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Yahanna Estrela Medicina – UFCG CIRURGIA AMBULATORIAL PÓS-OPERATÓRIO Principais complicações FASES DO PERÍODO PERIOPERATÓRIO Pré- operatório Trans- operatório Pós- operatório Seguimento (follow-up) Diagnóstico Cirurgia Imediato Avaliação Precoce Preparo Mediato Tardio FASES DO PÓS-OPERATÓRIO ✓ Imediato – após o final da cirurgia até poucas horas; ✓ Precoce – até 24h da cirurgia; o Paciente pode estar na sala de cirurgia, na enfermaria/apartamento ou na UTI. ✓ Mediato – Após 24h até alta hospitalar (até sete dias, segundo alguns altores); ✓ Tardio – da alta hospitalar até a alta médica. ✓ Lembre-se: o paciente deve melhorar a cada dia. ✓ Algumas literaturas podem diferir quanto as fases, sendo consideradas apenas imediato, mediato e tardio. ✓ Por exemplo: um paciente fez cirurgia de hérnia inguinal e após 30 dias apresenta dor abdominal e vômito. o Nesse caso, devido ao histórico de cirurgia, a principal causa de suboclusão do intestino é aderência. A alta cirúrgica do paciente com câncer só se dá após a alta do tratamento, ou seja, após 5 anos. O principal sintoma de tumor de esôfago é a disfagia. Para ter disfagia, a estenose causada pelo tumor deve ser no mínimo 70%. Por isso, geralmente, esse câncer é diagnosticado em estado avançado e tem cura improvável. Dissemina principalmente para vasos linfáticos adjacentes. ALGUMAS COMPLICAÇÕES PÓS- OPERATÓRIAS ✓ Dor; o Se for videolaparoscopia, o paciente terá menos dor; o Utiliza-se analgésicos opioides. Deve-se observar o paciente e as reações que ele pode ter devido ao uso do opioide. ✓ Distensão abdominal; o Se mexer na alça, terá ílio paralítico; o Só libera alimentação do paciente após auscultar ruídos hidroaéreos e/ou se o paciente liberar flatos; o Nutrição parenteral não é recomendada se tiver pretensão de alimentar o paciente em até 7 dias. o Se o doente está hemodinamicamente instável, não se faz nutrição enteral. Só após ele estabilizar. ✓ Vômitos; o Pode-se administrar nausedron. ▪ Deve-se ter cuidado com plasil e nausedron devido aos sintomas extrapiramidais. ✓ Febre; o Contaminação; o Reação à hemotransfusão; o Atelectasia. ✓ Infecção da ferida operatória; ✓ Deiscência da ferida operatória → abertura da cirurgia; ✓ Sangramento e hematoma; o Lesão de artéria → liga com ponto. o Deve-se notificar que houve hematoma. Geralmente, ele ocorre no pós-imediato e pode ser pequeno. ✓ Fístula digestiva; ✓ Trombose venosa profunda. o Complicação: embolia pulmonar. DOR ✓ Variável com as incisões; ✓ Deve sempre ser tratada; o Dipirona e tramadol. ✓ Pode decorrer de má postura no ato cirúrgico; ✓ Atenção à cefaleia pós-raqui. o Tratamento: repouso e hidratação. Pode-se usar analgésicos e diazepam; o Se não houver melhora → blood patch. INCISÕES E DOR ✓ Esternotomia longitudinal → dói menos; ✓ Toracotomia transversa; ✓ Laparotomia longitudinal; ✓ Laparotomia transversa (Incisão de Pfamnenstiel) → dói mais que a longitudinal. DISTENSÃO ABDOMINAL ✓ Íleo paralítico é a principal causa; o REMIT → resposta endócrina, metabólica e inflamatória ao trauma. Quanto maior o trauma, maior a REMIT; o Manipulação das alças intestinais. ✓ Obstrução intestinal; o Aderências/BRIDA: é um “trave” fibrótico que se forma a partir de uma resposta