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Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 1 - Ultrassonografia - Tomografia computadorizada - Ressonância Magnética Histórico e Importância: • Descoberta dos raios-x • Físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen – 1895 • Prêmio Nobel da Física 1901 Raios catódicos produzidos nos tubos de Leonard, Hittorf e Crookes Cartão de platinocianeto de bário, a dois metros de distância, emitia uma luz fluorescente • Continuou a pesquisa colocando objetos entre o tubo e o cartão • Notou sua mão segurando placa de chumbo • RAIOS-X • Filme fotográfico • ANNA BERTHA ROENTGEN • Baixa produção de raios-x • Alto tempo de exposição • Rápido desgaste • Coolidge (1913) - “Tubo catódico quente” Equipamentos: Natureza e Propriedades dos Raio-X: O que são? • Feixe de energia radiante capaz de produzir trabalho (fótons) • Pequeno comprimento de onda:10 mil x menor que a luz visível • Capacidade de penetração • Combinação de campos elétricos e magnéticos (radiação eletromagnética). Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 2 Anotações: Devido ao comprimento de onda ser muito pequeno ele é capaz de penetrar os objetos dependendo da densidade e do número atômico dele e nós não conseguimos ver o Raio X. A onda de Raio X sempre se propaga em um meio e não desloca essameio, apenas passa por ele. Quanto menor o comprimento de onda mais próximo vai ser os picos. O ciclo é o desenho que a onda faz para percorrer o comprimento de onda. Se repete ao longo do tempo Raios-x e gama fazem parte de um espectro de radiação eletromagnética Anotações: A onda percorre dois planos ortogonais, ou seja, a mesma onda tem um pico no campo elétrico e a outra no magnético ao mesmo tempo = onda sinuisodal. Propriedades especiais: • Atravessam corpos espessos; • Afetam películas fotográficas produzindo imagem latente (visível após revelação); • Produzem fluorescência em certas substâncias químicas, fazendo-as emitirem radiações de maior comprimento de onda (visíveis); • Propagam-se em linha reta; • Mesma velocidade da luz (300.000 km/s); • Não apresentam carga elétrica, portanto não são desviados por campos elétricos; • Produzem modificações biológicas (somáticas e genéticas) Como são produzidos? • São originados quando uma corrente de elétrons em alta velocidade atingem qualquer tipo de matéria (metais); • Ampola de vidro ou cristal, hermeticamente fechado: ÂNODO e CÁTODO Anotações: Quando se tem uma corrente de elétrons viajando e colidindo com um ponto de metal produzindo o Raio X. A ampola de vidro fica fechada e é fechada a vácuo, e dentro dela tem o anodo que é composto por cobre e na sua extremidade que está de frente para o catodo se tem uma área composta por Tungstênio (tem um alto ponto de fusão, ou seja, aguenta altas temperaturas), que é chamada de ponto focal que é aonde os elétrons vão colidir para formar o raio X. Do outro lado se tem o cátodo, também formado de cobre e tem uma molinha chamada de Copa enfocadora, que também é formada de Tungstênio. O raio X tem o potencial de causar alteração nas células ou até mesmo no DNA da célula Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 3 Anotações: Quando se liga o aparelho ele fica na função de Stand by e depois tem que clicar no preparar e assim ele começa a aquecer o tungstênio do catodo em uma potência necessária para produzir o tanto de elétrons que é necessário. Quando apertar o disparador, a carga elétrica vai fazer com que os elétrons que estão sendo produzidos ali no filamento de tungstênio do catodo vão ser atraídos para o anodo e isso acontece porque quando o equipamento é ligado ele causa uma carga negativa no Catodo e uma positiva no Anodo = atração para o ponto focal do anodo, produzindo calor. • Quilovoltagem máxima (kVp): alta voltagem + no ânodo e – no cátodo • kV: velocidade dos elétrons (>velocidade <comprimento de onda) • Quanto mais aquecido o filamento, maior será o número de elétrons que sairá em direção ao ponto focal. Isso corresponde a AMPERAGEM → MILIAMPERAGEM (mA) • MILIAMPERAGEM SEGUNDO (mAS): mA utilizada durante a exposição radiográfica (proporcional ao tempo). Anotações: O kVp é a carga que vai ser colocada de alta voltagem positiva no anodo e negativa no catodo para que o elétron seja atraído para o ponto de colisão. Então quando escolhe o kV no equipamento vai estar escolhendo qual vai ser a velocidade que os elétrons vão ser atraídos para o ponto focal. Quanto maior a velocidade menor o comprimento de onda. Quanto menor o comprimento de onda maior a capacidade de penetração do raio X. Ex: se radiografar o abdômen de um labrador obeso e de um galgo, o kV tem que ser maior para o labrador devido a maior densidade abdominal dele. Quanto mais aquecido o filamento está mais será o número de elétrons que sai do catodo em direção ao ponto focal que fica no anodo e isso corresponde a amperagem, só que como é usado uma amperagem muito pequena então se chama de Miliamperagem Quanto maior o número de elétrons maior vai ser a definição da imagem. O tempo de exposição em segundos tem que ser maior para o abdômen, pois no tórax o animal fica respirando então maior a chance do animal movimentar. Os Raios- X e a Formação da Imagem: Quais fatores alteram?? • kVp, mA e tempo (mAs) • Detalhamento da imagem Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 4 • Efeito Anódico • Absorção dos raios-x - (comprimento de onda, composição e densidade do objeto). • Quilovoltagem (kVp) Contraste do Sujeito: relação entre intensidade de raios nas diferentes partes de uma imagem radiográfica. Anotações: O kVp está diretamente relacionado ao poder de penetração. Então quando maior o kVp, menor o comprimento de onda (distância entre os picos), maior vai ser o poder de penetração do raio X, porém vai ter menor contraste do sujeito (ou seja, seria um raio x sem diferença nos lances cinzas ou de branco, então a imagem não ficaria boa). As ondas de raio X desejadas são as de menor comprimento. • Miliamperagem (mA): Não altera o contrate do sujeito. Anotações: A Miliamperagem vai controlar o número de elétrons que vai sair da copa enfocadora. Se selecionar uma baixa miliamperagem vai sair poucos elétrons e vai ter uma menor formação de ondas e provavelmente vai ter maior comprimento. Já se selecionar uma alta miliamperagem vai sair mais elétrons, consequentemente vai ter mais ondas sendo produzidas com menor comprimento = melhorando a qualidade da imagem • kVp x mA: Anotações: O controle da saída de elétrons é feito pela mA e quem controla a velocidade o kV. Quanto maior for a carga que botar entre positivo e negativo, mais rápido os elétrons vão ser atraídos para o ponto focal e depois tendo a formação do raio X Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 5 • Tempo (mAs) Miliampere-segundo Quantificar quantidade de radiação produzida Produto (mA x ms) Anotações: Tem diferentes formar de combinar a quantidade de mA e o tempo do disparo. No caso de radiografar o tórax é melhor no tempo de 0,005s por ser mais rápido e assim o movimento respiratório não iria atrapalhar a formação de imagem • Efeito Anódico Variação na intensidade de acordo com o angulo Anotações: Quando as ondas de raio X colidem como anodo e como ele é inclinado vai ter diferença no comprimento das ondas e consequentemente na intensidade de acordo com o ângulo de emissão. E assim vai ter uma intensidade das ondas de raio X melhores quando elas viajam perpendiculares ao ponto focal. As ondas que estão no ângulo de emissão maiores, vão ter uma porcentagem e intensidade menores, consequentemente as regiões que estiverem submetidas a avaliação vão perder a definição. Ex: Se colocar o cão virado para onde o local mais espesso dele fica virado para um local que tem um potencial de intensidade menor isso pode atrapalhar o resto da imagem. Toda vez que estiver radiografando tem que deixar sempre a região mais espessa voltada para o cátodo Região mais espessa ou de maior densidade voltada para o cátodo Nessa primeira imagem botaram a parte menos espessa voltado para o cátodo, então perde a definição porque as ondas de raio X tiveram menor intensidade e menor poder de penetração. Já na segunda imagem que botaram o abdômen voltado para cátodo, a definição da imagem ficou melhor Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 6 Absorção dos raios-x • Somente raios com