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Profa. Ma. Suzana Curcino UNIDADE II Atenção à Saúde da Pessoa e Família em Situação de Risco A insuficiência respiratória (IR) pode ser definida como a condição clínica na qual o sistema respiratório não consegue manter os valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) dentro dos limites da normalidade, para determinada demanda metabólica. Causa rápida da morte e instabilidade clínica. Ameaça grave e real à vida. Razão primária ou pode aparecer durante o curso ou complicação final. Direta ou indiretamente relacionada ao aparelho respiratório. Não atende as necessidades metabólicas do organismo. Insuficiência respiratória PaO2 < 60 (com FiO2 21%) PaCO2 > 50 (DPOC 55) Na UTI frequentemente é um quadro multicausal. Por exemplo, uma paciente vítima de traumatismo crânio-encefálico, contusão pulmonar e choque hemorrágico apresenta múltiplos componentes para desenvolvimento de IRespA. Sistema nervoso central Nervos periféricos Músculos respiratórios e caixa torácica Vias aéreas superiores e inferiores Parênquima pulmonar Sistema cardiovascular e hemoglobina Hipóxia: agitação. Hipercapnia: sonolência. Taquidispneia. Respiração paradoxal. Uso de musculatura acessória. Taquicardia. Ruídos adventícios. Sinais de trabalho respiratório aumentado: tiragens intercostais; batimentos de asas do nariz; músculos abdominais durante a inspiração. Evolutivamente, o paciente pode desenvolver respiração paradoxal, dado sugestivo de fadiga do diafragma, que normalmente evolui para a parada respiratória em poucos minutos. IRpA aguda: rápida deterioração da função respiratória; surgimento de manifestações clínicas intensas; alterações gasométricas; alterações do equilíbrio ácido-base. IRpA crônica: pode ser mais sutil; alterações gasométricas do equilíbrio ácido-base podem estar ausentes. Classificação Insuficiência respiratória crônica agudizada Insuficiência respiratória hipoxêmica (tipo I): alteração das trocas gasosas pulmonares, ou mesmo uma associação delas, é suficiente para causar hipoxemia. Objetivo do tratamento: melhorar troca gasosa. Insuficiência respiratória ventilatória (tipo II): a ventilação alveolar não pode ser mantida em valores satisfatórios para determinada demanda metabólica, havendo, então, aumento da PaCO2. Objetivo do tratamento: melhorar ventilação. Classificação Não invasiva: não é empregado qualquer tipo de prótese traqueal (tubo orotraqueal, nasotraqueal ou cânula de traqueostomia), sendo a conexão entre o ventilador e o paciente feita pelo uso de uma máscara. Indicação: pacientes colaborativos, estáveis, capazes de ventilar de forma espontânea. Uso clínico mais comum: EAP. Invasiva: feita com o uso de uma prótese traqueal (TOT), pode ser oferecida em diferentes níveis, com nenhuma ou com grande participação do paciente, conforme sua condição clínica. Indicação: pacientes com IRpA sem indicação/condição de usar a VNI. Oferece maior assistência e riscos ao paciente. Ventilação mecânica Ajustes do ventilador – fisioterapeuta Por que o enfermeiro precisa saber? Detectar precocemente alterações. Compreender quadro clínico do paciente e consequência dos ajustes na VM. Corrigir problemas simples. Orientar equipe e familiares. Papel do enfermeiro Paciente Paulo, 28 anos, vítima de acidente autoXcaminhão com capotamento, deu entrada com politraumatismo (TCE, Fx de fêmur e hemotórax). Ao exame físico na admissão: ECG = 3, PA = 80x40 mmHg, FC = 135 bpm, FR = 47 ipm, sat: 87%. Foi proposta VMNI para o paciente. Baseado no aprendizado da aula, você concorda com a conduta? Interatividade Paciente Paulo, 28 anos, vítima de acidente autoXcaminhão com capotamento, deu entrada com politraumatismo (TCE, Fx de fêmur e hemotórax). Ao exame físico na admissão: ECG = 3, PA = 80x40 mmHg, FC = 135 bpm, FR = 47 ipm, sat: 87%. Foi proposta VMNI para o paciente. Baseado no aprendizado da aula, você concorda com a conduta? Conduta inadequada, pois o paciente apresenta quadro grave instável e com RNC não sendo capaz de proteger a via aérea. Resposta Conjunto de manifestações isquêmicas da musculatura miocárdica – depende da gravidade, duração da oclusão e presença de circulação colateral. A dor torácica é o sintoma mais