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Tendências & Desafios Toda empresa precisa ser legitimada pelos seus públicos para poder operar e uma das maneiras de fazer isso é por meio da comunicação. Quando ela consegue uma excelência no desempenho e na comunicação, dentro de um contexto social específico, afirmamos que a empresa recebe de seus públicos uma “licença para operar”, que incorpora o grau de sucesso da organização no desenvolvimento e na manutenção das relações favoráveis com seus públicos. Essa licença, sob o ponto de vista da comunicação enfrenta sérios desafios, pois a tecnologia fortaleceu os canais de comunicação em todo o globo, apagando as fronteiras nacionais para produzir o que o filósofo canadense Marshall McLuhan previu décadas atrás - a criação de um mundo tão interligado por conhecimento compartilhado que passará a ser uma “Aldeia Global”. Esta tendência tem hoje um impacto monumental para as empresas, não só nas suas estratégias como também nos seus planos de Comunicação Empresarial. Isso ocorre porque, por meio da internet, as pessoas estão inventando novas formas de compartilhar conhecimentos relevantes a uma velocidade sem precedentes. Como resultado, os mercados estão ficando mais espertos e ágeis - de forma mais rápida que as empresas. Esse diálogo global acentua o volume com o qual sentimentos bons e ruins podem ser ouvidos e compartilhados. Juntamente com isso, os avanços tecnológicos contínuos da Internet dificultam que as empresas evitem que notícias negativas ou positivas sobre elas cheguem a todos a qualquer hora em qualquer lugar. A mídia expandiu de tal modo seu alcance que os eventos não estão mais confinados a comunidades locais; em vez disso, podem criar reverberações percebidas em todo o mundo. Essas mudanças tecnológicas causam um impacto profundamente perturbador e são um dos desafios mais importantes de um profissional de comunicação empresarial. Com isso as empresas precisam se adaptar aos ambientes de mudança sem abrir mão de seus princípios ou comprometer suas ideias. Dentro desse cenário, problemas irão acontecer e não desaparecerão em um passe de mágica. Pense sempre que situações críticas irão ocorrer, especialmente com a crescente prevalência de notícias geradas pelo consumidor e plataformas de comunicação on-line. O ambiente de negócio estará sempre em mudança e o modo que as organizações se adaptam e se comunicam será fator determinante para o seu sucesso. Tendências Acompanhar as tendências do mercado nunca é fácil, no entanto, é importante reconhecer que o mundo está em constante mudança e, a fim de manter os diferenciais competitivos, as empresas devem sempre monitorá-las. A análise de tendências de mercado não precisa ser tão assustadora quanto parece e tende a ser fortemente influenciada pelos hábitos e comportamentos do consumidor. Uma boa forma de sempre estar atento e atualizado às novas tendências do segmento que atua, de forma a poder construir planos de Comunicação Empresarial eficazes é: ● Acompanhando os influenciadores de seu segmento: A mídia social é uma ferramenta poderosa para acompanhar os influenciadores, seus pontos de vista e garantir que sua empresa esteja fazendo parte da conversa; ● Consultando relatórios atualizados de pesquisa e tendências do setor: Para obter uma imagem real do cenário da sua empresa e determinar a direção a seguir, você precisa ler os relatórios do setor; ● Utilizando ferramentas e análises digitais para avaliar o comportamento do setor: Existe uma grande variedade de ferramentas e sistemas analíticos disponíveis ao seu alcance. Uma análise digital pode ajudá-lo a descobrir tendências cada vez mais procuradas pelos consumidores on-line. Por exemplo, o Google Trends exibe uma visão geral de longo prazo das tendências de nicho; ● Ouvindo seus clientes: Vale a pena conversar com seus clientes. Não tenha medo de conversar com eles e saber mais sobre seus pontos de vista para descobrir o que mais sua empresa pode fazer para ajudá-los; ● Observando seus concorrentes: A maioria das empresas de sucesso não segue a multidão; eles inovam para se destacar. A observação de seus concorrentes pode oferecer uma boa imagem do que ocorre no mercado e se eles estão reagindo ao que pode ser visto como uma tendência emergente. Tendências que impactam a Comunicação Empresarial Atualmente as tendências que mais impactam uma empresa sob o ponto de vista de Comunicação Empresarial são: ● Despertar da Consciência Cidadã; ● Multiplicação dos Grupos de Pressão; ● Melhoria da ideia de Responsabilidade Social; ● Simetria no Fluxo de Informações; ● Ambiente de Diálogo: Multiconectado e Disperso; ● Falta de Exclusividade no Discurso; ● Reputação 24 x 7; ● Poder do Boca a Boca. Saiba Mais Linguagem formal e linguagem informal ● Norma padrão e norma popular Além das tendências e desafios da comunicação empresarial, não podemos deixar de citar outra vertente não menos importante dessa área, que é o funcionamento e o uso adequado da língua portuguesa. Quando estamos em contato com o mercado de trabalho, devemos ter consciência de que a forma que nos comunicamos impacta diretamente na nossa relação com as pessoas, sejam elas clientes, colaboradores, colegas de trabalho ou chefia. Conhecer bem a língua portuguesa traz o domínio necessário para que, através dela, alcancemos nossos objetivos. Vamos iniciar apresentando