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01 Ferraz de Vasconcelos - DEMONSTRATIVA

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Professor Alyson Barros 
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos – Psicologia (VUNESP – 2021) 
Aula 01 
 
 
1 
 
 
 
ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL. ÉTICA. ........................................................... 2 
RESOLUÇÃO CFP Nº 06/2019 - REGRAS PARA A ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS ESCRITOS PRODUZIDOS 
PELA(O) PSICÓLOGA(O) NO EXERCÍCIO PROFISSIONAL ......................................................................... 2 
CÓDIGO DE ÉTICA: RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 ............................................................................... 2 
PSICOLOGIA SOCIAL. ........................................................................................... 12 
A PSICOLOGIA SOCIAL NO BRASIL. ........................................................................ 12 
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA E INSTITUCIONAL E SEUS MÉTODOS DE TRABALHO. ...... 12 
BINÔMIO INDIVÍDUO-SOCIEDADE .................................................................................................... 13 
HISTÓRICO DA PSICOLOGIA SOCIAL. ..................................................................... 13 
O OBJETO DA PSICOLOGIA SOCIAL. ...................................................................... 15 
CONSTRUTIVISMO VERSUS CONSTRUCIONISMO SOCIAL ........................................ 16 
CARACTERÍSTICAS DA PSICOLOGIA SOCIAL CONTEMPORÂNEA. ............................... 28 
RESUMO DO CAPÍTULO I – PSICOLOGIA SOCIAL (AROLDO RODRIGUES, EVELINE ASSMAR 
E BERNARDO JABLONSKI). ................................................................................... 33 
OS FENÔMENOS PSICOSSOCIAIS NA PSICOLOGIA SOCIAL. ...................................... 42 
SOBRE A ATUAÇÃO PSICOSSOCIAL ................................................................................................... 45 
TEORIA DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS. .............................................................. 46 
TEORIA DA PSICOLOGIA SÓCIO HISTÓRICA. ........................................................... 57 
AUTORES QUE TRABALHAM A SUBJETIVIDADE ................................................................................... 61 
DISTORÇÕES NA SUBJETIVIDADE .................................................................................................... 63 
Identidade e Contexto Social. Constituição da Subjetividade e Identidade. Identidade e 
Processo de Individuação. Identidade e Sintomas Sociais. ................................................. 64 
INDIVIDUALISMO VERSUS COLETIVISMO ........................................................................................... 65 
IDENTIDADE E SINTOMAS SOCIAIS ........................................................................ 67 
EXTRA: TEORIA DA ATRIBUIÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL .................................................................... 70 
CLASSE SOCIAL ............................................................................................................................ 73 
PROCESSOS BÁSICOS: COGNIÇÃO, ATITUDES E PRECONCEITO ............................................................ 75 
PSICOLOGIA COMUNITÁRIA ............................................................................................................ 78 
A PSICOLOGIA COMUNITÁRIA NO BRASIL ......................................................................................... 83 
EDUCAÇÃO POPULAR .................................................................................................................... 91 
TRABALHO SOCIOEDUCATIVO. ............................................................................. 92 
QUESTÕES ......................................................................................................... 93 
QUESTÕES COMENTADAS E GABARITADAS .......................................................... 132 
EFEITOS ESTUDADOS NA PSICOLOGIA SOCIAL ..................................................... 155 
O PAPEL DO PSICÓLOGO NOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS ....................................... 161 
MÉTODOS DE ESTUDO NA PSICOLOGIA SOCIAL .................................................... 167 
QUESTÕES DE OUTRAS BANCAS (RELEVANTES PARA O NOSSO ESTUDO) ................ 170 
 
 
 
 
Professor Alyson Barros 
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Aula 01 
 
 
2 
Ética e Legislação Profissional. 
Ética. 
 
 Ética para a VUNESP é a Resolução do CFP. Não tem erro! 
 
RESOLUÇÃO CFP nº 06/2019 - Regras para a 
elaboração de documentos escritos produzidos 
pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional 
 Meus amigos e minhas amigas, temos um curso gratuito sobre isso no 
Psicologia Nova. Ele é gratuito mesmo, e completo. Peço que entrem lá e assistam aos 
vídeos e baixem o pdf. =] 
 
 
Código de Ética: Resolução CFP Nº 010/05 
 
 Vamos direito ao Código de Ética dos Psicólogos. Recomendo várias leituras 
atenciosas e muito marcador de texto. Esse tópico está presente em quase 100% dos 
concursos de psicologia. Sublinharei os pontos principais do texto e colocarei minhas 
anotações em vermelho. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO (Resolução CFP n° 10/2005) 
 Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender 
demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de 
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares 
e com a sociedade como um todo. 
 Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto 
às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, 
procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de 
modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências 
no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional não 
é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de 
valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de 
conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria. 
O código de ética prevê todas as situações em que deverá ser 
aplicado? Não. Por isso constitui-se como princípios que 
fundamentarão a conduta profissional. 
 Códigos de Ética expressam sempre uma concepção de homem e de 
sociedade que determina a direção das relações entre os indivíduos. Traduzem-se em 
princípios e normas que devem se pautar pelo respeito ao sujeito humano e seus 
direitos fundamentais. Por constituir a expressão de valores universais, tais como os 
constantes na Declaração Universal dos Direitos Humanos; sócio-culturais, que 
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Aula 01 
 
 
6 
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas 
psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de 
violência; 
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o 
exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade 
profissional; 
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou 
contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços 
profissionais; 
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento 
psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam 
regulamentados ou reconhecidos pela profissão; 
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnico científica; 
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas 
psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas; 
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços; 
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo 
com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do 
serviço prestado; 
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos 
pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do 
trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultadosda avaliação; 
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício 
próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual 
mantenha qualquer tipo de vínculo profissional; 
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que 
possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de 
informações privilegiadas; 
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais; 
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras 
de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como 
intermediar transações financeiras; 
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de 
serviços; 
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de 
serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, 
grupos ou organizações. 
Mas Alyson, não podemos realizar diagnóstico? Isso é culpa do tal do 
Ato Médico? Não. Veja bem, não podemos realizar diagnóstico que 
exponha pessoas, grupos ou organizações. 
 
Art. 3º – O psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização, 
considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e 
sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código. 
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Aula 01 
 
 
8 
Ao menos um dos responsáveis deverá autorizar o atendimento de 
criança, adolescente ou interdito. Isso não significa que seja 
necessariamente um dos pais. Pode ser a avó ou, como expresso no 
parágrafo seguinte, o Juiz da Infância e Adolescência, por exemplo. 
§1° – No caso de não se apresentar um responsável legal, o atendimento deverá ser 
efetuado e comunicado às autoridades competentes; 
§2° – O psicólogo responsabilizar-se-á pelos encaminhamentos que se fizerem 
necessários para garantir a proteção integral do atendido. 
 
Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio 
da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha 
acesso no exercício profissional. 
 
Art. 10 – Nas situações em que se configure conflito entre as exigências decorrentes 
do disposto no Art. 9º e as afirmações dos princípios fundamentais deste Código, 
excetuando-se os casos previstos em lei, o psicólogo poderá decidir pela quebra de 
sigilo, baseando sua decisão na busca do menor prejuízo. 
Parágrafo único – Em caso de quebra do sigilo previsto no caput deste artigo, o 
psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias. 
 
Art. 11 – Quando requisitado a depor em juízo, o psicólogo poderá prestar 
informações, considerando o previsto neste Código. 
 E comunicará apenas o necessário. 
 
Art. 12 – Nos documentos que embasam as atividades em equipe multiprofissional, o 
psicólogo registrará apenas as informações necessárias para o cumprimento dos 
objetivos do trabalho. 
 Novamente, comunicará apenas o necessário. 
 
Art. 13 – No atendimento à criança, ao adolescente ou ao interdito, deve ser 
comunicado aos responsáveis o estritamente essencial para se promoverem medidas 
em seu benefício. 
 Novamente, comunicará apenas o necessário. 
 
Art. 14 – A utilização de quaisquer meios de registro e observação da prática 
psicológica obedecerá às normas deste Código e a legislação profissional vigente, 
devendo o usuário ou beneficiário, desde o início, ser informado. 
 
Art. 15 – Em caso de interrupção do trabalho do psicólogo, por quaisquer motivos, 
ele deverá zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais. 
 § 1° – Em caso de demissão ou exoneração, o psicólogo deverá repassar todo 
o material ao psicólogo que vier a substituí-lo, ou lacrá-lo para posterior utilização 
pelo psicólogo substituto. 
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Aula 01 
 
 
9 
 § 2° – Em caso de extinção do serviço de Psicologia, o psicólogo responsável 
informará ao Conselho Regional de Psicologia, que providenciará a destinação dos 
arquivos confidenciais. 
 
