Prévia do material em texto
FP102 – APRENDIZAGEM ESTRATÉGICA E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL TRABALHO CONV. ORDINÁRIA TRABALHO Nomes e sobrenomes dos alunos: Adriane Cristina da Silva Borba BRFPMME2535179 Bruna Maria Nogueira Ferreira Nunes BRFPMME4351278 Carmen Lúcia Fernandes Onofre BRFPMME5110302 Cristiane de Souza Rover BRFPMME4538895 Grupo: 2022/62 Data: 21/01/2023 Analisem a experiência docente de três professores de uma escola de ensino médio descritas abaixo e refletem criticamente sobre cada uma das questões que se formulam abaixo: DESCRIÇÃO DOS CASOS PROFESSOR A Planejou com muito cuidado a aula, a partir de uma rede de conceitos que dispôs em uma transparência. Em uma aula prévia, fez algumas perguntas sobre o tema, identificando algumas noções relevantes como, por exemplo, anticiclone, depressão ou isóbara, que eram confusas, quando não erradas. Precisamente, na representação que fez, faltam estes conteúdos. Ao começar a sessão, explica cada uma das ramificações e quando chega a um "conceito vazio" para e inicia um diálogo com os alunos, tal como se pode ver seguidamente. Ao finalizar a unidade didática, e para avaliar seus alunos, apresenta uma rede de conceitos similar à trabalhada em aula e pede-lhes que a completem, tal como se apresenta a seguir. 1 (P) “...quando as pressões atmosféricas são altas, o tempo é mais estável; estas zonas recebem um nome concreto que, como podem ver no esquema, não temos; há alguém que saiba?” (A) “chamam-se depressões” (P) ...depressões...quando uma pessoa está deprimida é porque tem o ânimo baixo ou alto?” (A) “baixo” (P) “então, o conceito de depressão deveremos empregá-lo para definir zonas atmosféricas com pressões...?” (A) “baixas” (P) “Onde colocaria esse conceito em nosso esquema?” (A) “no círculo vazio da direita, junto à flecha que vem de <provoca um tempo instável>”. Avaliação: Completar o esquema seguinte com os conceitos e/ou relações que faltem. PROFESSOR B 2 Também tratou de identificar, na aula anterior, o que sabiam seus alunos. Para fazê-lo, levou para a aula uma vídeo-gravação da seção "O tempo” de um telejornal, tirando o som na edição do vídeo. Os alunos tinham que escrever em seus apontamentos os comentários que supunham que ia fazendo “O homem do tempo” com base nas imagens do mapa meteorológico que apareciam na tela. Na aula do dia seguinte, pediu a alguns estudantes que elaborassem um mapa de conceitos no quadro, a partir das noções surgidas no vídeo do dia anterior, explicando, em voz alta e passo a passo, as reflexões que realizaram na hora de selecionar cada conceito para relacioná-lo graficamente com o resto. Uma vez finalizado o mapa, convida todos a identificar os diferentes passos que seguiram estes estudantes para construir sua representação. Durante esta reflexão, os alunos explicam e discutem cada uma das fases e as operações que identificaram e, junto com o professor, elaboram a pauta para elaborar mapas conceituais que se descreve a seguir. Para avaliá-los, pede a eles que escutem as previsões do tempo, que façam um mapa de conceitos e que, a partir do mapa, tomem decisões sobre as condições de uma possível viagem à Extremadura. 3 Primeiro: “Devem agrupar-se diferentes conceitos conforme sejam muito gerais, específicos ou muito específicos…… Segundo: “Buscar, dentro do primeiro grupo, um conceito que inclua o resto (por ex. o clima) e situar abaixo outros conceitos gerais, conectados com flechas. Escrever sobre cada flecha a ideia que relaciona cada par de conceitos…” Terceiro: “Conectar o seguinte grupo de conceitos específicos com os conceitos anteriores, também mediante flechas e palavras-ligação…” 4 Cuarto: Relacionar novamente o último grupo de fatos muito específicos com o grupo de conceitos anterior, da forma habitual. Quinto: A seguir, vou dividi-los em grupos de três (misturar nos grupos alunos de alto e baixo rendimento) e quero que introduzam no mapa estes novos conceitos: TEMPERATURA, BORRASCAS e DIA ENSOLARADO. Não se esqueçam de escrever as palavras que ligam dois conceitos. Em seguida, deverão argumentar vossas decisões. 