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Questões de Direito Administrativo 1) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022) José, Prefeito do Município Alfa, em maio de 2022, de forma dolosa, concedeu benefício fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie. Agindo dessa forma, em tese, José, de acordo com a atual redação da Lei de Improbidade Administrativa, (A) não praticou ato de improbidade, diante da ausência de expressa previsão legal, desde a edição originária da Lei de Improbidade. (B) não praticou ato de improbidade, diante da revogação da norma que definia a conduta narrada como ato típico de improbidade. (C) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a suspensão dos direitos políticos por até 12 (doze) anos. (D) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a proibição de contratar com o poder público, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos. (E) praticou ato de improbidade, entre cujas sanções está a proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente, por prazo não superior a 14 (catorze) anos. Governador do Estado Alfa nomeou João, que conta com 76 anos, para exercer cargo exclusivamente em comissão de Diretor em certo departamento da Secretaria Estadual de Fazenda. Resposta: C 2) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022) Um mês após a nomeação, a Controladoria Geral do Estado recebeu representação solicitando a imediata nulidade do ato, haja vista que João possui idade superior àquela da aposentadoria compulsória prevista na Constituição da República. No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, a representação (A) não merece prosperar, pois a idade para aposentadoria compulsória ou exoneração de ocupantes de cargos em comissão é de 80 anos. (B) não merece prosperar, pois servidores ocupantes de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da Questões de Direito Administrativo aposentadoria compulsória. (C) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê aposentadoria compulsória aos 70 anos para todos os servidores. (D) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê aposentadoria compulsória aos 75 anos, na forma da lei complementar, aplicável a cargos em comissão. (E) merece prosperar, pois a Constituição da República prevê aposentadoria compulsória aos 75 anos para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 70 anos para os demais servidores, aplicável a cargos em comissão. Resposta: B 3) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022) Em matéria de serviços públicos, de acordo com a Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, caso o poder público queira delegar sua execução para o delegado, é correto afirmar que o implemento de transporte público coletivo (A) pressupõe prévia licitação, salvo situações excepcionais, devidamente comprovadas. (B) pressupõe prévia licitação, sempre na modalidade diálogo competitivo ou leilão. (C) não pressupõe prévia licitação, exceto quando se tratar de permissão. (D) não pressupõe prévia licitação, exceto quando se tratar de contrato com prazo superior a 10 (dez) anos. (E) pressupõe prévia e imprescindível licitação, apenas quando se tratar de contrato com prazo superior a 15 (quinze) anos. Resposta: A 4) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022) A empresa pública estadual Alfa, com patrimônio próprio e Questões de Direito Administrativo autonomia administrativa, exerce exclusivamente atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro. A referida estatal foi condenada com sentença transitada em julgado a pagar o valor de quatrocentos mil reais ao cidadão João. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, a empresa pública Alfa apresentou ao juízo requerimento de adoção do regime de precatório. Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o pleito da estatal (A) merece prosperar, pois se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva e inerente a todos os entes da Administração Direta e Indireta. (B) merece prosperar, pois se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva e inerente a todos os entes que ostentam personalidade jurídica de direito público, como é o caso da estatal Alfa. (C) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva dos entes da Administração Direta e Indireta com personalidade jurídica de direito público. (D) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de precatório, que é prerrogativa exclusiva dos entes da Administração Direta, que possuem personalidade jurídica de direito público. (E) não merece prosperar, pois não se aplica o regime de precatório, pois se trata de estatal exploradora de atividade econômica sem monopólio e com finalidade de lucro, sendo certo que a estatal ostenta personalidade jurídica de direito privado. Resposta: E 5) (FGV/SEFAZ-BA/AGENTE TRIB. ESTADUAIS/2022) Em matéria de controle da Administração Pública, extrai-se do texto constitucional que o controle externo, a cargo do Poder Legislativo, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas, ao qual compete Questões de Direito Administrativo (A) apreciar as contas prestadas semestralmente pelo chefe do Poder Executivo, mediante parecer prévio, que vincula o julgamento dessas contas pelo Poder Legislativo. (B) assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, e, descumprida a ordem, condenar o gestor omisso à suspensão dos direitos políticos por até 8 (oito) anos e ressarcimento pelos danos causados ao erário. (C) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, suspensão dos direitos políticos por até 5 (cinco) anos e ressarcimento pelos danos causados ao erário. (D) julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta, mas não da administração indireta, e as contas daqueles que derem causa à perda, ao extravio ou a outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. (E) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Resposta: E 6) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023) Sobre as reformas administrativas e a redefinição do papel do Estado, analise as afirmativas a seguir. I. O movimento de reforma administrativa que se configurou no Brasil no pós 1930 se opunha, fundamentalmente, à nomeação de servidores públicos por critérios meritocráticos, em que pese esta representar um avanço na criação de um moderno e racional serviço público. II. A expansão do aparelho de Estado brasileiro correspondeu ao desenvolvimento da administração indireta: autarquias; Questões de Direito Administrativo fundações; sociedades de economia mista e empresas públicas. Isso se deu, sobretudo, a partir das décadas de 1930 e 1940. Esse processo ganhou impulso com a reforma administrativa de 1967, que, no âmbito do Decreto-Lei nº 200 de 1967, distinguiu as funções de direção das de execução, ficando as primeiras a cargo da administração direta e as segundas, da indireta. III. O Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado de 1995 identificou, no Decreto -Lei n º 200 de 1967, o início da “administração gerencial” e um “marco na tentativa de superação da rigidez burocrática”. Essa trajetória teria sido freada com a Constituição Federal de 1988, que teria contribuído para o engessamento, a burocratização e o encarecimento da máquina pública, sendo necessário,portanto, emendá-la. Nesse sentido, foi aprovada a Emenda Constitucional nº 19/1998 . Está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) III, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. Resposta: D 7) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023) Quando se trata da ideia de controle da administração pública é comum tipificá-la a partir da diferença entre controle externo e controle interno. Esta tipificação parte de uma diferenciação das formas de controle sobre a administração pública, em que o controle externo seja efetuado por uma entidade externa à administração, que exerce atividades de vigilância, correção e orientação. De outro lado, o controle interno refere-se às práticas que a própria organização adota em relação a seus atos, sendo entendidas como o conjunto de ações, métodos, procedimentos e rotinas que visam preservar a integridade de seu patrimônio e a examinar a compatibilidade entre ações e princípios pactuados. (República, democracia e desenvolvimento: contribuições ao Estado brasileiro contemporâneo – Ipea. Adaptado.) Questões de Direito Administrativo Tendo o excerto finalidade motivacional, considere a importância de se compreender as políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo e assinale a afirmativa INCORRETA. A) Como um conceito formal, o controle da administração pública pode ser definido a partir dos preceitos administrativos, como o controle exercido pelo Estado sobre o governo e seus órgãos burocráticos. B) A diferenciação das formas de controle da administração pública em externo e interno surgiu no contexto de desenvolvimento das modernas burocracias, de acordo com preceitos organizacionais da administração pública racional, pautada mais pelos procedimentos que propriamente por concepções políticas. C) Uma forma de se enxergar o controle da administração pública contemporânea se dá pela necessidade urgente da valoriza ção e da busca pela maximização do sistema de incentivos para obtenção de renda pela manipulação do ambiente social ou político