Art. 16 – O psicólogo, na realização de estudos, pesquisas e atividades voltadas para 
a produção de conhecimento e desenvolvimento de tecnologias: 
a) Avaliará os riscos envolvidos, tanto pelos procedimentos, como pela 
divulgação dos resultados, com o objetivo de proteger as pessoas, grupos, 
organizações e comunidades envolvidas; 
b) Garantirá o caráter voluntário da participação dos envolvidos, mediante 
consentimento livre e esclarecido, salvo nas situações previstas em legislação 
específica e respeitando os princípios deste Código; [desconheço legislação 
que preveja essas exceções]. 
c) Garantirá o anonimato das pessoas, grupos ou organizações, salvo interesse 
manifesto destes; 
d) Garantirá o acesso das pessoas, grupos ou organizações aos resultados das 
pesquisas ou estudos, após seu encerramento, sempre que assim o desejarem. 
 
Art. 17 – Caberá aos psicólogos docentes ou supervisores esclarecer, informar, 
orientar e exigir dos estudantes a observância dos princípios e normas contidas neste 
Código. 
 
Art. 18 – O psicólogo não divulgará, ensinará, cederá, emprestará ou venderá a leigos 
instrumentos e técnicas psicológicas que permitam ou facilitem o exercício ilegal da 
profissão. 
 
Art. 19 – O psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará 
para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das 
atribuições, da base científica e do papel social da profissão. 
 
Art. 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, 
individual ou coletivamente: 
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro; 
b) Fará referência apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua; 
c) Divulgará somente qualificações, atividades e recursos relativos a técnicas 
e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão; 
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda; 
e) Não fará previsão taxativa de resultados; 
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais; 
g) Não proporá atividades que sejam atribuições privativas de outras 
categorias profissionais; 
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais. 
 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
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10 
Art. 21 – As transgressões dos preceitos deste Código constituem infração disciplinar 
com a aplicação das seguintes penalidades, na forma dos dispositivos legais ou 
regimentais: 
a) Advertência; 
b) Multa; 
c) Censura pública; 
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum 
do Conselho Federal de Psicologia; 
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de 
Psicologia. 
 
Art. 22 – As dúvidas na observância deste Código e os casos omissos serão resolvidos 
pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho Federal de 
Psicologia. 
 
Art. 23 – Competirá ao Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudência quanto 
aos casos omissos e fazê-la incorporar a este Código. 
 
Art. 24 – O presente Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Psicologia, 
por iniciativa própria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia. 
 
 
 Leu todo o nosso código de ética? Leia de novo. O que tenho para te falar não 
é animador: decore o código de ética. Você precisa saber das definições aqui 
utilizadas. O código é pequeno, mesmo assim, devo fazer algumas considerações 
esquematizadas para você não mais esquecer. 
 Pontos Principais 
 
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Aula 01 
 
 
12 
estritamente necessárias (isso vale para a quase totalidade dos processos de 
comunicação oficiais do psicólogo). 
 O que fazer com os arquivos confidenciais? Essa é fácil, atente paraos dois 
casos: em caso de demissão ou exoneração do psicólogo, seu material deve ser 
passado para quem o vier a substituir ou deve lacrar o material para posterior 
utilização; em caso de extinção do serviço de psicologia, o psicólogo informará a 
extinção ao Conselho Regional de Psicologia, que ficará responsável pela destinação 
do material. 
 Na hora de fazer propaganda, o psicólogo deve informar seu nome completo, 
número de registro e CRP. Além disso: 
a) Poderá divulgar qualificação profissional e qualificações, atividades 
e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou 
regulamentadas pela profissão; 
b) Não poderá divulgar o preço, divulgar expectativa de resultados (de 
forma taxativa), se promover em detrimento de outros profissionais e 
nem fará sensacionalismo sobre sua atividade profissional. 
 E, por fim, a lista das penalidades aplicadas: 
a) Advertência; 
b) Multa; 
c) Censura pública; 
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad 
referendum do Conselho Federal de Psicologia; 
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho 
Federal de Psicologia. 
 Observe que o código de ética não estipula os casos em que as penalidades 
são aplicáveis. Isso ocorre por meio de outras legislações, julgados, posicionamentos 
e pelo julgamento através de comissão de ética para cada caso apresentado. 
 
 
Psicologia Social. 
A Psicologia Social no Brasil. 
Psicologia Comunitária e 
Institucional e seus métodos de 
trabalho. 
 
 Galera de Ferraz de Vasconcelos, nosso foco é VUNESP! Portanto, sigam 
sempre pelos autores que iremos trabalhar agora! 
A Psicologia Social estuda a 
dependência e a interdependência 
entre as pessoas. 
Robert B. Zajonc 
Professor Alyson Barros 
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Aula 01 
 
 
13 
 
 
 Antes de qualquer coisa, devemos definir o que é Psicologia Social. Segundo 
David Myers, a Psicologia Social é uma ciência que estuda as influências de nossas 
situações, com especial atenção a como vemos e afetamos uns aos outros. Mais 
precisamente, ela é o estudo científico de como as pessoas pensam, influenciam e se 
relacionam umas com as outras. A psicologia social se situa na fronteira da psicologia 
com a sociologia. Comparada com a sociologia (o estudo das pessoas em grupos e 
sociedades), a psicologia social focaliza mais nos indivíduos e usa mais 
experimentação. Comparada à psicologia da personalidade, a psicologia social 
focaliza menos nas diferenças dos indivíduos e mais em como eles, em geral, veem e 
influenciam uns aos outros. A psicologia social ainda é uma ciência jovem. Os 
primeiros experimentos nessa área foram relatados há pouco mais de um século 
(1898), e os primeiros textos de psicologia social surgiram em torno de 1900 (Smith, 
2005). Somente a partir da década de 1930 ela assumiu sua forma atual, e apenas a 
partir da Segunda Guerra Mundial começou a emergir como o campo de vulto que é 
hoje. A psicologia social estuda nosso pensamento, nossa influência e nossos 
relacionamentos fazendo perguntas que intrigam a todos. 
 Advirto que temos várias escolas, e sub escolas, da psicologia social. É pudente 
estudarmos todas, mesmo aquelas que não definem o que é psicologia social e se 
perdem na sua construção histórica. 
 
Binômio indivíduo-sociedade 
 
 Pelas leituras que fizemos, não podemos afirmar nada além de que o binômio 
indivíduo-sociedade é a relação do indivíduo com a sociedade. Dessa interação 
recíproca é que os dois se constituem. Ou seja, cabe à Psicologia Social, em geral, 
entender esse binômio. 
 
 
Histórico da Psicologia Social. 
 
 Cada livro de psicologia social apresenta uma história e uma abordagem 
diferente. Os autores nacionais tentam descrever a psicologia social através da 
própria história da psicologia social (e raramente chegam a uma conclusão). Os 
autores europeus e norte americanos insistem na segregação da psicologia social em 
etapas bem definidas. E a banca? A banca não tem tradição na área de psicologia 
social e definitivamente não apresenta posicionamento em sua base marxista ou 
behaviorista. Dito isso, vamos ao melhor texto que encontrei para definir, em breves 
palavras, a psicologia social. 
 
No decorrer de sua breve história, a Psicologia Social tem se caracterizado 
pela pluralidade e multiplicidade de abordagens teóricas adotadas como referenciais 
Professor Alyson Barros 
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos – Psicologia (VUNESP – 2021) 
Aula 01 
 
 
15 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722010000500005&lng=en&nrm=iso>. access 
on 01 July 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500005. 
 
 
 
O objeto da Psicologia Social. 
 
 Se pararem você na rua e perguntarem “qual o objeto de estudo da psicologia 
social?” O que você diria? 
 Os grupos? As pessoas em suas relações interpessoais? As representações 
sociais? Admitamos, qualquer resposta dada será incompleta. Temos um sério 
problema de identificação do objeto da psicologia social. 
 Sobre isso: 
Sob a luz da constituição histórica da Psicologia Social moderna torna-se 
evidente o fato de que a Psicologia Social é uma disciplina relativamente nova no 
ramo das ciências, e que, por isso, ainda há desafios e barreiras para serem 
repensados na atualidade. No cerne de suas implicações, destaca-se a dificuldade de 
definição do objeto de estudo dos Psicólogos Sociais. 
A dificuldade de definição da psicologia social reside na impressão dos 
seus objetivos. Sendo uma disciplina relativamente recente, não há 
ainda acordo, no campo dos seus cultores, no sentido de delimitar-lhe 
os objetivos nítidos e a extensão de suas aplicações. Enquanto que, 
para uns, a psicologia social se aproxima da psicologia (McDougall), 
para outros, o seu objeto de estudo quase se confunde com o da 
sociologia (Ellwood, Ross). Partindo desses dois pólos, da psicologia, e 
da sociologia, a psicologia social não parece, à primeira vista, ser uma 
ciência autônoma, De um lado, no pólo da psicologia, tudo o que não 
pertence a psicologia fisiológica seria psicologia social: o homem é um 
animal gregário e todas as suas funções psíquicas só se 
compreenderiam no jogo das reações sociais; o comportamento 
humano é, antes de tudo, social, pela sua natureza ou pelo seus fins. De 
outro lado, todos os fatos sociais, tendo o homem como centro, 
reconheceriam uma base psicológica, e toda a sociologia se 
converteria numa psicologia (RAMOS, p. 27, 2003). 
Fonte: Junior, João Paulo Roberti e Justo, Ana Maria. A Psicologia Social Entre 
Rumos E Vertentes. Revista Caminhos, On-line, “Humanidades”, Rio do Sul, a. 4, n. 6, 
p. 21-38, abr./jun. 2013. 
 