menor λ formarão a imagem na película radiográfica (maior comprimento absorvidos pelo objeto) • O grau de absorção dos raios depende de três fatores: Comprimento de onda: Composição do objeto: Espessura e densidade do objeto: − Objeto mais espesso absorve mais radiações que um objeto delgado de mesma constituição. − Corpo animal é constituído por diferentes substâncias e espessuras (ossos, músculos, etc.) − Tecidos “doentes” absorvem os raios de maneira diferente • Número de ordem de alguns elementos utilizados nas técnicas radiográficas (tabela no slide) • Densidade relativa (H2O) Densidade de um material em relação a outro RADIOLUCENTE RADIOPACO As ondas que tem um maior comprimento vão ser absorvidas pelo objeto que está sendo radiografado O tecido ósseo absorve mais que a gordura, por ser mais denso. Para ter um comprimento de onda menor, tem que ter um kV alto Se comparar uma placa de alumínio e outra de chumbo a de alumínio vai ter mais passar mais e a de chumbo vai conseguir absorver mais Se radiografar o tórax de um pastor alemão e o do pinscher, o do pastor alemão é mais espesso então tem que levar isso em consideração!! Os meios de contraste para radiografia contrastada é o Bário ou Iodo Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 7 Anotações: A densidade relativa é a comparação da densidade do objeto com a da água e o resultado é o que vai refletir na capacidade de penetração dos raios X naquele tecido. EX: Se botar a onda com o mesmo comprimento, mesma quantidade de elétrons e mesma velocidade para radiografar uma região que só tem ar, vai ter um contraste negativo, ou seja, radiolucente. O osso na imagem do raio X fica branco, porque o raio não consegue penetrar nele e assim não vai conseguir sensibilizar o filme radiográfico = não tem a formação da imagem. • 5 termos radiográficos (radiopacidades): DETALHAMENTO DA IMAGEM: • Radiações dispersas: Anotações: A radiação dispersa é o que sai do objeto. Para evitar as radiações dispersas é necessário fazer uma menor colimação (controla onde o feixe de raio X vai estar sendo projetado) possível para área que está querendo avaliar, ou seja, vai diminuir a saída das ondas de raio X que estão saindo da ampola Se fizer uma radiografia do animal todo, as ondas vão interagir com uma grande quantidade de matéria que é o paciente, vai ter maior formação de radiação dispersa. A cor Ar é radiolucente A cor Metal é radiopaco No centro das linhas é chamado de ponto focal e para ter menor radiação dispersa tem que centralizar a parte quer radiografar ali. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 8 • Redução das radiações dispersas Regiões mais espessas (abdômen) Técnicas adicionais (radiação secundária) → Grades antidifusoras Anotações: Regiões mais espessas vão ter mais radiação dispersa, isso faz com que a imagem fique com uma menor qualidade. Embaixo da mesa tem as grades antidifusoras, que é composta de lâmina de chumbo e alumínio de uma forma que só passa através dessa grade as ondas de raio X de menor comprimento de onda, e por isso elas melhoram a qualidade da imagem. A grade faz com que penetre as ondas de menor comprimento e a placa de chumbo que tem nela não deixa passar as ondas me maior comprimento. A parte de alumínio deixa o raio passar para conseguir formar a imagem. Os equipamentos mais novos tem na mesa o Bucky, que é uma grade antidifusora que se mexe quando dispara o raio X. Também são laminas de chumbo e alumínio pareadas. O ângulo dela serve para que absorve as ondas de menor comprimento consequentemente melhora a imagem. Filtro de alumínio (colocados após janela da ampola) • Nitidez das estruturas (interfaces de tecidos bem delineadas) • Imagem borrada • O objetivo da radiografia é obter uma imagem o mais real possível • Movimentação • Ponto focal: relativamente pequeno Os filtros de alumínio são outra forma de reduzir as radiações dispersas. Absorvem a ondas de menor comprimento e vai deixar a imagem melhor. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 9 • Distorção TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS: • Espessura e a região a ser radiografada são os dados iniciais para se obter os valores da kVp e da mAs E = espessura do membro CF = fator de consistência (20) • PARTE ÓSSEA: Ex: Se a espessura for de 10 cm, teremos: kVp = E x 2 + 20 kVp = 10 x 2 + 20 kVp = 20 + 20 kVp = 40 • TÓRAX: presença de ar → tempo de exposição radiográfica reduzido • ABDÔMEN: Alta densidade → tempo de exposição duplicado KV = E x 2 + CF Para a parte óssea: kVp = mAs Portanto: 40kVp = 40 mAs KV = E x 2 + CF KV = E x 2 + CF mAs = kVp x 2 Se tiver um ponto focal muito grande vai ter uma área de sombreamento (penumbra), que parece que o animal se mexeu no raio X. A posição do objeto pode fazer a formação da imagem ficar diferente. Saber qual é a região e mensurar ela é muito importante, pois a técnica pode ser diferente para cada animal O CF é um valor fixo, no hospital da UVV eles usam 30. O mAs é dividido por 2 por causa do movimento respiratório. O abdômen por ser muito espesso o tempo de exposição tem que ser duplicado e também para conseguir diferenciar dos tecidos Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 10 PROCESSAMENTO DE IMAGEM: • Radiografia convencional x Radiografia digital • Sistema radiográfico analógico: Estojo hermeticamente fechado (chassi):− Écrans (um de cada lado) − Película radiográfica (filme): Emulsão de gelatina e sais de prata (sensível a luz e raios-X) Base de celulose (rígida) Revelador: − Transforma a imagem latente em imagem real visível. − Fazendo com que os íons prata, que foram sensibilizados pelos raios-x, se transformem em placas metálicas Fixado: − Retira os íons prata não sensibilizados pelo raios-X , para que não haja uma precipitação quando o filme for exposto à luz natural − Endurece a gelatina para facilitar a secagem das radiografias Dentro do cassete se bota uma película radiográfica e depois o estojo é fechado. Os Écrans intensificadores são películas compostas de cristais que tem fluorescência que são capazes de emitir luz. É usado ela que os filmes radiográficos são muito mais sensíveis a luz do que a onda de raio X, então quando usa os Écrans faz com que a região que foi sensibilizada pelo raio X seja transformada em luz visível e essa luz sensibiliza o filme e assim a imagem é produzida vista pela película radiográfica Posiciona o animal na mesa, bota o cassete com o filme dentro ou na gaveta ou em cima da mesa (depende da area que vai ser radiografada) e faz a exposição radiográfica de acordo com a técnica que selecionou. Depois pega o cassete e leva ele fechado para a câmara escura para fazer o procedimento de revelação Tempo e temperatura adequados Áreas brancas na radiografia: não houve sensibilização dos cristais de prata Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 11 Anotações: Revelação → O filme radiográfico é uma emulsão de gelatina com sais de prata e a parte que faz ele ficar rígido é composta por celulose. Os sais de prata vão ser sensibilizados pela radiação ionizante e quando for fazer a revelação, o revelador vai transformar a imagem que ficou na película em uma imagem visível, ele faz isso pegando os sais de prata que tinha na película e aqueles que foram sensibilizados (onde passou mais radiação ionizante) vão ser revelados e depois quando passa no fixador ele vai fazer com que esses cristais de prata virem uma placa metálica e vai remover as moléculas de sais de prata que não foram sensibilizadas As áreas brancas do raio X significa que aquelas estruturas não foram sensibilizadas, porque matérias mais espessa passa menos radiação consequentemente chega menos na película. • Radiografia Computadorizada – CR: Revelação Manual: A revelação é feita em tanques que contém um liquido que em revelador, fixador e depois um tanque com água corrente. Primeiro pega a película radiográfica que foi sensibilizada pela radiação ionizante, mergulha ela no revelador, depois no fixador e por último lava em água corrente e deixa secar, até que a imagem fique seca para poder tirar da câmara escura e expor para a luz visível Anotações: O mesmo equipamento emissor como a mesa, a ampola e o resto pode ser o mesmo que a da análoga o que vai mudar é como essa imagem vai ser obtida. A diferença é que o cassete é um estojo também mas ele não tem o Écrans e dentro ao invés de ter a película radiográfica