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AtualidadesnaEducaoFsica-dasadeaoesporte1edio-2019

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Atualidades na educação física: da saúde ao esporte
Book · January 2019
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Rehabilitation in team sports athletes after previous cruciate ligament reconstruction: an intervention based on dynamic systems theory View project
Eduardo Jorge Lima
Universidade Estácio de Sá
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Geovani Silva
Universidade Federal do Ceará
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1 
 
 
 
Jefferson de Sousa Lima 
Eduardo Jorge Lima 
Geovani Messias da Silva 
(Organizadores) 
 
 
Atualidades na 
educação física: da 
saúde ao esporte 
 
 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
Fortaleza – Ceará 
2019
2 
Copyright 2020. Jefferson de Sousa Lima, Eduardo Jorge Lima, Geovani 
Messias da Silva (Organizadores) 
 
Revisão Ortográfica 
Jefferson de Sousa Lima 
 
Capa 
Jefferso de Sousa Lima 
Geovani Messias da Silva 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte 
Atualidades na Educação física: da saúde ao esporte/ 
 
 Organizadores: Jefferson de Sousa Lima, Eduardo Jorge Lima, Geovani 
Messias da Silva. Fortaleza, 2019. v.1. 
 
 325p.; 14,8cm x 21cm (A5) 
 
 
 
 
 
 ISBN: 978-65-00-06319-6 
 
 1. Educação física, 2. Qualidade de vida, 3. Avaliação física, 4. Fitness, 5. 
Esportes 
 
 
 
https://servicos.cbl.org.br/servicos/meus-livros/visualizar/?id=23025bac-15c9-ea11-a812-000d3ac1884e
4 
 
CONSELHO EDITORIAL 
 
 
 
Dr. Fernando César Rodrigues Brito 
Ms. Eduardo Jorge Lima 
Ms. Jarde de Azevedo Cunha 
Esp. Jefferson de Sousa Lima 
Ms. Raquel Cristina de Sousa Lima Landim 
Esp. David da Ponte Cunha 
Mestrando Geovani Messias da Silva 
 
 
 
 
 
4 
 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO...................................................................................6 
01 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E FÍSICAS EM 
DECORRÊNCIA DA PRÁTICA DE NATAÇÃO EM CRIANÇAS 
COM AUTISMO NA PERCEPÇÃO DOS PAIS E OU RESPONSÁVEIS
 ................................................................................................................ 7 
02 EFEITOS DA PRÁTICA DO EXERCÍCIO REGULAR NO 
COMBATE A ANSIEDADE DIAGNÓSTICADA .............................. 28 
03 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE NÍVEIS DE PRESSÃO 
ARTERIAL PRÉ E PÓS EXERCÍCIO EM IDOSOS HIPERTENSOS 
PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA E TREINAMENTO 
FUNCIONAL ....................................................................................... 41 
04 COMPARAÇÃO ENTRE A MASSA MUSCULAR ESTIMADA 
POR EQUAÇÕES DE REGRESSÃO E O MÉTODO DE CINCO 
COMPONENTES EM IDOSAS ATIVAS ........................................... 64 
05 COMPARAÇÃO DE MÉTODOS ANTROPOMÉTRICOS PARA 
PREDIÇÃO DA MASSA ADIPOSA EM IDOSOS ............................. 79 
06 USO DE MÍDIAS SOCIAIS E APLICATIVOS AFINS COMO 
ESTRATÉGIAS DE CAPTAÇÃO E RETENÇÃO DE ALUNOS E 
MARKETING PROFISSIONAL PARA PERSONAL TRAINNER ...... 95 
07 A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE AQUÁTICO NO ASPECTO 
PSICOLÓGICO E SOCIAL DE CRIANÇAS E JOVENS COM 
DEFICIÊNCIAS COGNITIVAS ........................................................ 109 
08 ANÁLISE COMPARATIVA DO ÍNDICE DE FORÇA REATIVA 
EM ATLETAS FUNDISTAS E VELOCISTAS JUVENIS DE 
ATLETISMO ...................................................................................... 131 
09 ESTUDO COMPARATIVO DO DESEMPENHO MOTOR ENTRE 
CRIANÇAS AUTISTAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE 
EXERCÍCIOS FÍSICOS ..................................................................... 143 
10 CORRELAÇÃO ENTRE PESO CORPORAL E PESO 
LEVANTADO EM PRATICANTES DE CROSSFIT: ASPECTOS DE 
5 
 
 
FORÇA MÁXIMA E RESISTÊNCIA MUSCULAR LOCALIZADA
 ............................................................................................................ 167 
11 PERCEPÇÃO DA DIÁSTASE ABDOMINAL DE MULHERES 
PÓS-PARTO PRATICANTES DE TREINAMENTO RESISTIDO .. 189 
12 ALZHEIMER E EXERCICIOS FÍSICOS: EFEITOS SOBRE O 
EQUILÍBRIO FUNCIONAL, APTIDÃO CARDIORESPIRATÓRIA E 
FREQUÊNCIA CARDÍACA.............................................................. 219 
13 ESTUDO COMPARATIVO DAS CONSEQUÊNCIAS DO 
ENVELHECIMENTO A NIVEL DE FORÇA, MOBILIDADE E 
POSTURA EM IDOSOS ATIVOS E SEDENTARIOS ..................... 238 
14 NÍVEL DE FLEXIBILIDADE DE MEMBROS SUPERIORES E 
INFERIORES EM PRATICANTES NO TREINAMENTO RESISTIDO
 ............................................................................................................256 
15 A PRÁTICA DA CAMINHADA PARA A APTIDÃO FÍSICA E 
QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS ADULTOS A PARTIR DE 
18 ANOS DE IDADE ......................................................................... 277 
16 AVALIAÇÃO DA FORÇA DOS ESTABILIZADORES DA 
COLUNA EM INDIVIDUOS COM HERNIA DE DISCO LOMBAR
 ............................................................................................................ 303 
 
 
6 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
É com muito prazer e satisfação que apresentamos a primeira o 
primeiro volume de nossa coletânea de pesquisas científicas sobre 
essa ciência que tanto amamos. 
Essa coletânea de trabalhos científicos expressa o trabalho árduo de 
alunos e professores e reafirma nosso próposito em divulgar e 
fortalecer a profissão. Fazendo da pesquisa uma atividade 
indissociável do exercício da profissão do profissional de Educação 
Física. 
Essa edição contempla trabalhos relacionados as áreas afins do curso 
de bacharelado, tais como qualidade de vida, mundo fitnes, avaliação 
física e esportes em geral. 
Na área de avaliação física destacamos o artigo Comparação entre a 
massa muscular estimada por equações de regressão e o método de 
cinco componentes em idosas ativas. 
Já na área dos esportes destacamos o artigo Análise comparativa do 
índice de força reativa em atletas fundistas e velocistas juvenis de 
atletismo. 
 
 Boa leitura. 
 
 
Jefferson de Sousa Lima 
Eduardo Jorge Lima 
Geovani Messias da Silva 
(Organizadores) 
 
Fortaleza – Ceará – Brasil 
2019 
7 
 
 
01 ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS E FÍSICAS EM 
DECORRÊNCIA DA PRÁTICA DE NATAÇÃO EM 
CRIANÇAS COM AUTISMO NA PERCEPÇÃO DOS PAIS E 
OU RESPONSÁVEIS 
 
Lucas Limaverde Costa Jucá 
Emiliane Da Silva Carvalho 
Alisson Bruno Silva De Freitas 
Celso De Lima Clemente 
Jefferson de Sousa Lima 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: o autismo é um transtorno que afeta indivíduos causando 
alterações em seu desenvolvimento cognitivo, comportamental e 
físico, podendo ser identificado com um grau de comprometimento 
leve ou mais grave, tendo uma melhor resposta quando diagnosticado 
o quanto antes. Objetivo: esta pesquisa tem como objetivos, analisar 
as alterações comportamentais e físicas em decorrência da prática de 
atividades aquáticas em crianças com autismo. Métodos: trata-se de 
uma pesquisa descritiva, transversal e de natureza quantitativa, 
realizada com 10 pais ou responsáveis de crianças com TEA com 
idade de 20 a 60 anos de ambos os sexos, com o critério de inclusão 
de que seu filho esteja em plena atividade e que esteja há pelo menos 
1 mês com frequência mínima de 2 vezes semanais nas aulas 
aquáticas. Os dados foram coletados via questionário adaptado de 
Pimenta (2012) intitulado de Questionário adaptado de Pimenta 
(2012), onde os avaliados responderam sem interferência do 
avaliador, podendo ser respondida pessoalmente no local da pesquisa 
ou em outro momento. Contendo 30 perguntas fechadas (Apêndice 
A), onde abordam aspectos sócio demográfico, cognitivo, 
comportamental e físico. 100% das perguntas foram de múltipla 
escolha. Resultados: em questão a adaptação à atividade, 80% não 
demoraram a se adaptar, e 20% levaram poucas semanas para se 
adaptar. Na parte social, 100% das crianças tiveram uma boa e ótima 
8 
 
 
melhora. Na relação pais/filhos 90% tiveram uma melhora e somente 
10% não houve melhora. No equilíbrio, 50% tiveram uma boa 
melhora e 50% uma ótima melhora, e na coordenação motora, 50% 
tiveram uma ótima melhora, 40% boa melhora e apenas 10% razoável. 
Conclusões: de acordo com os resultados da pesquisa e corroborando 
com a literatura, foi visto que a atividade no ambiente aquático só tem 
benefícios a oferecer para as pessoas diagnosticadas com autismo, 
melhorando a relação social e comportamental como um todo, tanto 
nas atividades externas, como dentro de casa com os pais, na 
independência e na diminuição da ansiedade. Na parte física, motora 
e cognitiva, também acontece uma melhora no equilíbrio, 
coordenação motora, tensão muscular, postura corporal, entre outros. 
 
