Planejamento e Controle

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04/09/2023, 14:04 Descomplica | Orçamentação De Obras
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P
Planejamento e Controle
lanejamento de prazos e recursos e diagrama de Gantt
De um modo geral, as ferramentas computacionais para auxílio
na orçamentação trazem também auxílio no planejamento de
prazos e recursos de uma obra. Para entender um pouco mais sobre
esses conceitos, nesse módulo serão abordadas algumas ferramentas de
gestão que auxiliam nesse processo e que são utilizadas em ferramentas
computacionais.
Sabe-se que a programação de tempo inclui a determinação do prazo
global da obra e dos prazos parciais, que determinam como a obra será
executada ao longo do tempo, em serviços e etapas construtivas, sendo
necessário o estabelecimento de um cronograma de execução
(QUEIROZ, 2011).
Alguns instrumentos de programação podem ser aqui citados, como: o
diagrama de Gantt, curva ABC, linha de balanço e as redes de
precedência ou malhas (PERT-CPM). O diagrama de Gantt é usado na
programação física e financeira. Os cronogramas físicos são elaborados
em planilha única e constituídos por uma coluna com a relação das
etapas construtivas no eixo vertical, que gerem prazos na obra. A
distribuição do tempo de execução de cada etapa é feita através de linhas
horizontais, onde são inseridas barras e os percentuais mensais das
etapas a serem executadas. Vale destacar que o barramento não deve
ser interrompido. A unidade de tempo mais comum é o mês, podendo
este ser dividido em subunidades de tempo (quinzena, dezena, semana, 5
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dias). Considera-se o mês padrão com 30 dias (QUEIROZ, 2011). Veja o
exemplo de cronograma físico na Figura 1.
Na programação e distribuição de recursos são utilizados os cronogramas
financeiros. Para composição do cronograma financeiro, são necessários
dados da orçamentação e do cronograma físico (percentuais de etapas
executivas previstas para cada mês). Há muitas semelhanças entre
cronograma físico e o cronograma financeiro, de modo que eles se unem
em uma mesma denominação “cronograma físico-financeiro” (Figura 2).
Neste são informados também os valores financeiros mensais previstos.
O fechamento horizontal do cronograma financeiro é semelhante ao
fechamento das planilhas orçamentárias, para cada modalidade de
contratação. Tanto o cronograma físico quanto o financeiro devem ser
apresentados em folha única, para melhor visualização global do
documento (QUEIROZ, 2011).
Figura 1. Exemplo de diagrama de Gantt para
cronograma físico
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Uma das principais vantagens do diagrama de Gantt na elaboração dos
cronogramas físico-financeiros é sua facilidade de execução e de
visualização. Porém, uma de suas desvantagens é o fato de ele não
conter informação sobre a interdependência de serviços e etapas
construtivas.
 