 
Professor Alyson Barros 
Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos – Psicologia (VUNESP – 2021) 
Aula 01 
 
 
21 
de suas principais reivindicações ontológicas e epistemológicas, de forma a se efetuar 
posteriormente uma crítica conseqüente. Estas seriam: 
(1) Construtivismo social: É a crença de que ao invés de descobrir uma realidade 
objetiva e independente, o ser humano constrói o conhecimento através de suas 
interações sociais. Como afirma Zuriff (1998), a essência da posição ontológica do 
Construcionismo Social é a proposição de que não há realidade objetiva a ser 
descoberta; seres humanos constróem o conhecimento. Held (1998) acrescenta a isso 
o termo "socialmente". Para o Construcionismo Social nós construímos teorias a 
respeito do funcionamento do mundo ativamente, mas sempre através da interação 
social. 
(2) Anti-realismo: É a crença de que o sujeito do conhecimento constrói esse 
conhecimento através da linguagem e com nada mais que ela, a linguagem se 
constitui na realidade mesma para o sujeito. Não existe realidade além da linguagem 
construída pelo sujeito através de suas interações sociais. E mesmo que ela exista, é 
inacessível. 
Aqui encontramos duas posições ligeiramente diferentes dentro do 
Construcionismo Social, entre as versões ontológicas queHeld (1998) classifica de 
"mais radical" e "menos radical". A versão ontológica "mais radical" desse 
movimento considera que uma vez que o sujeito do conhecimento constrói esse 
conhecimento através da linguagem e com nada além que a linguagem, a linguagem 
se constitui na realidade mesma para o sujeito. Não existe realidade além da 
linguagem construída pelo sujeito através de suas interações sociais. Essas 
manifestações de anti-realismo ontológico estão presentes fundamentalmente nos 
autores deste movimento mais influenciados pelo desconstrucionismo de Jacques 
Derrida, como por exemplo, Richer (1992) ou Shotter (1992). Contrasta com a posição 
"menos radical" de alguns outros autores como Gergen (1985 e 1992) e Polkinghorne 
(1992), que consideram que a teoria construída sobre os objetos do conhecimento 
através da linguagem, intermedeia a relação entre o sujeito e o mundo de forma 
impermeável, de forma que a realidade objetiva, independente do sujeito, pode até 
existir, mas é inacessível. Aqui, não se adere a um anti-realismo ontológico estrito, e 
sim, ao pessimismo epistemológico. 
(3) Pessimismo epistemológico: Se o mundo conhecido é o mundo construído 
socialmente através da linguagem, nós não podemos transcender nossas próprias 
construções e conhecer a realidade diretamente. Para o Construcionismo Social 
(Shotter 1992, Stam, 1990), nossas teorias socialmente construídas não nos 
aproximam de uma melhor descrição de uma realidade objetiva, independente do 
sujeito do conhecimento. 
(4) Anti-fundacionismo: A partir da crença de que os conteúdos do conhecimento são 
meras construções sociais, e nada mais, assim também são nossas normas 
epistêmicas (Gergen, 1989). Nós não temos uma fundação epistemológica segura 
sobre a qual o conhecimento possa ser construído. 
(5) Irregularidade do objeto: A realidade é dinâmica. As regras sociais nunca serão 
causas do comportamento humano; antes, determinarão somente o que irá contar na 
hora de uma ação de certo tipo ser tomada (Harré, 1989). Essa ação, uma resposta a 
alguma questão que se colocou no campo social, nunca será o resultado de um 
Professor Alyson Barros 
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Aula 01 
 
 
23 
(10) Anti-metodologismo: Se não há uma fundação epistêmica segura em cima da 
qual o conhecimento possa ser construído, então o método é classificado como um 
mero truque retórico, que tem por objetivo legitimar certos resultados de pesquisas. 
(11) Pragmatismo: Rejeição do princípio da correspondência como critério de 
verdade, com a adoção da posição de que o que importa numa sentença não é se ela 
corresponde em seu conteúdo semântico ao real, e sim se ela uma vez adotada 
conduz com sucesso as ações humanas para seus propósitos pragmáticos. 
Polkinghorne (1992) acredita que uma característica distintiva entre um pós-
modernismo relativista e um pós-modernismo afirmativo, seria a doutrina do neo-
pragmatismo. Segundo esta última, a ciência deveria deixar de exigir de si mesma a 
busca por leis fundamentais e pelas verdades do universo, e passar a se ver como um 
processo de coleta, organização e distribuição de práticas que tenham produzido 
resultados intencionados. 
 
Crítica epistemológica ao construcionismo social 
Como afirma Matthews (1998), embora a definição e descrição do pensamento 
pós-moderno seja relativamente complicado em virtude de seu formato ambíguo e 
mutante, sua refutação não é. Este item buscará inventariar as posições ontológicas 
e epistemológicas que inviabilizam a atividade científica baseada em pressupostos 
pós-modernos. Começa seguindo pelas características ontológicas e epistemológicas 
do Construcionismo Social analisando-as criticamente, e conclui com a 
demonstração da inviabilidade conceitual e histórica do estabelecimento de uma 
Psicologia pós-moderna. 
(1) Crítica ao Construtivismo Social: A afirmação de que o conhecimento é construído 
socialmente, é óbvia e compartilhada de formas diversas por várias teorias do 
conhecimento. A questão se torna, portanto, que tipo de 'construção social' está 
sendo alegada. No caso do Construcionismo Social, é crença de que ao invés de 
descobrir uma realidade objetiva e independente, o ser humano constrói o 
conhecimento única e exclusivamente através de suas interações sociais, o que é uma 
crença inconsistente e incompatível com a razão e a ciência. Esta afirmação baseia-
se em dois motivos. O primeiro é que, nas ciências empíricas, conhecimento é 
conhecimento de algo que tem sua existência no real, num mundo exterior que 
independe do sujeito do conhecimento. Se o ser humano constrói suas 
representações unicamente através de suas interações sociais sem nenhum contato 
com realidades objetivas que independem, em ao menos algum nível, tanto dele 
quanto destas interações, então estas representações podem ser muitas coisas, mais 
não são conhecimento. 
O segundo motivo é referente à impossibilidade de se atribuir todo o 
desenvolvimento do pensamento humano à suas interações sociais. Para elaborar 
este argumento, recorro a uma crítica à posição de Vygotsky (1984), que foi o mais 
claro e consistente formulador dessa posição a respeito do conhecimento em 
Psicologia. Se todo desenvolvimento fosse resultado de uma aprendizagem que o 
indivíduo obteve através da mediação de um indivíduo mais experiente, da mediação 
social, então não poderíamos explicar aqueles tipos de desenvolvimento que 
acontecem com o aparecimento de idéias novas na história da humanidade. Idéias 
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Aula 01 
 
 
27 
argumento de que o objetivismo é inerentemente autoritário. Maze demonstra a 
vinculação do Construcionismo Social a Derrida e ao desconstrucionismo, vinculação 
por meio da qual o Construcionismo é uma espécie de desconstrucionismo e os 
enganos seguem portanto de um no outro. A metateoria do Construcionismo Social, 
segundo Maze (2001), embora aceite que toda teoria epistemológica coerente deva 
ser auto-reflexiva, nega que qualquer assertiva possa ser verdadeira, assim como 
nega existirem realidades independentes a serem referidas por essas assertivas. No 
entanto, trata dos discursos como tendo existência objetiva e assume que sua própria 
assertiva sobre o discurso é verdadeira. Assim, o Construcionismo Social se contradiz 
em suas premissas básicas. Assumindo o anti-representacionismo do 
desconstrucionismo, o Construcionismo Social chega ao mesmo ceticismo 
desesperado do primeiro. Como afirma Maze (2001), o aforisma desconstrucionista de 
que não existe nada além do texto se revela como a versão idiossincrática de Derrida 
para o idealismo clássico. Diz ele: "o reconhecimento da possibilidade e necessidade 
de objetividade no discurso não é, como alguns construcionistas reclamam, 
autoritário. É sim essencial para uma crítica efetiva do dogma social" (Maze, op.cit., 
p.393). 
Ainda como observa Matthews (1998), cada declaração sincera é uma tentativa 
de dar uma explicação verdadeira sobre algo assumido como real: 
Quando eu declaro que dirigi meu carro para a loja, eu não estou dirigindo nem 
visitando uma representação simbólica ou manifestação simbólica de 'carro' ou 'loja'. 
Eu estou dirigindo um veículo real de 2000 libras através do tempo e do espaço para 
um lugar. (p.24) 
Voltando à questão do realismo ontológico podemos estabelecer a implicação 
necessária entre este e o representacionismo. O coração da questão, é que o realismo 
ontológico é assumido por nossa linguagem, sendo na verdade sua própria essência. 
O ataque ao representacionismo é na verdade o ataque ao realismo ontológico, à 
base da metafísica ocidental. É absolutamente irrelevante o caráter arbitrário da 
relação entre significante e significado. Não interessa se nós chamamos a caneta de 
"caneta", ou mesmo a ciência de "ciência". O que interessa é o conceito abstrato de 
caneta e o conceito abstrato de ciência. O realismo ontológico que sustenta aatividade científica, filosófica e mesmo meramente representacional é baseado na 
existência real dos conceitos abstratos. Sem este pressuposto, nem mesmo o 
entendimento de minhas palavras neste artigo seria possível. 
Fonte: CASTANON, Gustavo Arja. Construcionismo social: uma crítica 
epistemológica. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 12, n. 1, p. 67-81, jun. 2004 
. Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2004000100008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 11 nov. 2019. 
 