no qual as atividades econômicas ocorrem, em vez de agregar valor aos produtos. D) A tipificação do controle externo e interno parte do fato de que a burocracia deve ser controlada com o intuito de evitar a ilegalidade da ação praticada pelos agentes públicos. O problema da ilegalidade constitui-se na fundamental questão do controle, com o intuito de evitar a arbitrariedade dos agentes públicos, tendo em vista os princípios da soberania do interesse público sobre o interesse privado e da indisponibilidade do interesse público. Resposta: C 8) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023) No que tange aos atos e poderes administrativos, analise as afirmativas a seguir. I. Atos ablatórios ou ablativos são aqueles que restringem direitos do administrado, tal qual ocorre na cassação de uma licença. II. A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência Questões de Direito Administrativo ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. III. O instrumento disponibilizado à administração pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos traduz a essência de seu poder de polícia. Assinale a alternativa correta. A) Uma assertiva está correta. B) Duas assertivas estão corretas. C) Três assertivas estão corretas. D) Todas as assertivas estão corretas. Resposta: B 9) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023) Salete, analista do Ministério Público, foi encarregada de analisar a condução de determinado processo administrativo conforme a Lei Estadual nº 14.184/2002. Segundo os ditames de tal diploma legal, é correto afirmar que Salete deverá observar as seguintes regras, EXCETO: A) É vedada a recusa imotivada de requerimento ou documento, e é dever do servidor orientar o interessado paraa correção de falha. B) Quando o interessado declarar que fato ou dado estão registrados em documento existente em repartição da própria administração, deve esta, de ofício, diligenciar para a obtenção do documento ou de sua cópia. C) Se um p arecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo terá prosseguimento e será decidido com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilização de quem se omitiu no atendimento. D) Só será exigido reconhecimento de firma por imposição legal ou em caso de dúvida sobre a autenticidade do documento e a autenticação de cópia de documento pode ser feita por funcionário do órgão em que tramitar o processo. Questões de Direito Administrativo Resposta: C 10) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023) A respeito da matéria afeta aos contratos administrativos, com base na Lei Federal nº 14.133/2021, analise as afirmativas a seguir. I. O instrumento de contrato nem sempre é obrigatório, havendo hipóteses em que a administração poderá substituí-lo por outro instrumento hábil, como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço. II. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a administração, salvo o de pequenas compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento, assim entendidos aqueles de valor não superior a dez mil reais. III. O contratado terá direito à extinção do contrato, dentre outras hipóteses, no caso de atraso superior a dois meses, contado da emissão da nota fiscal, dos pagamentos , ou de parcelas de pagamentos devidos pela administração por despesas de obras, serviços ou fornecimentos. Está correto o que se afirma em A) I, II e III. B) I, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. Resposta: A 11) (CONSULPLAN/MP-MG/ANALISTA MIN.PÚBLICO/2023) Analise as afirmativas a seguir; marque V para as verdadeiras e F para as falsas. ( ) A contratação de pessoal efetivo pela administração pública, sem a observância das normas referentes à indispensabilidade da prévia aprovação em concurso público, culmina na nulidade do ato de admissão. ( ) A publicação na rede mundial de computadores do nome do servidor público com seu respectivo salário não encontra apoio quer na legislação infraconstitucional, quer na constitucional, ofendendo o direito de privacidade. ( ) É possível, à administração pública, inclusive em estágio Questões de Direito Administrativo probatório, estabelecer critérios alternativos para o regular exercício dos deveres funcionais inerentes a cargos públicos em face de servidores que invocam escusa de consciência por motivos de crença religiosa. A sequência está correta em A) V, V, F. B) F, V, V. C) V, F, V. D) F, F, F. Resposta: A 12) (AVANÇA-SP/PREF.AMERICANA-SP/ASSISTENTE JURÍDICO/2022) De acordo com a Lei Federal n.º 8.429/92, assinale a alternativa que trate corretamente de atos de Improbidade Administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública: A) Configura-se necessariamente em improbidade a nomeação ou indicação política de servidores públicos comissionados por parte dos detentores de mandatos eletivos; B) Deixar de dar publicidade aos atos oficiais, por negligência no exercício das funções, exceto se em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em lei; C) Atribuir à lei ou a ato normativo interpretação dissonante da predominante nos Tribunais Superiores do Poder Judiciário; D) Propiciar a terceiro conhecimento sobre fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo, por negligência ou imprudência no exercício de suas funções, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco a segurança da sociedade e do Estado; E) Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública a nomeação de cônjuge, companheiro ou parenteem linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, Questões de Direito Administrativo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas. Resposta: E 13) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) João, Auditor Fiscal da Receita Estadual, acaba de assumir a chefia de determinado departamento da Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais. João vem desenhando um planejamento estratégico visando à maior eficiência de seu setor, com escopo de concentrar seus esforços nas matérias de maior relevância institucional, inclusive com eventual delegação ou avocação de competência administrativa para determinados atos. Nesse contexto, de acordo com a Lei nº 14.184/2002 do Estado de Minas Gerais, que dispõe sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Estadual, João deverá observar que (A) será r enunciável a competência, quando a autoridade a que lhe foi atribuída decidir delegá-la. (B) as decisões adotadas por delegação ou avocação não poderão mencionar explicitamente esta qualidade. (C) o ato de delegação ou avocação indicará o prazo para seu exercício e não pode ser revogado antes do término do prazo, salvo caso fortuito ou força maior. (D) será permitida, em caráter excepcional e por motivos devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferi or. (E) os atos de avocação e delegação especificarão as matérias e poderes transferidos, mas não poderão conter ressalva quanto ao exercício da atribuição avocada ou delegada. Resposta: D Questões de Direito Administrativo 14) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) O Estado Alfa editou lei dispondo que os deputados estaduais deverão receber 75% do subsídio dos deputados federais. Consoante jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a citada legislação é (A) constitucional, pois a Constituição da República estabelece que o subsídio dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. (B) inconstitucional, pois a Constituição da Re pública estabelece que é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. (C) constitucional, pois a Constituição da República estabelece que os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário estadual não poderão ser superiores aos pagos pelos mesmos poderes em nível federal. (D) constitucional, pois a Constituição da República estabelece que o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis e devem ser fixados por lei específica. (E) inconstitucional, pois a Constituição da República estabelece que a remuneração dos servidores públicos somente poderá ser fixada por lei complementar, assegurada revisão geral quinquenal, sempre na mesma data e sem distinção de índices. Resposta: B 15) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. Neste contexto, consoante dispõe a Lei nº 12.527/2011, para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério Questões de Direito Administrativo (A) mais restritivo possível, em prestígio à supremacia do interesse público, considerado o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. (B) mais restritivo possível, em prestígio à supremacia do interesse público, considerada a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado. (C) menos restritivo possível, considerados a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado e o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final. (D) mais restritivo possível e, transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á de acesso público, desde que expressamente autorizada pelo Chefe do Poder Executivo. (E) menos restritivo possível e, transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á de acesso público, desde que expressamente autorizada pela autoridade que decretou o sigilo. Resposta: C 16) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) Em tema de sujeitos ativos do ato de improbidade administrativa, de