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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço socia
O SERVIÇO SOCIAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS
CONTAGEM
2015
O SERVIÇO SOCIAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS
Trabalho Interdisciplinar apresentado ao Curso (Assistente Social) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina:Fundamentos históricos,metodológico, teóricos do serviço social, Direito e Legislação Social, Políticas Sociais 1.
Contagem
2015
 
SUMÁRIO
1-introdução.....................................................................................................04
2-Desenvolvimento............................................................................................05
3-Conclusão .....................................................................................................08
4-Referências....................................................................................................09
INTRODUÇÃO
No presente trabalho, aborda-se a evolução do Serviço Social nas últimas décadas, uma análise crítica sobre o serviço social sua evolução, suas mudanças e contribuição para nossa sociedade. Destacam-se o protagonismo e o papel da sociedade civil no processo de democratização da sociedade brasileira e da luta pela ampliação dos direitos sociais consagrados na Constituição Federal de 1988. No Brasil, nas últimas décadas, têm ocorrido várias mudanças, principalmente quando falamos em participação popular democrática, a sociedade civil está assistindo e contribuindo ativamente para que grandes movimentos mudem a nossa história e cada vez mais esses vem conquistando espaços importantes em instâncias de deliberações relacionadas a condução das políticas públicas, e o serviço social está interligado a todos os acontecimentos, por ser considerado instrumento de transformação social.
A assistência social no Brasil constitui, hoje, um campo em transformação. Transitam de um período em que o foco de compreensão da assistência social era dado pela benemerência, à filantropia e o assistencialismo com conotação de clientelismo político para a condição de um direito social inscrito no âmbito da seguridade social. Posto desta maneira até podemos imaginar estar ocorrendo uma verdadeira revolução nesse campo. No entanto, entre o momento da inscrição da assistência social na Constituição Federal (1988), como um direito social, e o uso efetivo do direito pelo cidadão, uma profunda mudança política e comportamental deve ocorrer; trata-se de colocar em questão uma "cultura" nacional das relações entre a burocracia assistencial estatal, a rede de ONGs que atuam na área e, especialmente, os usuários indivíduos, grupos, famílias ou comunidades do sistema.
A transformação no campo da assistência social não se limita a essa importante mudança política e jurídica. Quis a sociedade, motivada pelo ideário democrático e descentralizador, incluir na Constituição Federal, como diretrizes de organização dessa área, a descentralização político-administrativa e a participação da população. 
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2 DESENVOLVIMENT0
O serviço social surge no final do século XIX, época em que a sociedade burguesa estava em ascensão, considerada a classe dominante necessitava de um profissional que cuidasse da área social da classe menos favorecida as dos proletariados, de forma a prestar assistência, tinha a igreja católica como aliada, mas seu principal objetivo ao prestar esta assistência, era dominar e exercer um controle sobre eles, sanando suas necessidades básicas. Durante este período a profissão de assistente social não tinha uma metodologia ou teoria, era voltada apenas para amenizar as questões sociais, as desigualdades existentes.
No processo de ruptura com o conservadorismo, o Serviço Social passou a tratar o campo das políticas sociais, não mais no campo relacionado à demanda da população carente e oferta do sistema capitalista, mas acima de tudo como meio de acesso aos direitos sociais e à defesa da democracia. Dessa forma, não se trata apenas de operacionalizar as políticas sociais, embora importante, mas faz-se necessário conhecer as contradições da sociedade capitalista, da questão social e suas expressões que desafiam cotidianamente os assistentes sociais, pensar as políticas sociais como resposta a situações indignas de vida da população pobre e com isso compreender a mediação que as políticas sociais representam no processo de trabalho do profissional, ao deparar-se com as demandas da população.
Para uma reflexão do Serviço Social na atualidade, com suas demandas e perspectivas nesse momento histórico, é necessário situá-lo em sua trajetória histórica e revelar o legado desse momento com seus rebatimentos no contexto do século da globalização. Tempos, portanto em que crescem as demandas por políticas sociais, de um modo geral e, particularmente, por políticas de proteção social, e educação campo privilegiado e desafiador para o exercício profissional.