 
 
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28 
Características da Psicologia Social 
contemporânea. 
 
 Nesse ponto precisamos definir as escolas de psicologia social no mundo e as 
suas características no Brasil. Para isso, resumi um artigo “A Psicologia Social 
contemporânea: principais tendências e perspectivas nacionais e internacionais” e 
destaquei no próprio artigo os pontos mais importantes. 
 Acompanhe comigo. 
 
A Psicologia Social na América do Norte: Evolução Teórica e Temática 
[...] 
Assim é que, durante algum tempo, na América do Norte, a Psicologia Social 
desenvolveu-se paralelamente no contexto de ambas as disciplinas. Logo, porém, isto 
é, ainda nas primeiras décadas do século XX, a Psicologia Social Psicológica 
estabelece-se como a tendência predominante no cenário norte-americano, em 
especial nos Estados Unidos da América (EUA), sob forte influência do behaviorismo. 
Exemplo marcante de tal enfoque é o livro texto de Psicologia Social publicado 
em 1924, por Floyd Allport, considerado um dos mais famosos psicólogos sociais 
behavioristas da época. Ao defender que a Psicologia Social deveria concentrar-se no 
estudo experimental do indivíduo, na medida em que o grupo constituía-se tão 
somente em mais um estímulo do ambiente social a que esse indivíduo era 
submetido, Allport define os contornos da Psicologia Social Psicológica como uma 
disciplina objetiva, de base experimental e focada no indivíduo (Franzoi, 2007). 
 Os anos de 1920 e 1930 serão dominados pelo estudo das atitudes, da 
influência social interpessoal e da dinâmica de grupos. No que tange às atitudes, a 
investigação concentrou-se no desenvolvimento de diferentes técnicas destinadas a 
mensurar tal constructo tomado como um fenômeno mental (McGarty & Haslam, 
1997). No que se refere à influência social e dinâmica de grupos, merecem destaque 
os experimentos realizados por Muzar Sheriff e Kurt Lewin, psicólogos europeus que 
imigraram para os EUA e receberam fortes influências do gestaltismo. Sheriff (1936) 
estava interessado no processo de formação de normas sociais, tendo chegado à 
conclusão de que os grupos desenvolvem normas que governam os julgamentos dos 
indivíduos que dele fazem parte, bem como dos novos membros que a elas também 
se adaptam, em função das normas grupais existirem à revelia de seus membros 
individuais. 
Lewin e seus colegas (Lewin, Lippitt & White, 1939) dedicaram-se à análise da 
influência dos estilos de liderança e do clima grupal sobre o comportamento dos 
membros do grupo, tendo observado que o estilo de liderança democrático produzia 
normas grupais construtivas e independentes, que levavam à realização de um 
trabalho produtivo, independentemente da presença ou não do líder. Já a liderança 
laissez-faire deixava os membros passivos, enquanto os grupos com liderança 
autocrática tornavam-se agressivos ou apáticos. 
Dois principais temas marcaram as duas décadas subsequentes, que 
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42 
 
 
 
 
Os fenômenos psicossociais na 
psicologia social. 
 
 O que são fenômenos psicossociais? Esse é o tipo de resposta que não aparece 
de forma clara nos manuais de psicologia social. Em tese, e para fins de concursos, 
são todos os fenômenos humanos. O que você deve entender é que esses fenômenos 
são plurais e que existe uma diversidade de formas de compreensão. Em resumo, não 
conseguimos definir quais são e nem os métodos exatos que devem ser usados. Isso 
é um problema? Para fins de concurso e de ciência sim, mas argumenta-se que a 
própria realidade é plural e que necessita de abordagens cada vez mais 
multimetodológicas para termos resultados adequados. 
Em breves termos, o estudo dos fenômenos psicossociais representa tudo o 
que a psicologia estuda, incluindo psicopatologias, à luz do viés social. Esse viés social 
depende também da escola adotada. 
Um bom exemplo de como isso começou é o seguinte: 
Rodrigues (1986) salienta também que foi em 1897 que houve o primeiro 
experimento relativo a fenômenos psicossociais, e que este fora realizado 
por N. Tripplett com o objetivo de comparar o desempenho de meninos 
no exercício de uma atividade nas condições de isolamento ou junto com 
outros. Conforme Moura (1993) percebeu-se que a velocidade de um 
corredor era 20% maior quando na presença de outros, chegando-se à 
conclusão de que a situação em grupo produzia mais ambições do que 
em isolamento na realização de tarefas. 
Júnior e Justo. Revista Caminhos, On-line, “Humanidades”, Rio do Sul, 
a. 4, n. 6, p. 21-38, abr./jun. 2013 
 
 A seguir, apresento um trecho de artigo que tangencia alguns dos fenômenos 
psicossociais. 
 
Cognição social 
Segundo Carlston (2010), a cognição social pode ser vista atualmente como 
uma subárea da Psicologia, responsável por integrar uma série de micro-teorias que, 
ao longo do tempo, foram se desenvolvendo no contexto da Psicologia Social para 
explicar os modos pelos quais as pessoas pensam sobre si mesmas e sobre as coisas, 
formam impressões acerca de outras pessoas ou grupos sociais e explicam 
comportamentos e eventos. Apoiada no modelo de processamento de informação 
(que considera a atenção e percepção, a memória e o julgamento como diferentes 
etapas do processamento cognitivo), a cognição social dedica-se, assim, a estudar o 
conteúdo das representações mentais e os mecanismos que se encontram 
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45 
responsável pela integração de informações e avaliação de outros indivíduos, ou seja, 
pelas formas com que o percebedor interpreta os indivíduos que o rodeiam. Os 
achados empíricos mais recentes nesse campo de estudos têm demonstrado que as 
pessoas costumam realizar inferências iniciais (formação e percepção de pessoa) 
baseadas em estereótipos, o que significa dizer que essas categorias sociais são 
ativadas de modo automático ou inconsciente, tão logo o percebedor identifica um 
determinado indivíduo como pertencente a certo grupo social. Posteriormente, 
dependendo de sua motivação e habilidade, poderá corrigir essa impressão inicial, 
com base em informações mais individualizadas e que se mostrem congruentes ou 
incongruentes com seus estereótipos (Quinn & cols., 2003). 
Em síntese, a investigação atual na área da cognição social evoluiu 
progressivamente, de modo a incluir temas não abordados inicialmente, como a 
automaticidade dos processos sociocognitivos, os afetos e a motivação. Tais avanços 
contribuíram sobremaneira para ampliar o escopo da teorização e pesquisa nesse 
campo de estudos, além de alargarem a compreensão da ampla gama de fenômenos 
responsáveis pela atuação do indivíduo em seu contexto social. 
Fonte: FERREIRA, Maria Cristina. A Psicologia Social contemporânea: principais 
tendências e perspectivas nacionais e internacionais. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília 
, v. 26, n. spe, p. 51-64, 2010 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722010000500005&lng=en&nrm=iso>. access 
on 01 July 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722010000500005. 
 
 
Sobre a atuação psicossocial 
 
 Segundo Ploner et al.: 
Podemos dizer que, hoje, temos uma gama significativa de práticas 
psicossociais em comunidade, indicando uma grande variedade de atuações, 
trabalhos e perspectivasepistemológicas (Gohn, 1987; Landim, 1998; Montero, 
1994a; Freitas, 2000b). Tratam-se de práticas de intervenção ou atuação 
psicológica/psicossocial com características distintivas: 
a. Dirigem-se aos mais diversos segmentos da população (como 
bairros; cortiços; favelas; mangues; alagados; diferentes grupos populares, 
civis, religiosos; diversos movimentos populares; segmentos ou setores de 
entidades civis, profissionais, comunitárias; comissões e/ou fóruns em 
educação, saúde, direitos humanos; entre outros); 
 
b. Localizam o objeto de investigação e/ou ação dentro de um 
enquadre teórico diversificado (indo do individual, passando pelo familiar, por 
pequenos grupos, até organizações e movimentos comunitários e/ou 
populares de dimensões maiores); 
 
c. Selecionam algum tema como central e prioritário em suas 
proposições (provenientes da área da saúde, educação, trabalho; relações 
comunitárias e organizativas; direitos humanos, violência e cidadania; 
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46 
formação profissional; qualidade de vida; relações de exclusão e inclusão 
social; emprego, desemprego e falta de perspectiva de vida, entre outros), 
 
d. Empregam aportes teórico-metodológicos diferentes e, em 
algumas ocasiões, antagônicos entre si (podem se distribuir em um continuun 
em que em um dos pólos há a adoção de referenciais mais objetivistas, 
quantitativos e supostamente imparciais, e no outro extremo há, somente, a 
adoção de perspectivas analíticas qualitativas e participativas, excluindo 
qualquer tipo de recurso e/ou material quantitativo); 
 
e. Estabelecem um tipo de relação de conhecimento entre o 
profissional e a comunidade que imprime rumos para o trabalho desenvolvido 
(o foco da decisão recai em um dos pólos da relação ou na síntese de ambos). 

