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Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 1 de 39 20/1/2007 02:17 Fotografia digital Este manual, terá como tema uma introdução à fotografia digital, permitindo que os internautas tenham noções básicas de uso da câmera digital, seu funcionamento e recursos, de como transferir e gerenciar as imagens num computador, editá-las e, finalmente, de como imprimi-las através de impressoras caseiras e de laboratórios fotográficos. Como se sabe, a fotografia digital surgiu graças ao computador, a partir do qual imagens digitalizadas puderam ser salvas em forma de arquivos. Esses arquivos podem ter várias extensões, que variam conforme o modo pelo qual as informações sobre a imagem digitalizada são armazenados na linguagem do computador (informações binárias). É importante notar que já existem dezenas, talvez centenas de modelos de máquinas fotográficas digitais no mercado, divididas por categorias, cada uma das quais com qualidades e recursos para usos diversos. De fato, um dos pontos mais importantes que temos de tratar, em primeiro lugar, é o da escolha de uma câmera fotográfica digital. Para essa decisão, é fundamental definirmos o que pretendemos de uma câmera digital. Comecemos, portanto, estudando os usos que podemos fazer delas, e os recursos que nos oferecem. Origens da foto digital A fotografia digital é uma evolução recente da fotografia. Surgiu com o advento do computador, que trouxe todo um mundo novo de possibilidades e de mudanças para a sociedade moderna. Na verdade, foi a pesquisa espacial a principal responsável pelo surgimento da fotografia digital, com a necessidade de um sistema que enviasse imagens capturadas por sensores remotos e retransmitidas via rádio para a Terra. No campo que nos interessa, da fotografia, as transformações estão ocorrendo de forma radical, possibilitando que as imagens não sejam mais necessariamente capturadas através de processos químicos, mas sim por meio digital, ou seja, capturadas por câmeras fotográficas equipadas com sensores por fotocélulas e interpretadas em termos de números binários pelo computador. Em seguida, a imagem digital pode ser transferida para a memória do micro e apresentada no monitor, para posterior edição e impressão, ou ainda ser impressa diretamente através de uma conexão entre a câmera digital e impressoras que reconheçam os arquivos de imagens digitais. Embora as câmeras fotográficas digitais ainda sejam novidade em termos tecnológicos, isso não quer dizer que a fotografia digital ainda esteja na infância, muito pelo contrário. Mesmo que a maioria dos fotógrafos (amadores ou profissionais) ainda estranhe a fotografia digital, e independentemente das limitações que ainda cercam este equipamento, as câmeras digitais são com certeza o futuro da fotografia, e é apenas questão de tempo sua plena aceitação pela maioria dos usuários. Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 2 de 39 20/1/2007 02:17 Macrofotografia fica versátil com câmeras digitais dos usuários. De fato, na realidade está cada vez mais difícil distinguir, uma vez impressa, uma fotografia tirada por uma máquina 35 mm tradicional utilizando filme fotográfico de uma imagem produzida por uma câmera digital – a única diferença substancial ainda é o custo dos equipamentos digitais mais sofisticados de última geração. A verdade é que as câmeras digitais estão incorporando controles sofisticados e até mesmo novidades jamais sonhadas pelo fotógrafo tradicional, como o benefício de se ver no mesmo instante se a foto ficou boa ou não, deletá-la se não estiver de acordo, refazê-la quantas vezes forem necessárias até que seja aprovada... É claro que existem câmeras digitais mais populares, por questão de marketing (preço final baixo). Nesses modelos, a qualidade de imagem é limitada e a falta de controles manuais são um problema (para fotógrafos experientes), mas tudo é questão de custo-benefício, e do que o usuário pretende de sua máquina fotográfica. Se a idéia for apenas produzir imagens para serem vistas na tela, ou mesmo em apresentações, ou ainda enviar imagens rapidamente pela Internet para parentes e amigos (mesmo profissionais precisam de imagens de baixa resolução para apresentação na WEB), então câmeras de baixo custo, que geram imagens em baixa resolução, são mesmo as mais indicadas. Nas câmeras digitais mais sofisticadas já existentes e em novos modelos que estão surgindo, o panorama é bem diverso. Na verdade, atualmente a qualidade da imagem rivaliza ou até excede, em alguns casos, as obtidas por câmeras SLR 35 mm tradicionais. Isso porque câmeras digitais com lentes intercambiáveis e tantos controles quanto qualquer modelo reflex tradicional já são realidade, caso das Fuji FinePix SL-1 e SL-2, Nikon D100, Olympus E-20 e Cânon EOS D-60, entre outras. O mais importante nesta discussão é que os preços estão caindo rapidamente agora que o sensor de imagem (o item mais caro desta tecnologia, através do qual a imagem é capturada e formada no equipamento) está atingindo um nível tecnológico satisfatório. Assim, boas câmeras digitais, com recursos exigidos por amadores avançados e profissionais, estão chegando ao mercado. É preciso entender que se um fotógrafo amador pode tirar boas fotos com uma câmera digital (dado o grau de automação existente), também pode conseguir excelentes fotos se dominar esta tecnologia e utilizar recursos e capacidades que mesmo o mais capaz dos fotógrafos profissionais acostumado apenas com imagens captadas em filmes tradicionais ainda precisam conhecer e se adaptar. Este é um dos objetivos deste curso, ajudar tanto ao amador quanto ao profissional ainda não familiarizados com as novas tecnologias e recursos tornados possíveis com as câmeras fotográficas digitais. A compreensão de alguns detalhes e recursos ao alcance da fotografia digital pode tornar possível, ao bom fotógrafo, resultados espetaculares e melhoria da produtividade. E mais, com grande vantagem econômica, já que na câmera fotográfica digital, se o custo inicial é alto, em pouco tempo o benefício do custo zero em termos de filmes, revelação, envio de material à laboratórios, etc, a tornam muito atraente. Imagens Inusitadas A fotografia digital está encontrando rápida aceitação em muitas áreas da fotografia. Um dos campos na qual está ganhando muitos adeptos, por exemplo, é o da macrofo-tografia. Quase todas as câmeras digitais permitem fotos em distâncias de apenas dois ou três centímetros. Assim, fica fácil obtermos imagens inusitadas de pequenos objetos, insetos, etc. Outro lado da fotografia que ganhou impulso com a chegada das câmeras digitais é o da fotografia artística. Fotos digitais podem se tornar em imagens incríveis a partir de softwares especiais ou montagens a partir de cópias trabalhadas Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 3 de 39 20/1/2007 02:17 Fotos na WEB são uma das principais aplicações da foto digital incríveis a partir de softwares especiais ou montagens a partir de cópias trabalhadas posteriormente por meio de técnicas diversas. Um ponto interessante na fotografia digital é que as fotos podem ser vistas instantaneamente. Desse modo, praticamente fica afastada a possibilidade de erros. Outra vantagem é a facilidade de se repetir a foto em caso de necessidade - acabam assim as surpresas desagradáveis, como, por exemplo, quando se vai buscar um filme no laboratório e se descobre que a tampa da máquina ficou cobrindo a objetiva, que o filme estava vencido (e as cores ficaram alteradas) e assim por diante... A maior de todas as vantagens, contudo, é que ninguém precisa mais economizar “cliques”, ou seja, hesitar em fazer qualquer foto, preocupar-se com o custo de filmes, revelação ou a quantidade disponível de material. Com a foto digital, utilizando-se uma câmera equipada com um cartão de grande capacidade dearmazenamento, clica-se à vontade, e com isso o fotógrafo acaba obtendo boas imagens que de outra forma poderiam ser perdidas num momento de dúvida... Já que o custo da imagem é zero, ou melhor, apenas limitado ao custo inicial da máquina fotográfica, clicar à vontade não causa nenhum tipo de preocupação. Recomendo inclusive, para quem quer fotografar em externas (viagens por exemplo), além da câmera digital, o uso de um notebook, pois assim pode-se produzir centenas e centenas de imagens num único dia, sem qualquer preocupação com limites. Já que o custo da imagem é zero, ou melhor, apenas limitado ao custo inicial da máquina fotográfica e do computador portátil, clicar à vontade não causa nenhum tipo de preocupação. Outra vantagem da fotografia digital é que ficou fácil mostrar fotos para outras pessoas. Por exemplo, publicando-as em páginas da Internet. Também se pode mostrar as fotos pela tela de uma televisão, bastando conectar a câmera digital à entrada de vídeo do aparelho de TV. Graças a esse recurso, é possível selecionar as melhores fotos que estão gravadas no computador, regravá-las no cartão de memória da câmera digital e depois apreciá-las num aparelho de TV. Softwares podem fazer apresentação de fotos como se fosse uma projeção de slides. E mais, como a maioria das câmeras digitais de melhor qualidade também podem produzir vídeos, filmar também é muito simples, bem como transferir as imagens para uma fita de videocassete. Alguns fotógrafos comerciais de estúdio foram os primeiros a adotar a fotografia digital, já que graças a backs digitais as fotos são tiradas, corrigidas, editadas, impressas e enviadas com rapidez ao cliente, sem custos de transporte, provas, filmes, revelação, etc. Com tudo o exposto acima, fotojornalistas e empresas como jornais e agências de notícia já adotaram ou estão adotando as câmeras digitais como padrão pela rapidez de captura e envio de imagens: fotografa-se um assunto, e do próprio local transmite-se a imagem digital por telefone Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 4 de 39 20/1/2007 02:17 O telescópio Hubble transmite imagens digitais do espaço Softwares resgatam álbuns de família digitais local transmite-se a imagem digital por telefone ou outros meios à redação. Não podemos esquecer ainda que a fotografia digital também é ideal para aplicações científicas. De fato, em astronomia, os sensores digitais já estão sendo usados há anos, até mesmo no telescópio orbital Hubble. Também nos microscópios estão sendo utilizados sensores digitais. Hoje em dia, os maiores usuários de imagens fotográficas digitais são os desenvolvedores de multimídia e os webmasters (fotos digitais poupam tempo e dinheiro). Desde que tanto a multimídia como páginas da WEB são apresentadas sempre em monitores de computador (ou projetadas por meio de equipamentos computadorizados), as imagens digitais são uma necessidade. Em pouco tempo o usuário doméstico também estará lidando com desenvoltura com a fotografia digital. Finalmente, outro campo para imagens digitais é o de fotos de identificação para empresas, por exemplo. Pode-se também usar fotos para cartões de visitas, não obrigatoriamente da pessoa, mas de temas que tenham relação com a profissão, atividade ou empresa. Resgatando Álbuns de Família Quantos de nós não possuem gavetas ou pastas lotadas de fotografias, familiares ou de viagens, em sua maioria esquecidas e totalmente desorganizadas? Certo dia a gente lembra de uma ocasião especial, recorda ter alguma foto daquele momento ou lugar, quer ver ou mostrar a alguém, mas como encontrar a imagem? Pois é, a maioria das pessoas tira montes de fotografias para depois abandoná-las. Com a fotografia digital isso muda drasticamente, já que as imagens são facilmente inseridas em arquivos de texto, e-mails ou mesmo páginas da Web, além de impressas em impressoras caseiras (papel fotográfico e impressoras jato de tinta oferecem ótimos resultados) ou mesmo em papel fotográfico tradicional em laboratórios que lidem com arquivos digitais. Assim, fica muito fácil mostrá-las e compartilhá-las com outras pessoas. Por outro lado, é possível resgatar velhos álbuns de família esquecidos em gavetas, amarelando e estragando com o tempo. Se as imagens que eles contém forem escaneadas, podem ser recuperadas (e também as memórias que evocam), e depois apresentadas do mesmo modo que as novas fotos digitais. Sem falar da vantagem de que, enquanto fotos e negativos perdem cor e nitidez com o tempo, um arquivo digitalizado é perene (não esquecendo que devem sempre ser “becapeados” em CDs ou discos rígidos). Existem ainda softwares que simulam álbuns tradicionais de fotos na tela do computador, permitindo assim organizar e apresentar as imagens com facilidade. Diferenças entre tradicionais e Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 5 de 39 20/1/2007 02:17 Diferenças entre tradicionais e digitais Para qualquer pessoa acostumada a fotografar com máquinas fotográficas tradicionais, o uso da câmera digital, apesar de incorporar novidades, não exige muito esforço para adaptação. Vamos relacionar as principais semelhanças e diferenças: Nas câmeras digitais não se utilizam filmes, e sim um cartão de memória para armazenamento das imagens. Esse cartão permite que se grave, copie e apague (delete) arquivos de imagens (inclusive vídeo). A luz do flash funciona quase como numa câmera comum, e dependendo do modelo da câmera digital, pode vir embutido no corpo e/ou utilizando um flash externo através de conexão por sapata ou pino (a diferença, tecnicamente, é que na fotografia digital existe um pré-disparo para avaliar a luz branca, ou whitepoint, o que obriga ao uso de flashes especiais) As câmeras digitais, além de um visor idêntico às das máquinas fotográficas tradicionais (não SLR), incorporam talvez a maior novidade que é um visor através de tela de cristal líquido (LCD) localizado na parte posterior do corpo da câmera. A principal vantagem é que o fotógrafo vê a imagem exatamente como será fotografada. A maior desvantagem é que em ambientes de muita luz (sob o sol, por exemplo), é praticamente impossível usar o visor LCD e, além disso, o uso contínuo do visor acaba rapidamente com a bateria. As objetivas são muito semelhantes, mas na fotografia digital muitas câmeras incorporam o recurso de zoom digital, além do zoom ótico. Acontece que o zoom digital é irreal, uma “aproximação”, ou, melhor ainda, uma “ampliação” gerada por software. Isso resulta numa imagem imprecisa e de cores inconsistentes. De qualquer modo, mais tarde, através de qualquer software editor de imagens pode-se ampliar qualquer parte da imagem. Os ajustes de foco, velocidade de obturador e abertura de diafragma, nos modelos mais simples de câmeras digitais, são totalmente automáticos. Contudo, nas câmeras digitais mais modernas, pode-se regular não apenas cada um desses itens individualmente, mas também estabelecer “sensibilidade do filme”, ou seja, definir se a captura da imagem se dará numa sensibilidade correspondente a 100, 200, 400 ASA ou até mais, dependendo da sofisticação do modelo. Muitos dos mais modernos modelos de câmeras digitais também incorporam o recurso de áudio e vídeo, ou seja, é possível filmar alguns segundos ou minutos (depende da capacidade de armazenamento em cartão de memória do equipamento). Também é possível anexar “anotações” de voz numa imagem. As câmeras digitais, diferenciando ainda das tradicionais, vem equipadas com um cabo (geralmente USB) para conexão da câmera à um computador, para transferência das imagens, mais uma ou mais baterias recarregáveis de longa duração, um cabo de áudio e vídeo que pode inclusive ser conectado a uma aparelho de TV ou videocassete, e o cartão de memória (existem vários tipos que estudaremos adiante) onde as imagens são armazenadas.Conceitos e procedimentos Uma grande fotografia começa quando se reconhece uma grande cena ou motivo. Mas Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 6 de 39 20/1/2007 02:17 Capturar uma boa cena requer oportunidade reconhece uma grande cena ou motivo. Mas reconhecer uma grande oportunidade não é o suficiente para fotografá-la; o fotógrafo deve estar preparado. E isso envolve o conhecimento de sua câmera de modo a fotografar o que se vê. Conceitos de fotografia são os princípios sob os quais está a câmera que o fotógrafo está utilizando. Incluem coisas tais como a relação entre nitidez e tempo de exposição e seus efeitos numa imagem. Entender conceitos responde a qualquer questão de “por que”, que se pode ter sobre fotografia. Procedimentos são aquelas características específicas de um tipo de câmera, e a explicação, passo a passo, de como utilizar os controles de uma câmera para capturar uma imagem. Entender procedimentos dá a resposta às questões de “como”. Discussões sobre procedimentos que se usa para câmeras específicas estão integradas aos conceitos, aparecendo quando se aplicam. Esta visão integrada permite que o fotógrafo entenda primeiro os conceitos de fotografia e depois veja como procurar no manual de sua câmera os passos necessários para utilizá-los em qualquer situação. Para conseguir fotografias mais interessantes e criativas, o fotógrafo precisa entender como e quando usar um mínimo de recursos de sua câmera, como profundidade de campo e controle de exposição. Assim, estará pronto para manter tudo numa cena com nitidez absoluta para exibir melhores detalhes, ou deixar meio nebuloso para dar um ar impressionista à um retrato. Ou tomar closes dramáticos, congelar ações rápidas, criar maravilhosos panoramas, e capturar a beleza de arco-íris, por-de-sol, queimas de fogos e cenas noturnas. Não existem regras ou “melhores” modos de fazer fotos. Grande fotógrafos aprenderam o que sabem experimentando e tentando novos modos de fotografar. Câmeras digitais tornam isso muito fácil porque não existem custos de filmes ou demoras para se ver os resultados. Cada experiência é livre, e cada fotógrafo poderá registrar os resultados imediatamente, ou passo a passo. Controles da câmera e criatividade Câmeras digitais com recursos oferecem controles criativos sobre as imagens. Elas permitem que se controle a luz e o movimento em fotografias, bem como o que deve aparecer nítido e o que não deve. Embora a maioria das câmeras digitais simples sejam totalmente automáticas, algumas permitem que se faça pequenos ajustes que afetarão a imagem. As melhores câmeras oferecem uma ampla gama de controles, em alguns casos mais do que se pode encontrar em uma câmera 35 mm SLR. De qualquer modo, independentemente de quais controles a câmera oferece, os mesmo princípios básicos estão presentes. Mesmo que a câmera seja totalmente automática, é possível controlá-la indiretamente, ou tirar vantagem desses efeitos para controlar as imagens. Automatismo Todas as câmeras digitais possuem um modo automático que determina o foco, a exposição e o balanço de cor (White-balance). Tudo o que o fotógrafo tem a fazer é apontar a câmera e apertar o botão do disparo. Preparando. Ligue sua câmera e deixe no modo automático. Para conservar as baterias, desligue o monitor LCD e componha a cena pelo visor ótico. Se a câmera tem capa de lente, lembre-se de removê-la antes de ligar a câmera. Enquadrando a imagem. O visor apresenta a cena que está para ser fotografada. Para Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 7 de 39 20/1/2007 02:17 Velocidade alta de obturador congela a imagem Enquadrando a imagem. O visor apresenta a cena que está para ser fotografada. Para enquadrar melhor, experimente o zoom da lente, aproximando ou afastando a cena para escolher a melhor composição. Atenção, se a imagem aparecer embaçada, existe um botão de regulagem do foco