5 AVALIAÇÃO: Escute este vídeo com as previsões do homem do tempo para o próximo fim de semana em Extremadura e elabore um mapa de conceitos a partir de suas explicações. Depois, pensando que você quer viajar para esta cidade, decida: Que roupa você levará? O que colocará em sua mala? Que meio de locomoção utilizará preferivelmente? Que atividades você realizará pela manhã? E pela tarde? ¡ARGUMENTE SUAS RESPOSTAS! PROFESSOR C Em uma aula anterior, o professor pediu a seus alunos que trouxessem de casa todos os mapas, artigos e gráficos sobre o tempo atmosférico e a meteorologia que encontrassem em revistas e jornais. Na aula correspondente, divide os alunos em pequenos grupos de 4 ou 5, ao acaso, e pede que organizem toda a informação que trouxeram, recortando textos e gráficos e pendurando-os em um jornal mural, a partir de alguma classificação que seja clara para eles. O professor espera que os alunos agrupem o material em categorias como bom tempo, mau tempo, catástrofes atmosféricas, variáveis que afetam a mudança climática, etc., etc. Uma vez que cada grupo tenha feito seu mural, deve pendurá-lo nas paredes da sala. Em seguida, todos os grupos vão passando por cada mural, enquanto o professor os convida a que façam comentários e perguntas. O professor (P) também participa, como se mostra no esquema da atividade que se apresenta a seguir. Finalmente, convida cada grupo a avaliar seu próprio trabalho. 6 - (P) “Creem que no seu mural estão os principais conceitos relacionados com o clima atmosférico? Que relação existe entre clima e temperatura? Onde colocariam a noção de anticiclone?.... Alguém quer perguntar algo aos colegas?” Lembre-se de relacionar sua reflexão com o conteúdo da disciplina e mencionar autores e referências bibliográficas para fundamentar sua análise. 7 PERGUNTAS 1. Se perguntássemos a cada um destes professores o que é mais importante que faça para que seus alunos aprendam, o que pensa que responderiam? (Reflexão relativa às estratégias e procedimentos de ensino e aprendizagem colocados em jogo em cada caso). No estudo de caso apresentado acima, no qual há a evidenciação de diferentes técnicas e estratégias de aprendizado dos estudantes. Através deste método o professor consegue identificar e fornecer as ferramentas para um aprendizado eficaz. Isto permite uma ruptura com a postura educacional baseada na abordagem de transmissão de conhecimento, na qual este é considerado um bem a ser transmitido. Ao introduzir uma nova abordagem, que foge do padrão de transmissão, o estudante é colocado como sujeito ativo em seu processo de aprendizagem, consciente das estratégias cognitivas que favorecem e contribuem para sua aprendizagem. Professor A O professor A utilizou a estratégia dos esquemas conceituais, a partir da medida que o conhecimento prévio serve para identificar o que será ensinado e princípios que facilitem a aprendizagem significativa. A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva (PELIZZARI et al., 2002, p. 38). Percebemos que, na perspectiva deste profissional: para que os alunos aprendam é necessário apresentar as estratégias efetivas para que os alunos alcancem as metas que se propõem no seu processo educativo. Nesse aspecto, o professor optou pelo conceito vazio, permitindo aos alunos, preencher os esquemas e completar de acordo com seus conhecimentos. Professor B Apresentou o vídeo do homem do tempo, sugeriu aos alunos anotarem os comentários e na aula seguinte, solicitou a elaboração de um mapa conceitualno 8 quadro com as anotações do dia anterior, ou seja, utilizou a estratégia metacognitiva. Para este profissional, percebe-se que acredita que: se o aluno for levado a refletir sobre como aprende, melhor terá as ferramentas para desenvolver sua aprendizagem como melhor lhe convém. As estratégias de aprendizagem se definem como processos de tomada