 
 Assim, hoje, talvez fosse mais adequado nos referirmos a esse tipo de 

prática no plural, uma vez que há várias psicologias (sociais) comunitárias, e não 
apenas uma, e muito menos consensuais entre si, para não dizermos tendo 
concepções de homem e de sociedade, muitas vezes, díspares e antagônicas entre 
si. 
Fonte: PLONER, KS., et al., org. Ética e paradigmas na psicologia social [online]. Rio de 
Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008. 313 p. ISBN: 978-85-99662-85-4. 
Available from SciELO Books <http://books.scielo.org> 
 
 
 
Teoria das representações sociais. 
 
A Teoria das Representações Sociais é uma teoria sobre a produção dos 
saberes sociais. Foi criada por Moscovici e aprofundada por Jodlet. A teoria está 
especialmente dirigida aos saberes que se produzem no cotidiano, e que pertencem 
ao mundo vivido. Busca entender a sua criação, formação, manutenção e alteração. 
Em breves palavras, estuda como construímos a realidade. 
Essa abordagem não busca criar uma perspectiva única e absoluta de 
construção de realidade, mas uma perspectiva ampla para entender os mais diversos 
fenômenos e objetos do mundo social. 
 Para entendermos bem essa teoria, vamos visitar dois trechos de artigos que 
tratam dos fundamentos e do surgimento histórico. Dificilmente haverá alguma 
informação possível de ser cobrada em concurso além das que serão expostas aqui. 
 Segundo Arruda: 
A partir dos anos 60, com o aumento do interesse pelos fenômenos do domínio 
do simbólico, vemos florescer a preocupação com explicações para eles, as quais 
recorrem às noções de consciência e de imaginário. As noções de repre- sentação e 
memória social também fazem parte dessas tentativas de explicação e irão receber 
mais atenção a partir dos anos 80. Como vários outros conceitos que surgem numa 
área e ganham uma teoria em outra, embora oriundos da sociologia de Durkheim, é 
na psicologia social que a representação social ganha uma teorização, desenvolvida 
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48 
 
O que Moscovici avança, com esta sistematização, é uma reabilitação do senso 
comum, do saber popular, do conhecimento do cotidiano, o conhecimento “pré-
teórico” de que falam Berger e Luckmann (1978). Se antes este saber era considerado 
confuso, inconsistente, equivocado (opinião sobre a qual tanto o iluminismo quanto 
o marxismo vão coincidir, acreditando que a superação do erro e da ignorância se 
dava pela via do pensamento científico). Moscovici e Markova questionam a 
racionalidade científica e insurgem-se contra a idéia de que as pessoas comuns, na 
vida diária, pensam irracionalmente, ao afirmarem que: 
Na verdade, pode-se dizer que são os intelectuais que não pensam 
racionalmente, já que produziram teorias como o racismo e o nazismo. Acreditem: a 
primeira violência anti-semita ocorreu nas universidades, não nas ruas. (1998, p.375) 
Fonte: Arruda, Angela. Teoria das Representações Sociais e Teorias de Gênero. 
Cadernos de Pesquisa, n. 117, nº 17. P. 127-147, novembro de 2002. 
 
 Agora vamos entender o que é a Teoria das Representações Sociais de 
verdade. A seguir apresento parte do artigo mais objetivo e substancioso, 
provavelmente, de toda a psicologia social. É tão raro disso acontecer que devo 
exaltar esse feito. Vejam se estou correto ou não. 
 Prepare o marcador de textos! 
Para tratar do conceito de RS, é preciso compreender a passagem do século 
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50 
comum’ (MINAYO, 1995). 
Minayo (1995) mostra ainda uma terceira corrente na interpretação do papel 
das Representações Sociais, a marxista. Aponta, na obra A Ideologia Alemã, a 
categoria chave em Marx para tratar das representações, a consciência. Para Marx, as 
representações, as ideias e os pensamentos são os conteúdos da consciência que, por 
sua vez, são determinadas pela base material. 
Para Jovchelovitch (1998), Moscovici emprestou de Durkheim o conceito de 
Representações Coletivas e o mudou para Representações Sociais. De Freud, 
Moscovici tomou a ideia de que os processos inconscientes determinam à produção 
dos saberes sociais. Um dos textos decisivos para Moscovici foi Teoria Sexual Infantil. 
Este estudo de Freud mostra como a criança quer saber e como o desejo de saber se 
intercala com o jogo entre os que querem e os que detêm o saber. Isso leva a criança 
a construir teorias que se erguem na base das relações entre o universo infantil e o 
universo adulto. Freud mostrou como o peso da transmissão cultural com aquilo que 
ela prescreve, permite ou interdita o conhecimento. 
 
Conceitos e uso da Teoria das RS 
Guareschi (1996, p. 18) apresenta os elementos ligados ao conceito de 
Representação Social: 
1) é um conceito dinâmico e explicativo, tanto da realidade social, 
como física e cultural, possui uma dimensão histórica e 
transformadora; 
2) reúnem aspectos culturais, cognitivo e valorativo, isto é, ideológicos; 
3) estão presentes nos meios e nas mentes, isto é, ele se constitui numa 
realidade presente nos objetos e nos sujeitos; é um conceito relacional, 
e por isso mesmo social. 
O ato de representar não é um processo simples. Além da imagem, ele carrega 
sempre um sentido simbólico. Conforme Jodelet (2001, p. 27), há 
quatro características fundamentais no ato de representar: 
- a representação social é sempre representação de alguma coisa 
(objeto) e de alguém (sujeito); 
- a representação social tem com seu objeto uma relação de 
simbolização (substituindo-o) e de interpretação (conferindo-lhe 
significações); 
- a representação será apresentada como uma forma de saber: de 
modelização do objeto diretamente legível em diversos suportes 
linguísticos, comportamentais ou materiais - ela é uma forma de 
conhecimento; 
- qualificar esse saber de prático se refere à experiência a partir da qual 
ele é produzido, aos contextos e condições em que ele o é e, sobretudo, 
ao fato de que a representação serve para agir sobre o mundo e o outro. 
Nesse caminho apontado por Jodelet(2001), a teoria das RS vai tratar da 
produção dos saberes sociais, centrando-se na análise da construção e 
transformação do conhecimento social. Saber aqui se refere a qualquer saber 
produzido no cotidiano e que pertence ao mundo social (JOVCHELOVITCH, 1998). 
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54 
podem ser observados dois usos distintos de avaliação das RS, que dependem do 
interesse explicativo e do procedimento de avaliação do pesquisador. Temos: 
a) Nível individual - a representação resultante será uma representação 
prototípica individualmente distribuída de elementos comuns. Esses 
elementos prototípicos de uma representação são frequentemente 
denominados núcleo central. 
b) Nível Coletivo – as representações de um único e mesmo objeto 
social estão presentes em vários estados de elaboração em diferentes 
subgrupos e incluem aspectos diferenciados do objeto que variam na 
relevância que tem para cada subgrupo. 
A representação global resultante é a representação coletiva completa com 
elementos que não são comuns a todos os grupos, mas que são típicos ou relevantes 
para um ou outro grupo social. 
Há quatro dimensões metodológicas na pesquisa social, conforme Bauer e 
Gaskell (2002). Estes assumem que o processo de pesquisa pode combinar elementos 
ao longo das dimensões que seguem abaixo: 
1. ‘os princípios do delineamento da pesquisa’, os quais incluem os 
estudos de caso, estudos comparativos, levantamentos com 
amostragem, experimentos, observação participante e etnografia; 
2. ‘a obtenção de dados’, nível em que se consideram a entrevista 
individual, o questionário, os grupos focais, filmes, vídeos, observação 
sistemática, coleta de documentos e gravação de sons; 
3. ‘a análise de dados’, que se subdivide em análise formal e informal. 
A formal envolve os modelos estatísticos e as análises estruturais. A 
informal envolve análise de conteúdo, a indexação, a análise 
semiótica, a análise da retórica e a análise do discurso; 
4. ‘o interesse do conhecimento’, que se refere às tradições dos 
cientistas que podem ser identificadas em três categorias: controle e 
predição, construção de consenso e emancipação e poder 
(empowerment). 
Na pesquisa em Representação Social, Spink (1995a) e Souza Filho (1995) 
apresentam alguns aspectos relativos às metodologias comumente empregadas em 
estudos de RS: 
 
1 - Observação – Souza Filho (1995) afirma que o método de observação 
sistemática serve de pré-requisito para qualquer passo à frente no campo, é mais 
adotado pela maioria de estudiosos no mundo. Para Spink (1995a), a observação tem 
papel proeminente no estudo das representações sociais, dado que nos liberta da 
quantificação e da experimentação prematura com a consequente fragmentação do 
fenômeno estudado. A observação – estimulada pela teoria e armada de métodos 
analíticos e sutis – que nos dará os meios de entender a gênese e a estrutura das 
representações sociais in situ. Segundo Moscovici (2004), o estudo das 
representações sociais requer que nos retornemos aos métodos de observação. 
 
