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Licitações, Contratos e Terceirização

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FACULDADE ÚNICA 
DE IPATINGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LICITAÇÕES E TERCEIRIZAÇÃO 
 
1ª edição 
Ipatinga – MG 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL 
 
Diretor Geral: Valdir Henrique Valério 
Diretor Executivo: William José Ferreira 
Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos 
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira 
Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa 
Revisão/Diagramação/Estruturação: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Carla Jordânia G. de Souza 
 Rubens Henrique L. de Oliveira 
Design: Brayan Lazarino Santos 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Luiza Filgueiras 
 
 
 
 
 
 
 
© 2021, Faculdade Única. 
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem 
Autorização escrita do Editor. 
 
 
‘ 
 
 
Teodoro, Jorge Benedito de Freitas, 1986 - . 
Introdução à filosofia / Jorge Benedito de Freitas Teodoro. – 1. ed. Ipatinga, 
MG: Editora Única, 2020. 
113 p. il. 
 
Inclui referências. 
 
ISBN: 978-65-990786-0-6 
 
1. Filosofia. 2. Racionalidade. I. Teodoro, Jorge Benedito de Freitas. II. Título. 
 
CDD: 100 
CDU: 101 
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920. 
 
 
 
 
 
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299 
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG 
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300 
www.faculdadeunica.com.br
http://www.faculdadeunica.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Menu de Ícones 
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo 
aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. 
Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada um 
com uma função específica, mostradas a seguir: 
 
 
 
São sugestões de links para vídeos, documentos científi-
co (artigos, monografias, dissertações e teses), sites ou 
links das Bibliotecas Virtuais (Minha Biblioteca e 
Biblioteca Pearson) relacionados com o conteúdo 
abordado. 
 
Trata-se dos conceitos, definições ou afirmações 
importantes nas quais você deve ter um maior grau de 
atenção! 
 
São exercícios de fixação do conteúdo abordado em 
cada unidade do livro. 
 
São para o esclarecimento do significado de 
determinados termos/palavras mostradas ao longo do 
livro. 
 
Este espaço é destinado para a reflexão sobre questões 
citadas em cada unidade, associando-o a suas ações, 
seja no ambiente profissional ou em seu cotidiano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
LICITAÇÕES ............................................................................................... 8 
 
1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8 
1.2 O QUE É LICITAÇÃO E QUAL SUA IMPORTÂNCIA............................................. 8 
1.3 LICITAÇÕES: ESTRATÉGIAS E PROCESSOS ....................................................... 12 
1.4 EXPERIÊNCIAS DE COMPRAS NO SETOR PÚBLICO X SETOR PRIVADO ......... .12 
FIXANDO O CONTEÚDO ......................................................................................15 
 
PROCESSOS LICITATÓRIOS ..................................................................... 20 
 
2.1 NOÇÕES BÁSICAS DA LEI Nº 8.666/1993 ..................................................... 20 
2.2 PRINCÍPIOS APLICAÇÕES AO PROCESSO LICITATÓRIO (FUNÇÃO 
REGULATÓRIA) . ...................................................................................................... 22 
2.3 ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO E FASES DE DESPESAS
 ............................................................................................................................24 
FIXANDO O CONTEÚDO ......................................................................................26 
 
ETAPA DAS CONTRATAÇÕES .................................................................. 32 
 
3.1 MODALIDADES LICITATÓRIAS ........................................................................... 32 
3.2 FASES DOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS................................................... 35 
3.3 PROJETOS BÁSICOS .......................................................................................... 37 
3.3.1 Vantagens do projeto básico ............................................................................... 38 
FIXANDO O CONTEÚDO .....................................................................................40 
 
TERCEIRIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ....................................... 46 
 
4.1CONCEITOS SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO ............................................................ 46 
4.2 A TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ......................................48 
FIXANDO O CONTEÚDO .....................................................................................40 
 
 
 
ASPECTOS SOBRE CONTRATO ................................................................ 54 
 
5.1 O QUE É, E QUAIS SÃO OS SUJEITOS DO CONTRATO ..................................... 54 
5.2 AVALIAÇÃO, CONTROLE DOS RESULTADOS ................................................ 57 
FIXANDO O CONTEÚDO .....................................................................................62 
 
 
 
AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RESULTADOS E AS POSSIBILIDADES DE 
EXTINÇÃO DOS CONTRATOS PÚBLICOS ................................................ 67 
 
6.1 AVALIAR A DURAÇÃO E A PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS PÚBLICOS.
 ............................................................................................................................67 
6.2 LEI Nº. 8.666/1993 NA PERSPECTIVA DO INSTITUTO DA RESPONSABILIDADE 
CIVIL ....................................................................................................................70 
6.3 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS E PERSPECTIVAS SOBRE RESCISÃO 
CONTRATUAL. ......................................................................................................72 
FIXANDO O CONTEÚDO ......................................................................................80 
 
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ........................................ 85 
 
UNIDADE 
01 
UNIDADE 
02 
UNIDADE 
03 
UNIDADE 
04 
UNIDADE 
05 
UNIDADE 
01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
CONFIRA NO LIVRO 
 
A unidade I demonstra a base do conceito de licitação, quais são 
suas estratégias e processos definidos para que a eficiência e 
economicidade sejam alcançadas com assertividade ao fim do 
processo. Além disso, será exposto a dicotomia entre compra 
pública e privada, quais pontos são considerados convergentes e 
divergentes. 
A unidade II explora os princípios norteadores do processo 
licitatório, sendo os mesmos vitais para que a compra seja 
realizada obedecendo questões legais. Em tempo, a unidade 
ainda expõe qual a organização e as fases de despesas realizadas 
durante o processo de licitação. 
 
 
A unidade III tem em sua essência demonstrar os ritos, 
procedimentos e fases de um processo licitatório, desde a origem 
(surgimento da demanda) até a emissão do contrato e a 
avaliação e controle de resultados dele. Por fim, nesta unidade os 
projetos básicos serão postos em voga, com a exposição de seu 
conceito, bem como suas principais características. 
A unidade IV tem em seu cerne demonstrar os conceitos de 
terceirização em âmbito brasileiroe global. Compreender essas 
diferentes formas de entender a transferência de responsabilidades 
por determinada prestação de serviços é fundamental para 
vislumbrar como a administração pública emprega essa prática 
em seu cotidiano. 
 
 
A unidade V traz consigo características sobre os contratos. 
Compreender esse importante elemento que compõem um ato 
administrativo é vital, pois o contrato normatiza quem são os 
sujeitos, quem avalia e os controla, além de expressar quem tem 
poder para ofertar sanções sobre eles. 
A Unidade VI continua no aspecto da avaliação dos contratos 
com o objetivo de disciplinar as eventuais sanções que podem 
incorrer inclusive as extinções do contrato previstas na Lei nº 
8.666/93. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
LICITAÇÕES 
 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
E por que esse rito de compras é tão importante? Ora, poderíamos 
responder essa questão simplesmente mencionando porque a licitação “trabalha” 
com o seu, com o meu e com o recurso público arrecadado pela máquina pública 
brasileira, portanto, temos o direito e a obrigação de fiscalizar o que está sendo 
comprado e como está sendo realizado esse processo. 
Na unidade aprenderemos sobre as noções básicas do processo licitatório, 
bem como possíveis estratégias e processos. Se faz jus adentrarmos nessa seara 
para entender a dicotomia entre as compras realizadas no setor privada e no setor 
público. É exatamente com a base exposta anteriormente que poderemos 
entender esses dois universos distintos, que em alguns momentos apresentam 
similaridades e convergências entre si. 
 
Bons estudos ! 
 
1.2 O QUE É LICITAÇÃO E QUAL SUA IMPORTÂNCIA. 
No meio em que vivemos muito se fala sobre a vida em sociedade, bem 
coletivo, e sobre o papel da gestão pública em nossas vidas. Contudo se faz 
necessário aclarar principalmente em qual contexto será realizado a escrita desse 
livro, portanto, esclarece que será o mesmo voltado ao âmbito público. A respeito 
disse o que é gestão pública? Eis que Meirelles (2011, p. 65) esclarece: 
 
O conceito de Administração Pública é: [...] numa visão global, a 
Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado 
preordenado à realização de serviços, visando à satisfação das 
necessidades coletivas. A Administração não pratica atos de 
governo; prática, tão somente, atos de execução, com maior ou 
UNIDADE 
 
Nesta unidade vamos aprender sobre o que é, e como se realiza o processo 
de compras públicas, denominado pela Lei nº 8.666/93 de Licitação. A referida lei 
rege toda e qualquer compra pública realizada no território brasileiro, seja em 
qualquer esfera: federal, estadual ou municipal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de 
seus agentes (MEIRELLES, 2011, p.65). 
 
