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Informativo STF 1084

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7 DE MARÇO DE 2023
Edição 1084/2023
Secretaria-Geral da Presidência
Estêvão André Cardoso Waterloo
Gabinete da Presidência
Paula Pessoa Pereira
Diretoria-Geral
Miguel Ricardo de Oliveira Piazzi
Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação
Manuelita Hermes Rosa Oliveira Filha
Coordenadoria de Difusão da Informação
Flávia Trigueiro Mendes Patriota
Equipe Técnica
Renan Arakawa Pamplona 
Anna Daniela de Araújo M. dos Santos
Daniela Damasceno Neves Pinheiro 
João de Souza Nascimento Neto
Luiz Carlos Gomes de Freitas Júnior 
Mariana Bontempo Bastos
Ricardo Henriques Pontes
Tays Renata Lemos Nogueira
Capa e projeto gráfico
Flávia Carvalho Coelho Arlant
Diagramação
Ana Carolina Caetano
Cínthia Aryssa Okada
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)
Informativo STF [recurso eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. N. 1, (1995) – . Brasília : STF, 1995 – .
Semanal.
O Informativo STF, periódico semanal do Supremo Tribunal Federal, apresenta, de forma objetiva e concisa, resumos das teses e 
conclusões dos principais julgamentos realizados pelos órgãos colegiados – Plenário e Turmas –, em ambiente presencial e virtual. 
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
ISSN: 2675-8210.
1. Tribunal supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Tribunal supremo, periódico, Brasil. I. Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF). Secretaria de 
Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação. 
CDDir 340.6
Permite-se a reprodução desta publicação, no todo ou em parte, sem alteração do conteúdo, desde que citada a fonte.
ISSN: 2675-8210
INFORMATIVO STF. Brasília: Supremo Tribunal Federal, Secretaria de Altos Estudos, Pesquisas e Gestão da Informação, n. 1084/2023. 
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF. Data de divulgação: 7 de março de 2023. 
INFORMAÇÕES 
ADICIONAIS
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7 de março de 2023 | 1084/2023 INFORMATIVO STF
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
MINISTRA 
ROSA MARIA PIRES WEBER
Presidente [19.12.2011]
MINISTRO 
LUÍS ROBERTO BARROSO
Vice-presidente [26.6.2013]
MINISTRO 
GILMAR FERREIRA MENDES
Decano [20.6.2002]
MINISTRO 
ENRIQUE RICARDO LEWANDOWSKI
[16.3.2006]
MINISTRA 
CÁRMEN LÚCIA ANTUNES ROCHA
[21.6.2006]
MINISTRO 
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI
[23.10.2009]
MINISTRO
LUIZ FUX
[3.3.2011]
MINISTRO 
LUIZ EDSON FACHIN
[16.6.2015]
MINISTRO 
ALEXANDRE DE MORAES
[22.3.2017]
MINISTRO 
KASSIO NUNES MARQUES
[5.11.2020]
MINISTRO 
ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA MENDONÇA
[16.12.2021]
7 de março de 2023 | 1084/2023 INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO ADMINISTRATIVO
 » Conselhos de Fiscalização Profissional; Criação; Extinção e 
Reestruturação de Órgãos ou Cargos Públicos
• Iniciativa de lei para a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais 
de educação física - ADI 3.428/DF
DIREITO CONSTITUCIONAL
 » Ordem Social; Assistência Social; Direito Social à Moradia
• Validade do programa Bolsa Aluguel no Estado do Amapá - ADI 4.727/DF
 » Organização Político-Administrativa; Repartição de Competências; 
Política Tarifária de Energia Elétrica; Contrato de Concessão; Equilíbrio 
Econômico-Financeiro 
• Isenção de tarifa de energia elétrica em âmbito estadual aos consumidores 
atingidos por enchentes - ADI 7.337 MC-Ref/MG
 » Repartição de Competências; Meio Ambiente
• Proibição de destruição e inutilização de bens apreendidos em operações 
de fiscalização ambiental - ADI 7.203/RO
DIREITO INTERNACIONAL
 » Cooperação Internacional; Internet; Compartilhamento de Dados
• Possibilidade da requisição direta de dados feita por autoridades nacionais 
a provedores no exterior - ADC 51/DF
7 de março de 2023 | 1084/2023 INFORMATIVO STF
DIREITO PROCESSUAL PENAL
 » Execução Penal; Remição da Pena; Falta Grave; Perda dos Dias Remidos
• Art. 127 da LEP: perda de dias remidos por falta grave e revisão ou cancelamento 
do enunciado da súmula vinculante 9 - RE 1.116.485/RS (Tema 477 RG)
DIREITO TRIBUTÁRIO
 » Impostos; ICMS: Zona Franca de Manaus; Substituição Tributária
• Zona Franca de Manaus e determinação do encerramento do diferimento 
ou da suspensão do ICMS devido na compra de combustíveis por meio de 
Convênio do Confaz - ADI 7.036/DF
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
• Porte de arma de fogo a agentes penitenciários no âmbito estadual - ADI 
5.076/RO
• Restrição ao acesso de armas e munição - ADC 85 MC-Ref/DF
• Vinculação entre remunerações de cargos essenciais à justiça - ADI 570/PE
• Competência privativa da Defensoria Pública para a assistência jurídica aos 
necessitados - ADI 4.346/MG
• Incorporação de vantagens pessoais aos subsídios dos membros do Ministério 
Público - ADI 3.834/DF
• Ampliação da base de cálculo de contribuição previdenciária em âmbito 
estadual - ADI 6.483/BA
• Vinculação da Assessoria Jurídica estadual à Procuradoria-Geral do estado 
- ADI 6.500/RN
3 INOVAÇÕES NORMATIVAS DO STF
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
1 INFORMATIVO
1.1 PLENÁRIO
DIREITO ADMINISTRATIVO – CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL; CRIAÇÃO, EXTINÇÃO E REESTRUTURAÇÃO DE 
ÓRGÃOS OU CARGOS PÚBLICOS
DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS; 
PROCESSO LEGISLATIVO
Iniciativa de lei para a criação do Conselho 
Federal e dos Conselhos Regionais de 
educação física - ADI 3.428/DF 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
É formalmente inconstitucional — por vício resultante da usurpação do poder de 
iniciativa (CF/1988, art. 61, § 1º, II, “a”) — lei federal de origem parlamentar que cria 
conselhos de fiscalização profissional e dispõe sobre a eleição dos respectivos 
membros efetivos e suplentes.