de decisões, nos quais o estudante escolhe e recupera os conhecimentos que necessita para cumprir uma determinada demanda ou objetivo. Um aluno emprega uma estratégia quando é capaz de ajustar seu comportamento (o que pensa e faz) às exigências de uma atividade encomendada pelo professor e nas circunstâncias nas quais essa tarefa se produz. (Monereo,1999) Partimos do pressuposto de que cada aluno aprende de uma forma específica, então cabe ao docente, direcionar o processo de aprendizagem, seu método de ensino será necessário planejar e construído de acordo com tais características, fazendo algumas intervenções quando necessário, com o objetivo de consolidar o conhecimento. Professor C Este professor optou pela instrução direta, vê-se assim que ele acredita no aprendizado a partir das experiências de cada aluno, pois solicitou que cada aluno trouxesse material de casa a respeito do tema selecionado sobre tempo, na aula dividiu o trabalho em grupos de 4 a 5 participantes, solicitou que organizassem as informações em um mural e cada grupo analisou assim seu próprio trabalho. Provavelmente, estamos de acordo em que o ensino terá que ser definido a partir do professor, em sua relação com o aluno, considerando as ajudas que implementa. Entretanto, a aceitação do postulado referido à necessidade de educar para a autonomia, conduz a uma compreensão do processo de ensino aprendizagem centrada na atuação do aluno, mais concretamente no que se denominou comportamento estratégico relacionado com a competência de aprender a se aprender (Monereo, 1994). De acordo com cada docente acima citados professores A,B e C utilizaram técnicas e estratégias diferentes para que seus alunos, interagissem com a matéria e se apropriassem da melhor maneira, para permitir a desenvolver-se como aprendizes autônomos, mais que centrar na educação transmissiva de conhecimentos, ou seja, aprender a aprender. 9 2. Se perguntássemos a cada um destes professores como pensam que devem potencializar a compreensão do conteúdo, o que vocês acreditam que nos diriam? (Reflexão relativa às diversas estratégias utilizadas em cada caso para favorecer a construção de conhecimentos através da realização de tarefas de aprendizagem com base na alfabetização) Professor A Talvez este professor respondesse que ressaltar o conhecimento prévio do aluno é fundamental para aprimorar o processo de ensino aprendizagem, potencializando a compreensão do conteúdo a partir do que sabem. Pois foi assim que iniciou sua aula. Aprender a aprender incorpora a consciência, a gestão e o controle das próprias capacidades e conhecimentos de um sentimento de competência ou eficácia pessoal e inclui tanto o uso de estratégias de aprendizagem como a capacidade para cooperar, autoavaliar-se e autorregular a própria atuação durante a aprendizagem (Carreteiro e Fuentes, 2011,p7) Porém, apesar do planejamento estar bem detalhado, não foi executado de forma a levar seus alunos a explorar suas possibilidades, não acontecendo a autonomia necessária nesta aula aplicada. Seria necessário elaborar uma proposta que conduzisse os alunos a compreensão do conteúdo, tornando-os mais ativos na consolidação da sua aprendizagem, pois sabemos que o resultado da aprendizagem eficaz está diretamente ligada a forma como se ensina, e ensinar a aprender não é uma tarefa fácil. Professor B Percebe-se que esse professor também utilizou o conhecimento prévio dos alunos exercendo seu papel como mediador, provocando estímulos, disponibilizando conteúdos diversificados e incorporados ao seu cotidiano. Dessa forma fica nítida a valorização do protagonismo do aluno pelo docente, acreditamos que a resposta seria exatamente sobre isso, o protagonismo do aluno, uma vez que provoca a criação de conceitos relacionados à proposta e a seu cotidiano. Sua proposta mediadora permitiu avanços na compreensão, tornando assim sua aprendizagem significativa. O ensino não deve ser pontual, restrito a uma única situação ou contexto, precisa