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Educação, Trabalho e Leitura: Ações Para a Ressocialização
A educação é um importante fator para a ressocialização de indivíduos que tiveram contato
com o sistema prisional. Além disso, o trabalho e a leitura também são ações fundamentais
para esse processo. Nesse sentido, é importante destacar as iniciativas governamentais e
não governamentais que visam à promoção dessas práticas e discutir a relação entre
educação, trabalho e leitura como ações para a ressocialização de pessoas privadas de
liberdade.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a educação é um direito fundamental
garantido pela Constituição Federal de 1988. A Lei de Execução Penal nº 7.210/84 (LEP)
prevê que o Estado deve oferecer aos detentos a oportunidade de estudar e se qualificar
profissionalmente durante o cumprimento da pena, como também que o trabalho seja
obrigatório para os presos, desde que haja compatibilidade com a pena aplicada e com a
condição pessoal do detento. É importante destacar que o trabalho deve ser remunerado e
não pode ser utilizado como forma de exploração do trabalho do preso. Nesse sentido, é
necessário que sejam oferecidos cursos profissionalizantes e de ensino regular, visando a
ressocialização do preso.
Ademais, o trabalho é uma atividade que proporciona dignidade e autonomia financeira,
além de ser uma importante ferramenta para a reinserção social do preso. Por fim, a leitura
é uma atividade que amplia o conhecimento e estimula a reflexão crítica, sendo uma
importante ferramenta para a ressocialização do preso. A LEPl prevê que o Estado deve
disponibilizar bibliotecas aos detentos, com acervo atualizado e diversificado. Ademais,
existem iniciativas não governamentais que visam a promoção da leitura nas prisões, como
o projeto "Ler é Uma Boa Ideia", desenvolvido pela Associação de Leitura do Brasil.
Diante do exposto, percebe-se que a educação, o trabalho e a leitura são ações essenciais
para a ressocialização de pessoas privadas de liberdade. É imprescindível que o Estado,
em conjunto com a sociedade civil, promova iniciativas que visem à implementação dessas
práticas nas prisões, visando a redução da reincidência criminal e a promoção da dignidade
humana. Como afirmou Paulo Freire, "a leitura do mundo precede a leitura da palavra", ou
seja, é fundamental que o indivíduo tenha acesso a conhecimento e possibilidades para
que possa refletir criticamente sobre si e sobre o mundo que o cerca, o que pode ser
proporcionado através da educação, trabalho e leitura.
A Privatização dos Presídios
A privatização dos presídios tem sido um assunto recorrente na sociedade contemporânea.
A ideia é transferir a administração das prisões para empresas privadas, na tentativa de
melhorar a gestão e reduzir os custos do sistema carcerário. No entanto, esse modelo gera
polêmica e divide opiniões. Nesse contexto, este texto apresenta uma análise sobre os
prós e contras da privatização das prisões.
Por um lado, os defensores da privatização argumentam que a gestão privada dos
presídios pode trazer inovações para o sistema carcerário, melhorando as condições de
vida dos detentos, além de reduzir a superlotação e diminuir os custos. De acordo com a
Lei de Execução Penal (LEP), os presos têm o direito à assistência material, à saúde, à
educação, ao trabalho e à assistência jurídica, portanto, se a gestão privada promover
esses direitos, pode haver um melhor aproveitamento do tempo de cumprimento da pena,
diminuindo a reincidência e melhorando a reinserção social.
Por outro lado, os críticos argumentam que a privatização pode levar a um aumento da
violência dentro dos presídios, uma vez que as empresas têm interesse financeiro e podem
priorizar a lucratividade em detrimento da segurança e dos direitos dos presos. Além disso,
a privatização pode agravar a seletividade do sistema penal, na medida em que a gestão
privada pode escolher os presos que lhe são mais rentáveis, deixando de lado os mais
vulneráveis. De acordo com a Constituição Federal, é dever do Estado assegurar a
efetivação dos direitos sociais e a proteção da dignidade humana, o que pode ser
comprometido caso a gestão privada se sobreponha aos interesses públicos.
Portanto, é importante analisar os prós e contras da privatização dos presídios antes de
tomar uma decisão. A efetivação dos direitos dos presos, a segurança e a proteção da
dignidade humana são fundamentais na gestão do sistema carcerário. A privatização pode
ser uma solução, desde que os interesses públicos sejam preservados e que as empresas
privadas assumam a responsabilidade de garantir esses direitos. Assim, é necessário que
sejam feitos estudos aprofundados sobre a viabilidade da privatização dos presídios,
levando em consideração os riscos e benefícios que essa alternativa pode oferecer para a
sociedade.