De acordo com a jurisprudência desta Corte, os conselhos de fiscalização profissional, 
diante do caráter público da atividade que desenvolvem, possuem natureza jurídica 
de autarquia e personalidade jurídica de direito público, com autonomia administra-
tiva e financeira (1).
Nesse contexto, as autarquias que integram a Administração Pública federal, entre as 
quais se incluem os conselhos de fiscalização profissional, só podem ser criadas por 
leis de iniciativa do Presidente da República (2) (3).
Essa regra constitucional encontra fundamento direto na separação de Poderes, que, 
de um lado, garante ao Executivo a prerrogativa de controlar a forma e o modo do 
funcionamento básico da Administração e, de outro, o juízo de conveniência e oportu-
nidade que informam os custos dessa organização.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2279182
https://drive.google.com/file/d/1ykaMFlGM_J0oDsk2-IGgL5fVaZN8_mvA/view?usp=share_link
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, julgou procedente a ação 
para declarar a inconstitucionalidade dos arts. 4º e 5º da Lei 9.696/1998 (4), com efi-
cácia ex nunc, tendo em vista que a matéria já foi supervenientemente regulamentada 
pela Lei 14.386/2022, cuja aprovação derivou de projeto de lei de iniciativa do Poder 
Executivo federal. 
(1) Precedente citado: MS 22.643.
(2) CF/1988: “Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão 
da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao 
Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na 
forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República 
as leis que: (...) II – disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração 
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;”
(3) Precedentes citados: ADI 2.249; ADI 3.061 e ADI 2.892.
(4) Lei 9.696/1998:“Art. 4º São criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Educação Física. Art. 
5º Os primeiros membros efetivos e suplentes do Conselho Federal de Educação Física serão eleitos para um 
mandato tampão de dois anos, em reunião das associações representativas de Profissionais de Educação 
Física, criadas nos termos da Constituição Federal, com personalidade jurídica própria, e das instituições 
superiores de ensino de Educação Física, oficialmente autorizadas ou reconhecidas, que serão convocadas 
pela Federação Brasileira das Associações dos Profissionais de Educação Física - FBAPEF, no prazo de até 
noventa dias após a promulgação desta Lei.”
ADI 3.428/DF, relator Ministro Luiz Fux, julgamento virtual finalizado em 28.2.2023 (terça-feira), às 
23:59
DIREITO CONSTITUCIONAL – ORDEM SOCIAL; ASSISTÊNCIA SOCIAL; 
DIREITO SOCIAL À MORADIA 
Validade do programa Bolsa Aluguel no 
Estado do Amapá - ADI 4.727/DF 
ÁUDIO
DO TEXTO
Parte 1
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 2
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
RESUMO:
É constitucional lei estadual que autoriza o Poder Executivo a instituir, no âmbito do ente 
federado, programa destinado ao pagamento de aluguel de imóvel a famílias que residam 
em local de situação de risco iminente ou que tenham seu imóvel atingido por catástrofes, 
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=85800
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=375359
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=363297
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=266949
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2279182
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2279182
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4203204
https://drive.google.com/file/d/1Oigr3TuepUN0U_Em_MIWM3xgAcSUfgmA/view?usp=share_link
https://youtu.be/VUexgfrdaqM?t=4
https://youtu.be/la40DSbvUl8?t=1
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
utilizando o valor do salário mínimo como parâmetro para a concessão do benefício de 
programa social.
A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de que o salário mínimo não pode ser usado 
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado (1), 
posicionamento que foi consolidado com a edição do enunciado da Súmula Vinculante 4 (2). 
Contudo, na espécie, não se trata de verba remuneratória de servidor, mas de benefício assis-
tencial destinado às pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e cujo valor do 
salário mínimo é previsto como o teto da quantia a ser paga, de modo que não incide a proi-
bição constitucional (CF/1988, art. 7º, IV) nem a compreensão sumulada do Tribunal.
Ademais, não usurpa a competência privativa do chefe do Poder Executivo norma de origem 
parlamentar que, embora possa criar despesa para a Administração Pública, não trata da 
estruturação ou atribuição de seus órgãos, tampouco do regime jurídico de servidores, mas 
apenas determina o pagamento de auxílio aluguel pelo Poder Público nas situações nela con-
templadas (3).
É inconstitucional norma que estabelece prazos ao chefe do Poder Executivo para a 
apresentação de projetos de lei ou para a regulamentação de disposições legais.
Na espécie, a lei amapaense impugnada, de iniciativa do Poder Legislativo, criou obrigação 
ao Poder Executivo e fixou o prazo de 90 dias para a regulamentação da norma, em afronta 
ao princípio da separação dos Poderes (4), sendo indiferente a finalidade da norma.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, julgou parcialmente procedente a 
ação para declarar a inconstitucionalidade da expressão “no prazo de 90 (noventa) dias”, 
contida no art. 8º da Lei 1.600/2011 do Estado do Amapá (5).