Corroborando com a essencialidade da gestão pública, DI PIETRO (2009) 
disserta que esse termo pode ser visto como um conjunto de serviços públicos, 
sendo que sua organização, atribuições e desempenho possuem características 
particulares que proporciona competência e prerrogativa de trabalhar, fiscalizar e 
executar as diretrizes fixadas pelo Governo. 
A Administração Pública é reconhecida por problemas, corrupção, 
burocratização, gastos excessivos e falta de comprometimento dos entes públicos 
com os cidadãos; enfim, há uma série de dificuldades. Assim, falar sobre gestão 
eficaz e eficiente parece utópico, porém no uso de suas atribuições, o gestor 
público deve adotar postura coesa, firme e transparente, a fim de realizar suas 
atribuições de forma íntegra, inclusive ao gerir contratos. 
Uma das prerrogativas da administração pública é ofertar produtos, serviços 
e bens de qualidade para seu povo. Essa aquisição de produtos e serviços para 
população se dá através de normativas específicas. Assim, a administração pública 
que contempla o governo federal, estaduais e municipais precisa adquirir bens e 
serviços para que máquina pública não pare, e além disso, é vital ofertar à 
sociedade o máximo de qualidade nessas aquisições. É via Licitação que a 
administração pública adquire bens e serviços, mas afinal o que é isso? Segundo 
Portal da Transparência Licitação é: 
 
Licitação é o processo por meio do qual a Administração Pública 
contrata obras, serviços, compras e alienações. Em outras palavras, 
licitação é a forma como a Administração Pública pode comprar e 
vender. Já o contrato é o ajuste entre órgãos ou entidades da 
Administração Pública e particulares, em que há um acordo para a 
formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas 
(PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2020, online). 
 
 Ressalta-se que a licitação deve ser considerada sempre como regra, 
ou seja, a exceção deve ser tratada pontualmente. Como assim professor? A 
licitação é regida e respaldada pela Lei 8.666/93, estando preceituada como lei 
máxima das compras públicas. A Lei 8.666/93 ainda dispõe que obras, vendas, 
publicidade, alienações e locações devem ser obrigatoriamente realizadas via 
processo licitatório (BRASIL, 1993). Portanto, qualquer que seja o processo de 
compra, venda, locação, serviços de obras e engenharia sempre será regido por 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
um processo licitatório, ou em casos pontuais esse processo será dispensado, mais 
essas exceções trataremos em outros capítulos do livro. 
 A Licitação é considerada um processo administrativo, pelo qual opta-
se pela proposta mais vantajosa celebrando assim um contrato entre empresa e 
administração pública. Promove também a competitividade e a isonomia entre 
todos interessados, atuando sempre como moralidade nos negócios administrativos 
(MEIRELLES, 2011). 
O artigo 2º da Lei 8.666, de 12 de junho de 1993, traz os objetos que devem 
necessariamente ser precedidos de licitação: Art. 2º – As obras, serviços, inclusive de 
publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da 
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente 
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas nesta lei (BRASIL, 1993). 
Gasparini cita exemplos de objetos da licitação: 
 
Podem ser objeto da licitação, por exemplo, uma obra pública 
(construção de uma cadeia), um serviço (manutenção de máquinas 
e equipamentos), uma compra (material de consumo), uma 
alienação (de bem público), uma locação, um arrendamento, uma 
concessão ou permissão de uso de bem público ou de serviço 
público desejado pela entidade obrigada a licitar, desde que 
possam ser obtidos mais de um ofertante ou se, por ela oferecidos, 
possam interessar a mais de um administrado (GASPARINI, 1995, 
p.296). 
 
 Essas são algumas premissas da licitação, contudo, como se trata de 
procedimento tão falado, se faz importante e mister contextualizar a sua 
importância histórica dentro das compras públicas. O processo de compras 
geralmente é visto como algo complexo e distante da sociedade. Apesar de 
possuir ritos, procedimentos, fases, é comandado por pessoas, e por vezes uma 
minoria acaba sujando em si a imagem de um processo que deveria conter 
extrema lisura. 
É fato que as compras na administração pública exigem conhecimento 
minucioso por partes de todos envolvidos. Ao contrário do que se observa na esfera 
privada, a liberdade de escolha não é uma premissa fundamental nos processos de 
compras, ou seja, eventuais direcionamentos não são permitidos, apenas se 
estiverem devidamente fundamentados (COSTA; MASSUQETO, 2018). 
A licitação, portanto, deve ser vista como um mecanismo pertinente e 
obediente a administração pública, aliás é por via da licitação que os interessados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
são convocados para apresentação das propostas (DI PIETRO, 2012). 
A licitação equivale a uma “[...] oferta dirigida a toda a coletividade de 
pessoas que preencham os requisitos legais e regulamentares constantes do edital” 
(DI PIETRO, 2012, p.371).A licitação apresenta ainda outros aspectos que a torna 
interessante como algumas restrições, sendo algumas listadas a seguir: 
 
1° É vedado aos agentes públicos: I – admitir, prever, incluir ou tolerar, 
nos atos de convocação, cláusulas ou condições que 
comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e 
estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, 
da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra 
circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do 
contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo e no art. 
3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991 (BRASIL, 1993). 
 
Logo, pode-se dizer que a licitação é um procedimento que antecede a 
celebração de contratos com o poder público, visando a seleção da proposta mais 
vantajosa (DI PIETRO, 2012). Como exposto anteriormente a licitação possui a 
prerrogativa de selecionar a proposta mais vantajosa, contudo essa seleção deve 
ser primada por princípios e respeito ao exposto no instrumento convocatório, ou 
seja, o edital. Por esse motivo a licitação deve: 
 
[...] possibilitar uma igualdade de oportunidades entre aqueles que 
desejam contratar com a Administração [...] deve permitir também 
que seja feita a melhor escolha dentre o universo de fornecedores, 
possibilitando a realização da melhor contratação possível para a 
Administração Pública, evitando-se assim apadrinhamentos, 
favorecimentos e perseguições (COSTA; MASSUQETO, 2018, p. 8). 
 
 
É exatamente por esse motivo que o processo licitatório deve estar respaldo 
em uma lei específica, pois isso significa que está em consonância ao princípio da 
legalidade. Além de ser legal, a licitação deve respeitar e primar pelo tratamento 
igualitário entre os participantes não promovendo nenhum tipo de benefício para 
nenhuma parte interessada (COSTA; MASSUQETO, 2018). 
Assim pode-se concluir que a Administração Pública seja em qual esfera 
esteja amparada que a mesma não possui o livre arbítrio para contratar. Toda e 
qualquer contratação seja por licitação ou por dispensa e inexigibilidade (veremos 
nos capítulos posteriores) deve ser estritamente pautada pela observância dos 
dispositivos legais e pelo respeito aos princípios norteadores do processo licitatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
1.3 LICITAÇÕES: ESTRATÉGIAS E PROCESSOS. 
A Licitação como demonstrado anteriormente busca efetivar compra de 
bens e serviços como assertividade, atendendo aos princípios e respeitando as 
normas legais e morais. A Licitação é resumida, sendo um processo administrativo, 
respaldado legalmente que através de princípios consagrados abastece o Estado 
com bens e serviços (FIGUEIREDO, 1994). 
A licitação algumas estratégias, principalmente no que consiste a habilidade 
da Comissão de Licitações e do pregoeiro na negociação com os fornecedores. 
Contudo, o planejamento estratégico macro desse procedimento administrativo 
está em selecionar a proposta mais vantajosa, e dessa forma propiciar 
oportunidades àqueles que desejam contratar com a administração pública. 
Já se você está do outro lado da moeda, ou seja, quer comercializar seus 
produtos e serviços com os entes públicos há algumas estratégias, a seguir será 
exposto uma breve reflexão sobre esse tema: 
 
 
 
Enfim, sendo você do setor público ou privado, certamente suas 
experiências e vivência nesse setor contribuirá para seu crescimento, tendo em 
vista o leque de conhecimento que se pode obter sobre o tema. 
 
1.4 EXPERIÊNCIAS DE COMPRAS NO SETOR PÚBLICO X SETOR PRIVADO. 
A dicotomia entre empresa pública e privada sempre existiu, e arrisco-me a 
inferir que sempre existirá. As convergências e divergências sobre esses setores se 
tornou tema interessante de ser tratado no âmbito do setor de compras. A 
https://bit.ly/3uh4YLo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
empresa privada, tal qual a organização do Estado, é considerada 
conceitualmente: 
 
Uma burocracia. Na grande empresa privada moderna a figura do 
proprietário não mais existe, é substituído pelo gestor, pelo 
administrador profissional, que, se de um lado não tem a lei para 
regular sua autoridade, possui normas internas escritas, numa 
organização hierarquizada e também burocrática (MOTTA & 
PEREIRA, 1991, p. 39) 
 
A empresa privada é controlada por profissionais guiados, ou seja, 
direcionados por normas e procedimentos específicos, portanto, não há 
interferência de poderemos como o legislativo, assim, consequentemente a 
burocracia tende a ser menor predatória e corrosiva ao processo (COSTA, 2000). 
Você pode se perguntar, mas se a administração pública busca a seleção da 
proposta mais vantajosa e a esfera privada compartilha do mesmo princípio, o que 
diferencia tanto uma da outra? 
Elementar que a economia é algo convergente entre ambas (pública e 
privada), contudo, quando se fala em seleção da proposta mais vantajosa, nem 
sempre a mais econômica e rentável será a vencedora, justamente porque outros 
princípios devem ser respeitados, como: eficiência, legalidade, moralidade, 
transparência, e uma série de outras categorizações que veremos nos próximos 
tópicos. 
Na contramão a esfera privada prima pela economicidade em primeiro 
plano, e como seu poder de barganha nas negociações é muito maior, por não 
conter outras regras para serem seguidas, geralmente o preço efetivado em 
compras entre um setor e outro é muito diferente (FIGUEIREDO, 1994). Dessa forma, 
Costa (2000, p. 8) contribui expressando que: 
 
Demonstra-se que a diferença entre os dois sistemas de compras 
(entre o setor público e as empresas privadas) não reside na sua 
estrutura de propriedade. Mas então, qual a diferença entre os 
sistemas? A licitação visa a selecionar a proposta mais vantajosa e 
propiciar iguais oportunidades àqueles que desejam contratar com 
a Administração Pública. A “contratação vantajosa” é um objetivo 
comum entre a empresa privada e a Lei de Licitação. Entretanto, a 
igualdade entre os participantes (licitantes) não tem a mesma 
característica nos dois sistemas. Nas empresas públicas essa 
contratação assume importância capital, sendo um princípio 
constitucional norteador do próprio Estado de Direito. 
 