2 - Coleta de dados – Souza Filho (1995) afirma que nessa fase, a compreensão 
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80 
latino-americanos e os EUA em meados do século passado. Enquanto nós estávamos 
envoltos em ditaduras e no começo de organizações sociais, eles estavam 
aprimorando o neoliberalismo e exportando seu modo de vida. 
Nos dois casos temos pressupostos comuns: o Empowerment, a criação de 
identidade e a compreensão do próprio momento histórico. Sobre este primeiro é 
válido salientar: 
Empowerment seria um processo através do qual as pessoas, organizações e 
comunidades tornam-se conscientes e proprietárias de suas próprias vidas, isto a 
partir tanto do controle pessoal, como da influência social. Rappaport (1981, 1987) 
sugere que este processo se dá, tanto por uma determinação individual da autonomia 
com a própria vida, como por uma participação democrática na vida da comunidade. 
Neste sentido, articulado como um conceito capaz de uma compreensão da relação 
do indivíduo com o mundo social, o Empowerment define como níveis de atuação e 
entendimento, os níveis individual, grupal e comunitário. 
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n1/a21v15n1.pdf 
 
É válido repisar que existem dois pontos que fundamentam o surgimento da 
Psicologia Comunitária na América Latina. O primeiro é a oposição a Psicologia 
Social, que imitava predominantemente a abordagem experimentalista norte-
americana. O segundo é a o desenvolvimento de movimentos que teriam se 
organizado como resposta à histórica frustração dos cidadãos que sofriam de falta de 
atenção e interesse da parte de agências governamentais responsáveis pela solução 
de seus problemas e de organizações políticas que procuravam representá-los junto 
aos grupos locais detentores de poder (Arendt, 1997). 
Para ficar mais fácil de você lembrar na hora da prova, fiz uma tabela com 
diferenças e semelhanças: 
 Psicologia Comunitária 
Norte Americana 
Psicologia Comunitária Latino-
Americana 
Semelhanças Trabalham com a identidade política, empowerment, contexto 
histórico, compreensão das forças sociais e políticas que afetam o 
processo de escolha. Nesses modelos está presente o 
reconhecimento da capacidade do individuo e da própria 
comunidade de serem responsáveis e competentes na construção 
de suas vidas, bastando para isso a existência de certos processos 
de facilitação social baseados na ação local e na conscientização. 
Diferenças - Tendência Individualista 
- Perspectiva neoliberal 
- Contraposição à Clínica e 
ao modelo biomédico 
- Foco no 
desenvolvimento humano 
- Tendência coletivista/grupos 
- Perspectiva comunitarista 
- Contraposição ao modelo de 
Psicologia Social e ao modelo 
comunitário americano. 
- Foco na mudança Social. 
 
Um bom artigo que sugiro caso sinta a necessidade de aprofundar mais seus 
conhecimentos é o http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n1/a21v15n1.pdf. 
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81 
 Falamos sobre a história da psicologia Comunitária e suas tretas com s 
Psicologia Social. 
 E agora? Agora, a cereja do bolo, o trabalho junto ao campo da saúde mental: 
Saúde mental, no modelo de atenção psicossocial, é considerada uma área 
que se insere na ideia de complexidade, de simultaneidade, de transversalidade de 
saberes, de "construcionismo" e de "reflexividade". Assim, a área da saúde mental 
constitui uma complexa rede de saberes que envolve a psiquiatria, a neurologia e as 
neurociências, a psicologia, a psicanálise, a filosofia, a fisiologia, a antropologia, a 
sociologia, a história e a geografia (Amarante, 2011). 
A transição paradigmática na saúde mental acompanha a transformação na 
saúde pública, na medida em que supera o modelo asilar biomédico que é centrado 
na doença e no qual o médico é a figura de poder, detentor máximo da verdade, 
neutralidade e distanciamento de seu "objeto de cuidado". 
Da mesma maneira, no cenário internacional, Mezzina (2005) aponta a 
mudança paradigmática na saúde mental como uma "ruptura revolucionária", que 
vai do modelo médico-biológico para um olhar ampliado, que inclui aspectos 
psicossociais do sujeito a ser cuidado. Propõe-se a ruptura com as instituições totais 
e a organização de serviços humanos, inseridos nas comunidades, que consideram o 
paciente como sujeito e não como objeto. 
Segundo Costa-Rosa (2000), o paradigma psicossocial se pauta em quatro 
parâmetros fundamentais: 
- implicação subjetiva do usuário, pressupondo a superação do modo 
de relação sujeito-objeto, característico do modelo biomédico e das 
disciplinas especializadas que se pautam pelas ciências positivistas; 
- horizontalização das relações intrainstitucionais, tanto entre as 
esferas do poder decisório, de origem política, e as esferasdo poder de 
coordenação, de natureza mais operativa, como também das relações 
especificamente interprofissionais; 
- integralidade das ações no território que preconiza o posicionamento 
da instituição como espaço de interlocução, como instância de 
"suposto saber" e, ao fazer dela um espaço de intensa porosidade em 
relação ao território, praticamente subverte a própria natureza da 
instituição como dispositivo. A natureza da instituição como 
organização fica modificada e o local de execução de suas práticas se 
desloca do antigo interior da instituição para tomar o próprio território 
como referência; 
- superação da ética da adaptação, ao propor suas ações na perspectiva 
de uma ética de duplo eixo que considera, por um lado, a relação 
sujeito-desejo e, por outro, a dimensão carecimento-ideais, firmando a 
meta da produção de subjetividade singularizada, tanto nas relações 
imediatas com o usuário propriamente dito quanto nas relações com 
toda a população do território (Costa-Rosa, 2000). 
Assim, o paradigma psicossocial situa a saúde mental no campo da saúde 
coletiva, compreendendo o processo saúde-doença como resultante de processos 
biopsicossociais complexos, que demandam uma abordagem interdisciplinar e 
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82 
intersetorial, com ações inseridas em uma diversidade de dispositivos comunitários e 
territorializados de atenção e de cuidado (Yasui & Costa-Rosa, 2008). 
No nível das práticas, isso implica na mudança de concepções sobre o que é 
tratar/cuidar, partindo da busca de controlar sintomas e comportamentos, da 
fragmentação do paciente e da distância entre este e o profissional, chegando à busca 
de compreensão do sofrimento da pessoa e suas necessidades concretas, incluindo 
as psicológicas e altamente subjetivas, colocando a pessoa como centro, sendo vista 
e considerada em suas dimensões biopsicossociais, baseando-se no princípio da 
singularização, ou seja, no reconhecimento e consideração de sua história, de suas 
condições de vida e de sua subjetividade únicas no momento assistencial (Costa, 
2004).Nessa direção, para que a transição paradigmática proposta se efetive de fato, 
faz-se necessária a participação de diversos atores sociais, e um dos atores 
fundamentais nesse processo é o profissional de saúde mental, que está na "linha de 
frente" do cotidiano assistencial. 
 
Psicologia e práticas psicossociais 
Na área da psicologia, diversos estudos apontam que as práticas do psicólogo 
nos serviços de atenção psicossocial se inserem em um movimento de superação do 
modelo clínico tradicional e de produção de estratégias inovadoras que se afinem 
com os pressupostos do paradigma psicossocial (Dimenstein, 2000, 2006; Dimenstein 
& Macedo, 2012; Ferreira Neto, 2008; Oliveira, 2014; Yamamoto, 2012, Yasui, 2010). 
Na mesma direção, o Conselho Federal de Psicologia lançou o documento 
"Referências Técnicas para Atuação de Psicóloga(os) no CAPS - Centro de Atenção 
Psicossocial" (Conselho Federal de Psicologia, 2013), apresentando os resultados e a 
discussão dos dados de uma pesquisa realizada com psicólogos trabalhadores de 
CAPS de todo o País. 
A pesquisa constata que a as práticas psicológicas desenvolvidas nos CAPS 
distanciam-se do fazer clínico tradicional, visando a promover uma elaboração 
subjetiva e reabilitação no processo de construção da autonomia e da capacidade de 
cada usuário. Por isso, agrega à psicoterapia e ao medicamento a potência de outros 
recursos e intervenções, não desconsiderando os recursos tradicionais, mas incluindo 
outras estratégias como oficinas, assembleias, mediação das relações entre os 
sujeitos, seus familiares e os recursos de seu território. Nessas novas estratégias em 
desenvolvimento no CAPS, as referências e redes dos sujeitos têm tanto valor quanto 
os recursos da ciência e da técnica. Afinando-se com as ideias do paradigma 
psicossocial, o cuidado passa pela construção com os usuários de condições de 
liberdade e capacidade de se inserir na cidade, de fazer caber a diferença sempre 
singular, no universal da cidadania e do protagonismo social (Conselho Federal de 
Psicologia, 2013). 
Fonte: OLIVEIRA, Thaís Thomé Seni S. e; CALDANA, Regina Helena Lima. Práticas 
psicossociais em psicologia: um convite para o trabalho em rede. Pesqui. prát. 
psicossociais, São João del-Rei , v. 9, n. 2, p. 184-192, dez. 2014 . Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
89082014000200004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 31 dez. 2018. 
 