(1) Precedente citado: RE 565.714.
(2) Súmula Vinculante 4: “Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado 
como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído 
por decisão judicial”.
(3) Precedentes citados: ARE 878.911 RG; RE 871.658 AgR ; ADI 4.723 e ADI 4.288.
(4) Precedentes citados: ADI 821; ADI 3.394; ADI 179 e ADI 4.052.
(5) Lei 1.600/2011 do Estado do Amapá: “Art. 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a instituir o Programa 
Bolsa Aluguel, que consiste na concessão de benefício financeiro destinado ao subsídio para pagamento de 
aluguel de imóvel a famílias que atendam os seguintes requisitos: I. Residam em assentamentos precários 
e que devam ser removidas da área de risco iminente que não seja passível de adequação urbanística; II. 
Estejam em área de desadensamento ou adequação urbana, nos processos de urbanização de favela e áreas 
de ressaca; III. Cuja residência tenha sido destruída por incêndio, deslizamento, desmoronamento, vendaval, 
ou esteja totalmente interditada pela Defesa Civil; IV. Tenham imóvel atingido por catástrofe, fato natural 
que inviabilize a moradia ou qualquer fato análogo que impossibilite a moradia ou exploração econômica 
do imóvel. Parágrafo único. Com base em avaliação técnica, devidamente fundamentada, a indicação das 
famílias a serem beneficiadas ficará sob a responsabilidade dos órgãos competentes da administração. 
Art. 2º. O Programa Bolsa Aluguel instituído por esta Lei destina-se às famílias com renda familiar per capita 
de até 3 (três) salários mínimos, e será efetuado na seguinte conformidade: I. Período máximo de 12 (doze) 
meses, prorrogável pelo mesmo período; II. Caso não tenha ocorrido ainda o atendimento definitivo pelos 
programas de habitação de interesse social; III. Desde que mantida a pobreza da família beneficiária. § 1º. 
Por se tratar de benefício financeiro exclusivamente destinado ao subsídio para pagamento de locação de 
imóvel, os valores destinados a cada família não poderão ultrapassar a (1) um salário mínimo. § 2º. É vedada 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=560067
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748028200
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=753201740
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=753445531
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9863928
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=541505
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5530244
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=761893139
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
a concessão do benefício a mais de um membro da mesma família, sob pena de suspensão do benefício. Art. 
3º. O limite de renda per capita previsto no caput do artigo 2° não se aplica nos casos previstos no inciso IV 
do artigo 1° da presente Lei. Art. 4º. Nos casos de catástrofe, ou qualquer outro fato análogo, a família não 
necessitará comprovar rendimentos, sendo beneficiária do programa com a simples demonstração de perda 
ou deterioração de perda do imóvel residencial. Art. 5º. O pagamento às famílias deverá ser preferencialmente 
efetuado mediante depósito bancário, com a indicação dos titulares para saques em dinheiro ou por meio 
de cartão eletrônico. § 1º. A titularidade para o pagamento dos benefícios será preferencialmente concedida 
à mulher responsável pela família. § 2º. O pagamento dos benefícios deverá ser realizado diretamente ao 
beneficiário ou, excepcionalmente, conforme o caso e a critério dos órgãos responsáveis, ao locador. § 3º. A 
Administração Pública não será responsável por qualquer ônus financeiro ou legal com relação ao locador, 
em caso de inadimplência ou descumprimento de qualquer cláusula contratual por parte do beneficiário. 
Art. 6º. A localização do imóvel, negociação de valores, contratação da locação e pagamento mensal aos 
locadores será responsabilidade do titulardo benefício. Parágrafo único. Caberá à Administração prestar 
orientação e apoio técnico ao beneficiário de forma a viabilizar a correta utilização do benefício. Art. 7º. 
Cessará o benefício, perdendo o direito a ele a família que: I - deixar de atender, a qualquer tempo, aos 
critérios estabelecidos no caput dos artigos 1º e 2º da presente Lei; II - sublocar o imóvel objeto da concessão 
do benefício; III - descumprir qualquer das cláusulas do Termo de Responsabilidade, que deverá ser lavrado 
antes da concessão do primeiro benefício mensal. Art. 8º. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no 
prazo de 90 (noventa) dias, estabelecendo normas necessárias para operacionalização do Programa. Art. 
9º. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de verbas orçamentárias próprias, 
suplementadas se necessário. Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.”
ADI 4.727/DF, relator Ministro Edson Fachin, redator do acórdão Ministro Gilmar Mendes, julgamento 
finalizado em 23.2.2023
DIREITO CONSTITUCIONAL – ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA; REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS; POLÍTICA 
TARIFÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA; CONTRATO DE CONCESSÃO; 
EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Isenção de tarifa de energia elétrica em 
âmbito estadual aos consumidores atingidos 
por enchentes - ADI 7.337 MC-Ref/MG 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
Há plausibilidade jurídica na alegação de inconstitucionalidade, decorrente da 
incompatibilidade com o modelo de repartição de competências — violação à com-
petência da União para legislar sobre energia elétrica (CF/1988, art. 22, IV), para 
explorar, diretamente ou por delegação, os serviços e instalações de energia elé-
trica (CF/1988, art. 21, XI, “e”), e para dispor sobre política de concessão de serviços 
públicos (CF/1988, art. 175, parágrafo único, III) —, de lei estadual que confere ao 
governador poderes para conceder isenção de tarifa de energia elétrica aos con-
sumidores residenciais, industriais e comerciais atingidos por enchentes no estado.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4203204
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4203204
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6547358
https://drive.google.com/file/d/1g5YaWEmKpviT_st2vXkdsRMPd30p33yW/view?usp=share_link
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
Na linha da jurisprudência da Corte (1), leis estaduais não podem interferir em con-
tratos de concessão de serviços federais, alterando as condições que impactam na 
equação econômico-financeira contratual e afetando a organização do setor elétrico.