do visor para ajuste. Autofoco. A área que estiver no centro da imagem será utilizada pela câmera como ponto de nitidez principal. O quanto se pode focar dependerá da câmera que se estiver usando. Autoexposição. A autoexposição programada pela câmera mede a luz refletida pela cena e usa a leitura para estabelecer a melhor exposição possível. Autoflash. Se a luz estiver muito fraca, o sistema de autoexposição irá disparar o flash da câmera para iluminar a cena. Se o flash será disparado, uma lâmpada de aviso na câmera, geralmente vermelha, irá piscar quando você pressionar o disparador metade do caminho. Balanço de luz (White balance). O colorido de uma fotografia será afetado pela cor da iluminação que afeta a cena, assim a câmera automaticamente ajusta o balanço de cor para fazer os objetos brancos na cena parecerem brancos na foto. O obturador e a exposição O obturador mantém a luz longe do sensor exceto durante uma exposição (foto), quando abre sua cortina para permitir a luz de atingir o sensor de imagem. O período de tempo em que a cortina do obturador fica aberta afeta tanto a exposição da imagem como o movimento. Velocidades baixas de exposição do obturador deixam luz atingir o sensor da imagem por mais tempo, permitindo uma foto mais brilhante. Velocidades mais rápidas permitem menos tempo de luz, e assim a foto resulta mais escura. Em adição ao diafragma (a quantidade de luz que atingirá o sensor de imagem), a velocidade do obturador é o mais importante controle que se tem para a captura da imagem na fotografia. Entender a velocidade do obturador é vital quando se pretende que um objeto apareça nítido ou tremido na fotografia. Quanto mais tempo o obturador ficar aberto, mais tremido ficará o objeto na imagem (tanto em função de movimentos do objeto como por qualquer tremor do fotógrafo). Apesar das câmeras digitais poderem selecionar qualquer fração de segundo para uma exposição, há uma série de ajustes que tem sido tradicionalmente utilizados quando se usa uma câmera manualmente (que não podem ser feitas em algumas câmeras digitais simples). A velocidade tradicional de disparo (listada a seguir das velocidades mais rápidas às mais lentas), incluem 1/1000, 1/500, 1/250, 1/125, 1/60, 1/30, 1/15, 1/8, 1/4, 1/2, e 1 segundo (em câmeras mais sofisticadas podem chegar a 1/35.000 num extremo e no outro ficar o obturador aberto pelo tempo que o fotógrafo quiser). O momento certo Fotógrafos tornaram-se famosos por capturar sempre “o momento certo” quando ações acontecem e apenas um único momento a torna interessante. Para isso precisavam estar sempre pronto. Nunca se atrapalhar com controles e Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 8 de 39 20/1/2007 02:17 Momento decisivo, quando ações acontecem A área escura representa a profundidade de campo pronto. Nunca se atrapalhar com controles e oportunidades perdidas. A grande maioria das câmeras digitais tem um sistema de disparo automático que deixa o fotógrafo livre de preocupações, mas por outro lado essas câmeras têm problemas que torna os momentos decisivos mais difíceis de serem obtidos. Nas câmeras digitais mais simples, amadoras, acontece uma demora entre o momento de pressionar o disparador e a tomada da foto. Isso porque, no primeiro momento em que se pressiona o botão, a câmera rapidamente realiza um certo número de tarefas. Primeiro limpa o CCD, depois corrige o balanço de cor, mede a distância e estabelece a abertura do diafragma, e finalmente dispara o flash (se necessário) e tira a foto. Todos esses passos tomam tempo e a ação pode ter já ocorrido quando finalmente a foto é feita. Assim, fotografia de ação com uma câmera digital amadora (esportes, por exemplo), é praticamente impossível. Somente as chamadas câmeras avançadas, ou semi-profissionais, mais as SLR Digitais Pro, têm capacidade de fazer fotos em sequências rápidas inferiores a um segundo. Depois ocorre umlongo intervalo entre a foto tirada e a disponibilidade da câmera para uma nova foto porque a imagem capturada primeiro precisa ser armazenada na memória da câmera. Como a imagem precisa ser processada, uma certa quantidade de procedimentos são requeridos, e isso pode tomar alguns segundos (que parecerão uma eternidade para um fotógrafo que precisa fotografar uma ação rápida, já que não poderá ser feita outra foto enquanto isso tudo não for processado). Mesmo nas câmeras SLR digitais, com mais recursos, pode ocorrer uma limitação na quantidade de fotos que se tira em sequência, em função do tempo que a câmera necessita para gravar a imagem num cartão de memória (o que pode depender da velocidade de gravação e leitura do próprio cartão). Por exemplo, uma câmera digital pode fazer fotos numa velocidade de 3 tomadas por segundo, mas até um máximo de 8 imagens. Os controles de abertura e profundidade de campo A abertura do diafragma, um série de placas sobrepostas formando uma espécie de anel, ajusta o tamanho da abertura das lentes através da qual passará a luz para atingir o sensor. Conforme isso muda de tamanho, afeta tanto a exposição da imagem como a profundidade de campo (o espaço dimensional no qual tudo ficará em foco). A abertura do diafragma pode ser mais aberta para permitir mais luz, ou fechada para deixar passar menos luz. Enquanto o obturador regula o tempo de exposição, a abertura do diafragma controla a quantidade de luz. Portanto, quanto maior a abertura, mais luz atinge o sensor de imagem, quanto menor, menos luz atinge o sensor. Assim como a velocidade do obturador, a abertura do diafragma também afeta a nitidez da fotografia, mas de um modo diferente. Mudando-se o valor da abertura, muda-se a profundidade de campo, ou seja, o espaço dimensional que ficará nítido na cena, entre o primeiro plano e o Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 9 de 39 20/1/2007 02:17 de campo, ou seja, o espaço dimensional que ficará nítido na cena, entre o primeiro plano e o segundo plano da imagem. Quanto menor a abertura usada, mais área da cena ficará nítida. Por exemplo, numa fotografia de paisagem, o fotógrafo vai querer uma abertura menor, de modo a que toda a paisagem (dos detalhes mais próximos aos mais distantes) estejam focados com nitidez; num retrato, o melhor será uma abertura maior, definindo a nitidez apenas na pessoa, tornando desfocado o restante da imagem e mantendo o interesse da foto apenas na pessoa. Ajustes da abertura são determinados por números (F), e indicam o tamanho da abertura dentro da lente (no diafragma). Cada número deixa entrar metade da luz da abertura seguinte, e consequentemente duas vezes mais luz que a anterior. Da maior abertura possível para a menor, os número f tradicionalmente tem sido f/1, f/1.4, f/1.8, f/2, f/2.4 f/2.8, f/4, f/5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32 e f/45. Nenhuma lente possui toda a gama de ajustes; por exemplo, uma câmera digital padrão pode vir com uma lente de f/2 a f/16. A chamada “luminosidade” da lente é definida pela maior abertura, ou seja, no exemplo acima, f/2. Quanto mais luminosa a lente, melhor a qualidade e mais sofisticado o sistema ótico (e mais caro o preço). Atenção para o fato de que quanto maior o número, menor a abertura para a luz. Assim, f/11 é menos luz que f/8, e assim por diante. Um detalhe é que a abertura maior pode mudar numa lente zoom, de modo a acomodar o sistema ótico, por exemplo, numa lente zoom de 35 a 200 mm, a abertura máxima (a luminosidade) pode ser f/2-f/4 (variando de f/2 a f/4 conforme se move o zoom de distância focal de 35 mm para 200 mm). Observação: distância focal é a distância entre a lente e o filme (ou sensor). Conforme essa distância, a imagem parecerá mais próxima ou mais distante. Uma lente zoom permite diferentes distâncias focais, mudando assim a proximidade dos objetos na foto. Obturadores das câmeras digitais Quando um obturador se abre, ao invés de expor um filme, na câmera digital ele coleta luz no sensor de imagem – um dispositivo eletrônico de estado sólido. Como se viu anteriormente, o sensor de imagem contém uma grade de pequenas fotocélulas. Conforme a lente foca a cena no sensor, algumas fotocélulas gravam as luzes mais fortes, outras as sombras, enquanto terceiras os níveis de luzes intermediárias. Cada célula converte então a luz que cai sobre ela numa carga elétrica. Quanto mais brilhante a luz, mais alta a carga. Quando o obturador fecha e a exposição está completa, o sensor recorda o padrão gravado. Os vários níveis de carga são então convertidos para números binários que podem ser usados para recriar a imagem. Uma vez que o sensor tenha capturado a imagem, esta precisa ser convertida, ou seja, digitalizada, e depois armazenada. A imagem armazenada no sensor não é lida de uma vez, mas em partes separadas. Existem dois modos de se fazer isso – usando escaneamento interlaçado (interlaced) ou progressivo. Num sensor de escaneamento interlaçado, a imagem é inicialmente processada por linhas ímpares, depois por linhas pares. Este tipo de sensor é freqüentemente utilizado em câmeras de vídeo porque a transmissão de TV é interlaçada. Num escaneamento progressivo, as colunas são processadas uma após outra em seqüência. Usando velocidade de obturador e abertura de diafragma ao mesmo tempo Como tanto a velocidade do obturador como a abertura do diafragma afetam a exposição (a Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 10 de 39 20/1/2007 02:17 Obturador em 8 segundos e movimento de câmera abertura do diafragma afetam a exposição (a quantidade total de luz que atinge o sensor da imagem), assim se pode controlar se a foto será mais clara ou escura, mais nítida ou menos nítida, e assim por diante. A velocidade do obturador controla o tempo que o sensor da imagem será exposto à luz e a abertura controla a quantidade de luz que