O perfil dos presos no brasil e as desigualdades sociais
No Brasil, as desigualdades sociais têm forte influência no perfil dos presos. Os dados
mostram que a maioria dos detentos é formada por homens, negros, jovens e de baixa
renda, o que indica uma relação entre a vulnerabilidade social e a criminalidade. Nesse
sentido, é necessário analisar as causas e consequências desse cenário e pensar em
políticas públicas que possam reduzir as desigualdades e a criminalidade no país.
Em primeiro lugar, a falta de acesso à educação e ao mercado de trabalho contribui para o
aumento da criminalidade. Segundo o artigo 208 da Constituição Federal, a educação é um
direito de todos e dever do Estado. No entanto, a realidade é que muitas crianças e jovens
não têm acesso à escola ou abandonam os estudos precocemente. Além disso, a falta de
empregos formais e de oportunidades de trabalho leva muitos jovens a buscar alternativas
ilegais para sobreviver. Dessa forma, é importante investir em políticas públicas que
garantam o acesso à educação e a geração de empregos para reduzir as desigualdades
sociais e, consequentemente, a criminalidade.
Por outro lado, a violência policial e a seletividade do sistema penal também são fatores
que contribuem para o perfil dos presos no Brasil. A Declaração Universal dos Direitos
Humanos, em seu artigo 9, assegura o direito à proteção contra prisão arbitrária ou ilegal.
No entanto, a realidade é que muitas vezes a polícia age de forma violenta e
preconceituosa, principalmente contra jovens negros das periferias das grandes cidades.
Além disso, a seletividade do sistema penal faz com que pessoas de baixa renda e com
pouca escolaridade sejam mais suscetíveis a serem presas e condenadas, enquanto
crimes cometidos por pessoas com maior poder econômico e político muitas vezes ficam
impunes. Nesse sentido, é necessário investir em políticas de segurança pública mais
efetivas e em reformas no sistema penal que garantam a igualdade perante a lei.
Portanto, o perfil dos presos no Brasil está diretamente relacionado às desigualdades
sociais e aos problemas estruturais do país. É necessário que o Estado invista em políticas
públicas que garantam o acesso à educação, ao mercado de trabalho e à segurança
pública para todos, independentemente de sua renda ou cor de pele. Somente assim será
possível reduzir as desigualdades e a criminalidade no país e garantir um futuro mais justo
e igualitário para todos.
Criminalidade, vulnerabilidade social e ações para redução das
desigualdades sociais
A criminalidade é um problema que afeta a sociedade brasileira há décadas. Além disso, a
vulnerabilidade social é um fator que contribui para a sua proliferação. Por essa razão, é
necessário que haja ações efetivas para reduzir as desigualdades sociais e,
consequentemente, a criminalidade. Neste sentido, este texto abordará algumas iniciativas
que têm sido implementadas para promover a justiça social e combater a violência.
Em primeiro lugar, é preciso destacar a importância da educação na prevenção da
criminalidade. Segundo o artigo 205 da Constituição Federal, a educação é um direito de
todos e um dever do Estado. Portanto, é fundamental que haja investimento em políticas
públicasque garantam o acesso à educação de qualidade para todas as camadas da
sociedade. Além disso, é importante que haja uma articulação entre a escola, a família e a
comunidade, a fim de promover a formação de cidadãos conscientes e críticos.
Por outro lado, é necessário que haja políticas públicas voltadas para a redução das
desigualdades sociais. O Programa Bolsa Família, por exemplo, é uma iniciativa do
Governo Federal que tem como objetivo garantir o acesso à alimentação e à educação
para famílias em situação de pobreza. Segundo dados do Ministério da Cidadania, em
2020, mais de 14 milhões de famílias foram beneficiadas pelo programa. Além disso, outras
iniciativas como o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec têm contribuído para a promoção
da inclusão social e para o aumento das oportunidades de trabalho e renda.
Em suma, a criminalidade e a vulnerabilidade social são problemas que exigem ações
imediatas por parte do Estado e da sociedade. Investir em educação e em políticas
públicas voltadas para a redução das desigualdades sociais é fundamental para combater
a violência e promover a justiça social. Nesse sentido, é preciso que haja um esforço
conjunto entre governantes e sociedade civil para construir uma sociedade mais justa e
igualitária.

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