Na espécie, além da presença da fumaça do bom direito, vislumbra-se o perigo da 
demora diante do iminente risco de se fazer impositiva a prestação gratuita de energia 
elétrica apta a ensejar desequilíbrio econômico-financeiro no contrato de concessão, 
visto que, no presente período do ano, ocorrem fortes chuvas e enchentes no estado.
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, referendou a liminar concedida 
para, até julgamento final do mérito, suspender os efeitos dos arts. 2º, 3º e 4º (caput 
e parágrafo único), todos da Lei 23.797/2021 do Estado de Minas Gerais (2).
(1) Precedentes citados: ADI 2.299; ADI 5.960; ADI 2.337 e ADI 6.912.
(2) Lei 23.797/2021 do Estado de Minas Gerais: “Art. 2º – A Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig 
– poderá, mediante ato do governador do Estado, conceder isenção total da tarifa de energia elétrica aos 
consumidores residenciais, industriais e comerciais atingidos por enchentes no Estado. Art. 3º – A isenção 
prevista nos arts. 1º e 2º aplica-se nos três meses subsequentes ao período em que forem constatadas pelo 
poder público enchentes de grande proporção nos municípios do Estado. Art. 4º – Os consumidores residenciais, 
industriais e comerciais atingidos por enchentes deverão procurar as empresas a que se referem os arts. 1º 
e 2º para a realização de cadastro e a obtenção da isenção de que trata esta lei no período estabelecido. 
Parágrafo único – Caberá às empresas a que se referem os arts. 1º e 2º realizar a fiscalização dos imóveis 
isentos na forma desta lei no período determinado.”
ADI 7.337 MC-Ref/MG, relator Ministro Alexandre de Moraes, julgamento virtual finalizado em 
28.2.2023 (terça-feira), às 23:59
DIREITO CONSTITUCIONAL – REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS; MEIO 
AMBIENTE
DIREITO AMBIENTAL – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE
Proibição de destruição e inutilização 
de bens apreendidos em operações de 
fiscalização ambiental - ADI 7.203/RO 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
É inconstitucional — por violar a competência da União para legislar sobre normas 
gerais de proteção ao meio ambiente e sobre direito penal e processual penal 
(CF/1988, arts. 24, VI e VII; e 22, I) — lei estadual que proíbe os órgãos ambientais 
https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15355729947&ext=.pdf
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=751630862
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754018726
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=754130348
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=762397516
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6547358
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6547358
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6443754
https://drive.google.com/file/d/1pMOmqhYAjzuuAFZU0bsbiLWYe6sKQc75/view?usp=share_link
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/index.html
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11
INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
e a polícia militar de destruírem e inutilizarem bens particulares apreendidos em 
operações de fiscalização ambiental.
O Poder Público e toda a sociedade possuem o dever de defender e preservar um meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, sendo permitida a aplicação de sanções penais e 
administrativas às condutas e atividades a ele lesivas (CF/1988, art. 225, caput, e § 3º).
As diretrizes traçadas pela legislação editada pela União (Lei 9.605/1998 e Decreto 
6.514/2008), em determinadas situações e atendidos todos os requisitos, permitem o uso 
do poder de polícia quando constatada a infração ambiental, adotando-se a medida 
administrativa de destruição e inutilização dos produtos, subprodutos e instrumentos 
da infração (1) (2).
Nesse contexto, a sistemática adotada pela lei impugnada é incompatível com a legis-
lação federal, uma vez que o afastamento da sanção configura extravasamento da 
atuação legislativa estadual em detrimento das diretrizes gerais estabelecidas pela 
União, o que, de acordo com a jurisprudência desta Corte é hipótese de reconheci-
mento de inconstitucionalidade formal (3).
Com base nesse entendimento, o Plenário, por unanimidade, julgou procedente a ação 
para declarar a inconstitucionalidade da Lei 5.299/2022 do Estado de Rondônia (4).
(1) Lei 9.605/1998: “Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se 
os respectivos autos. (...) § 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados 
a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes. § 4° Os produtos e subprodutos 
da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais. § 5º 
Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio 
da reciclagem. (...) Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o 
disposto no art. 6º: (...) IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, 
petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração; V - destruição ou inutilização 
do produto; (...) VIII - demolição de obra; (...) § 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV e V do 
caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei.”
(2) Decreto 6.514/2008:“Art. 3º As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções: (...) V 
- destruição ou inutilização do produto; (...) Art. 101. Constatada a infração ambiental, o agente autuante, 
no uso do seu poder de polícia, poderá adotar as seguintes medidas administrativas: (...) V - destruição 
ou inutilização dos produtos, subprodutos e instrumentos da infração (...) Art. 111. Os produtos, inclusive 
madeiras, subprodutos e instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser destruídos ou inutilizados 
quando: I - a medida for necessária para evitar o seu uso e aproveitamento indevidos nas situações em que 
o transporte e a guarda forem inviáveis em face das circunstâncias; ou II - possam expor o meio ambiente 
a riscos significativos ou comprometer a segurança da população e dos agentes públicos envolvidos na 
fiscalização. Parágrafo único. O termo de destruição ou inutilização deverá ser instruído com elementos que 
identifiquem as condições anteriores e posteriores à ação, bem como a avaliação dos bens destruídos (...) Art. 
