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Apostila de Educação Física

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2
EDUCAÇÃO FÍSICA – CONCURSOS
APOSTILA
Direitos desta edição reservados à
Educa Trevo
www.educatrevo.com.br
Copyright @ 2022 by VINICIUS MARIANO SILVA
Autor: VINICIUS MARIANO SILVA
Nenhum trecho desta obra poderá ser reproduzido, por qualquer meio, sem prévio
consentimento, por escrito, dos editores. Excetuam-se as citações de pequenos trechos
em resenhas para jornais, revistas ou outro veículo de divulgação.
3
SUMÁRIO
05. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
20. EDUCAÇÃO FÍSICA ENQUANTO LINGUAGEM
24. PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO FÍSICA
28. CONSTRUINDO COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EM EDUCAÇÃO FÍSICA
30. AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
31. EDUCAÇÃO FÍSICA E SOCIEDADE
36. ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
49. CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E ASPECTOS DA APRENDIZAGEM
MOTORA
58. POLÍTICA EDUCACIONAL E EDUCAÇÃO FÍSICA
56. CULTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA
62. ASPECTOS DA COMPETIÇÃO E COOPERAÇÃO NO CENÁRIO ESCOLAR
67. BIBLIOGRAFIA
68. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA
HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física se originou na pré-história, e desde sempre existiu, nunca
houve uma “fundação” propriamente dita, entre tudo ela teve um grande
desenvolvimento na grécia apesar da falta de visibilidade a Educação Física
sempre esteve ali, servindo os interesses de determinada sociedade, como por
exemplo na pré-história, onde o interesse era defender ou fugir e atacar, SIM, isso
é considerado Educação Física, pois a palavra Educação Física, significa a ação
de educar o físico Educar, significa (do latim Educare, por sua vez ligado ao verbo
Educere, verbo composto do prefixo Ex (fora) + ducere (conduzir, levar), e significa
literalmente ‘conduzir para fora’, ou seja, preparar o indivíduo para o mundo e
Físico(relativo ao corpo; carnal, corpóreo.). Logo, é considerado sim, que a
Educação Física começou na Pré-História, pois desde lá havia uma educação
corporal, uma situação onde os seres se trabalhavam para fugir ou para brigar,
porém essa Educação Física era inconsciente, isto é, no cotidiano, pois haviam
caças desde que eles eram crianças e isso vinha evoluindo e sendo praticado por
séculos, a História da Educação Física é dividida em:
Pré-História: Marcada pelo período que antecede a escrita;
Nova História: desde 4000 a.C até os dias atuais, e esse período é dividido em:
5
Idade Antiga: Desde 4000 a.C - séc V
Idade Média: Séc V - Séc XV
Renascença: Séc XV
A Educação Física começou a ser praticada de maneira consciente na Idade
Antiga, como forma de treinamento para os soldados para se prepararem para as
guerras. Vale ressaltar que apesar de não ter tido início na Grécia e essa iniciação
de prática consciente ter sido iniciada em vários lugares do mundo a Grécia têm
uma atenção especial quando se trata do desenvolvimento da Educação Física,
por isso falamos muito da Cultura Greco-romana.
Essa cultura nos conta a história da queda da guerra que derrubou o Império
Romana, onde foi colonizado pelos Católicos com o Clero, que cessou os
treinamentos e atividades de Educação Física, por considerar o que eles
chamavam de culto ao corpo um pecado de luxúria, então com essa situação
instalada, as pessoas pararam de praticar exercícios pelas condenações da Igreja
Católica, em Roma, onde você tinha grande esculturas da época de homens
musculosos, que curiosamente eram raros no período,pois eles perderam esse
costume.
Até vir a Renascença, que se caracteriza pela volta da cultura
Greco-romana, sendo assim reinstalada a cultura de se praticar exercícios físicos e
fortalecer o corpo, e desde então essa prática vem se tornando cada vez mais forte
e ganhando cada vez mais importância dentro da comunidade.
6
EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
Quando se trata de Educação Física no Brasil, é importante se lembrar e
falar de algumas datas:
Brasil Colônia: 1500 - 1822
Brasil Império: 1822 - 1889
Brasil República: 1889 - 1946
Brasil Contemporâneo: 1946 - 1980
Brasil Contemporâneo: 1980 - Atualidade
O Brasil Colônia é caracterizado pela descoberta de Portugal, onde vivíamos
sob os cuidados do Reino Português, esse nome é dado pelo acontecimento da
colonização portuguesa. É possível destacar que no Brasil colônia, as atividades
físicas realizadas pelos indígenas e escravos, representaram os primeiros
elementos da Educação Física no Brasil (vale destacar que foi nessa época onde
surgiu a capoeira, luta típica brasileira conhecida mundialmente).
O Brasil Império é caracterizado pela independência do Brasil, onde nos
desvinculamos de Portugal e passamos a ser independentes, e apesar de
continuarmos como império, nós agora éramos um império brasileiro e não
português. Foi onde surgiu os primeiros tratados de Educação Física, por exemplo
7
Joaquim Antônio Serpa, elaborou o “Tratado de Educação Física e Moral dos
Meninos”, Esse tratado postulava que a educação englobava a saúde do corpo e a
cultura do espírito e considerava que os exercícios físicos deveriam ser divididos
em duas categorias:
1) Os que exercitavam o corpo;
2) Os que exercitavam a memória (Gutierrez, 1972).
Além disso, esse tratado entendia a educação moral como coadjuvante da
Educação Física e vice-versa, importante ressaltar que a Educação Fìsica, teve
uma péssima aceitação nessa época, pois os brancos achavam que exercício
físico não era coisa de branco e sim dos escravos, e era até vista como uma
atividade “feia” da qual eles não queriam que seus filhos participassem por não ser
“intelectual”. Mas com o tempo foi se tornando aceita e implementada aos
meninos. Nessa época a Educação Física era chamada por Gimnástica, e esse
nome Educação Física, veio surgir oficialmente, com a reforma Couto Ferraz em
1851.
Em 1882 Rui Barbosa relata a situação da Educação Física em países mais
adiantados politicamente e defende a Ginástica como elemento indispensável para
formação integral da juventude, no entanto, a implementação da Ginástica nas
escolas, inicialmente ocorreu apenas em parte do Rio de Janeiro, capital da
República, e nas escolas militares. E nessa mesma época Rui Barbosa estava
8
lutando para que fosse implementado a Educação Física nas escolas, e nessa
mesma época ele solicitou uma reforma onde ele pedia que a Educação Física
fosse lecionada também às meninas;
O Brasil República, como o próprio nome já diz, é caracterizado pelo período
no qual o Brasil proclamou a república sistema usado para regimento do país até
os dias atuais. A Educação Física no Brasil República pode ser subdividida em
duas fases: Antes e depois de Getúlio Vargas (1930).
A partir de 1920 outros estados começam a incluir ginástica no currículo
escolar, entretanto, é a partir da segunda fase do Brasil República, que a
Educação Física começa a ganhar destaque perante aos objetivos do governo.
Nessa época, a Educação Física é inserida na constituição brasileira e surgem leis
que a tornam obrigatória no ensino secundário.
Na intenção de sistematizar a ginástica dentro da escola brasileira, surgem
os métodos ginásticos (gímnicos). Oriundos das escolas sueca, alemã e francesa,
esses métodos conferiam à Educação Física uma perspectiva eugênica,higienista
e militarista, na qual:
Eugênica: Foca na seleção de boas pessoas baseado na seleção natural, por
meio da genética e predisposição de força e assim por diante.
Higienismo: Diz que o exercício físico deveria ser utilizado para aquisição e
9
manutenção da higiene física e moral, por exemplo, a manutenção de um corpo
forte e saudável..
Militarismo: Foca no preparo físico para os indivíduos estarem aptos ao combate.
Para que possamos entender melhor de onde vieram essas idéias, é
importante falar dos métodos das escolas:
Escola Alemã
-”Militarista”;
-Objetivo de defesa nacional;
-Rui Barbosa rejeitou o método;
-Chegou a ser reconhecido como método oficial do exército brasileiro.
Escola Sueca
-”Higienista”
-Industrialização;
-Eliminar vícios da sociedade como alcoolismo;
-Ginástica médica ou ortopédica.
EscolaFrancesa
-Preocupação com a fraqueza da população;
-Aperfeiçoamento do movimento através dos estudos da anatomia, fisiologia e
cinesiologia;
10
-Implantada oficialmente no Brasil em 1921 (decreto n. 14 784).
As abordagens e tendências pedagógicas da Educação Física no Brasil
República eram várias, mas essas as principais a Higienista e Militarista. De modo
geral nessa época o objetivo principal era a eugenia, isto é, fortalecer a população,
com a Ginástica, utilizando a Calistenia para fazer os treinos. (Calistenia é uma
metodologia de treino que utiliza somente o próprio corpo como peso).
No modelo militarista, nas escolas os objetivos da Educação Física eram
vinculados à formação de uma geração capaz de suportar o combate, a luta,para
atuar na guerra. O higienismo e o militarismo estavam orientados em princípios
anátomo-fisiológicos, buscando a criação de um homem obediente, submisso e
acrítico à realidade brasileira.