acordo com a atual redação da Lei nº 8.429/92, assinale a afirmativa correta. (A) As disposições da Lei de Improbidade Administrativa são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra culposa ou dolosamente para a prática do ato de improbidade. (B) Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não respondem, em qualquer hipótese, pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica. (C) Os agentes públicos que podem cometer ato de improbidade são o agente político, o servidor público e todo aquele que exerce, necessariamente de forma permanente e com remuneração, mandato, cargo, emprego ou função pública. Questões de Direito Administrativo (D) As sanções da Lei de Improbidade Administrativa não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa seja também sancionado como ato lesivo à Administração Pública de que trata a Lei nº 12.846/2013 – Lei Anticorrupção. (E) O particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a Administração Pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente, no que se refere a recursos de origem pública, não se sujeita às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa. Resposta: D 17) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) O Decreto nº 9.830/2019, que regulamenta dispositivos do Decreto -Lei nº 4.657/1942 - Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro, dispôs, entre outros temas, sobre a possibilidade de modulação dos efeitos de uma decisão administrativa. De acordo com o referido diploma normativo, o gestor público decisor, em tese, consideradas as consequências jurídicas e administrativas da decisão para a Administração Pública e para o administrado, na declaração de invalidade de determinado ato administrativo (A) poderá restringir os efeitos da declaração ou decidir que sua eficácia se iniciará em momento posteriormente definido. (B) poderá ampliar os efeitos da declaração para atos administrativos similares, mas não poderá decidir que sua eficácia se iniciará em momento posteriormente definido. (C) não poderá restringir os efeitos da declaração, mas poderá decidir que sua eficácia se iniciará em momento posteriormente definido. (D) não poderá restringir os efeitos da declaração, nem poderá decidir que sua eficácia se iniciará em momento posteriormente definido, pois a modulação de efeito se aplica somente a decisões judiciais no bojo de processos de controle concentrado de constitucionalidade. Questões de Direito Administrativo (E) não poderá restringir os efeitos da declaração, nem poderá decidir que s ua eficácia se iniciará em momento posteriormente definido, pois a modulação de efeito se aplica somente a decisões judiciais, em quaisquer processos. Resposta: A 18) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) José , Auditor Fiscal da Receita doEstado Beta , aceitou propina para deixar de constituir, mediante lançamento, determinado crédito tributário. Diante de tal fato, José está respondendo a processo administrativo disciplinar e sendo investigado por crime em inquérito policial. Sabe -se que o estatuto d os servidores públicos civis do Estado Beta dispõe que os prazos de prescrição previstos na lei penal se aplicam às infrações disciplinares capituladas também como crime. Sobre o caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, assinale a afirmativa correta. (A) Não deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional previsto na legislação penal, porque ainda não houve oferecimento de denúncia criminal. (B) Deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional previsto na legislação penal, apenas porque já houve instauração de inquérito policial. (C) Não deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional previsto na legislação penal, porque ainda não foi proferida sentença criminal em primeiro grau de jurisdição. (D) Não deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional previsto na legislação penal, porque ainda não foi proferida sentença criminal transitada em julgado. (E) Deve ser aplicado, na esfera disciplinar, o prazo prescricional previsto na legislação penal, independentemente de qualquer outra exigência. Questões de Direito Administrativo Resposta: E 19) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) Em tema de tratamento de dados pessoais pelo poder público, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD, os dados deverão ser mantidos em formato interoperável e estruturado para o uso compartilhado, com vistas a diversas finalidades. Consoante dispõe o texto do citado diploma legal, assinale a opção que não apresenta uma dessas finalidades. (A) Execução de políticas públicas. (B) Alimentação de sistemas gerais de informática. (C) Prestação de serviços públicos. (D) Descentralização da atividade pública. (E) Disseminação e acesso das informações pelo público em geral. Resposta: B 20) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) Carla, servidora pública da autarquia Ômega, regularmente, com base na legislação de regência, interpôs recurso administrativo contra decisão proferida pelo presidente da autarquia, devidamente dirigido ao Secretário de Estado com pertinência temática com as atividades desenvolvidas pela autarquia. No caso em tela, de acordo com a doutrina de Direito Administrativo, Carla interpôs um recurso (A) de reconsideração, dirigido à autoridade hierarquicamente superior de outra pessoa jurídica. (B) hierárquico próprio, em razão do controle vertical interno, decorrente do poder hierárquico. (C) hierárquico próprio, em razão da tutela administrativa, não havendo que se falar em exercício de poder hierárquico. (D) hierárquico impróprio, em razão do controle vertical externo, decorrente do poder hierárquico. (E) hierárquico impróprio, em razão do controle finalístico, não havendo que se falar em exercício de poder hierárquico. Questões de Direito Administrativo Resposta: E 21) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) Ronaldo, servidor público civil do Estado de Minas Gerais, no exercício da função, recusou submeter-se à inspeção médica, quando necessária. Instaurado regular processo administrativo di sciplinar, de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais (Lei nº 869/1952), Ronaldo está sujeito à sanção disciplinar de (A) repreensão. (B) multa. (C) suspensão. (D) demissão ordinária. (E) demissão a bem do serviço público. Resposta: C 22) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) Marília, servidora pública civil do Estado de Minas Gerais, em virtude de remoção determinada pela Administração Pública, passou a ter exercício em nova sede, no interior do Estado. Consoante dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de Minas Gerais (Lei nº 869/1952), a Marília será concedida (A) diária, por período de até quinze dias, em valor não superior a um mês de vencimento. (B) ajuda de custo, que não poderá ser inferior à importância correspondente a um mês de vencimento e nem superior a três. (C) ajuda de custo, que não poderá ser paga adiantadamente no local do serviço de que foi desligada. (D) abono de família, caso comprove que foi obrigada a deslocar seu cônjuge do trabalho. (E) abono de família, caso comprove que foi obrigada a deslocar seus filhos menores da escola. Questões de Direito Administrativo Resposta: B 23) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) De acordo com o Código de Ética Pública do Estado de Minas Gerais (Decreto nº 46.644/2014), ao agente público é vedada a aceitação de presente, doação ou vantagem de qualquer espécie , de pessoa, empresa ou entidade que tenha ou que possa ter interesse em (i) quaisquer atos de mero expediente de responsabilidade do agente público, (ii) decisão de jurisdição do órgão ou entidade de vínculo funcional do agente público; e (iii) informações institucionais de caráter sigiloso a que o agente público tenha acesso. Essa vedação (A) independe do valor monetário. (B) ocorre apenas se o valor for maior que um salário -mínimo. (C) depende da autorização da chefia imediata. (D) depende da autorização da chefia mediata. (E) depende da autorização da Controladoria -Geral do Estado. Resposta: A 24) (FGV/SEFAZ-MG/AUDITOR FISCAL REC.EST./2023) Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual de Minas Gerais haverá uma Comissão de Ética com a finalidade de difundir as normas do Código de Ética e atuar na prevenção e na apuração de falta ética no âmbito da respectiva instituição. As opções a seguir, com base no Código de Ética Pública do Estado de Minas Gerais (Decreto nº 46.644/2014), apresentam atividades que competem à citada Comissão de Ética, à exceção de uma. Assinale-a. (A) Orientar e aconselhar o agente público sobre ética profissional no respectivo órgão ou entidade. (B) Adotar formas de divulgação das normas éticas e de prevenção de falta ética. (C) Alertar agentes públicos quanto à conduta no ambiente de trabalho, especialmente no tratamento com as pessoas e Questões de Direito Administrativo com o patrimônio público. (D) Decidir pela instauração e conduzir processo ético, observadas as normas estabelecidas no citado decreto e em deliberações do CONSET. (E) Aplicar sanções disciplinares de advertência, censura, suspensão e demissão, mediante prévio processo administrativo disciplinar, assegurados o contraditório e a ampla defesa. Resposta: E 