ser passível de aplicação, precisa ser capaz de ser útil e integrável a outras estruturas conceituais, outros saberes, outros momentos da vida do aprendiz e em outros contextos. (MEIER, 2008, p. 132). Entende-se que a forma como a proposta foi aplicada, criando pautas para direcionar a aprendizagem do educando, levou o discente a condição reflexiva, crítica, conceitual, capaz de em seu intelecto identificar e desenvolver seu processo cognitivo. O docente deve proporcionar aprendizagens significativas aos alunos, e colocar o protagonismo em prática é uma construção coletiva que deve ser aplicada em todos os momentos, incentivando a autonomia, formando cidadãos preparados para 10 enfrentar os desafios do mundo. O aluno precisa aprender a tomar decisões e ser instigado a buscar conhecimentos. Professora C Esse professor potencializou a aprendizagem através da estratégia cooperativa estimulando a interação entre os estudantes, a construção da interdependência positiva, a criação de atitudes pró-sociais, a construção de auto estima, levando-os a acessarem seus conhecimentos prévios associando-os aos novos conhecimentos, fazendo uso da filosofia reflexiva, tornando eficaz a aprendizagem.estimulando a autonomia para a pesquisa e solução de problemas, pois o trabalho em grupo é mobilizador, interacionista e fomentador de questionamentos levando ao resultado. A qualidade da aprendizagem não depende tanto de um suposto coeficiente intelectual, nem do domínio de um bom conjunto de técnicas e métodos para estudar com proveito, mas sim da possibilidade de captar as exigências dos exercícios em uma determinada situação de aprendizagem e controlar, com os meios adequados, dita situação. (Monereo, 1999.p.12) “A prática reflexiva pode e deve ser ensinada de forma explícita e direta, e melhor ainda se implementar como um diálogo entre colegas, que indiscutivelmente enriquecerá a reflexão na ação"(FUNIBER, 2022) 3. Se perguntássemos a cada um destes professores que valor atribui à aprendizagem cooperativa, o que você acha que nos diriam? (Reflexão relativa às conveniências do trabalho cooperativo para a aprendizagem significativa). Professor A Na elaboração de sua aula, atribui valor à transmissão de conteúdo tendo como foco principal o professor que detém o saber. É perceptível que na atividade proposta os alunos se tornam apenas sujeitos passivos da interação. O professor passa o conteúdo e os alunos devem reproduzi-los da maneira que receberam. Notamos também que a aprendizagem cooperativa não foi explorada, pois não houve formação de grupos para pesquisa e desenvolvimento, assim, constatamos que tal professor dá pouco valor a essa metodologia ou há desconhecimento, não houve exploração das potencialidades do trabalho em grupo, das interações pertinentes deste trabalho. Para o professor A, a aprendizagem cooperativa ficaria para o segundo momento, ele daria prioridade a atividade expositiva, verbalizada e repassada aos alunos, tendo foco no conteúdo, em repassar o conhecimento onde o aluno se torna meramente receptor com raras oportunidades de expor sua opinião. O conteúdo, ou assunto é o ponto central, a metodologia se torna meramente repetitiva, estática, sendo aulas ditadas e expositivas, não há inter-relações pessoais com o conhecimento sendo repassado e não dialogada, fazendo contratempo a aprendizagem cooperativa, que se mostra mais dinâmica e participativa, com alunos desenvolvendo as atividades em grupos, se relacionando concomitantemente no objetivo da pesquisa e construção 11 dos conhecimentos, debatendo, refletindo sobre determinado tema de forma cooperativa com seus pares. ProfessorB Após mostrar o mapa conceitual, dividiu em grupos de três e misturou nos grupos alunos de alto e baixo rendimento, assim para o Professor B, a aprendizagem cooperativa tem grande importância, uma vez que potencializa a aprendizagem de todos, principalmente dos alunos com baixo rendimento, onde os alunos têm lugar de fala e participam ativamente