No Brasil Contemporâneo (1946-1980) Na constituição de 1946 é
liberaldemocrática face à influência dos educadores da Escola Nova, isto é agora o
estudo da Educação Física era tratado de forma mais pedagógica e menos
“tradicional”, o discurso predominante na Educação Física passa a ser: “A
Educação Física é um meio da Educação”. dessa forma a Educação Física passou
a ser utilizada para educar o aluno e não somente preparar o corpo.
E neste contexto , num concurso promovido pelo Departamento de
Educação Física (DEF), vence a proposta que propõe o conceito bio
sócio-filosófico da Educação física em substituição ao conceito anátomo-fisiológico
que vigorava até então. Observa-se que, ao menos ao nível do discurso, embora
11
tenha existido alterações em seus conceitos, a prática permaneceu praticamente
inalterada.
Em na década de 60 ocorreu o Golpe de 64, onde os governos
militares assumiram o poder em março de 1964 passam a investir pesado no
esporte, na tentativa de fazer a Educação Física um sustentáculo ideológico,na
medida em que ela participaria na promoção do país através do êxito em
competições de alto nível. Isto é, o governo militar investiu bastante em
competições de alto nível para que as pessoas tivessem uma visão positiva em
relação ao governo por meio de vitórias em competições esportivas como no
futebol e Olimpíadas, ficando assim conhecida como uma Educação Física
competitivista.
A influência do esporte no sistema educacional era tão forte que não
era o esporte da escola mas sim o esporte na escola passando a mudar a postura
de professor-instrutor para professor-treinador.
Abordagem Competitivista
Objetivo: Formação de Atletas;
Finalidade: Promoção do país e do regime militar;
Conteúdo: Esporte;
Metodologia: Treinamento técnico.
Na Educação Fìsica contemporânea de 1980 aos dias atuais existe um foco
na crítica e embates sociais e filosóficos, então a partir da década de 80 surgiram
várias abordagens com foco nos objetivos da Educação Física e responder
12
perguntas de “O que é Educação Física?”, “Pra quê Educação Física?”, “Como é
Educação Física?”
Castellani Filho (1993) afirma que as mudanças ocorridas na Educação
Física foi dada por 2 motivos, o primeiro deles diz respeito ao modelo educacional
que foca na formação de homens com consciência do tempo que vivem, que foi
barrado na época da ditadura mais tem sua volta na década de 80.
O segundo motivo está relacionado com a questão da produtividade, e a
automação da mão de obra, onde ocorre a perda de interesse, pois não se precisa
mais de homens fortes nas empresas, dada a circunstância de existir maquinário
para esse serviço.
Na década de 80 começaram a surgir novas abordagens (tendências
pedagógicas) em oposição aos modelos mais tecnicistas, esportivistas e
biologistas. estas são
Desenvolvimentista
-Autor Go Tani, 1988 (D. Gallahue e J. Connoly)
-De crianças de 4 a 14 anos;
-Objetivo de desenvolvimento motor;
-Metodologia deles, eram atividades físicas com progressão de complexidade.
Segundo essa abordagem, em suma, uma aula de Educação Física deve
privilegiar a aprendizagem do movimento, embora possam estar ocorrendo outras
aprendizagens em decorrência da prática das habilidades motoras. Como as
habilidades mudam ao longo da vida do indivíduo, desde a concepção até a morte,
13
constituíram-se numa importante área de conhecimento da Educação Física, a
área de Desenvolvimento Motor.
Go Tani, dividiu a fase do desenvolvimento em 5 fases:
1. Fase dos movimentos fetais;
2. Fase dos movimentos espontâneos e reflexos;
3. Fase de movimentos rudimentares;
4. Fase dos movimentos fundamentais;
5. Fase de combinação de movimentos fundamentais e movimentos
culturalmente determinados.
Go Tani, divide as habilidades físicas em habilidades básicas e habilidades
específicas, sendo essas:
Habilidades básicas: Locomotoras (andar, correr, saltar, saltitar), manipulativas
(arremessar, chutar, rebater, receber) e de estabilização (girar, flexionar, realizar
posições invertidas).
Habilidades específicas: Influenciados pela cultura e estão à prática dos esportes,
do jogo, da dança e também, das atividades industriais.
Ele também interpreta o erro como um processo fundamental para aquisição
de habilidades motoras.
14
Uma das limitações desta abordagem refere-se à pouca importância, ou a
uma limitada discussão,sobre a influência do contexto sócio-cultural que está por
trás da aquisição das habilidades motoras.
Construtivista-interacionista
-Autor João Batista Freire, 1989 (Piaget)
-Metodologia dele é a construção em vez da direção;
Nessa metodologia ele criticou ordens que o professor dá aos alunos sem
contexto, indicando o ensinamento assim construindo o indivíduo ao invés de
somente direcioná-lo. No Construtivismo, a intenção é construção do conhecimento
a partir da interação do sujeito com o mundo, numa relação que extrapola o
simples exercício de ensinar e aprender. Outro ponto bem marcante nessa
abordagem era utilizar do movimento para facilitar e auxiliar o aluno na
aprendizagem de conteúdos diretamente ligados ao aspecto cognitivo.
O que não fica esclarecido na discussão dessa questão, é qual
conhecimento que se deseja construir através da prática da Educação Física
escolar. Se for o mesmo buscado pelas outras disciplinas, tornaria a área um
instrumento de auxílio. Nessa metodologia a proposta de Educação Física como
um mero apoio para as demais disciplinas é muito bem aceita pelos demais
segmentos da escola, porém a interdisciplinaridade só será positiva se a Educação
Física tiver claro qual seu foco, nesse caso o foco central da Educação Física.
15
Os méritos dessa abordagem foi levantar a discussão sobre a importância da
Educação Física na escola, e considerar o conhecimento prévio do aluno onde
foram inseridos jogos e brincadeiras construtivas.
Crítico-Superadora
-Autor: Coletivo de autores, 1992 (marxismo);
-Fundamento na Justiça Social;
-Objetivo é formar um cidadão íntegro e consciente;
-Metodologia é a contextualização e resgate histórico;
-Conteúdo é a cultura corporal.
Essa metodologia visava o cidadão consciente de seu papel social, e a
cultura corporal, que são movimentos que o ser humano criou.
O esporte e forma que será dada a aula, não tem grande importância no
conteúdo central, já que você pode tornar um cidadão consciente e íntegro com
qualquer uma das atividades que poderiam ser propostas. Então eles falavam
sobre a sociologia e impacto desse esporte ou atividade, e aumentando o
pensamento crítico social dos alunos. Essa percepção é fundamental na medida
em que possibilitaria a compreensão, por parte do aluno, de que a produção da
humanidade expressa determinada fase e que houve mudanças ao longo do
tempo
Sistêmica
Autor: Betti, 1991
16
Objetivo de integrar e introduzir o aluno de 1º e 2º graus no mundo da cultura
física, formando o cidadão que vai usufruir, partilhar, produzir, reproduzir e
transformar as formas culturais da atividade física
Essa abordagem diz quenão basta o aluno fazer quaisquer atividades sem
entender o motivo ou razão de por que se está fazendo isso, mas precisa
organizar-se socialmente para compreender as regras e como esse elemento torna
aquela atividade possível. Os principais princípios dessa abordagem são o
Princípio da não exclusão e o Princípio da diversidade, trazendo adaptações caso
seja necessário para que todos joguem.
Crítico-Emancipatória
Autor: Kunz, 1994
Questiona o caráter alienante existente nas aulas de Educação Física
Essa abordagem propõe a libertação do aluno de uma visão unicamente
individualista, competitiva e autoritária do esporte e dos jogos, transformando essa
visão em uma visão pautada em valores e normas que assegurem a todos o direito
à participação.
Saúde Renovada
Autores: Nahas, 1997 e Guedes e Guedes, 1996;
É uma tendência biologista;
Com foco em conhecimentos sobre o corpo;
17
Objetivo é o estilo de vida saudável.
A proposta da saúde renovada incorpora princípios e cuidados já
consagrados em outras abordagens com enfoque sócio-cultural. Nahas (1997), por
exemplo, sugere que o objetivo da Educação Física na escola de ensino médio é
ensinar os conceitos básicos da relação entre atividade física, aptidão física e
saúde.
Essa é a História da Educação Física, no Brasil e no mundo incluindo suas
abordagens.
18
EDUCAÇÃO FÍSICA ENQUANTO LINGUAGEM
A Educação Física enquanto linguagem se caracteriza pela linguagem do
corpo, do qual o corpo emite uma mensagem sem emitir palavras, somente por
meio da postura, danças, atitudes e atividades culturais, essa linguagem só é
praticada na Educação Física e na Educação Artística.
A reforma curricular empreendida no Ensino Médio Brasileiro quando da
aprovação da LDB/1996 e das Diretrizes Curriculares Nacionais (Brasil/1999),
estabeleceu a divisão de conhecimento escolar em três grandes áreas:
-Linguagens, Códigos e suas tecnologias;
-Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias;
-Ciências Humanas e suas tecnologias.
Fazendo assim com que haja um diálogo entre essas disciplinas, nesta nova
perspectiva a Educação Física no Ensino Médio foi alocada na área de
Linguagens, Códigos e suas tecnologias, juntamente com as disciplinas Língua
Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Informática e Artes.
A questão que se coloca é: Quais argumentos existiam para que a Educação
Física tenha sido classificada na área de Linguagens?