O setor privado possui algumas métricas específicas como a avaliação de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
fornecedores, visando atender os padrões de qualidade e eficiência, adotando 
assim, uma espécie de ranking para futuras compras (BRAGA, 2006). 
A imagem a seguir demonstra as principais diferentes entre os modelos de 
compras (público e privado): 
 
Figura 1: Demonstrativo das diferenças entre os modelos de compras 
 
Fonte: Costa (2000, p. 30). 
 
O modelo apresentado não esgota as discussões sobre o assunto, contudo, 
se tornou um caso que expressou de forma detalhada as compras nas empresas 
privadas e as licitações no setor público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. No livro da disciplina, observamos que o termo Administração Pública possui 
vários conceitos, entretanto, podemos afirmar, com segurança, que, dentre 
outros conceitos, a mesma é conhecida por gerir recursos de forma adequada, 
sempre preservando o interesse da coletividade. 
 
Sendo assim, analise os conceitos expressos abaixo. 
 
I. A Administração Pública utiliza o aparelho do Estado, sendo que a gestão e 
prestação de serviços é seu dever para satisfazer as necessidades da sociedade. 
II. A administração Pública é a organização e a gerência de homens e materiais, 
visando os propósitos do governo. 
III. Os interesses individuais são o foco da Administração Pública, que visa agradar 
seus cidadãos de maneira pontual e incisiva. 
IV. O conceito de Administração Pública pode ser definido como um governo que 
reúne consigo um conjunto de ideias, normas, atitudes, instituições e outras 
formas de conduta humana. 
 
É correto o que se afirma em: 
administraçãoprivada. 
 
órgãos o qual trabalha. 
Sobre administração pública, assinale a alternativa correta.
 
a) Permite que haja liberdade para transitar entre setor ou departamentos para os 
 
a) apenas os conceitos I e II estão corretos. 
b) apenas os conceitos I, II e III estão corretos. 
c) apenas os conceitos II e III estão corretos. 
d) apenas os conceitos II, III e IV estão corretos. 
e) apenas os conceitos I, II e IV estão corretos. 
 
2. A administração pública tem várias nuances e particularidades em relação à 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
b) É voltada ao bem individual. 
c) Apesar de ser voltada ao interesse coletivo, permite que os cidadãos trabalhem 
para proveito próprio em determinadas situações. 
d) O interesse público e o bem coletivo são duas características da administração 
pública. 
e) A administração pública possui diferentes interpretações, em alguns municípios, 
por exemplo, o interesse particular sobrepõe o interesse coletivo. 
 
3. As compras públicas tem sido alvo de grande discussão nos meios públicos 
principalmente pelos fatos constantes noticiados nas mídias, principalmente 
quando o assunto se remete a aquisições via processos licitatórios. 
 
Sobre essa questão, avalie as alternativas abaixo e assinale a alternativa correta: 
 
a) Não há critérios definidos, muito menos legislação específica para compras 
públicas. 
b) A Lei nº 10.520/2002 trata especificamente da modalidade concorrência pública 
realizada de forma eletrônica. 
c) O governo utiliza exclusivamente o sistema de pregão eletrônico para compra 
de produtos e serviços. 
d) A Lei nº 8.666/1993 versa sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a 
obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no 
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
e) Os municípios tem autonomia para adquirir de forma direta produtos e serviços 
até o valor R$ 50.000,00. 
 
4. O processo de compras está altamente disseminado entre os gestores da 
administração pública, todavia o mesmo obedece a princípios e normas 
específicas. 
 
a) O processo de licitação é utilizado somente por órgãos públicos de âmbito 
federal. 
 
Sobre o processo de licitação, analise as alternativas abaixo e assinale a correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
b) No processo de licitação podemos escolher as seguintes modalidades: tomada 
de preços, convite, concurso, leilão, concorrência e pregão. 
c) O princípio da economicidade citado na lei é voltado exclusivamente em 
conteúdo para a diminuição de integrantes da máquina pública. 
d) O princípio da impessoalidade é quando dando tratamos iguais a todos 
participantes ou envolvidos no processo de licitação, tornando o mesmo legal 
perante aos órgãos de licitação. 
e) A modalidade leilão destina-se a confeccionar contratos denominados de 
registro de preços, onde o órgão poderá fazer aquisição durante dois períodos 
subsequentes, totalizando assim, no mínimo 05 (cinco) anos de contrato. 
 
5. Se tornou rotineiro assistirmos, em telejornais, notícias relacionadas à corrupção 
em seus diversos meios espúrios e sujos. A ética, a moralidade e todos os demais 
princípios que regem nossa sociedade são deixados de lado, na busca 
incessante do enriquecimento ilícito, pois até onde enxergamos, o crime 
“compensa” para quem tem dinheiro e poder. Reportagens contendo fraudes 
em licitações, apropriações indébitas, corrupção ativa, práticas ilícitas, privilégio 
de informações, abusos de poder são constantemente ventiladas, tanto que a 
sociedade já está cansada de tantas notícias desse porte. 
 
A partir do contexto mencionado anteriormente grande parte dos desvios de 
conduta praticadas pelo servidor público quebram o princípio da 
 
a) Moralidade. 
b) Economicidade.
c) Eficiência. 
d) Celeridade. 
e) Vinculação ao Instrumento Convocatório. 
 
6. A Administração Pública é regida por diversos princípios, os quais norteiam os 
caminhos éticos e corretos do Estado. Dentre os vários princípios instituídos pela 
Constituição Federal de 1988, há o famoso chamado “LIMPE” citado nas aulas 
da disciplina. A partir disso, visualize as questões a seguir e identifique quais 
princípios fazem parte do LIMPE:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
Distrito Federal e dos Municípios, seja Direta ou Indireta, deverá obedecer aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, 
economicidade, razoabilidade e ter por finalidade precípua a promoção do 
bem-estar social. Um dos princípios elencados na Constituição Federal versa 
sobre a atuação administrativa do servidor público, na qual o mesmo deve ser 
pautada não apenas pela lei em si, mas por princípios éticos de boa fé, 
lealdade, probidade. 
 
Considerando o contexto acima, podemos classificar o princípio descrito como: 
 
a) Impessoalidade. 
b) Moralidade. 
c) Legalidade. 
d) Publicidade. 
e) Eficiência. 
 
8. A administração privada procura a todo tempo o lucro e o aumento dos seus 
ativos. Fato esse óbvio, pois, sem essa obsessão a empresa geralmente está 
fadada ao fracasso. 
 
Sobre administração privada, leia as ponderações abaixo: 
 
I - A administração privada é igual a administração pública. 
Pois 
II - As duas buscam dois objetivos distintos, uma (privada) almeja o lucro e a outra 
(pública) busca o interesse coletivo. 
 
a) Legalidade, Publicidade e Isonomia. 
b) Isonomia, Celeridade e Julgamento Objetivo.
c) Legalidade, Publicidade e Eficiência. 
d) Celeridade, Publicidade e Julgamento Objetivo. 
e) Publicidade, Vinculação ao Instrumento Convocatório e Eficiência. 
 
7. A Administração Pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) a assertiva I está correta e a assertiva II incorreta. 
b) a assertiva II está correta e a assertiva I incorreta. 
c) a assertiva II complementa a assertiva I. 
d) a assertiva I complementa a assertiva II. 
e) as duas assertivas estão corretas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
PROCESSOS LICITATÓRIOS 
 
 
 
 
 
2.1 NOÇÕES BÁSICAS DA LEI Nº 8.666/1993. 
A Licitação como contextualizado nos tópicos anteriores é embasada como 
obrigatória na administração pública. A Lei 8.666/93 constituiu a licitação como 
principal instrumentos de compras/aquisições de bens e serviços públicos, além de 
eventuais vendas de bens inservíveis a administração. 
A respeito dos princípios da licitação de uma forma restrita pode-se afirmar 
que os mesmos estão em consonância com o que rege a administração pública, 
bem como no disposto pela Constituição Federal. “É uma decorrência do princípio 
da indisponibilidade do interesse público e que se constitui em uma restrição à 
liberdade administrativa na escolha do contratante, a administração terá que 
escolher aquela cuja proposta melhor atenda ao interesse público” (DI PIETRO, 2012, 
p.374). 
No artigo 3º da legislação em vigor, no caso, a Lei nº 8.666/93 que são 
encontrados os princípios declarados que regem o procedimento licitatório, que 
inclusive vão ao encontro da importância desse processo administrativo tão 
utilizado em território brasileiro: 
 
Art. 3º – A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa 
para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade 
com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da 
moralidade, da igualdade, d publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do 
julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos (BRASIL, 1993). 
 