ele tem uma placa de fosforo (é reutilizável) que é foto estimulável. Depois da exposição pega o cassete e leva para o equipamento que é a reveladora do CR e depois a imagem vai ser mandada para o computador. Tem a vantagem de que se errar a projeção ou a técnica ou se o animal se mexeu é só fazer uma outra exposição rapidamente e na revelação manual tem que esperar o tempo da revelação para ver como que ficou Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 12 Anotações: Quando é feita a exposição radiográfica a radiação ionizante vai sensibilizar as regiões (com menor densidade) onde o raio conseguiu penetrar, ou seja, ultrapassou o tecido e chegou na placa. Nessas regiões vai ser criado uma quantidade de elétrons que vai estar com uma energia alta que é a placa exposta. Depois pega essa placa e leva para a leitura Na leitora é emitido um raio laser que faz a leitura desses elétrons que emitem luz visível e assim essa máquina capta essa luz que vai ser amplificada e transformada em sinal elétrico e depois em sinal digital para ir para o computador e transformar em imagem. Depois que o sinal digital é transformado em imagem a placa vai ser exposta a uma luz branca para ficar reutilizável novamente. Radiografia Digital Direta - DDR Verdadeiramente digital Placa de imagem com mecanismo de leitura integrada Sinal digital enviado diretamente ao computador • Componentes da Imagem Digital: Visualização do arquivo digital utiliza softwares específicos DICOM (Imagem Digital e Comunicação em Medicina) Pixels arranjados em uma matriz de linha por coluna Cada pixel tem um tom de cinza Tanto para o CR e o DR são iguais. Sinal elétrico é digitalizado e armazenado Placa é exposta a luz branca de alta intensidade Placa é devolvida para o cassete e está pronta para uso A própria placa faz a leitura da imagem e manda via Wifi para o computador 3 exposições da mesma área As duas imagens da direita são analógicas A primeira foi feita uma técnica para a coluna lombo-sacra (que é mais espessa), porém não da para ver a parte de baixo do fêmur porque está tudo preto, devido a superexposição, ou seja, a técnica foi maior do que o necessário devido ao fêmur ser menos espesso que a região lombo-sacra. Já na segunda imagem se teve uma subexposição da região lombo sacra por ser muito mais espessa que o fêmur Na última imagem foi feita com a radiografia digital e fizeram uma técnica para a coluna lombo-sacra só que mesmo assim foi possível ver o fêmur, porque tem como trabalhar a intensidade e o brilho da imagem Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 13 • Vantagens x Desvantagens: Analógica → muitas limitações: − Imagens subsequentes − Processamento químico do filme radiográfico − Perda e deterioração de filmes − Custo Radiografia digital − Compartilhada − Possibilidade de trabalhar a qualidade Nomenclatura Radiológica • Nomenclatura usada para as diversas posições radiográficas • Referência o feixe de raios-x sempre no sentido dos raios incidentes para os raios emergentes Anotações: O nome do raio X vai ser sempre se referir por onde o raio está entrando (Raio incidente) e o segundo nome é por onde ele está saindo (Raio emergente) EX: se está fazendo uma radiografia ventro-dorsal, o raio está entrando pela parte ventral e saindo pela parte dorsal Anotações: Foto 1: O cachorro está fazendo uma radiografia da região cervical, está deitado de barriga para cima e o raio está entrando na região do pescoço e saindo por trás = PROJEÇÃO VENTRO-DORSAL da cervical Foto 2: o cachorro está deitado de barriga para baixo e o raio está entrando na região dorsal do focinho e saindo por baixo =PROJEÇÃO DORSO-VENTRAL Foto 3: o cão está deitado de barriga para cima e vai fazer uma radiografia da região da pelve e doo fêmur. Da região da pelve = PROJEÇÃO VENTRO-DORSAL da pelve. Do fêmur = PROJEÇÃO CRANIO-CAUDAL do fêmur Foto 4: O raio está entrando pela parte de trás do membro e saindo na parte da frente = PROJEÇÃO CAUDO-CRANIAL Sara Ferrari e LorenaFiorotti 14 Foto 5: o cão está deitado de lado e o raio incidente está entrando pela face medial do membro e saindo pela lateral = PROJEÇÃO MEDIO-LATERAL Anotações: Foto 1: cão deitado de barriga para cima, focinho para cima e o raio incidente está entrando na região de seios e saindo atrás da cabeça = PROJEÇÃO ROSTRO-CAUDAL • Obliquas: DLPMO - dorsolateral - palmaromedial obliqua. DMPLO - dorsomedial - palmarolatera obliqua. D45°LPMO - terminologia usada para indicar o grau aproximado de obliquidade • Projeções especiais: palmaroproximal – palmarodistal dorsoproximal – dorsodistal Sempre da onde o raio é incidente para emergente. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 15 INTRODUÇÃO: • o método de diagnóstico por imagem que se baseia na reflexão do som (eco) • Tempo real • Ondas sonoras precisam de um meio (líquido, sólido ou gás) para propagação (contrário da eletromagnética) • Grande aplicação na rotina clínica → transdutores com melhores resoluções • Não invasiva → arquitetura e características dos órgãos • Detecção precoce (volume abdominal), detalhes do parênquima tecidual, avaliação de estruturas não detectadas, sensibilidade, rápida execução, sem emitir radiação ionizante. • O mais operador dependente Anotações: é totalmente baseada em ecos que é uma projeção de onda sonora dá para ver movimentação do órgão, dilatação, movimentos peristálticos ... Diferente da radiografia, que não dá para ver em tempo real Na radiografia não precisa de um meio, já o ultrassom precisa! Na radiografia o aumento de volume tem que estar muito grande para conseguir identificar, já no ultrassom dá! Maior sensibilidade = mais sensível de detectar o problema Ponto negativo = é dependente do operador, ou seja, tem que ser muito experiente para ter uma melhor percepção HISTÓRICO: • 1942 Médico Karl Theodore Dussike → tumores cerebrais • 1955 Obstetra Ian Donald → US industrial em tumores removidos • 1966 EUA Ivan Lindahl: gestação em caprinos PRINCIPIOS FÍSICOS: • Som: onda mecânica que se propaga pela vibração das partículas do meio Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 16 • Frequência utilizada pelo US: 1 a 15 MHz (1.000.000 Hz) • Propriedades Físicas da Onda Sonora: ➢ Comprimento de onda (λ): distância entre 2 pontos (mm) ➢ Frequência (Hz): número completo de ciclos por segundo ➢ Período (1/f): tempo necessário para 1 ciclo completo ➢ Amplitude (a): valor máximo em 1 ciclo ➢ Velocidade de propagação (v): • Partículas do meio periodicamente deslocadas por uma onda sonora • Compressão e Rarefação Anotações: Compressão as partículas se aproximam Rarefação as partículas se afastam Isso ocorre porque as partículas se deslocam de acordo com a característica do meio, para que a onda se propague. No solido as partículas são mais próximas. No gás as partículas são mais distantes. Isso vai mudar no comprimento da onda, mas não na qualidade da imagem. COMO SÃO PRODUZIDAS? • Efeito piezelétrico • Piezein: pressionar • Energia mecânica energia elétrica • Formação do Eco: ➢ Ultrassom viaja pelos tecidos, gerando que ao atingir a sonda, fazem os cristais v (m/s) = 𝐅 𝐱 λ Dá para se propagar no líquido, ar e gasoso mas precisa de um meio para se propagar O comprimento de onda do ultrassom é menor, ou seja, o Hz é maior. A frequência para cada órgão é específica F = frequência Se a frequência é alta e o comprimento de onda é menor, vai ter uma velocidade maior. NO aparelho de US ele usa em média a mesma velocidade, porque os tecidos tem velocidades parecidas. Efeito piezelétrico = significa pressionar, ou seja, um efeito de compressão (energia mecânica) agindo em um determinado material que assim o material vai produzir uma energia elétrica. O contrário também ocorre, energia elétrica em mecânica Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 17 ➢ Maioria dos aparelhos de US: 1540 m/s ➢ V: densidade física e rigidez ➢ Regra Geral: densidade física permanecer constante Velocidade Na ponta da probe tem os cristais piezelétricos que quando são submetidos a uma carga elétrica vibram. No primeiro momento eles não tem carga, ficam em repouso, mas quando aplica uma diferença de potencial, ou seja, energia elétrica, os cristais vão vibrar produzindo assim uma onda sonora que vai se propagar nos tecidos. A energia elétrica vem pelo fio do equipamento e vai promover uma energia mecânica. Sonda é a mesma coisa que probe Dependendo da frequência que utiliza vai ter diferentes tipos de onda para utilizar em cada região. A formação do Eco é a resposta da interação do tecido com a onda sonora que chegou nele. O equipamento de US emite a onda sonora, que vai entrar em contato com os tecidos e vai retornar dos tecidos do paciente de volta para a probe e os cristais vão vibrar novamente (e dessa vez é a energia elétrica porque quando liga o equipamento o pulso que está sendo levado para os tecidos é a transformação da energia elétrica em mecânica, mas quando essa onda volta para a probe é a energia mecânica se transformando em elétrica), e assim essa energia elétrica vai ser convertida em pixels no computador para formar a imagem. A impedania acústica é a densidade dos tecidos Cada região que foi atravessada pelo pulso do US vai gerar um Eco e a probe é capaz de captar esse Eco e transformar em imagem. Os tecidos que são mais usados para o US têm a velocidade do som quase semelhantes. As moléculas de água têm a organização diferente no espaço dependendo do estado físico. Solido = moléculas de água juntinhas, ou seja, maior a velocidade de propagação então o eco volta muito rápido e não tem uma boa formação de imagem (como é no osso que a imagem fica hiperecogenico) Líquido = moléculas um pouco mais separadas Gasoso = moléculas mais separadas, ou seja, a onda se propaga lentamente porque as moléculas estão distantes, então também não tem uma boa formação de imagem (como é no pulmão) Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 18 INTERAÇÃO DO SOM COM OS TECIDOS: • Diferentes tecidos (densidade) interagem com a onda sonora de diferentes formas • Impedância Acústica (Z): refletividade do tecido ao som (ecogenicidade) Anotações: O tecido ósseo tem uma refletividade alta, ou seja, uma impedância acústica alta! A impedância acústica é resultado da velocidade de propagação (que nos equipamentos geralmente é constante). • Tecidos com impedância acústica semelhantes < refletividade • Tecidos com impedância acústica diferentes > refletividade Anotações: É melhor que os tecidos um próximo do outro não tenha uma diferença da impedância acústica entre eles muito alta, porque quando tem uma diferença alta acontece igual no osso (porque próximo dele tem o musculo que tem a impedância diferente) e no tórax. Já no abdômen e tudo meio parecido, então tem a formação de imagem com diferentes tonalidades de cinza, conseguindo assim identificar estruturas pequenas e delicadas. Tecidos com impedância acústica semelhante vai ter menos refletividade e isso é BOMM Nessa imagem se tem o corte longitudinal do rim ese tem o pulso passando através de uma linha e interagindo com os diversos tecidos. Primeiro ele interage com o tecido adiposo (o US se dissipa em uma parte e o resto continua viajando na mesma linha), depois se tem a capsula renal que é uma estrutura fibrosa e arredondada, então tem uma diferença das estruturas adjacentes por isso dá para ver uma linha mais hiperecogênica (volta um pulso um pouco mais forte do que a gordura), depois o pulso atravessa a pelve renal e vai encontrar , nesse caso, um cálculo na pelve renal, que tem alta densidade então a refletividade é maior e o pulso não consegue continuar viajando para os tecidos abaixo, formando assim o sombreamento acústico posterior, porque a pedra não deixou o pulso passar adiante. • Atenuação da onda sonora: ➢ Absorção ➢ Reflexão: formação da imagem ➢ Dispersão: ecotextura tecidual ➢ Refração: desvio do feixe (interfaces curvas e lisas; vasos) Anotações: Reflexão: o pulso vai ser emitido e vai adentrar os tecidos em um ângulo de 90 graus e vai ser refletido diretamente para a probe = formando a imagem Relativamente constante (tecidos moles) Z = velocidade (v) x densidade tecidual (p) Absorção: teoricamente quando o tecido absorve o US ele produziria calor, porém no exame é imperceptível. O tipo de onda sonora que utiliza não faz o tecido aquecer. Reflexão: é o que desejamos Refração: é o desvio do feixe da onda sonora que pode causar alguns artefatos de imagem, ou seja, forma uma imagem que não é verdadeira, devido a interação da onda sonora com o meio Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 19 Refração: quando a onda sonora é aplicada em determinada angulação e quando ela atinge o meio acontece o fenômeno da refração, fazendo com que a reflexão que volta não fique totalmente verdadeira. Dispersão: Da a capacidade de avaliar a ecotextura, ou seja, quando a onda sonora incide uma estrutura especialmente as circulares, esses ecos de reflexão ao invés de voltarem todos em direção da probe, vão ser direcionados em vários sentidos e assim na imagem fica parecendo granulados. EX: Um figado cheio de nódulos, que são circulares e de vários tamanhos, quando a onda sonora atravessa ele vai acontecer essa dispersão. FORMAÇÃO DA IMAGEM: • Transdutor recebe a energia sonora refletida e transforma em energia elétrica (pontos de luz – monitor) • Transdução (transmite e recebe) • Transmitem e recebem onda sonora • Qualidade da Imagem → Resolução • Resolução = diferenciação de 2 interfaces Resolução lateral Resolução axial a) Resolução lateral ➢ 2 pontos refletores no mesmo plano ➢ Largura do feixe sonoro ➢ Frequência < espessura do feixe = melhor resolução lateral ➢ Frequência de ultrassom vs resolução axial (2 pontos na direção do feixe sonoro. ➢ Quanto > frequência < λ = melhor resolução axial Anotações: Quanto menor for a largura do feixe sonoro do equipamento, melhor vai ser a resolução lateral, porque se tiver 2 pontos no mesmo plano e fininho dá para diferenciar o que tem um do lado do outro. Já na resolução axial, que significa a distância de 2 pontos em questão de profundida, vai ter então uma interação diferente com os tecidos na profundidade por conta dessa resolução. Se tem uma frequência alta, vai ter um intervalo entre o pulso curto, consequentemente vai ter uma interação no tecido que permite uma melhor diferenciação de profundidade. Se utiliza uma probe com frequência baixa, vai ter um intervalo entre o pulso maior e assim tem melhor detalhamento, mas o pulso vai conseguir atravessar mais tecidos. Então se vai fazer o US em um animal que é obeso, tem que usar uma probe com frequência baixa ALTA FREQUÊNCIA MELHOR RESOLUÇÃO FP: ponto focal LR: resolução lateral AR: resolução axial ST: espessura da fatia O transdutor tem a capacidade de transformar a energia mecânica em energia elétrica (ao contrário também). Ele recebe a energia sonora que é refletida. É gerado um pulso que sai da probe, viaja pelos tecidos, interagi com os tecidos que em diferentes impedâncias acústicas e assim cada tecido vai ter uma onda sonora refletida (eco), que vai ser transformada em energia elétrica através do cristal = formação em imagem. O nome da frequência que é usada para medir no US é chamada de Hz, então quando mais Hz tiver melhor a resolução. Dependendo do tipo de probe que estiver usando vai ter um determinado Hz. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 20 Geralmente começa o exame com uma probe convexa que é a de baixa frequência para ter uma maior penetração e depois muda para a probe linear que é a de maior frequência para avaliar aquele órgão melhor TERMINOLOGIA: • Descrição da aparência ultrassonográfica • Interação som – tecidos: intensidade, atenuação e textura da imagem • ANECOICO OU ANECOGÊNICO: não produtores de eco • HIPOECOICO OU HIPOECOGÊNICO: ecos de baixa intensidade • HIPERECOICO OU HIPERECOGÊNICO: ecos de alta intensidade • ISOECOICO OU ISOECOGÊNICO: semelhante à adjacente Anotações (olhar fotos no slide 28): Foto 1: a vesícula biliar é anecogênico e relação ao parênquima hepático, porque não produz eco. O líquido é um ótimo meio para propagação. Foto 2: A glândula adrenal fica cinza então é classificada hipoecogenico. Foto 3: Bexiga com vários cálculos, então as estruturas brancas são hiperecogênicos, pois tem uma refletividade alta devido à alta densidade. Adjacente ao cálculo se tem o sombreamento acústico, pois devido a sua densidade ele não permite que o pulso se propague adiante. • Ecogenicidade Relativa: (cada órgão tem sua ecogenicidade) • Órgãos Parenquimatosos: ECOGENICIDADE Transdutor de Alta frequência tem melhor definição Transdutor de Baixa frequência é pior a definição, porém maior a penetração (o pulso consegue se propagar através dos tecidos, atingido estruturas mais profundas) Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 21 EQUIPAMENTOS: • Transdutor: ➢ Disposição e o nº de cristais determinam a frequência ➢ 7,0 – 10,0 MHz (menor espessura dos cristais) ➢ 3,5 – 5,0 MHz ➢ Dependente da região anatômica (multifrequênciais) Anotações: O que vai diferenciar as probes é a frequência, quantidade de cristais e disposição. ➢ Linear: - Escaneamento retangular - Tecidos superficiais (maior frequência) - Melhor resolução Anotações: Geralmente começa a varredura com a convexa e depois para a linear para olhar uma estrutura com mais detalhamento e que seja mais superficial ➢ Convexo: - Tecidos menos superficiais (menor frequência) - Resolução de imagem moderada ➢ Orientação da imagem – posição do transdutor: - Marcadores para localização (cranial ou caudal) o Sagital: Cr – E do operador o Transversal: D – E do operador o Longitudinal: marca para caudal Convexos (A) macroconvexo; (B) microconvexo; (C) linear; (D) setorial - ecocardiografia Convexa: barriguinha para cima A setorial é pequena para caber no espaço intercostal A elevação que tem no transdutor é uma marcação que ajuda a orientar como a imagem está aparecendo na tela. Esses botões controlam o ganho que é o nível de amplificação dos ecos para compensar a sua atenuação Quando o eco não consegue passar muito bem em algum lugar é porque não está tendo uma boa penetração, e essa função do equipamento faz com queamplifique o eco para ter uma melhor formação da imagem. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 22 ➢ Ajuste do Sistema e Qualidade da Imagem: - Foco: o feixe de ultrassom pode ser eletronicamente reduzido em uma profundidade especifica - Feixe estreito e fina secção de imagem: detalhamento MODOS DE EXIBIÇÃO: • Modo-A: modo amplitude • Modo-B: “modo de brilho” ou “modo bidimensional” • Modo-M: “motion mode” ou “modo movimento” • Doppler • Modo- A: ➢ Mais antiga ➢ Unidimensional ➢ Eixo x representa a profundidade de penetração e o eixo y a amplitude (intensidade) do eco. Anotações: Os oftalmos utilizam muito esse modo É um tracejado que mostra a amplitude da penetração dos ecos que foram emitidos pelo ultrassom e também a refletividade desse eco. O eixo X representa a profundidade das ondas e o eixo Y mostra a amplitude • Modo-B : ➢ Bidimensional ➢ Ecos representados por pontos luminosos (escalas de cinza) Anotações: É o modo que vai mostrar os picos dos ecos que vão ser transformados em pontos luminosos de acordo com a profundidade das estruturas e da intensidade de eco que ela produz, formando assim a imagem na tela do computador. Se tem o detalhamento das estruturas e vai ser utilizado para fazer o diagnóstico das afecções. Modo A mostra as estruturas em profundidade como se fossem um gráfico Modo B é o que converte em pontos e pixels para formar a imagem Modo M é o do ecocardiograma, mostra a contratilidade das estruturas Doppler mostra a vascularização dos tecidos Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 23 • Modo- M: ➢ Movimento ➢ Interação do feixe sonoro com o tecido em movimento ➢ Traçado: distância entre as superfícies refletoras Anotações: É utilizado na ecocardiografia Mostra uma interação do feixe sonoro (US) com o tecido que está em constante movimentação, como o coração. Vai mostrar na tela um traçado com distância entre as superfícies refletoras e da movimentação ao longo do tempo. O equipamento tem o eletrocardiograma também • Doppler: ➢ Informações sobre a presença, direção e velocidade do fluxo sanguíneo ➢ A, B: Doppler colorido ➢ C, D: PowerDoppler Anotações: Liga-se o modo Doppler quando está fazendo modo Bidimensional e assim aparece as cores (vermelho e azul) Muito usado na ecocardiografia e nas estruturas abdominais para avaliar o fluxo das estruturas A: mostra em amarelo a onda sonora emitida pelo equipamento, então quando essa onda do US sai ela vai encontrar os glóbulos vermelhos dentro dos vasos, se por acaso esse glóbulo naquele local q botou ele tiver vindo CONTRA a onda do eco, ou seja, na direção do transdutor, então vai gerar uma aceleração do eco que vai voltar com um comprimento de onda menor e assim o equipamento reconhece o comprimento de onda = produzindo assim uma coloração VERMELHA C: Se o pulso que emitir encontrar um outro que está indo no mesmo sentido que a onda, o comprimento de onda gerado vai ser maior, então o equipamento vai identificar isso e vai colocar uma coloração AZUL Isso não significa que o vermelho é sangue arterial e o azul é venoso, porque vai depender da posição que botou o fluxo. Se o fluxo está vermelho é porque está indo em direção ao transdutor, se está azul é pq está se afastando do transdutor. Se não indicar ou se não localizar anatomicamente não tem como saber se é artéria ou veia Em alguns locais a coloração vai se misturar, tendo assim um fluxo de turbilhonamento (fica alaranjado). Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 24 ARTEFATOS: • Informações que não transmitem a imagem real • Falhas técnicas e fatores físicos • Interação do som com os tecidos • Defeitos/má calibração • Principais (som x tecido) ➢ Reverberação: quando a onda sonora encontra 2 ou mais superfícies refletivas ➢ Gel ➢ Pacientes obesos ➢ Cauda de cometa: resultado da mistura de bolhas de ar em meio líquido ou semilíquida ➢ Faixas hiperecóicas abaixo da superfície de reflexão Anotações: Superfícies refletivas com diferente impedância acústica (osso e ar no tórax, pacientes obesos, e a falta de gel pois é preciso para facilitar a onda sonora pelo transdutor), com capacidade refletiva diferentes É visto linhas hiperecogênicas, paralelas entre si e com distancias iguais O colón as vezes tem gás e fezes mais densas = essa diferença de impedância acústica não deixa o eco ultrapassar causando essa reverberação. Em casos assim é preciso fazer um preparativo antes de fazer o exame. Cauda de cometa: é encontrado no estomago, pois tem o suco gástrico que é líquido, tem ar, as vezes tem gases, tem partícula de alimentos... Tendo assim várias impedâncias acústicas Faixas hiperecogênicas que aparecem perpendiculares. ➢ Imagem em espelho ➢ Interfaces altamente refletoras e arredondadas (diafragma, fígado) Os artefatos podem tanto ajudar no diagnóstico como atrapalhar também O artefato não representa a realidade Falhas técnicas: não saber mexer no equipamento. Fatores físicos: tumor Interação do som com os tecidos: existem artefatos que já são característicos de determinadas estruturas Estruturas com líquido: neoplasia, cisto, abcessos, hematoma (não tem sombreamento posterior) Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 25 Anotações: Estruturas que tem uma densidade maior em relação com os tecidos adjacentes e são estruturas arredondadas. Conforme a onda for interagindo com as estruturas vai acontecer uma reflexão e os tecidos ali próximos vão erar umas ondas que vão chegar em atraso para a leitura do transdutor, formando assim duas imagens iguais. A linha hiperecogênica é o diafragma A onda sonora sai do transdutor, atravessa o parênquima e quando encontra o diafragma (estrutura altamente refletiva e arredondada), ao invés de gerar só uma eco que iria voltar para o transdutor, essa onda reflete para as estruturas adjacentes como para a parede da vesícula biliar, e assim a vesícula biliar gera um eco de retorno que ao invés de voltar para o transdutor, irá voltar de novo para o diafragma, depois disso iria voltar finalmente para o transdutor. Vai ser gerado 2 imagens, uma verdadeira e a outra que é atrasada • Sombreamento de bordo ➢ Mudança de direção do feixe ( vel. propagação/Z) ➢ Resultando na distorção do refletor Anotações: Quando a onda sonora interagir com uma estrutura que seja circular ou oval, por conta desse formato vai acontecer a refração (distorção) Na foto da bexiga está faltando um pedacinho, e acharem que está com ruptura de via urinária. Mas nesse caso pode ser o fenômeno de sombreamento de bordo Como são estruturas arredondadas, quando o feixe sonoro interagir com a estrutura, ao invés da imagem voltar direto para o transdutor, a estrutura vai gerar ecos que não vão voltar causando assim uma área de sombra. • Sombreamento acústico posterior (sombra): ➢ Som interage com estruturas altamente refletiva (cálculo, osso e gás) ➢ Área anecogênica/hipoecogênica posterior ➢ “suja” e “limpa” Anotações: Estrutura que impede a passagem da onda sonora, então não vai conseguir ter a formação de imagem abaixo daquela estrutura. O som vai interagir com uma estrutura altamente refletiva (ex: presença de cálculo, presença degás ou osso), formando assim uma área anecogênica ou hipoecogênica posterior aquela estrutura Sombra limpa = anecogênica. Sombra suja= hipoecogênica Cone de sombreamento 1: OVÁRIO 2: PELVE RENAL 3: BEXIGA Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 26 • Reforço acústico posterior: ➢ Aumento da amplitude do feixe sonoro Anotações: Toda vez que a onda sonora interage com uma estrutura que tenha líquido, isso vai aumentar a amplitude daquele feixe sonoro que está passando por lá, e conforme ele aumenta a amplitude, vai formar assim uma área hiperecogênica do que o parênquima adjacente. Nessa foto também tem o sombreamento de borda devido a estrutura arredondada Isso acontece na vesícula biliar, útero e bexiga. É importante saber esse sombreamento acústico posterior para diferenciar se realmente é líquido. PREPARO DO PACIENTE: • Jejum alimentar ➢ 8 – 12 hrs ➢ 4 – 6 hrs (Gato) • Antifiséticos e/ou enema (constipação) ➢ Simeticona 1mL/kg/TID 2 a 3 dias antes • Tricotomia • Gel TECNICA DE VARREDURA ABDOMINAL EM PEQUENOS ANIMAIS: • O que observar: ➢ Contorno ➢ Forma ➢ Tamanho ➢ Localização (relação com outros órgãos) ➢ Ecogenicidade ➢ Ecotextura JEJUM PROLONGADO = GÁS Antifisético (luftal): dissolve as bolhas de gases que tem no intestino Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 27 Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 28 Introdução à Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética INTRODUÇÃO: • TC e RM → modalidades com princípios físicos complexos • Imagens em cortes seccionais: localização precisa e sobreposição (raios X) • Amplia leque de doenças • Planejamento cirúrgico • Estadiamento • Prognóstico FORMAÇÃO DA IMAGEM: CONCEITOS GERAIS • TC e RM compartilham características da formação de imagem • Fina secção composta por uma matriz (voxel) • Exibidos como matriz no monitor (pixel) • Voxel associado a maior intensidade do sinal tecidual RM ou maior atenuação de raios X na TC → Pixel mais brilhante (branco) • Falta de sinal na RM ou atenuação de raios X na TC → Pixel escuro (preto) Anotações: Toda vez que tiver um voxel e estar associado a uma maior intensidade de sinal = vai aparecer branco. Se for uma estrutura que emite pouco sinal na RM ou que não atenua nada dos raios X na TC = o pixel vai aparecer escuro preto Como o raio X é a somação de estruturas para formar a imagem, não dá para ver algumas coisas como na TC ou RM dá, porque se faz uma varredura de pequenos seguimentos, faz várias secções de uma pequena área TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Radiação ionizante Imagens em cortes transversais Reconstruções pelo PC RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Não utiliza radiação Transversal, dorsal, sagital e oblíquo Maior detalhamento A radiação ionizante vem do raio X, só que são milhares de disparos para formar a imagem. A RM demora mais porque são vários cortes. Cada secção que vê no computador é um conjunto de voxels (estruturas cubicas de tecido). Os órgãos em profundidades têm diferentes densidades, tendo assim diferentes tonalidades de cinzas, porém o que vê na imagem é uma mistura dessas diferentes tonalidades formando-se os pixels Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 29 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: Histórico: • 1960 Allan Cormack: físico e matemático (estudava radioterapia – direcionamento aos tumores) • 1970 Hounsfield (engenheiro) • Prêmio Nobel de Medicina 1979 • 9 horas para aquisição da imagem Como a TC funciona: • Radon (1917) provou que uma imagem de um objeto desconhecido pode ser produzida se existirem um número infinito de projeções desse objeto • Matriz curva de detectores; sincronia com o tubo • Conjunto de dados no pc (voxels) Bases Físicas da Formação de Imagem: • Gantry: tubo gerador de raios X, detectores, colimadores, conversor analógico digital, sist. de refrigeração, fontes e componentes mecânicos • Mesa: altura e profundidade; atenuação • Console: proteção; controle do equipamento (Hardware) Anotações: Gantry: o tubo da TC se move e faz milhares de disparos enquanto ele gira envolta do paciente. Os detectores coletam as informações e ajudam formam a imagem. Conversores analógico transforam as informações em uma matriz de voxel e depois na imagem. Dentro do equipamento se usam nitrogênio líquido para resfriar o equipamento e a sala também tem que ser gelada. Mesa: tem que ser de baixa atenuação, madeira ou algum material que não impeça a passagem da radiação ionizante para não alterar a formação da imagem Console: A parede e o vidro são baritados para proteger da radiação. O computador que forma uma matriz de voxel = formando a imagem na tela • TUBO GERADOR DE RAIO X: − Funcionamento da ampola • DETECTORES DE RADIAÇÃO: − Cristais de cintilação − Captação da radiação que ultrapassa o objet0 → sinal elétrico Quantidade variável de detectores Intensidade do feixe que sai do tubo Quantidade de radiação que atravessou o objeto Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 30 Anotações: Os cristais de cintilação são capazes de captar radiação que ultrapassa o objeto e a placa detectora vai detectar os cristais e vai transformar isso em sinal elétrico através de uma placa de foto de iodo. Conforme o tubo emissor de raio X gira vai ter a radiação ionizante atravessando o paciente • COLIMADORES: − Qualidade da imagem e doses ao paciente − Pré e pós-colimadores EVOLUÇÃO DOS APARELHOS DE TC: • 1ª Geração: 1 tubo e 1 detector; 180º - 180 posições → 5 min • 2ª Geração: 30 detectores; redução para 6 posições (180º) → 20 – 60s • 3ª Geração: arco de detectores móvel (360º) → 3 – 10s • 4ª Geração: tubo sem utilização de cabo; detector fixo (360º) • Helicoidais: mesa em movimento; fatias em hélice → 20s (exame todo) • Multislice: + de 1 fileira de detectores; 2, 4, 8, 16, 64 até 125 cortes FORMAÇÃO DA IMAGEM: O que a TC avalia?? • Coeficiente de atenuação linear médio (µ) entre o tubo e os detectores • Reflete o grau pelo qual a intensidade de Raio-X é reduzida pela matéria • Matriz de 512 x 512 = 262.144 valores de µ • Para exibição → unidades Hounsfield (UH) ou números de TC • UH dos tecidos calculadas com base na H2O • Radiodensidade O colimador diminui a radiação para o paciente e diminuir a dispersão para assim melhorar a qualidade da imagem. Coeficiente de atenuação linear médio: Avalia o quanto de radiação que atravessou o paciente, ou seja, faz o cálculo de quanto de radiação saiu do tubo de raio Xe o quanto os detectores captaram naquele corte que está sendo feito. O olho humano não tem a capacidade de detectar as variações de cinza que tem nos valores do coeficiente de atenuação, então por isso que se usa o UH para exibição (que é o resultado do coeficiente de atenuação) O coeficiente de atenuação linear da água é 0, se atenua mais do que da água é hiperatenuante e se formenor é hipoatenuante. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 31 Escala de Hounsfield: Nomenclatura: • Hiperdenso ou hiperatenuante: mais brilhante que parênquima adjacente • Hipodenso ou hipoatenuante: mais escura que o parênquima adjacente • Isodenso ou isoatenuante: mesma densidade ou atenuação Reconstrução Tomográfica: • Tipo de aquisição − Escaneamento Helicoidal (é o melhor) − Escaneamento Sequencial • Espessura do corte − Escolha pelo técnico − Dependente do equipamento O sistema do computador que permite ajustar o brilho para dar para visualizar dos tecidos W é a largura da janela e o L é a altura da janela de visualização. Tem que mexer neles porque de acordo com o seguimento que está avaliando vai facilitar a visualização que o olho humano não consegue perceber as tonalidades de cinza Mesmo alterando o brilho para visualizar melhor a imagem, a UH não vai mudar É usado para identificar se tem alguma alteração naquele órgão, pois existe uma UH para cada órgão, então se tiver diferente é pq provavelmente tem uma alteração Hiper: mais branco Hipo: mais escuro do que o parênquima adjacente A espessura do corte tem que ser utilizada de acordo com o que se pensa na patologia, pois se for uma fratura pequena e que não dá para ver muito no raio X aí tem que ser menor a espessura. Já se for uma massa que dá para visualizar no ultrassom aí pode ser uma espessura maior Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 32 • Filtro de Reconstrução − Região de interesse − “Filtro padrão” (tec. moles) − “Filtro ósseo” (resolução espacial) VISUALIZAÇÃO DA TC: • Software de visualização DICOM permite ajuste das tonalidades de cinza • L controla o brilho da imagem e W o contraste da imagem PROCEDIMENTOS CONTRASTADOS • Perfusão dos tecidos e integridade de barreiras • Acúmulo no tecido ou vascularização (absorção de raio X) • À base de iodo (não iônico) • IV 2 – 3 mL/kg • Intratecal 0,3 – 0,5 mL/kg (mielotomografia) → não exceder 10 mL • Reações adversas (vômito, ansiedade, hipotensão, parada cardiorrespiratória) Anotações: Dá para usar contraste para melhor visualização das estruturas. Quando se faz um contraste IV pode ter um acúmulo no tec ou vaso e assim vai ter mais absorção de raio X, ficando hiperatenuante onde se tem uma neoplasia, neoformação Outra forma de usar o contraste é intratecal (no espaço subaracnóidea, onde corre o liquor), para assim conseguir delimitar a medula PREPARO DO PACIENTE • Protocolo anestésico adequado (inalatória) • Posicionamento: − Cabeça, Tórax, Abdômen: ventral − Coluna: dorsal − Articulações: variável Meningioma - Cão (osso temporal esquerdo) L controla o brilho W controla o contraste da imagem Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 33 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA: Histórico: • Década de 70 Paul C. Lauterbur – EUA (químico) • Peter Mansfield - Inglaterra (físico) • 1977 primeira imagem transversal do corpo humano • - 4 hrs 45 min • Prêmio Nobel de Medicina 2003 Bases Fisicas: • RM é um fenômeno físico → fornece informação estrutural e dinâmica sobre a matéria núcleos • Prótons de hidrogênio (abundância; 2/3 do organismo) • Spin: produz alto sinal de rádio Anotações: Durante o exame se faz os diferentes cortes e se não escolher o tipo de corte o computador não vai conseguir fazer depois, como é o caso da TC A ressonância é um fenômeno físico que quando aplica uma determinada energia que vai entrar em ressonância om a energia do material. O campo magnético vai fazer com que os átomos do corpo entrarem em ressonância com o campo magnético Paralelo ou antiparalelo ao campo Anotações: O equipamento faz leitura da posição dos átomos quando entrarem em ressonância com o campo magnético no equipamento. O imã da RM cria um campo eletromagnético que faz com eu os spins fiquem posicionados igualmente (paralelo ou antiparalelo ao campo), porque o normal é eles ficarem meio desorganizados Frequência de Larmor (ressonância) = 42, 6 MHz/tesla para prótons de H+ Anotações: Botou o paciente no equipamento vai ter uma magnetização inicial, os prótons ficam alinhados para cima ou para baixo. Quando liga o sinal de radiofrquencia (RF), vai excitar os spins, então dependendo do tecido esse Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 34 tipo de mudança de posição vai acontecer em uma determinada velocidade, assim o equipamento de RM vai ler essa mudança de posição de acordo com a velocidade e tempo que demorou para aquele tecido voltar a posição inicial dos spins. Tesla é a unidade de medida do equipamento de RM Como Funciona a RM? • Campo magnético aplicado faz os átomos girarem • Radiofrequência aplicada faz retornarem a posição inicial • Diferentes materiais relaxam em velocidades diferentes • Isso determina a imagem Componentes: • Magneto: componente mais importante da RM • Contraindicação (microchips, implantes, marca- passos) • Campo aberto ou fechado • Alto campo > 1 tesla Anotações: Se o animal tem um implante de aço cirúrgico ou de titânio não tem muito problema Ressonância de alto campo tem um alto tesla Nomenclatura: • Hiperintenso: mais brilhante (branco) que o parênquima adjacente • Hipointenso: mais escura (preta) que o parênquima adjacente • Isointenso: mesma intensidade Formação da Imagem: • Imagens RM → sinais vindos de tecidos (ecos) por bobinas • Diferenças de relaxamento entre tecidos → várias técnicas (sequências) • Recuperação T1: liberação de energia que foi adicionada pelo impulso RF A onda de radiofrequência faz com que os átomos saem da posição inicial (que depende da organização de cada órgão) O que forma a imagem é a o equipamento que registra a mudança de posição. Parênquima da medula espinhal, encefálico e tec. Moles tem um melhor detalhamento devido a composição de íons de hidrogênio Quanto mais água tiver aquele órgão, mais átomo de hidrogênio e consequentemente melhor a imagem A bobina capta a mudança da posição dos átomos de hidrogênio para a posição inicial (posição de relaxamento) e enviar para o computador O magneto é o imã gigante Intenso significa a capacidade de retorno da energia do átomo para o equipamento. Não necessariamente o tecido tem aquela energia e sim devido ao exame Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 35 • Decaimento T2: interação entre campos magnéticos de núcleos vizinhos • Densidade protônica: prótons de H+ livres no tecido • Ponderada em T1: gordura alto sinal (hiperintensa) e água baixo sinal (hipointensa) • Ponderada em T2: água (hiperintensa) e gordura (hipointensa) Anotações: FOTO 1: A gordura tem um alto sinal, então aparece hiperintensa e a água aparece com baixo sinal (hipointensa). Dentro dos ventrículos temo liquido aracnoide (que tem bastante ions de hidrogênio), então ele vai aparecer hipointenso, ou seja, mais escuro que o parênquima adjacente. Dentro do osso tem gordura, então em T1 a gordura tem um alto sinal = hiperintensoOBS: estruturas osseas e ar como não tem quase hidrogenio, não produzem uma boa imagem FOTO 2: Densidade protonica, ou seja, tudo fica na tonalidade parecida. É usado para avaliar a musculatura FOTO 3: A água aparece hiperintesa (branca) e a gordura dentro da medula óssea fica hipointena (escuro) • SELEÇÃO DE SEQUÊNCIAS: − Inversão-recuperação: o STIR (Short T1 recovery): suprime sinal de gordura; lesões de tecidos moles o FLAIR (Fluid Attenuated Inversion Recovery): anula sinal de fluidos (ex: lesões parênquima vs LCR; císticos) T1: significa que a liberação de energia que foi adicionada pelo impulso de radiofrequência foi eliminada T2: Significa a interação entre os campos magnéticos com os tecidos vizinhos Depende da suspeita STIR: Nesse caso se faz uma varredura em T1 e T2 a gordura fica visível, mas se muda para STIR vai anulou os sinais de gordura dando para visualizar pequenas lesões FLAIR: Nesse caso em T2 o liquor está hiperatenuante dentro dos ventrículos e se suspeitar que essa parte está com a intensidade de brilho alterado, então tem que usar o FLAIR para suprimir o líquido e assim vai ter o aparecimento da lesão (como mostra a seta). Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 36 PROCEDIMENTOS CONTRASTADOS • Assim como na TC → contraste intravenoso para avaliar perfusão tecidual • Efeito paramagnético: relaxamento T1 e T2 • Tecidos que acumulam geram um sinal maior → realçam ao contraste • Íon paramagnético Gadolínio (0,2 mL/kg/IV) • Associado agente quelante • Reações adversas (+ seguro que iodados) • Ponderada em T1 são utilizadas (fazer pré) • Periferia hiperintensa • Sarcoma indiferenciado (cavitário) • Associar STIR (suprime gordura) • Extrusão (hipointensa) PREPARO DO PACIENTE: • Protocolo anestésico adequado (inalatória) • Posicionamento: − Cabeça, Tórax, Abdômen: ventral − Coluna: dorsal ou lateral − Articulações: variável QUALIDADE DA IMAGEM E TEMPO DE AQUISIÇÃO • Qualidade da imagem vs Tempo de aquisição → DESAFIO • Resolução espacial (detalhe) → definida pela espessura de corte (profundidade do voxel) • Tamanho da matriz: número de voxels • Qualidade também relacionada com a Razão Sinal-Ruído (RSR) • QUANTO < TAMANHO DO VOXEL < RSR PERSPECTIVAS RM • CRV Imagem: primeira ressonância magnética (RM) veterinária de alto campo na América Latina (1,5 T) • CRV Imagem Na TC se usa o contraste de iodo não ionico, já na RM é usado o contraste paramagnético, pois causa esse efeito para mudar o tempo do relaxamento (átomo de hidrogênio que volta para a posição inicial) Não se faz intratecaul, pois já é boa a visualização sem o contraste O contraste realça o brilho – hiperintenso, pois vai captar e acumular mudando o tempo de retorno daquela molécula Hoje em dia já dá para saber qual massa é devido a quanto o contraste vai captar naquele tipo de massa Quanto mais varredura fizer mais vai demorar Se fatiar muito fino o animal, o