entrará para compor a imagem. O fotógrafo, ou o sistema automático da câmera, pode casar uma velocidade de obturador curta (para deixar entrar luz num período curto) com uma abertura grande (para deixar entrar mais quantidade de luz); ou uma velocidade de obturador longa (para deixar entrar luz por um período maior) e uma abertura pequena (para deixar entrar menos luz). Em termos técnicos, não faz diferença a combinação usada. Contudo, os resultados não serão os mesmos, daí a magia de se controlar manualmente a câmera, ao invés de deixar ao sistema automático. É controlando de forma criativa essa combinação que se pode obter grandes fotografias. O objeto sempre se move, ou pelo menos a câmera poderá ser mover num curto espaço de tempo. Também a profundidade de campo será afetada. A conjugação desses fatores, e o controle sobre eles, é que fazem a diferença entre fotos convencionais e fotos de grande qualidade. Como vimos, cada abertura de um número f/ determina metade ou o dobro da abertura seguinte (para mais ou para menos). Assim, uma abertura de f/8 deixa entrar metade da luz de uma abertura de f/5.6. Já uma velocidade de obturador de 1/60 s deixa passar metade da luz que uma abertura de 1/30. Se o fotógrafo mudar a regulagem de uma exposição que mostra luz correta (balanceada) de f/8 com 1/30 s para f/5.6 com 1/60, obterá o mesmo resultado técnico correto – só que a profundidade de campo muda, assim como o controle dos movimentos – portanto, na primeira foto, teremos maior profundidade de campo com menos velocidade, na segunda, o contrário. Quanto maiores as diferenças nos controles, mais dramáticos serão os resultados da foto. Para fotografia “padrão”, precisa-se de uma média de velocidade em torno de 1/60 e de abertura f/5.6. Velocidades menores resultarão em tremores (embora um tripé possa ajudar) e aberturas menores limitarão a profundidade de campo. Uma câmera automática “pensa” pelo padrão, assim dificilmente se obterão fotos espetacularescom um sistema automático. Para objetos em movimento rápido, será necessária uma velocidade maior para congelar o movimento (embora a distância focal das lentes, a proximidade do objeto e a direção do movimento também afetem a nitidez final da foto) Para uma máxima profundidade de campo, com a cena nítida do mais próximo ao mais longinquo, será necessária uma abertura de diafragma menor (embora a distância focal da lente e a distância aos objetos do cenário também afetem) Escolhendo modos de exposição Muitas câmeras oferecem mais de um modo de exposição. No modo totalmente automático, a câmera faz um ajuste de velocidade e abertura para produzir a melhor exposição possível. Geralmente, existem dois outros modos, que são muito usados, o de prioridade de abertura, ou de prioridade de velocidade. Todos oferecerão bons resultados na maioria das condições de fotografia. De qualquer modo, alternar entre esses modos pode trazer algumas vantagens. Vamos examinar cada um desses modos. Totalmente automáticos – este modo configura a velocidade e abertura, mais o balanço de cor (White-balance) e foco sem a intervenção do fotógrafo. Permite que o fotógrafo preste atenção na cena e ignore a câmera. Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 11 de 39 20/1/2007 02:17 atenção na cena e ignore a câmera. Modo programado – pemite que o fotógrafo selecione uma variedade de situações como fotos de retrato, cenários, esportes, crepúsculo, etc. Ainda é a câmera que estabelece a abertura e a velocidade nessas condições. Prioridade de abertura – este modo permite que o fotógrafo selecione a abertura necessária para obter uma certa profundidade de campo enquanto o sistema combina essa abertura com a velocidade de obturador necessária para correto balanço da exposição. Usa-se esse modo sempre que a profundidade de campo for importante. Para ter certeza de um foco geral num cenário, escolhe-se uma pequena abertura (ex, f/16). O mesmo funciona para uma foto close-up (onde o foco é crítico). Já para deixar o fundo fora de foco e concentrar a nitidez num único plano, seleciona-se uma abertura grande, exemplo f/4. Prioridade de obturador – este modo permite que se escolha a velocidade do obturador como prioritária, e é necessária quando se pretende congelar uma imagem ou tremer propositalmente um objeto, deixando a escolha da abertura para a câmera. Por exemplo, quando se fotografa ação de esportes, animais ou em fotojornalismo, a escolha de velocidade de obturador é quase obrigatório, com velocidades maiores, 1/500 por exemplo, para congelar a ação, ou baixas velocidades, 1/8 por exemplo, para tremer a imagem. Modo manual – permite que se selecione tanto a velocidade como a abertura. Recomendado somente para fotógrafos experientes e profissionais. Um dos fatores que fazem da fotografia algo tão fascinante é a chance que temos de interpretar a cena do nosso ponto de vista. Controles de velocidades de obturador e de abertura são dois dos modos mais importantes de fazer fotos únicas. Conforme o fotógrafo vai se tornando mais familiar com os efeitos da foto, encontrará a oportunidade de fazer escolhas instintivamente. Usando o flash O flash incorporado em câmeras digitais, apesar de suas limitações, pode ser aproveitado com criatividade pelo fotógrafo. Existem basicamente os seguintes modos de uso de flash em câmeras digitais (algumas acrescentam mais ou menos recursos) Automático – neste modo, a câmera faz a leitura da luz ambiente, e se for necessário, dispara o flash para melhor iluminar a cena Nunca disparar – neste modo, a câmera não dispara mesmo que tenha detectado iluminação insuficiente. Este é um recurso interessante para se conseguir efeitos especiais em fotos noturnas Sempre disparar – obriga a câmera a disparar o flash mesmo que as medições concluam que há luz suficiente. Este é um recurso bom para melhorar a iluminação de rostos em contra-luz, por exemplo, ou para melhorar o contraste em cenas de pouco contraste Redução de olhos vermelhos – um recurso da câmera para evitar o chamado efeito de olhos vermelhos que ocorrem às vezes no uso de flash A qualidade da imagem Existem câmeras de baixo custo e recursos equivalentes, que se refletem não apenas na simplicidade de uso (para fotógrafos inexperientes), mas também na simplicidade da fotografia digital gerada. Assim como existem câmeras extremamente sofisticadas, cheias de recursos manuais (regulagens de sensibilidade à luz, abertura prioritária de diafragma, velocidade de obturador, etc), mais indicadas para profissionais e amadores avançados. Contudo, o ponto fundamental, para simplificarmos, na tecnologia de uma câmera digital, é a sua Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 12 de 39 20/1/2007 02:17 OS INVENTORES George Smith e Willard Boyle inventaram os sensores de imagens, os CCDs, nos laboratórios Bell, em 1969. Em 1970, os pesquisadores dos laboratórios da Bell construíram o primeiro CCD para vídeocâmera. Em 1975, eles apresentaram a primeira câmera equipada com CCD com imagem de qualidade suficiente para a televisão. Hoje a tecnologia do CCD atinge não apenas a televisão comum, mas também aplicações em vídeo que vão de monitoramento de segurança à televisão de alta definição, e do endoscópio à videoconferência. Fax, copiadoras, scanners, câmeras digitais e leitores de barras também empregam CCDs para transformar padrões de luz em informação útil. Desde 1983, quando telescópios foram equipados com CCDs, foi possível aos astrônomos estudar objetos milhares de vezes menores que os mais sofisticados filmes comuns podiam detectar, e gravar imagens em segundos que antes exigiam horas de exposição. Atualmente todos os telescópios, incluindo o Hubble (no espaço), utilizam sistemas de informação digital proporcionados por chips CCDs ultrasensíveis. Pesquisadores em outros campos do conhecimento, como em química, utilizam CCDs para observar reações químicas. Contudo, o ponto fundamental, para simplificarmos, na tecnologia de uma câmera digital, é a sua capacidade de resolução da imagem. Para entendermos isso, vamos estudar como as máquinas fotográficas digitais capturam a imagem. Fugindo do sistema das câmeras tradicionais que utilizam filmes (processos químicos baseados em halogenetos de prata) para gravar e armazenar uma imagem, as câmeras digitais usam um equipamento chamado sensor de imagem (image sensor). Trata-se de chips de silício do tamanho de uma unha, também conhecidos como CCD (Charge-Coupled Device), que contém diodos fotossensíveis, ou fotocélulas. No curto espaço de tempo em que o obturador é aberto, cada fotocélula grava a intensidade ou brilho da luz que a atinge por meio de uma carga elétrica; quanto mais luz, maior a carga. O brilho gravado por cada fotocélula é então armazenado como uma série de números binários que podem ser usados para reconstruir a cor e o brilho dos pontos da tela ou da tinta que imprimirão a imagem a partir de uma impressora. Chegamos aqui a um ponto importante - a relação entre pixels e imagem. As fotografias digitais são feitas de centenas de milhares ou até milhões de pequenos pontos chamados elementos da imagem, ou simplesmente pixels. Cada um desses pixels é capturado por uma única fotocélula do sensor de imagem ao se tirar uma foto, assim a quantidade de fotocélulas do sensor é que determina a quantidade de pixels numa imagem (e conseqüentemente, sua resolução, ou seja, a relação entre nitidez e tamanho da imagem). Portanto, numa câmera digital, cada fotocélula captura o brilho de um único pixel. O modo como essas fotocé-lulas estão dispostas determina a forma física da teia (ou grade, como queiram), que é por fileiras e colunas simples. Isso pode ser bem observado se ampliarmos demais as fotos, pois a imagem aparece montada em pequenos quadrados. O computador e a impressora