A figura a seguir retrata e descreve os princípios que regem o processo 
licitatório: 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Figura 2: Princípios que regem a licitaçãoFonte: Extraído de Tribunal de Contas da União (2009) 
 
Os princípios expostos anteriormente retratam a lisura que um processo 
licitatório deve conter, além disso, eles são convocados sempre que houver 
necessidade de “verificação da validade ou invalidade de atos do procedimento 
levando em consideração esses princípios” (CARVALHO FILHO, 2009). Ressalta-se 
que o processo licitatório deve espelhar o princípio da igualdade, o colima da 
impessoalidade que assim impede qual “impede qualquer forma de privilégios. Da 
igualdade é, pois, que decorre a legitimidade do procedimento. Desta forma, a 
licitação deverá sempre perseguir o interesse público, dele nunca podendo se 
afastar” (TELLES, 1995). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
2.2 PRINCÍPIOS APLICAÇÕES AO PROCESSO LICITATÓRIO (FUNÇÃO 
REGULATÓRIA). 
O processo licitatório é embasado pela Lei nº 8.666/93 que dispõe sobre 
compras públicas no território brasileiro em todos os âmbitos da esfera 
governamental. Ressalta-se que a licitação é regida por alguns princípios, sendo 
que muitos deles estão embasados também em dispositivos da Constituição 
Federal. 
A Licitação possui uma série de princípios expostos claramente na Lei nº 
8.666/93, bem como alguns são expoentes da Constituição Federal. A figura 02 
representa os princípios que serão expostos a seguir: 
 
Figura 3: Princípios da licitação 
 
Fonte: Elaborado pelo Autor (2020). 
 
A seguir veremos alguns princípios, iniciando pelo princípio da 
competitividade ou competição. O inciso do § 1º, do art. 3º, da Lei nº 8.666/93 
dispõe em seu cerne ser vedado aos agentes públicos qualquer ato que frustre a 
competitividade em qualquer que seja a etapa do certame licitatório, seja 
mediante inserção de cláusulas, atos de convocação etc. (BRASIL, 1993). 
Em última instância, a inobservância dos princípios licitatórios restringirá, ainda 
que de forma reflexa, o princípio em tela. De forma objetiva, o Edital de licitação 
deve estabelecer o essencial, ou seja, o suficiente de forma genérica para não 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
cercear a participação de empresas, pois caso tenha o edital estará sujeito a 
impugnações. Portanto, a ampliação da disputa não significa necessariamente 
elencar qualquer condição para empresas participarem, contudo sempre deverá 
ser pautado com proporcionalidade de exigências, ou seja, pense como uma 
balança em que exigências demasiadas podem comprometer a competição 
(BRASIL, 1993). 
O princípio da isonomia é um dos princípios que inclusive estão elencados na 
Constituição Federal. Esse princípio garante o tratamento igualitário entre os 
participantes da licitação. Você já deve ter ouvido falar que todos são iguais 
perante a lei. É exatamente o que rege esse princípio, que elenca outros dispositivos 
como: 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos 
termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; III - ninguém 
será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e 
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas 
liturgias (BRASIL, 1993). 
 
De forma específica em relação ao processo licitatório, esse princípio 
garante que todos terão tratamento igual na forma da lei, ou seja, sem tratamento 
diferenciado. É o que dita o princípio da isonomia que aliado ao princípio do 
instrumento convocatório permite aos licitantes que seus direitos sejam garantidos. 
Nesse sentido, observa-se a seguinte redação do art. 41 da Lei nº 8.666/1993: 
 
A Administração não pode descumprir as normas e condições do 
edital, ao qual se acha estritamente vinculada”. Esse dispositivo é tão 
restritivo que se utilizou da expressão “estritamente vinculada”. Logo, 
não há espaços para arbitrariedades ou escolhas de licitantes por 
regras não estabelecidas no edital. No mesmo sentido, a 
Administração deve buscar a proposta mais vantajosa dentro das 
regras do edital e sem julgamentos subjetivos (BRASIL, 1993). 
 
A vinculação ao instrumento convocatório, portanto, resume-se em 
importante garantia que haverá lisura em todo processo, evitando assim eventuais 
favorecimentos ou direcionamentos nas compras realizadas pela gestão pública 
Esclarece também que esse princípio está ligado ao princípio da legalidade, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
previsto no caput do art. 37 da Constituição Federal, bem como na Lei Federal de 
Processo Administrativo. Denota-se, assim, que o princípio da legalidade irradia seus 
efeitos em todos os atos da Administração, de modo que não existe interesse 
público à margem da lei (PORTAL DE COMPRAS PÚBLICAS, 2017, online). 
Observa-se que propostas em desconformidade com o edital devem ser 
prontamente desclassificadas, a fim de não permitir que afete as demais que 
satisfazem as cláusulas do instrumento convocatório. Esse princípio vem para 
“determinar que o edital deve ser obedecido, ou seja, o que está escrito no edital 
deve ser respeitado” (PORTAS DE COMPRAS PÚBLICAS, 2017, online). 
Sobre o princípio do julgamento objetivo observa-se clara semelhança ao 
princípio do instrumento convocatório, pois ele também objetiva o respeito ao 
edital, inclusive sobre as propostas apresentadas. Em seu dispositivo é reiterado que: 
 
É defeso ao legislador proibir utilização de qualquer elemento, fator 
sigiloso ou critério secreto, que diminua a igualdade entre os 
licitantes, lei nº 8.666, Art. 44, § 1º “É vedada a utilização de qualquer 
elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado 
que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igualdade 
entre os licitantes” (BRASIL, 1993). 
 
Portanto, esse princípio direciona o julgamento objetivo do edital e das 
propostas apresentadas, não sendo permitido qualquer interpretação subjetiva do 
edital que possa favorecer ou prejudicar qualquer um dos participantes do 
processo licitatório. Além de favorecer a democracia, princípios como este dão 
mais segurança para fornecedores e prestadores de serviço bem preparados 
participarem de licitações (ZUCCO, 2019). 
 Por fim, o princípio do procedimento formal trata da vinculação em 
que o processo licitatório está pautado, não apenas em relação as prescrições 
legais que regem o processo e todas suas fases. 
É importante ressaltar que os princípios citados pertinentes ao processo 
licitatório obedecem aos princípios básicos da administração pública (legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência) como os critérios objetivos 
definidos no ato convocatório. 
 
2.3 ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO E FASES DE DESPESAS. 
A licitação possui um rito processual até que seja emitido em seu fim um 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
contrato administrativo. Durante seu trâmite possui uma série de peculiaridades 
que, inclusive, estão dispostas na Lei nº. 8.666/1993 (BRASIL, 1993). No entanto, até 
que o ato fique disponível para assinatura de ambas as partes, há uma série de 
etapas cruciais anteriores. O fluxo de emissão de um contrato administrativo inclui: 
 
(1) Licitação concluída; 
(2) Definição de cláusulas contratuais com base no edital; 
(3) Validação interna; 
(4) Assinatura do contrato. 
 
Antes propriamente do contrato, a licitação pode ser dividida em cinco fases 
(1) fase preliminar; (2) fase interna; (3) fase externa; (4) fase contratual e (5) fase 
posterior à contratação. Nesse momento apresenta-se os ritos processuais na Figura 
03 a seguir: 
 
Figura 4: Fases do processo licitatório 
 
Fonte: Tribunal de Contas da União 
 
O Tribunal de Contas daUnião sistematizou as fases da licitação explanando 
a importância de cada uma delas. Na fase (1) as etapas incluídas fundamentam a 
tomada de decisão, ou seja, se tal objeto deve ser licitado ou não, bem como, 
observam necessidades de estimar recursos e escolher as reais necessidade do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
público a ser atendido (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 2010). Na fase (2) é a hora 
de se projetar o que se deseja licitar, nesse sentido Altounian (2011) corrobora com 
o fluxograma da Figura 03 quando menciona que essa fase é primordial para iniciar 
a fase interna da licitação com a elaboração do projeto básico, executivo, etc. 
Após sanar todas questões iniciais, chamada de fase interna, o edital estará 
apto para ser divulgado, iniciando assim a fase externa da licitação. Na fase (3) 
haverá recebimento de envelopes de habilitação e propostas dos licitantes, os 
quais serão analisados pela comissão de licitação devidamente estabelecida por 
portaria específica do órgão público responsável. Analisados os documentos a 
proposta mais vantajosa para administração pública será declarada vencedora, 
assim na fase 04 será elaborado o contrato administrativo. Ainda nessa fase o órgão 
responsável pelo certame licitatório será obrigado a fiscalizar o referido contrato 
para que não haja possibilidade de dano ao erário público (TRIBUNAL DE CONTAS 
DA UNIÃO, 2010). A fase 05 serve para que a operação estabelecida por esse 
contrato seja mantida. Essa fase serve principalmente para que diversas obras e 
empreendimentos não fiquem inacabados, o que torna-se um erro grave sistêmico 
existente nessa área (ALTOUNIAN, 2011). 
 