O texto dos PCNs, área da Educação Física, Ensino Médio, escrito por
Mattos e Neira, publicado no ano de 1999, faz algumas menções a Educação
Física enquanto linguagem, propondo a interatividade,o diálogo e a construção de
significados na, pela e com a linguagem. No entanto, aponta que o verdadeiro
19
papel da disciplina está relacionado à saúde, não expondo claramente as relações
da disciplina com saúde e linguagem.
Para entender por que a Educação Física se encaixa como linguagem, nós
temos que entender que a linguagem é diferente de língua/idioma, a comunicação
humana pode efetivar-se por meio de palavras (linguagem verbal) ou por meio de
outros signos (linguagem não-verbal). Há substratos comuns entre todos esses
signos, com destaque para o fato de terem sido criados pelo homem com
finalidades específicas, com objetivo de solucionar um problema de comunicação
da época em que foi criado.
Trata-se, de convenções, variáveis de acordo com as necessidades e
interesses do grupo social que podem ser agrupadas em conjuntos conhecidos
como códigos. Os gestos e movimentos fazem parte dos recursos de comunicação
que o ser humano utiliza para expressar suas emoções e sua personalidade,
comunicar atitudes interpessoalmente e transmitir informações, esses símbolos
vivem mais que os próprios seres humanos, fazendo-se necessário que alguém os
analise, por isso símbolos perdem seu sentido sem a presença humana.
A linguagem ainda é entendida como um conjunto de códigos que podem ser
transmitidos e compreendidos através da fala, da escrita, da leitura, da arte e do
corpo, a linguagem ainda é a manifestação mais complexa da inteligência humana
pois permite que pensamentos sejam compartilhados.
Mas desde quando isso acontece? Não é possível dizer com precisão
quando os seres humanos passaram a compreender uns aos outros através de
sons articulados e códigos por escrito, mas a linguagem escrita foi registrada muito
20
recentemente, interessante ressaltar que a linguagem é viva, e ao mesmo tempo
que “surgem” algumas novas, “desaparecem” outras, tanto falada/escrita quanto na
corporal.
Para entendermos a relação da linguagem, do corpo e da cultura,
precisamos entender que a cultura constitui o processo pelo qual os homens dão
significados às suas ações através de uma manipulação simbólica que é atributo
fundamental de toda prática humana. Trazendo para a Educação Física e suas
representações corporais o significado das experiências também variam
culturalmente. Tais representações e linguagens dos movimentos das danças, das
ginásticas, das lutas, dos jogos, são manifestações, muitas vezes
incompreensíveis para pessoas de culturas diferentes, como por exemplo, as
danças folclóricas de cada país ou os jogos populares diferentes em cada região.
Darido (2002) ao construir relações entre o universo da Educação Física
Escolar e área de Linguagens, destaca a necessidade da ampliação do sentido do
termo texto, passando a ser entendido como uma totalidade significativa e
articulada que é verbal e não-verbal.
O corpo como linguagem gera implicações pedagógicas, a linguagem
corporal geralmente é associada à Educação Física (Mattos e Neira, 2000) e
também à Educação Artística (Gonçalves, 2000) na escola. Mas como trabalhar a
linguagem corporal na escola? Como ensiná-la para os alunos? O que eles devem
aprender?
Para o Ensino Médio, propõem que a linguagem corporal vise a
compreensão e a utilização das formas de expressão, como gestos e movimentos,
21
seus significados, suas técnicas e táticas, essa compreensão é aprendida não
somente,mas mais comumente por meio do movimento esportivo ao qual se
evidencia pela análise do adversário, pela troca de olhares, toques e sinais
próprios da definição de determinadas jogadas, da direção da bola, evitando-se
pela antecipação do movimento.
Pensando nas particularidades da Educação Física e do Esporte, diríamos
que o corpo como linguagem pode ser compreendido, ou melhor lido, a partir de
um corpo que, sente e que portanto é passível de registrar e evidenciar sensações
nele presentes, se expressa, e assim realça as marcas, gestos e posturas
particulares de cada ser, e por fim, se movimenta, a partir de um rol de
possibilidades próprias que demonstram um pouco de si ou padronizadas em
gestos.
22
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA
EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física, atualmente,possui uma perspectiva tecnicista que não
permite ao indivíduo compreender sua relevância no contexto social em que vive, e
isto interfere diretamente na representatividade da categoria, que está
devidamente inserida num contexto histórico, econômico, político e cultural. Essas
concepções hegemônicas de ensino não priorizam o desenvolvimento de situações
didáticas que possibilitem a compreensão das inter-relações, pois desconsideram a
importância da razão argumentativa para a produção de compreensões e
entendimentos que é como realmente deveria ser.
Um dos fatores que leva a Educação Física ser desenvolvida desta forma é
o distanciamento entre teoria e a prática, que pode ser ocasionado pela falta de um
projeto político/pedagógico que evidencie a necessidade de transformação, e que
de fato se materialize. Essa Educação Física escolar concentra historicamente
suas práxis pedagógica na aprendizagem dos aspectos técnicos, sobretudo no
esporte, na perspectiva hegemônica da reprodução mecânica dos movimentos.
Sujeito e o objeto de conhecimento são historicamente determinados pelo
Materialismo Histórico Dialético, que é uma negação de conhecimentos antigoscom provas que argumentam o conhecimento novo, dando assim evolução ao
conhecimento, e eu estou falando disso pois atualmente muito é estudado e
lecionado a respeito da Educação Física tecnicista, o que já está se mostrando
ultrapassado, baseado em estudos recentes. Mas se mantém dessa forma pois o
23
ensino é limitado ao saber e saber fazer logo se o professor nunca aprendeu e
nunca teve experiência com outra aula que não é tecnicista ele ficará
impossibilitado, limitando-o a técnica, desconsiderando qualquer pretensão de
interação e agir comunicativo que segundo Kunz (1991; 2006) “é a ação
comunicativa estabelecida entre educador/educando por meio da dialética, visto
que ambos participam nas atribuições e sentidos da educação como sujeitos de
suas próprias ações considerando a compreensão de mundo como objeto de
conhecimento da ação educativa, materializando por meio do processo da
ação-reflexão-ação, oportunizando-o entender o mundo criticamente de forma
autônoma” e Darido (2001) evidencia que na Educação Física escolar, por conta de
sua trajetória histórica e da sua tradição, a preocupação do docente centraliza-se
no desenvolvimento de conteúdos procedimentais como fundamentos e técnicas,
entretanto, é preciso superar essa perspectiva fragmentada, envolvendo, também,
as dimensões de atitudes e conceitos. Os conteúdos devem ser trabalhados na
dimensão:
Procedimental: Procedimental é basicamente, como fazer;
Atitudinal: Tem relação com as atitudes das pessoas, como respeito e etc;
Conceitual:Já essa dimensão tem a ver com a história do conteúdo.
E atualmente a mais presente é a Procedimental e as demais estão sendo
esquecidas. O professor deve agir como mediador do conhecimento e estimulador
de reflexões. Esse processo de ensino aprendizagem que utiliza a diversidade nos
procedimentos e a complexidade das condições de apreensão do conhecimento se
24
torna mais significativo, e por meio da dialética, teoria e prática se confrontam uma
negando à outra, ocasionando a reconstrução diariamente dos atos pedagógicos
de forma reflexiva e prática.
Tendo em vista o contexto social em que os educandos estão inseridos,
trazendo experiências relacionadas ao seu mundo vivido, através do processo de
ação/comunicativa, oportunizando assim outros significados ao movimento:
comunicativos, expressivos, exploratórios e produtivos de modo que os educandos
possam compreender e explicar a realidade. Caparroz e Bracht (2007) sinalizam
que o professor não aplica a teoria em si, mas a reinventa a partir de reflexões
sobre elas, se tornando o próprio autor de sua prática pedagógica e não mero
reprodutor. No processos de ensino-aprendizagem, não existe manual escolar que
consiga decifrá-lo, na sua flutuação e imprevisibilidade, ou seja a formação de um
educador só pode ser resultado do encontro, no processo reflexivo, da decisão de
ser aquele educador que se pode ser como ponto de partida para aquele que, de
descoberta em descoberta, no contexto da prática pedagógica e da sua constante
reavaliação, vai ser tornando.
A prática pedagógica deve ser repensada, de modo a propiciar aos
educandos significados, formas de refletir e agir de modo autônomo levando-os a
se emancipar, estabelecendo relações com o seu dia-dia através do agir
comunicativo, fazendo-os perceber que fazem parte do processo de construção
histórico-social da sociedade (Kunz, 1991). A educação autoritária e rígida não
permite a reflexão e autonomia mostrando que a ideia de severidade é totalmente
equivocada.
25
Na perspectiva do materialismo histórico dialética, o professor de Educação
Física, superará as concepções eminentemente biologizantes evidenciadas na
área e poderá desenvolver a totalidade humana objetiva e subjetiva
simultaneamente, destacando o desenvolvimento corporal e paralelamente dos
pensamentos, afetivos, éticos e, sobretudo, oferecerá condições de
desenvolvimento da personalidade humana numa direção crítica e consciente, no
sentido de elevar os indivíduos as máximas condições de desenvolvimento e
humanização dos homens.
