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Kamilla Galiza / 5º Período / SOI V Anatomia A cervical é a parte da coluna vertebral que ocupa a região do pescoço e se estende até a região do tórax. Essa região é composta por 7 vértebras, sendo a primeira o atlas, a se- gunda o áxis e as demais C3 a C7 (esta última chamada também de proeminente). As vértebras cervicais tem como características: Faces ar- ticulares superiores e inferiores orientadas transversalmente (permitindo uma maior amplitude em movimentos de rota- ção); • Forames transversários; • Processo espinhoso bífido; • Corpo vertebral pequeno. Atlas Primeira vértebra cervical é responsável por sustentar a ca- beça, é articulada com o áxis, permitindo assim os amplos movimentos, outra característica marcante é o fato de não possuir corpo vertebral. Sua posição anatômica: fóvea dental é anterior; face articular superior (a maior) é superior. Áxis Segunda vértebra cervical está em contato direto com o atlas formando assim um eixo de rotação para a cabeça. Possui uma característica que o distingue facilmente das demais vértebras, o seu dente, graças a esse tipo de articulação po- demos fazer o movimento de rotação da cabeça. Sua posi- ção anatômica: o dente é anterior e superior. Vértebras C3 a C7 (coluna cervical baixa) Raízes nervosas • 8 nervos cervicais • raiz emerge acima da vértebra correspondente • ramos ventral e dorsal Dermátomos aspectos clínicos Kamilla Galiza / 5º Período / SOI V Causas • Cervicalgia (dor cervical axial) • Cervicobraquialgia (radiculopatia) • Mielopatia Dor cervical axial • 1% de déficit neurológico • Diagnóstico não especifico • Contraturas musculares • Esternocleidomastoideo / trapézio → Esforço físico • Postura inadequada/sono Quadro clinico • Dor cervical sem irradiação para membros superiores • Irradiação para região occipital e periescapular • Dor não acompanha dermátomo especifico • Diminuição da amplitude de movimento • Cefaleia Cervicobraquialgia (radiculopatia) • Resultante de irritação da raiz nervosa • Doença degenerativa discal → Principal causa (70 a 90%) • Hérnias de disco • Estenose foraminal • Aneurisma da artéria vertebral • Dor aguda/ forte intensidade • Dor acompanha os dermátomos • Parestesia → Queimação • Manobra de Spurling: a manobra é realizada com o pa- ciente sentado, o examinador posicionado atrás realiza uma compressão axial sobre o topo da cabeça e flexão lateral. O teste é positivo quando ocorre exacerbação dos sintomas radiculares na extremidade, devido a compressão foraminal ipsilateral a flexão. Dores cervi- cais podem estar relacionados ao aumento da pressão sobre os discos. → Radiculopatia x Dor muscular Diagnósticos diferenciais • Síndromes compressivas dos membros superiores • Lesões do ombro / Lesões do manguito rotador • Sindrome do Desfiladeiro • Torácico • Sindrome Coronariana • Neoplasias Exame físico Inspeção Estática e dinâmica (flexo – extensão (130), rotação (80º) e in- clinação lateral (45º) Palpação De partes moles, parte óssea Manobras • Teste de distração • Manobra de Lhermitte • Manobra de Valsalva Kamilla Galiza / 5º Período / SOI V Exame neurológico A NÍVEL DE C5 Testes Motores Os músculos deltoide e bíceps, inervados por C5, são facil- mente testados. Enquanto que o deltoide é quase que exclu- sivamente inervado por C5, o bíceps possui dupla inervação, tanto de C5 como de C6. Desta forma, o exame do bíceps avaliando-se somente o nível de C5 não é todo satisfatório. Deltoide (C5 Nervo Axilar): o deltoide é um músculo capaci- tado a exercer três funções: (1) o deltoide médio abduz; (2) o deltoide anterior é flexor; e (3) o deltoide posterior estende o ombro. Testar a força muscular do deltoide, bem como sua capacidade de flexão. Bíceps (C5 – C6 Nervo Músculo-cutâneo): O bíceps atua como flexor do ombro e do cotovelo e também como supi- nador do antebraço. Examine a força muscular do bíceps no que concerne à flexão do cotovelo, determinado desta forma sua integridade neurológica. Como o músculo branquial (ou- tro importante flexor do cotovelo) é também inervado pelo músculo-cutâneo, o teste de flexão do cotovelo determinará adequadamente a integridade de C5. Exame de Reflexos Reflexo Bicipital: avalia primeiramente a integridade do nível neurológico de C5. No entanto, este reflexo possui também um componente de C6. Como o bíceps possui dois principais níveis de inervação, mesmo uma discreta diminuição do re- flexo (comparativamente ao lado oposto) indica patologia. Teste de Sensibilidade Face Lateral do Braço: Nervo Axilar A sensibilidade da face lateral do braço é conferida pelo nível neurológico de C5. A pele que recobre a face lateral do deltoide é o único sítio em que a sensibilidade é puramente suprida pelo nervo axilar. Esta área localizada é útil no diagnóstico de lesões do nervo axilar, bem como para avaliar comprometendo da raiz ner- vosa de C5. A NÍVEL DE C6 Testes Motores Nenhum músculo é inervado unicamente por C6. O grupo muscular dos extensores do punho é inervado em parte por C6 e por C7, enquanto que o bíceps recebe tanto de C6 quanto de C5. Reflexo Bicipital: Como o bíceps é inervado tanto por C5 como por C6, qualquer alteração de reflexos, comparativamente ao lado oposto, indica lesão neurológica. Teste de Sensibilidade Face Lateral do Antebraço: Nervo Músculo-cutâneo O supri- mento sensitivo da face lateral do antebraço, polegar, indica- dor e metade do dedo médio é dado por C6. Para recordar a distribuição sensitiva de C6, forme um seis com dedos pole- gar, indicador e médio, encostando a ponta do polegar na do dedo indicador e estendendo o dedo médio. A NÍVEL DE T1 Radiografia Indicações: • Paciente acima de 50 anos • Sintomas constitucionais - febre, perda de peso • Dor de intensidade moderada/grave há mais de 6 se- manas • Alterações neurológicas • História pregressa de neoplasia • Risco infeccioso - usuário de drogas, imunossuprimidos Kamilla Galiza / 5º Período / SOI V Sinais radiográficos de artrose • Esclerose subcondral • Osteofitose • Cistos ou geodos • Diminuição do espaço articular Tomografia computadorizada • Grande capacidade de reconstrução de imagens • Detalhes ósseos • Fraturas • Partes moles – algumas limitações • Radiação Ressonancia magnética • Ausência de radiação ionizante • Tecidos moles • Hérnias/Estenoses/Neoplasias • Déficits neurológicos Obs: 20 a 30% dos pacientes assintomáticos com hérnia de disco Tratamento Fase aguda: conservador • AINE/analgésicos • Relaxantes/corticosteroides • Fisioterapia-termoterapia/eletroterapia/isometria • Acupuntura • Colar cervical • Orientações (ergonomia, postura) Cirúrgico • Falha no tratamento conservador • Déficits neurológicos