 
 
 
 
Este trabalho contextualiza o todo da Lei de Licitações, sua finalidade, enquadramento 
legal, as normas gerais e específicas sobre essa lei que dita as compras do setor público 
brasileiro. Leia o artigo completo em: https://bit.ly/3cPxQEr. Acesso em: 08 mar. 2021. 
https://bit.ly/3cPxQEr
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
 
1. É defeso a o legislador proibir utilização de qualquer elemento, fator sigiloso ou 
critério secreto, que diminua a igualdade entre os licitantes, lei nº 8.666, Art. 44, § 
1º “É vedada a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, 
subjetivo ou reservado que possa ainda que indiretamente elidir o princípio da 
igualdade entre os licitantes”. 
 
Considerando o texto base acima, de qual princípio o mesmo está se referindo? 
proposta mais vantajosa celebrando assim um contrato entre empresa e 
administração pública. Uma de suas premissas é a promoção do 
desenvolvimento econômico sustentável e fortalecimento de cadeias produtivas 
de bens e serviços domésticos, além de promover a ____________ e a isonomia 
entre todos interessados, atuando sempre como moralidade nos negócios 
administrativos. 
 
Leia as assertivas a seguir e escolha a que preenche de forma correta a lacuna 
apresentada: 
 
a) Princípio da Moralidade. 
b) Princípio da Impessoalidade. 
c) Princípio do Julgamento Objetivo. 
d) Princípio do Procedimento Formal.
e) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório. 
 
2. A Licitação é considerada um processo administrativo, pelo qual opta-se pela 
 
a) Competitividade. 
b) Soberania. 
c) Instituição do Direito Público.
d) Impessoalidade. 
e) Isonomia.
 
3. Trata da vinculação em que o processo licitatório está pautado, não apenas em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
relação as prescrições legais que regem o processo e todas suas fases. Nesse 
mesmo sentido existe o princípio de vinculação ao instrumento convocatório já 
que por esse princípio não só a Administração Pública como o licitante são 
obrigados à respeitar os limites e ditames do instrumento convocatório. 
destruição nas cidades brasileiras. Tempestades, vendavais, granizo, e uma série 
de outras questões, como até mesmo a seca prolongada em algumas regiões do 
país. Eventos assim são atípicos e difíceis de serem previstos com antecedência 
que permita a administração pública planejar algumas ações proativas, 
geralmente as tomadas de decisões são reativas, ou seja, após o evento 
acontecer. 
 
Em casos urgentes a administração pública poderá realizar compras em regime 
de urgência, fazendo: 
Distrito Federal e dos Municípios, seja Direta ou Indireta, deverá obedecer aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, 
economicidade, razoabilidade e ter por finalidade precípua a promoção do 
 
O texto base acima está retratando qual princípio? 
 
a) Princípio da Moralidade. 
b) Princípio da Impessoalidade. 
c) Princípio do Julgamento Objetivo. 
d) Princípio do Procedimento Formal.
e) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório. 
 
4. Nos últimos anos não é raro observarmos eventos da natureza que provocam 
 
a) licitação na modalidade convite. 
b) abrindo um processo de inexigibilidade. 
c) efetuando a compra sem processo. 
d) abrindo um processo de dispensa de licitação. 
e) nesse caso permite-se a contratação de pessoa física. 
 
5. A Administração Pública de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
bem-estar social. Um dos princípios elencados na Constituição Federal versa 
sobre a atuação administrativa do servidor público, na qual o mesmo deve ser 
pautada não apenas pela lei em si, mas por princípios éticos de boa fé, 
lealdade, probidade. 
 
Considerando o contexto acima, podemos classificar o princípio descrito como: 
gosta principalmente de músicas clássicas de cada região. No sul, por exemplo, 
temos o sertanejo especificamente no Estado do Paraná, no nordeste o forró é 
característica do povo, dentre outros exemplos. 
Pensa na seguinte hipótese, a prefeitura de uma cidade localizada no Estado do 
Paraná quer contratar a dupla Jorge e Mateus (tipicamente sertaneja) para as 
festividades da cidade. 
 
Como contratar a dupla citada anteriormente sem passar por um processo de 
licitação? 
 
a) O gestor público tem o poder de decisão e poder escolher quem ele quiser, sem 
prestar contas, por que simplesmente é um gosto do mesmo. 
b) O gestor público tem que se pautar nas hipóteses de Inexigibilidade, pois desde 
haja uma pesquisa de preços para balizar o valor, e seja esses profissionais de 
grande notoriedade no setor artístico, poderá o mesmo contratar. 
c) A contratação poderá ser dispensada, porque a cidade inteira adora e venera a 
dupla Jorge e Mateus, essa justificativa já basta no processo. 
d) O gestor público poderá se valer do artigo de hipótese de Inexigibilidade que 
trata de fornecedor exclusivo, porque somente a dupla Jorge e Mateus toca a 
canção Voa Beijar Flor. 
 
a) impessoalidade. 
b) moralidade. 
c) legalidade. 
d) publicidade. 
e) eficiência. 
 
6. Sabemos que o Brasil é um país tipicamente “festeiro”, onde o povo brasileiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
e) Nos casos de contratação de cantores, a Lei nº 8.666/1993 sempre se deve fazer 
licitação. 
 
7. Sabemos que a licitação segue um rito processual que muitas vezes despende 
muito tempo entre a visualização da demanda pelo órgão até a efetiva entrega 
do produto ou serviço pelo vencedor do certame licitatório. 
 
Pois bem, observamos que durante nossas aulas foi explicado sobre a 
Inexigibilidade, sobre isso assinale a alternativa correta. 
 
a) A Inexigibilidade é uma etapa do processo de licitação. 
b) A Inexigibilidade não está disposta claramente na Lei nº 8.666/1993, sendo criada 
uma Lei alternativa de número 10.520/2002. 
c) A Inexigibilidade é quando visualizamos por exemplo um único fornecedor, seja 
de produtos ou serviços, nesse caso, como não haverá possibilidade de 
competição, automaticamente (desde que comprovado) não se faz necessário 
o processo de licitação. 
d) A Inexigibilidade é uma possibilidade de dispensa de licitação elencada na 
Constituição Federal de 1988. 
e) O gestorpúblico poderá aplicar a Inexigibilidade sempre que julgar necessário, 
sem precisar comprovar no processo sua real aplicação. 
 
8. Pense na seguinte hipótese. O Brasil está sendo ameaçado por um país da 
América Latina. Essa ameaça consiste na invasão das fronteiras e tomada de 
poder, fazendo de nosso país uma colônia novamente. 
Como essa ameaça está prestes a ser cumprida, o Brasil decidiu efetuar uma 
compra emergencial de armamentos de guerra para enfrentar esse inimigo, 
pergunta, como conseguir comprar de forma rápida essas armas se a Lei de 
Licitações exige todo um processo legal e burocrático. 
 
a) Devemos abandonar o país e entregar nossas fronteiras ao inimigo. 
b) Não temos “escapar” do processo licitatório, o gestor deverá coletar orçamentos 
 
Analise a alternativa abaixo e assinale a correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
 
de forma rápida, e agilizar o máximo o processo de licitação, mas é preciso pedir 
ao inimigo que não invada antes de 90 (noventa) dias. 
c) O gestor público poderá dispensar a licitação nesse caso, usando o dispositivo 
que trata sobre a possibilidade de comprometimento da segurança nacional. 
d) É preciso dialogar com inimigo e expor que nosso país já tem problemas em 
demasia com a política nacional. 
e) O gestor público poderá fracionar a compra do armamento escapando assim 
do processo licitatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 
ETAPA DAS CONTRATAÇÕES 
 
 
 
3.1 MODALIDADES LICITATÓRIAS 
Os processos licitatórios têm em sua base características a serem observadas 
pelos gestores públicos. Além de fases pré-estabelecidas que serão aprofundadas 
no próximo tópico, o processo licitatório possui modalidades de licitações, cada 
uma com suas especificidades, com vistas a atender a necessidade de 
contratação demandada pela sociedade. A figura 04 ilustra as modalidades de 
licitação elencadas na Lei nº 8.666/93, além de expressa a modalidade Pregão que 
foi criada pela Lei nº 10.520/2002: 
 
Figura 5: Modalidades de Licitação 
 
Fonte: Felini (2015) 
 
A modalidade concorrência é utilizada para obras e serviços de engenharia 
que ultrapassem a quantia de 1.500.000,00. Sua utilização também é permitida 
quando se trata de compras e serviços acima de R$ 650.000,00, bem como nas 
eventuais alienações e compras de imóveis e bens da administração pública 
(BRASIL,1993). 
A concorrência é a modalidade de licitação mais ampla, com 
UNIDADE 
0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
procedimentos e prazos mais extensos. Uma de suas características é a 
obrigatoriedade de ser utilizada quando o valor para obra e engenharia for acima 
de R$ 3.300.000,00, ou nas licitações gerais que seu valor esteja acima do teto de R$ 
1.430.000,00 (ZUCCO, 2019). Não há disputa de lances/valor nesse tipo de 
modalidade, sendo considerada a proposta com menor valor apresentado e que 
claro atenda aos dispositivos do edital (BRASIL, 1993). 
A modalidade tomada de preços trata de uma espécie de cadastros de 
eventuais interessados em participar do certame licitatório que atendam aos 
critérios do edital. Segundo art. 22 da Lei 8.666/93 essa modalidade é definida 
como: 
 
Art. 22, II - Tomada de preços é a modalidade de licitação entre 
interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas 
as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior 
à data do recebimento das propostas, observada a necessária 
qualificação (BRASIL, 1993). 
 