Palavras-chave: Autismo; Comportamental; Físico, Atividades 
aquáticas. 
ABSTRACT 
 
Introduction - Autism is a disorder that affects impaired cognitive, 
behavioral and physical development, and can be identified with a 
degree of mild or severe impairment, with a better response when 
diagnosed or in advance. Objective - This research aims to analyze 
the behavioral changes resulting from the practice of water activities 
in children with autism. Methods - This is a descriptive, cross-
sectional and quantitative research, conducted with 10 parents or 
guardians of children with TEA aged 20 to 60 years of both sexes, with 
the inclusion criterion of their child who is in full activity and that is 
less than 1 month with a minimum frequency of 2 times without class 
in water classes. Data were collected via an adapted questionnaire 
from Pimenta (2012) entitled Adapted Questionnaire from Pimenta 
(2012), where respondents answered without interference from the 
evaluator, and could be selected at the research site or at another 
time. Containing 30 closed questions (Appendix A), where we address 
sociodemographic, cognitive, behavioral and physical aspects. 100% 
of the questions were chosen. Results - With regard to activity 
adaptation, 80% were quick to adapt, and 20% took a few weeks to 
9 
 
 
adapt. In the social part, 100% of the children had a good and great 
improvement. In the parent / child ratio 90% had an improvement and 
only 10% there was no improvement. In balance, 50% had a good 
improvement and 50% a great improvement, and in motor 
coordination, 50% had a great improvement, 40% a good 
improvement and only 10% reasonable. Conclusions - According to 
the research results and corroborating with the literature, it was seen 
that activity in the aquatic environment only has benefits to offer to 
people diagnosed with autism, improving the social and behavioral 
relationship as a whole, both in outdoor activities, as at home with 
parents, independence and decreased anxiety. In the physical, motor 
and cognitive part, there is also an improvement in balance, motor 
coordination, muscle tension, body posture, among others. 
Keywords - Autism; Behavioral; Physical, Water Activities. 
 
INTRODUÇÃO 
O autismo é um transtorno que afeta indivíduos causando 
alterações em seu desenvolvimento cognitivo, comportamental e 
físico, podendo ser identificado com um grau de comprometimento 
leve ou mais grave, tendo uma melhor resposta quando diagnosticado 
o quanto antes. Dificuldade de manter a atenção em um assunto 
específico, pouca interação social e comportamentos diferenciados 
são algumas das características dos portadores do Transtorno do 
Espectro Autista (TEA). Por ser uma patologia crônica, existem vários 
meios de tratamento e métodos que auxiliam na melhora do indivíduo 
durante toda a vida, entre eles, o meio aquático possui um grande valor 
na evolução dos portadores do TEA dispondo de vários benefícios. 
Assim, segundo Lô et al. (2009) atividades aquáticas podem 
gerar mudanças nas particularidades encontradas nos autistas, 
10 
 
 
oferecendo vivencias diferenciadas, um ambiente motivador e de 
diversos aspectos emocionais para as crianças. 
Diante das informações apresentadas, é de vital importância 
identificar quais são as alterações comportamentais e físicas em 
crianças autistas a partir da prática de atividades no meio aquoso, 
analisando as respectivas modificações nos indivíduos. 
Segundo Gilberg et al. (1990), o autismo é uma alteração 
atitudinal que tem várias origens e que proporciona diversos males aos 
portadores, causando problemas neurológicos, psíquicos e retardo no 
desenvolvimento cognitivo. 
Baseado na afirmação de Lampreia (2004) e Bajerot (2007), 
os modos diferentes que se apresentam nesta síndrome, demonstram-se inomogêneos e com diversos graus de importância. Dentre os 
portadores de TEA, existem crianças que possuem diferentes 
perturbações, porém, outras apresentam características atípicas para o 
TEA, podendo uma criança ter dificuldade na fala e outra uma 
facilidade, crianças com uma vida social sem dificuldades e outra com 
limitações. 
Segundo Matson et al. (2006) essa diversidade é que busca 
uma grande análise de ferramentas exclusivas para detectar e 
identificar as múltiplas formas que essa síndrome afeta seus 
portadores. 
De acordo com Shah (1986) e Wing (1988) os obstáculos 
para uma comunicação efetiva dos autistas está na forma como são 
usados os meios gestuais, faciais e dialógicos e não por falta dos 
mesmos. Ainda que a comunicabilidade seja prejudicada pela 
11 
 
 
síndrome, afirma-se que esse câmbio social é prejudicado porque 
existe um bloqueio no uso desses sistemas verbais e não-verbais. 
Considerando os problemas da linguagem, dentro das circunstâncias 
sociais há uma falha da compreensão e uso desses meios que 
prejudicam esse grupo de indivíduos. 
Baseado na afirmação de Gillberg et al. (1990), os problemas 
de desenvolvimento infantil que levam a alterações atitudinais e 
cognitivas, que possuem diversas origens e fatores como causas, é 
definido atualmente como autismo. No entanto o autismo deixou de 
ser considerado algo singular, após muitos estudos, passou a ser 
considerado como uma síndrome que possui vários estágios e 
particularidades próprias. 
De acordo com Pitanga (2002), a atividade física se descreve 
como qualquer movimento do corpo causado pelos músculos, 
apresentando um maior gasto de energia do que o estado de repouso 
do corpo, compondo características biopsicossocial, cultural e 
comportamental. 
Como caracterizam Barbaresi et al. (2005) crianças com TEA 
quase sempre tem complicações no seu modo se comportar, às vezes 
com problemas considerados graves, que inserem na falha de manter 
a atenção, tendência de focar mais em partes do que no todo, 
hiperatividade, impulsividade, momentos agressivos, autodestrutivos 
e perturbadores. Em crianças com menor idade, os momentos de raiva 
e escândalos são bem comuns, fazendo com que a criança esperneie, 
chore e tenha atitudes de quase ou nenhuma tolerância a um momento 
de frustração. 
12 
 
 
Como apresentam Lima e Oliveira (2009), o hábito de se 
exercitar apresenta várias mudanças metabólicas e de função no 
organismo, ocasionando efeitos interligados com o surgimento de 
novos mecanismos de coordenação em vários níveis do sistema 
nervoso central. 
Segundo Micacchi et al. (2006), o exercício físico tem sua 
colaboração na promoção e na continuação de uma vida com saúde, 
apresentando uma diminuição no risco de morbidade e mortalidade 
associado a doenças crônicas e demais fatores. Podendo também 
apresentar uma grande importância na autoestima, nos 
comportamentos, na integração com a sociedade e na felicidade, 
assim, sendo apresentada com um mecanismo importante no melhor 
desenvolvimento dos portadores de TEA. A atividade física pode 
desenvolver a auto estimulação e comportamentos adaptativos, 
embora os estudos não se desenrolem a um longo prazo. Sabe-se 
também, que as intervenções com programas de atividade física para 
indivíduos com TEA devem centrar-se na atividade individual. 
Baseado nas afirmações de Young e Furgal (2016), os 
indivíduos identificados com TEA além de mostrarem uma série de 
dificuldades motoras, cognitivas e sociais e padrões repetitivos de 
comportamento, atividades e interesses, apresentam um pequeno 
índice de exercícios físicos se relacionados com os indivíduos sem o 
transtorno. Este ponto mostra uma relação direta com a taxa de 
obesidade dos portadores de TEA (30.4% em crianças com TEA e 
23.6% em crianças normais). 
13 
 