de toda a construção do conhecimento. Este professor foge das atividades tradicionais, monótonas e sem atrativas e bancárias, pois as atividades cooperativas são organizadas em grupos de alunos tendo o objetivo da pesquisa onde há interação, comprometimento, relações pessoais, apresentações individuais e em grupos na culminância e acompanhamento da aprendizagem encorajamento e estímulos cognitivos. Consideramos também que a atividade apresenta outro valor cooperativo, a construção conjunta do conhecimento envolve as dimensões cognitivas e metacognitivas através de estratégias motivadoras para resolução de questões de forma colaborativa e participativa. Professor C Percebemos que planejou sua aula através das relações psicossociais na qual havia um direcionamento através das orientações que atendem as dimensões afetivas motivacionais, assim os alunos alcançam resultados coletivos não dependendo apenas do conhecimento único, mas de todos os integrantes do grupo, no processo de ensino e aprendizagem, valorizando o cooperativismo na condição da aprendizagem reflexiva. Bem como a partir da pesquisa dada, a formação em grupo de 4 e 5 alunos, para o professor há ganhos pedagógicos nesta metodologia, pois dinamiza o conhecimento, mobiliza o saber, propõem exposição a pesquisa e o conhecimento, agrupam o material, organizem o tempo e apresentam seu saber uma vez que os mesmos já trazem de casa todos os mapas, artigos e gráficos com o assunto em pauta, rompendo com o ensino vindo de cima pra baixo, quando o professor traz recursos prontos, tirando a oportunidade da instigação da pesquisa do próprio aluno e aguardando respostas satisfatórias mas quando há o tradicionalismo nas aulas tem no papel do professor o protagonista e o aluno objeto. Por outro lado, a aprendizagem cooperativa, oportuniza a preocupação e responsabilidade com a aprendizagem, estimula o interesse e saber crítico, melhora a comunicação entre os pares e principalmente produz ambiente de pesquisa e curiosidade, além de melhorar a relação entre professor e aluno. 4. Que recomendação daria a cada um destes professores para que melhorassem suas aulas? (Elaborar uma recomendação para cada professor, suficientemente clara, de modo a que possa realizá-la em seu contexto educativo). Melhorar a prática (compreenda-se prática como um todo, tanto o que se faz durante as aulas, mas também o que se faz antes dela, a prática da elaboração do planejamento, a prática da busca pelos materiais e fontes) deve ser busca constante do profissional da educação, e isso só acontece a partir da análise de evidências do que foi, para então, chegar ao ponto inicial novamente e prever situações de aprendizado, estratégias, didática, dificuldades, e planejar novamente uma aula 12 seguinte quando se obteve sucesso, ou uma nova aula capaz de atingir o que não se alcançou. Essas evidências se mostram a partir da avaliação, que pode ser feita de diversas formas, de acordo com o perfil de ensino adotado pelo professor, e especialmente pelo perfil de aprendizagem que a turma demonstra. Para assim, ter clareza nos feedbacks, podendo agir assertivamente. (...)avaliação “negociada” é uma extensão lógica de oferecer aos estudantes maneiras mais flexíveis de estudar e mais opções de escolha em suas tarefas para estudar. Eles acham, frequentemente, novas formas de avaliação interessantes e motivadoras. (Funiber, 2022) Professor A Para este professor, acreditamos que a Avaliação como processo formativo, a atuação por Feedback é uma ótima estratégia para “revisitar e analisar” a prática do professor, bem como o envolvimento e desenvolvimento dos alunos durante todo o processo, a retroalimentação. Utilizar desta estratégia, garantiria a este professor, que tem um bom planejamento, é uma ótima carga teórica repensar sobre as ações, refletir sobre a teoria transformada em prática. Este professor deveria então, pensar nessa avaliação de forma contínua e não apenas no final do processo, e ter em mente