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SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ SAÚDE DA MULHER Exame das mamas • Inspeção estática e dinâmica (braços erguidos, na cintura e curvada para frente) • Palpação deitada das mamas e mamilos e sentada das axilas Exame da genitália (posição de litotomia) • Inspeção • Exame especular → coleta de material para colpocitologia oncótica • Toque vaginal → exame bimanual Ações de promoção de saúde e prevenção de doenças • Contracepção o Métodos hormonais, dispositivos intrauterinos, esterilização cirúrgica o Orientações sobre ISTs o Contracepção de emergência (levonorgestrel, DIU) • Orientações pré-concepcionais o Rastreios (ISTs, toxoplasmose, rubéola), hemograma, uso de psicotrópicos o Suplementação de ácido fólico (pode ser iniciado até mesmo antes da gravidez, pode ser dado até o 2º trimestre ou até o final da gestação) o Aconselhamento genético (dificilmente consegue pelo SUS, mas investigação de infertilidade até se consegue, como espermograma etc.) • Imunizações o HPV → ideal antes da primeira relação sexual (meninas entre 9 e 14 anos, meninos entre 11 e 14 anos); não dispensa o rastreio com colpocitologia quando se chega na idade (25-59 anos) o MMR (vírus vivo atenuado) → contraindicação durante a gravidez • Câncer de colo de útero o Citologia convencional é a estratégia de rastreamento recomendada pelo MS (colhida de ecto e endocérvice) o Iniciado aos 25 anos, independente da idade de iniciação sexual, com novo exame após um ano. Se ambos forem normais, adota-se a periodicidade trianual. Há muito sobrediagnóstico e sobretratamento em casos de rastreio antes dos 25 anos, sem impacto na mortalidade o Em mulheres imunossuprimidas, faz-se desde início da vida sexual, sendo semestral no primeiro ano. Se normais, faz-se anual enquanto ela for imunossuprimida • Câncer de mama o Autoexame é contraindicado pela SBM e pelo INCA, pois não reduz a mortalidade, gera falsa sensação de segurança (falso negativo) e iatrogenia psicológica (falso positivo), além de aumentar o número de biópsias de lesões benignas. O melhor é estimular o autoconhecimento corporal, sem periodicidade nem foco em busca de achados patológicos o Individualizar a indicação entre 40-49 anos, bianual de 50 a 69 anos o Individualizar indicação anual, de acordo com história familiar de CA de mama/ovário em parentes de 1º e 2º graus ou HPP dessas patologias o No caso de história familiar, inicia-se o rastreio 10 anos antes da idade em que o parente foi diagnosticado SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ Planejamento reprodutivo → todos os indivíduos têm o direito de planejar sua vida reprodutiva e ter acesso aos meios para tal, inclusive pessoas com quaisquer deficiências • Tendência de queda na taxa de fecundidade no Brasil (1,9 em 2007) • Abordar riscos e benefícios de todos os métodos e promover a tomada de decisão compartilhada e informada • A restrição aos métodos por terceiros (cônjuge, profissional da saúde) → forma de violência sexual • Esterilização cirúrgica o Permitida somente em homens/mulheres com capacidade civil plena, maiores de 25 anos ou pelo menos 2 filhos vivos, desde que observado pelo menos 2 meses entre a manifestação de vontade e o ato cirúrgico (para não mudar de ideia). o Permitida nos casos de risco à vida ou saúde da mulher ou do futuro concepto o É vedada em mulher durante os períodos de parto/aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores o Não é mais necessário o consentimento expresso do cônjuge o Em pessoas absolutamente incapazes, somente poderá ocorrer mediante autorização judicial Infertilidade → incapacidade de o casal obter gestação após 1 ano de relações regulares sem contraceptivos • A chance de gravidez espontânea em casal hígido é de 20% ao mês Acompanhamento da gestante e puérpera • Pré-natal → essencial identificar gestantes com risco de complicações e correta datação, avaliação continuada e sistemática da saúde materno-fetal, promoção do aleitamento materno, pronta identificação de problemas e intervenções necessárias, educação em saúde, preparação e garantia de condições seguras ao parto, promover a participação do parceiro durante o acompanhamento o Plano de parto → não é específico o Imunizações → anti hepatite B, DT (3 doses, sendo uma DTPa após a 20ª semana), influenza, COVID. Vacinas com vírus vivo atenuado são contraindicadas o Periodicidade das consultas → mensal até 33 semanas, quinzenal entre 33-37 semanas, semanal após 37 semanas. Até 41 semanas e 3 dias o Cartão pré-natal → exames, tratamento para sífilis, malária, suplementação de sulfato ferroso/ácido fólico, USG, antecedentes familiares, gestações antecedentes clínicos obstétricos, gestação atual, vacina antitetânica/hepatite B/influenza o Exames → tipo sanguíneo, fator Rh, teste oral de tolerância à glicose, glicemia de jejum (acima de 92 mg/dL já é considerado diabetes), sífilis, VDRL, HIV/anti-HIV, HbsAg, toxoplasmose, hemoglobina/hematócrito, EAS/cultura, coombs indireto SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ • Manejo de situações especiais na gestação o Sífilis ▪ Reduzir transmissão vertical ▪ VDRL e testes treponêmicos (rápido) de rotina ▪ Tratamento com penicilina benzatina (iniciado no mesmo dia do diagnóstico) SF VI João Vitor P. Gama – MED 103 UV _______________________________________________________________________________________ o Hipertensão arterial • Puerpério o Primeira consulta após alta da maternidade em até uma semana ▪ Identificação de risco e situações que requeiram pronta intervenção, promoção do rastreio biológico e rastreios oftalmológicos/auditivos o Promoção do aleitamento materno e imunizações o Acompanhamento do crescimento e dos marcos do desenvolvimento o Abordagem da contracepção ▪ Métodos combinados (com estrógeno) são contraindicados nas primeiras 6 semanas ▪ Podem ser iniciados após 6º mês nas que mantêm amamentação exclusiva ▪ Preferência aos progestágenos isolados ▪ Oportunizar acesso ao DIU no pré-natal (a inserção no pós-parto imediato pela obstetrícia é de mais fácil execução) o Definir rotina de consultas conforme risco individual, priorizando as consultas de acordo com o calendário de imunizações