a linguagem formal e a linguagem informal. Linguagem formal, norma culta, norma padrão, são algumas das denominações dadas ao uso da língua, oral ou escrita, que ocorre dentro das normas ou regras gramaticais. Linguagem informal, norma popular, linguagem não padrão ou coloquial é a linguagem cotidiana, espontânea, regionalista e despreocupada com as normas gramaticais. Ambas as formas são variações da língua e são aplicadas em diferentes contextos. A linguagem informal é usada em momentos com a família e amigos. Já com superiores hierárquicos ou em momentos que requerem mais respeitabilidade devemos usar a linguagem formal. Para fazer o uso correto da linguagem formal e informal é importante reconhecer e se encaixar nos diferentes contextos comunicativos, o que quer dizer que existem momentos adequados para cada tipo de linguagem, só é preciso reconhecê-los. A linguagem informal está sujeita a variações regionais, culturais e sociais, tem uso de vocabulário simples, de expressões populares e de gestos que acompanham a fala. É usada quando os interlocutores são amigos ou familiares e em momentos de descontração. É considerada por muitos como um registro pouco prestigiado e incorreto. Isso não corresponde, contudo, à realidade. A linguagem coloquial é a expressão viva de uma língua em uso. O importante é que se saiba fazer a transição desse tipo de linguagem para a linguagem formal nos momentos em que essa é exigida, como em concursos públicos, entrevistas de emprego, documentos oficiais, etc… Características da linguagem informal: ● Não se preocupa com o uso correto das normas gramaticais; ● Utiliza vocabulário simples, expressões populares e coloquialismos; ● Ocorre o uso de gíria, palavrões, palavras inventadas, onomatopeia, gestos; ● Aplicação de palavras abreviadas ou contraídas: cê, pra, tá, tbm, dps, tlg; ● Está sujeita a mudanças regionais, culturais e sociais. Situações de uso da linguagem informal: ● Conversas cotidianas; ● Mensagens de celular; ● Chat na Internet; ● Redes Sociais. Público-alvo da linguagem informal: ● Familiares; ● Amigos; Características da linguagem formal: ● Segue rigorosamente as regras da gramática (norma culta); ● Pronúncia clara e correta das palavras; ● Vocabulário rico e variado. Situações de uso da linguagem formal: ● Em discursos públicos ou políticos; ● Em salas de aula, conferências, palestras, seminários; ● Em exames e concursos públicos; ● Em reuniões de trabalho e entrevista de emprego; ● Em documentos oficiais, cartas, requerimentos. Público-alvo da linguagem formal: ● Superiores hierárquicos; ● Autoridades religiosas, oficiais, políticas; ● Público desconhecido; Atividaderesolvida Coloque (1) para linguagem formal e (2) para linguagem informal: (2) Puxa! Tive um dia de cão. (1) Puxa! Tive um dia difícil. (1) Existem pessoas inconvenientes. (2) Têm pessoas que são um saco. (2) Na loja tinha roupa linda de montão. (1) Na loja havia muita roupa linda. (1) Gosto muito de doce. (2) Gosto de doce pra caramba. (2) Aposto que esta confusão vai dar a maior muvuca. (1) Aposto que esta confusão fará vir muita gente. Atividade extra Nome da atividade: Vídeo - A Moeda da Nova Economia se chama Confiança Link para assistir a atividade: https://www.ted.com/talks/rachel_botsman_the_currency_of_the_ne w_economy_is_trust#t-946621 Referência Bibliográfica ● ARGENTI, P.A. Comunicação Empresarial: A construção da Identidade, Imagem e Reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. ● RIEL, CEES B. M. Van Reputação: O valor estratégico do engajamento dos stakeholders. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. ● ROCHA T., GOLDSCHIMIDT A (coord.). Gestão de Stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2010 Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade. ● Conceitos Básicos e Importância Comunicação Empresarial Impulsionadas principalmente pelo processo de globalização, as empresas ampliaram seu universo de atuação, desenvolvendo seus negócios em mercados nunca antes imaginados. Até então, estas organizações eram conhecidas única e exclusivamente por seus produtos e serviços. Seu foco principal https://www.ted.com/talks/rachel_botsman_the_currency_of_the_new_economy_is_trust#t-946621 https://www.ted.com/talks/rachel_botsman_the_currency_of_the_new_economy_is_trust#t-946621 era o cliente e/ou consumidor, como encantá-lo, conquistá-lo e, principalmente como mantê-lo fiel às suas marcas, pois, afinal, é este processo que gera lucratividade para a empresa. Neste caso a comunicação utilizada era a mercadológica, que envolvia campanhas publicitárias de conteúdo comercial, calendário de eventos e promoções, marketing direto etc. Porém, nos dias atuais, as empresas também estão se tornando conhecidas pelo posicionamento como pessoas jurídicas, em que reputação e imagens públicas positivas passam a ser objetivos estratégicos. As organizações são vistas e reconhecidas não apenas pelo cliente ou pelo consumidor mas pela sociedade, por meio da marca empresarial, sua imagem pública e sua reputação social. Este relacionamento é chamado institucional / empresarial e dirigido a outros públicos de interesse tais como colaboradores, imprensa, governo, comunidade etc. A comunicação realizada é denominada empresarial, organizacional, institucional ou corporativa, às vezes usada como sinônimo. Nessa comunicação, a empresa tenta vender seu modo