O surgimento do Serviço Social está intrinsecamente relacionado com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil nas décadas de 1930 e 1940, marcadas por uma sociedade exclusivamente capitalista industrial e urbana no qual utilizava um modelo de modernização
A “questão social” relaciona-se à generalização do trabalho livre, numa sociedade com marcas da escravidão. Destaca-se o longo processo de transição, através do qual se forma um mercado de trabalho em moldes capitalistas, em especial ao momento em que a constituição desse mercado está em amadurecimento nos principais centros urbanos. Momento em que o capital já “se liberou” do custo de reprodução da força de trabalho, limitando-se a procurar, no mercado, a força de trabalho tornada mercadoria.
A manutenção e a reprodução dessa força de trabalho está a cargo do operário e de sua família, através do salário, advindo da venda da força de trabalho à classe capitalista e não a um único senhor.
A partir do momento em que a sociedade burguesa vê como ameaça a luta defensiva do operário à exploração abusiva a que é submetido, há necessidade que o controle social da exploração da força de trabalho seja feito pelo Estado, através de uma regulamentação jurídica do mercado de trabalho.
As Leis Sociais aparecem, então, para responder aos movimentos sociais que lutam por uma cidadania social. Esses movimentos refletem e são elementos dinâmicos das profundas transformações da sociedade, quando da consolidação de um pólo industrial, pois colocam os problemas e exigem modificação na composição de forças dentro do Estado e no relacionamento deste com as classes sociais. Portanto, o desdobramento da questão social é também a questão da formação da classe operária e de sua entrada no cenário político, de seu reconhecimento em nível de Estado, da implementação de políticas que atendem seus interesses. Sendo assim, a “questão social” constitui-se, essencialmente, da contradição entre burguesia e proletariado. Proletariado este em que os laços de solidariedade política e ideológica perpassam seu conjunto.
A implantação do Serviço Social ocorre no decorrer desse processo histórico, surgindo da iniciativa particular de grupos e frações de classe, que se manifestam por intermédio da Igreja Católica. Enquanto que as leis sociais são resultantes da pressão do operariado pelo reconhecimento de sua cidadania social, a legitimação do Serviço Social diz respeito a grupos e frações restritos das classes dominantes e a sua especificidade na ausência quase total de uma demanda a partir das classes e grupos a que se destina prioritariamente.
A análise do posicionamento e das ações assumidas e desenvolvidas pelos diferentes grupos e frações dominantes e pelas instituições que mediatizam seus interesses na sociedade, permite apreender o sentido histórico do Serviço Social.
A crise do comércio internacional de 1929 e o movimento de 1930 aparecem como movimentos centrais de um processo que leva a uma reorganização das esferas estatal e econômica, apressando o deslocamento do centro motor da acumulaçãocapitalista das atividades de agro-exportação para outra de realização interna.
O histórico das condições de existência e de trabalho do proletariado industrial mostra a extrema voracidade do capital por trabalho excedente: A população operária amontoava-se em bairros insalubres junto às aglomerações industriais, com falta absoluta de água, luz e esgoto; as empresas funcionavam em prédios sem condições mínimas de higiene e segurança; salários insuficientes para a subsistência; o preço da força de trabalho, constantemente pressionada para baixo devido ao exército industrial de reserva; a pressão salarial força a entrada no mercado de trabalho de mulheres e crianças; a jornada de trabalho é no início do século de quatorze horas; não se tem direito a férias, descanso semanal remunerado, licença para tratamento de saúde etc.; dentro da fábrica está sujeito à autoridade absoluta de patrões e mestres; não possui garantia empregatícia ou contrato coletivo; com as crises do setor industrial há dispensas maciças e rebaixamentos salariais.
Frente a estas condições de trabalho e de existência, o operariado se organiza para se defender. Uma organização diferenciada em seus diversos estágios de desenvolvimento, desde o caráter assistencial e cooperativo ao de resistência operária organizada.
A luta reivindicatória está centrada na defesa do poder aquisitivo dos salários, na duração da jornada de trabalho etc. As duas primeiras décadas são marcadas pelas greves e manifestações operárias. No período de 1917 a 1920 a densidade e a combatividade das manifestações de inconformismo marcam, para a sociedade burguesa, a presença ameaçadora de um proletariado à beira do pauperismo.