utilizam cadaum desses pequenos pixels capturados pelas fotocélulas do sensor da câmera para apresentar a imagem na tela ou imprimir as fotos. Para isso, o computador divide a área do monitor onde será apresentada a imagem (ou a página de impressão onde será impressa) numa teia de pixels, de modo muito parecido ao modo como o sensor divide a imagem ao capturá-la. São utilizados os valores armazenados pelas fotocélulas para especificar o brilho e a cor de cada pixel dessa teia – uma forma de reprodução da imagem por números. Por isso, endereçar uma teia de pixels individuais desse modo se chama bit mapping (mapeamento de bits). Concluindo, a qualidade da fotografia digital, tanto impressa como a apresentada na tela, depende principalmente do número de pixels utilizados para criar a imagem (fator também conhecido como resolução). Esse número, como vimos, é determinado pela quantidade de fotocélulas existentes no sensor de imagem da câmera. Capacidade de resolução da imagem Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 13 de 39 20/1/2007 02:17 Capacidade de resolução da imagem Quanto mais fotocélulas e conseqüentemente mais pixels, melhores serão os detalhes gravados e mais nítidas as imagens. Se alguém ampliar e continuar ampliando qualquer imagem digital, chegará um momento em que os pixels vão começar a aparecerem multifacetados (esse efeito se chama pixelização). Portanto, quanto mais pixels existirem em uma imagem, mais ela aceitará ampliações com qualidade; quanto menos pixels, menor a ampliação possível. Portanto, aqui está a diferença básica entre modelos de câmeras digitais (e seus preços): a capacidade de resolução da imagem (e sua subseqüente qualidade e tamanho final). Outras diferenças são pertinentes à quantidade de recursos disponíveis na câmera e seu grau de automação ou possibilidade de ajustes manuais. Voltando a falar sobre resolução, como vimos, os sensores de imagens contém uma teia (ou grade) de fotocélulas, cada uma delas representando um pixel na imagem final - assim a resolução de uma câmera digital é determinada pela quantidade de fotocélulas que existem na superfície de seu sensor. Por exemplo, uma câmera com um sensor no qual cabem 1600 (largura) x 1200 (altura) fotocélulas gera uma imagem de 1600 x 1200 pixels. Então, para efeito de terminologia e definição da capacidade de uma câmera, dizemos simplesmente que ela tem uma resolução de 1600 x 1200 pixels, ou 1,92 megapixels. Atualmente as câmeras mais simples geram arquivos de 640 x 480 pixels, enquanto câmeras de capacidade média estão por volta de 1600 x 1200 pixels, e câmeras de ponta produzem imagens de 2.560 x 1.920 pixels (perto de 5 megapixels). Importante notar que isto se refere às câmeras amadoras, pois algumas profissionais já produzem mais de seis milhões de pixels. Quanto maior a capacidade de resolução, geralmente maior também o preço. Outro detalhe importante é que quanto maior a imagem em pixel, maior o tamanho do arquivo resultante. Por isso, normalmente as câmeras digitais possuem uma regulagem para o tamanho do arquivo, dando a opção para o fotógrafo de escolher o modo de resolução. Assim, se alguém vai capturar imagens para a WEB e possui uma câmera de 3.3 megapixels, pode regulá-la para gerar imagens de apenas 640 x 480 pixels, bem mais fáceis de armazenar e lidar. Por exemplo, uma câmera de alta resolução, 2048 x 1560 pixels, gera uma imagem média em arquivo JPEG (depende das tonalidades e intensidade de luz retratadas) de aproximadamente 1,2 MB (megabytes). Já na resolução de 640 x 480 pixels, no mesmo formato JPEG, gerará um arquivo de apenas 220 Kb (kilobytes), ou seja, menos de 1/5 do tamanho. Além da preocupação com espaço de armazenamento e rapidez em transmissão pela Internet, em termos práticos deve-se levar em conta o tamanho com o qual se pretende imprimir a imagem. Ainda seguindo os exemplos acima, a imagem de 2048 x 1560 pixels (3.3 MB) pode ser impressa, sem qualquer perda, em alta resolução (300 dpi), no tamanho de 17,34 x 13 cms, enquanto a imagem de 640 x 480 pixels permite apenas uma boa imagem impressa no tamanho 5,42 x 4,06 cms. Como se calcula o tamanho em termos de resolução é assunto que trataremos mais adiante neste curso, quando abordarmos a impressão. Resolução Tamanho em pixels Tamanho do arquivo Tamanho da impressão 300 dpi 640x480 938.292 bytes 5,42x4,06 cm 300 dpi 800x600 1.456.648 pixels 6,77x5,08 cm 300 dpi 1024x768 2.375.728 bytes 8,67x6,50 cm 300 dpi 1600x1200 5.375.728 bytes 13,55x10,16 cm Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 14 de 39 20/1/2007 02:17 300 dpi 1600x1200 5.375.728 bytes 13,55x10,16 cm 300 dpi 2048x1536 9.453.572 bytes 17,34x13,00 cm Apesar de quanto maior o número de fotocélulas num sensor melhores imagens serem produzidas, acrescentar simplesmente fotocélulas à um sensor nem sempre é fácil e pode resultar em problemas. Por exemplo, para se colocar mais fotocélulas num sensor de imagem, o sensor precisaria ser maior ou as fotocélulas menores. Chips maiores com mais fotocélulas aumentam as dificuldades de construção e os custos para o fabricante. Fotocélulas menores, por outro lado, serão menos sensíveis e irão capturar menos luz que as de um chip normal. Concluindo, colocar mais fotocélulas num sensor, além de sua complexidade e alto custo, acaba resultando em arquivos maiores, de difícil armazenamento. Por isso a constante corrida tecnológica entre os fabricantes na busca de sensores de maior resolução, com qualidade e preço competitivo. A tecnologia Foveon Recentemente, em 2002, surgiu um novo tipo de sensor digital no mercado, o Foveon X3, que por enquanto equipa apenas uma câmera digital, a Sigma SD9. Este sensor, do tipo CMOS, é uma verdadeira revolução no mercado, pois apresenta os sensores de imagem em camadas, e não mais num único nível com três fotocélulas diferentes para capturar cada cor (como os CCDs comuns). A vantagem desse sistema, que aproveita a capacidade do silício de absorver as ondas de luz, é que permite ao sensor funcionar como um filme fotográfico (que também captura a luz em camadas, embora tenha como sensor uma película química). Assim, cada pixel é formado por todas as cores, e não por cálculos e interpolações entre as informações colhidas por três fotocélulas diferentes (o que gera perdas). Teoricamente, com isso obtêm-se mais resolução, nitidez na imagem, e melhor amplitude de cores, igualando ou até superando a qualidade da fotografia convencional. Contudo, a tecnologia ainda está em seu começo, com o amadurecimento, se for comprovada a sua eficiência, deve se constituir no futuro da fotografia digital. O Tamanho da Imagem Vamos começar por uma pequena revisão do visto até aqui. Como já sabemos, a qualidade da fotografia digital, tanto impressa como a apresentada na tela, depende principalmente do número de pixels utilizados para criar a imagem (fator também conhecido como resolução). Esse número, como vimos, é determinado pela quantidade de fotocélulas existentes no sensor de imagem da câmera (algumas câmeras usam o artifício de acrescentar pixels “artificiais”, inflando o tamanho da imagem, mas na prática isso não funciona; apenas aumenta o tamanho da imagem à custa da qualidade). Quanto mais fotocélulas e conseqüentemente mais pixels, melhores serão os detalhes gravados e mais nítidas as imagens. Se alguém ampliar e continuar ampliando qualquer imagem digital, chegará um momento em que os pixels vão aparecer multifacetados (esse efeito se chama pixelização). Portanto, quanto mais pixels existirem em uma imagem, mais ela aceitará ampliações com qualidade; quanto menos pixels, menor a ampliação possível. Como funciona o artifício de acrescentar pixels “fantasmas”, artificiais, na imagem, para simular maior resolução? Como o leigo pode distinguir entre a realidade e a ficção no mundo dos pixelse das câmeras digitais? As questões acima são pertinentes, pois é preciso cuidado com algumas propagandas de câmeras digitais e também de scanners. Acontece que existem dois tipos de resolução, a ótica e a interpolada. A resolução ótica é o número absoluto de pixels que o sensor da imagem consegue capturar fisicamente durante a digitalização. Ou seja, corresponde exatamente à realidade. Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 15 de 39 20/1/2007 02:17 capturar fisicamente durante a digitalização. Ou seja, corresponde exatamente à realidade. Contudo, por meio de software incorporado na câmera (qualquer programa editor de arquivos de imagem também pode fazer isso), é possível “acrescentar” mais pixels fictícios, num processo chamado “interpolação”. Para isso o software avalia os pixels ao redor de cada pixel que o cerca, para “imaginar” como deveria ser um novo pixel vizinho em termos de cor e brilho. O que na prática nunca dá certo - as imagens assim geradas apresentam geralmente inúmeras deficiências. O importante é ter em mente que a resolução interpolada não adiciona nenhuma informação à imagem – só acrescenta pixels que fazem o arquivo ficar maior. A qualidade final da fotografia fica geralmente comprometida. Contudo, como toda regra tem sua exceção, em nível de software hoje em dia já existe um que realmente consegue a façanha. Ele não “imagina” nada. Realmente cria pixels que funcionam. Só que não está embutido em nenhuma câmera digital, é vendido somente para instalação em computadores - este incrível software, que recomendamos, é o Genuine Fractals. Alguns fabricantes de câmeras digitais já estão distribuindo cópias “lights” deste software especial junto com suas câmeras, como a Nikon. Bits e Bytes Quando lemos textos sobre sistemas digitais, freqüentemente encontramos os termos bit e byte. Alguns conceitos abordados nesta apostila exigem algum conhecimento básico a respeito, portanto, antes de prosseguirmos, façamos