Segundo Spinelli e Luciano (2014) essa modalidade tem por característica 
atender contratações de médio porte, para obras e serviços de engenharia. Outra 
característica peculiar dessa modalidade exposta por Wahlbrinck (2006) é a 
existência da habilitação prévia dos licitantes, ou seja, há uma rígida conferência 
da documentação apresentada com fim de que licitantes que não estejam aptos 
para seguirem para fase de propostas, sejam desclassificados prontamente. 
O rito processual da tomada de preços pressupõe um prévio registro 
cadastral, contudo, nada impede que a fase de habilitação aconteça para 
verificação da documentação dos participantes. Essa modalidade de licitação 
permite que interessados e cadastrados que atendam as qualificações expostas no 
instrumento convocatório apresentem suas propostas para apreciação da 
administração pública. O cadastramento das empresas interessadas ocorre até o 
terceiro dia anterior à data fixada para o recebimento das propostas (BRASIL, 1993). 
A tomada de preços em vista da modalidade concorrência possui como 
característica ter mais celeridade processual, podendo ser utilizada em 
contratações de médio porte, ou seja, para obras e serviços de engenharia 
(ALEXANDRE, 2016). 
A modalidade convite está em desuso na administração pública brasileira, e 
porque chega-se a essa conclusão? Pois bem, nessa modalidade são escolhidos e 
convidados pelo menos 3 (três) participantes para o certame licitatório, ou seja, não 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
é a modalidade que expressa mais transparência. É considerada a modalidade de 
licitação mais simples e mais rápida (BRASIL/TCU, 2010). Segundo Di Pietro (2012) de 
acordo com a legislação, mesmo os interessados que não foram convidados 
podem participar do certame licitatório, desde que manifeste interesse em até 24 
horas antes do início da sessão da licitação. Uma outra curiosidade é que essa 
modalidade dispensa a publicação no Diário Oficial ou em jornais de grande 
circulação, apesar de ser recomendado que tais medidas sejam realizadas (BRASIL, 
1993). 
A modalidade concurso geralmente é utilizada para escolha de trabalho 
técnico, científico ou artístico, entre quaisquer interessados, por meio da instituição 
de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de 
edital (BRASIL/TCU, 2010). Diferentemente do convite essa modalidade exige a 
publicação em veículos de imprensa com antecedência mínima de 45 (quarenta e 
cinco) dias. De acordo com Brasil (1993) o concurso deverá ser: 
 
Precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no 
local estabelecido no edital, no qual deverá haver indicação para: I 
– a qualificação exigida dos participantes; II – as diretrizes e a forma 
de apresentação do trabalho; III – as condições de realização do 
concurso e os prêmios a serem concedidos. O cadastro se refere à 
análise prévia da situação da empresa, com a verificação de sua 
habilitação jurídica, de sua regularidade fiscal, de sua qualificação 
econômico-financeira, de sua qualificação técnica e do 
cumprimento das exigências do Ministério do Trabalho com relação 
ao trabalho do menor, de acordo com a Lei N°. 8.666/1993. Após isso, 
a empresa recebe o “certificado de registro cadastral”, caso atenda 
a todos os requisitos. 
 
Seguindo a contextualização das modalidades licitatórias presente na Lei 
8.666/93, chega-se ao Leilão. Essa modalidade está prevista no artigo 19 da Lei de 
Licitações e serve para ofertar “a venda de bens móveis e imóveis inservíveis para a 
administração pública ou de produtos legalmente apreendidos ou empenhados, 
ou para alienação de bens imóveis a quem oferecer o maior lance, igual ou 
superior ao valor da avaliação” (BRASIL, 1993). Portanto, a modalidade leilão é 
utilizada para alienar bens, considerando assim o maior lance ofertado pelo 
interessado que satisfaça as condições impostas no instrumento convocatório. O 
Leilão é, portanto, utilizado para alienar bens da administração e utiliza o tipo de 
licitação de maior lance. O seu edital deve fixar regras utilizadas para definir o 
vencedor do certame. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
Por fim, chega-se a modalidade Pregão, que foi instituído pela Lei nº 10.520, 
de 17 de julho de 2002, para todos os órgãos e entidades da Administração dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (BRASIL, 2002). Já o pregão na forma 
eletrônica foi instituído pelo Decreto nº 5.450,de 31 de maio de 2005. O pregão é 
utilizado na contratação de bens e serviços considerados comuns, ou seja, aqueles 
que podem ser descritos sem maior complexidade, por meio de especificações 
usuais no mercado. Os itens adquiridos por essa modalidade são encontrados mais 
facilmente no mercado, e permitem que seus preços sejam comparados entre si, 
possibilitando que a compra pelo menor preço seja comparada (BRASIL, 2010). 
 
 
 
3.2 FASES DOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS 
O rito processual do pregão em sua forma presencial inicia com a sessão 
pública por meio de propostas escritas e lances verbais. Já na sua forma eletrônica, 
os lances ocorrem via internet, por meio de sistema eletrônico. Um ponto importante 
é que o pregão não pode ser utilizado para contratação de obras, locações e 
alienações em geral (BRASIL, 2002). 
De acordo com Tribunal de Contas da União (2010) as principais diferenças 
entre o pregão presencial e o pregão eletrônico estão mostradas no quadro a 
seguir. 
 
Quadro 1: Principais diferenças entre Pregão Presencial e Pregão Eletrônico 
FASES PREGÃO ELETRÔNICO PREGÃO PRESENCIAL 
Sessão 
Pública 
Envio de Informações é feita 
a distância, via eletrônico. 
Envio de Informações se dá com a 
presença dos licitantes. 
https://bit.ly/3rVifYi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
FASES PREGÃO ELETRÔNICO PREGÃO PRESENCIAL 
Abertura 
Os licitantes poderão 
participar da sessão pública 
na internet utilizando sua 
chave de acesso e senha ao 
sistema. 
É feito um credenciamento dos 
licitantes interessados em participar. 
Classificação 
das Propostas 
O pregoeiro verificará as 
propostas desclassificando 
aquelas que não estejam em 
conformidade com os 
requisitos estabelecidos no 
edital. 
O pregoeiro procederá à abertura dos 
envelopes contendo as propostas de 
preço e classificará o autor da proposta 
de menor preço 
Fase de 
Lances 
Os licitantes cujas propostas 
não forem classificadas 
podem oferecer lances. 
O licitante autor de menor proposta e 
os demais que apresentarem preços 
até 10% superiores a ela estão 
classificados para a fase de lance. Caso 
não haja pelo menos 3 (três) licitantes 
que atendam essas condições deverão 
ser convocados para a fase os demais, 
obedecendo a ordem de classificação 
das propostas e até no máximo de três, 
quaisquer que sejam os preços 
oferecidos. 
Autoria dos 
Lances 
É vedada a indicação dos 
licitantes responsáveis pelos 
lances. 
Os presentes na sessão pública sabem 
quem são os autores das propostas. 
Ordem dos 
Lances 
Os licitantes podem oferecer 
lances sucessivos 
independente da ordem de 
classificação. 
Os licitantes são classificados, de forma 
sequencial e apresentam lances 
verbais, a partir do autor da proposta 
de maior preço e os demais em ordem 
decrescente de valor. 
Término da 
Fase de 
Lances 
Ocorre por decisão do 
pregoeiro e o sistema 
eletrônico encaminha aviso 
de fechamento iminente dos 
lances, após o que 
transcorrerá período de até 
30 minutos, aleatoriamente 
determinado. 
Ocorre quando não houver lances 
menores que o último ofertado. 
Habilitação 
Os documentos deverão ser 
enviados via fax após a 
solicitação do pregoeiro, ou 
de acordo com o 
encerramento da fase, 
conforme as cláusulas 
previstas no edital. 
A documentação deverá ser 
apresentada em envelope lacrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
FASES PREGÃO ELETRÔNICO PREGÃO PRESENCIAL 
Recurso 
A intenção de recorrer pode 
ser realizada pelo licitante, de 
forma imediata e motivada, 
em campo próprio no sistema 
eletrônico. 
A intenção do licitante de recorrer deve 
ser feita de forma verbal, no final da 
sessão com registro em ata da síntese 
das razões. 
Adjudicação 
A falta de manifestação 
autoriza o pregoeiro a 
adjudicar o item ao vencedor 
do certame. 
A falta de manifestação autoriza o 
pregoeiro a adjudicar o item ao 
vencedor do certame. 
Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio a Microempresas (2014). 
 