O “liberalismo excludente” do Estado e a elite republicana da Primeira República, dominados pelos setores burgueses ligados a agro-exportação, são incapazes de tomar medidas de peso em prol do proletariado. Somente em 1919.
Optamos apresentar a passagem histórica do Serviço Social na luta pelas desigualdades sociais e reformulando com o profissional.
Enfatizamos a presença da ética profissional e as suas reformas, de acordo com a transição de um código para o outro, do qual acompanha a necessidade da época, refletindo a urgência do momento.
O curso apresenta uma concepção Marxista, onde é introduzida bases cientificas. O Serviço Social passa a defender as classes menos favorecidas, como profissão quebrando o tradicionalismo na década de 1980, onde passa pelo processo de reconceituação, a partir daí ganha uma postura onde seu trabalho atua diretamente na questão social.
1. Análise do código de ética de 1947
O Serviço social nasceu no Brasil a partir de ações sociais católicas na década de 40. A profissão se destacou na influência norte americano através de correntes de pensamento positivista.
A igreja católica foi à responsável pela estruturação profissional no Brasil, responsável pela formação dos primeiros assistentes sociais brasileiros. A PUC foi à primeira escola de Serviço Social criada em 1936.
A emergência da profissão ocorreu na sociedade industrializada com o surgimento da questão social, contribuindo nesse momento com a re-integração de seus “clientes” na sociedade.
O Estado nesta década de 40 percebeu-se pressionado devido ao crescimento da demanda por bens e serviços, por parte dos trabalhadores. Devido a esse motivo pensou-se em uma intervenção que fosse de contato direto, nos processos de reprodução das relações sociais, assumindo então o papel de regulador visando tanto o processo de acumulação do capitalismo como no atendimento das necessidades sociais da população. Com isso a criação de políticas sociais, abriu-se no serviço público um mercado de trabalho para o Assistente Social.
O regulamento do Serviço Social como profissão liberal no país, não competia aos profissionais desempenhar suas atividades como autônomos. O Serviço Social assume uma posição legitimada particularmente pelo crescimento das instituições públicas geradas e subsidiadas pelo Estado, garantindo a participação direta na elaboração e gerenciamento de políticas sociais e na formulação e implementação de programas sociais, direito do Assistente Social, garantido pelo código de Ética.
2. Análise do código de ética de 1965
O Código de 1965 ocorre em plena Ditadura Militar, no período de reabertura política, se comparar os momentos e a realidade histórica, de cada código com a realidade política atual, podemos notar que, o cenário social e político atual apresentam inúmeras desigualdades, e um Estado assolado pela corrupção política, que tem tornado a democracia honesta, quase uma utopia.
CONCLUSÃO
	O Neste trabalho, abordamos a importância da construção de uma reflexão crítica sobre as manifestações da questão social desde a década de 1970. A inserção de novas metodologias ao estudo da profissão, discorrendo também sobre como o serviço social pôde intervir na questão social e o que ela tem representado para a sociedade desde as últimas décadas.
	 Como a questão social se manifesta na vida cotidiana de nossa sociedade, é de suma importância uma atitude crítica de toda a sociedade juntamente com os profissionais de Serviço Social, para amenizar os reflexos da mesma na construção da cidadania e nesta luta pela garantia dos direitos sociais esses profissionais seguem no trabalho diário por uma atuação cada vez mais transdisciplinar. Estão em escolas, hospitais, residências e programas diversos. São eles que intensamente participam e vivenciam as ações políticas e sociais, estão caminhando (literalmente) lado a lado com o que temos de mais divergente na economia mundial. Afinal, sabe-se da fome, mas é o Assistente Social quem vê a lágrima; sabe-se dos problemas de moradia, mas é o Assistente Social quem está diariamente em contato com famílias para buscar alternativas; sabe-se de problemas sociais, mas é o Assistente Social quem vê sua expressão na mais cruel das etapas da vida da sociedade nestas últimas décadas.
 	
REFERÊNCIAS
http://www.webartigos.com/artigos/o-servico-social-e-a-questao-social/59329/
http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v10n1_gleny.htm
http://www.trabalhosfeitos.com/topicos/servi%C3%A7o-social-e-sua-interven%C3%A7%C3%A3o-nas-ultimas-d%C3%A9cadas/0

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