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SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ O DIAGNÓSTICO CLÍNICO - ESTRATÉGIA E TÁTICAS Estratégias e táticas • População ambulatorial > hospitalizada • Geralmente há 200-300 consultas ambulatoriais para cada 100 habitantes, sendo que 8-9 desses pacientes serão internados • 1990 → Lei Orgânica da Saúde (institui o SUS) • 1994 → Criação do PSF • Ampliação e garantia de atendimento gera aumento da complexidade do sistema → generalistas têm que “achar a agulha no palheiro” (95% das doenças no ambulatório geral são benignas) • Taxa média de exames solicitados em 100 consultas/ano: 5,6 • Nos países industrializados, há 2-4 consultas por ano/habitante Médico de ambulatório (generalista) • O conhecimento deve ser tão respeitável quanto o de qualquer outro especialista focal. • Deve ser versátil e muito bem preparado, visto que é quem abastece a enfermaria. Medicina minimalista → humanizar o atendimento evita sofrimentos, gastos excessivos e diminui o risco de iatrogenia Pressuposto do SUS com atenção continuada (pacientes com livre acesso à unidade e com o mesmo médico) → longitudinalidade Saber com profundidade, agir com simplicidade Diagnóstico • A maioria dos atendimentos parte de demandas vagas e imprecisas • Antes do diagnóstico existe a lista de problemas • Até 80% dos problemas tem remissão espontânea • A prática ambulatorial não dispensa o diagnóstico → entender o diagnóstico como ferramenta e não como um fim em si próprio SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ Demora permitida → tempo permitido ao médico de esperar sem risco ao paciente • É urgente? • Dá para esperar? Se sim, por quanto tempo? • Análise caso a caso • Quando encaminhar? O achado casual • A anamnese é responsável por 80-85% dos acertos diagnósticos • Esporão em assintomáticos • Desvio de septo nasal • Sopro sistólico +/6+ em crianças • Cisto renal simples em USG abdominal feito por outro motivo • Preferência ao exame físico seletivo o A prioridade é a demanda do paciente o O dilema da medicina defensiva (pedir vários exames para não ser processado) Exames complementares → 3ª etapa da realização do diagnóstico • Medicina baseada em evidências → uso consciente, explícito e criterioso da melhor evidência disponível para a tomada de decisão. APS heterogênea e complexa, excesso de diretrizes e protocolos são fatores que dificultam a implementação. • Aumento da quantidade de exames solicitados → aumento de falsos positivos → aumento de tratamentos incorretos o Falsos positivos ou negativos são propriedades inerentes à intervenção diagnóstica • Primum non nocere o WONCA (Organização Mundial dos Médicos de Família) → Prevenção quaternária o Overdiagnosis o Overtreatment SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________