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Hemorragias Digestivas

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INTRODUÇAO: 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA (HDA): 
• Antes do ângulo de Treitz, manifestando-se através de 
hematêmese (vomito com sangue) ou melena 
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA (HDB): 
• Ocorre após o ângulo de Treitz e identificada através de 
hematoquezia (sangue vivo nas fezes) 
ÂNGULO DE TREITZ: 
 
Após o ângulo de Treitz inicia-se o jejuno. 
• Hemorragia antes do ângulo de Treitz: alta 
• Hemorragia depois do ângulo de Treitz: baixa 
MANIFESTAÇÕES Clínicas: 
SINAIS E SINTOMAS: 
• Dor abdominal 
• Náuseas 
• Vômitos 
• Mudanças de hábito intestinal 
• Anorexia 
• Perda de peso (neoplasias) 
Os sinais mais importantes e mais específicos são: 
• Hematêmese: sangue no vomito; pode ocorrer pela 
ruptura de varizes esofágicas. 
 
• Melena: fezes de aspecto escurecido, com odor fétido; 
perda de 50-100ml de sangue nas últimas 14h; 
• Hematoquezia: sangue vivo nas fezes; 
HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA: 
EPIDEMIOLOGIA: 
• Incidência de 48 a 172 casos a cada 100.000 habitantes/ano, 
e é responsável por cerca de uma internação a cada 
10.000 adultos/ano 
• A mortalidade gira em torno de 1,9 até 2,5% 
• Mais frequente em homens que em mulheres 
CAUSAS: 
Em ordem de importância: 
• Úlcera péptica 
• Gastrite 
• Esofagite 
• Varizes gastresofágicas 
• Gastropatia portal hipertensiva 
ÚLCERA PÉPTICA: 
Uma revisão sistemática evidenciou um sangramento de cerca 
de 4 a 57 episódios por 100mil/habitantes 
Fatores envolvidos no sangramento da úlcera 
péptica incluem: 
• Infecção por H. Pylori 
• AINES 
• Estresse traumático (pacientes em UTI) e relacionado ao 
dia a dia 
• Sepse 
• Choque (dificuldade de o sangue chegar no tecido) 
• Hipersecreção ácida 
 
É a principal causa de hemorragia digestiva alta (HDA), em 
segundo lugar tem-se gastrite e em seguida esofagite 
HAM – IV: CLM 
hemorragias digestivas 
Manifestações Clínicas 
 
 
 
 
VARIZES GASTROESOFÁGICAS: 
CAUSAS: 
• Hipertensão portal (sinusoides lesados pela perda de 
arquitetura habitual do fígado, assim, não há conexão 
com a veia hepática e nem retorno do sangue pela VCI 
ao átrio esquerdo, assim, gera-se a hipertensão portal; 
em seguida, o fígado gera anastomoses – para 
umbilicais e esofágicas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A cirrose hepática causa hipertensao portal e circulacao 
colateral (cabeca de medusa) 
Canal toracoespigástrico (um tipo de anastomose causada por 
hipertensao protal) 
ANGIODISPLASIAS E TELANGECTASIAS: 
São causas menos comuns de hemorragia digestiva 
Definidas como malformações vasculares; geralmente os 
pacientes já nascem com elas. 
Geralmente detectadas por pesquisa de fezes 
 
 
SINDROME DE MALLORY-WEISS: 
Relacionada a hematêmese incoercível (ruptura da mucosa 
resultando em sangramento gástrico – HDA) 
Ocorre mais em: 
• Gestantes 
• Alcoólatras 
• Paciente com intoxicação alimentar grave 
Os pacientes vomitam repetidamente, apresentando sangue 
no vomito. Há ruptura na junção gastroesofágica. 
A complicação mais temida da síndrome é ruptura do esôfago 
(síndrome de Boerhaave); uma condição raríssima; o 
paciente pode apresentar espasmo esofágico e dor torácica, 
mas não apresenta alterações no ECG. Outros sintomas 
comuns são vômitos, dor epigástrica e disfagia. A tríade de 
Mackler (dor torácica, enfisema e vômitos) é muito sugestiva. 
Se há ruptura do esôfago na parte abdominal pode ocorrer 
pneumoperitônio 
Se rompe junto a parte torácica pode ocorrer mediastinite 
OBS: em úlceras de estresse usa-se IBPs para proteger a 
mucosa 
LESAO DE DIEULAFOY: 
Artéria mais proeminente que pode evoluir com sangramento 
 