 
Para Bremer, Crozier e Lloyd (2016), o exercício físico 
praticado por qualquer pessoa tende a impactar de maneira positiva na 
parte físico/motora. Também se vê benefícios na prevenção de 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), promovendo de 
maneira relevante alterações nas capacidades metabólicas e 
funcionais. A atividade física para autistas tem seu papel ainda mais 
destacado devido ao fato de diminuir as atitudes agressivas, melhorar 
o condicionamento físico, o desenvolvimento social, físico, motor, 
qualidade do sono e redução da ansiedade e depressão. 
Para Fragala-Pinkham, Haley e O’neil (2008), crianças com 
TEA e outras com variados tipos de deficiência, a atividade aquática 
tende a oferecer uma opção descontraída, de pouca tensão para as 
articulações e saudável para os praticantes. Além de ser um ambiente 
onde há uma troca de experiências entre os alunos que fazem parte da 
atividade, a atividade proporciona um aperfeiçoamento nas funções de 
comunicação e vivência social. 
De acordo com Souza (2004), o conhecimento corporal e 
interação com o meio são possíveis melhorias da prática aquática para 
na criança. A interação com a água, desperta prazer e diversos 
movimentos voluntários, ajudando a criança em seu desenvolvimento. 
Zulietti e Souza (2002) relatam que de acordo com cada 
momento vivido pela criança, algumas capacidades neuromotoras 
facilitam na interação com a água. Já quando nasce, o bebê apresenta 
reflexos e movimentos com interação no meio líquido. De forma 
primordial e tendo sua grande importância, o prazer deve vir em 
14 
 
 
primeiro lugar com a interação com a água, para que o bebê sinta o 
bem-estar que o meio lhe proporciona. 
Como caracterizam Cicon et al. (2013), observando as 
atividades aquáticas criadas para autistas, é possível desenvolver 
momentos de aprendizagem de forma lúdica que tornem a adaptação 
mais fácil, vivenciando em maior número a participação social, o 
ensinamento de gestos técnicos, atividades em conjunto e o 
aprendizado das diferenças, como a aceitação, favorecendo sua vida 
socioafetiva e psicomotora. 
Segundo Lépore (1999), a atividade de natação propicia o 
fortalecimento e resistência muscular localizada, manutenção ou 
aumento da amplitude do movimento articular, alívio da dor muscular 
e articular, diminuição de espasmos e relaxamento muscular, 
equilíbrio estático e dinâmico, orientação espaço-temporal, 
relaxamento dos órgãos de sustentação e elasticidade da pele. 
Segundo a interpretação de Micacchi et al. (2006) a atividade 
física tem um grande valor nos indivíduos com TEA, apresentando em 
todos os estudos uma melhoria na saúde em geral, e também na auto 
estimulação e do comportamento. 
Baseado nas informações de Yilmaz et al. (2004), pesquisas 
apontam que o êxito em práticas no meio líquido com dez semanas de 
atividade ou em maiores períodos, em pessoas autistas, apresentam 
uma melhoria nas capacidades cardiorrespiratórias e físicas, obtendo 
ainda uma diminuição de movimentos característicos do TEA. 
Santos et al. (2013), com o objetivo de estudar as 
demonstrações emocionais e identificar os benefícios psicossociais 
15 
 
 
em seis crianças autistas praticantes de atividade aquática, acharam 
alguns resultados. Os principais pontos mostraram que as atividades 
favorecem um melhor entusiasmo, alegria, calma e uma melhoria na 
relação com o facilitador. Um fator que chamou a atenção foi que as 
aulas que aconteciam e grupo, passaram a ser individuais devido a 
presença de outros colegas. Em conclusão, essa atividade tem um 
grande valor, pois essas práticas lúdicas ajudam na participação entre 
a atividade aquática e o desenvolvimento biopsicomotor. 
 Esta pesquisa tem como objetivos, analisar as alterações 
comportamentais e físicas em decorrência da prática de atividades 
aquáticas em crianças com autismo. 
 
2 METODOLOGIA 
Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal e de natureza 
quantitativa, realizada no mês de setembro de 2019, na Academia 100 
Livre e Green Life Academia em Fortaleza-CE,realizada com 10 pais 
ou responsáveis de crianças com TEA com idade de 20 a 60 anos de 
ambos os sexos, com o critério de inclusão de que seu filho esteja em 
plena atividade e que esteja há pelo menos 1 mês com frequência 
mínima de 2 vezes semanais nas aulas de natação e que aceitaram 
participar da pesquisa autorizando e assinando o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). 
Para este estudo foi utilizado como instrumento de coleta 
uma pesquisa de campo através de um questionário adaptado de 
Pimenta (2012) intitulado de Questionário adaptado de Pimenta 
(2012), onde os avaliados responderam sem interferência do 
16 
 
 
avaliador, podendo ser respondida pessoalmente no local da pesquisa 
ou em outro momento. Contendo 30 perguntas fechadas (Apêndice 
A), onde abordam aspectos sócio demográfico, cognitivo, 
comportamental e físico. 100% das perguntas foram de múltipla 
escolha. 
Para a análise dos resultados foi utilizado o SPSS Estatística, 
sendo realizada a estatística descritiva e representação gráfica através 
de frequência simples (valor numérico), relativas (percentual) médias 
e desvio padrão. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Entre os 10 responsáveis entrevistados, 80% são 
casados, 20% solteiros, sendo 25% com dois ou mais filhos e 8% com 
um filho. As idades de seus filhos autistas variaram de 2 a 13 anos, 
com frequência semanal de duas vezes na semana e duração de 45 
minutos de aula. Vale ressaltar que grande parte das crianças são 
masculinas, e de acordo com Mello (2016) a incidência é de quatro 
vezes mais em crianças do sexo masculino do que em crianças do sexo 
feminino. 
 
Tabela 1 – Constituição familiar 
Variável 
Frequênc
ia 
absoluta 
Frequê
ncia 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
1 - Como se constitui 
sua família? 
 
Casado 8 80% - - 
Solteiro 2 20% - - 
Um filho 1 8% - - 
17 
 
 
Dois filhos ou mais 3 25% - - 
Fonte: próprio autor 
 
No ato da pesquisa, o tempo de prática das crianças 
analisadas na atividade aquática foi de 70% três meses ou mais, 20% 
um mês e 10% dois meses. Baseado nas informações de Yilmaz et al. 
(2004), pesquisas apontam que o êxito em práticas no meio líquido 
com dez semanas de atividade ou em maiores períodos, em pessoas 
autistas, apresentam uma melhoria nas capacidades 
cardiorrespiratórias e físicas, obtendo ainda uma diminuição de 
movimentos característicos do TEA. 
 
Tabela 2 – Tempo de participação na atividade aquática 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequênc
ia relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
7 - A quanto tempo 
seu filho(a) participa 
dessa atividade 
aquática? 
 
Um mês 2 20% - - 
Dois meses 1 10% - - 
Três meses ou mais 7 70% - - 
Fonte: próprio autor 
 
Em questão a adaptação à atividade, 80% não demoraram a 
se adaptar, e 20% levaram poucas semanas para se adaptar, porém, 
80% das crianças executavam as atividades demonstradas pelo 
professor com dificuldades e somente 20% fazia todas as atividades 
apresentadas. Como apresentam Lima e Oliveira (2009) o hábito de se 
exercitar apresenta várias mudanças metabólicas e de função no 
organismo, ocasionando efeitos interligados com o surgimento de 
18 
 
 
novos mecanismos de coordenação em vários níveis do sistema 
nervoso central. 
 
Tabela 3 – Adaptação à atividade. 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
8 - Seu filho(a) 
demorou a se 
adaptar a essa nova 
atividade? 
 
Sim 0 0% - - 
Não 8 80% - - 
Poucas semanas 2 20% - - 
Ainda não se 
adaptou 
0 0% - - 
9 - Seu filho(a) 
executa as atividades 
demonstradas pelo 
professor(a)? 
 
Sim 2 20% - - 
Não 0 0% - - 
Sim, mas com 
dificuldades 
8 80% - - 
Fonte: próprio autor 
 
 As experiências no meio aquático devem preconizar atividades 
lúdicas e de alto envolvimento das crianças, e não, somente, exercícios 
repetitivos e de fundamentos. A respeito dos nados de crawl e costas, 
70% não executaram, 20% executaram os dois nados e 10% somente 
o crawl. Já ao afundar a cabeça em deslocamento 77% afundam a 
cabeça em deslocamento, 8% afunda com pouca limitação, 8% com 
muita limitação e 8% não afundam. O desenvolvimento das crianças 
envolvem muito mais do que realizar movimentos técnicos, e se 
19 
 
 
destacam pelo envolvimento com um todo no meio aquático. Segundo 
Velasco (1994) a evolução da criança no meio aquático deve ser 
desenvolvida através de atividades lúdicas, que favoreçam noções 
perceptivo-corporais, utilizando diferentes segmentos do corpo, e 
assim, trazendo uma maior conscientização do corpo e de si. 
 
Tabela 4 – Execução dos nados de crawl e costas 
Fonte: próprio autor 
 
 Em relação a movimentos alternados e simultâneos como 
braçadas e pernadas, 40% fazem os movimentos com pouca limitação, 
30% com muita limitação, 20% não fazem, e somente 10% executam 
os movimentos simultâneos. 
 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
14 - Seu filho(a) 
afunda a cabeça 
em deslocamento? 
 