Sendo na sua forma presencial ou eletrônica, a modalidade pregão tem em 
sua essência a celeridade. Sua criação foi com o intuito de aumentar a disputa de 
preços entre os licitantes (BRASIL,2002). 
 
3.3 PROJETOS BÁSICOS 
 A Lei de Licitações trouxe em seu bojo inovações inerentes as fases 
que antecedem o processo administrativo, bem como, as fases posteriores, como 
o contrato. Uma das inovações foi na parte de engenharia, a qual obrigou a 
apresentação de um projeto básico para a contratação de qualquer obra ou 
serviço. 
Efetivamente o art. 7º impõe a necessidade da elaboração do projeto 
básico, sendo que a licitação poderá ser continuada somente após o término 
dessa etapa. Nesse contexto foi exposto o termo, contudo seu conceito e 
descrição ampla precisam ser demonstradas, sendo assim, esclarece-se que o 
projeto básico serve “para obras e serviços corresponde ao detalhamento do 
objeto de modo a permitir a perfeita identificação do que é pretendido pelo 
órgão licitante e, com precisão, as circunstâncias e modo de realizado” (BRASIL, 
1993). 
Nos termos do art. 6; inc. IX, da Lei nº 8.666/93, o projeto básico é: 
 
 o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de 
precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou o 
complexo de obras ou serviços, elaborado com base nas indicações 
dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade 
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
 
empreendimento, e que possibilitem a avaliação do custo da obra e 
a definição dos métodos e do prazo de execução. 
 
Desse conceito extrai-se o que servir para cada serviço ou obra a ser 
realizado de acordo com a natureza. 
A questão exposta anteriormente pode ser definida em uma palavra: 
transparência. Essa palavra que inclusive é um dos princípios que norteiam o 
processo público de compras, permite que a empresa participante do certame 
público saiba exatamente o descritivo técnico do serviço a ser realizado, não mais 
sendo permitido absurdos como alterações em locais na prestação de serviços, ou 
saber que parte do serviços ocorrerão em casas de autoridades do município, 
entre outras questões. 
Portanto, o projeto básico é elemento obrigatório a ser anexado ao edital 
de licitação, dele fazendo põe integrante, nos termos do art. 40, 2º, inc. I, da Lei nº 
8.666/93. 
 
3.3.1 Vantagens do projeto básico 
O projeto básico oferta alguns benefícios para administração pública 
principalmente ligado a economicidade alcançada com compras assertivas. 
Exemplo disso, se dá ao evitar que quantidade de produtos/materiais sejam 
adquiridas sem necessidade, ou seja, sem um prévio planejamento (TRIBUNAL DE 
CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAI, 2016). 
Como integra a convocação para licitar, o projeto básico auxílio o futuro 
contratado na definição da equipe que vai trabalhar e dos recursos a empregar. 
Uma vantagem bem nítida na implantação do projeto básico pode ser 
vislumbrada quando 
a prestação do serviço no estabelecimento do contratante, nesse sentido 
percebe-se que: 
 
O conhecido contrato para conservação e limpeza de uma unidade 
integrará as diversas áreas como recursos humanos, segurança e 
todos os locais a serem conservados. No caso, o contrato trará para 
dentro da organização pessoas estranhas à intimidade, não sendo 
raro a ocorrência de conflitos interpessoais decorrentes de cultura 
administrativa, muitas vezes de difícil equacionamento. Aí destaca-se 
o gerente de recursos humanos que, desenvolvendo o treinamento 
introdutório, por meio de sua equipe, sensibilizará o pessoal da 
contratada para o ambiente organizacional, desde a adequação 
de possuas e proibições, até os corriqueiros inevitáveis problemas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
como comércio informal e clandestino, que frequentemente 
ocorrem (DIAS, 2001, p. 23) 
 
Na área de segurança,o projeto básico pode esclarecer questões de 
normas internas, horários, identificações, situações de revistas pessoais, além de 
tipificar o que de fato trata o zelo pelo patrimônio público naquele contrato, ou 
seja, dita os limites do contrato TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAI, 
2016). 
Entre outras inúmeras vantagens, o projeto básico propicia a precisa 
definição do objeto, ou seja, o que será adquirido com determinada licitação, 
claro que isso tem que estar alinhado com capacitações constantes dos serviços, 
colocando a teoria em prática na montagem dos processos licitatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
FIXANDO O CONTEÚDO 
1. O prefeito de uma cidade do interior do Estado de Minas Gerais pretende vender 
alguns bens da administração pública para direcionar esforços para o combate 
a pandemia do novo Coronavírus. São variados bens que encontram-se 
inservíveis para prefeitura, sendo: carros, computadores, motocicletas e até um 
terreno. 
 
Nesse caso a administração pública terá que optar por qual modalidade para 
única, ou seja, partiam do pressuposto que ambas tinham as mesmas 
especificidades e, portanto, tinham o mesmo objetivo. Com o passar do tempo, 
os estudiosos compreenderam que, apesar de haver pontos de semelhança, não 
mais era possível unificar ambas administrações, tendo em vista que uma visa 
especialmente o lucro (privada) e a outra tem por obrigação visar o bem 
coletivo da população. Um ponto que constantemente é ventilado em 
telejornais é a corrupção no sistema de compras público, geralmente nos 
processos de licitações. Isso se deu em virtude do aumento da autonomia 
burocrática e o excesso do poder discricionário dos agentes públicos. Com vistas 
a diminuir a discricionalidade do agente público, a Lei de Licitações nº 
8.666/1993 foi criada, elencando algumas modalidades em seu processo de 
licitação. 
 
Elaborado pelo professor, 2018. 
 
Considerando o contexto apresentado e tomando por base as discussões 
realizadas, identifique quais das assertivas a seguir são modalidades de Licitação. 
realizar essa venda? 
 
a) Pregão. 
b) Leilão. 
c) Tomada de Preços. 
d) Concorrência Pública. 
e) Convite. 
 
2. As administrações Públicas e Privadas, antigamente, eram estudadas de forma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
I. Concorrência. 
II. Leilão . 
III. Convite. 
IV. Tomada de Preços. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
 
a) I e II, apenas 
b) I e III, apenas. 
c) II e III, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
3. A Lei 8.666/93, a famosa Lei de Licitações contempla em seu texto algumas 
modalidades de licitação. Cada modalidade possui uma característica própria. 
Nesse contexto das modalidades expostas no livro, apenas uma não foi oriunda 
da Lei 8.666/93, sendo criada anos depois. Estamos falando da modalidade? 
 
a) Leilão. 
b) Concorrência. 
c) Convite. 
d) Tomada de Preços. 
e) Pregão. 
 
4. Leia a história a seguir: João, pregoeiro da Comissão de Licitações de um órgão 
público municipal se deparou com a seguinte situação. O prefeito da cidade 
quer se “livrar” de alguns bens inservíveis da administração, dentre eles constam 
carros, motocicletas, mobiliários, etc. 
 
O prefeito almeja com o dinheiro arrecadado, fazer investimentos em outras 
áreas de maior prioridade com saúde, educação e segurança pública. 
A demanda já chegou a equipe de licitações que trabalha junto a equipe de 
patrimônio para fazer o levantamento dos bens em questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
Nesse caso, qual modalidade a equipe de Licitações deve escolher para abrir o 
processo licitatório ? 
 
É correto o que se afirma em: 
 
Considerando as informações, assinale a opção correta sobre o conceito de 
licitação. 
 
a) Conferir proteção aos direitos fundamentais de primeira geração contra as 
iniciativas arbitrárias do Estado. 
b) Analisa a questão da judicialização das políticas públicas de índole prestacional, 
bem como a quem dela se aproveita. 
c) Trabalho de formulação de políticas, que são efetivadas por meio de um sistema 
de prestação de serviços nas áreas de saúde, trabalho, cultura e educação. 
d) O procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da 
função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições 
fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas. 
e) Representa uma estrita garantia de legalidade, planificabilidade, 
controlabilidade e previsibilidade. 
 
 
a) Pregão. 
b) Leilão. 
c) Tomada de Preços. 
d) Concorrência Pública. 
e) Convite. 
 
5. A Lei Geral de Licitações e Contratos seguiu o caminho da “super legalização”, 
já que criou procedimentos rígidos e minuciosos reduzindo a discricionariedade 
do operador de compras na tentativa de melhor contratar a aquisição de bens e 
serviços. Em busca de maior eficiência no processo de compras, o governo 
federal, influenciado pelas ideias da Nova Gestão Pública, instituiu, por meio da 
Lei nº 10.520/2002, uma nova modalidade de licitação, denominada pregão, 
conhecido como o leilão às avessas (adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
6. De acordo com o Art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal: “Ressalvados os 
casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de 
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações 
de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o 
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. 
 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Brasília, DF. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 05 de 
julho de 2018. 
 