importante. Lembrar de apresentações atípicas (mulheres, idosos, diabéticos). Agrega: Angina instável (AI) – tratamento clínico. IAM sem supra do segmento ST (IAMSST) – tratamento clínico. IAM com supra do segmento ST (IAM ST) – reperfusão. Síndrome Coronariana Aguda e IAM Dor torácica. Dor precordial típica. Atentar para pacientes com sintomas atípicos, confusos, com dificuldade de comunicação, sedados e comatosos. Sinais e sintomas Dor no peito pode ser sintoma de: Pneumonia por causa da doença, o movimento de respiração torna-se mais difícil e a dor torácica é intensa. Tromboembolismo pulmonar um trombo pode se deslocar de outras veias até o pulmão. Um dos sintomas é a dor forte no peito. Infarto é uma síndrome coronariana aguda, quando obstruções nas veias do coração (como placas de gordura) provocam a morte de células do coração e impedem que ele faça o bombeamento do sangue. Aneurisma dissecante da aorta parede interna da aorta sofre lesões e se torna frágil. A dor é intensa e súbita. Costocondrite inflamação da cartilagem que liga a costela ao osso esterno. A dor é bastante intensa, mais do lado esquerdo. Esofagite inflamação do esôfago que causa uma dor intensa no peito, que pode ser confundida com o infarto, mais ao lado direito do peito. Gastrite inflamação do estômago, que pode causar dor, e por causa da proximidade com o coração, pode irradiar o incômodo para o peito. Lesões musculares por trauma ou esforço repetitivo, algumas lesões nos músculos podem causar dor no peito. Gases acúmulo de gases no intestino pode “empurrar” alguns órgãos, o que provoca dor que irradia para o peito. Fonte: adaptado de: cardiologistas Luíz Rita, Marcos Barojas e Leopoldo Piegas. Placa de ateroma Rompimento da placa Exposição do conteúdo Agregação plaquetária e formação do trombo Hipóxia Angina instável Necrose IAM com ou sem supra Fisiopatologia Identificar suspeita de SCA (alta mortalidade nas primeiras horas). Avaliação médica. ECG (até 10 minutos) + enzimas. Diminuir consumo de O2 pelo miocárdio. Monitorizar hemodinâmica e arritmias. Estabelecer acesso venoso calibroso. Glicemia. Todos os pacientes com diagnóstico de infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST devem ser internados em unidade de terapia intensiva – fase hiperaguda. Abordagem Antiagregantes plaquetários. Anticoagulante. Oxigênio. Betabloqueadores. Morfina. Nitroglicerina. Reperfusão. Tratamento Paciente, LCL, 44 anos, apresentou dor precordial com irradiação para o braço e foi levado ao pronto-socorro próximo à sua residência. Chegando ao PS foi iniciado o tratamento imediato para pessoas com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) que visa diminuir a dor e a ansiedade, diminuir o trabalho cardíaco e impedir a formação de novos trombos. Quais os marcadores de necrose que irão diferenciar entre angina instável ou IAM? Interatividade Paciente, LCL, 44 anos, apresentou dor precordial com irradiação para o braço e foi levado ao pronto-socorro próximo à sua residência. Chegando ao PS foi iniciado o tratamento imediato para pessoas com Síndrome Coronariana Aguda (SCA) que visa diminuir a dor e a ansiedade, diminuir o trabalho cardíaco e impedir a formação de novos trombos. Quais os marcadores de necrose que irão diferenciar entre angina instável ou IAM? ECG, enzinas (troponina e CKMB). Resposta Estado difuso de hipoperfusão celular decorrente do desequilíbrio entrea demanda e a oferta de oxigênio e outros nutrientes ao tecido de forma a atender minimamente às suas necessidades. Choque Mecanismo fisiopatológico Isquemia/Metabolismo anaeróbio Ruptura da membrana plasmática Perda da bomba Na+/K+ Edema intracelular (aumento de NA+) Diminuição da formação de ATP Lesão irreversível Morte celular Extravasamento do conteúdo celular Resposta inflamatória Ativação de proteases, fosfolipases e oxigênio reativo Agravamento da isquemia Classificação Hipovolêmico (depleção do volume intravascular efetivo) Distributivo (alterações do tônus/permeabilidade vascular) - Hemorragia - Desidratação - Sequestro de líquido - Séptico - Neurogênico - Anafilaxia Obstrutivo (obstrução mecânica ao enchimento do coração) Cardiogênico (falha primária da função cardíaca) - Embolia pulmonar - Tamponamento cardíaco - Pneumotórax hipertensivo - IAM - Cardiomiopatia - Disfunção miocárdica na sepse Ocorre como consequência do débito cardíaco inadequado com hipoperfusão tecidual. O padrão hemodinâmico revela: DC, PVC e RVP. A causa mais comum é o IAM. Taxa de mortalidade superior a 40%. Choque cardiogênico Hipóxia Morte celular Arritmias Diminuição do débito cardíaco Hipotensão Taquicardia Piora da perfusão miocárdica Aumento da necessidade de O2 Fonte: autoria própria. Meta: melhorar função miocárdica. Drogas vasoativas. Balão intra-aórtico. Controle da volemia (congestão pulmonar). Tratamento Senhor Paulo, 74 anos, deu entrada com IAM de parede inferior à E. Encaminhado para a UTI, evoluiu com instabilidade hemodinâmica, hipotensão, oligúria e choque cardiogênico. Correlacione a hipotensão e a oligúria com o choque cardiogênico. Interatividade Senhor Paulo, 74 anos, deu entrada com IAM de parede inferior à E. Encaminhado para a UTI, evoluiu com instabilidade hemodinâmica, hipotensão, oligúria e choque cardiogênico. Correlacione a hipotensão e a oligúria com o choque cardiogênico. Hipotensão e oligúria são sinais de hipoperfusão causada pela falência cardíaca com choque. Resposta A insuficiência renal aguda (IRA) pode ser definida como perda da função renal, de maneira súbita (dias a semanas), independentemente da etiologia ou mecanismos, provocando acúmulo de substâncias nitrogenadas (ureia e creatinina), acompanhada ou não da diminuição da diurese. Ocorrem também disfunções no: equilíbrio hidroeletrolítico; ácido-básico; hipercatabolismo. Insuficiência renal Afeta cerca de 5% dos pacientes em um hospital geral. UTI: até 23%. Mortalidade: aproximadamente de 50% (dos sobreviventes, 5-20% permanecem em diálise na alta hospitalar). Fatores associados ao pior prognóstico: oligúria e falência de múltiplos órgãos. Mortalidade: 70% na sepse. Insuficiência renal Classificação INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA – IRA CRÔNICA – IRC Pré-renal Renal Pós-renal Maiores causas: hipovolemia, pós-cirurgia, administração de contrastes para RX e aminoglicosídeos. Outros fatores de risco são importantes no desenvolvimento da IRA como: idade avançada, doença hepática, nefropatia pré-existente e diabetes. Anúria: até 100 mL/dia. Oligúria: até 400 mL/dia. Débito urinário normal: 1 mL/kg/h Oligúria: 0,5 mL/kg/h Principais: Diminuição do débito urinário. Alteração dos exames laboratoriais. Queda do estado geral. Hipertensão. Manifestação clínica Identificação dos pacientes suscetíveis. Hidratação. Controle hemodinâmico (PAM>70mmHg). Uso de contraste – evitar. Restrição do uso de substâncias tóxicas. Controle da diurese e dos exames laboratoriais. Acetilcisteína: antioxidante e vasodilatador????? Dopamina???????????? Foco é a prevenção. Não trata a falência renal (normalmente se cura sozinha): apenas substitui a função exercida pelos rins enquanto eles se recuperam da lesão aguda. O momento exato de iniciar a terapia de reposição renal ainda não está bem definido. Absolutos Edema pulmonar por hipervolemia não responsivo a diuréticos. Hiperpotassemia (> 6,5mEq/L ou < na presença de alterações eletrocardiográficas). Acidose metabólica (pH<7,2). Encefalopatia urêmica. Tema: IRpA e IAM Luiza, 87 anos, deu entrada no PS com IRPa por pneumonia. O enfermeiro, ao realizar exame físico na paciente, observou a ausculta pulmonar que apresentou murmúrios vesiculares presentes e ruídos adventícios. Considerando a fisiopatologia do Edema Agudo de Pulmão, qual o tipo de ruído adventício está presente? Liste os ruídos adventícios que você conhece e aponte uma situação clínica na UTI onde ele poderá estar presente. Chamada para o chat Tema: IRpA e IAM Uma manifestação comum da doença cardíaca é a presença de dor torácica. Na avaliação de enfermagem, o enfermeiro deve estar atento para esse sintoma e investigá-lo, com perguntas objetivas e precisas dirigidas ao paciente e também observação acurada. O diagnóstico da doença cabe ao médico, mas um bom conhecimento de clínica por parte do enfermeiro assegura ao paciente um atendimento rápido e eficaz. Quais as características da dor precordial típica? Orientação para participação do chat ATÉ A PRÓXIMA!
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