Sim 10 77% - - 
Sim, com pouca 
limitação 
1 8% - - 
Sim, com muita 
limitação 
1 8% - - 
Não 1 8% - - 
15 - Seu filho(a) 
executa os nados 
crawl e costas? 
 
Sim, os dois 2 20% - - 
Somente crawl 1 10% - - 
Somente costas 0 0% - - 
Não 7 70% - - 
20 
 
 
Tabela 5 – Execução de movimentos alternados e simultâneos 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
16 - Seu filho(a) 
consegue executar 
movimentos 
alternados e 
simultâneos como: 
braçadas e 
pernadas? 
 
Sim 1 10% - - 
Sim, com pouca 
limitação 
4 40% - - 
Sim, com muita 
limitação 
3 30% - - 
Não 2 20% - - 
Fonte: próprio autor 
 
A respeito das melhoras na autoconfiança, 70% tiveram uma 
ótima melhora e 30% uma boa melhora, e na independência, 50% 
tiveram uma boa melhora e os outros 50% uma ótima melhora. Ao 
chegar à piscina, 100% entram e saem sozinhas pela escada e 
mergulham deixando o corpo todo submerso com o auxílio do 
professor. Pereira e Almeida (2017) também confirmam a autonomia 
da criança como um benefício da prática de natação. 
 
Tabela 6 – Melhora na autoconfiança e independência 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
11 - Seu 
filho(a) entra 
sozinho pela 
escada da 
piscina? 
 
Sim 10 100% - - 
Sim, com pouca 
limitação 
0 0% - - 
21 
 
 
Sim, com muita 
limitação 
0 0% - - 
Não 0 0% - - 
12 - Seu 
filho(a) sai 
sozinho pela 
escada da 
piscina? 
 
Sim 10 100% - - 
Sim, com pouca 
limitação 
0 0% - - 
Sim, com muita 
limitação 
0 0% - - 
Não 0 0% - - 
19 - Houve 
notou uma 
melhora na 
autoconfiança 
do seu filho(a)? 
 
Insuficiente 0 0% - - 
Razoável 0 0% - - 
Bom 3 30% - - 
Ótimo 7 70% - - 
27 - A criança 
passou a ser 
mais 
independente 
com a prática 
da atividade 
aquática? 
 
Insuficiente 0 0% - - 
Razoável 0 0% - - 
Bom 5 50% - - 
Ótimo 5 50% - - 
Fonte: próprio autor 
 
No equilíbrio, 50% tiveram uma boa melhora e 50% uma 
ótima melhora, e na coordenação motora, 50% tiveram uma ótima 
22 
 
 
melhora, 40% boa melhora e apenas 10% razoável. Concordando com 
Teixeira-Arroyo e Oliveira (2007), vivências novas e variadas são 
pertinentes no ambiente aquático e beneficiam a percepção sensorial 
e motricidade, ajudando no desenvolvimento das capacidades 
psicomotoras, como coordenação, equilíbrio, esquema corporal, 
lateralidade e orientação espacial e temporal. 
 
Tabela 7 – Melhora no equilíbrio e coordenação 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
13 - Seu filho(a) 
mergulha deixando o 
corpo todo submerso 
com auxílio do 
professor(a)? 
 
Sim 10 100% - - 
Sim, com pouca 
limitação 
0 0% - - 
Sim, com muita 
limitação 
0 0% - - 
Não 0 0% - - 
23 - Você notou uma 
melhora na 
capacidade de 
equilíbriodo seu 
filho(a)? 
 
Insuficiente 0 0% - - 
Razoável 0 0% - - 
Bom 5 50% - - 
Ótimo 5 50% - - 
20 - Houve melhora 
na coordenação 
motora do seu 
filho(a)? 
 
Insuficiente 0 0% - - 
23 
 
 
Razoável 1 10% - - 
Bom 4 40% - - 
Ótimo 5 50% - - 
Fonte: próprio autor 
 
Na evolução da comunicação verbal, 50% teve um ótimo 
resultado, 40% um bom resultado e apenas 10% razoável. Segundo 
Best e Jones (2010) atividades terapêuticas e de natação, estão ligadas 
ao melhor desenvolvimento da linguagem, conceito próprio e 
adaptações. 
 
Tabela 8 – Melhora na comunicação verbal 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
21 - Você notou 
evolução no seu 
filho(a) na 
comunicação verbal? 
 
Insuficiente 0 0% - - 
Razoável 1 10% - - 
Bom 4 40% - - 
Ótimo 5 50% - - 
Fonte: próprio autor 
 
Na parte social, 60% das crianças tiveram uma boa melhora 
e 40% tiveram uma ótima melhora. Pereira e Almeida (2017) afirmam 
que a natação, assim como outras atividades no meio aquático, é 
capazes de aumentar a socialização e interação do indivíduo com 
autismo. Na relação pais/filhos 90% tiveram uma melhora e somente 
10% não houve melhora. No desempenho escolar, 50% tiveram um 
24 
 
 
bom resultado, 30% ótimo resultado, 10% razoável e 10% 
insuficiente. 
 
Tabela 9 – Melhora social 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
26 - O que melhorou 
na relação pais/filho 
com a prática da 
atividade aquática? 
 
Melhor interação com 
os pais 
9 90% - - 
Não houve melhora 1 10% - - 
28 - Houve uma 
melhora no 
desempenho escolar 
do seu filho(a)? 
 
Insuficiente 1 10% - - 
Razoável 1 10% - - 
Bom 5 50% - - 
Ótimo 3 30% - - 
30 -Houve uma 
melhora na parte 
social do seu filho(a)? 
 
Insuficiente 0 0% - - 
Razoável 0 0% - - 
Bom 6 60% - - 
Ótimo 4 40% - - 
Fonte: próprio autor 
 
4 CONCLUSÃO 
De acordo com os resultados da pesquisa e corroborando com 
a literatura, foi visto que a atividade no ambiente aquático e a natação 
só tem benefícios a oferecer para as pessoas diagnosticadas com 
25 
 
 
autismo, melhorando a relação social e comportamental como um 
todo, tanto nas atividades externas como dentro de casa com os pais, 
na independência e também na diminuição da ansiedade. 
Na parte física, motora e cognitiva, também acontece uma 
melhora no equilíbrio, coordenação motora, tensão muscular, postura 
corporal, entre outros. 
Diante disso, recomenda-se que pais com filhos 
diagnosticados com autismo levem seus filhos a uma atividade física 
aquática para que esse indivíduo possa se desenvolver e usufruir da 
imensa gama de benefícios que a atividade pode trazer. 
 
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ncao_de_Atividade_Fisica_em_Individuos_com_Transtorno_d
o_Espectro_do_Autismo/links/55faf10608aec948c4afa6ff/Aval
iacao-dos-Efeitos-de-Programas-de-Intervencao-de-Atividade-
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https://www.researchgate.net/profile/Andre_Seabra/publication/281844866_Avaliacao_dos_Efeitos_de_Programas_de_Intervencao_de_Atividade_Fisica_em_Individuos_com_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo/links/55faf10608aec948c4afa6ff/Avaliacao-dos-Efeitos-de-Programas-de-Intervencao-de-Atividade-Fisica-em-Individuos-com-Transtorno-do-Espectro-do-Autismo.pdf
https://www.researchgate.net/profile/Andre_Seabra/publication/281844866_Avaliacao_dos_Efeitos_de_Programas_de_Intervencao_de_Atividade_Fisica_em_Individuos_com_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo/links/55faf10608aec948c4afa6ff/Avaliacao-dos-Efeitos-de-Programas-de-Intervencao-de-Atividade-Fisica-em-Individuos-com-Transtorno-do-Espectro-do-Autismo.pdf
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https://www.researchgate.net/profile/Andre_Seabra/publication/281844866_Avaliacao_dos_Efeitos_de_Programas_de_Intervencao_de_Atividade_Fisica_em_Individuos_com_Transtorno_do_Espectro_do_Autismo/links/55faf10608aec948c4afa6ff/Avaliacao-dos-Efeitos-de-Programas-de-Intervencao-de-Atividade-Fisica-em-Individuos-com-Transtorno-do-Espectro-do-Autismo.pdf
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http://www.scielo.br/pdf/ptp/v27n1/a02v27n1
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http://www.scielo.br/pdf/pcp/v29n1/v29n1a10
28 
 
 
02 EFEITOS DA PRÁTICA DO EXERCÍCIO REGULAR NO 
COMBATE A ANSIEDADE DIAGNÓSTICADA 
 
Lucas Wilmar De Freitas 
Lucas Alves De Araujo 
João Paulo Bayma Veloso 
Jefferson de Sousa Lima 
 
 
RESUMO 
 
Introdução - A ansiedade é um tipo de emoção do ser humano que, 
em casos extremos, pode provocar doenças como depressão e 
distúrbios psicológicos em qualquer faixa etária, por conta do medo, 
apreensão, tensão, dúvida ou expectativa, interferindo assim na 
qualidade de vida. E assim, uma das soluções mais praticas é o uso de 
remédios ansiolíticos. Objetivo - Analisar as respostas benéficas da 
prática do exercício regular no combate a ansiedade diagnosticada. 
Métodos - A população deste estudo compreende os pacientes 
diagnosticados com ansiedade que fazem uso de medicamento 
ansiolítico. A amostra foi composta por 20 indivíduos, com idades a 
partir de 18 anos. Através aplicação de um questionário, no formato 
google docs, enviado por meio eletrônico, sendo e-mail ou aplicativo 
de mensagem instantânea (what’s app). No primeiro momento 
tentaremos identificar a amostra nos ambientes de investigação, em 
seguida colheremos o e-mail e ou what’s app para após enviar o 
questionário. Resultados: Entre os 92 indivíduos entrevistados a 
pesquisa evidenciou que 96% dos participantes teve melhora nas 
crises de ansiedade e 73% conseguiu diminuir significativamente a 
dose dos medicamentos Conclusões O presente estudo constatou que 
a atividade física foi relatada como um importante fator no controle 
da ansiedade principalmente no que se refere a fatores físicos e 
psicológicos. 
 