26
CONSTRUINDO COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
EM EDUCAÇÃO FÍSICA
O professor busca constantemente em suas práxis, uma competência ao
ministrar suas aulas. No entanto, esta não diz respeito somente aos saberes
necessários para o professor “transferir”. A Educação Física, normalmente, é
pontuada como uma ciência que envolve apenas o desenvolvimento de exercícios
físicos e diversos esportes. Entretanto, ela não é apenas isto, mas sim uma
educação voltada para o corpo inteiro,um desenvolvimento global que envolve a
interligação entre teoria e prática.
A Educação Física, normalmente, é pontuada como uma ciência que envolve
apenas o desenvolvimento de exercícios físicos e diversos esportes. Entretanto,
ela não é apenas isto, mas sim uma educação voltada para o corpo inteiro, um
desenvolvimento global que envolve a interligação entre teoria e prática. Glaser
(1981) defende ainda que a Educação Física seja “Um aspecto da educação, por
parte de um todo; portanto tem os mesmos fins da educação, isto é, formar o
indivíduo físico, espiritual e moralmente sadio”
A sociedade necessita de sujeitos ativos e que estejam constantemente em
busca de novos conhecimentos e especializações. Sendo assim, nada mais
imprescindível de que a escola não apenas “modele” os estudantes, mas sim que
os ajude a construir conhecimentos, para podê-los aplicar em seu cotidiano.
O professor de Educação Física é preparado para exercer uma prática
desportiva, pois retém conhecimentos específicos sobre a anatomia,fisiologia e
27
limites do corpo. O respeito às características de cada aluno é condescendente,
pois o excesso físico pode trazer prejuízos ao invés de benefícios. O
desenvolvimento integral do aluno depende também de desportos assim como o
de conhecimentos intelectuais (Oliveira, 1994), a Educação Fìsica Escolar trabalha
o aspecto cultura corporal de movimento do corpo, auxiliando os estudantes a
compreenderem e aceitarem-se.Conforme Iwanowicz, “cuidar do corpo em termos
da nossa cultura significa tratar da nossa saúde e do nosso prazer”. O corpo neste
aspecto não é visto, de acordo com os destaques das mídias, como estereótipo de
beleza, mas sim como uma possibilidade de harmonizar saúde e prazer.
É importante descobrir nosso corpo, senti-lo, conhecê-lo, em seu poder, sua
força, através desse corpo conhecido, consciente, ter um contato com a realidade,
um contato verdadeiro e não neurótico, desfigurado, que nos afaste de nós
mesmos.
Para iniciação esportiva a influência dos pais assim como dos professores é
esmagadora, o jogo é uma forma de disponibilizar aos alunos espaços de criações.
É através dele, que se trabalham as regras, os limites, os conceitos de ganhar e
perder.
Tendo isto em vista, cada educador poderá refletir quais são seus preceitos e
funções dentro de uma comunidade.
28
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Competência de área 3 - Compreender e usar a linguagem corporal como
relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade.
Habilidade 9 - Reconhecer as manifestações corporais de movimento como
originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. Isto é, reconhecer a
necessidade social da cultura corporal.
Identificar o Por quê, qual a importância dessa cultura corporal como
movimentos básicos, aptidão física, esportes, competição e lazer.
Habilidade 10 - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos
corporais em função das necessidades cinestésicas.
Perceber o exercício físico voltado pra saúde, responder perguntas sobre
doenças hipocinéticas, expectativa de vida,qualidade de vida e do corpo.
Habilidade 11 - Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação
social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação
para diferentes indivíduos. Isto é a convivência social, como o respeito às
diferenças, a auto aceitação, a convivência, a vida emsociedade,e as regras a
serem seguidas.
29
AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Primeiro é importante informar que avaliar é diferente de medir, medir é
quando você usa uma unidade quantitativa para tirar algum valor útil para o
momento, e avaliar é não somente medir, mas atribuir um valor baseado na sua
percepção do que foi apresentado.
Segundo Faria Júnior (1989), os estudos sobre avaliação em Educação
Física estão, direcionados por um único referencial, a saber, o paradigma
docimológico clássico, onde as preocupações principais têm recaído nos métodos
e técnicas usadas, criando-se critérios com fins classificatórios e seletivos.
É necessário considerar que a avaliação do processo ensino-aprendizagem
está relacionada ao projeto pedagógico da escola, está determinada também pelo
processo de trabalho pedagógico, processo inter-relacionado dialeticamente com
tudo o que a escola assume, corpofica, modifica e reproduz e que é próprio do
modo de produção da vida em uma sociedade capitalista, dependente e periférica.
A partir de dados obtidos da observação sistemática das aulas de Educação
Fìsica verifica-se que a avaliação tem sido entendida e tratada,
predominantemente,por professores e alunos para:
a) atender exigências burocráticas expressas em normas da escola;
b) atender a legislação vigente;
c) selecionar alunos para competições e apresentações tanto dentro da
escola quanto com outras escolas.
30
Geralmente essa avaliação é feita pela consideração da “presença” na aula,
sendo este o único critério de aprovação ou, então, reduzindo-se a medidas de
ordem biométrica: peso, altura etc. Bem como de técnicas: execução de gestos
técnicos, “destrezas motor”, “qualidades físicas” ou simplesmente, não é realizada.
Ao compararmos com outras disciplinas e atividades escolares, desconsidera-se
que as crianças e jovens chegam à escola determinados pela sua condição de
classe, “marcados” por ela em seus corpos e em suas possibilidades corporais.
Desconhecendo-se essas condições, as crianças passam a ser “homogeneizadas”,
“igualadas”.
A partir da nota de como é feita a Avaliação em Educação Física, temos que
analisar, como Deve ser a Avaliação em Educação Física. Ela deve ser condizente
com sua abordagem, avaliando as competências e habilidades que você busca
desenvolver nos alunos. Isto é, caso eu queira partir da abordagem
crítico-superadora. entre os aspectos a serem considerados e reconsiderados em
uma proposta são apresentado os seguintes sem exaurir outras possibilidades:
● Projeto histórico;
● Condutas humanas;
● Decisão em conjunto;
● Compreensão crítica da realidade;
● Ludicidade e criatividade;
● Intencionalidades e intenções;
● Redefinição de valores e normas.
31
Então essas seriam as principais possibilidades a serem avaliadas nesse
caso,em que o professor selecionou a abordagem crítico-superadora.
Para compreendermos a Avaliação, devemos estudá-la como um todo, e não
só na Educação Física, precisamos entender alguns pontos, como os princípios e
objetivos da avaliação.
Atualmente se tem uma avaliação do qual é feita somente para efeito de
aprovação e reprovação do indivíduo, mas na teoria, a avaliação é um processo
para saber se o processo de ensino está ou não funcionando.
Na avaliação da aprendizagem, o professor não deve permitir que os
resultados das provas periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam
supervalorizados em detrimento de suas observações diárias, de caráter
diagnóstico. A prática de avaliação de aprendizagem que vem sendo desenvolvida
nas nossas instituições de ensino não tem sido utilizada como elemento que auxilie
no processo ensino/aprendizagem, perdendo-se em mensurar e quantificar o
saber, deixando de identificar e estimular os potenciais individuais e coletivos.
Como já foi explicado a avaliação deve ser tratada como parte do processo
ensino-aprendizagem, isto é, como um meio de diagnosticar o desempenho/a
aprendizagem dos alunos.
As avaliações são divididas em tipos, que são esses:
Avaliação Diagnóstica
-Avaliação de aprendizagem como suporte para planejamento de ensino;
-Feito no início do PEA.
32
Como por exemplo:
-Entrevistas com alunos, ex-professores, orientadores, pais e familiares;
-Exercícios ou simulações para identificar colegas com quem o aluno se
relaciona;
-Consulta ao histórico escolar/ficha de anotações da vida escolar do aluno;
-Observações dos alunos, particularmente durante os primeiros dias de aula;
-Questionários, perguntas e conversa com alunos.
Avaliação Formativa
-Durante todo o processo de ensino aprendizagem (possibilita rec. paralela)
Como por exemplo:
-Diariamente: Ao rever os cadernos, o dever de casa, fazer e receber
perguntas, observar o desempenho dos alunos, nas diversas atividades de classe;
-Ocasionalmente: Por meio de provas ou outros instrumentos, mais ou
menos formais;
-Periodicamente: Utilizando testes ao final de cada subunidade, unidade,
projeto, para aferir a aprendizagem e outros desempenhos dos alunos.
Avaliação Somativa
-Tem o objetivo de atribuir notas e conceitos para o aluno ser promovido ou não,
normalmente realizada durante o bimestre ou semestre.
33
Como por exemplo:
-Uma prova ou trabalho final;
-Uma avaliação baseada nos resultados cumulativos obtidos ao longo do
ano letivo;
-Uma mistura das duas formas acima.
Esses três são os tipos mais comuns e cobrados pelos PCNs, mas vale
ressaltar que não são os únicos existindo diversas outras formas de avaliação.
34
EDUCAÇÃO FÍSICA E SOCIEDADE
A Educação Física influencia e é influenciada pelos valores da sociedade de cada
época, isto é, ela depende do local e cultura que está inserida, dificilmente a Educação
Física da Coréia do Norte por exemplo, se assemelha à Educação Física Brasileira.