Diante dessa disposição constitucional, avalie as asserções a seguir e a relação 
proposta entre elas. 
 
I. Para a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a 
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme os critérios 
que constam no instrumento convocatório publicado na imprensa oficial, 
com uma antecedência mínima de 45 dias (Art. 22, § 4º da Lei nº 8666/93), 
utilizamos o Concurso. 
PORQUE 
 
I. O pregão será utilizado para a aquisição de bens e serviços comuns no 
âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, por autarquias, 
fundações, sociedades de economia mista e empresas públicas que 
explorem atividade econômica. 
 
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras. 
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta 
da I. 
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
7. A licitação é um procedimento administrativo pelo qual um ente público, no 
exercício da função administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade de formularem 
propostas, dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente, para a 
celebração de um contrato. Para tanto, existem várias formas de licitação, que 
podem ser realizadas pela Administração Pública (adaptado). 
 
Sobre essa questão analise as assertivas a seguir: 
 
I. O pregão é a modalidade utilizada para a aquisição de bens e serviços comuns, 
no âmbito da União. 
II. A concorrência é realizada para a contratação de bens ou serviços que exijam 
um aporte maior de capital, conhecimento técnico, assim como envolve maior 
risco econômico e social entre todas as partes envolvidas. 
III. O leilão é realizado para a venda de bens móveis inservíveis para a 
administração ou de produtoslegalmente apreendidos ou penhorados, ou para 
a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior 
ao valor da avaliação. 
IV. A tomada de preços é realizada entre interessados devidamente cadastrados ou 
que atenderem às condições mínimas exigidas no instrumento convocatório para 
cadastramento até o terceiro dia anterior a data do recebimento das propostas 
observadas a necessária qualificação. 
 
É correto o que se afirma em: 
 
a) I e II, apenas. 
b) III e IV, apenas. 
c) I, III e IV, apenas. 
d) II, III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
8. A modalidade _________________é utilizada para obras e serviços de engenharia 
que ultrapassem a quantia de 1.500.000,00. Sua utilização também é permitida 
quando se trata de compras e serviços acima de R$ 650.000,00, bem como nas 
eventuais alienações e compras de imóveis e bens da administração pública. 
Qual opção a seguir preenche corretamente a lacuna? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a) Pregão. 
b) Leilão. 
c) Tomada de Preços. 
d) Concorrência Pública .
e) Convite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
TERCEIRIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS 
 
 
 
4.1 CONCEITOS SOBRE A TERCEIRIZAÇÃO 
A palavra terceirização remete a alguns significados, denotando assim sua 
importância sobre o tema. Torna-se crucial uma primeira reflexão sobre os tempos 
que vivemos, na qual as relações sociais estão pautadas com os níveis da vida 
humana. O trabalho tem sido substituído pela informação e conhecimento, e o 
resultado de tudo isso se dá com um estado permanente de mudança. Contudo, a 
qual trabalho está sendo citado, o braçal (operacional) ou o esforço intelectual? 
Ora, foram pautados apenas dois tipos de trabalhos dos inúmeros possíveis, 
entretanto, o trabalho aqui citado está permeado a tudo em que o ser humano 
está envolvido (TOFFLER, 1995). 
No contexto brasileiro, a globalização abriu novos horizontes com trocas 
diárias com outras economias globais e à busca de inserção competitiva no 
mercado internacional. O grande crescimento das estruturas organizacionais 
brasileiras antes da década de 1990 proveniente de alguns fatores como: 
despreocupação com custos e qualidade de produtos; reservas de mercado; 
incentivos fiscais e pouca concorrência nacional permitiram a observação que o 
parque industrial brasileiro não era capaz naquele momento de ofertar suprimentos 
que a população necessitava (QUEIROZ, 1992). 
Contextualizando o cenário da abertura da economia, as empresas 
brasileiras “perceberam que a verticalização e o isolamento do poder e o total 
controle de suas atividades causaram muitos problemas no desempenho” (GIRARDI, 
1999). Dessa forma, essa questão culmina no desenvolvimento de seus projetos, 
agregando infelizmente falta de agilidade e competitividade empresarial. 
Permanecendo no contexto histórico, observa-se uma nova realidade 
econômica e financeira, na qual havia e há ainda hoje a necessidade de obter 
ganhos de produtividade e qualidade, uma vez que a globalização trouxe consigo 
a ampla concorrência, e consequentemente o conhecimento pelo consumidor de 
seus direitos e garantias, portanto, o mesmo se tornou mais crítico. Hoje, o Brasil, 
UNIDADE 
0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
entre várias exigências do universo corporativo está a busca de modernização do 
Estado, obtendo assim, novos padrões de qualidade e competitividade frente as 
empresas estrangeiras (GIRARDI, 1999). 
 
 
 
Ressalta-se que anteriormente foi exposto a visão brasileira da terceirização, 
entretanto, não é o que se vislumbra em âmbito mundial. Por exemplo: 
 
Nos Estados Unidos, o termo é conhecido como outsourcing; já na 
França, por soustraitance ou extériorisation; na Itália, por 
subcontrattazione; na Espanha, por subcontratación, e assim por 
diante. Todas essas denominações, excetuando se a brasileira, 
terceirização, demonstram a existência de um contrato civil de 
entrega de atividades a outra empresa (MORAES, 2008, p. 158) 
 
Em uma esfera administrativa a terceirização se refere aos procedimentos de 
gestão que consistem em confiar a outras empresas tarefas que estão dentro da 
atividade da empresa principal ou que são acessórias a esta atividade 
(manutenção, limpeza etc.). Essa questão inclusive permite que seja realizado um 
parêntese para enfatizar que no Brasil em via de regra, pode-se apenas terceirizar 
obrigações secundárias, jamais sua atividade principal, veja o exemplo a seguir: 
 
 
O termo “terceirização” tem em sua essência uma forma brasileira a questão de transferir 
a um “terceiro”. Contudo o que seria essa transferência? No âmbito empresarial, pega-
se esse termo e utiliza-o para transferir ou mitigar responsabilidades empregatícias, 
reduzindo “encargos e obrigações trabalhistas, e, também, como instrumento apto a 
viabilizar a rápida substituição de trabalhadores” (MACIEL, 2015). 
https://bit.ly/3f5yY8w
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 
 
Dessa forma, observa-se que os conceitos de terceirização repelem a 
possibilidade de existência dessa premissa na atividade central da empresa , mais 
comumente conhecida por atividade-fim. E caso isso ocorra, ou seja, caso atinja a 
atividade-fim, estar-se-á diante de mera intermediação, que com aquela não se 
confunde. Isto porque o controle de execução da atividade central será sempre 
realizado pela empresa, atraindo, a partir daí, o Direito do Trabalho, através do 
instituto da subordinação jurídica. 
 
4.2 A TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
A função administrativa é a junção das atividades de fomento, polícia 
administrativa, serviço público e intervenção. Merece comentários a noção de 
serviço público como função administrativa do Estado, na medida em que o 
instituto da terceirização na Administração Pública é matéria a ser apreciada 
dentro deste conceito. 
 
 A função administrativa, considerada em sua acepção objetiva 
(atividade de dirigir), pode ser realizada pelos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário, assim como por terceiros autorizados a atuar 
em nome do Estado, como se dá com os permissionários e 
concessionários de serviços públicos (RAMOS, 2001, p. 92). 
 
De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2004, p. 99), “serviço público é 
toda atividade material que a lei atribui ao Poder público, para que diretamente, 
ou por meio de seus delegados, sejam satisfeitas necessidades de interesse público, 
sob regime jurídico total ou parcialmente público”. Nesse contexto salienta-se que a 
prestação de serviços públicos é regida por princípios, dentre eles a igualdade, 
generalidade e a eficiência (DI PIETRO, 2004). 
Ser eficiente é um dos dogmas que a Administração Pública está procurando 
caracterizar, contudo, para que isso seja efetivado ideal que haja transferência 
para iniciativa privada. Esse princípio basilar da administração pública permite que 
o administrado preste o serviço de forma satisfatória, célere e efetiva (ALVES, 2014). 
Com o exposto chega-se a questão: qual (is) critérios a administração 
pública se baseia para decidir sobre uma terceirização? 
 
Em síntese, se uma atividade exigir um detalhamento demasiado a 
ser observado pelo eventual contratado, o que causaria dificuldades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
 
para a fiscalização pela Administração Pública, deve se ponderar se 
este seria caso de terceirizar ou dar preferência à execução direta 
pelo Estado. Essa decisão é discricionária, onde deve prevalecer o 
bom-senso, ou seja, deve se decidir pela opção menos onerosa e 
mais eficiente ao atendimento do interesse público. Outro critério a 
ser analisado para que determinado serviço público seja terceirizado 
é se ele pode ser delegado a outrem. A partir daí, é possível 
identificar três espécies diversas de gestão dos serviços públicos: 
gestão estratégica, operacional

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