Palavras-chave – Atividade física, ansiedade e ansiolíticos. 
 
 
29 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction - Anxiety is a type of emotion of the human being that, 
in extreme cases, can cause diseases such as depression and 
psychological disorders in any age group, due to fear, apprehension, 
tension, doubt or expectation, thus interfering in quality of life. And 
so, one of the most practical solutions is the use of anxiolytic remedies. 
Objective - To analyze the beneficial responses of regular exercise 
practice in combating diagnosed anxiety. Methods - The population 
of this study comprises patients diagnosed with anxiety using 
anxiolytic medication. The sample will consist of 20 individuals, aged 
18 years. Data collection will be performed through a field research, 
which according to Gil (2002), is basically developed through direct 
observation of the activities of the studied group. The instrument used 
to perform the collection will be the application of a questionnaire, in 
google docs format, sent electronically, being email or instant 
messaging application (what's app). At first we will try to identify the 
sample in the research environments, then we will collect the email 
and or what's app for after submitting the questionnaire. Results: 
Among the 92 individuals interviewed, the survey showed that 96% of 
the participants had improvement in anxiety crises and 73% was able 
to significantly decrease the dose of medications. Conclusions: The 
present study found that physical activity was reported as an 
important factor in the control of anxiety mainly with regard to 
physical and psychological factors. 
 
Keywords- Physical activity, anxiety and anxiolytics. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Baseado nas afirmações de Leles (2017), a ansiedade pode 
ser caracterizada como um sentimento de apreensão ou preocupação 
com acontecimentos futuros ou uma reação a situações tensas ou 
perigosas. 
Segundo Organização Mundial da Saúde (OMS) (2018), em 
2018, 9,3% dos brasileiros apresentaram os sintomas de ansiedade. O 
30 
 
 
Brasil é o líder mundial na patologia, apresentado números três vezes 
maiores que a média mundial. Na América do Sul, por exemplo, os 
índices do Brasil superam países como Paraguai (7,6%), Chile (6,5%) 
e Uruguai (6,4%). 
Essas estatísticas referentes a ansiedade mostram o quão vem 
sendo alarmante e preocupante em nível mundial. E não só isso, ela 
também está relacionada a alimentação, na qual algumas pessoas em 
crises extremas, compensam a crise de ansiedade na alimentação, 
podendo ocasionar em vícios alimentícios, e no futuro poderá 
desenvolver obesidade, doenças crônicas associadas ao excesso de 
gordura corporal (acúmulo de tecido adiposo localizado ou 
generalizado), com etiologia complexa e multifatorial, resultando da 
interação de estilo de vida, genes e fatores emocionais (MANCINI, 
2015). 
Segundo OMS (2018), a depressão é um dos problemas de 
saúde mental mais comuns no mundo e acompanha a humanidade 
por toda a sua história. Considerada pela OMS como o mal do 
Século, e um dos fatores de risco é a ansiedade crônica. 
Os medicamentos psicotrópicos são substâncias que atuam 
no Sistema Nervoso Central (SNC), podendo desencadear alterações 
e dependência (CARVALHO et al., 2016). Os ansiolíticos são 
medicamentos cujos componentes químicos atuam no controle da 
ansiedade com efeitos que incidem sobre as emoções, o humore o 
comportamento (FIGUEREDO, 2012). 
A utilização de ansiolíticos pela população muitas vezes 
ocorre de maneira abusiva (NOTO et al., 2002). Este fato pode ocorrer 
31 
 
 
devido a fatores como: erros em prescrições médicas, automedicação, 
dependência química e aumento das enfermidades relacionadas à 
psiquiatria (GRASSI e CASTRO, 2012). Entretanto, os efeitos dessas 
substâncias, decorrentes do seu uso crônico, por meses ou anos, 
podem resultar na dependência química do usuário (GRUBER e 
MAZON, 2014), sendo que a abstinência prejudica severamente a sua 
vida social, devido à irritabilidade, à insônia excessiva, à sudoração, à 
dor no corpo a até mesmo às convulsões (CARLINI et al., 2001). 
Auchewski et al. (2004) afirma que os benzodiazepínicos 
estão entre as drogas mais prescritas no mundo, sendo utilizados 
principalmente como ansiolíticos e hipnóticos, mas também possuem 
ação miorrelaxante e anticonvulsivante. Estima-se também que o 
consumo dessa classe de medicamentos dobra a cada cinco anos, 
provavelmente pelo fato da humanidade não saber tolerar mais o 
estresse, pelo surgimento de novas drogas e também pela prescrição 
inadequada por parte dos médicos. 
 Segundo Fox (1999) a prática de exercícios físicos é 
considerada uma ferramenta fundamental para a boa qualidade de 
vida, diminuindo o risco do desenvolvimento de doenças 
crônicodegenerativas, cardiovasculares, câncer, diabetes, hipertensão 
arterial e obesidade. Também, está associada à melhora do bem-estar 
e da saúde mental (SHEPHARD, 2001). Os benefícios da atividade 
física são evidenciados através da redução dos sintomas de ansiedade, 
da elevação da autoconfiança, favorecendo e motivando as mudanças 
dos hábitos de vida em indivíduos com sintomas depressivos e 
32 
 
 
depressão diagnosticada (BLUMENTHAL et al., 1999; DALEY et 
al., 2008). 
A participar de um programa de exercício regular, além de 
não representar um estigma, tem um custo relativamente baixo. Além 
disso, pode ser seguramente prescrito e controlado na maior parte dos 
casos. Diversos estudos sugerem que o exercício físico regular pode 
estar associado à menor ocorrência de sintomas de depressão e 
ansiedade em indivíduos ativos e que tem efeito positivo sobre o 
humor, possibilitando melhor controle do estresse segundo Landers 
(1999), Dimeo et al. (2001), Fufukawa et al. (2004) e Martin et al. 
(2009) 
 Como se sabe, a atividade física em toda sua amplitude 
apresenta efeitos benéficos em relação à saúde, além de retardar o 
envelhecimento e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas 
degenerativas, as quais são derivadas do sedentarismo, sendo um dos 
maiores problemas e gasto com a saúde pública nas sociedades 
modernas nos últimos anos. Tudo isso tem sido causado 
principalmente pela inatividade física e consequentemente 
influenciada pelas inovações tecnológicas e más hábitos alimentares 
(GUEDES, 2012). 
Essa pesquisa tem como objetivo analisar as respostas 
benéficas da prática do exercício regular no combate a ansiedade 
diagnosticada, elucidar a definição e causas da ansiedade, referenciar 
cientificamente o quão importante é o exercício regular no combate a 
ansiedade e identificar mudanças de comportamento e qualidade de 
33 
 
 
vida através da prática de atividade regular em indivíduos que sofrem 
de ansiedade. 
2 METODOLOGIA 
Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo descritivo que 
de acordo com Gil (2008), possui o objetivo primordial de relatar a 
descrição das características de certa população ou fenômeno. E 
quanto ao tempo da execução configura-se como uma pesquisa do tipo 
transversal, pois consiste em um único momento da pesquisa na coleta 
de dados, tendo baixo custo e de muita facilidade na realização. 
(SITTA et al. 2010). É de natureza quantitativa, pois de acordo com 
Prodanov & Freitas (2013), tudo pode ser quantificável, traduzindo 
em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, 
requerendo o uso de recurso e de técnicas estatísticas como 
percentagem, média e desvio-padrão. 
A pesquisa foi desenvolvida em clubes, academias e 
projetos do estado do Ceará que ofereça prática de atividades físicas 
na cidade de Fortaleza, no período de setembro e outubro de 2019. 
A população deste estudo compreendeu os pacientes 
diagnosticados com ansiedade que fazem uso de medicamento 
ansiolítico. A amostra foi composta por 92 indivíduos, com idades a 
partir de 18 anos. 
Todos os sujeitos da pesquisa deviam estar ativos, ou seja, 
praticantes de atividade física regular e deveriam possuir, no mínimo, 
três meses de prática regular antecedente ao período da pesquisa e 
frequência mínima de três vezes na semana. Além disso, 
diagnosticados com ansiedade, com uso regular de medicamentos 
34 
 
 
ansiolíticos e aceitaram participar da pesquisa assinando o Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido - T.C.L.E. (Anexo A). 
 A coleta de dados foi realizada através de uma pesquisa de 
campo, que segundo Gil (2002), é basicamente desenvolvido por meio 
da observação direta das atividades do grupo estudado. O instrumento 
utilizado para a realização da coleta foi a aplicação de um 
questionário, no formato google docs, que foi enviado por meio 
eletrônico, sendo e-mail ou aplicativo de mensagem instantânea 
(what’s app). No primeiro momento tentamos identificar a amostra 
nos ambientes de investigação, em seguida colhemos o e-mail e ou 
what’s app e enviamos o questionário. Essa metodologia de coleta será 
adotada no sentido de preservar a identidade da amostra bem como 
evitar constrangimentos. 
Aos entrevistados foi apresentado o T.C.L.E., de acordo com 
a resolução vigente, informando sobre o objetivo do estudo, a 
preservação dos aspectos éticos, a garantia da confidencialidade das 
informações e anonimato, evitando riscos morais. Os pesquisados 
estavam cientes de que a qualquer momento poderiam interromper a 
pesquisa. Aqueles que aceitaram participar da pesquisa assinaram o 
referido T.C.L.E. 
Os dados foram tabulados por meio de distribuição de 
frequências simples (valor numérico), relativas (percentual) e médias, 
através do programa microsoft excel for windows 2016, onde foi 
realizado o tratamento estatístico descritivo e representados 
graficamente, foi utilizado Excel para a distribuição de frequência 
absoluta e relativa e Prism GraphPad 7.0 para analises estatísticas. Em 
35 
 
 
seguida foi feita a discussão dos resultados da pesquisa com base na 
análise e interpretação dos dados. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Entre os 92 indivíduos entrevistados com idade a partir de 18 
anos com média de idade de 28,5 ±9,79 anos, com prática de atividade 
física de 3 a 5 vezes por semana. (Tabela 1). 
Na pesquisa detectou-se que 42% dos entrevistados foram 
diagnosticados com ansiedade há mais de 2 anos. (Tabela 1). 
 
Tabela 1 – Tabela de características da ansiedade. 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
Idade - - 28,5 ±9,79 
Há quanto tempo foi 
diagnosticado com 
ansiedade? 
 
De 1 mês a 6 meses 18 20% - - 
De 6 meses a 1 ano 10 11% - - 
De 1 ano a 2 anos 25 27% - - 
Mais de 2 anos 39 42% - - 
Fonte: o próprio autor (2019). 
 
Noto (2002), afirma que a utilização de ansiolíticos pela 
população muitas vezes ocorre de maneira abusiva. Pode-se verificar 
que, 22% dos participantes fazem uso do medicamento Clonazepam: 
rivotril e 52% fazem o uso de outros medicamentos não citados na 
pesquisa. 30% dos entrevistados faz uso de medicamentos de 25mg 
dose, 13% dos entrevistados fazem uso de outros medicamentos para 
36 
 
 
transtorno atrelado a ansiedade e 38% tem a sonolência como maior 
colateral dos medicamentos. (Tabela 2). 
 
Tabela 2 – Valores de medicamento utilizado. 
Variável Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média Desvio 
padrão 
Qual ansiolítico você 
faz uso?Clonazepam: rivotril; 20 22% - - 
Fluoxetina: prozac 14 15% - - 
Alprazolam: frontal, 
apraz; 
5 5% - - 
Diazepam: valium; 5 5% - - 
Outros 48 52% - - 
Quantas miligramas 
tem o medicamento 
que você utiliza? 
 
25mg 28 30% - - 
50mg 22 24% - - 
75mg 9 10% - - 
100mg 3 3% - - 
Outros 30 33% - - 
Faz uso de outros 
remédios atrelados 
ao tratamento de 
ansiedade? 
 
Transtorno 12 13% - - 
Stress 9 10% - - 
Depressão nervosa 11 12% - - 
Dependência química 3 3% - - 
Nenhum 41 45% - - 
Outros 16 17% - - 
37 
 
 
Existe efeitos 
colaterais dos 
ansiolíticos? 
 
Sonolência 35 38% - - 
Tonturas 6 7% - - 
Dores de cabeça 11 12% - - 
Enjoo 5 5% - - 
Outros 35 38% - - 
Fonte: o próprio autor (2019) 
 
Blumenthal (1999) e Daley (2008), afirmam que, os 
benefícios da atividade física são evidenciados através da redução dos 
sintomas de ansiedade, da elevação da autoconfiança, favorecendo e 
motivando as mudanças dos hábitos de vida em indivíduos com 
sintomas depressivos e depressão diagnosticada. A pesquisa 
evidenciou que 96% dos participantes teve melhora nas crises de 
ansiedade e 73% conseguiu diminuir significativamente a dose dos 
medicamentos. (Tabela 3) 
 
Tabela 3 – Valores de benefícios após o início da atividade física. 
Variável Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média Desvio 
padrão 
Ouve melhora nas 
crises de ansiedade 
com a prática de 
atividade física? 
 
Sim 88 96% - - 
Não 4 4% - - 
Você conseguiu 
diminuir a ingestão do 
medicamento 
ansiolítico após início 
da atividade física? 
 
38 
 
 
Sim 67 73% - - 
Não 25 27% - - 
Fonte: o próprio autor (2019) 
 
Diversos estudos sugerem que o exercício físico regular pode 
estar associado a menor ocorrência de sintomas de depressão e 
ansiedade em indivíduos ativos e que tem efeito positivo sobre o 
humor, possibilitando melhor controle do estresse. A pesquisa 
evidenciou que 97% dos entrevistados aumentou sua capacidade de 
lidar com o stress do dia a dia após o início da pratica de atividade 
física regular, 92% relatou que houve melhoria no sono, 89% relatou 
que houve melhora na concentração, 95% relatou que se sente mais 
disposta no dia a dia e 93% relatou que relaxar mais ou sentir menos 
preocupações após a pratica de atividade física regular. (Tabela 4) 
 
Tabela 4 – valores de melhoria na qualidade de vida. 
Variável 
Frequência 
absoluta 
Frequência 
relativa 
Média 
Desvio 
padrão 
A atividade física 
aumentou sua 
capacidade de lidar 
com o stress? 
 
Sim 89 97% - - 
Não 3 3% - - 
Você percebeu 
melhoria no seu sono 
após iniciar 
atividades físicas? 
 
Sim 85 92% - - 
Não 7 8% - - 
Houve melhoras na 
sua concentração 
após iniciar nas 
atividades físicas? 
 
39 
 
 
Sim 82 89% - - 
Não 10 11% - - 
Você se sente mais 
disposto no dia a dia 
com o exercício 
físico? 
 
Sim 87 95% - - 
Não 5 5% - - 
Você conseguiu 
relaxar ou sentir 
menos preocupação 
depois que começou 
a praticar atividade 
física? 
 
Sim 86 93% - - 
Não 6 7% - - 
Fonte: o próprio autor (2019) 
 
4 CONCLUSÃO 
O presente estudo constatou que a atividade física foi relatada 
como um importante fator no controle da ansiedade principalmente no 
que se refere a fatores físicos e psicológicos. O efeito foi grande sobre 
a diminuição de medicamentos, apesar de ser menor que os dois 
citados anteriormente. Recomenda-se a área da saúde adotar a 
atividade física como um dos principais meios de tratamento a 
ansiedade. 
 
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40 
 
 
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Disponível em: <https://site.medicina.ufmg.br/inicial/ansiedade-
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10. MANCINI, L. de. Tratado de obesidade segunda edição, Rio 
de Janeiro, 2015. 
11. Ministério da saúde - Depressão: causas, sintomas, 
tratamentos, diagnóstico e prevenção. Disponivel em:< 
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-
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12. NOTO, A.R., et al. Análise da prescrição e dispensação de 
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São Paulo. Rev Bras Psiquiatr, v. 24, n. 2, p. 68-73, 2002. 
13. SHEPHARD, R. J. Absolute versus relative intensity of physical 
activity in a dose-response context. Medicine and Science in 
Sport and Exercise. 2001;33(6)400-418 
 
 
https://site.medicina.ufmg.br/inicial/ansiedade-e-depressao-os-males-do-seculo/
https://site.medicina.ufmg.br/inicial/ansiedade-e-depressao-os-males-do-seculo/
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/depressao
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental/depressao
41 
 
 
03 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE NÍVEIS DE PRESSÃO 
ARTERIAL PRÉ E PÓS EXERCÍCIO EM IDOSOS 
HIPERTENSOS PRATICANTES DE HIDROGINÁSTICA E 
TREINAMENTO FUNCIONAL 
 
Luiz Edvandro Freitas De Souza 
Paulo Victor Nobre Pessoa 
Rafael Da Silva Nascimento 
Renata Da Silva Araujo 
Jefferson de Sousa Lima 
 
 
RESUMO 
 
Introdução - A hipertensão arterial (HAS) afeta grande parte da 
população idosa. Diante desse contexto, a faixa etária da terceira idade 
com quadro de hipertensão, buscam constantemente a prática de 
exercícios físicos para a melhoria da qualidade de vida. Objetivo - 
Analisar e acompanhar os níveis de pressão arterial pré e pós exercício 
em idosos hipertensos praticantes de hidroginástica e treinamento 
funcional, identificando as diferenças entre as duas modalidades. 
Métodos - Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e transversal 
realizado com 54 idosos hipertensos praticantes de hidroginástica e 
treinamento funcional com idades a partir de 60 anos no clube do vôlei 
e instituto sênior do Centro Universitário Estácio do Ceará, 
localizados na cidade de Fortaleza-CE. Os dados foram coletados via 
questionário impresso, contendo 20 perguntas de aspectos sócio 
demográficos. Resultados - Em relação aos aspectos sócio 
demográficos a pesquisa apontou que 50% dos entrevistados possuem 
ensino médio completo e 22% possuem apenas o ensino fundamental. 
Quanto às profissões, 91% são aposentados ou pensionistas. Sobre a 
preferência por atividade física, 52% optaram em praticar 
hidroginástica, 30% escolheram treinamento funcional e 18% 
realizam ambas modalidades. No que diz respeito aos níveis de 
pressão arterial pré e pós exercício, a pesquisa apontou que as pessoas 
que praticam hidroginástica sofrem em média uma alteração de (p= 
0,5975), já as pessoasque fazem treinamento funcional sofrem uma 
42 
 
 
maior elevação da pressão diastólica com uma média de (p= 0,8137). 
Ao comparar os dois métodos de treinamento, a pressão diastólica e 
sistólica sofre alterações em ambas as modalidades, porém, o 
treinamento funcional tem uma maior elevação pois as atividades 
praticadas em meio aquático têm menor impacto nas articulações. 
Conclusões - Conclui – se que 70% dos indivíduos idosos hipertensos 
optaram pela pratica de hidroginástica. Ao comparar a hidroginástica 
e o treinamento funcional sabemos que as duas modalidades são 
distintas, no entanto, ambas trazem melhorias para o cotidiano desses 
idosos. De acordo com a amostra e os resultados obtidos, pode – se 
afirmar que a hidroginástica se sobressai do treinamento funcional 
revelando melhores resultados. 
 
Palavras-chave – Hipertensão; Idosos; Funcional; Hidroginástica 
 
ABSTRACT 
 
Introduction - Hypertension (SAH) affects a large part of the elderly 
population. Given this context, the elderly with hypertension are 
constantly seeking to practice physical exercises to improve quality of 
life. Objective - To analyze and monitor pre and post exercise blood 
pressure levels in hypertensive elderly practicing water aerobics and 
functional training, identifying the differences between the two 
modalities. Methods -This is a descriptive, quantitative and transverse 
study conducted with 54 hypertensive elderly practicing water 
aerobics and functional training aged from 60 years in the club do 
volley and senior institute of the University Center Estácio do Ceará, 
located in the city of Fortaleza - CE. The data were collected via 
printed questionnaire, containing 20 questions of socio demographic 
aspects. Results -. Regarding socio-demographic aspects, the survey 
found that 50% of respondents have completed high school and 22% 
have only elementary school. As for the professions, 91% are retirees 
or pensioners. Regarding the preference for physical activity, 52% 
chose to practice water aerobics, 30% chose functional training and 
18% perform both modalities. With regard to pre and post exercise 
blood pressure levels, research found that people who practice water 
aerobics suffer an average change of (p = 0.5975), while people who 
do functional training experience a higher-pressure increase. with an 
43 
 
 
average of (p = 0.8137). When comparing the two training methods, 
the diastolic and systolic pressure changes in both modalities, but the 
functional training has a higher elevation because the activities 
performed in the aquatic environment have less impact on the joints. 
Conclusions - It is concluded that 70% of the hypertensive elderly 
individuals chose to practice water aerobics. Comparing water 
aerobics and functional training, we know that the two modalities are 
different, however, both bring improvements to the daily lives of these 
elderly. According to the sample and the results obtained, it can be 
stated that water aerobics excels in functional training revealing 
better results. 
 
Keywords - Hypertension; Seniors; Functional; Water aerobics. 
 
INTRODUÇÃO 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) afeta grande parte da 
população idosa. Diante desse contexto, a faixa etária da terceira idade 
com quadro de hipertensão, busca constantemente a prática de 
exercícios físicos para a melhoria da qualidade de vida. 
De acordo com Malachias et al. (2016), estima-se que a 
hipertensão atinja em torno de, no mínimo, 25% da população 
brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está 
presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. 
Diante dessa realidade, a HAS não tem cura, no entanto 
possui formas de tratamentos para se obter o controle. Partindo desse 
pressuposto muitos dos indivíduos hipertensos fazem o uso de 
medicamentos ou até tratamento não farmacológico, por meio de 
medidas de reeducação ou modificações no estilo de vida, estando 
diretamente relacionadas a alimentação e a prática de atividade física. 
44 
 
 
Partindo do pressuposto de que exercício físico é benéfico para esse 
público, que tipos de atividades apresentou melhores resultados. 
Devido à grande demanda de atenção a esse público, a 
pesquisa justifica-se no sentido de elucidar melhor tais questões que 
norteiam o exercício físico como fator preventivo e de controle no 
quadro de hipertensão e se tratando de indivíduos idosos, ainda temos 
aspectos importantes no que diz respeito a funcionalidade e melhores 
condições para a executar as atividades da vida diária (AVD). 
A hidroginástica desenvolverá um papel melhor do que o 
treinamento funcional no sentido de prevenção e controle da HAS, 
pois o meio aquático possibilita algumas vantagens como resposta de 
bradicardia a imersão, melhoria no retorno venoso, aumento da 
circulação periférica possibilitando menos trabalho cardíaco em 
relação a exercícios realizados em meio terrestre. 
Para a sociedade brasileira de hipertensão (SBH), a 
Hipertensão arterial (HAS), usualmente chamada de pressão alta, nada 
mais é que: ter a pressão arterial sistematicamente, igual ou superior 
que 140 mmHg por 90 mmHg (milímetros de mercúrio). Seu aumento 
se deve por diversos fatores, mais principalmente porque á uma 
contração dos vasos sanguíneos que ocasiona o aumento do fluxo de 
sangue nas artérias. 
Quando se trata de saúde pública a hipertensão arterial parece 
ser um grande empecilho para o risco associado a doenças 
cardiovasculares, dessa forma, sua correlação coma mortalidade é 
grande no Brasil (APARECIDA; ANDREZA; DE ALMEIDA, 2009) 
45 
 
 
Segundo dados do Framingham Heart Studymostram que um 
indivíduo normotenso, aos 55 anos, tem 90%de risco de desenvolver 
um quadro hipertensivo até o final da vida (LIP; HALL, 2007). 
Os fatores de risco possuem relação direta com a: idade, sexo/ 
gênero, etnia, genética, fatores socioeconômicos, ingestão de sal e 
álcool excesso de peso, obesidade e sedentarismo (MALACHIAS et 
al., 2016). 
O tratamento da hipertensão deve se basear nos fatores de 
riscos, atentando – se principalmente para alertar os grupos não 
modificáveis como: raça, idade e hereditariedade, e reeducando as 
pessoas hipertensas na mudança de seus hábitos (ingestão de sala, 
gordura, sedentarismo, obesidade, tabagismo, alcoolismo) 
(MACHADO; PIRES; LOBÃO, 2012). 
Baseado na afirmação de Topol (2006), o exercício físico tem 
relação direta no combate a hipertensão arterial, é a partir dele que os 
indivíduos melhoram suas capacidades físicas dentre outros 
benefícios voltados a saúde. Pessoas que praticam exercício 
fisicamente constantemente apresentam menores índices de 
mortalidade em relação aos sedentários, talvez em virtude da redução 
de doenças crônicas, principalmente relacionadas a artéria coronária 
De acordo com Pierin (2004), a hipertensão arterial atinge grande 
parte da população brasileira, tornando–se um grande problema de 
saúde pública. Vem sendo desenvolvidas formas de prevenção e 
tratamento dessa doença, com baixo custo, sem uso de medicamentos 
e praticamente sem efeitos colaterais. A prática regular do exercício 
físico é de grande importância e seus resultados são benéficos a saúde, 
46 
 
 
entre elas o controle da pressão arterial e outros fatores de risco 
cardiovascular, geralmente relacionados a hipertensão. 
Nos últimos dez anos, o exercício físico (EF) vem sendo 
inserido como terapia em indivíduos hipertensos, correlacionado ao 
tratamento com medicamentos, modificações de hábitos alimentares e 
comportamentais. O EF deve ser prescrito e avaliado de acordo com 
intensidade, frequência, duração, modo e progressão. Deve respeitar 
as limitações e preferências de cada indivíduo, evitando o estresse 
ortopédico (BAPTISTA et al., 1997) 
Moraes et al. (2012), afirma que o EF é a parte não 
farmacológica, sendo capaz de reduzir os níveis tensionais eos fatores 
de risco associados a hipertensão, tendo como exemplo o excesso de 
peso, resistência à insulina e dislipidemias. Os programas de 
exercícios físicos são de primordial importância para os idosos 
hipertensos, pois estão sujeitos aos efeitos da doença, tendo um 
retrocesso nas capacidades funcionais, estando sujeitos as limitações 
físicas inertes ao avanço da idade. Conforme a definição de Campos e 
Caraucci Neto (2004 apud MONTEIRO; EVANGELISTA, 2015), o 
treinamento funcional compreende–se como um conceito mais atual 
de treinamento de força, utilizando o próprio peso corporal como 
instrumento de trabalho, dentre outros recursos como: bola suíça, 
elásticos, e as demais formas que trabalhem a propriocepção, 
instabilidade, flexibilidade, resistência, coordenação motora e 
condicionamento cardiovascular. 
O envolvimento de idosos com programas regulares de 
exercício físico que estimulem o sistema neuromuscular pode atenuar 
47 
 
 
os declínios funcionais associados ao envelhecimento e contribuir 
para uma vida mais saudável e independente. A estruturação de 
programas de treinamento para o sistema neuromuscular tem sido 
baseada na funcionalidade, muitas vezes com o uso de exercícios e 
movimentos considerados funcionais para as necessidades específicas 
da vida diária do idoso (RESENDE-NETO et al., 2016). 
Para Ruoti, Troup e Berger (1994) a hidroginástica constitui–
se de exercícios que se baseiam no aproveitamento da resistência da 
água como sobrecarga e empuxo redutor do impacto, proporcionando 
a prática de exercícios de alta intensidade e com menores riscos de 
lesões. 
Dutra et al. (2009) considera a hidroginástica uma modalidade com 
grande influência contra o sedentarismo e outras diversas doenças, 
pois, acarreta diversos benefícios físicos, aptidão física e capacidade 
de exercitar–se. Pessoas ativas nessa modalidade, possui índices 
menores de mortalidade, provavelmente devido a menor incidência de 
doenças crônicas e coronárias. 
O calor da água reduz a sensibilidade das terminações 
nervosas sensitivas; diminui o tônus muscular quanto este for 
aquecido, ou seja, causa alívio de dores e relaxamento muscular; há o 
auxílio no movimento e aumento gradativo na amplitude articular; a 
pele fica rosada devido a dilatação; conforme o aumento da 
temperatura da pele há o aumento da atividade das glândulas 
sudoríparas e sebáceas, levando ao suor e eliminando toxinas 
(ROCHA, 1994). 
48 
 
 
Vem sendo recomendada como exercício físico adequado 
para pessoas, devido a imersão em água e possível utilização de seus 
princípios físicos, que estão associados ao aproveitamento da 
resistência da água como sobrecarga, proporcionando benefícios com 
menor impacto articular, maior retorno venoso, frequência cardíaca e 
pressão arterial baixa (DUARTE; RODRIGUES; LEHNEN, 2014). 
A prática regular de programas de exercícios físicos de 
diferentes naturezas tem sido amplamente recomendada para a 
população idosa, em virtude dos inúmeros benefícios morfológicos, 
fisiológicos, metabólicos, neuromusculares e comportamentais 
produzidos, particularmente, por essa estratégia, nesta etapa da vida. 
Tais benefícios melhoram a capacidade funcional e cognitiva, 
favorecendo a melhoria da qualidade de vida e aumentando a 
longevidade com independência funcional. 
Nesse sentido, o treinamento funcional (TF) tem ganho 
destaque e atraído um grande número de adeptos com a premissa 
básica de proporcionar melhoria do sistema psicobiológico humano, a 
partir da aplicação de exercícios, multiarticulares e multiplantares 
direcionados para o aprimoramento da habilidade de movimento, 
melhoria da força, resistência muscular da região do (core), e aumento 
da eficiência neuromuscular para as diferentes tarefas da vida diária. 
Entretanto, a eficácia do TF para a atenuação dos efeitos deletérios do 
processo de envelhecimento ainda não está bem estabelecida na 
literatura. 
A busca de informações foi realizada, por dois pesquisadores 
independentes, nas bases eletrônicas Medline, BioMed Central, 
49 
 
 
SciELO, Scholar Google e SportDiscus. Os trabalhos selecionados 
foram publicados durante o período de 2005 a 2015. As temáticas 
escolhidas foram adaptações funcionais ao TF e estruturação de 
programas, respeitando-se critérios de segurança, eficácia e 
funcionalidade. Os resultados encontrados sugerem que o TF pode ser 
uma estratégia eficaz e segura para provocar respostas adaptativas 
relacionadas à funcionalidade do idoso. 
Acreditamos que a função do profissional de Educação Física 
é a de manter, melhorar e promover a saúde, além de prevenir 
patologias, proporcionando assim, melhora da qualidade de vida do 
indivíduo. 
Considerando a atuação interdisciplinar destes profissionais, 
uma solução seria a implantação de aulas que tivessem a preocupação 
com a homogeneidade e especificidade que o grupo necessita, que 
trabalhe o caráter de integração, socialização e manutenção da saúde 
(característica das aulas de hidroginástica). Assim haveria um real 
ganho na prevenção e manutenção dos processos degenerativos 
comuns no envelhecimento. 
O estudo tem como objetivo principal analisar e acompanhar 
os níveis de pressão arterial pré e pós exercício em idosos hipertensos 
praticantes de hidroginástica e treinamento funcional, identificando as 
diferenças entre as duas modalidades e lucidando questões referentes 
a atividade física e a pessoa idosa para profissionais de educação física 
que venham a intervir nessa área. 
 
 
50 
 
 
2 METODOLOGIA 
Trata-se de um estudo descritivo, longitudinal de abordagem 
quantitativa, realizado no mês de outubro de 2019, em dois locais, um 
sendo o instituto sênior do centro universitário Estácio - Via Corpvs e 
o outro o clube do vôlei, todos localizados na cidade de Fortaleza – 
Ceará. 
A amostra foi constituída de 54 idosos de ambos os sexos, 
sendo 12 do sexo masculino e 42 do sexo feminino, com idades a partir 
de 60 anos. Como critério de inclusão o idoso deve ser considerado 
hipertenso (através de diagnóstico assinado por médico ou uso regular 
de remédios para controle de hipertensão), praticante de treinamento 
funcional e hidroginástica ou de ambas modalidades, e que aceitaram 
participar da pesquisa autorizando e assinando o Termo de 
Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), neste mesmo momento os 
mesmos responderam um questionário elaborado impresso, contendo 
20 perguntas objetivas sociodemográfica sobre o seu perfil e a pratica 
dos exercícios físicos citados na titulação da pesquisa. 
Para este estudo foi utilizado como instrumento de coleta, a 
aferição da pressão arterial através do Esfigmomanômetro digital. 
Nesse procedimento, o indivíduo sentou - se em uma cadeira com a 
coluna ereta, apoiar o braço esquerdo em uma mesa com a palma da 
mão virada para cima, será colocado a braçadeira de dois a três 
centímetros acima da articulação do cotovelo e esperar que o aparelho 
faça a leitura da pressão arterial, esse processo será realizado tanto no 
pré como no pós exercício dos participantes do estudo. 
51 
 
 
Todos os sujeitos aceitaram participar da pesquisa assinando 
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) cujo objetivos 
da pesquisa foram explicados e ficou claro que o sujeito poderia 
desistir da pesquisa a qualquer momento e que sua identidade seria 
preservada. 
Para a análise dos resultados foi utilizado o Programa Excel 
2010 e o Programa SPSS 23.0®, sendo realizada a estatística 
descritiva através dos dados obtidos na coleta de dados, dando 
resultados em média, percentual e desvio padrão. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Foram 54 indivíduos entrevistados todos diagnosticados 
hipertensos com idades que variam de 60 a 89 anos, média de idade 
de 71,24±7,39 anos. (Tabela 1). 
Na pesquisa detectou-se que a escolaridade de maior 
prevalência é o ensino médio completo com 27(50%) dos

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