que este feedback servirá tanto para o seu papel de professor, mas também promover a didática para proveito dos próprios alunos, que encontrarão espaço de reflexão sobre seu processo e resultado, podendo sinalizar quando sentirem necessidade de maior participação efetiva. Para ser eficaz, o feedback dese ser claro, útil, significativo e compatível com o conhecimento prévio dos estudantes. O mais importante é que os comentários se dirijam claramente ao exercício e/ou processos de regulação da aprendizagem. (FUNIBER, 2022) A construção de um portfólio é uma ótima estratégia a relacionar com os feedbacks, pois pode concretizar em matéria a ação da retroalimentação. Professor B Para o professor que tem sua prática baseada no aprendizado efetivo e contextualizado dos alunos, a Avaliação através de tarefas/exercícios autênticos é uma ferramenta coerente de seguir o processo de ensino-aprendizagem. A tarefa autêntica é o objeto da avaliação e se supõe que se trata de um problema que confronta o estudante com atividades que se realizam na vida cotidiana ou na prática profissional. (...) é indispensável aproximar o exercício ao mundo do estudante, quer dizer, a suas experiências, interesses, etc, de modo que seja significativa e relevante desde a sua perspectiva. (FUNIBER, 2022) Sendo assim, ele segue numa linha de ensino-aprendizagem condizente com o processo avaliativo, onde os alunos se percebem durante todo o processo, e utilizam e demonstram suas antigas e novas habilidades, combinadas num contexto real de uso. os estudantes costumam valorizar esse tipo de didática, pois compreendem e 13 percebem a veracidade daquilo que aprenderam, mesmo que a avaliação seja ofertada através de exercícios cognitivos desafiadores, fazê-los pensar e idealizar uma situação dentro da realidade deles é uma forma de exercício autêntico, não é preciso necessariamente vivenciar a situação para avaliar. Mas é preciso que o professor seja detalhista na forma como elabora, pensa e apresenta este cenário, para que a situação se pareça mesmo com o real quando o estudante se envolver. Professor C Para o professor que tratou do contexto de ensino aprendizagem considerando a todo momento a relação social entre os estudantes, a Avaliação formativa através da estratégia de Rubrica é bastante coerente, em especial estratégias de autoavaliação (de si mesmo) e coavaliação (do trabalho e desenvolvimento dos colegas). A rubrica é um descritor qualitativo que estabelece a natureza do desempenho, portanto, não se trata de uma avaliação quantitativa, de provas com nota, mas de expressão em palavras. (...) torna-se imprescindível avaliar as direções de todas as inter relações que o aluno realiza, ir além de sua aproximação ao conteúdo ou à tarefa em si mesma. Atender, por exemplo, à relação com outros alunos ou com outros recursos circunstanciais nos quais apoia o processo de resolução do exercício (...) (FUNIBER, 2022) A tarefa autêntica também é uma estratégia a ser utilizada em combinação, pois trata da avaliação segundo o contexto real dos alunos, o que inclui também o apoio instrumental e socioafetivo: A interação social guia e promove o pensamento crítico dos estudantes, permite avaliar a informação desde múltiplas perspectivas; o debate estimula a construção de hipóteses e a avaliação crítica do conhecimento obtido. (FUNIBER, 2022) 14 REFERÊNCIAS MEIER, Marcos. Mediação da aprendizagem. Curitiba: Grafiven, 2008. PELIZZARI, A; KRIEGL, M. L.; BARON, M. P.; FINCK, N. T. L.; DOROCINSKI, S. I. Teoria da Aprendizagem Significativa segundo Ausubel. Rev. PEC, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 37-42, jul. 2001/jul. 2002. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012381.pdf.Acesso em 09 jan. 2023. FUNIBER (2022). Aprendizagem reflexiva e estratégica. In: Aprendizagem reflexiva e estratégica (pp 7,11). Barcelona. Espanha. FUNIBER (2022). Aprendizagem Reflexiva e Estratégica. 15 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012381.pdf