um pequeno resumo destes conceitos. Um bit é a menor unidade digital, e também a unidade básica de informação que um computador utiliza. O termo tem como origem o termo binary digit, ou seja, dígito binário. Pode ser representado por dois possíveis estados, ligado (indicado pelo número um) e desligado (indicado pelo zero). Já os bytes são grupos de 8 bits (agrupados para fim de processamento). Como cada grupo de 8 bits também tem dois estados (ligado-desligado), e o total de informação contido é 28 , ou seja, 256 combinações possíveis. É interessante acrescentar ainda que kilobyte é uma medida que representa cem bytes, enquanto um megabyte corresponde à mil bytes. Resoluções de Monitor A resolução de um monitor é definida por sua largura e altura em pixels. Por exemplo, um monitor pode apresentar na tela 640 x 480 pixels, 800 x 600, 1024 x 768 pixels e assim por diante. O primeiro número é o número de pixels ao longo da tela (largura), e o segundo o número de linhas. As imagens apresentadas num monitor são sempre em baixa-resolução. Geralmente as imagens mostradas na tela são convertidas para uma resolução de 72 pixels por polegada. Na verdade, não é esse o número exato em cada monitor, mas serve como base. Por exemplo, um monitor de 14 polegadas terá muito menos espaço físico para distribuir uma imagem com 800 x 600 pixels do que um monitor de 17 polegadas (onde os pixels terão mais espaço para se espalhar). Por isso, quanto maior o monitor, o ideal é ir aumentando a resolução padrão na tela para se obter imagem mais nítida. Um monitor de 21 polegadas, por exemplo, pode perfeitamente apresentar imagens em 1600 x 1200 pixels, enquanto para um monitor de apenas 14 polegadas isso seria impossível. Resoluções de impressoras e scanners Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 16 de 39 20/1/2007 02:17 Resoluções de impressoras e scanners As resoluções de impressoras e dos scanners são geralmente definidas pelo número de pontos por polegadas (em português, a abreviação pouco usada seria ppp, correspondente ao inglês dpi) que imprimem ou escaneiam. No monitor, como os pontos correspondem aos pixels, pode-se dizer também pixels por polegada, enquanto na impressora prevalece o termo pontos por polegada, pois cada pixel pode ser representado por vários pontos de impressão1. Como comparação, um monitor tem resolução de 72 dpi, uma impressora jato de tinta caseira de 600 a 1400 dpi, e uma impressora jato de tinta comercial de 1400 a 2880 dpi ou mais. Contudo, é importante diferenciar entre a resolução da imagem e as resoluções dos dispositivos de saída. 1 Isso gera confusão para muita gente, pois quando se salva um arquivo de imagem, a resolução é dada em pixels por polegada, sendo um arquivo de alta resolução geralmente igual a 300 pixels por polegada, ou seja, 300 dpi (que correspondem à capacidade máxima de impressão para impressoras de qualquer tipo). Ora, numa impressora jato de tinta, cada pixel pode ser representado por vários pontos de impressão, e portanto, mesmo que a resolução da impressora seja de 2880 dpi, na verdade essa resolução diz respeito apenas a recursos para melhor representar cada pixel na resolução padrão de 300 dpi. Reprodução das cores Como se sabe, a luz não passa de uma forma de energia eletromagnética, relacionada com o rádio, o radar, os raio-x, etc. Ela se propaga a partir de uma fonte de luz (de lâmpadas ao nosso Sol) em movimentos retilíneos, descrevendo ciclos em forma de ondas regulares que vibram perpendicularmente à direção de sua propagação. Embora não seja de nosso interesse estudar física, é importante compreender algumas de suas propriedades, principalmente em função das cores. A luz, vista pelos olhos humanos, constitui uma faixa relativamente estreita de sua energia magnética irradiada, que se distribui aproximadamente entre 400 e 700 nm2. Esta faixa constitui o chamado espectro visível, e dentro dele cada comprimento de onda produz um estímulo diferente na parte posterior de nossos olhos – assim são percebidas as cores. A mistura de todos os comprimentos de onda do espectro visível é o que chamamos de luz branca. A cores são assim distribuídas no espectro visível: Antes dos 400 nm existe a chamada luz ultravioleta, invisível para a vista humana. A partir dos Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 17 de 39 20/1/2007 02:17 400 nm, a luz passa a ser perceptível, e é de um violeta profundo, tornando-se azul na medida em que o comprimento da onda se aproxima de 450 nm. Esse azul vai cedendo lugar à um verde azulado por volta dos 500 nm, e a partir dos 580 nm começa a surgir o amarelo. Já nos 600 nm o amarelo vai passando para o laranja, e perto dos 650 nm, o vermelho vai escurecendo paulatinamente, até que a vista humana não consegue mais enxergar a luz, que passa ao infra-vermelho. É importante notarmos que tudo o que vemos (e pode ser fotografado), dependo dos objetos que refletem os raios de luz, e que são tanto mais visíveis quanto mais próximos estiverem de uma fonte luminosa. Isso tem conseqüências práticas importantes para a fotografia em geral, principalmente em função da exposição correta (abertura do diafragma e velocidade do obturador), e no caso da fotografia digital não é diferente, em função da sensibilidade necessária para um sensor de imagem capturar as cores. Existem diversas implicações no modo como as fotocélulas que compõem um sensor percebem a luz, e como o chip do sensor processa essas informações, conforme veremos adiante. Um dos grandes problemas da fotografia em geral, desde os seus primórdios, sempre foi o da captura correta das cores tais como as vemos na natureza, pois isso é praticamente impossível de ser reproduzido por material fotográfico. A amplitude de cor existente na natureza não pode simplesmente ser embalada por nenhum mecanismo humano, exceto os nossospróprios olhos. Nas primeiras emulsões fotográficas, em branco e preto, apenas os objetos azuis eram percebidos pelo filme, ficando os de outras cores invisíveis. Mais tarde surgiu o filme orthocromático, que chegava até o verde, ignorando os tons laranja e vermelho. Finalmente, com o pancromático, as fotos passaram a cobrir quase todas tonalidades, mas com limitações. Os filmes a cores também sempre sofreram do mesmo problema, principalmente na hora de copiar a imagem em papel fotográfico. De qualquer modo, até hoje nenhum tipo de filme conseguiu cobrir com perfeição as cores da natureza. A fotografia digital enfrenta o mesmo problema. A amplitude de cores que um sensor digital consegue capturar também é ligeiramente inferior, por exemplo, ao de um filme de slides, embora já esteja ao nível do filme tradicional em negativo (colorido)2. Vejamos como a câmera digital “enxerga” as cores e as apresenta na tela de um monitor. RGB As cores na imagem fotográfica apresentada no monitor de um computador diferem em muito das cores naturais. Na verdade, são mais uma simulação de cores de modo a “enganar” a vista humana, e permitir que nós enxerguemos as cores na tela. As cores num monitor são baseadas em três cores primárias – vermelho, verde e azul (em inglês; red, green and blue, ou RGB). Este modo é chamado aditivo, porque quando as três cores são combinadas em quantidades iguais, formam o branco. O sistema aditivo é utilizado sempre que a luz é projetada para formar cores, como em monitores. Assim, num monitor, cada pixel é composto por um grupo de três pontos, cada um de uma cor (vermelha, verde e azul). O grande problema com os monitores para a fotografia digital, é que existem centenas de modelos de monitores, cada um com um modo próprio de apresentar cores na tela. É importante estudarmos o que fazer a respeito, pois de repente, vemos uma foto linda em nosso monitor, e quando é impressa (seja numa impressora caseira ou num laboratório fotográfico), temos uma decepcionante foto descolorida ou com cores fortes demais... 2 Os filmes em transparência, ou slides, conseguem maior amplitude de cor que os de negativo impressos em papel fotográfico Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 18 de 39 20/1/2007 02:17 Sistemas de gerenciamento de cor Conforme as imagens passam da câmera digital ou de um scanner para as telas dos monitores, e depois para impressoras ou páginas da WEB, as cores mudam porque cada equipamento tem seu modo de apresentá-las. Desse modo, se você imprime uma página da Internet em sua impressora, perceberá que as cores aparecem bem diferentes olhando essa página na tela e observando o resultado da impressão no papel... Para se conseguir cores mais consistentes em uma grande variedade de equipamentos, é preciso um sistema de gerenciamento de cores. As cores não coincidem (tela e folha impressa), por bons motivos. Vejamos o porque: O monitor e a impressora usam sistemas diferentes de cores – RGB na tela e CMYK na página. RGB produz cores, não pigmentos ou tintas. CMYK (cores ciano, magenta, amarela e preta) produz cores combinando pigmentos ou tintas. E o processo de conversão de RGB para CMYK não é perfeito. Como já salientei antes, fotógrafos experientes sabem que slides tem mais contraste e riqueza de cores do que as fotos impressas. Isso acontece porque os slides são vistos por luzes transmitidas, enquanto as fotos são vistas por luz refletida. O mesmo é verdadeiro para uma tela de monitor e uma imagem impressa. Os monitores não precisam usar meio-tons para criar cores porque podem variar a intensidade da cor em cada pixel (a única impressora que consegue isso é a que utiliza um sistema chamado dye sub, ou sublimação). Para conseguir imagens impressas mais próximas do resultado da tela, é preciso fazer testes, imprimindo uma foto e depois ajustando as cores na tela para se assemelharem à foto impressa (pelos ajustes de brilho e contraste). Mesmo