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83 
 
A psicologia Comunitária no Brasil 
 
 Sobre o surgimento da Psicologia Comunitária no Brasil, temos: 
O debate acerca da inserção dos psicólogos em espaços de atuação 
diferenciados dos tradicionais – entre estes, a clínica psicológica, por exemplo – não 
é novo. Segundo Yamamoto (2007), tal discussão existe desde a década de 70, em 
estudos que tanto apresentavam a saturação do mercado no que diz respeito ao 
modelo do profissional liberal como traziam questionamentos acerca das limitações 
teórico-metodológicas da Psicologia para a atuação em um contexto de intensas 
desigualdades sociais, como era o do Brasil e o da América Latina de um modo geral. 
Tal debate, que traz como um dos seus pontos nodais a crítica ao elitismo da 
Psicologia, coincide com o desenvolvimento da Psicologia comunitária no Brasil. Esta 
se edifica a partir do movimento de uma série de psicólogos que criticavam o viés 
positivista da Psicologia social até então hegemônica, buscando construir 
propostas de transformação social (Lane, 2003) a partir de maior aproximação 
do psicólogo com as dinâmicas do cotidiano da maioria da população. 
Paralelamente ao desenvolvimento da Psicologia comunitária, observam- se 
contínuas mudanças nos cenários das políticas públicas brasileiras, e, no bojo dessas 
novas configurações, um crescimento das possibilidades de atuação do psicólogo no 
“campo público do bem-estar social” (Yamamoto, 2007). Atualmente, a área da 
assistência social constitui um dos maiores emblemas desse fato, dadas as suas 
recentes conformações legais e a conseqüente existência de espaços destinados a 
psicólogos, por exemplo, nas equipes dos Centros de Referência da Assistência Social 
(CRAS) - unidades públicas estatais responsáveis, desde 2004, pela execução dos 
programas, projetos e serviços da Proteção Social Básica (PSB). 
Em meio à muldimensionalidade de questões que envolvem a Proteção Social 
Básica e também a pluralidade da Psicologia, este artigo objetiva traçar diálogos 
teóricometodológicos entre a práxis de Psicologia comunitária e a proposta de 
Proteção Social Básica relativa ao desenvolvimento de vínculos sociais no território 
onde vivem as famílias assistidas. 
De antemão, importa registrar que, como são entendidos nessa perspectiva, 
percursos dialógicos não são lineares e necessariamente harmônicos, senão que 
admitem que uma heterogeneidade de partícipes ora convirja, ora divirja, oscilando 
entre momentos de maior e de menor conflitualidade na tentativa de fazer com que 
construções coletivas se estabeleçam. Por isso, os diálogos aqui esboçados serão 
compostos de pontos a partir dos quais a Psicologia comunitária e a Proteção Social 
Básica se aproximam e de apontamentos sobre as possíveis limitações dessa 
aproximação. Para tanto, tem-se uma apresentação dos contornos da assistência 
social, detendo-se nas propostas concernentes à Proteção Social Básica. Em seguida, 
apontam-se as possibilidades de contribuições da Psicologia comunitária para a 
leitura e a efetivação de propostas de desenvolvimento de trabalhos grupais que 
primem pelo “fortalecimento da convivência familiar e comunitária” (Brasil, 2005a, p. 
33). Por fim, são explicitados os possíveis pontos de tensão que se interpõem entre a 
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85 
Conceituamos comunidade como dimensão espaço/temporal na qual os 
sujeitos são compreendidos com foco em suas relações, sendo constituídos por meio 
destas, em uma constante dialética entre individual e coletivo. A comunidade se 
expressa como espaço de construção de cidadania, no qual todas as falas são 
legítimas (Freitas, 2000; Guareschi, 2003). Esse conceito, que pode parecer utópico, é 
tomado nessa perspectiva para que marque o desafio de atuarmos focando as 
relações entre indivíduos, e entre estes e a sociedade, em uma busca de valorização 
das relações comunitárias que visem o bem comum (Ricci, 2003). 
Nos últimos quinze anos temos trabalhado na sistematização de metodologias 
de intervenção clínica em contexto comunitário (Costa, 1998; Costa 1998 a; Costa, 
1998/1999; Costa, 1999; Costa, 2003; Brandão, 2001; Brandão e Costa, 2003), que 
buscam descrever ações com famílias, visando intervir em seu sofrimento, e que são 
complementares em seus paradigmas clínicos com expressão no ambiente sócio-
comunitário. Entendemos que o sistema familiar propicia o âmbito dessa experiência 
porque oferece conflitos de natureza pessoal (a baixa auto-estima da mãe, por 
exemplo), conflitos de natureza relacional (violência na interação conjugal), bem 
como conflitos entre os membros da família que estão vinculados à geração de renda 
local (adolescentes ingressando no narcotráfico). 
Guareschi (2004) aponta como primordial a reflexão sobre o conceito de 
relação, colocando-o como "o conceito central" da Psicologia Social (p. 60), e 
enfatizando que estamos em relação, e que o grupo é a existência ou não de relações. 
Esse mesmo ponto focal é também a proposta epistemológica de Vasconcellos (2002). 
Essa autora, uma psicóloga com grande produção nacional e reconhecimento 
internacional, tem inspirado a discussão, no contexto dos terapeutas familiares, 
sobre o que se trata uma abordagem relacional. Sua proposta compreende uma 
perspectiva sistêmica que se configura numa visão do sujeito na relação com o outro, 
na sua condição inerente de complexidade, no reconhecimento da presença da 
subjetividade/individualidade nas relações. Essa perspectiva é de contextualização, a 
partir de causalidades recursivas, da instabilidade dos sistemas e da inclusão do 
observador na observação e na construção do conhecimento. 
Em uma perspectiva da Psicologia Sócio-histórica e da Psicologia Social 
Comunitária, as relações são analisadas na forma como se dão entre indivíduos e/ou 
entre indivíduos e instituições. A dimensão do poder tem relevância central na análise 
das relações. Elas podem ser configuradas como relações de dominação, quando há 
a assimetria de poder ou como relações comunitárias, que ocorre quando há 
igualdade de direitos e deveres (Guareschi, 2000). 
São dois enfoques diferentes para pensar relação, porém complementares, 
que podem ser contemplados nas questões que emergem no contexto comunitário, 
possibilitando ampliar a compreensão dos fenômenos abordados, produzindo uma 
intervenção mais complexa que integre a dimensão individual e social. 
 
RELAÇÃO INDIVÍDUO E SOCIEDADE: SUA IMPLICAÇÃO PARA PENSAR O 
SOFRIMENTO 
Uma intervenção comunitária, em alguma medida se dá quando há 
sofrimento, do indivíduo, de um grupo e/ou de uma comunidade. Intervir nesse 
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3. IBFC - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO) - 2017 
As transgressões dos preceitos descritos no atual Código de Ética do Psicólogo 
constituem infração disciplinar, e são previstas na legislação vigente a aplicação de 
sanções e ou penalidades em casos de comprovação de tais transgressões. Assinale a 
alternativa que não corresponde a uma penalidade descrita no atual Código de Ética 
do Psicólogo diante de uma infração disciplinar cometida pelo profissional. 
A Cassação do exercício profissional 
B Multa 
C Censura pública 
D Suspensão do exercício profissional por até um ano 
E Advertência 
Gabarito: D 
 
4. IBFC - SSA-HMDCC - Psicologia Hospitalar – 2015 
O Código de Ética Profissional do Psicólogo (Resolução CFP nº 010/2005) estabelece 
o que é proibido aos psicólogos. Todas as alternativas mostram essas proibições, 
EXCETO: 
A Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão; 
B Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de 
orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas 
funções profissionais; 
C Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e 
apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e 
técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na 
legislação profissional; 
D Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas 
como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência; 
 
5. IBFC - HEMOMINAS - Psicólogo Clínico – 2013 
O atual Código de Ética do Psicólogo, o terceiro da categoria em vigor desde agosto 
de 2005, auxilia o profissional a estabelecer uma relação de sua profissão com a 
sociedade, bem como com seus pares. Tal código pautou-se pelo princípio geral de se 
tornar: 
A Um instrumento de reflexão para nortear a prática do profissional psicólogo. 
B Um conjunto fixo de normas que devem ser seguidas pelo profissional para que 
possa efetuar seu trabalho de maneira adequada. 
C Uma ferramenta que indica como o profissional deve proceder em cada situação 
peculiar a cada área de atuação. 
D Um instrumento capaz apenas de julgar as ações do profissional quando não age 
de acordo com a ética, cabendo às resoluções do Conselho federal de Psicologia o 
papel de estabelecer os princípios fundamentais e as responsabilidades do psicólogo. 
 