Já foi dito lá no início que não se tem certeza da data exata de quando a educação
física surgiu, pois não existe a possibilidade de ser humano, sem a certeza de que houve
alguma educação para que o corpo desempenhasse o papel desejado. E é importante
decorar as eras vividas e as alterações que a educação física sofreu em cada uma delas.
Pré História > Surgimento da Escrita > Idade Antiga > Queda do Império Romano
> Idade Média > Domínio da igreja católica > Renascença > Idade Moderna :>
Revolução Industrial > Idade Contemporânea.
Pré-História
-O objetivo era defender-se e atacar;
-Era uma ação inconsciente;
- Havia expressões corporais religiosas.
Idade Antiga
-A Educação Física passou a ser consciente, mas não com nome, e sim com treino
consciente;
-Existiam diferentes interesses em cada sociedade, e era usada de forma diferente por
cada uma delas;
-Grécia como principal marco da Educação Física na Idade Antiga.
Idade Média
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-Culto ao corpo passou a ser considerado pecado, logo você não tinha um foco muito
grande no treino para o corpo e sim para outros fins.
Idade Moderna
-Renascença da cultura greco-romana
-Volta da cultura física e importância do treino para o corpo;
-Desenvolvimento dos estudos de anatomia e fisiologia.
Idade Contemporânea
-Revolução Industrial;
-Educação Física como preparação para o mundo do trabalho e das indústrias;
-Nascimento de teorias críticas da educação física.
Agora na educação física contemporânea, existe um viés de ferramenta de
transformação social. Daí surgem teorias e indagações acerca da educação provocada
pelo esporte, e o esporte pode, em algumas situações, servir como instrumento de
reprodução ou segregação social e, em outras situações, atuar como ferramenta de
mobilização e integração.
Importante ressaltar que a educação física crítica, faz crítica à sociedade capitalista
com um viés Marxista.
Como se utiliza das regras nas aulas de Educação Física? Na Educação Física,
mais do que instituir regras para regir e impor comportamentos, na Educação Física, você
deve mostrar como funciona e os motivos para as regras, estimulando a solidariedade,
rivalidade, coletividade, individualidade, confiança,suspeita, cooperação e competição,
assim sendo voltada para a transformação e ensino dos cidadãos.
36
Cidadãos estes capazes de formar a sua própria opinião, atuantes na sociedade
em que estão inseridos, envolvidos nas decisões que são de seu interesse,
transformando o conhecimento adquirido na escola em valores essenciais para o longo de
suas vidas, valores como a ética, cuidados com a saúde, respeito com as diferenças e as
manifestações culturais. Barbosa (2004) nos mostra que o movimento, para ser útil à
alfabetização, não deve ser encarado apenas em seu aspecto corporal, mas, sobretudo
no social, através do qual devem ser exploradas todas as possibilidades sociopolíticas.
Falando ainda sobre a Educação Física na sociedade, é a Educação Física e o
lazer, pois o lazer é importante para a sociedade.
Podemos dividir o esporte em 3:
Esporte Educacional
É o esporte ensinado nas escolas;
Esporte Performance
É o esporte de alto nível, como por exemplo as olimpíadas;
Esporte Participação
Esporte de participação, são esportes como peladas de futebol por exemplo onde
não tem função nenhuma, somente o lazer.
O Lazer tem grande importância, e estudar o lazer é estudar suas possibilidades de
inserção no meio social. O lazer é um conceito complexo de ser definido no campo
científico. No âmbito científico, a definição de lazer, se divide em os cientistas que creem
que lazer está conosco desde a Antiguidade quando o homem joga ou brinca de forma
37
inerente e inconsciente, já outros creem que o lazer veio junto com a Revolução Industrial,
e está diretamente relacionado com as atividades que você faz no seu tempo livre.
Nesse sentido, as atividades de lazer culturais e educacionais estão sendo cada
vez menos praticadas. Uma parcela da sociedade não valoriza o que é parte de sua
cultura, passa a valorizar o novo, dando maior ênfase a produtos “ditos da moda”.
Agora dentro da escola se têm atualmente importância mínima ao lazer, e deveria
ser dada a devida importância, e não só em momentos na sala ou discussões, mas sim
um lazer estimulado na escola. Vale ressaltar que a Crítica é diferente do Lazer, você
mesmo estudando, não significa que o aluno conseguirá aplicar na prática, então o certo é
estimular de forma prática a disputa com lazer sem que agressão e outras atitudes que
não condizem com o proposto.
38
ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE
Vamos falar primeiro de medidas antropométricas, primeiro o
IMC
Peso (Kg)/Altura² (m) = IMC, o índice da massa corpórea é um indicativo de
obesidade e desnutrição.
Circunferência Abdominal
Medida no umbigo ou no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca
Mulheres > 88 cm
Homens > 102 cm
A circunferência também é outro indicativo de obesidade dentro do âmbito
da avaliação antropológica;
39
Relação Cintura-Quadril
Cintura/Quadril
Essa medida analisa o risco que a pessoa tem de desenvolver doenças
cardiovasculares.
Agora que você já conhece as avaliações antropológicas que caem na
prova, vamos falar dos princípios do treinamento esportivo.
Vamos falar primeiro da Individualidade Biológica, cada ser humano possui
uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento
individual tem melhores resultados, pois obedeceria as características e
necessidades do indivíduo
Genótipo X Fenótipo
40
(Genótipo vem do gene, é a predeterminação genética e Fenótipo é o resultado
baseado no esforço)
“Os potenciais são determinados geneticamente, e que as capacidades ou
habilidades expressas são decorrentes do fenótipo”
A adaptação, na biologia compreende-se “adaptação” fundamentalmente
como uma reorganização orgânica e funcional do organismo, frente a exigências
internas e externas; Adaptação é a reflexão orgânica, adoção interna de
exigências.
A adaptação é justamente a quebra de homeostase, do momento de inércia, por
meio de estímulos, como os abaixo:
● Estímulos débeis => não acarretam consequências;
● Estímulos médios => apenas excitam;
● Estímulos médios para fortes => Provocam adaptações;
● Estímulos muito fortes => Causam danos.
Esses estímulos são bem visualizados quando você pensa na Musculação
como base, se você comparar estímulos débeis aos fortes dentro do treinamento,
você consegue entender que um não acarreta consequências, o treino bem feito
traz resultado, e o exagerado causa lesões.
41
Quando ocorre sobrecarga, você imediatamente após a aplicação de uma
carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a
homeostase:
Nesse gráfico é bem ilustrado, onde quando você sofre um estímulo e o seu
músculo fadiga, ocorre uma compensação e até mesmo uma supercompensação e
caso permaneça treinando haverá evolução, mas caso ocorra o destreinamento,
seu corpo voltará para a homeostase. Isto é o equilíbrio entre carga aplicada e
tempo de recuperação é que garantirá a existência da supercompensação de
forma permanente, um efeito crescente ou positivo da aptidão física.
E nesse âmbito de continuidade, ao longo do tempo é primordial para o
organismo, progressivamente, se adaptar.
Tubino diz que a ideia de que a condição atlética só pode ser conseguida
após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante
significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em
andamento. Para Tubino (1984), estas duas premissas explicam o chamado
Princípio da Continuidade.
42
Além da continuidade, existe o princípio da interdependência
Volume-Intensidade, este princípio está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois
o aumento das cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance.
Este aumento ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade.
Na maioria das vezes, o aumento dos estímulos de uma dessas duas
variáveis é acompanhado da diminuição da abordagem em treinamento da outra.
Outro princípio é o da especificidade, que é aquele que impõe como ponto
essencial, que o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos da
performance desportiva, em termos de qualidade física interveniente, sistema
energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras
utilizadas.
A especificidade se baseia no segmento corporal, sistema energético, gesto
esportivo, aspectos metabólicos, aspectos neuromusculares e cinesiologia.
O princípio da variabilidade, também denominado de princípio da
Generalidade, encontra-se fundamentado na ideia do Treinamento Total, ou seja,
no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo. Para isso
deve-se utilizar das mais variadas formas de treinamento.
A atenção a este princípio diminui a possibilidade do aparecimento de um
Platô No treinamento, ou mesmo aparecimento de fatores desestimulantes.
E o último princípio mas não menos importante o princípio da saúde, esse
princípio encontra-se diretamente ligado ao próprio objetivo maior de uma atividade
física utilitária que vise à saúde do indivíduo.
43
Assim,não só a Ginástica Localizada em si e suas atividades
complementares possuem grande importância. Também os setores de apoio da
Academia, como Departamento Médico, Avaliação Funcional e o Departamento
Nutricional assumem relevante função no sentido de orientar todo o trabalho,
visando a aquisição e a manutenção dessa Saúde.
Agora podemos falar sobre as capacidades físicas que são:
Agilidade
Movimentos rápidos com mudança de direção sendo diferente da velocidade, que
só tem a ver com a velocidade;
Flexibilidade
Se dá pela amplitude de movimento nas articulações, se você tem grandes
amplitudes você tem muita flexibilidade, se você tem pouca amplitude nos
movimentos, você tem pouca flexibilidade.