25) (VUNESP/PC-RR/AGENTE POLÍCIA CIVIL/2022) A ideia de que a Administração deve atuar de forma plena e transparente, e que tem principal finalidade o conhecimento público acerca das atividades praticadas no exercício da função administrativa, retrata o princípio da (A) Legalidade. (B) Moralidade. (C) Impessoalidade. (D) Eficiência. (E) Publicidade. Resposta: C 26) (VUNESP/PC-RR/AGENTE POLÍCIA CIVIL/2022) Quando um agente público prática um ato administrativo fora dos limites legalmente postos, e que esse ato seja utilizado sem a observância da busca do interesse público, tal atitude (A) se baseia no poder de polícia administrativa. (B) se baseia no poder disciplinar. (C) configura o abuso de poder. (D) configura o desvio de impessoalidade. Questões de Direito Administrativo (E) decorre do poder hierárquico. Resposta: A 27) (VUNESP/PC-RR/AGENTE POLÍCIA CIVIL/2022) Quando um ato administrativo visa disciplinar o funcionamento da Administração, e a conduta funcional de seus agentes no desempenho de suas atribuições, configura uma espécie de ato (A) normativo. (B) ordinatório. (C) negocial. (D) enunciativo. (E) punitivo. Resposta: C 28) (VUNESP/PC-RR/AGENTE POLÍCIA CIVIL/2022) O Município é competente para fixar o horário de funcionamento de estabelecimentocomercial, que decorre do seu poder (A) disciplinar. (B) hierárquico. (C) vinculado. (D) de polícia. (E) regulamentar. Resposta: A Questões de Direito Administrativo 29) (VUNESP/PC-RR/AGENTE POLÍCIA CIVIL/2022) Segundo a Lei Complementar no 53/2001, o retorno à atividade do servidor aposentado no interesse da administração, desde que estável quando na atividade e que haja cargo vago, dentre outras exigências estabelecidas na referida Lei, configura a (A) readaptação. (B) reversão. (C) reintegração. (D) recondução. (E) disponibilidade. Resposta: B 30) (VUNESP/PC-RR/AGENTE POLÍCIA CIVIL/2022) Nos termos do que dispõe a Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de Roraima, assinale a alternativa correta. (A) É assegurado ao policial civil aposentado e nomeado para cargo de provimento em comissão optar pelo vencimento e vantagens de seu cargo efetivo, acrescidos de 50% (cinquenta por cento) incidentes sobre a remuneração do cargo comissionado. (B) A função policial é considerada perigosa e de natureza eminentemente social, para todos os efeitos legais. (C) É proibido ao policial civil exercer outra função remunerada, mesmo que haja compatibilidade de horário ou possa vir de encontro aos interesses da administração, sem exceções. (D) O policial civil poderá se afastar do exercício do cargo, unicamente com prejuízo de seus vencimentos para concorrer a cargo público ou exercer mandato eletivo na diretoria executiva de sua entidade de classe. (E) O policial civil, em atividade ou não, tem direito à identificação funcional equivalente à identidade civil e livre porte de arma. Questões de Direito Administrativo Resposta: D 31) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) No que concerne ao regime jurídico administrativo, é correto afirmar que são características do regime estatutário: (A) unicidade de regime e não possui natureza contratual. (B) pluralidade normativa e existência de contrato administrativo de caráter funcional. (C) unicidade de regime e pluralidade de quadro funcional. (D) pluralidade normativa e não possui natureza contratual. (E) unidade normativa e natureza extracontratual especial. Resposta: B 32) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) Deste princípio decorre o deferimento de prerrogativas para o Poder Público ou para as entidades que integram a Administração Pública a fim de que exerçam suas funções. É correto afirmar que o enunciado se refere ao princípio da: (A) Autotutela. (B) Indisponibilidade do Interesse Público. (C) Presunção de Legitimidade. (D) Segurança Jurídica. (E) Supremacia do Interesse Público. Resposta: E 33) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) Com relação ao ato administrativo, é correto afirmar que (A) é uma manifestação de vontade, submissa ao regime jurídico administrativo, pelo Estado ou por quem lhe Questões de Direito Administrativo faça as vezes e ordenada para a produção de efeitos jurídicos. (B) em razão da supremacia do interesse público, não se submete ao regime jurídico administrativo, sendo ordenado para a produção de efeitos jurídicos. (C) é assim considerado somente aquele editado pelo Poder Executivo, que não se submete ao regime jurídico administrativo e que tem por finalidade adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. (D) corresponde ao gênero, sendo que dele decorre como espécie o ato jurídico, e tem por finalidade adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. (E) é assim considerado o acontecimento ou ocorrência natural que produz efeitos jurídicos, que não se submete ao regime jurídico administrativo e que tem por finalidade adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos. Resposta: D 34) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) É o que detém a Administração para a sua organização estrutural, o que escalona seus órgãos e reparte suas funções, definindo, na forma da lei, os limites de competência de cada um. É correto afirmar que o enunciado se refere ao poder (A) da imperatividade. (B) disciplinar. (C) de polícia. (D) hierárquico. (E) discricionário. Resposta: C Questões de Direito Administrativo 35) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) No que concerne ao poder disciplinar é correto afirmar que: (A) não se confunde com o exercício do jus puniendi de que é titular o Estado. (B) permite e alicerça o sancionamento da conduta de particulares. (C) não corresponde ao dever de punição administrativa ante o cometimento de faltas funcionais. (D) decorre do poder de polícia, estando alicerçado na oportunidade e conveniência da Administração. (E) não é considerado uma decorrência do poder hierárquico. Resposta: E 36) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) É correto afirmar, no que concerne ao poder de polícia: (A) poderá ser exercido por toda Administração Pública, desde que visando a proteção do particular em detrimento do interesse coletivo, entretanto, sempre alicerçado nos seguintes atributos: discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade. (B) trata-se de um poder discricionário, que decorre dos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, sendo que, atualmente, é exclusivo das Instituições policiais (Ex.: polícias federal, civil e militar). (C) mesmo se tratando de um poder que decorre da supremacia do interesse público, não possui como atributo a autoexecutoriedade, apenas a discricionariedade e, eventualmente, a coercibilidade. (D) decorre do poder disciplinar, tratando-se de uma discricionariedade do Estado, alicerçada na supremacia do interesse público, que é exercido, com exclusividade pelas polícias federal e civil. (E) decorre da supremacia do interesse público em relação ao interesse do particular, resultando limites ao exercício de liberdade e propriedade deferidas aos Questões de Direito Administrativo particulares. Resposta: C 37) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) Com relação ao abuso do poder, é correto afirmar que (A) está alicerçado na violação do poder disciplinar, especialmente no que concerne à oportunidade e conveniência. (B) o silêncio administrativo jamais será considerado uma espécie de abuso de poder. (C) o desvio de finalidade pode ser considerado uma espécie de abuso de poder. (D) o abuso de poder se manifesta apenas pelo excesso de poder, quando a Administração pratica algum ato ilegal. (E) está alicerçado na violação do poder hierárquico, especialmente no que concerne à oportunidade e conveniência. Resposta: A 38) (VUNESP/PC-RR/AUXILIAR DE PERITO/2022) É correto afirmar que atualmente a regra estabelecida no Brasil considera a responsabilidade civil do Estado como (A) subjetiva, bastando a ocorrência do dano causado pela administração, também conhecida como teoria da culpa administrativa. (B) objetiva, bastando a ocorrência do dano causado pela administração, também conhecida como teoria do risco administrativo. (C) subjetiva, alicerçada na teoria da responsabilidade sem culpa, também conhecida como teoria do risco Questões de Direito Administrativo integral. (D) objetiva, alicerçada na teoria da responsabilidade com culpa, também conhecida como teoria do risco integral. (E) objetiva, bastando a ocorrência do dano causado pela administração, também conhecida como teoria da culpa administrativa. Resposta: B 39) (VUNESP/CÂMARA SJC-SP/TEC.LEGISLATIVO/2022) Suponha que um agente público está sendo processado pela prática de ato de improbidade administrativa, sob a acusação de que foi responsável pela realização de contratação pública que não seguiu o rito legal. Na peça acusatória consta a informação de que, embora houvesse divergência interpretativa de lei, baseada na jurisprudência, sobre a possibilidade de realização da contratação sem prévia licitação, o órgão acusador entendeu que o procedimento era necessário e que, portanto, a conduta do infrator ofende o princípio da moralidade administrativa. Tendo por base a situação hipotética e o disposto na Lei no 8.429/92, é correto afirmar que (A) a conduta em questão admite a responsabilização por ato de improbidade, caso o agente tenha