assim isso pode ser muito complicado, principalmente se as tonalidades não conferirem (cada monitor funciona com sua própria temperatura de cor, o que gera tons mais azulados (frios) ou mais avermelhados (quentes). Para superar esses problemas, só utilizando-se um sistema de gerenciamento de cor, ou CMS. Eu, particularmente, acerto a luminosidade e contraste de meu monitor aproveitando que o laboratório digital, para o qual envio minhas fotos, trabalha num determinado perfil de cor que é idêntico ao de minha câmera digital. Assim, tenho assegurado que tanto a câmera digital como o laboratório trabalham com as mesmas cores. A partir daí, pedi para o laboratório enviar uma imagem fotográfica de amostra (conhecida como target). Observando então a fotografia na tela e confrontando com a mesma imagem nas mãos, pude ir acertando brilho, contraste e tonalidades. De qualquer modo, existem cores que nunca aparecem corretamente, do mesmo modo como dificilmente um laboratório de fotografia tradicional envia cópias idênticas de um mesmo negativo em datas diferentes... O jeito é o fotógrafo se conformar com as pequenas diferenças - afinal, desde que fotografia existe, esse problema nunca foi completamente solucionado. Sistemas de gerenciamento de cor são projetados para manter as cores das imagens o mais consistentes possíveis entre os processos de escaneamento ou digitalização da imagem, apresentação na tela e impressão. Isto pode ser uma dor de cabeça para muita gente, e sem dúvida Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 19 de 39 20/1/2007 02:17 apresentação na tela e impressão. Isto pode ser uma dor de cabeça para muita gente, e sem dúvida é o maior entrave ao uso da imagem digital por parte dos leigos. Nada pior que você olhar na tela uma linda foto colorida, e imprimi-la apenas para ver no papel uma foto que parece ter sido feita com um filtro cinza em frente à objetiva. Um sistema de gerenciamento de cor adota um padrão independente em termos de cores como RGB ou CMYK. Existem muitos sistemas, mas os mais conhecidos são o Microsoft Image Color Management (ICM), para computadores PC, e o ColorSync para computadores Mac. Ambiente de trabalho As cores mudam conforme a fonte de luz. Até mesmo a luz do dia muda conforme o sol vai percorrendo seu caminho no céu. Se as cores mudam tão facilmente, como lidar com elas? Para isso é preciso estabelecer condições bem controladas e atribuir números a essas condições. O ideal ao se trabalhar num determinado monitor, seria utilizar sempre da mesma luz ambiente. Se você costuma editar suas fotos digitais com a lâmpada comum do teto, de 100 watts, se abrir a janela ou trocar a lâmpada por uma de 60 watts, estará comprometendo seu gerenciamento de cor. Pequenas mudanças de luz ambiente geram grandes diferenças nas cores que você percebe em seu micro. Uma vez que o modelo de cor tenha sido estabelecido (monitor e luz ambiente), uma parte do trabalho está feita, mas e quando a foto muda de um ambiente de cor para outro? Por exemplo, quando passa do monitor (modelo RGB) para a impressora (modelo CMYK)? Um perfil de cor é usado justamente para relacionar diferentes modelos de cores como esses. Então, para tudo funcionar corretamente, o software usado no computador para visualizar e otimizar as fotos deve ser capaz de incorporar a transferência de perfis de cores das imagens. Por exemplo, quando uma luz vermelha na tela é enviada para a impressora como uma série de números 255,0,0 (valores que identificam a cor para o monitor, sendo cada cor representada numa escala de 0 a 255), a impressora usa o perfil de modo que a cor será impressa corretamente. Esse valor deve ser convertido para CMYK (isso é feito por uma tabela), e seguindo o exemplo acima do vermelho, para 0,100,100,0 (valores de cor para impressoras variam de 0 a 100 para cada cor, mais preto). Então, para tudo funcionar corretamenteseu software deve ser capaz de incorporar a transferência de perfis de cores das imagens. O melhor modo de se administrar as cores é através de um software editor de imagens, como o Adobe Photoshop. As câmeras digitais, em geral, quando salvam uma imagem em formato JPEG ou qualquer outro, incorporam um perfil de cor, normalmente o sRGB-ICE61966-2.1 (super RGB). Se o seu monitor já vem com um driver adequado, o Windows utiliza o espaço de cor desse monitor. Caso contrário, procure um driver no site do fabricante, na Internet. Se não for possível, o jeito é estabelecer um padrão do modo mais difícil, manualmente, através de testes com impressora. Com o espaço de cor do monitor definido, o software editor de imagens, por sua vez, deve Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 20 de 39 20/1/2007 02:17 Com o espaço de cor do monitor definido, o software editor de imagens, por sua vez, deve reconhecer esse ambiente do monitor, e ao abrir um arquivo digital transferido de uma máquina fotográfica, imediatamente o converter para o espaço de cor adequado do computador, ou fazer as conversões necessárias para apresentar as cores corretamente. Para imprimir, a mesma coisa. Será necessário configurar o software editor de imagens para usar perfil de cor de sua impressora, assim, na hora de imprimir, o programa converte novamente as informações de cores para que sejam impressas. Portanto, também no caso da impressora, mais uma vez é fundamental o usuário dispor de equipamentos que venham com os drivers para o funcionamento correto. Muita gente, quando compra equipamentos, por desconhecimento não exige os arquivos que configuram o espaço de cor, ou não dá atenção aos CDs e/ou disquetes com essas informações. No momento de trabalhar com imagens ou imprimir, contudo, é fundamental que tudo esteja corretamente instalado e configurado. Por outro lado, um software editor de imagens é indispensável para quem quer trabalhar seriamente com fotografia digital. Mais adiante daremos algumas dicas do Adobe Photoshop, sem dúvida um dos melhores programas do gênero, para otimizar as fotografias tiradas por câmeras digitais. Além desse software, podemos citar outros interessantes, como o Paint Shop Pro, o PhotoBrush, o Corel Photo-Paint, e a própria versão light do Photoshop, voltado para amadores, o Adobe Elements. Em termos de gerenciamento de cores, o Photoshop dispõe de um excelente sistema para lidar com ambientes de cor. Para acessar esse gerenciamento, basta ir ao menu Edit, Color Settings, e estabelecer então o espaço de cor desejado. Desse modo, é possível gerenciar diversos espaços de cores, para diferentes finalidades. Cores Subtrativas Voltando às cores no monitor e impressoras. Apesar da maioria das câmeras utilizar o sistema de cores aditivas RGB, algumas câmeras mais sofisticadas e todas as impressoras usam o sistema CMYK (de quatro cores). Este sistema, chamado de cores subtrativas, usa três cores primárias, Ciano, Magenta e Amarelo. Estas três cores são combinadas em quantidades iguais, e o resultado é um preto porque todas as cores são subtraídas. O sistema CMYK é largamente usado pela indústria de impressão, mas suas cores não podem ser perfeitamente transmitidas numa tela de monitor, pois precisam ser convertidas para RGB e acontece alguma perda na conversão. Na saída da impressora, cada pixel é formado por pequenos pontos de ciano, magenta, amarelo e tinta preta. Quando esses pontos se sobrepõem, várias cores são formadas. Dos Cinzas Nascem as Cores Já os sensores de imagens das câmeras digitais, que trabalham com o modo de cores RGB, o mesmo dos monitores, gravam apenas em escala de cinzas – uma série de 256 tons de cinza que vai do branco puro ao preto puro. Basicamente, só capturam o brilho. Como então os sensores capturam cores quando tudo o que fazem é gravar cinzas? A resposta está no uso de filtros azuis, verdes e vermelhos para separar as luzes refletidas de um objeto colorido. Existem alguns modos de se fazer isso: Três partes separadas do sensor de imagem podem ser usadas, cada uma com seu próprio filtro. Deste modo cada parte do sensor captura a imagem numa única cor. Três exposições separadas podem ser feitas, mudando o filtro a cada vez. Deste modo, as cores são “pintadas” no sensor. Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 21 de 39 20/1/2007 02:17 Canal Azul (acima) Canal Verde (acima) Canal Vermelho (acima) cores são “pintadas” no sensor. Filtros podem ser colocados em fotocélulas individuais para que cada uma capture uma das cores. Neste modo, 1/3 da foto é capturada em luz vermelha, outro 1/3 em azul e o 1/3 restante em verde. Quando três exposições separadas são feitas através de diferentes filtros, cada pixel no sensor grava uma cor específica na imagem e três diferentes arquivos são mesclados para gerar uma imagem colorida. De qualquer modo, quando três sensores separados são utilizados, ou quando diferentes filtros são colocados diretamente sobre as fotocélulas num sensor, a resolução ótica desse sensor é reduzida para 1/3. Isto porque cada uma das fotocélulas disponíveis grava apenas parte da imagem (no caso, uma única cor). Por exemplo, em alguns sensores com 1.2 milhões de fotocélulas, 400 mil utilizam filtros vermelhos, 400 mil filtros azuis e 400 mil filtros verdes. Cada fotocélula armazena a cor capturada (pelo filtro) em valores de 8, 10 ou 12 bits. Para criar imagens completas coloridas de 24, 30 ou 36 bits, usa-se interpolação. Esta forma de interpolação utiliza as cores nos pixels vizinhos para calcular as duas cores que a fotocélula não gravou. Combinando essas cores interpoladas com a cor medida diretamente pela célula, a cor original do pixel é reconstituída (se o pixel é de um vermelho brilhante, e se os pixels azuis e verdes ao lado também são brilhantes, contabiliza-se um branco brilhante). Isto requer muito cálculo, pois exige comparações com