134. Após decisão que confirme o auto de infração, os bens e animais apreendidos que ainda não tenham 
sido objeto da destinação prevista no art. 107, não mais retornarão ao infrator, devendo ser destinados da 
seguinte forma: (...) IV - os instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser destruídos, utilizados 
pela administração quando houver necessidade, doados ou vendidos, garantida a sua descaracterização, 
neste último caso, por meio da reciclagem quando o instrumento puder ser utilizado na prática de novas 
infrações; V - os demais petrechos, equipamentos, veículos e embarcações descritos no inciso IV do art. 72 
da lei nº 9.605, de 1998, poderão ser utilizados pela administração quando houver necessidade, ou ainda 
vendidos, doados ou destruídos, conforme decisão motivada da autoridade ambiental;”
(3) Precedentes citados: ADI 6.650; ADI 6.672; ADI 5.675 e ADI 7.007 MC-Ref.
(4) Lei 5.299/2022 do Estado de Rondônia: “Art. 1º Fica proibido aos órgãos ambientais de fiscalização e polícia 
militar do Estado de Rondônia, a destruição e inutilização de bens particulares apreendidos nas operações/
fiscalizações ambientais no estado. Parágrafo único. Aos bens apreendidos na prática de infrações ambientais 
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755760747
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=757367299
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=758933784
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=759335453
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
serão dados a destinação que prevê o art. 25, § 5°, da Lei Federal n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e/ou 
o disposto no art. 105 do Decreto Federal n° 6.514, de 22 de julho de 2008.”
ADI 7.203/RO, relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento virtual finalizado em 28.2.2023 (terça-
feira), às 23:59
DIREITO INTERNACIONAL – COOPERAÇÃO INTERNACIONAL; 
INTERNET; COMPARTILHAMENTO DE DADOS
DIREITO CONSTITUCIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL; PROVAS
Possibilidade da requisição direta de 
dados feita por autoridades nacionais a 
provedores no exterior - ADC 51/DF 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO
Parte 1
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 2
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 3
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 Parte 4
VÍDEO DO
JULGAMENTO
 
RESUMO:
As empresas de tecnologia que operam aplicações de internet no Brasil sujeitam-
-se à jurisdição nacional e, como tal, devem cumprir as determinações das autori-
dades nacionais do Poder Judiciário — inclusive as requisições feitas diretamente 
— quanto ao fornecimento de dados eletrônicos para a elucidação de investiga-
ções criminais, ainda que parte de seus armazenamentos esteja em servidores 
localizados em países estrangeiros. 
A utilização apenas de mecanismos diplomáticos de obtenção de prova, por se revelarem 
acordos complexos e morosos, dificulta a apuração de delitos cometidos em ambiente 
virtual, razão pela qual, uma vez considerado o avanço tecnológico, não devem ser 
ignoradas outras formas de cooperação jurídica internacional, previstas em tratados e 
convenções internacionais que objetivem dar maior celeridade à preservação da prova, 
tendo em vista que a demora na obtenção dos dados pode ensejar a sua supressão.
Nesse contexto, nos termos do artigo 11 da Lei 12.965/2014, conhecida como “Marco 
Civil da Internet” (1), cuja previsão encontra respaldo na Convenção sobre Crimes 
Cibernéticos de Budapeste (art. 18), deverá ser obrigatoriamente respeitada a legisla-
ção brasileira relativamente a qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda 
e tratamento de registros, de dados pessoais ou de comunicações por provedores de 
conexão e de aplicações de internet, em que pelo menos um desses atos ocorra em 
território nacional.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6443754
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6443754
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5320379
https://drive.google.com/file/d/1K-9d4jFDLNe1Ngeckk7u-2mnkWySq9-a/view?usp=share_link
https://youtu.be/tWXj_knOB2Y?t=2907
https://youtu.be/XYPdEb_xNSg?t=21
https://youtu.be/MgJtaqTKcCM?t=30
https://youtu.be/HcOmsFXOmRo?t=37
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
Ademais, inexiste inconstitucionalidade no procedimento do Acordo de Assistência 
Judiciária em Matéria Penal, previsto pelo Decreto 3.810/2001, nem nas normas fixa-
das em dispositivos do Código de Processo Civil e do Código de Processo Penal que 
tratam da cooperação jurídica internacional e da emissão de cartas rogatórias, em 
especial nos casos em que a comunicação ou a prestação de serviços tenham ocor-
rido fora do território nacional.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, conheceu da ação e no 
mérito, por unanimidade, a julgou parcialmente procedente para declarar a constitu-
cionalidade dos dispositivos indicados e a possibilidade de solicitação direta de dados 
e comunicações eletrônicas das autoridades nacionais a empresas de tecnologia, nas 
específicas hipóteses do art. 11 do Marco Civil da Internet e do art. 18 da Convenção 
de Budapeste, ou seja, nos casos de atividades de coleta e tratamento de dados no 
País, de posse ou controle dos dados por empresa com representação no Brasil e de 
crimes cometidos por indivíduos localizados em território nacional, com comunicação 
desta decisão ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo, para que adotem as provi-
dências necessárias ao aperfeiçoamento do quadro legislativo, com a discussão e a 
aprovação do projeto da Lei Geral de Proteção de Dados para Fins Penais (LGPD Penal) 
e de novos acordos bilaterais ou multilaterais para a obtenção de dados e comuni-
cações eletrônicas, como, por exemplo, a celebração do Acordo Executivo definido a 
partir do Cloud Act.