Curva ABC
A curva ABC é um importante instrumento utilizado na verificação de
estoques ou compras e transporte de materiais de um canteiro de obras.
Ela permite identificar os itens de maior relevância e mais onerosos, a fim,
inclusive de evitar estoques. Coêlho (2015) destaca que quanto menos
estoques, menor o investimento e o espaço físico necessário, além da
diminuição dos riscos de perdas, roubos ou extravios. Assim, a curva ABC
representa os diversos materiais e serviços participantes do custo total da
obra. Para que ela seja organizada, é necessária a finalização do
orçamento e organização dos preços dos insumos, serviços e/ou etapas
construtivas em ordem decrescente. Coêlho (2015) aponta a necessidade
de preenchimento de um quadro para convecção da curva ABC, como
ilustrado na Figura 3.
Figura 2. Exemplo de cronograma físico-financeiro
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A representação gráfica da curva ABC é feita utilizando o plano cartesiano.
No eixo das abscissas é lançado o número de itens especificados,
enquanto no eixo das ordenadas, a participação é acumulada em
porcentagem (Figura 4).
Linha de balanço
A técnica da Linha de Balanço (Line of Balance – LOB) para programação
de tarefas teve suas primeiras aplicações na indústria de manufaturados
para programar o fluxo de produção. Seu uso na construção civil se
Figura 3. Quadro de referência para construção da curva ABC
Figura 4. Construção da curva ABC
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difundiu em obras com serviços muito repetitivos, como estradas e pontes,
mas também tem sido estudada por diversos pesquisadores para
edificações, especialmente edificações com muitos pavimentos. A técnica
se resume ao conceito de que as tarefas são repetidas inúmeras vezes ao
longo de uma unidade de repetição. Como exemplo, pode-se citar o
serviço de revestimento de paredes, que é realizado inúmeras vezes ao
longo de todas as unidades de um conjunto habitacional ou de diferentes
pavimentos de um edifício. O ritmo de conclusão da tarefa nas diversas
unidades depende de quantas equipes são alocadas. Ela é de aplicação
simples e pode ser feita graficamente, assumindo-se a linearidade do
desenvolvimento da tarefa. Pode, ainda, ser visualizada no gráfico espaço
x tempo, indicando a unidade e quando a tarefa é executada nesta
unidade. Pode-se dizer que a técnica da linha de balanço deriva do
diagrama de Gantt, porém, ao invés de colocarmos as atividades ou fases
da obra no eixo vertical, colocamos, por exemplo, os pavimentos ou as
repetições do mesmo serviço (JUNQUEIRA, 2006). A Figura 5 ilustra um
exemplo de linha de balanço.
Redes PERT-CPM
Figura 5. Exemplo de linha de balanço
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As metodologias PERT e CPM surgiram nas décadas de 50 e 60 e
pesquisadores passaram a adotar a metodologia PERT-CPM, integrando
os dois métodos, devido a suas semelhanças. Trata-se, então, de uma
metodologia recomendada para aplicação em processos de gestão de
projetos devido à fácil integração e correlação das atividades de
planejamento, programação e controle. Essa técnica visa: minimizar
atrasos e interrupções, conhecer atividades críticas que comprometem a
duração do projeto, manter a administração informada sobre o andamento
do projeto e permitir análises críticas para a tomada de decisões (AVILA,
2021).
[1]
 Disponível em: <https://engenheiroplanilheiro.com.br/produto/linha-de-balanco/>. 
Existem, basicamente dois métodos:
a� •
Método americano (ou de setas) – Redes ADM;
b� •
Método francês de blocos ou redes Roy – Redes PDM.
No método americano, as setas representam atividades e os nós
representam eventos ou datas, indicando a sequência lógica da atividade.
Deve atentar-se para não ocorrerem ciclos fechados e as atividades
serem únicas. Podem ser adotadas atividades fantasmas nas redes. No
método francês, por sua vez, as atividades são tidas como blocos, não
existindo atividades fantasma. Observe a Figura 6, que ilustra os dois
métodos.
https://engenheiroplanilheiro.com.br/produto/linha-de-balanco/
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Nas redes PERT-CPM são comunsos seguintes conceitos, segundo Avila
(2021):
a� •
A: Atividade;
b� •
d: Duração da atividade A;
c� •
TCI: Data mais cedo de início de uma atividade;
d� •
TCF: Data mais cedo de fim de uma atividade;
e� •
TTI: Data mais tarde de início de uma atividade;
f� •
TTF: Data mais tarde de fim de uma atividade;
g� •
FE: Folga de evento= TTI - TCI = TTF – TCF
Figura 6. Método francês acima e método americano
abaixo
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h� •
FA: Folga de atividade = TTF – TCI – d
i� •
Caminho crítico: caminho de maior duração entre o evento inicial e o
evento final do empreendimento. Trata-se de um caminho sem folgas
(exemplo na Figura 7).
 
 
Atividade Extra
Olá, aluno(a)s!
Foram abordados conteúdos sobre as principais ferramentas de
planejamento e controle de obras, que são ferramentas utilizadas nos
principais recursos computacionais de orçamentação, planejamento e
controle de obras. Para enriquecer ainda mais seu conhecimento, veja o
vídeo sobre a curva ABC na gestão de estoques.
 
Figura 7. Exemplo de caminho crítico
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Curva ABC para Gestão de Estoques
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WMeYTyHHONw>.
 
 
Referência Bibliográfica
AVILA, A. Planejamento. Apostila de sala de aula. Universidade Federal
de Santa Catarina. Disponível em: <https://silo.tips/download/o-metodo-
pert-cpm-6>. Acesso em: 18 de Jun. de 2021.
COÊLHO, R. Orçamento de Obras na Construção Civil. 1ª ed. Edição
do autor. São Luís, 2016. 354p.
JUNQUEIRA, L. Aplicação da Lean Construction para Redução dos
Custos de Produção da Casa 1.0®. São Paulo, 2006. 146p. Escola
Politécnica da USP.
MUTTI, C. Administração da construção. Apostila de sala de aula.
Universidade Federal de Santa Catarina Jan de 2011 Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=WMeYTyHHONw
https://www.youtube.com/watch?v=WMeYTyHHONw
https://silo.tips/download/o-metodo-pert-cpm-6