de pensar e agir no mercado e na sociedade, embasado em uma missão estruturada e uma visão de futuro. A necessidade de manter a transparência elevou a Comunicação Empresarial nas empresas a um nível estratégico. Mensagens, atividades e produtos - de reunião com investidores e relatórios anuais a atividades filantrópicas e propaganda empresarial - são analisados hoje por todos os públicos de uma organização sendo que, a proliferação de veículos de comunicação on-line, incluindo portais na WEB, sistemas de mensagens instantâneas e blogs, acelerou o fluxo de informações e acesso ao público em velocidades cada dia maiores. As mudanças que ocorrem hoje no cenário da Comunicação Empresarial podem ser definidas em três grupos: 1. Novos públicos; 2. Novos canais e tipos de conteúdo; 3. Novas formas de mensuração da eficácia. Com tudo isso, cabe hoje ao profissional da área não apenas “posicionar” a empresa, mas também “ajudar a defini-la”. Sob esta ótica, o alinhamento e a integração da comunicação empresarial com todos os públicos são capazes de criar ou acabar com a reputação de uma empresa. Comunicação Empresarial - Definições Entre as várias definições existentes de comunicação empresarial, as que podemos afirmar serem as mais relevantes são as seguintes: ● Processo por meio do qual os públicos de interesse percebem a identidade, imagem e a reputação da empresa; ● A atividade e o esforço deliberado, planejado e contínuo para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada; ● O esforço das corporações em construir bons relacionamentos com seus diversos públicos para obter publicidade favorável e construir uma boa imagem corporativa. Um ponto importante a ressaltar é que: A Comunicação Empresarial não visa a venda de um produto ou serviço, uma vez que não utiliza uma argumentação nesse sentido, e, se a viesse a utilizar, seriam poucas as probabilidades de êxito. Por que se preocupar com a Imagem Empresarial? 1. Porque hoje o consumidor está mais exigente, ele quer saber quem é a empresa que fabrica o produto que está disponível para compra, exige mais em relação a qualidade e confiabilidade. Nesta situação, a marca corporativa / empresarial torna-se um forte diferencial competitivo. 2. O consumidor é também cidadão, e nesse papel ele está preocupado com a empresa sob o ponto de vista social, seu compromisso com a comunidade e sua responsabilidade com o futuro do planeta. O reconhecimento da empresa desse ponto de vista lhe confere um assertivo atributo de confiabilidade. 3. Existe hoje um cenário muito mais acirrado de concorrência, produtos similares e com isso há uma rápida erosão das vantagens competitivas das organizações. Aquilo que uma empresa faz pode ser, em certos casos, facilmente copiado. Neste caso as atitudes e comportamento da empresa tornam seu maior diferencial. Saiba Mais A imagem também se constrói com palavras ● Linguagem verbal e não verbal Já sabemos o quanto a comunicação empresarial é importante para divulgar a imagem e a reputação da empresa para o público de interesse, para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada, e para construir bons relacionamentos com seus diversos públicos. Mas para que isso ocorra de forma eficaz, é importante que saibamos utilizar as diferentes formas de comunicação. Nós nos comunicamos e interagimos por meio da linguagem que pode ser verbal e não verbal. “Verbal” vem do latim “verbum”, que significa “palavra”. Por isso, a linguagem verbal é o uso da palavra na comunicação, seja na oralidade ou na escrita, sendo a matéria do pensamento e o veículo da comunicação social. Assim como não há sociedade sem linguagem, não há sociedade sem comunicação. A Comunicação Escrita, uma das formas da linguagem verbal, engloba desde a escrita à mão até a impressa e digital. Muitas vezes, é a modalidade mais padronizada, por envolver um período de preparo e elaboração e organização das ideias. Contudo, pela falta da comunicação não verbal, a probabilidade de não entendimento das intenções do emissor da mensagem é maior. A Comunicação Oral, outra forma da linguagem verbal, é o tipo mais simples para a maioria das pessoas, pois aprendemos a falar ainda na infância. Mesmo as pessoas com dificuldades para falar em público podem ter uma boa oratória quando se sentem em um ambiente seguro ou com pessoas íntimas. De uma forma geral, pode-se afirmar que a linguagem verbal exerce grande fascínio desde os primórdios da civilização. Observa-se, na história, relatos em que o poder da palavra tem grande influência na humanidade. Um exemplo é a Bíblia, um dos documentos escritos mais antigos e mais lidos que se tem notícia, que no seu primeiro capítulo atribui a criação do mundo ao poder da palavra: Gênesis 1 1 No princípio criou Deus o céu e a terra. 2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. 