(1) Lei 12.965/2014: “Art. 11. Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de registros, 
de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de aplicações de internet em que pelo 
menos um desses atos ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados a legislação 
brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações privadas 
e dos registros. § 1º O disposto no caput aplica-se aos dados coletados em território nacional e ao conteúdo 
das comunicações, desde que pelo menos um dos terminais esteja localizado no Brasil. § 2º O disposto no 
caput aplica-se mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa jurídica sediada no exterior, desde 
que oferte serviço ao público brasileiro ou pelo menos uma integrante do mesmo grupo econômico possua 
estabelecimento no Brasil. § 3º Os provedores de conexão e de aplicações de internet deverão prestar, na 
forma da regulamentação, informações que permitam a verificação quanto ao cumprimento da legislaçãobrasileira referente à coleta, à guarda, ao armazenamento ou ao tratamento de dados, bem como quanto 
ao respeito à privacidade e ao sigilo de comunicações. § 4º Decreto regulamentará o procedimento para 
apuração de infrações ao disposto neste artigo.”
ADC 51/DF, relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento finalizado em 23.2.2023
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5320379
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SUMÁRIO
DIREITO PROCESSUAL PENAL – EXECUÇÃO PENAL; REMIÇÃO DA 
PENA; FALTA GRAVE; PERDA DE DIAS REMIDOS
DIREITO CONSTITUCIONAL – ORGANIZAÇÃO DOS PODERES; PODER 
LEGISLATIVO; PODER JUDICIÁRIO; ATRIBUIÇÕES; PRINCÍPIO DA 
SEPARAÇÃO DE PODERES
Art. 127 da LEP: perda de dias remidos por falta 
grave e revisão ou cancelamento do enunciado da 
súmula vinculante 9 - RE 1.116.485/RS (Tema 477 RG) 
REPERCUSSÃO
GERAL 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO
TESE FIXADA:
“1. A revogação ou modificação do ato normativo em que se fundou a edição de 
enunciado de súmula vinculante acarreta, em regra, a necessidade de sua revisão 
ou cancelamento pelo Supremo Tribunal Federal, conforme o caso. 2. É constitucio-
nal a previsão legislativa de perda dos dias remidos pelo condenado que comete 
falta grave no curso da execução penal.”
RESUMO:
Em regra, deve-se revisar ou cancelar enunciado de súmula vinculante quando 
ocorrer a revogação ou a alteração da legislação que lhe serviu de fundamento. 
Contudo, o STF pode concluir, com base nas circunstâncias do caso concreto, pela 
desnecessidade de tais medidas.
O papel de última instância decisória e a função de órgão soberano sobre a interpre-
tação constitucional não foram conferidos constitucionalmente ao STF de forma isolada 
e absoluta (1). Em um ambiente democrático, não se deve atribuir a qualquer órgão, 
seja do Poder Judiciário, seja do Poder Legislativo, a faculdade de pronunciar a última 
palavra sobre o sentido da Constituição. Com efeito, visando promover o avanço e o 
aperfeiçoamento de soluções democráticas às questões de interesse público, a inter-
pretação constitucional deve perpassar por um processo de construção plural entre 
os Poderes estatais — Legislativo, Executivo e Judiciário — e os diversos segmentos da 
sociedade civil organizada.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5377135
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5377135&numeroProcesso=1116485&classeProcesso=RE&numeroTema=477
https://drive.google.com/file/d/1yNj7AWbJiJBvNguqWEod-gKUkI4_fkh_/view?usp=share_link
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
O Poder Legislativo possui a prerrogativa de superar entendimentos vinculantes fir-
mados por esta Corte, mas, a depender do instrumento normativo adotado pelo 
Congresso Nacional, o caso concreto pode demandar posturas distintas por parte do 
STF (2). Nesse contexto, o art. 5º da Lei 11.417/2006, que regulamentou o art. 103-A da 
CF/1988, ofereceu solução para as hipóteses em que haja modificação ou revogação 
do diploma legislativo em que a edição da Súmula Vinculante tenha se fundado (3).
Assim, na hipótese de manifesta dúvida sobre a constitucionalidade da lei superve-
niente de conteúdo divergente e da medida legislativa adotada, o Poder Judiciário, 
quando provocado, pode se debruçar novamente sobre a questão, de modo a esta-
belecer a prevalência ou não do conteúdo da Súmula Vinculante no caso concreto, 
com a manutenção de seus efeitos.
É constitucional a perda dos dias remidos pelo condenado que comete falta grave 
no curso da execução penal, nos termos previstos pelo art. 127 da Lei 1984/7.210 
(Lei de Execução Penal – LEP), na redação dada pela Lei de 2011/12.433.
Na espécie, não se vislumbra superação legislativa inconstitucional em relação aos 
mandamentos da Súmula Vinculante 9, mas um aperfeiçoamento de sua redação, 
diante da superveniência da Lei 12.433/2011, que alterou o art. 127 da LEP (4). A súmula 
— sem pretender tecer considerações a respeito do conceito de falta grave ou da inten-
sidade da perda dos dias remidos (se total ou proporcional à falta grave cometida) 
— teve como principal finalidade fixar a tese de que a previsão legislativa de perda 
dos dias remidos foi recepcionada pela nova ordem constitucional, de modo que não 
haveria direito adquirido aos dias remidos em razão de estarem submetidos a regras 
específicas. A alteração legislativa superveniente, por sua vez, apenas limitou a 1/3 
(um terço) o tempo remido suscetível de ser revogado pelo juiz ante o cometimento de 
falta grave pelo condenado.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, ao apreciar o Tema 477 da 
repercussão geral, negou provimento ao recurso extraordinário. Nos termos do art. 
