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APS DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO

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1 
 
APS DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO 
 
Descrição da atividade: 
1. Os alunos deverão construir um quadro comparativo entre as imunidades tributárias 
previstas no art. 150, VI da CF (imunidades gerais). 
2. O quadro comparativo deve descrever de forma objetiva os seus elementos. 
3. A construção do quadro comparativo deve acompanhar uma resenha da leitura do texto 
indicado no material de apoio. 
4. O aluno deverá relacionar sua percepção sobre a tabela, em especial sobre o contexto 
histórico que embasou o surgimento de cada imunidade, construindo um texto 
argumentativo, e, expressando, ao final, sua posição crítica sobre os temas abordados. 
5. O aluno deverá, também, investigar a atual interpretação do STF sobre cada uma das 
imunidades. 
6. A tabela e o texto deverão ser postados no ambiente Blackboard. 
 
IMUNIDADE RECÍPROCA DOS TEMPLOS 
DE QUALQUER 
CULTO 
DOS PARTIDOS, 
ENTIDADES 
SINDICAIS, 
ETC... 
DE LIVROS, 
JORNAIS, ETC... 
FONOGRAMAS 
VIDEOFONOGRAMAS 
FUNDAMENTO 
LEGAL 
Art. 150, VI, 
“a”, CF 
Art. 150, VI, “b”, 
CF 
Art. 150, VI, “c”, 
CF 
Art. 150, VI, “d”, CF Art. 150, VI, “e”, CF 
FINALIDADE Limitação de 
não tributação 
entre os entes 
públicos. 
Proteção a liberdade 
religiosa, não 
apenas em relação 
ao espaço físico, 
mas as questões 
inerentes às 
atividades 
desenvolvidas pela 
atividade religiosa. 
Impedimento de 
sanções políticas 
pelo meio de 
tributação. 
Possibilitar que os 
trabalhadores se 
movimentem da luta 
pelas melhores 
condições trabalho. 
Possibilitar que as 
instituições de 
educação e 
Promover a difusão do 
acesso ao conhecimento 
através de estímulo 
econômico. 
Promover o acesso e 
desenvolvimento da cultura 
nacional. 
2 
 
assistência social 
exerçam sua função. 
 
A imunidade recíproca (Art. 150, VI, “a”, CF), é a limitação imposta entre os 
entes públicos para a não tributação sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros. 
Se um dos objetivos da tributação é a arrecadação para funcionamento da máquina 
pública, não faria sentido a cobrança de tributo de em ente público para o outro. A 
imunidade se estende também as autarquias e as fundações públicas, mas não às empresas 
de economia mista e nem às empresas públicas, pois estas se submetem ao regime de 
direito privado. Porém, sob o entendimento e decisão do STF, a imunidade recíproca é 
extensível à ECT, prestadora de serviços públicos essenciais, obrigatórios e exclusivos 
do Estado, quais sejam, o serviço postal e o correio aéreo nacional. 
A imunidade dos templos de qualquer culto (Art. 150, VI, “b”, CF), objetiva a 
viabilização do livre exercício da religião. Sendo assim, ao afirmar que os templos estão 
dispensados do pagamento de impostos, não apenas os relacionados ao patrimônio, mas 
também sobre a renda e os serviços, garante-se o pleno exercício da entidade religiosa. A 
imunidade também se estende as atividades estranhas exercidas pela entidade, desde que 
fique demostrado que a renda é revertida a própria entidade e para o exercício de suas 
funções religiosas. Não é o caso, por exemplo, do recolhimento do FGTS e INSS em folha 
de pagamento dos funcionários contratados em regime celetista. 
A imunidade dos partidos políticos e suas fundações, entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos (Art. 150, VI, “c”, CF), recai sobre tais entidades quando estas preenchem os 
requisitos dos arts. 9º e 14 do CTN. Vale ressaltar que a lei exclui desta relação os 
sindicatos patronais. Isto denota a intenção da imunidade concedida, que é a de preservar 
o pleno funcionamento de entidades que promovem direitos fundamentais. Sobre o 
pagamento de IPTU, decidiu o STF que, mesmo quando alugado a terceiro, permanece 
imune o imóvel pertencente a qualquer uma das entidades referidas no art. 150, VI, “c”, 
CF desde que o valor dos aluguéis seja completamente investido nas atividades para as 
quais fora instituída à entidade. 
A imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão (art 150, VI, “d”, CF), é um incentivo a propagação de materiais de estimulo 
a cultura e conhecimento. De acordo com a Súmula 657 do STF, a imunidade estende-se 
3 
 
também ao filmes e papéis fotográficos necessários a publicação de jornais e periódicos. 
Ainda, de acordo com o entendimento do STF, estão abarcados na imunidade os livros 
eletrônicos e os suportes necessários para sua utilização (leitores de e-book), mesmo 
quando possuem outras funções acessórias. Não é o caso dos aparelhos que não possuam 
a leitura como função exclusiva, ainda que seja possível o acesso a livros eletrônicos. 
 A imunidade dos fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no 
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras 
em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou 
arquivos digitais que os contenham (art 150, VI, “d”, CF), tem por objetivo promover 
a cultura brasileira e o artista brasileiro, frente aos conteúdos internacionais. É possível 
que a imunidade alcance artistas ou produtores internacionais, desde que atendido 
requisitos legais. 
 
As limitações instituídas pela Constituição Federal no poder tributar do Estado 
revelam o senso de preservação de sua própria essência. Como defini seu art. 3º: 
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
Para que coexista arrecadação e promoção das garantias fundamentais, as 
imunidades tributárias se amoldam à proposta da Carta Magna, pelo menos no que se diz 
respeito as categorias elencadas no inciso VI, do art. 150. Muito se assemelha ao sistema 
de freios e contrapesos de Montesquieu, para que haja equilíbrio em todas as esferas dos 
poderes. É a limitação imposta ao legislador de tributar sobre entidades que expressam 
pilares dos direitos fundamentais: o próprio poder que emana do povo, por meio de seus 
representantes legais, a liberdade religiosa, o exercício político, o filantropismo que 
4 
 
favorece aos mais vulneráveis, a capacidade do trabalhador lutar pelos seus direitos, o 
acesso a informação e cultura. 
Isto revela que os princípios constitucionais se expressam em todas as suas 
vertentes, incluindo o sistema tributário nacional. Não é a expressão da perfeição, mas o 
atendimento a preservação dos pilares que sustentam as previsões constitucionais. As 
imunidades abordadas não podem ser entendidas como privilégios, mas sim como meios 
para o exercício de garantias fundamentais a sociedade.

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