Força
A Força existem vários tipos. mas ela é basicamente a “Capacidade de exercer
tensão contra uma resistência, que ocorre por meio de ações musculares.” e seus
tipos são:
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Força Isotônica (Dinâmica) - É o tipo de força que envolve os músculos dos
membros em movimento ou suportando o peso do próprio corpoem movimentos
repetidos;
Força Isométrica (Estática) - É o tipo de força que explica o fato de haver força
produzindo calor e não havendo produção de trabalho em forma de movimento;
Força Explosiva (Potência) - Habilidade de exercer o máximo de energia em um
ato explosivo.
Resistência
É a capacidade de sustentar uma dada carga de atividade o mais longo tempo
possível sem fadiga e é dividida em:
Resistência Aeróbica: Permite manter por um determinado período de tempo, um
esforça em que o consumo de O2 equilibra-se com a sua absorção (STEADY -
STATE), sendo os esforços de fraca ou média intensidade;
Resistência Anaeróbica: Permite manter por um determinado período de tempo,
um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua absorção, acarretando um
débito de O2 e que somente será recompensado em repouso, sendo os esforços
de grande intensidade;
45
Resistência muscular localizada (RML): É a capacidade do músculo em trabalhar
contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo.
Velocidade
Capacidade de executar movimentos cíclicos na mais alta velocidade individual
possível e é dividida em:
Velocidade de Deslocamento: Capacidade máxima de uma pessoa deslocar-se de
um ponto a outro;
Velocidade de Reação: Rapidez com a qual uma pessoa é capaz de responder a
um estímulo (visual, auditivo ou tátil). Tempo requerido para ser iniciada a resposta
a um estímulo recebido;
Velocidade de Membros: Capacidade de mover membros superiores e ou inferiores
tão rápido quanto possível.
Equilíbrio
É a qualidade física conseguida por uma combinação de ações musculares com o
propósito de assumir e sustentar o corpo sobre uma base, contra a lei da
gravidade. Pode ser 3 tipos. Dinâmico, estático e recuperado.
Equilíbrio Estático: Adquirido em determinada posição;
46
Equilíbrio Dinâmico: Adquirido durante o movimento;
Equilíbrio Recuperado: Explica a recuperação do equilíbrio após o corpo ter estado
em movimento.
47
CRESCIMENTO, DESENVOLVIMENTO E
ASPECTOS DA APRENDIZAGEM MOTORA
O desenvolvimento motor é um processo de alterações no nível de
funcionamento de um indivíduo,onde uma maior capacidade de controlar
movimentos é adquirida ao longo do tempo, através da interação entre as
exigências da tarefa, da biologia do indivíduo e o ambiente.
Guedes e Guedes (1997) se referem ao desenvolvimento motor não sendo
apenas aspectos biológicos de crescimento e maturação. Além disso, o
desenvolvimento depende das experiências vividas pelo indivíduo, das relações
com o ambiente que o cerca. Para Haywood e Getchell (2004) dá-se como
desenvolvimento motor um processo contínuo e sequencial ligado a idade
cronológica, na qual o indivíduo progride de um movimento simples, sem
habilidade, até atingir o ponto das habilidades motoras mais complexas e
organizadas e assim chegar ao ajuste dessas habilidades que irá acompanhá-lo
até o envelhecimento. As mudanças que ocorrem em um indivíduo desde sua
concepção até a morte denominam-se desenvolvimento humano.
As fases motoras que serão passadas agora, têm um resumo nessa ampulheta,
que é a ampulheta mais conhecida porque estuda a aprendizagem do
desenvolvimento motor, para aqueles que querem um assunto mais detalhado, ir
até o conteúdo mais abaixo.
48
Fase motora reflexiva
(Dentro do útero até 1 ano de idade)
● Os reflexos são movimentos involuntários, controlados subcorticalmente, que
formam a base paraas fases do desenvolvimento motor;
● A partir da atividade reflexa motora, o bebê obtém informações sobre o
ambiente imediato. As reações do bebê ao toque, à luz, a sons e a
alterações na pressão provocam atividade motora involuntária.
Existem dois estágios na fase motora reflexiva:
O estágio de Codificação de Informações (agrupamento):
-Os reflexos, agora, servem de meios primários pelos quais o bebê é capaz
49
de reunir informações, buscar alimento e encontrar proteção ao longo do
movimento;
E o estágio de Decodificação de Informações (processamento):
-Gradual inibição dos reflexos (inferiores => superiores);
-Sensório-Motora => Perceptivo-Motora.
Fase Motora Rudimentar
(Nascimento até 02 anos)
● Os movimentos rudimentares, são determinados de forma maturacional e
caracterizam-se por uma sequência de aparecimento altamente previsível;
● Elas envolvem movimentos estabilizadores, como obter o controle da
cabeça, pescoço e músculos do tronco; As tarefas manipulativas de
alcançar, agarrar e soltar; e os movimentos locomotores de arrastar-se,
engatinhar e caminhar.
Existem também dois estágios nessa fase:
Estágio de Inibição de Reflexos
-No nascimento, os reflexos dominam o repertório de movimentos do bebê.
Dali em diante, entretanto, os movimentos do bebê são crescentemente
influenciados pelo córtex em desenvolvimento;
50
-Os reflexos primitivos e posturais são substituídos por comportamentos
motores voluntários;
-Os movimentos, embora com objetivos, parecem descontrolados e
grosseiros.
Estágio de Pré-Controle
-Por volta de 1 ano de idade, as crianças começam a ter precisão e controle
maiores sobre seus movimentos;
-No estágio de pré-controle, as crianças aprendem a obter e a manter seu
equilíbrio, a manipular objetos e a locomover-se pelo ambiente com notável grau
de proficiência e controle;
-O processo maturacional pode explicar parcialmente a rapidez e a extensão
do desenvolvimento do controle dos movimentos nesta fase.
Fase Motora Fundamental
(02 a 07 anos)
● As “habilidades motoras fundamentais” da primeira infância são
consequências da fase de movimentos rudimentares do período neonatal;
● É um período para descobrir como desempenhar uma variedade de
movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos, primeiro
isoladamente e, então, de modo combinado;
51
● Atividades locomotoras, manipulativas e estabilizadoras são exemplos de
movimentos fundamentais que devem ser desenvolvidos nos primeiros anos
da infância;
● Fatores ambientais.
Nesta fase existem três estágios:
Estágio Inicial
-Primeiras tentativas da criança orientada para o objetivo de desempenhar
uma habilidade fundamental;
-O movimento em si, é caracterizado por elementos que faltam ou que são
marcadamente sequenciados e restritos, pelo uso exagerado do corpo e por fluxo
rítmico e coordenação deficientes.
Estágio Elementar
-Maior controle e melhor coordenação rítmica dos movimentos fundamentais;
-Os padrões de movimento nesse estágio são ainda geralmente restritos ou
exagerados, embora mais bem coordenados;
-Muitos indivíduos, tanto adultos, quanto crianças, não vão além do estágio
elementar em muitos padrões de movimento.
Estágio Maduro
-Desempenhos mecanicamente eficientes, coordenados e controlados;
52
-Embora algumas crianças possam atingir esse estágio basicamente pela
maturação e com um mínimo de influências ambientais, a grande maioria precisa
de oportunidades para prática, o encorajamento e a instrução em um ambiente que
promova o aprendizado.
Fase Motora Especializada
(acima de 07 anos)
● A fase especializada do desenvolvimento motor é resultado da fase de
movimentos fundamentais;
● Na fase especializada, o movimento torna-se uma ferramenta que se aplica
a muitas atividades motoras complexas presentes na vida diária, na
recreação e nos objetivos esportivos;
● Combinação de Movimentos Fundamentais;
● Os movimentos fundamentais de saltar em um pé só e pular, por exemplo,
podem ser aplicados a atividades de pular corda, ao desempenho de danças
folclóricas e ao desempenho do salto triplo na pista em competições.
Estágio Transitório
-No período transitório, o indivíduo começa a combinar e a aplicar
habilidades motoras fundamentais ao desempenho de habilidades especializadas
no esporte e em ambientes recreacionais;
-Caminhar em ponte de cordas, pular corda e jogar bola são exemplos de
habilidades transitórias comuns;
53
-As habilidades transitórias são simplesmente aplicações de padrões de
movimentos fundamentais, de algum modo, em formas mais específicase mais
complexas.
Estágio Elementar
-O indivíduo começa a tomar decisões conscientes a favor ou contra sua
participação em certas atividades;
Essas decisões fundamentam-se em larga escala, no modo pelo qual a
criança percebe até que ponto os fatores inerentes à tarefa, a ela mesma e ao
ambiente aumentam ou inibem a probabilidade de ela obter satisfação e sucesso.
Estágio de Utilização Permanente (de 14 anos acima)
-O estágio de utilização permanente representa o pináculo do processo de
desenvolvimento motor e é caracterizado pelo uso do repertório de movimentos
adquiridos pelo indivíduo por toda a vida;
Fatores como tempo disponível, dinheiro, equipamento, instalações e
limitações físicas e mentais afetam esse estágio.
Aqui vão alguns conceitos importantes para melhor entendimento da matéria deste
capítulo.