ECTASIA VASCULAR GÁSTRICA: 
Vasos proeminentes de aspecto longitudinal (muito raro então 
nem precisa lembrar) 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS CAUSAS MENOS COMUNS: 
• Doença de crohn 
• Fistula aorta entérica 
OBS: 
• A melena está associada a 90% dos casos de HDA 
• Um dos maiores medos da hemorragia digestiva alta é a 
perda excessiva de volume que pode resultar em choque 
hipovolêmico 
• Queda de PA sistólica em mais de 10mmHg e aumento 
de pulso em mais de 10bpm quando o paciente passa da 
posição de decúbito para ortostática, indica perda de pelo 
menos 1.000ml de sangue 
EXAME FÍSICO: 
Toque retal: importante para diagnostico; pode demonstrar 
sangue em dedo de luva; já a presença de linfonodos 
supraclaviculares esquerdos é sugestiva de neoplasia maligna. 
Linfonodo de Virchow: linfonodos supraclaviculares 
esquerdos, aumentados e fixos 
Os achados no exame físico terão relação com a causa da 
hemorragia 
Síndrome de Peutz-Jeghers: 
• Manchas pigmentadas na área bucal, nasal e oral. 
• É uma doença hereditária autossômica dominante 
rara, caracterizada pela presença de muitos pólipos 
hamartomatosos em todo o trato gastrintestinal, 
acompanhada de pigmentação melanótica 
mucocutânea e risco elevado de neoplasias em 
múltiplos órgãos. 
 
Síndrome de Osler-Weber-Rendu: 
 
A Telangiectasia Hemorrágica Hereditária (THH) ou Síndrome 
de Rendu-Osler-Weber (SROW) é uma displasia fibrovascular 
sistêmica que apresenta alterações na camada muscular da 
parede dos vasos sanguíneos. Isto faz com que os vasos sejam 
sujeitos a rupturas frequentes. 
Choque Hipovolêmico: 
Os sintomas do choque hipovolêmico são decorrentes da 
perda excessiva de líquidos e podem incluir: náuseas e 
vômitos; cansaço excessivo e tontura; dor de cabeça 
progressiva e constante; confusão; dedos e lábios azulados e 
sensação de desmaio. 
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA: 
CAUSAS: 
Da principal as menos frequentes: 
• Doença diverticular 
• Angiodisplasia 
• Doença inflamatória intestinal 
• Doença hemorroidária ou doenças anorretais 
• Neoplasia maligna do cólon 
• Colite isquêmica 
Doença diverticular 
Sangramento associado a erosão da artérias penetrante do 
divertículo. 
Maioria dos divertículos fica no cólon esquerdo, 
majoritariamente sigmoide 
Os divertículos do direito são mais propensos a sangramento 
pois há maior vascularização que no esquerdo 
Não se sabe exatamente a causa da diverticulite 
Em 70-80% dos episódios resolve-se espontaneamente 
Pacientes idosos com uso de anticoagulantes ou AINES tem 
maior chance de sangramento por divertículo 
 
Diverticulose colônica/Diverticulite: não se sabe a 
origem; está associada a fatores de risco como: dieta rica em 
carne 
vermelha e pobre em fibras, sedentarismo, obesidade, 
tabagismo, uso de AINES e corticoides. 
Divertículo de Meckel: tecido embrionário de origem 
gástrica mais comumente encontrado no íleo terminal; mais 
comum em jovens; é uma condição rara 
 
DOENÇA CARACTERÍSTICA: 
Doença diverticular Hematoquezia sem dor 
associada; história de 
diverticulite 
Divertículo de mackel Sangramento mal 
explicado desde infância 
Neoplasia colônica Perda de peso, alteração 
de hábito intestinal, 
sangramento oculto ou 
subagudo 
Angiodisplasia intestinal >60 anos de idade 
Colite isquêmica Doença cardiovascular; 
sangramento associado a 
dor abdominal em cólica 
Doença inflamatória 
intestinal 
Sangramento do TGI, 
febre e sinais 
inflamatórios, histórico 
familiar 
Fissura anal Hematoquezia c/ dor 
anal 
Doença hemorroidária Sangramento c/ 
evacuação 
Telangiectasia >70, sangramento nasal, 
associação com histórico 
familiar (Síndrome de 
Osler-Weber-Rendu 
Colite actínica História de radioterapia 
 
 
 
 
 
GRAUS DE DOENÇA HEMORROIDÁRIA: 
 
Grau I: origem anterior a linha pectínea 
Grau II: origem passa a linha pectínea (primeira linha) 
Grau III: origina-se anterior a linha pectínea (segunda linha) 
Grau IV: acomete desde a linha pectínea até abaixo da 
mesma, sai para fora do canal anal e exige intervenção 
cirúrgica