inflamatória crônica, que pode ocasionar obstrução da alça, principalmente por estenose (estreitamento) ou por um acotovelamento (kinking, o intestino sofre uma torção). ▪ Pode ser entre as alças ou com a parede abdominal. FEBRE ✓ Pode ser fisiológica ou patológica. o Atelectasia (anestesia geral ou abd. alta); o Infecção urinária; o Flebite; o Hemotransfusão; o Infecção de ferida operatória; o Infecção preexistente. ✓ Deve-se avaliar sinais e sintomas globalmente e o tempo decorrido para o início do quadro febril. ✓ A febre deve sempre ser aferida. FEBRE – SETE WS ✓ Wind - Atelectasia ou pneumonia; ✓ Water - Infecção urinária; ✓ Wound - Ferida operatória; ✓ Walk - Trombose venosa profunda; ✓ Wonder drugs - Medicamentos; ✓ Withdrawn – Abstinência; ✓ Wonkie glands - Insuf. adrenal ou crise tireotóxica. Por exemplo, suspensão brusca de corticoides. Se houve infecção de prótese, a solução é tirar a prótese. Recolocar com 90 dias. Se for prótese de artéria, troca. INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA ✓ Ocorre entre o 5º e 8º DPO; ✓ Inicia-se com hiperemia das bordas; ✓ Trata-se com antibióticos e retirada dos pontos; ✓ Infecção após o primeiro dia de cirurgia → contaminação de material. ✓ Se tem abcesso → drenagem. INFECÇÃO E DEISCÊNCIA DA FERIDA OPERATÓRIA Nesse caso da foto, o organismo não reage ao titânio. Então, pode ser feita a abertura, limpar e tentar fechar novamente. Retirada de tela e fecha. Após um período, tenta- se colocar novamente a tela. EVISCERAÇÃO HEMATOMA E EQUIMOSE ✓ Deve-se recomendar ao paciente não pegar sol. o Se houver exposição, a mancha irá se fixar. ✓ Cirurgia de varizes gera equimoses, as quais saem 21 dias após. FÍSTULA ✓ Uma fístula designa uma comunicação anómala entre duas ou mais estruturas do corpo que, em condições normais não comunicam entre si; o Se a fístula encerrar e a infecção permanecer, pode formar-se abscesso. ✓ O problema de abrir e lavar várias vezes é que a aponeurose não irá suportar. o Para preservar ela, pode-se utilizar algumas técnicas, como utilizar a bolsa. TROMBOSE VENOSA PROFUNDA ✓ Incidência variável; ✓ Deixa sequelas quando não tratada; ✓ O principal sinal diagnóstico de TVP é edema unilateral. ✓ A veia com trombo não é compressível, ou seja, não se colaba. ✓ O trombo se forma nas válvulas, na panturrilha. ✓ O tratamento com anticoagulante é para evitar que o trombo aumente. o Os anticoagulantes não desfazem os trombos, eles são desfeitos pelo sistema fibrinolítico endógeno do paciente. ✓ 0,5% pode ter embolia paradoxal. o É a transposição de um trombo originário da circulação sistêmica venosa para a arterial através de um defeito cardíaco, mais comumente o forame oval pérvio (FOP). o A manifestação mais comum é o acidente cerebrovascular. ✓ Pode complicar com tromboembolismo pulmonar (TEP). o O tratamento, em sua maioria, é igual ao da TVP. o O Escore de Caprini é utilizado para estratificação de risco de desenvolvimento de TEV. Quando for a partir de 3, recomenda-se profilaxia medicamentosa; ✓ Um estudo mostra que 9% dos pacientes que tiveram síncope tinham TEP. ✓ Os trombos que embolisam na femoral e ilíacas matam. Sinal diagnóstico de doença/insuficiência venosa crônica. Dermatite ocre. DIAGNÓSTICO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA