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Aula 6 - Conceituação dos principais agregados da ótica da renda e a distribuição funcional de renda

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Contabilidade Social
Aula 6: Conceituação dos principais agregados da ótica da
renda e a distribuição funcional de renda
Apresentação
Nesta aula, você vai conhecer a de�nição de poupança e a sua importância na formação do investimento de uma
economia. Entenderá a composição do investimento de um país em formação bruta de capital �xo e variação de
estoques, bem como a diferença entre o investimento bruto e o investimento líquido envolvendo a análise do agregado
depreciação; e entre o produto interno bruto e o produto interno líquido.
Objetivos
Explicar o que é o agregado poupança.
Discutir os objetivos e a divisão do investimento de um país.
Veri�car o que corresponde o agregado depreciação.
Diferenciar produto interno bruto e produto interno líquido de uma economia.
 Entenda o que é PIB e porque ele é importante | Fonte: Emídia Felipe – Youtube
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Dado o território de um determinado país, o produto deste,
ou, melhor dizendo, o produto interno bruto (PIB) é o
somatório de “coisas” econômicas (na forma de bens e
serviços) �nais formado ao longo de um determinado
tempo e que representa o resultado do esforço social de
produção interna, ou seja, produzido pelos seus residentes,
independente da origem do capital das unidades
produtivas constituídas pelos setores de produção.
Pela identidade básica das contas nacionais:
Produto (PIB) = a renda = ao valor adicionado da economia
De acordo com a tabela abaixo:
Utilização das Receitas de Vendas (em R$ bilhões)
Setores
de
Produção
Receitas
de Vendas
(VBP)
Utilização das Receitas de Vendas
VABGastos
com
insumos
Remunerações
dos
Empregados
Remunerações
de
Propriedade
Agropecuária 300,00 60,00 96,00 144,00 240,00
Indústria 500,00 90,00 164,00 246,00 410,00
Serviços 700,00 50,00 260,00 390,00 650,00
Total 1.500,00 200,00 520,00 780,00 1.300,00
Aceitando-se as hipóteses restritivas descritas na confecção da tabela apresentada na �gura 8 relativas à produção setorial,
podemos ver que ao tomar o sistema econômico em seu conjunto, são idênticos os montantes das receitas de vendas
(VBP) com a utilização (ou o gasto) com pagamentos de insumos mais as remunerações dos empregados e de
propriedade.
Utilização das Receitas de Vendas (em R$ bilhões)
Setores
de
Produção
Receitas
de Vendas
(VBP)
Utilização das Receitas de Vendas
VABGastos
com
insumos
Remunerações
dos
Empregados
Remunerações
de
Propriedade
Agropecuária 300,00 60,00 96,00 144,00 240,00
Indústria 500,00 90,00 164,00 246,00 410,00
Serviços 700,00 50,00 260,00 390,00 650,00
Total 1.500,00 200,00 520,00 780,00 1.300,00
VBP 𝚺 Gastos
Na essência, ao retirar os gastos com os insumos, observa-se que o PIB é medido pelo valor adicionado bruto (VAB)
produzido pelas unidades produtoras dos setores de produção que estão dentro do território do país. Esse mesmo VAB é
gerado por fatores de produção de propriedade de residentes, cujo agregado considerado é a renda nacional bruta.
Utilização das Receitas de Vendas (em R$ bilhões)
RLE = RRdE - REpE
Dada a fórmula, veri�ca-se que se:
O país recebe mais recursos do que paga ao resto do mundo: RLE > 0; assim:
Setores
de
Produção
Receitas
de Vendas
(VBP)
Utilização das Receitas de Vendas
VABGastos
com
insumos
Remunerações
dos
Empregados
Remunerações
de
Propriedade
Agropecuária 300,00 60,00 96,00 144,00 240,00
Indústria 500,00 90,00 164,00 246,00 410,00
Serviços 700,00 50,00 260,00 390,00 650,00
Total 1.500,00 200,00 520,00 780,00 1.300,00
𝚺 Gastos – insumos = VAB(PIB)
Em função da renda formada através da produção do Brasil, admite-se a dedução da parcela desta renda que é enviada para
o exterior (REpE), pelo pagamento de propriedade de fator. Ao mesmo tempo, há a adição do montante de renda que é
recebido do exterior (RRdE) por residentes no país, pelos mesmos motivos.
