATAMENTO 
• Conservativo – uso de substâncias 
irritantes como iodo para forçar o 
fechamento do umbigo, uso de 
antibióticos e curetagem da região 
• Cirúrgico 
 
PREVENÇÃO 
• Realizar a curo do umbigo (iodo 10% 
na primeira cura e iodo 5% na 
demais)

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