54
Comportamento Motor: Estudo de alterações no aprendizado motor, controle motor
e desenvolvimento motor realizadas pela interação do aprendizado e dos
processos biológicos;
Controle Motor: Alterações subjacentes no desempenho de tarefas isoladas;
Desenvolvimento Motor: Alterações progressivas do comportamento motor, no
decorrer do ciclo da vida, realizadas pela interação entre as exigências da tarefa, a
biologia do indivíduo e as condições do ambiente;
Padrão Motor: Processos biológicos e mecânicos subjacentes comuns;
Padrão Motor Fundamental: Processo Subjacente comum de movimentos básicos;
Desenvolvimento Motor Hierárquico: As habilidades motoras aprendidas servem de
base para o aprendizado de habilidades mais complexas;
Aprendizagem Motora: Processo de aprendizagem ou aperfeiçoamento dos
movimentos;
Coordenação Motora Fina: Pequenos grupos musculares. Movimentos sutis. Ex:
escrever, tricotar, etc;
55
Coordenação Motora Grossa: Grandes grupos musculares. Movimentos maiores.
Ex: Correr, saltar, etc.
56
POLÍTICA EDUCACIONAL E EDUCAÇÃO FÍSICA
LEI Nº9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB)
A parte que fala sobre educação física na LDB é o art.26 parágrafo 3º
Texto Inicial dele lá em 1996
“A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às
condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.”
Este texto foi revogado, e atualmente a Educação Física não é mais
Facultativa
O texto alterado em 2001
“A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas
etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos
noturnos.”
Nessa alteração só se adicionou a palavra “Obrigatório”, pois pensaram que
seria confuso sem essa palavra.
57
Em 2003 o texto foi alterado novamente
“A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática
facultativa ao aluno:”
Esse texto teve alteração somente na parte final onde se entende ter se
tornado obrigatória para o curso noturno mas facultativa para os alunos que ele cita
logo abaixo dessa parte transcrita, e ela foi revogada por MP.
Essa alteração ocorreu em 2016 e ficou assim:
“A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino
fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno:”
Se interpreta nessa lei que a Educação Física se torna facultativa no ensino
médio se tornando obrigatória somente na educação infantil e no ensino
fundamental, porém essa medida provisória não foi aprovada na câmara e a MP foi
revogada.
E atualmente está igual em 2003:
“A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao
aluno:”
58
Agora veremos a quais alunos a prática é facultativa:
“I-Que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;
II-Maior de trinta anos de idade;
III-Que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar,
estiver obrigado à prática de educação física;
IV-Amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de Outubro de 1969;
(VETADO) V-Alunos de pós-graduação;
VI-Que tenha prole.”
Vale ressaltar que neste último é tanto homem quanto mulher que tenha
prole, pois a lei não especifica o sexo.
Em 2017 foi incluído o seguinte texto na LDB:
“A Base Nacional COmum Curricular referente ao ensino médio incluirá
obrigatoriamente estudos e práticas de educação física, arte, sociologia e filosofia”
A Lei Constitucional nº 01 da Constituição dos Estados Unidos de Brasil,
promulgada em 10 de novembro de 1937, trazia em seus artigos 131 e 132,
respectivamente, que “A Educação Física, no Ensino Cívico e os Trabalhos
Manuais, serão obrigatórios em todas as escolas primárias, normais e secundárias,
não podendo nenhuma escola de qualquer desses graus ser autorizada ou
reconhecida sem que satisfaça aquela exigência” e “O Estado fundará instituições
ou dará o seu auxílio e proteção às fundadas por associações civis, tendo umas e
59
outras por fim, organizar para juventude, períodos de trabalho anual nos campos e
oficinas, assim como promover-lhes a disciplina moral e o adestramento físico, de
maneira a prepará-la ao cumprimento dos seus deveres para com a economia e a
defesa da nação”
A Educação Física esteve contemplada na primeira Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - Lei nº 3.024 de 20 de dezembro de 1961 em seu artigo 22:
“Art.22. Será obrigatória a prática da educação física nos cursos primário e
médio, até a idade de 18 anos”
A reforma educacional do ensino de 1º e 2º graus - trazida na Lei nº 5.6292
de 11 de agosto de 1971 -, ao reportar-se à Educação Física em seu artigo 7º,
deixava de fazer referência ao limite de obrigatoriedade de sua prática, e nesse
mesmo ano de 1971 (1º de novembro), a promulgação do Decreto nº 69.450,
regulamentador da Educação Física nos três níveis de ensino, aludia nos quatro
incisos de seu artigo 6º às condições outras que facultavam ao aluno a prática da
Educação Física:
I) Trabalhasse mais de 6 horas e estudasse à noite;
II) Mais de 30 anos;
III) Serviço Militar;
IV) Fisicamente incapacitado.
60
Seis anos mais tarde, a essas quatro alíneas se juntaram outras duas,
através da Lei nº 6.503 de 13 de dezembro de 1977
V) Aluno de pós-graduação;
VI) Que tenha prole.
A LDB (9.394/96) deu competência de decidir o currículo obrigatório dos
cursos de graduação do conselho federal de educação.
61
CULTURA E EDUCAÇÃO FÍSICA
Quando se diz que a Educação Física é um fenômeno cultural, não se quer
dizer que os dados biológicos não estão presentes ou não são importantes, mas
que estes últimos não são suficientes para a compreensão, por exemplo, do
esporte.
DaMatta (1978), considera que, ao estudar uma dada cultura, um
antropólogo deve realizar um duplo movimento: transformar o estranho em familiar,
e, ao mesmo tempo, o familiar em estranho. Mas o que é cultura? Cultura é um
conjunto de modos de vida de um grupo humano determinando, sem referência ao
sistema de valores para os quais estão orientados esses modos de vida, pode ser
também uma dinâmica de produção e circulação de signos (sinais) e sentidos, ou
padrões de significados incorporados nas formas simbólicas, que inclui ações,
manifestações verbais e objetos significativos de vários tipos, em virtude dos quais
os indivíduos comunicam-se entre si e partilham suas experiências e concepções e
crenças.
Agora que entendemos o que é cultura, como se aplica na Educação Física?
Toda sociedade cria práticas corporais, essas práticas corporais têm relação direta
com a identidade cultural de um grupo.
A cultura na Educação física permite reconhecer as diferentes manifestações
corporais nas diferentes sociedades e recriar de maneira crítica.
Os conteúdos têm uma base cultural que são a:
62
Valorização das práticas da suacultura x Conhecimento das práticas de outras
culturas
Através do conhecimento das diferentes culturas a educação física contribui
para a formação de uma sociedade mais justa.
63
ASPECTOS DA COMPETIÇÃO E COOPERAÇÃO
NO CENÁRIO ESCOLAR
Acreditamos que entre, por um lado, endeusar o mercado e eliminar o
Estado e, por outro, demonizar o mercado e endeusar o Estado, existe um
caminho intermediário que proporia, da mesma forma que nas propostas de
desenvolvimento como liberdade, de Sen (2000), reconhecer a importância da
competição e da cooperação na educação física. Todavia, melhorar o mundo
melhorando a educação, seja o que for que isto signifique, não é uma tentativa
descabelada. A educação para essa tarefa coletiva e, portanto, não deve ser
descartada, nem reduzida em importância.
A proposta, dito de forma resumida, caracteriza-se pelo seu espírito
anticapitalista, por atacar a competição (“exacerbada”, qualificativo amplamente
utilizado nos textos) e por entender que os jogos cooperativos podem transformar
os indivíduos e a sociedade.
Brotto (1999) apresenta a visão de que grande parte dos jogos estimula o
confronto e não o encontro entre os jogadores. Os jogos e os esportes
competitivos estimulariam o confronto. O objetivo da competição, segundo o autor,
é eliminar os menos capazes e, consequentemente, produzir mais perdedores do
que vencedores, pois, apenas um sai vencedor e os demais perdedores.
64
Freire (2001) diz que “A competição, assim como a cooperação são valores
e atitudes ensinados e aprendidos através da educação e da cultura.
Mead (1961) define a competição como o ato de procurar ganhar o que outra
pessoa está se esforçando para obter, ao mesmo tempo.
Além de aprender com o ganhar e perder Huizinga (1990) e Callois (1990)
apresentam que na competição, outros valores são exigidos dos jogadores, como
por exemplo, a ética, a honra, o cavalheirismo, e o respeito às regras e aos
adversários.
No jogo competitivo, há também situações de conflito, o qual este é criticado
por Brotto (1999) e Orlick (1989), ao afirmarem que as situações conflituosas
aumentam ainda mais a rivalidade entre os participantes do jogo, acentuando
momentos de brigas. Outros autores como Lovisolo (1999) e Muniz (2009) afirmam
que é no conflito que surgem momentos de desenvolvimento social, desta forma os
jogadores debatem problemas que surgem durante o jogo, portanto nestas
ocasiões são construídas as relações sociais em que o consenso é fundamental.
Brotto (1999, p.63), afirma que os jogos cooperativos surgiram da
preocupação excessiva valorização dada ao individualismo e à competição
exacerbada na sociedade moderna, mais especificamente, na cultura ocidental.
Os Jogos Cooperativos foram criados com o objetivo de promover, a
autoestima, juntamente com o desenvolvimento de habilidades interpessoais
positivas, onde os participantes, “jogam uns com os outros, ao invés de uns contra
os outros”
65
Todavia, trabalhar com uma Educação Física pautada em jogos cooperativos
pode ser arriscado, pois na valorização exacerbada de quem coopera o professor
pode desvalorizar quem compete.