3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz. Já a linguagem não verbal é aquelaque não usa palavras, como por exemplo a comunicação visual presente na fotografia, no cinema, na pintura, etc., além das imagens utilizadas na comunicação cotidiana, como os sinais de trânsito, os cartazes e placas indicativas de lugar (banheiros, restaurantes, telefones) e atividades (proibições de fumar, de usar buzina, etc.). Outros tipos de comunicação não verbais são os códigos sonoros, também usados no trânsito, ou para indicar atividades de importância privilegiada (os sons dos carros de bombeiros, polícia, ambulância). A linguagem gestual é também um tipo de linguagem não verbal, muito estudada por ter, em teoria, dado origem à linguagem humana. A linguagem gestual está muito presente na comunicação e atua como auxiliar na identificação de desejos, intenções, às vezes não expressos linguísticamente. A linguagem corporal, tipo de linguagem não verbal, é um dos pontos principais quando se fala em comunicação não verbal, pois sua compreensão ajuda a comunicação mais eficaz e a identificação do verdadeiro objetivo dos outros emissores. Ela afeta diretamente o resultado da comunicação, podendo reforçar uma mensagem ou demonstrar a falta de conexão entre as palavras faladas e os verdadeiros sentimentos ou intenções. Assim, a comunicação não verbal se torna essencial para criar conexão e sinergia entre as pessoas no ambiente de trabalho. Saber usar adequadamente os diferentes tipos de linguagem, bem como reconhecê-las, é muito importante, e o sucesso na comunicação depende disso, ou seja, quando um interlocutor recebe e compreende uma mensagem adequadamente. Para isso, é importante ter bastante atenção às mensagens passadas, muitas vezes inconscientemente, por ambas as linguagens para que se possa corrigir qualquer mal entendido que possam gerar. Atividade resolvida Sobre a linguagem verbal e não verbal, é correto afirmar: a) A linguagem verbal e não verbal são duas modalidades de comunicação que nunca são empregadas juntas. b) A linguagem verbal representa a linguagem formal, enquanto a linguagem não verbal é representada pela linguagem informal. c) A linguagem verbal é sempre culta e segue os padrões da gramática da língua. d) A linguagem não verbal não pode ser realizada nem com a fala, nem com a escrita. e) A linguagem verbal também pode ser chamada de linguagem mista, pois utiliza diversas variantes da língua. Resposta D - A linguagem não verbal utiliza signos visuais, sons e gestos para se comunicar. A escrita e a fala são modalidades da linguagem verbal. Atividade extra Nome da atividade: Vídeo - Este é o seu cérebro durante um processo de comunicação Link para assistir a atividade: https://www.ted.com/talks/uri_hasson_this_is_your_brain_on_comm unication?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_s ource=tedcomshare Referência Bibliográfica ARGENTI, P.A. Comunicação Empresarial: A construção da Identidade, Imagem e Reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. RIEL, CEES B. M. Van Reputação: O valor estratégico do engajamento dos stakeholders. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. ROCHA T., GOLDSCHIMIDT A (coord.). Gestão de Stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2010 Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade. ● Aplicações, Importâncias e Construções Responsabilidades Específicas da Comunicação Empresarial Enquanto as organizações podem ter combinações exclusivas de necessidades durante um determinado período, de forma geral, a área de Comunicação Corporativa tem responsabilidade sob os itens abaixo: ● Atividades de comunicação empresarial externas: https://www.ted.com/talks/uri_hasson_this_is_your_brain_on_communication?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_source=tedcomshare https://www.ted.com/talks/uri_hasson_this_is_your_brain_on_communication?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_source=tedcomshare https://www.ted.com/talks/uri_hasson_this_is_your_brain_on_communication?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_source=tedcomshare ● Relação com Investidores; ● Relação com o Governo; ● Relação com a Comunidade; ● Relação com Imprensa; ● Propaganda Empresarial; ● Relatórios Anuais; ● Sites Corporativos; ● Mídias Sociais Corporativas; ● Monitoramento da Imagem e Reputação. ● Atividades de Comunicação Empresarial Interna: ● Comunicação com os Colaboradores; ● Intranet Corporativa; ● Mídias Sociais Internas; ● Monitoramento da Imagem e Reputação. O sucesso da estratégia de comunicação empresarial de uma empresa depende em grande medida do elo entre a estratégia de comunicação utilizada e a estratégia geral da empresa. Além do projeto cuidadoso e do bom planejamento da estratégia, é preciso ter um sólido desempenho da função de comunicação empresarial para apoiar a sua missão, visão e valores. Os profissionais de comunicação empresarial devem estar dispostos a desempenhar uma ampla variedade de funções e seus papéis continuarão a se ampliar e diversificar à medida que a globalização e os fluxos de informação de uma variedade de fontes exigirem uma comunicação estratégica significativa. Com isso, gerenciar a reputação de uma empresa e construir confiança entre ela e seus públicos de interesse são aspectos importantes dentro de uma organização e suportados por uma bem estruturada estratégia de comunicação empresarial. Missão, Visão e Valores É sempre importante uma organização desenvolver uma missão, visão e valores, pois estes, além de nortear sua estratégia empresarial, auxiliam na construção das mensagens a serem transmitidas em um plano de Comunicação Empresarial. Sem desenvolver uma missão, visão e valores para auxiliar no desenvolvimento de uma estratégia, uma organização não pode identificar, distinguir ou explicar-se a seus funcionários e clientes. Missão O desenvolvimento de uma missão é importante para uma