RSR vai diminuir muito e vai perder a qualidade do exame Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 37 • 0,5 T • Magnetom 7 Tesla (140 mil vezes o campo da terra) • FM USP – 2ª América do Sul – 7,6 milhões • 5,4 x mais precisa que 3T e 21x 1,5T VANTAGENS DA TC: • Método não invasivo, rápido, fidedigno e de alta precisão diagnóstica • Escolha para estruturas ósseas • Menor tempo de execução • Maior disponibilidade, menor custo • Avaliação em cortes transversais • Permite reconstrução multiplanar e 3D • Estudo dinâmico das lesões: contraste iodado • Não utiliza radiação ionizante • Planos de corte (sagital, transversal e dorsal) • Caracteriza tipos específicos de tecido (gordura, água, sangue) • Melhor contraste entre tecidos (comparada à TC) • Detecção de afecções agudas (edema cerebral) • Estudo com contraste paramagnético (quase não causa reações) • Boa resolução espacial nos estudos vasculares (com e sem contraste) • Permite avaliação funcional em determinadas afecções CASOS CLÍNICOS: Cora • Rottweiler, 10 anos, fêmea • Atendimento pré-operatório • Planejamento Cirúrgico • Intervenção cirúrgica: Esternectomia O animal que tem hemorragia e TCE é melhor na TC por ser um exame mais rápido Parte óssea é melhor na TC, pois na RM essa área tem pouco hidrogênio, então a imagem não fica boa Desvantagens: não analisa muito bem os tecidos moles e tem radiação! Melhor o contraste em tecidos moles Para ver hemorragia é melhor na RM, pois vai ser melhor para não confundir com edema... Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 38 INTRODUÇÃO: • Axial: coluna vertebral, costelas, esterno, crânio • Apendicular: ossos dos membros • Ossos longos (membros), curtos (sesamóides, carpo e tarso) e planos (inserção muscular) Anotações: O esqueleto é dividido em 2 partes, o axial e apendicular. Os sesamoides facilitam os movimentos Inserção muscular (ossos da pelve, a escápula) Se for radiografar qualquer osso longo tem que incluir as das articulações adjacentes!! Em ossos longos de pequenos animais não se faz projeção latero-medial pois na parte lateral tem mais musculo e o raio entrando lateral vai ter mais visualização POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO – ESQUELETO APENDICULAR: Posicionamento Radiográfico: • Escapula: CdCr • Ombro – Articulação Escapuloumeral: A escápula está anexada ao tronco por ligamentos musculares. Duas projeções: medio-lateral e a caudo-cranial. A médio-lateral é difícil de ser avaliada pois fica sobreposto com o tórax. Então geralmente é feito a projeção caudo-cranial. O animal fica de barriga para cima com os membros estendidos cranialmente. ML Pode ser feito as projeções: médio-lateral ou caudo-cranial Se quer radiografar o ombro direito, o animal tem que estar em decúbito lateral direito e estende o membro caudalmente para que o ombro saia de cima do torax. CdCr Caudo-cranial Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 39 • Úmero: • Cotovelo – Articulação Umeroradioulnar: ML O foco do úmero vai ficar centralizado no osso, ou seja, na diáfise média. Articulações adjacentes do úmero: escapuloumeral (proximal) e umeroradioulnar (distal) Projeções: medio-lateral, caudo-cranial e cranio-caudal Asasa S Aasa Sas As As A As S A Sasa As As As S As As CrCd caudo-cranial é a melhor para úmero, pois fica em um alinhamento melhor e o osso fica mais paralelo em relação ao filme radiográfico ancôneo CdCr ML estendida ML flexionada Projeções: médio-lateral (estendida e ou flexionada), cranial-caudal ou caudo-cranial ✓ Olécrano no centro da articulação Quando é a parte do cotovelo é melhor a projeção cranio-caudal. Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 40 • Rádio e Ulna:• Carpo, Metacarpo: • Metacarpo e Dígitos: ML CrCd Projeções: médio-lateral e cranio-caudal projeções: médio-lateral e dorsopalmar Quando o raio entra cranialmente e sai caudalmente se chama dorsopalmar, por conta da anatomia O osso que tem atrás do carpo é o carpo acessório Na médio-lateral de falanges tem que separar os dedinhos para visualizar melhor Falange distal (é a que tem a unha), falange média e falange proximal Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 41 • Pelve e Fêmur: • Articulação do Joelho- Femurotibiopatelar: Se for avaliar a pelve na posição anatômica do animal a projeção é ventro- dorsal, mas o fêmur é cranio-caudal Para visualizar a parte mais proximal (como uma fratura da cabeça femoral), ou quando o animal não quer estender os membros, pode ser feito a postura de frog-legged pela projeção ventro-dorsal MPs abdução –frog-legged Fêmur: Médio-lateral ou cranio-caudal Projeções: caudo-cranial, cranio-caudal ou médio-lateral Sky line serve para avaliar o sulco troclear da patela Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 42 • Tíbia e Fíbula: • Tarso e Metatarso: Quando o foco é avaliar o osso inteiro, tem que incluir as duas articulações adjacentes (do joelho e do tíbiotarsica – nesse caso da foto) Projeções: médio-lateral, caudo-cranial ou cranio- caudal. Projeções: plantarodorsal, dorsal- plantar ou medio-lateral Plantaromedial dorsolateral obliqua em EQUINOS Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 43 ESTRUTURAS DOS OSSOS LONGOS: • Corpo (diáfise) + duas extremidades (epífises) • Animais em crescimento → disco epifisário • Metáfise → cartilagem epifisária + osso neoformado • A = apófise • E = epífise (osso esponjoso + osso subcondral) • P = linha • M = metáfise • D = diáfise Fraturas: • Interrupção da solução de continuidade do osso • Lesões em graus variados nos tecidos moles • Exame radiográfico → localização, classificação e tratamento • 2 projeções ortogonais • Articulações adjacentes Classificação de Fraturas: • Padroniza linguagem de comunicação • Diretrizes para o tratamento a) Localização b) Direção e continuidade da linha c) Nº de linhas d) Aberta ou Fechada e) Deslocamento dos segmentos ósseos (desvio) Epífeses (proximal e distal),diáfise e metáfise (proximal e distal) Toda vez que tem uma fratura pode ter lesão vascular, em tecidos moles e até mesmo neurológica Sempre que houver suspeita de fratura no mínimo 2 projeções ortogonais!! Sempre que for analisar ossos longos tem que faz das articulações adjacentes também Continuidade (se é completa ou incompleta) Aberta (exposta) ou fechada (não exposta) Deslocamento dos segmentos ósseos serve para identificar para onde está indo o fragmento (para saber se o fragmento está indo ou para cranial ou cauda tem que fazer a projeção médio-lateral. E se quiser saber se está medial ou lateral tem que fazer a projeção cranio-caudal ou caudal-cranial Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 44 a) De acordo com a Localização: • Osso envolvido e localização neste • Fraturas diafisárias: diáfise dividida em proximal, distal e diáfise média • Fraturas metafisárias: metáfise proximal ou distal • Fraturas epifisárias: envolvem comumente a articulação adjacente e a linha fisária (classificação de Salter- Harris) • Fraturas articulares: qualquer fratura que penetre na articulação • Fraturas fisárias: envolvem uma cartilagem fisária aberta sistema Salter-Harris de classificação b) Direção e continuidade da linha de fratura: Continuidade: Completa (acomete todas as corticais ósseas), incompleta (não acomete todas as circulações, não tem deslocamento e geralmente acomete mais os jovens) Direção: transversa (a linha de fratura faz um ângulo reto com o eixo longo), oblíqua (longas ou curtas), espiral (a área fica mais radiolucente que é onde está faltando aquela parte que está rotacionada). Avalia isso nas fraturas simples, na cominutiva não Sara Ferrari e Lorena Fiorotti 45 c) Nº de linhas: • Fraturas simples: apenas uma linha de fratura; dois fragmentos principais • Termo simples não é incluído na descrição • Fratura dupla ou segmentar: quando há duas linhas de fratura com um fragmento entre estas • Fraturas cominutivas: mais de uma linha de fratura que se comunicam; três ou mais fragmentos • Fragmento borboleta • Fraturas cominutivas: acontecem devido ao impacto d) Aberta ou Fechada: • Exposta • Classificadas de acordo com o mecanismo de perfuração e a gravidade da lesão de tecidos moles • Tipo I: ferida menor que 1 cm; criada de dentro para fora • Tipo II: ferida maior que 1 cm; criada de fora para dentro • Tipo III (a,b,c): fratura exposta com extenso dano ao tecido mole (desenluvamento, perda óssea, neurovascular)