os 8 pixels vizinhos de forma a esse processamento ter sucesso. Também resulta em mais informação na imagem, assim os arquivos ficam maiores. Canais de Cores Cada uma das cores de uma imagem podem ser controladas independentemente e isto é chamado canal de cor. Se um canal de 8 bits de cor é usado para cada cor num pixel – vermelho, azul e verde – as três cores combinadas somam 24 bits de cor. Na seqüência na página anterior, observamos três imagens de uma mesma foto, cada uma delas apresentada num único canal de cor (utilizei o Photoshop para este exemplo). Observe as diferenças, de como o computador trata cada um dos canais. Quando se usa o recurso de interpolação para ampliar artificialmente uma imagem é preciso haver informação suficiente ao redor dos pixels para contribuir com a informação de cores, o que Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 22 de 39 20/1/2007 02:17 haver informação suficiente ao redor dos pixels para contribuir com a informação de cores, o que nem sempre é o caso. Sensores de imagens de baixa resolução tem um problema de cores irreais que ocorrem quando um ponto de luz na cena original é somente grande suficientemente para um ou dois pixels. Os pixels vizinhos não contém nenhuma informação de cor sobre o pixel, assim a cor naquele ponto pode aparecer sem qualquer ligação com a imagem que o cerca. Armazenamento da imagem Imagens digitais são armazenadas em arquivos de bitmaps – uma série de pixels individuais. Ao longo dos anos, grande número de diferentes formatos de arquivos de bitmap foi desenvolvido. Cada um tem suas características únicas que o tornam interessante para determinado uso. Entretanto, vários desses formatos também caíram em desuso ou são encontrados somente em circunstâncias especiais. Conforme novas necessidades surgem, como imagens para serem vistas na WEB, novos formatos de arquivos aparecem. De qualquer modo, todasas imagens (não-animadas) que se encontram na WEB ou em programas multimídia, bem como a maior parte das imagens que se vê impressas, foram criadas ou editadas no computador como digitais. Imagens em bitmap (ou mapa de bits) Imagens em bitmap são formadas por pixels e são definidas por suas dimensões (em pixels) bem como pelo número de cores incorporadas. Por exemplo, quando se amplia uma pequena área de uma imagem de 640 x 480 pixels, os pequenos pixels misturam-se a tons contínuos do mesmo modo que fotos ampliadas num jornal apresentam uma mistura de pontos indefinidos. Cada um dos pequenos pixels pode ter uma escala de cinza ou uma cor. Utilizando-se 24 bits de cor, cada pixel pode assumir qualquer uma das 16 milhões de cores possíveis. Todas as fotografias e pinturas digitais são em bitmaps, e qualquer tipo de imagem assim pode ser salva ou exportada. De fato, quando se imprime qualquer formato de imagem numa impressora laser ou jato de tinta, a imagem é primeiro convertida (rasterized) tanto pelo computador como pela impressora em bitmap, de tal modo que seja impresso em forma de pontos. Bitmaps são amplamente usados mas sofrem de dois problemas inevitáveis: só podem ser impressos ou visualizados no tamanho determinado pelo número de pixels existentes na imagem. Imprimindo-se ou visualizando-se em outro tamanho pode resultar numa imagem com aberrações óticas. para manter a qualidade, o arquivo salvo deve ter informações precisas sobre cada pixel e cores. Desse modo, os arquivos gerados em bitmap serão muito grandes. Para diminuir este problema, alguns formatos gráficos, como GIF e JPEG foram criados para armazenar imagens num formato comprimido. Formatos de imagens Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 23 de 39 20/1/2007 02:17 Existem dois tipos de formato para imagens: os formatos próprios de softwares (padrões), e os formatos de aplicação geral para transferência entre diferentes mídias e até sistemas operacionais. Conforme novos programas surgem, os desenvolvedores tem apresentado a tendência de criar formatos próprios para suas aplicações, que só podem ser “lidos” pelos seus próprios softwares. Parte disso é em função de levar vantagem sobre a competição, e parte a necessidade de se projetar novos procedimentos e possibilidades. De qualquer modo, formatos próprios podem causar problemas quando se quer transferir as imagens para outros programas. Como formatos próprios são limitados, os formatos para transferência são projetados para possibilitar que as imagens possam ser abertas por praticamente qualquer programa. Alguns se tornaram assim padrões – qualquer aplicativo pode abri-los e salvar imagens com sua extensão. Compressão Quando se digitaliza uma foto, o tamanho do arquivo é grande se comparado a outros arquivos de um computador. Uma imagem de baixa resolução em 640 x 480 pixels, por exemplo, pode ter até 307.200 pixels, o que resulta num tamanho de arquivo, sem compressão, de quase um megabyte. Portanto, a compressão de imagens é uma necessidade, ou o disco rígido do computador ficará lotado somente com as fotos. Durante a compressão, a informação é duplicada e tudo o que não tiver valor é eliminado ou salvo de modo resumido, reduzindo o tamanho do arquivo. Quando a imagem é editada ou apresentada, o processo de compressão é revertido. Existem dois modos de compressão – com ou sem perda – e a fotografia digital utiliza os dois modos. A chamada lossless compression (menos perda) comprime uma imagem de tal modo que a qualidade é mantida. Embora pareça a ideal, não proporciona redução significativa do arquivo, que geralmente fica reduzido a um terço do tamanho original. O padrão mais utilizado é o LZW (Lempel-Ziv-Welch), que tanto em arquivos GIF como TIFF produz compressão de 50 a 90%. A maioria das câmeras digitais utiliza o sistema de compressão com perda, já que o espaço para armazenagem de imagens é extremamente complicado e caro (falaremos dos cartões adiante) e, em geral, a qualidade é mantida por meio do JPEG em qualidade máxima de compressão. O formato descarta informações não importantes da imagem. Por exemplo, se grandes áreas do céu são azuis, só o valor de um pixel precisa ser salvo – quando a imagem é aberta, aquele valor é aplicado para todo o conjunto (por isso os tamanhos de arquivos comprimidos variam muito, pois dependem de quanta informação de cor existe na imagem). Contudo, como a qualidade é afetada pelo grau de compressão, para o usuário mais exigente e para profissionais, as câmeras mais avançadas permitem que se opte pela imagem em TIFF (o que obriga a um cartão de memória de grande capacidade). Formatos para câmera digital Praticamente todas as câmeras digitais salvam as fotos no formato JPEG, embora algumas poucas (as mais sofisticadas) também o façam em TIFF. Algumas ainda salvam no modo original em que capturam a imagem, também conhecido como formato RAW (palavra que significa cru, natural, matéria-prima). Vejamos as principais características de cada um desses formatos. Fotografia digital http://www.etronics.com.br/foto/index.htm 24 de 39 20/1/2007 02:17 JPEG O formato JPEG (Joint Photographic Experts Group), que os americanos pronunciam “jay-peg”, e no Brasil “jota-peg”, é um dos mais populares, principalmente para fotos na Web. Ele tem duas características importantes: A primeira é que o JPEG utiliza um esquema de compressão que sofre perdas, mas o grau de compressão (e conseqüente perda de qualidade) pode ser ajustado. Em resumo, muita compressão, muita perda, pouca compressão, pouca perda. A segunda é que este formato suporta 24 bits de cores. Já o formato GIF, o outro tipo de arquivo muito utilizado na Internet suporta apenas 8 bits. Um detalhe importante é que se uma foto em JPEG for aberta e depois salva novamente, cada vez que é salva torna a ser comprimida, o que gera mais perda. Portanto, a perda de qualidade é acumulativa. Para evitar que uma imagem vá se deteriorando, deve-se abri-la e tornar a salvá-la o menos possível. Uma recomendação quando se trabalha com imagens em JPEG é salvar um original em TIFF (formato sem compressão como veremos adiante), e sempre que for necessário trabalhar nesse formato, para somente no momento de enviar a foto ou disponibilizá-la por outros meios (como a WEB) gravar a imagem em JPEG. Em termos práticos, quando se utiliza o formato JPEG, que é praticamente o padrão utilizado pelas câmeras digitais por causa do problema de falta de espaço para armazenamento de arquivos, na primeira vez em que o arquivo é aberto a perda é quase imperceptível em relação a uma mesma foto salva sem compressão. Contudo, se a mesma imagem for sendo editada, aberta e novamente salva, consecutivamente, vai chegar um momento em que a perda será notável. O formato de imagem JPEG pouco tem mudado desde que surgiu. Contudo, recentemente se trabalhou num novo projeto de formato JPEG pelo Digital Imaging Group (DIG).O novo formato JPEG tem 20% a mais de compressão com menos perda de qualidade, ou seja, ficou ainda melhor. Contudo, ainda não está sendo utilizado pelos softwares mais importantes. Sua extensão pode ser J2K ou JP2. TIFF O formato TIFF (Tag Image File Format), foi originalmente desenvolvido para salvar imagens capturadas por scanners e para uso em programas editores de imagens. Este formato, sem compressão e sem perda de qualidade, é largamente aceito e praticamente reconhecido por qualquer software e sistema operacional, impressoras, etc. Além disso, é o formato preferido para aplicações em editoração eletrônica. O TIFF também é um modo de cores de 24 bits. CCD RAW Quando um sensor de imagem captura informação que gera uma imagem, algumas câmeras digitais permitem que se salve um arquivo não processado, ainda “cru” (por isso é chamado RAW). Este formato contém tudo o que a câmera digitalizou. O motivo para seu
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