organização porque define qual a razão de sua existência e como a empresa gostaria de ser reconhecida e lembrada. Além disso, uma declaração de missão permite que a organização se diferencie dos concorrentes respondendo a três questões principais: o que fazemos, para quem fazemos e qual é o benefício do que fazemos? As declarações de missão constroem e identificam as relações entre os funcionários, clientes, fornecedores e colegas de trabalho. De acordo com Crans, Gaich e Hisscock (2009), “Para os verdadeiramente comprometidos, a declaração de missão se torna um mantra que é impresso em seu coração, contra o qual todo curso de ação possível é pesado e medido. Torna-se o teste decisivo para ações futuras”. Uma boa declaração de missão é concisa e precisa. Ele deve identificar os principais interessados da organização e definir como a organização os atenderá. Ex: Missão do Google - Organizar as informações do mundo para que sejam universalmente acessíveis a todos. Visão Uma declaração de visão descreve como o futuro será se a organização atingir sua missão (o que a organização quer ser no futuro, aonde deseja chegar). A visão de uma organização deve conter informações que sejam realistas, confiáveis e atraentes para seus públicos de interesse. Ex: Visão Samsung - Inspirar o mundo e criar o futuro. Valores Servem como uma plataforma para nutrir os comportamentos desejados na organização. São as ideias fundamentais, convicções dominantes. Sinalizam o que se persegue em termos de padrão de comportamento. Missão, Visão e Valores - Como comunicar Para serem úteis a missão, visão e valores devem ser assimiladas na organização. Para que isso seja possível é necessário: ● Que sejam comunicados por meio de vários canais e para todos os níveis da organização; ● Que toda a administração fale com uma só voz sobre eles; ● Histórias de sucesso que demonstrem a missão, a visão e os valores e que sejam sempre compartilhadas com todos os públicos de interesse; ● Sejam incorporados nas práticas de gestão do dia a dia. Saiba Mais Relacionamento com públicoexterno É fato que num ambiente de trabalho ou ainda na universidade você sempre está se comunicando por escrito com colegas, chefia, clientes, professores, dentre outros. Por isso, é muito importante o domínio da língua portuguesa para que a comunicação flua adequadamente e você consiga entender as entrelinhas de um texto, tenha clareza, objetividade e coesão na sua escrita, saiba produzir corretamente e-mails, relatórios e demais textos empresariais solicitados, saiba argumentar, articule logicamente as ideias, evite erros comuns. Tudo isso servirá para destacar você no mercado de trabalho e para te diferenciar de outras pessoas que não possuem a habilidade de escrita. No trabalho, a linguagem que se usa nos e-mails precisa ser bem estruturada. Claro que a forma de se comunicar vai variar de público para público. Não adianta se comunicar utilizando a norma culta do português com um público composto de jovens que querem consumir informação rapidamente. Assim como de nada adianta usar termos técnicos para explicar o funcionamento de determinado produto para um público que não é formado na área. No entanto, independente da linguagem utilizada, é preciso escrever corretamente e saber tornar sua escrita atrativa para o público correto. Escrever bem um e-mail é fundamental porque é através dele que as informações vão chegar para as pessoas. O e-mail corporativo é uma importante ferramenta de comunicação nas empresas. Muito usado para documentar o que foi dito numa reunião ou conversa telefônica, marcar reuniões, enviar dados, solicitar e enviar informações. O e-mail corporativo tem algumas características que são diferentes dos e-mails que você envia aos seus amigos ou da sua comunicação nas redes sociais, sendo que, a forma como você se expressa por meio dele, reflete sua postura profissional, podendo construir ou difamar sua imagem. Vamos conhecer algumas dicas importantes para a escrita de e-mails corporativos: Evite abreviações de palavras, uso de gírias, falta de concordância e coerência e erros de digitação. Para isso, revise sempre o que escreveu. Fique longe da informalidade das redes sociais na hora de escrever um e-mail corporativo. Ao enviar um e-mail para alguém que você tem apenas uma relação profissional, use sempre termos mais formais. Nada impede que, dentro dos limites profissionais, você seja um pouco mais informal com quem já tem afinidade. Jamais use gírias, emojis ou abreviações como “vc”, “tbm”, “Att.”, “ctz”, “tá”. “Oi”, “E ai?”, “Beijos” que são informais demais. Usar esses termos transmite falta de profissionalismo. A forma como o e-mail é escrito transmite informações sobre o profissional que o está escrevendo e também sobre a empresa. Lembre-se sempre de usar palavras mágicas como “por favor”, “desculpe” e “obrigado”. Termos que no fim, não dizem nada, como “sem mais para o momento”, “venho através desta” também devem ser evitados. Nunca digite todo texto em caixa alta. Isto significa que você está gritando com o destinatário. Em regras gerais, use letras maiúsculas para nomes próprios, ao iniciar uma frase e após um ponto final. Também não escreva tudo com minúsculas. Pesquise o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e esteja sempre atento às novas regras. Se ficar com dúvida na hora de escrever uma palavra troque por um