Em virtude disso, pelas contas nacionais, pode-se fazer um procedimento pelo qual se de�na um valor que demonstre o saldo
das remunerações a fatores de produção envolvendo as transações do Brasil com o resto do mundo, tal valor advém da
chamada renda líquida do exterior (RLE).

RNB = PIB + RLE; isto é: RNB > PIB
O país envia mais recursos do que recebe do resto do mundo: RLE < 0; logo:
RNB = PIB - RLE; isto é: RNB > PIB
Em suma, a RNB compreende toda a renda (líquida) gerada no período que se dirige aos proprietários nacionais de fatores de
produção.
A Renda Nacional Bruta é a soma das rendas pagas aos recursos, se pegarmos essa renda e dividirmos pela população do país,
temos o que se conceitua como sendo a renda ou produto per capita.
Nesse sentido, a tabela apresenta a evolução do PIB brasileiro em período discriminado abaixo.
Evolução do PIB Brasileiro de 2001 - 2008
Ano Em milhões dereais correntes
Per capita, em
reais correntes
Em milhões de
dólares
estadunidenses
correntes
Taxa de variação
real no ano
2001 1.198.736,19 6.896,35 509.796,80 1,3 %
2002 1.346.027,55 7.630,93 459.379,39 2,7 %
2003 1.556.182,11 8.694,47 506.784,16 1,1 %
2004 1.766.621,03 9.728,84 603.993,65 5,7 %
2005 1.937.598,29 10.519,88 795.924,37 3,2 %
2006 2.300.133,20 12.688,04 1.067.600,00 4,0 %
2007 2.558.000,00 13.515,00 1.313.098,52 5,7 %
2008 2.889.719,00 15.240,00 1.665.839,00 5,1 %
 Fonte: Wikipedia
Saiba mais
Para mais informações, leia agora o texto Renda.
Comentário
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O PIB ou a renda per capita é um indicador signi�cativo como uma medida síntese de padrão de vida e desenvolvimento
econômico do país. Porém, esta medida estatística refere-se a renda média da população de um país, onde não re�ete
adequadamente a maneira pela qual a renda está distribuída.
Entretanto, mesmo com tal limitação, a taxa de crescimento do PIB per capita é uma medida importante pois ajuda a re�etir
a respeito da importância da consideração sobre desigualdade sobre o desenvolvimento econômico e social de médio (e
longo) prazo.
Notas
Referências
FEIJÓ, Carmem Aparecida & RAMOS, Roberto Luis O. (Orgs.). Contabilidade Social: a nova referência das contas nacionais do
Brasil.
FEIJÓ, Carmem Aparecida & RAMOS, Roberto Luis O. (Orgs.). Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2008.
ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade Social. São Paulo: Atlas, 2008.
______________________. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas, 2008.
Bibliogra�a complementar
BRUE, McConnell. Macroeconomia. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Cientí�cos Editora S.A, 2005.
DORNBUSH, R e FISCHER, S. Macroeconomia. São Paulo: Mac Graw Hill, 2005.
MANKYW, G. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2005.
WONNACOTT e WONNACOT. Economia. São Paulo: MAKRON Books, 2002.
Jornais e revistas: Jornal O Globo online, Valor Econômico online, Revista Exame online etc.
Sites (instituições o�ciais): www.ibge.gov.br e www.ipea.gov.br
Próximos passos
A aula 8 analisa os gastos do governo e as cargas tributárias bruta e líquida.
Explore mais
Nos sites //www.ibge.gov.br e //www.ipeadata.gov.br, no que se refere às contas nacionais, destacam a metodologia
utilizada para a classi�cação do valor adicionado.
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