5º da Lei 11.417/2006, o Tribunal resolveu aguardar o julgamento das Propostas de 
Súmula Vinculante 60 e 64 para que se delibere quanto à oportunidade da revisão 
ou cancelamento da SV 9, via adequada para apreciação da questão.
(1) Precedentes citados: RE 661.256; Rcl 11.243; MS 33.340; ADI 4.066 e ADPF 292.
(2) Precedente citado: ADI 5.105.
(3) Lei 11.417/2006: “Art. 5º Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de 
súmula vinculante, o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou 
cancelamento, conforme o caso.”
(4) LEP/1984: “Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, 
observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. (Redação 
dada pela Lei nº 12.433, de 2011)”
RE 1.116.485/RS, relator Ministro Luiz Fux, julgamento virtual finalizado em 28.2.2023 (terça-feira), 
às 23:59
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/seq-sumula745/false
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5377135&numeroProcesso=1116485&classeProcesso=RE&numeroTema=477
https://portal.stf.jus.br/jurisprudenciaRepercussao/verAndamentoProcesso.asp?incidente=5377135&numeroProcesso=1116485&classeProcesso=RE&numeroTema=477
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4125564
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4167385
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=13687555
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1495257
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8978494
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=14452232
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=753327262
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=10499116
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5377135
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5377135
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO – IMPOSTOS; ICMS; ZONA FRANCA DE MANAUS; 
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
DIREITO CONSTITUCIONAL – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS; LIMITAÇÕES 
DO PODER DE TRIBUTAR; IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Zona Franca de Manaus e determinação do 
encerramento do diferimento ou da suspensão 
do ICMS devido na compra de combustíveis por 
meio de Convênio do Confaz - ADI 7.036/DF 
AMICUS
CURIAE 
ÁUDIO
DO TEXTO
RESUMO:
É inconstitucional — por violar os arts. 40 do ADCT (1) e 155, § 2º, X, “a”, da CF/1988 
— trecho de dispositivo de convênio interestadual que determina o encerramento 
do diferimento ou suspensão do lançamento do Imposto sobre a Circulação de 
Mercadorias e Serviços (ICMS) devido na compra de etanol anidro combustível 
(EAC) ou de biodiesel (B100) quando a operação interestadual for isenta ou não 
incidir o tributo na saída do insumo para distribuidora de combustíveis situada 
na Zona França de Manaus (ZFM).
Na hipótese de encerramento dos referidos benefícios fiscais, embora se faça alusão 
à existência de uma isenção ou não tributação, há inequívoca necessidade de a dis-
tribuidora de combustíveis adquirente dos insumos pagaro ICMS à unidade federada 
remetente do EAC ou do B100. 
Sob pena de se descaracterizar a ZFM, a eficácia da proteção do art. 40 do ADCT 
depende da manutenção dos favores fiscais previstos no Decreto-lei 288/1967 (2), o 
qual expressamente estabelece que a operação de venda ou remessa de mercadorias 
de origem nacional — para consumo ou industrialização na ZFM — equivale, para todos 
os efeitos fiscais, a exportação. Relativamente ao ICMS, o texto constitucional dispõe 
serem imunes as operações que destinem mercadorias para o exterior (art. 155, § 2º, X, 
a), razão pela qual inexiste competência dos estados federados ou do Distrito Federal 
a amparar a instituição ou a cobrança do imposto nessas hipóteses. 
Assim, o tributo não pode ser cobrado na operação interestadual de saída dos insumos 
para distribuidora de combustíveis localizada na ZFM. Contudo, a imunidade ao ICMS 
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6311760
https://drive.google.com/file/d/1fZ_9I6KtwsB8VoM8htivaJDARyU4Dios/view?usp=share_link
http://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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SUMÁRIO
é inaplicável na operação interestadual de saída para distribuidora de combustíveis 
localizada em outras áreas de livre comércio — como a Amazônia Ocidental —, pois as 
normas do art. 40 do ADCT são direcionadas apenas à ZFM (3).
Na parte em que não dizem respeito à ZFM, os §§ 2º e 3º da cláusula vigésima primeira 
do Convênio ICMS 110/2007 (4), firmado no âmbito do Conselho Nacional de Política 
Fazendária (Confaz), cuidam de substituição tributária do ICMS em operações envol-
vendo combustíveis e abrangem todas as distribuidoras que ali se enquadrem, não 
apenas as localizadas em áreas de livre comércio. Nesse contexto, o encerramento do 
diferimento do tributo pode ser alvo de deliberação pelos estados federados e pelo 
DF e não evidencia ofensa a preceitos constitucionais.
Com base nesses entendimentos, o Plenário, por maioria, julgou parcialmente proce-
dente a ação, apenas para declarar a inconstitucionalidade da expressão “para a 
Zona Franca de Manaus”, constante do § 2º da cláusula vigésima primeira do Convênio 
ICMS 110/2007-Confaz.
(1) ADCT: “Art. 40. É mantida a Zona Franca de Manaus, com suas características de área livre de comércio, de 
exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de vinte e cinco anos, a partir da promulgação da 
Constituição. Parágrafo único. Somente por lei federal podem ser modificados os critérios que disciplinaram 
ou venham a disciplinar a aprovação dos projetos na Zona Franca de Manaus.”
(2) Precedentes citados: ADI 2.399 e ADI 4.254.
(3) Precedentes citados: ADI 2.348 MC e RE 631.435 AgR.