um sinônimo ou faça uma busca na internet. Com tantas informações à disposição, cometer erros de ortografia é uma falha imperdoável. Cuidado também com a pontuação. Os pontos de exclamação e interrogação devem ser usados com moderação. Usar num “Bom dia!” é aceitável, porém colocar uma sequência “Bom dia!!!”, “Recebeu meu e-mail anterior???” não é de bom tom. Isto indica alguém excessivamente emocional e até mesmo imaturo. - O assunto Escreva o assunto informando de forma clara e objetiva sobre a que se refere o conteúdo do e-mail, assim o destinatário prioriza suas mensagens. Não deixe o “assunto” em branco. Termos como “Urgência” ou “Alta Prioridade” devem ser evitados. Isto porque, depois de um tempo, as pessoas se dão conta que os e-mails não são tão urgentes quanto dizem e acabam desconsiderando estes avisos. Só atribua importância ao que realmente for necessário. - Saudações As saudações iniciais são muito importantes. Seja sempre educado e cordial e comece seu e-mail cumprimentando o destinatário, independente de quem seja: um colega de trabalho, um fornecedor ou um cliente. Em situações formais use “Senhor”, “Senhora”, “Doutor”, “Doutora”, ou o nome da pessoa, seguido de vírgula e de um “bom dia, boa tarde ou boa noite”. Alguns autores consideram que os termos Caro(a)”, “Prezado(a)” estão em desuso, mas ainda são bem aceitos. Exemplos: “Caro Doutor Luiz, bom dia!” “Prezada Professora Ana, boa tarde!” “Senhor João, boa noite!” Caso não saiba o nome da pessoa para quem deve mandar um e-mail (faça o possível para descobrir), uma solução é usar: “Senhor Diretor de Recursos Humanos”. E se, em um último caso, não souber o nome da pessoa, nem o cargo que ela ocupa: “A quem possa interessar”, “Prezados(as)”, “Senhores”. Não envie um e-mail, escrevendo direto o que tem a dizer, sem nem ao menos mencionar o nome da pessoa. - Desenvolvimento É importante que seu e-mail tenha um começo, meio e fim, ou seja, uma introdução ao assunto, desenvolvimento e conclusão, para que o outro seja capaz de entender facilmente. Logo no início apresente o tema principal do e-mail, em seguida discorra sobre o assunto e encerre cordialmente. A abertura de um e-mail formal, escrito pela primeira vez, normalmente exige uma apresentação: “Meu nome é Luana Paschoale e sou diretora de RH da Faculdade Descomplica. Ao escrever seu e-mail corporativo, primeiramente distribua em tópicos tudo que você precisa comunicar. Em seguida, desenvolva os parágrafos em torno de cada tópico. Assim torna-se mais fácil organizar as ideias e ser conciso no que precisa ser tratado. Colocar cada ideia num parágrafo, facilita a leitura e deixa seu e-mail organizado. O espaçamento entre a saudação, cada parágrafo e a assinatura também deixa seu e-mail mais convidativo à leitura. Depois de escrevê-lo é hora de dar atenção a formatação. Certifique-se de sempre usar a mesma fonte, do mesmo tamanho e cor. Destacando apenas algumas palavras que requerem mais atenção e facilitando assim, uma leitura mais rápida. Nunca deixe seu e-mail todo colorido, criando uma poluição visual. - Finalização Nunca deixe de assinar um e-mail corporativo. Tão importante quanto a saudação é o encerramento que deve prezar pela impessoalidade. Portanto nada de se despedir com “beijos” ou “abraços carinhosos”. Encerre com frases como: “Qualquer dúvida estou à disposição”, “Aguardo seu retorno”. Vale também usar “Cordialmente” ou o clássico “Atenciosamente”, mas por extenso, evite a abreviatura, sabendo que a forma correta é “At.,” e observe que logo após emprega-se vírgula nos dois casos. Crie sempre uma assinatura com seus dados pessoais como nome e sobrenome. Inclua também o setor para evitar desencontros em empresas muito grandes. O(s) telefone(s) de contato são muito importantes caso o destinatário queira te ligar e esclarecer prontamente alguma dúvida. Lembre-se sempre de seguir o padrão de assinatura criado pela empresa. Lembre-se de que o encerramento do e-mail é a última visualização que a pessoa terá sobre sua empresa, então, trabalhe para que essa sensação seja duradoura e positiva. Também é o momento de fazer com que a pessoa que recebeu seu e-mail guarde seu nome. - Anexos Sempre avise no corpo do e-mail quando estiver enviando documentos anexados. Use “Segue anexa a documentação”, “Seguem anexos os relatórios”. (Não use “em anexo”). Atividade Extra Reescreva o e-mail corporativo abaixo, enviado a um colaborador, de acordo com as normas estudadas. De: antonio.mallory@hotmail.com Para: rafaelsouza@gmail.com Assunto: Oi Rafael Souza, Solicito, por favor, o envio dos relatórios X até amanhã. Aguardo retorno. Att. Antônio Carlos Resolução De: antonio.mallory@hotmail.comPara: rafaelsouza@gmail.com Assunto: Envio de Relatórios Senhor Rafael Souza, boa tarde! Solicito, por favor, o envio dos relatórios X até amanhã. Aguardo retorno. Atenciosamente, Antônio Carlos Gerente de Produção Atividade Extra Nome da atividade: Vídeo - Como ter lucros fazendo diferença para a sociedade Link para assistir a atividade: https://www.ted.com/talks/audrey_choi_how_to_make_a_profit_whil e_making_a_difference ● Escrita de e-mails corporativos Referência Bibliográfica ARGENTI, P.A. Comunicação Empresarial: A construção da Identidade, Imagem e Reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. RIEL, CEES B. M. Van Reputação: O valor estratégico do engajamento dos stakeholders. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. https://www.ted.com/talks/audrey_choi_how_to_make_a_profit_while_making_a_difference https://www.ted.com/talks/audrey_choi_how_to_make_a_profit_while_making_a_difference ROCHA T., GOLDSCHMIDT A (coord.). Gestão de Stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2010. Observação: este site inclui um sistema de acessibilidade. Pressione Control-F11 para ajustar o site aos deficientes visuais que usam um leitor de tela; Pressione Control-F10 para abrir um menu de acessibilidade. ● Públicos de Interesse Stakeholders / Públicos de Interesse Stakeholders ou Públicos de Interesse são os públicos, grupos ou indivíduos que afetam e são significativamente afetados pelas atividades de uma empresa: clientes, colaboradores, acionistas, fornecedores, imprensa, governo, comunidade etc. Nos anos 1980, os temas prioritários na busca de um desempenho superior nas organizações focaram a revisão de suas operações (gestão de qualidade total) e redução de custos (reengenharia); nos meados dos anos de 1990, o foco passou para temas como criação de valor e crescimento sustentável. A visão baseada na gestão superior dos stakeholders, representa um caminho para a construção de uma vantagem competitiva mediante um olhar de fora, para clientes, concorrentes parceiros, imprensa, sociedade, buscando novas formas de criar e entregar valor maior que a concorrência. Na visão baseada na gestão de stakeholders, a empresa é vista como o centro de uma rede de públicos interessados e a obtenção da vantagem competitiva baseia-se na gestão superior do relacionamento e comunicação com esses públicos. Vantagens da Gestão baseada em Stakeholders / Públicos de Interesse 1. A consideração de um número maior de stakeholders pode ajudar a evitar que a organização seja surpreendida por um stakeholder insatisfeito, por exemplo, permitindo um melhor relacionamento com um sindicato durante uma greve; 2. Considerar as necessidades de uma comunidade local pode evitar cobertura indesejada na imprensa e processos jurídicos; 3. Uma organização que desenvolve excelente relacionamento com muitos stakeholders tem mais opções a considerar quando enfrenta dificuldades. Determinar o que é valor para os Stakeholders / Públicos de Interesse Todo relacionamento com os stakeholders / públicos de interesse começa à partir do momento que a empresa começa a descobrir quais públicos está procurando, para que os objetivos destes também sejam alcançados. Os stakeholders criam expectativas sobre a forma como a empresa vai se comportar e os resultados que eles esperam receber; quando estes tornam-se abertamente insatisfeitos com as práticas empresariais a imagem ética e a reputação da empresa são manchadas. Nesse sentido, é fundamental que as empresas descubram o que seus stakeholders valorizam. Para que isso seja possível, se pode seguir os seguintes processos: ● Selecionar os Stakeholders / Públicos de Interesse-chave; ● Determinar o que esses públicos selecionados valorizam; ● Determinar o que esses públicos desejam em termos de dimensões (o que é desejado e o que é preferido); ● Avaliar como a empresa hoje “entrega” o que os públicos selecionados valorizam; ● Descobrir as razões da empresa ser bem ou mal sucedida no relacionamento com estes públicos; ● Determinar o que os públicos selecionados valorizarão no futuro. Interesses dos Stakeholders / Públicos de Interesse Para entendermos o que os públicos valorizam, precisamos entender os interesses que podem possuir com uma organização, sendo os mesmos divididos em 03 tipos: 1. Interesse de Propriedade - interesse que os públicos possuem relacionados a seus ganhos dependendo do valor da empresa e de suas atividades. Se um colaborador possui ações da empresa, por exemplo, seu interesse será classificado como de propriedade; 2. Interesse Econômico - significa que aquele público possui uma relação econômica com a empresa. Ele pode ser um colaborador, um cliente, um fornecedor ou mesmo um parceiro comercial; 3. Interesse Social - ocorre quando o público não está diretamente associado à organização, mas se interessa em garantir que ela se comporte de maneira socialmente responsável. Como classificar os Stakeholders / Públicos de Interesse Para satisfazer os stakeholders/públicos de interesse, deve-se primeiro identificar aqueles que influenciam a organização. A seguir, é preciso fazer duas avaliações críticas: o potencial desses stakeholders em ameaçar a organização e o potencial desses stakeholders em cooperar com a organização. Sendo assim, tem-se quatro classes de stakeholders: 1. Stakeholders dispostos a apoiar – possuem baixo potencial em ameaçar e alto potencial em cooperar; 2. Stakeholders marginais – não são nem altamente ameaçadores, nem especialmente cooperadores; 3. Stakeholders indispostos a cooperar – possuem alto potencial de ameaça, mas baixo potencial em cooperação; 4. Stakeholders ambíguos – têm alto potencial em ameaçar, assim como em cooperar. O potencial do stakeholder em cooperar, às vezes, é ignorado, porque a análise geralmente enfatiza tipos e magnitudes de ameaças de stakeholders. O potencial para a cooperação do stakeholder é particularmente relevante, porque ele pode levar as companhias a unir forças com outros stakeholders, resultando numa melhor administração dos meios de negócios. Frequentemente, quanto mais dependente