agido com doloou culpa. (B) caso fique evidenciada a lesão ao patrimônio público, o mero exercício da função pública autoriza a responsabilização por ato de improbidade administrativa. (C) a conduta do agente não configura improbidade, pois a divergência interpretativa afasta a responsabilização do agente. (D) o agente público não estará sujeito à Lei de Improbidade Administrativa caso seja vinculado ao Poder Judiciário. (E) a demonstração da voluntariedade do agente é suficiente para a comprovação da existência do dolo, não sendo necessária a demonstração da intenção de Questões de Direito Administrativo praticar o fim ilícito. Resposta: C 40) (VUNESP/CÂMARA SJC-SP/TEC.LEGISLATIVO/2022) Na hipótese de prática de ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário, o agente público estará sujeito à aplicação de pena de suspensão dos direitos políticos por até (A) 4 (quatro) anos. (B) 6 (seis) anos. (C) 8 (oito) anos. (D) 12 (doze) anos. (E) 14 (quatorze) anos. Resposta: D 41) (VUNESP/CÂMARA SJC-SP/TEC.LEGISLATIVO/2022) A Câmara Municipal recebeu projeto de lei do poder executivo que tem por finalidade criar uma entidade que será responsável por fiscalizar os serviços públicos concedidos do Município. A proposição estipula que essa pessoa jurídica será criada por lei, dotada de personalidade jurídica de direito público e se submeterá a um regime jurídico especial, pois o termo do mandato de seus dirigentes não coincidirão com os do Chefe do Poder Executivo, bem como que a entidade gozará de autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira. Caso um Vereador consulte um Técnico Legislativo para saber de que tipo de entidade integrante da administração indireta a proposta está se referindo, é correto afirmar que se trata de uma (A) agência reguladora. (B) fundação pública. Questões de Direito Administrativo (C) empresa pública. (D) agência executiva. (E) sociedade de economia mista. Resposta: A 42) (VUNESP/CÂMARA SJC-SP/TEC.LEGISLATIVO/2022) Acerca dos atributos dos atos administrativos, assinale a alternativa correta. (A) A presunção de veracidade se aplica aos atos privados da Administração Pública. (B) A imperatividade constitui na prerrogativa de a Administração Pública executar, diretamente, os seus atos, independentemente da manifestação do Poder Judiciário. (C) A presunção de veracidade não implica na inversão do ônus da prova, pois o cidadão tem o direito de exigir sempre que a autoridade pública comprove que está agindo de acordo com o princípio da legalidade. (D) Prevalece na doutrina o entendimento de que a autoexecutoriedade prescinde prévia autorização legislativa ou a caracterização de situação emergencial. (E) A autoexecutoriedade autoriza a Administração a, em determinados casos, utilizar de forma moderada a força para viabilizar a execução do interesse público. Resposta: E 43) (VUNESP/CÂMARA SJC-SP/TEC.LEGISLATIVO/2022) O Diretor Administrativo da Câmara Municipal emitiu ato administrativo vinculado que possui vício de forma. A autoridade administrativa entende que o interesse público Questões de Direito Administrativo será melhor atendido caso o ato seja preservado. Com base na situação hipotética e na teoria do ato administrativo, é correto afirmar que (A) por se tratar de vício sanável, será cabível a convalidação, que produzirá efeitos retroativos. (B) em função do princípio da legalidade, qualquer ato administrativo viciado deve ser anulado. (C) o ato deverá ser revogado. (D) será possível a convalidação, ainda que haja prejuízo a terceiro, sempre que essa conduta se mostrar adequada a atender o interesse público. (E) o ato administrativo deve ser anulado, pois o vício de forma não é passível de convalidação. Resposta: A 44) (VUNESP/CÂMARA SJC-SP/TEC.LEGISLATIVO/2022) A respeito dos princípios do Direito Administrativo, assinale a alternativa correta. (A) O princípio da moralidade administrativa impede a prática do nepotismo na Administração Pública, estendendo-se a vedação a nomeações de cargos políticos. (B) É compatível com o princípio da legalidade a ação administrativa que, embora não esteja estritamente autorizada por lei, tem por base os princípios constitucionais e visa assegurar os direitos fundamentais do cidadão. (C) O princípio da eficiência exige que a correção da ação administrativa seja analisada exclusivamente sob o prisma econômico. (D) O princípio da impessoalidade não impede a realização de propagandas que tenham por objetivo promover a imagem do gestor público. (E) Em função do princípio da publicidade, todos os atos administrativos devem ter o seu conteúdo veiculado no Diário Oficial do respectivo ente federativo. Questões de Direito Administrativo Resposta: B 45) (VUNESP/PREF.PRES.PRUDENTE-SP/FISCAL COMÉRCIO/2022) A respeito do poder de polícia, é correto afirmar que (A) ele tem por destinatários unicamente os administrados que possuem vínculo especial, seja legal ou negocial, com a Administração Pública. (B) o exercício do poder de polícia compreende quatro fases diferentes, ordem, consentimento, fiscalização e sanção. (C) a atividade fiscalizatória depende de prévia provocação por parte de qualquer interessado. (D) atualmente não mais se admite a polícia de costumes, já que deixou de ser um âmbito de incidência do poder de polícia. (E) o poder de polícia fundamenta-se exclusivamente na supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Resposta: B 46) (VUNESP/PREF.PRES.PRUDENTE-SP/FISCAL COMÉRCIO/2022) Assinale a alternativa que contempla os requisitos dos atos administrativos. (A) Agente público competente ou relativamente competente, finalidade, atendimento do interesse público e motivação. (B) Sujeito, competência improrrogável, mas renunciável, finalidade, atendimento ao princípio da solenidade das formas e da supremacia do interesse público. (C) Agente público competente, atendimento ao princípio da liberdade e da simetria das formas, motivação, objeto e finalidade. (D) Sujeito, competência, que é prorrogável, mas irrenunciável, móvel, objeto, motivação e finalidade. Questões de Direito Administrativo (E) Agente competente, forma, finalidade, motivo e objeto. Resposta: E 47) (VUNESP/PREF.PRES.PRUDENTE-SP/FISCAL COMÉRCIO/2022) Ordem de serviço e apostilamento são respectivamente exemplos de atos administrativos (A) ordinatório e enunciativo. (B) negocial e ordinatório. (C) ordinatório e normativo. (D) negocial e enunciativo. (E) normativo e ordinatório. Resposta: A 48) (VUNESP/PREF.PRES.PRUDENTE-SP/FISCAL COMÉRCIO/2022) Considere que Marília é servidora pública efetiva há quatros anos, mas há trinta dias foi declarada a desnecessidade do seu cargo. Com base na situação hipotética e no disposto na Constituição Federal, é correto afirmar que (A) como faz menos de 05 (cinco) anos que Marília é servidora pública efetiva, ela deverá ser demitida. (B) Marília ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (C) Marília ficará em disponibilidade e receberá remuneração proporcional ao tempo de contribuição. (D) considerando que o aproveitamento em cargo ofenderia o princípio do concurso público, Marília deverá passar para a inatividade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. (E) o ato que declarar a disponibilidade de Marília deverá, também, estabelecer concomitantemente a correlação Questões de Direito Administrativo com cargo equivalente para efeito de estipulação dos vencimentos e demais vantagens enquanto estiver afastada de suas atribuições. Resposta: B 49) (VUNESP/PREF.PRES.PRUDENTE-SP/FISCAL COMÉRCIO/2022) Considere que José é agente público e, na data de hoje, praticou ato doloso considerado como de nepotismo. Com base na situação hipotética e no disposto na Lei de Improbidade Administrativa – LIA, é correto afirmar que (A) apesar de José ter contrariado o princípio da moralidade, não praticou ato de improbidade administrativa, pois nepotismo não foi previsto na LIA e não mais admite interpretaçãoextensiva da lei de improbidade. (B) não se configurará improbidade, pois foi uma mera nomeação por parte do agente público, sendo necessária a demonstração de prejuízo para o erário. (C) em tal hipótese somente haverá improbidade administrativa quando for comprovado na conduta funcional de José o fim de obter proveito ou benefício indevido para si ou para outra pessoa ou entidade. (D) José será condenado à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até 14 (catorze) anos e pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial. (E) a multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, o valor calculado é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de improbidade. Resposta: C Questões de Direito Administrativo 50) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) João, então prefeito do Município Alfa, em janeiro de 2012, de forma culposa, permitiu a aquisição de bem por preço superior ao de mercado, na medida em que firmou contrato administrativo com a sociedade empresária Beta para compra de veículos para a frota oficial do Município com sobrepreço de R$ 100.000,00. O Ministério Público recebeu representação noticiando a ilegalidade em junho de 2013, instaurou inquérito civil e somente concluiu a investigação em setembro de 2021, confirmando que houve, de fato, superfaturamento no valor indicado. João exerceu mandato eletivo como chefe do Executivo municipal até 31/12/2012, haja vista que não foi reeleito. No caso em tela, com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em setembro de 2021, a pretensão ministerial de ressarcimento ao erário em face de João: (A) ainda não estava prescrita, pois o prazo começa a contar a partir do término do mandato eletivo; (B) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário é imprescritível, em qualquer hipótese; (C) já estava prescrita, pois se aplica o prazo de três anos contados a partir do término do mandato eletivo do agente público; (D) já estava prescrita, pois não se trata de ato de improbidade administrativa doloso, que ensejaria a imprescritibilidade do ressarcimento ao erário; (E) ainda não estava prescrita, pois o ressarcimento ao erário é imprescritível, desde que o ato ilícito também configure ato de improbidade, culposo ou doloso. Resposta: D 51) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) O Estado Alfa celebrou com uma organização da sociedade civil (OSC) uma espécie de parceria, mediante transferência voluntária de recursos para consecução de plano de trabalho proposto pelo poder público estadual, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco propostas pela Administração Pública, consistentes na promoção Questões de Direito Administrativo e divulgação do “Programa à Vítima e Testemunha Ameaçadas no Estado Alfa”, garantindo, na forma da lei, às vítimas e às testemunhas, alimentação, saúde, moradia, educação e lazer, de maneira a promover a reinserção social dos sujeitos em proteção em um novo território fora do local de risco. De acordo com a Lei nº 13.019/2014, no caso em tela, o instrumento adequado utilizado foi o: (A) contrato de gestão, e o serviço firmado foi delegado à OSC, contratada mediante licitação; (B) termo de colaboração, e a OSC foi selecionada por meio de chamamento público; (C) termo de parceria, e a OSC foi selecionada mediante inexigibilidade de licitação; (D) termo de fomento, e a OSC foi selecionada mediante contratação direta; (E) acordo de cooperação, e deve haver prestação de contas sobre os recursos financeiros transferidos ao Tribunal de Contas. Resposta: B 52) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) O Estado Gama, por meio de emenda constitucional, acresceu à sua Constituição Estadual norma instituindo o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais limitado ao valor do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal. De acordo com a Constituição da República de 1988 e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada norma é: (A) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988 dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais do Judiciário, adotando, como limite único, o valor do subsídio mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça, limitado a 95% do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal; Questões de Direito Administrativo (B) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988 dispõe que é facultado aos Estados fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais, exceto no que se refere aos subsídios dos deputados estaduais, adotando, como limite único, o valor do subsídio mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos ministros do Supremo Tribunal Federal; (C) inconstitucional, pois a Constituição da República de 1988 dispõe que é obrigatório aos Estados fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições estaduais, o teto remuneratório dos servidores públicos estaduais, exceto no que se refere aos subsídios dos magistrados, adotando, como limite único, o valor do subsídio mensal dos desembargadores dos respectivos Tribunais de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal do governador do Estado; (D) constitucional, pois reproduziu o texto da Constituição da República de 1988 que estabelece como limite para o teto da remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal; (E) constitucional, pois reproduziu o texto da Constituição da República de 1988 que estabelece como limite para o teto da remuneração dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Resposta: B 53) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) A sociedade empresária Alfa exercia a venda de produtos alimentícios em uma mercearia, com licença municipal específica Questões de Direito Administrativo para tal atividade. No entanto, os proprietários do comércio também desenvolviam comercialização de fogos de artifício, de forma absolutamente clandestina, pois sem a autorização do poder público. Durante as inspeções ordinárias, o poder público nunca encontrou indícios de venda de fogos de artifício, tampouco o fato foi alguma vez noticiado à municipalidade. Certo dia, grande explosão e incêndio ocorreram no comércio, causados pelos fogos de artifício, que atingiram a casa de João, morador vizinho à mercearia, que sofreu danos morais e materiais. João ajuizou ação indenizatória em face do Município, alegando que incide sua responsabilidade objetiva por omissão. No caso em tela, valendo-se da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o magistrado deve julgar: (A) procedente o pedido, pois se aplica a teoria do risco administrativo, de maneira que não é necessária a demonstração do dolo ou culpa do Município, sendo devida a indenização; (B) procedente o pedido, pois, diante da omissão específica do Município, aplica-se a teoria do dano in re ipsa, devendo o poder público arcar com a indenização, desde que exista nexo causal entre o incêndio e os danos sofridos por João; (C) procedente o pedido, diante da falha da Administração Municipal na fiscalização de atividade de risco, qual seja, o estabelecimento destinado a comércio de fogos de artifício, incidindo a responsabilidade civil objetiva; (D) improcedente o pedido, pois, apesar de ser desnecessária a demonstração de violação de umdever jurídico específico de agir do Município, a responsabilidade civil originária é da sociedade empresária Alfa, de maneira que o Município responde de forma subsidiária, caso a responsável direta pelo dano seja insolvente; (E) improcedente o pedido, pois, para que ficasse caracterizada a responsabilidade civil do Município, seria necessária a violação de um dever jurídico específico de agir, seja pela concessão de licença para funcionamento sem as cautelas legais, seja pelo conhecimento do poder público de eventuais irregularidades praticadas pelo particular, o que não é o caso. Resposta: E Questões de Direito Administrativo 54) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) O Município Beta, após revisão de seu plano diretor com a oitiva da sociedade civil, por meio de diversas audiências públicas, concluiu que necessitava de áreas para a execução de programas e projetos habitacionais de interesse social. Dessa forma, foi editada lei municipal, baseada no citado plano diretor, delimitando as áreas em que incidirá direito de preempção, com prazo de vigência de quatro anos. O direito de preempção conferiu ao poder público municipal preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, naquela área especificada. Por entender que a citada lei municipal é inconstitucional por violar seu direito de propriedade, João alienou a Maria seu imóvel urbano incluído na área prevista na lei, sem oportunizar ao município o direito de preferência. O Município Beta ajuizou ação pleiteando a invalidação do negócio jurídico celebrado entre João e Maria, requerendo que lhe sejam assegurados os direitos previstos no Estatuto da Cidade. No caso em tela, o magistrado deve observar que a Lei nº 10.257/2001 dispõe que a alienação do imóvel de João a Maria é: (A) válida e eficaz, haja vista que a lei municipal é materialmente inconstitucional por violar o direito de propriedade de João, na medida em que não especificou os proprietários de imóveis que serão desapropriados; (B) válida e eficaz, haja vista que a lei municipal é formalmente inconstitucional por violar o direito de propriedade de João, visto que é competência legislativa dos Estados editar normas dispondo sobre esse tipo de limitação administrativa; (C) nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel pelo seu valor venal previsto na base de cálculo do IPTU ou pelo valor da transação, se este for inferior àquele, pois o direito de preempção é uma espécie de limitação administrativa; (D) válida e ineficaz, haja vista que o Município deverá comprovar, durante a fase de instrução probatória, a utilidade pública, a necessidade pública ou o interesse social para exercer seu direito de preferência, por meio da desapropriação; (E) nula de pleno direito, e o Município poderá adquirir o imóvel pelo seu valor venal, a ser definido por perícia de avaliação judicial, assegurados o contraditório e a ampla defesa, pois o direito de preempção é uma espécie de desapropriação especial urbana. Questões de Direito Administrativo Resposta: C 55) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) O Estado Alfa realizou o chamado, pela nova Lei de Licitação (Lei nº 14.133/2021), procedimento de credenciamento, na medida em que realizou um processo administrativo de chamamento público, convocando interessados em prestar determinados serviços para que, preenchidos os requisitos necessários, se credenciassem no órgão para executar o objeto quando convocados. Cumpridas