66
BIBLIOGRAFIA
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TANI, Go. et al. Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem
desenvolvimentista. São Paulo: EDUSP, 1987.
69
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
16) A psicomotricidade defende uma ação educativa que deve ocorrer a
partir dos movimentos espontâneos e das atitudes corporais da criança. A
educação psicomotora refere-se à formação de base indispensável a todo ser
humano, seja ele normal ou portador de necessidades especiais, para
assegurar o desenvolvimento funcional e a interação com seu semelhante. A
perspectiva da psicomotricidade está na proposição de um modelo
pedagógico fundamentado na interdependência:
a)dos aspectos biológicos, culturais e racionais.
b)da razão, emoção e ambição positiva.
c)social, econômica e política do indivíduo na sociedade.
d)do desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo.
e)dos fatores exógenos atuantes no psiquismo humano.
17) O acesso à educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. A
Educação Física é parte integrante do currículo escolar e, por conseguinte,
um direito de todos os alunos. O professor deverá pensar constantemente
sobre sua prática pedagógica, a fim de torná-la acessível a todos os alunos.
Dessa forma, uma preocupação constante do professor:
a)é a aquisição de material esportivo de qualidade.
b)reside em encontrar alternativas para a não-exclusão.
c) é buscar, junto ao poder instituído, condições de trabalho.
70
d)está na pesquisa de novos equipamentos esportivos.
e)deve ser a busca incessante do melhordesempenho.
18) Em um mundo convulsionado pela violência, o acesso e a fruição dos
conhecimentos da Educação Física escolar devem constituir-se em direito e
instrumento de transformação individual e coletiva, na busca da superação
das desigualdades, da conduta ética de cooperação e solidariedade. E esses
direitos devem permitir:
a)o crescimento das ações humanistas de controle social.
b)o desenvolvimento de estratégias de segurança pública.
c) o equilíbrio das relações entre as classes sociais por meio do esporte.
d)a conquista de posições no índice de desenvolvimento humano (IDH).
e)a humanização das relações pela prática de atividades físicas.
19) Oportunizar, nas aulas de Educação Física escolar, vivências que
permitam aos alunos pensar alternativas que façam com que eles próprios
deixem de se auto-excluir de determinadas atividades deve ser uma
preocupação do professor. Tais estratégias contribuem para a construção de
práticas de auto-estima necessárias nas aulas e no convívio social, a fim de
que:
a)os diferentes sejam reconhecidos pela turma.
b)as diferenças possam ser respeitadas.
c) os estigmas da diferença sejam proibidos.
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d)as semelhanças sejam valorizadas.
e)as injustiças sociais sejam sanadas.
20) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) inovou bastante
quanto à liberdade e autonomia que deu às escolas, especialmente
com a possibilidade de se construir o seu projeto político-pedagógico,
que deverá ser elaborado por toda a comunidade escolar (direção,
professores, funcionários, alunos, pais e outros membros da
comunidade). Suas propostas político-pedagógicas significam uma
oportunidade dada às escolas de eleger os aspectos que:
a)são fundamentais para o seu desenvolvimento de acordo com a sua
realidade.
b)mais interessam aos professores como promoção profissional e
aprovação.
c) atendem ao corpo docente no sentido da realização profissional e da
eficiência.
d)são fundamentais na ascensão profissional de todo o corpo discente.
e)poderão contribuir para a redução da criminalidade do país como um
todo.
21) A preocupação maior da escola deve ser o melhor atendimento
ao aluno. O projeto político-pedagógico deve partir da avaliação
objetiva das necessidades e expectativas de todos os segmentos da
comunidade escolar. O surgimento de tal projeto representa um grande
avanço, na medida em que muitas decisões relevantes são tomadas
72
pela comunidade escolar e:
a)pelos representantes das classes dominantes.
b)pela elite politicamente dominante.
c) não mais somente nos gabinetes das secretarias de Educação.
d)não mais pelo diretor da unidade escolar.
e)pelo governo federal prioritariamente.
22) É urgente a busca de uma identidade maior entre a Educação
Física escolar, enquanto componente curricular responsável pela
formação da cidadania, que deve participar de todo o processo
relacionado à dinâmica escolar, e os complexos contextos:
a)biológicos, psicológicos, sociais e antropológicos.
b)afetivos, cognitivos, psicológicos e motores.
c) históricos, culturais, sociais e econômicos.
d)sociológicos, antropológicos, psicológicos e étnicos.
e)sociais, financeiros, culturais e étnicos.
23) O projeto político-pedagógico da escola pode ser inicialmente
entendido como um processo de mudança e de antecipação do futuro
que estabelece princípios, diretrizes e propostas de ação para:
a)manter o status quo, apaziguar e continuar no caminho já conhecido.
b)continuar a jornada histórica, manter e seguir o caminho do êxito.
c) esclarecer dúvidas, manter a jornada e continuar no desenvolvimento.
d)dirimir dúvidas, manter o status quo e dar significado à teoria conhecida.
e)melhor organizar, sistematizar e significar as atividades desenvolvidas.
73
24) Contemporaneamente, a fundamentação teórico-científica da
Educação Física escolar que aborda as relações do corpo humano com
o meio ambiente constata uma tentativa de superação das dicotomias,
buscando uma compreensão holística do ser humano em corpo, mente
e alma, ou, pelo menos, em dimensões afetivas, sociais, psicológicas e
motoras, respeitando-se:
a)a subjetividade e as diferenças individuais.
b)o biorritmo e as carências individuais.
c) a objetividade individual e as necessidades especiais.
d)a objetividade e as necessidades individuais.
e)o humor e as diferenças individuais.
25) A Educação Física escolar deverá trabalhar a integração do ser
humano com o meio ambiente, que é físico, social, cultural, político,
econômico, etc. Ao professor compete elaborar aulas nas quais os
alunos possam conhecer, usufruir e transformar os limites e as
possibilidades do seu próprio corpo em interação com o meio ambiente.
Aulas em que possam também apreender de forma crítica a estética
corporal e os modismos que:
a)são necessários à pertença social e ao consumismo.
b)estimulam o consumo racional.
c) atendem às necessidades do povo.
d)são veiculados pela mídia a respeito das práticas corporais.
e)orientam o consumismo racional.
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26) Vivenciar sensações, sentimentos e conhecer o próprio corpo
naturalmente é o princípio do conhecimento. Espera-se que o aluno, na
Educação Física escolar, amplie o conhecimento sobre o seu próprio
corpo, seus sistemas orgânicos, sua subjetividade e afetividade
interpessoal. O corpo humano está em constante interação consigo
mesmo, com os outros, com a cultura, enfim, com o mundo que nos
cerca. É necessário que o professor de Educação Física escolar saiba
como ensinar os conteúdos e, nesse sentido, precisam:
a)de boa remuneração, visto que a qualidade tem custo.
b) compreendê-los antes de ensiná-los, porque ensinar engloba
compreender, refletir e criticar.
c) de uma infra-estrutura de qualidade, para efetivar o processo de
ensino-aprendizagem.
d)de equipamentos e área física de qualidade e dentro dos padrões oficiais.
e)condições sociais, econômicas e políticas para continuarem no
magistério.
27) Na pedagogia, a categoria interação deve ser trabalhada no
sentido de estimular a consciência para a necessidade de
superarem-se situações conflituosas, não somente no jogo ou no
esporte, mas entre todos os membros da comunidade escolar
(professores, funcionários e alunos). Para tanto, é relevante
desenvolver, no processo de ensino- aprendizagem, possibilidades de
um agir:
a) individual, autêntico e egocêntrico.
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b)individualizado, perfeccionista e pleno.
c) participativo, individualista e autônomo.
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d)respeitoso, magnânimo e altivo.
e)cooperativo, participativo e solidário.
28) O jogo e o esporte oportunizam possibilidades múltiplas de
vivências em suas práticas. Não se podem evitar, porém, todas as
situações de conflito, até mesmo porque o conflito é inerente à
existência humana. O papel do professor de Educação Física escolar
deve ser o de mediador desses conflitos, que deverão ser resolvidos na
maioria das vezes:
a)pela coordenação disciplinar da escola.
b)com a advertência ou punição necessária.
c) por meio do diálogo e do respeito.
d)pelo inspetor de alunos e a direção da escola.
e)com a necessária repreensão e comunicação aos pais.
29) A qualidade de vida, entendida como fenômeno que se
inter-relaciona com as diversas dimensões do ser humano, deverá
receber a devida atenção na Educação Física escolar. Sua
compreensão inclui aspectos como condições materiais, infra-estrutura
das comunidades, condições sociais, meio ambiente e um aspecto
muito relevante ligado:
a)à saúde física e mental.
b)ao desempenho físico de alto nível.
c) à performance de competição.
d)ao trinômio afetivo-cognitivo-psicomotor.
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e)à competição diária pela vida.
30) Desde a Antiguidade, os seres humanos vivenciam experiências
significativas por meio dos jogos. Vários achados arqueológicos e
evidências históricas mostram que o jogo acompanhou não apenas a
evolução histórica, mas esteve e continua presente em todas as
civilizações. Na Educação Física escolar, o jogo deve ser
prioritariamente trabalhado como:
a)conteúdo

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