o stakeholder for, maior é a vontade de cooperar. As empresas, ao focar no potencial dos stakeholders-chave para ameaçar e cooperar, podem evitar a implementação de planos opostos aos planos dos stakeholders, reconhecer suas necessidades emergentes, modificar planos para envolvê-los e desviar problemas associados à organização. Saiba Mais A linguagem usada nas redes sociais, chamada de internetês, em geral, é mais informal, com palavras abreviadas e símbolos que buscam traduzir as emoções de quem escreve. Os significados que obtemos nas conversas faladas, muitas vezes, não são encontrados nas palavras que usamos, mas na forma como elas são ditas e nos espaços entre elas. Tom de voz e entonações criados por mudanças na velocidade, volume e tom, permitem que os ouvintes saibam se “Bom trabalho” é elogioso ou sarcástico, ou se “Uau” mostra que você está impressionado ou desapontado. O significado literal das palavras é sua mensagem, e tudo sobre como as palavras são ditas chamamos de metamensagem. As metamensagens comunicam como você quer dizer o que diz. Mais e mais conversas estão ocorrendo nas telas - via mensagens de texto, Facebook, Instagram, Snapchat, Twitter, e-mail e uma grande quantidade de outras plataformas. Algumas dessas conversas escritas compensam a falta de vozes com convenções que imitam a fala, como pontos de exclamação, letras maiúsculas e repetição de palavras ou letras. Posso ser “muito feliz !!!” ou “muuuuuuuito” feliz” ou “MUITO feliz” ou “muimuimuimuito feliz” ou mesmo “MUUUUUUUITOOOOOO feliz !!!” Emoticons, emojis e gifs também ajudam. Mas esses sinais visuais são apenas a ponta do iceberg de metamensagem. Os seres humanos estão sempre empenhados em criar e interpretar significados. Por isso, existem várias opções de se expressar ao enviar uma mensagem, vários tipos de plataformas e cada vez mais recursos para serem usados na comunicação via redes sociais. Mas, como as tecnologias e as convençõespara usá-las são tão novas e estão mudando tão rapidamente, mesmo amigos próximos e parentes têm ideias diferentes sobre como devem ser usadas. E como as metamensagens são implícitas em vez de declaradas, podem ser mal interpretadas ou totalmente perdidas. Todo cuidado é pouco ao usar as redes sociais para situações de trabalho. Gerações diferentes são particularmente aptas a perceber metamensagens diferentes nas mesmas palavras ou ações. Por exemplo, algumas pessoas consideram as postagens no Facebook como falsas e mentirosas, outras acreditam em tudo o que leem. Ao decidir qual plataforma usar e como usar, bem como interpretar as comunicações que você recebe - ou não recebe - você deve saber quais plataformas seus colegas, clientes ou fornecedores tendem a usar e como eles as usam. Alguns responderão a textos, mas não e-mails, outros não verificarão seus telefones regularmente, então você não pode contar com mensagens de texto para entrar em contato com eles. A proliferação de plataformas significa mais opções para explorar, mas também mais oportunidades para que suas mensagens sejam mal interpretadas. Com que rapidez uma determinada pessoa geralmente responde a um texto ou e-mail? O que significa a falta de uma resposta imediata? Tão firme é a expectativa de algumas pessoas de uma resposta rápida a um texto que qualquer lapso tem significado. Cada palavra que falamos está repleta de metamensagens dizendo aos outros não apenas como queremos dizer o que dizemos, mas também quem somos. Sempre foi assim; é a única maneira pela qual a linguagem pode funcionar para comunicar ideias e negociar relacionamentos. Com as mídias sociais, temos cada vez mais maneiras de fazer isso - e cada vez mais coisas com que nos preocupar, para ter certeza de que o “eu” que estamos exibindo é aquele que acreditamos ser - ou aquele que queremos ser. Também criamos alternativas inteligentes para nos comunicarmos com rapidez e, ao mesmo tempo, diminuir a distância e a impessoalidade dos diálogos travados nos ambientes virtuais. Mas apesar de ser uma linguagem muito útil no nosso dia a dia, o internetês deve ficar restrito à internet. Existe um princípio chamado de “adequação linguística” que nos mostra a importância de utilizar adequadamente (ou seja, respeitando o contexto comunicacional) os diferentes registros da língua portuguesa. Assim como não falamos com nossos pais como falamos com nossos colegas de trabalho, e vice-versa, não devemos também permitir que o internetês invada uma praia que não é a dele, isto é, não devemos permitir que ele “contamine” a escrita de textos que exijam a adequação à norma culta da língua. Atividade resolvida Descreva o que significam as abreviações das palavras abaixo: Rs (risos) Qdo (quando) Kdê (cadê) Lol (laughing out loud ou rindo muito) Tbm (também) Vc (você) Blz (beleza) Atividade extra Nome da atividade: Vídeo - Teoria dos Stakeholders / Públicos de Interesse Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=6lVSBQOPurk Referência Bibliográfica ARGENTI, P.A. Comunicação Empresarial: A construção da Identidade, Imagem e Reputação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. https://www.youtube.com/watch?v=6lVSBQOPurk RIEL, CEES B. M. Van Reputação: O valor estratégico do engajamento dos stakeholders. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. ROCHA T., GOLDSCHIMIDT A (coord.). Gestão de Stakeholders. São Paulo: Saraiva, 2010 ● ●