6. IBFC - EBSERH - Psicólogo - Área Hospitalar (HUGG-UNIRIO) – 2017 
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Em relação à intervenção de um profissional psicólogo na prestação de serviços 
psicológicos que estejam sendo efetuados por outro profissional, analise as 
afirmações abaixo e assinale a alternativa correta. 
I. A intervenção pode acontecer em caso de emergência ou risco ao beneficiário ou 
usuário do serviço, quando o profissional que realizou o atendimento dará imediata 
ciência ao profissional responsável pelo caso. 
II. Um psicólogo nunca poderá intervir na prestação de serviços psicológicos que 
estejam sendo efetuados por outro profissional. 
III. A intervenção pode acontecer quando informado, expressamente, por qualquer 
uma das partes, da interrupção voluntária e definitiva do serviço. Assinale a 
alternativa correta: 
A Somente I está correta 
B Somente II está correta 
C Somente I e III estão corretas 
D Todas estão corretas 
E Todas estão incorretas 
 
7. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar - 2013 
O atual Código de Ética do Psicólogo está dividido em três grandes partes, sendo elas: 
Princípios Fundamentais, Das Responsabilidades do Psicólogo, e Disposições Gerais. 
Nas disposições gerais estão caracterizadas como serão aplicadas as penalidades no 
caso de transgressões dos preceitos éticos deste Código, e as penalidades que podem 
ser aplicadas. Assinale a alternativa que não se caracteriza como uma penalidade a 
uma infração disciplinar: 
A Censura pública. 
B Multa. 
C Prestação de serviços comunitários. 
D Advertência. 
 
8. IBFC - SEPLAG-MG – Psicologia - 2013 
Ainda o Código de Ética do Psicólogo, orienta os cuidados e atenção do profissional 
quando fizer uso de instrumentos de avaliação psicológica, tais como: 
A Testes, desenhos, relatos, devem ficar em pasta de acesso exclusivo do psicólogo. 
B Deve ir para registro no prontuário somente o resultado final da avaliação. 
C Tanto a análise comoa interpretação que o profissional fez como resultado da 
aplicação dos instrumentos, devem ser registrados no prontuário. 
D Resultado, análise e interpretação, obtidos através de instrumentos de avaliação 
psicológica, não devem ser objeto de registros no prontuário do paciente, mas em 
arquivo pessoal do psicólogo. 
 
9. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2013 
Em 2012 comemorou-se os 50 anos da regulamentação da Profissão de Psicólogo no 
Brasil. Após sua regulamentação em 1962, a Psicologia necessitou de um Código de 
Ética a fim de reger a atuação do profissional. Após alterações realizadas nestes 50 
anos, o atual Código de Ética do Psicólogo: 
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96 
I. é o terceiro da profissão de psicólogo no Brasil. 
II. é o segundo elaborado, com alterações após o primeiro criado em 1967. 
III. é o quarto código elaborado pela classe. 
x. foi elaborado e entrou em vigor em 1987. 
y. entrou em vigor em agosto de 2005. 
z. entrou em vigor a partir de 2003. 
i. tem como missão primordial normatizar a natureza técnica do 
trabalho. 
ii. pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se de um instrumento 
de reflexão. 
iii. trata-se de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo. 
Assinale a alternativa que indique a opção correta de cada um dos três conjuntos de 
afirmações: 
A I; y; ii. 
B I; x; iii. 
C III; y; i. 
D II; z; ii. 
 
10. IBFC - SES-PR – Psicólogo – 2016 
Toda profissão define-se a partir de um corpo de práticas que busca atender 
demandas sociais, norteado por elevados padrões técnicos e pela existência de 
normas éticas que garantam a adequada relação de cada profissional com seus pares 
e com a sociedade como um todo. Dessa forma, a profissão de psicólogo no Brasil 
conta com um Código de Ética, cuja última versão não condiz com a alternativa: 
A O Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se de um conjunto 
de normas a serem seguidas pelo psicólogo nos seus diferentes contextos de atuação. 
B O Código valoriza os princípios fundamentais como grandes eixos que devem 
orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades 
profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas 
demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional. 
C A missão primordial do Código é a de assegurar, dentro de valores relevantes para 
a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o 
reconhecimento social da categoria. 
D A formulação do Código de Ética, o terceiro da profissão no Brasil, respondeu ao 
contexto organizativo dos psicólogos, ao momento do país e ao estágio de 
desenvolvimento da Psicologia enquanto campo científico e profissional. 
 
11. IBFC - EBSERH - Psicólogo Hospitalar – 2013 
O Artigo nono do Código de Ética do Psicólogo afirma que “É dever do psicólogo 
respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a 
intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício 
profissional”. Com relação ao sigilo profissional previsto no Código de Ética do 
Psicólogo em vigor, julgue as afirmações abaixo como verdadeira (V) ou falsa (F): 
( ) O psicólogo poderá decidir pela quebra de sigilo em situações específicas. 
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97 
( ) O psicólogo não deverá fazer nenhum tipo de registro que envolva informação 
acerca das pessoas atendidas nos documentos compartilhados por uma equipe 
multiprofissional. 
( ) No atendimento a crianças, deve ser compartilhado com os pais ou responsáveis 
todas as informações e dados produzidos durante os atendimentos. 
A sequência correta, de cima para baixo das afirmações é: 
A F; F; V. 
B F; F; F. 
C V; V; F. 
D V; F; F. 
 
12. IBFC - SEPLAG-MG – Psicologia – 2013 
Em conformidade com o art. 6º, do Código de Ética Profissional dos Psicólogos - as 
questões relativas ao sigilo profissional mostram-se relevantes quando da inserção 
deste profissional numa equipe multidisciplinar. O psicólogo pode compartilhar, 
segundo o código, somente informações relevantes que qualificam o serviço 
prestado, resguardando o caráter confidencial das comunicações, assinalando a 
responsabilidade de quem as recebeu de preservar o sigilo, e aponta a definição sobre 
o termo confidencialidade como: 
A Confidencialidade deve ser entendida como o resguardo das informações dadas em 
confiança pelo cliente e a proteção contra a revelação não autorizada. 
B Confidencialidade deve ser entendida como a limitação de acesso a informações de 
uma dada pessoa, ao acesso à sua pessoa, à sua intimidade, aos seus segredos. 
C Confidencialidade é a liberdade que a pessoa tem de não ser observada, por quem 
ser que seja, sem sua expressa autorização. 
D Confidencialidade estabelece o direito da não interferência na vida privada, pessoal 
ou familiar do cliente, conforme expresso no art. 12 da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos. 
 
13. IBFC - MGS – Psicólogo - 2016 
Num serviço público (fictício) de atenção básica a saúde, havia alta demanda por 
atendimento psicológico. Um dos usuários reclamou para o psicólogo da dificuldade 
em trazer o filho para atendimento, por ser mais distante de sua casa. O psicólogo 
então sugeriu ao pai do paciente um atendimento em sua clínica particular, cobrando 
honorários de acordo com o poder aquisitivo da família. A respeito da conduta do 
profissional, é correto afirmar que: 
A Atendeu às demandas da família, e fortaleceu o vínculo paciente/terapeuta. 
B A solicitação de atendimento partiu do pai, então seguiu parâmetros éticos. 
C Respeita as especificidades do contexto sociocultural desta família. 
D Fere o código de ética profissional. 
 
14. IBFC - MGS – Psicologia – 2015 
O Código de Ética do Psicólogo, em seu artigo 2°, discrimina as ações que são vedadas 
ao profissional de psicologia exercerem na sua prática profissional. Dentre as ações 
vedadas por este código constam: 
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c) poderá atender o jovem desde que consiga autorização de todos os seus 
responsáveis legais. 
d) deverá comunicar o atendimento às autoridades competentes mesmo obtendo 
autorização dos responsáveis. 
e) poderá atender o jovem desde que seus responsáveis legais compareçam a todas 
as sessões. 
 
18. VUNESP - MPE-ES - Agente Técnico – Psicólogo – 2013 
De acordo com o Código de Ética do Psicólogo, os arquivos relacionados aos 
atendimentos prestados por um psicólogo demitido de um serviço de Psicologia 
deverão ser 
a) encaminhados ao Conselho Regional de Psicologia. 
b) destruídos pelo psicólogo demitido. 
c) levados pelo psicólogo demitido. 
d) lacrados e deixados para o psicólogo substituto. 
e) encaminhados à alta administração da instituição. 
 
19. FUNIVERSA - 2010 - Psicólogo - MPE/GO 
Se um psicólogo for requisitado para depor em juízo, ele deverá, de acordo com o 
código de ética profissional, 
(A) prestar informações, considerando o previsto no código. 
(B) negar todas as informações, considerando o previsto no código. 
(C) alterar informações, considerando o previsto no código. 
(D) negar informações, considerando suas convicções pessoais. 
(E) alterar informações, considerando suas convicções pessoais. 
 
20. FUNIVERSA - 2010 - Psicólogo - SEJUS/DF 
Assinale a alternativa que não considera a importância da ética na atuação do 
psicólogo. 
(A) O psicólogo deve aceitar pacientes encaminhados por colegas que deixaram o 
exercício de sua profissão. 
(B) O psicólogo deve garantir condições ambientais favoráveis às entrevistas 
psicológicas, mantendo a privacidade e o sigilo profissional. 
(C) O psicólogo pode avaliar o atendimento efetuado por um colega, quando 
solicitado. 
(D) O psicólogo deve se desligar do caso, quando diante de situações

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