(4) Convênio ICMS 110/2007-Confaz: “Cláusula vigésima primeira. Os Estados e o Distrito Federal concederão 
diferimento ou suspensão do lançamento do imposto nas operações internas ou interestaduais com EAC ou 
com B100, quando destinados a distribuidora de combustíveis, para o momento em que ocorrer a saída da 
gasolina C ou a saída do óleo diesel B promovida pela distribuidora de combustíveis, observado o disposto 
no § 2°. § 1º O imposto diferido ou suspenso deverá ser pago de uma só vez, englobadamente, com o imposto 
retido por substituição tributária incidente sobre as operações subsequentes com gasolina ou óleo diesel até 
o consumidor final, observado o disposto nos §§ 3° e 13. § 2° Encerra-se o diferimento ou suspensão de que 
trata o caput na saída isenta ou não tributada de EAC ou B100, inclusive para a Zona Franca de Manaus e 
para as Áreas de Livre Comércio. § 3° Na hipótese do § 2°, a distribuidora de combustíveis deverá efetuar o 
pagamento do imposto suspenso ou diferido à unidade federada remetente do EAC ou do B100.”
ADI 7.036/DF, relator Ministro Nunes Marques, redator do acórdão Ministro Dias Toffoli, julgamento 
virtual finalizado em 28.2.2023 (terça-feira), às 23:59
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=759632153
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=753837170
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=347557
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9719763
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6311760
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6311760
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
2 PLENÁRIO VIRTUAL EM EVIDÊNCIA
JULGAMENTO VIRTUAL: 03/03/2023 a 10/03/2023 
ADI 5.076/GO
Relator: Ministro GILMAR MENDES
 
Porte de arma de fogo a agentes penitenciários no âmbito estadual
Discussão constitucional acerca de legislação rondoniense que concede, de 
maneira incondicionada, o porte de arma de fogo aos integrantes do quadro 
efetivo de agentes penitenciários do estado. Jurisprudência: ADI 3.112 e ADI 
2.729.
ADC 85 MC-Ref/DF
Relator: Ministro GILMAR MENDES
 
Restrição ao acesso de armas e munição
Referendo de decisão que deferiu o pedido cautelar pleiteado em ação 
cuja discussão refere-se ao atesto da constitucionalidade de decreto da 
Presidência da República que, dentre outros, suspende os registros para a 
aquisição e transferência de armas e de munições de uso restrito por caçadores, 
colecionadores, atiradores e particulares, e restringe os quantitativos de 
aquisição de armas e de munições de uso permitido.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4508599
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur89892/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur254494/false
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur254494/false
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6572942
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADI 570/PE
Relator: Ministro ROBERTO BARROSO
 
Vinculação entre remunerações de cargos essenciais à Justiça
Exame da constitucionalidade de dispositivos de leis pernambucanas, que 
modificam o sistema de remuneração dos membros do Ministério Público 
do estado e que tratam do sistema de remuneração dos cargos essenciais 
à Justiça, de modo a estabelecerem gratificação por exercício de função 
essencial à Justiça, em favor de membro do Parquet, no mesmo percentual e 
pela mesma forma que a gratificação dada a magistrado.
ADI 4.346/MG
Relator: Ministro ROBERTO BARROSO
Competência privativa da Defensoria Pública para a assistência jurídica 
aos necessitados
Controvérsia sobre a constitucionalidade de dispositivos de lei complementar 
mineira que preveem como função institucional da Defensoria Pública a sua 
competência privativa para o exercício da assistência jurídica aos necessitados, 
bem como dispõem acerca de sua prerrogativa para requisitar a instauração 
de inquérito policial e diligências necessárias à apuração de crimes de ação 
penal pública.
ADI 3.834/DF
Relator: Ministro ROBERTO BARROSO
Incorporação de vantagens pessoais aos subsídios dos membros do 
Ministério Público
Análise da constitucionalidade de dispositivo de resolução do CNMP que prevê 
a incorporação de vantagens pessoais decorrentes de exercício de função de 
direção, chefia ou assessoramento aos subsídios dos membros do Ministério 
Público.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=1523515
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=3800372
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2470962
https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/
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INFORMATIVO STF
SUMÁRIO
ADI 6.483/BA
Relator: Ministro ROBERTO BARROSO
Ampliação da base de cálculo de contribuição previdenciária em 
âmbito estadual
Verificação da constitucionalidade de dispositivo de lei baiana que alterou 
que a redação dos artigos 69, caput, e 71, § 2º e 3º, ambos da Lei estadual 
11.357/2009, os quais dizem respeito ao cálculo das alíquotas de contribuição de 
servidores públicos, aposentados e pensionistas para a previdência estadual. 
ADI 6.500/RNRelator: Ministro EDSON FACHIN
Vinculação da Assessoria Jurídica estadual à Procuradoria-Geral do 
estado
Debate sobre a constitucionalidade de legislação potiguar que determina a criação e 
estruturação da Assessoria Jurídica estadual, vinculada diretamente à Procuradoria-
Geral do Estado do Rio Grande do Norte.
3 INOVAÇÕES NORMATIVAS STF
Instrução Normativa 280, de 24.2.2023 - Dispõe sobre a dispensa de licitação, na 
forma eletrônica, no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
Portaria GDG 54, de 24.2.2023 - Estabelece os valores da Tabela de Indenização de 
Transporte de Mobiliário e de Bagagem - ITMB, constante do Anexo à Resolução n. 
640/2019 (Ementa elaborada pela Biblioteca).
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5958611
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5970471
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/instrucaonormativa280-2023.pdf
https://www.stf.jus.br/arquivo/norma/portariadg054-2023.pdf
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