todas as formalidades legais, na presente hipótese, de acordo com o citado diploma legal, em se tratando de caso de objeto que deva ser contratado por meio de credenciamento, a licitação é: (A) inexigível, por expressa previsão legal; (B) dispensável, por expressa previsão legal; (C) obrigatória, na modalidade diálogo competitivo; (D) obrigatória, na modalidade pregão; (E) obrigatória, na modalidade leilão. Resposta: A 56) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) Maria foi aprovada em concurso público para o cargo efetivo de analista processual do Estado Delta e classificada em quinto lugar. O edital do concurso ofereceu apenas quatro vagas, não obstante houvesse dez cargos efetivos vagos. O resultado final do concurso foi regularmente homologado e, durante o seu prazo de validade, que não foi prorrogado e acaba na próxima semana, o Estado Delta convocou e nomeou os quatro primeiros classificados. Maria logrou obter informações e documentos que comprovam, de forma cabal, que o Estado Delta recentemente nomeou, sem prévio concurso público, para cargo em comissão, três pessoas para exercerem exatamente as mesmas funções afetas ao cargo de analista processual, de necessidade permanente para o Estado, sendo que, para desempenho da mesma função, há ainda servidores temporários com Questões de Direito Administrativo prorrogações sucessivas de seus contratos de trabalho. Assim, Maria impetrou mandado de segurança, pleiteando sua convocação, nomeação e posse. Consoante a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a ordem deve ser: (A) denegada, pois apenas convertem a mera expectativa de direito em direito subjetivo à nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas oferecidas no edital do concurso público; (B) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas e os que forem preteridos pela administração pública por burla à ordem de classificação; (C) denegada, pois apenas possuem direito subjetivo à nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas e aqueles que forem preteridos na ordem de classificação, bem como se houver abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior; (D) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em que surgiram novas vagas durante o prazo de validade do certame, o que gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital do concurso anterior; (E) concedida, pois Maria passou a ter direito subjetivo à nomeação, na medida em que foi preterida de forma arbitrária e imotivada por parte da administração pública, em comportamento expresso que revela a inequívoca necessidade de sua nomeação. Resposta: E 57) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) A sociedade de economia mista Beta do Município X recebeu formalmente, por meio de lei específica, delegação do poder de polícia do Município para prestar serviço de policiamento do trânsito na cidade, inclusive para aplicar multa aos infratores. Sabe-se que a entidade Beta é uma empresa estatal municipal de capital majoritariamente público, que presta exclusivamente Questões de Direito Administrativo serviço público de atuação própria do poder público e em regime não concorrencial. Por entender que o Município X não poderia delegar o poder de polícia a pessoa jurídica de direito privado, o Ministério Público ajuizou ação civil pública pleiteando a declaração de nulidade da delegação e das multas aplicadas, assim como a assunção imediata do serviço pelo Município. No caso em tela, de acordo com a atual jurisprudência do Supremo Tribunal Federal em tema de repercussão geral, a pretensão ministerial: (A) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia na forma realizada, inclusive no que concerne à sanção de polícia; (B) não deve ser acolhida, pois é constitucional a delegação do poder de polícia a qualquer pessoa jurídica de direito privado, desde que cumprido o único requisito que é a prévia autorização legal; (C) deve ser acolhida, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, em qualquer das fases de seu ciclo, a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta; (D) deve ser acolhida parcialmente, pois é inconstitucional a delegação do poder de polícia, nas fases de seu ciclo de ordem de polícia e de sanção de polícia, a pessoa jurídica de direito privado integrante da administração indireta; (E) deveser acolhida parcialmente, pois, apesar de ser constitucional a delegação do poder de polícia para o serviço público de fiscalização de trânsito, é inconstitucional tal delegação no que concerne à aplicação de multa, que deve ser feita por pessoa jurídica de direito público. Resposta: A 58) (FGV/TRIB.JUSTIÇA AMAPÁ-AP/JUIZ SUBSTITUTO/2022) João é proprietário de imóvel rural que engloba grande área na cidade Alfa, interior do Estado. O imóvel de João, sem seu conhecimento, foi invadido por terceiras pessoas que passaram a cultivar plantas psicotrópicas (maconha) de forma ilícita. O Município Alfa ajuizou ação perante a Justiça Estadual visando à Questões de Direito Administrativo desapropriação confisco do imóvel de João. No caso em tela, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a expropriação prevista no Art. 243 da Constituição da República de 1988: (A) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal; (B) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove que não incorreu em dolo ou culpa grave, pois possui responsabilidade subjetiva, vedada a inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve ser proposta pelo Estado; (C) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva, vedada a inversão do ônus da prova, e o Judiciário deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco, de maneira que o imóvel de João seja destinado à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei; (D) pode ser afastada, desde que o proprietário João comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in eligendo, pois possui responsabilidade subjetiva, com inversão do ônus da prova, mas o Juízo deve extinguir o processo sem resolução do mérito pela ilegitimidade ativa do Município Alfa, pois a ação deve ser proposta pela União, na Justiça Federal; (E) não pode ser afastada, pois João possui responsabilidade objetiva, admitida a inversão do ônus da prova, e o Judiciário deve julgar procedente o pedido de desapropriação confisco, sendo que todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. Resposta: D Questões de Direito Administrativo 59) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Carla, servidora pública ocupante do cargo de Analista Legislativo do Senado Federal, no exercício da função, praticou conduta que causou danos materiais a Joana, usuária do serviço público. Joana ajuizou ação indenizatória e, no curso do processo, restou comprovado que a citada usuária do serviço agiu com culpa concorrente para o resultado danoso. No caso em tela, aplica-se a responsabilidade civil (A) subjetiva, de maneira que é necessária a comprovação do dolo ou culpa de Carla e, apesar de não haver exclusão da responsabilidade do Senado Federal, haverá redução do valor indenizatório em razão da culpa concorrente de Joana. (B) subjetiva, de maneira que seria necessária a comprovação do dolo ou culpa de Carla, mas o pleito indenizatório deve ser julgado improcedente pela ruptura do nexo de causalidade, em razão da culpa concorrente de Joana. (C) objetiva, de maneira que é desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de Carla e, apesar de não haver exclusão da responsabilidade da União, haverá redução do valor indenizatório em razão da culpa concorrente de Joana. (D) objetiva, de maneira que seria desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de Carla, mas o pleito indenizatório deve ser julgado improcedente pela ruptura do nexo de causalidade, em razão da culpa concorrente de Joana. (E) objetiva, de maneira que seria desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de Carla, mas o pleito indenizatório deve ser julgado improcedente pela ocorrência de caso fortuito ou força maior, em razão da culpa concorrente de Joana. Resposta: C 60) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Em tema de controle externo da administração pública, a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Questões de Direito Administrativo (A) Congresso Nacional, com o auxílio da Procuradoria-Geral da República. (B) Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União. (C) Senado Federal, com o auxílio da Controladoria-Geral da União. (D) Senado Federal, com o auxílio do Ministério Público Federal. (E) Tribunal de Contas da União, com o auxílio da Procuradoria da Fazenda Nacional. Resposta: B 61) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Jorge praticou determinada infração de trânsito em rodovia federal, de maneira que, como não havia urgência a recomendar o imediato guincho do veículo, policiais rodoviários federais, observadas as formalidades legais, apenas lavraram o correlato auto de infração. Em seguida, a Administração Pública Federal promoveu o regular processo administrativo para imposição de multa em desfavor do administrado Jorge, inclusive com as necessárias notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração, atendidos o contraditório e a ampla defesa. Não obstante ter sido regularmente aplicada a citada multa, Jorge não a pagou, razão pela qual o caso foi encaminhado ao órgão responsável por promover sua cobrança, mediante ajuizamento de execução judicial. No caso em tela, a imposição da multa de trânsito a Jorge decorre do atributo ato administrativo da (A) exigibilidade, como meio indireto de coação ao administrado, mas a necessidade de sua execução judicial afasta a presença do atributo da autoexecutoridade. (B) imperatividade, com necessidade de chancela do Poder Judiciário para validade da sanção, mediante a presença do atributo da autoexecutoridade. (C) executoriedade, como meio indireto de coação ao administrado, mas a necessidade de sua execução judicial afasta a presença do atributo da imperatividade. Questões de Direito Administrativo (D) tipicidade, que decorre da supremacia do interesse público, sem necessidade de prévia previsão legal, e a necessidade de sua execução judicial decorre do atributo da exigibilidade. (E) autoexecutoriedade, como meio indireto de coação ao administrado e necessidade de sua execução judicial decorre do atributo da coercibilidade. Resposta: A 62) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Em agosto de 2022, Cássio, servidor público ocupante do cargo de Analista Legislativo do Senado Federal, no exercício da função, de forma dolosa, facilitou a aquisição de determinados bens por preço superior ao de mercado, causando lesão ao erário. Consoante dispõe a atual redação da Lei nº 8.429/92, após o devido processo legal no bojo de ação de improbidade administrativa, Cássio está sujeito, entre outras, à sanção de (A) perda da função pública, que atinge apenas o cargo de Analista Legislativo do Senado Federal. (B) pagamento de multa civil equivalente a até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente. (C) suspensão dos direitos políticos até 8 (oito) anos, que somente poderá ser executada após o trânsito em julgado da sentença condenatória. (D) pagamento de multa civil equivalente ao dobro do valor do dano ao erário, podendo o magistrado aumentá-la até o quádruplo, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, o valor inicial é ineficaz para reprovação e prevenção do ato de improbidade. (E) perda da função pública, que atinge, em regra,o cargo de Analista Legislativo do Senado Federal, podendo o magistrado, contudo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias do caso e a gravidade da infração. Questões de Direito Administrativo Resposta: A 63) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, ente da administração indireta, foi criado pela União, por lei específica, para exercer atividade típica de Estado de preservação do patrimônio cultural do país. Consoante ensina a doutrina de Direito Administrativo, a União (A) exerce controle de legalidade sobre o IPHAN, mediante o exercício do poder hierárquico. (B) exerce controle finalístico sobre o IPHAN, mediante a supervisão ministerial, que não constitui exercício do poder hierárquico. (C) detém controle formal sobre o IPHAN, mediante o exercício do poder de estruturação interna de sua atividade decorrente do poder regulamentar. (D) não detém controle de legalidade sobre o IPHAN, mas exerce o poder de estruturação externa de sua atividade em decorrência do poder disciplinar. (E) não detém controle material sobre o IPHAN, por sua autonomia administrativa, mas possui o poder de estruturação interna de sua atividade, mediante o exercício do poder hierárquico. Resposta: B 64) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Antônio, servidor público ocupante do cargo de Analista Legislativo do Senado Federal, cometeu falta disciplinar e, após cumpridas as formalidades legais, lhe foi aplicada a sanção de suspensão por 30 (trinta) dias. No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.112/1990, a penalidade de suspensão (A) será convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento, diante da natureza e extensão da sanção, ficando Antônio obrigado a permanecer em Questões de Direito Administrativo serviço. (B) poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento, se assim desejar Antônio, que tem direito subjetivo à conversão. (C) será convertida em multa, na base de 75% (setenta e cinco por cento) por dia de vencimento, diante da natureza e extensão da sanção, ficando Antônio obrigado a permanecer em serviço. (D) poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento, quando houver conveniência para o serviço, ficando Antônio obrigado a permanecer em serviço. (E) poderá ser convertida em multa, na base de 75% (setenta e cinco por cento) por dia de vencimento, quando houver conveniência para o serviço, desde que Antônio concorde com a conversão. Resposta: D 65) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Em matéria de disposições gerais sobre restrições de acesso à informação, o texto da Lei nº 12.527/2011 estabelece que (A) o acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais pode ser negado, desde que fundamentado em parecer subscrito por três servidores públicos de carreira. (B) as informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso. (C) a classificação da informação em determinado grau de sigilo deve observar o interesse público da informação e utilizar o critério mais restritivo possível, considerado o prazo máximo de restrição de acesso de vinte anos. (D) a informação em poder dos órgãos e das entidades públicas, observado o seu teor e o grau de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, é classificada como ultrassecreta quando possuir prazo máximo de restrição de Questões de Direito Administrativo acesso à informação de trinta anos. (E) o disposto na Lei de Acesso à Informação exclui as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público, diante da necessidade de sua ampla publicidade e transparência. Resposta: B 66) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) Em junho de 2022, o Senado Federal iniciou processo administrativo tendente a verificar a possibilidade de contratação do serviço técnico especializado de natureza predominantemente intelectual com empresa de notória especialização na área de auditoria financeira. Após estudos sobre a economicidade da contratação, concluiu-se que o valor estimado do contrato administrativo a ser firmado é de seiscentos mil reais. Auxiliando na instrução do mencionado processo administrativo, Fernanda, servidora pública ocupante do cargo de Analista Legislativo do Senado Federal, constatou que, conforme disposto na Lei nº 14.133/2021, a contratação pretendida (A) não pode ser feita sem prévia licitação, diante da natureza dos serviços a serem contratados. (B) não pode ser feita sem prévia licitação, na modalidade pregão, diante do valor de mercado estimado. (C) não pode ser feita sem prévia licitação, na modalidade diálogo competitivo, diante da natureza do objeto contratual. (D) pode ser feita sem prévia licitação, mediante dispensa de licitação, observadas as formalidades legais. (E) pode ser feita sem prévia licitação, mediante inexigibilidade de licitação, observadas as formalidades legais. Resposta: E Questões de Direito Administrativo 67) (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/2022) No bojo de determinado processo administrativo que tramita no Senado Federal, Joaquim, parte interessada no processo, apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF) reclamação alegando violação de enunciado de súmula vinculante da Suprema Corte. Consoante dispõe a Lei nº 9.784/1999, (A) não será conhecida a reclamação, porque a decisão impugnada ocorreu no âmbito de processo administrativo e não de processo judicial. (B) será conhecida a reclamação, apenas se a decisão impugnada tiver formado coisa julgada administrativa e envolver direito coletivo ou individual indisponível. (C) não será acolhida a reclamação, porque a legitimidade para propô-la junto ao STF é ostentada apenas pelo Ministério Público, partidos políticos e associações constituídas na forma da lei. (D) acolhida pelo STF a reclamação, dar-se-á ciência à autoridade prolatora para imediata adequação das decisões administrativas em casos semelhantes tomadas nos últimos cinco anos, sob pena de responsabilização pessoal na esfera administrativa. (E) acolhida pelo STF a reclamação, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, administrativa e penal. Resposta: E 68) (FCC/TRT-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2022) Uelder é agente público designado para atuar na área de licitações e contratos, e Dorival é terceiro que auxilia a condução da contratação na qualidade de integrante de equipe de apoio. Considerando apenas as informações fornecidas e em conformidade com a Lei no 14.133/2021 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos), ressalvados os casos previstos em lei, é vedado Questões de Direito Administrativo (A) a Uelder e a Dorival admitirem, preverem, incluírem ou tolerarem, nos atos que praticarem, situações que, dentre outras, comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo do processo licitatório, inclusive nos casos de participação de sociedades cooperativas. (B) apenas a Uelder estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamento, exceto quando envolvido financiamento de agência internacional. (C) a Uelder e a Dorival estabelecerem tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamento, exceto quando envolvido